Os fatores críticos na implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005

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1 Os fatores críticos na implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005 É importante identificar, descrever e analisar os fatores críticos da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no Laboratório de Ensaios de um Instituto de P&D Governamental, atendendo aos requisitos da NBR ISO/IEC 17025:2005 [1] [Márcia Cristina Carneiro Ueta e Roberto Roma Vasconcellos] Mesmo com grande importância para as relações econômicas internacionais, existe um amplo debate na literatura em relação aos resultados da normalização para as organizações, que envolve referências analíticas particulares (não necessariamente excludentes) que podem, inicialmente, ser agregadas em dois grupos: (a) a visão institucional, cuja proposição é que a normalização não oferece ganhos de longo prazo para empresas; e (b) a visão inspirada na teoria dos custos de transação e na da área de operações, cuja proposição é que a normalização proporciona ganhos de eficiência e produtividade para as empresas. [2] A globalização e a crescente conscientização do mercado consumidor, apoiada por leis e instrumentos governamentais vêm exigindo a busca pela qualidade dos produtos e serviços. Neste contexto, estão inseridas as atividades de calibração e ensaios, possibilitando as organizações a evidenciarem formalmente sua capacitação técnica na prestação de serviços adequados e compatíveis com o sistema metrológico nacional e internacional. Genericamente, sabe-se que a chave para o crescimento e o desenvolvimento no longo prazo está em adquirir a capacidade de projetar e operar eficiente e eficazmente os sistemas organizacionais, o que requer uma acumulação interna de capacidades técnico-gerenciais. E para que uma nação desenvolva suas capacidades internas é preciso, dentre outros fatores, treinamento de pessoal, melhoramento das capacidades de absorção técnica das indústrias, bem como desenvolver uma infra-estrutura tecnológica de apoio [3]. Nesse sentido, o processo de Gestão de Qualidade passa mais a ser visto como uma política que objetiva a mobilização contínua dos integrantes da empresa com vistas ao aprimoramento da qualidade de seus produtos e serviços, redirecionando e redefinindo as políticas dentro da organização. [4] O laboratório vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, onde este trabalho foi desenvolvido, tem como uma das missões, oferecer serviços metrológicos e de ensaios para que atendam as necessidades do setor produtivo nacional e internacional, o desenvolvimento e qualificação dos produtos industriais que exijam alta confiabilidade, para que a sociedade brasileira possa usufruir dos benefícios gerados. Com o aumento de solicitações de ensaios de empresas privadas, que buscavam atender às exigências de qualificação de produtos para a área de telecomunicações requeridas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), e procurando suprir a necessidade de outros órgãos governamentais, tornou-se imperativo que o Instituto buscasse a acreditação de seu laboratório junto a um organismo certificador. Dentro deste contexto, a implementação de um SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) e posterior acreditação do laboratório pelo Inmetro tornaram-se passos importantes para que o laboratório atuasse na área metrológica. A implementação do SGQ no laboratório do Instituto proporcionou a adequação às exigências de padrões técnico-gerenciais reconhecidos pela comunidade acadêmica e governamental. Foi necessária, a fim de atender as exigências dos requisitos da NBR ISO/IEC 17025:2005, a utilização de normas nacionais e internacionais, equipamentos rastreados e equipe treinada e capacitada, dentre outras. Essas exigências forneceram aumento na confiabilidade e credibilidade do processo de medição e, consequentemente, nos resultados obtidos. Atualmente, o laboratório possui um escopo de aproximadamente 300 serviços acreditados, realiza cerca de mil ensaios de produtos por ano, incluindo ensaios de pesquisa de desenvolvimento de novas tecnologias junto a diversos setores produtivos. Desses, os que mais utilizam as suas instalações são: o automotivo, de máquinas pesadas, eletroeletrônico, médico-hospitalar e de telecomunicações. A Gestão de Qualidade apresenta-se como uma filosofia gerencial orientada para a reestruturação das organizações, tendo [5] [6] como pontos básicos: 62 Outubro 2011

