CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

Transcrição

1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres. 1-) Obrigação de Fazer: Na obrigação de fazer também existe um credor, um objeto (que é o fazer alguma coisa) e um devedor. Há, nesta obrigação, tarefa dupla, pois o devedor deve FAZER o que se dispôs e ENTREGAR o que fez ao credor. 2-) Modalidades de Obrigação de Fazer: Podem ser comum ou personalíssima: a) Comum: Embora o credor contrate com o devedor para que este faça o acordado, qualquer pessoa poderá fazê-lo; HIPÓTESE: Para melhor entendimento segue esquema abaixo. 1

2 b) Personalíssima: Somente o devedor poderá realizar, fazer a obrigação. HIPÓTESE: Para melhor entendimento segue esquema abaixo. 2

3 ATENÇÃO: Inadimplemento: O inadimplemento é o descumprimento contratual. Pode ser ABSOLUTO ou RELATIVO. 3

4 Inadimplemento Absoluto: No inadimplemento absoluto não há mais interesse do credor com a coisa, só se resolve com perdas e danos. Inadimplemento Relativo: No inadimplemento relativo, existe expectativa de ser realizada a obrigação, desta forma pode: Inadimplemento Relativo Obrigação de Fazer Comum Obrigação de Fazer Personalíssima Na obrigação de Fazer Comum há 3 desdobramentos: 1- Exigir coercitivamente do devedor, judicializando a coisa e formulando pleito de multa diária. As astreintes estão previstas no art º + no art. 537 do NCPC; Art No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. 4

5 1 o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. Art A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. 2- Se pede para 3º fazer a obrigação correndo às custas do devedor, HÁ NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL, nos termos do art. 249, do C.C; Art Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 3- Em havendo urgência o devedor pode pedir para o 3º fazer sem autorização judicial, nos termos do art. 249, parágrafo único do C.C. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. ATENÇÃO: A ordem judicial emitida para que 3º faça a obrigação, será considerada título executivo, para que haja a possibilidade de cobrar indenização cabível, nos termos do art. 784, inciso XII do NCPC. 5

6 Art São títulos executivos extrajudiciais: XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. CUIDADO: Astreintes é MULTA PROCESSUAL. Se estiver estipulado em contrato que em havendo inadimplemento contratual haverá a imposição de multa, esta multa é MATERIAL. 3-) Obrigação de Não Fazer: Para que haja o inadimplemento contratual, há necessidade da pessoa FAZER o que deveria não ter feito. Caso haja o inadimplemento com dolo = deverá o inadimplente desfazer o que fez + pagar Perdas e Danos. 6

7 Caso não seja possível desfazer = haverá, somente, o pagamento de Perdas e Danos pelo inadimplente; Se o inadimplente descumpriu o contrato por CULPA = estingue-se o contrato. BONS ESTUDOS!!! Profa. Cristina Anita S. Lereno 7