2 - O foco no cliente; - O trabalho de equipe por toda a organização; - A tomada de decisões com base em fatos e dados; - A busca constante da solução de problemas; e - A diminuição ou eliminação de erros. Estes pontos pressupõem a necessidade de mudanças de atitudes e de comportamento dentro das organizações, objetivando o comprometimento com o desempenho, a procura do autocontrole e o aprimoramento contínuo dos [5] [6] processos. Tratando-se de uma descrição abrangente, que procure refletir toda a realidade organizacional, espera-se que todos os elementos básicos constituintes de uma organização qualquer tarefa, estrutura, pessoas e tecnologia sejam contemplados. Uma primeira aproximação esquemática do que seja a realidade organizacional, para a formulação do conceito de modelo de gestão, que pode ser apresentada conforme a figura 1. [3] Em um sistema de gestão da qualidade, existe a preocupação com a satisfação do cliente externo, foco da Gestão de Qualidade, sem, contudo deixar de voltar-se para a garantia da qualidade para o cliente interno. Segundo esta filosofia gerencial, não pode haver clientes externos satisfeitos, sem que os clientes internos da organização tenham, A NBR ISO/IEC 17025:2005 possui todos os requisitos que os laboratórios de ensaio e calibração têm que atender para demonstrarem que seus sistemas de gestão lhes proporcionam competência e capacidade necessárias para produzirem resultados válidos. Se os laboratórios de calibração e ensaios atenderem aos requisitos desta norma, eles operarão um SGQ que também atende aos princípios da NBR ISO Outubro 2011

3 A NBR ISO/IEC 17025:2005 está dividida em duas partes: - Requisitos da direção Item 4: corresponde aos requisitos que devem ser cumpridos pela gerência. Devem ser implementados procedimentos como auditorias internas, análise crítica pela direção, tratamentos de não conformidade, ação preventiva, controle de documentos, dentre outros. - Requisitos técnicos Item 5: corresponde aos planos e procedimentos que assegurem a confiabilidade dos ensaios, como cálculo de incerteza de medição, rastreabilidade, validação dos métodos, dentre outros. Acreditação é o reconhecimento formal por um organismo de acreditação, de que um Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório e organismo de certificação ou de inspeção) atende a requisitos previamente definidos e demonstra ser competente para realizar suas atividades com confiança.[9] É a comprovação que o laboratório está operando com um sistema de qualidade documentado e é tecnicamente competente para realizar ensaios ou calibrações específicas. A acreditação é uma ferramenta estabelecida em escala internacional para gerar confiança na atuação de organizações que executam atividades de avaliação da conformidade. O Inmetro é o organismo oficial credenciador no Brasil, que visa garantir a qualidade dos produtos das empresas por meio de um padrão nacional. A importância da acreditação de um laboratório ocorre pelo diferencial de qualidade, possibilitando que a empresa tenha visibilidade internacional e, consequentemente, realize negócios globalmente. Devido à carência na quantidade de pesquisas relacionadas aos fatores críticos na implementação da norma NBR ISO/IEC 17025:2005, a pesquisa bibliográfica restringiu-se a seis autores que relacionaram os principais fatores durante esse processo. Segundo a revisão da literatura, dos fatores críticos pesquisados o mais citado foi o alto custo para manter a qualidade e a acreditação, quanto a: normas, aquisição de equipamentos importados e auditorias. Esse fator foi observado por todos os autores Carvalho [10] ; Coutinho [11] ; Cova [12] ; Olivares, Pacces e Lanças [13] ; Almeida, Pires. [14] Quadro 1: Quadro de Referência Conceitual - Implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005 Fatores Críticos Dificuldade na elaboração de modelos matemáticos, para cálculo de estimativa de incerteza de medição. No caso de ensaios, ocorre a dificuldade na identificação das variáveis relevantes para determinar a incerteza do mensurando. Falta de ensaios de proficiência para todas as áreas. Falta de laboratórios de calibração RBC (Rede Brasileira de Calibração) para as calibrações necessárias. Calibração de equipamentos: ausência de calibração falta de etiquetas indicando seu status ou certificados não rastreados Custos e prazos maiores para calibração pela RBC. Implementação do plano de calibração e manutenção de equipamentos. Custo elevado para aquisição e gerenciamento dos equipamentos. Controle dos documentos. Apresentação de resultados: erros de valores e medidas, falta de dados para interpretação dos resultados. Métodos de ensaios restritos e complexos. Excesso da burocracia, devido ao alto número de documentos requisitados pela norma. Falta de comprometimento da alta administração. Alto custo para manter a qualidade e a acreditação, quanto a: normas, aquisição de equipamentos importados, auditorias. Mudanças dos paradigmas gerenciais vigentes. Mudança na cultura organizacional da instituição. Escassez de pessoal técnico qualificado e capacitado. Gestão e organização: erros no Manual da Qualidade e procedimentos técnicos e de gestão. Analise Crítica pouco eficiente. Qualificação de auditores internos. Dificuldade no entendimento dos conceitos da norma, relacionados a: objetivo, missão, aplicação, e o por que do Manual da Qualidade. Autores Coutinho; Cova; Carvalho Coutinho Coutinho; Cova. Coutinho Coutinho; Cova. Coutinho; Cova Cova; Almeida, Pires. Carvalho; Coutinho; Cova. Coutinho Cova Coutinho; Cova. Coutinho; Cova; Olivares, Pacces e Lanças; Almeida, Pires. Carvalho; Cova; Olivares, Pacces e Lanças. Carvalho; Coutinho; Cova; Olivares, Pacces e Lanças; Almeida, Pires Olivares, Pacces e Lanças Almeida, Pires Carvalho; Cova. Carvalho; Cova. Carvalho Carvalho Carvalho; Cova; Almeida, Pires 66 Outubro 2011

4 Citado por quatro dos seis autores, o aumento da burocracia, devido ao alto número de documentos requisitados pela norma, foi o segundo fator mais mencionado. Finalmente, a falta de comprometimento da alta administração, citados por Carvalho; Cova e Olivares, Pacces e Lanças, o custo elevado para aquisição e gerenciamento dos equipamentos, observados por Carvalho e Coutinho; e a dificuldade no entendimento dos conceitos da norma, relacionados a: objetivo, missão, aplicação, e o porque do Manual da Qualidade, identificados por Carvalho; Cova e Almeida, Pires, foram os fatores que mais estiveram presentes durante os processos de implementação de SGQ baseados na NBR ISO/IEC 17025:2005. Detalhadamente pode-se observar no Quadro de Referência Conceitual, Quadro 1, os principais fatores citados por esses autores. A metodologia de pesquisa baseou-se em um estudo qualitativo, de caráter descritivo, e, buscando o entendimento do fenômeno como um todo, também exploratório, tendo a preocupação de compreender as relações que se estabeleceram na organização. O método utilizado na pesquisa foi o estudo de caso único. De acordo com [14], os estudos de caso representam a estratégia preferida, quando se colocam questões do tipo como e porque, quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Este estudo de caso é classificado como de diagnóstico, segundo as categorias apontadas por [15], porque foi abordado um grande número de informações referentes a acontecimentos da organização, caracterizando os problemas a partir de um quadro de referência conceitual. Na pesquisa qualitativa, a amostra é definida intencionalmente, considerando-se uma série de condições e os objetivos da pesquisa. Para alcançar os objetivos propostos foram usadas duas fontes para coleta de dados: (a) pesquisa documental dados secundários coletados e analisados a partir dos documentos da organização, sobretudo os relatórios e registros técnicos, e (b) questionário semi-estruturado - por meio de dados primários coletados na pesquisa de campo. O questionário foi elaborado a partir do quadro de referência conceitual obtido da revisão da literatura, conforme descrito no Quadro 1, após a identificação de fatores referentes ao processo de implementação da norma. Esse questionário foi aplicado junto aos profissionais, tanto gerenciais quanto técnicos, pertencentes ao laboratório, sendo que todos participaram no processo de implementação Utilizou-se a escala Likert para mensurar todos os fatores. A escala foi definida em 5 categorias, a saber: 0 (discordo totalmente), 1 (discordo parcialmente), 2 (indeciso), 3 (concordo parcialmente) e 4 (concordo totalmente). Estudo de caso O processo de implementação do SGQ no laboratório teve início no ano de 2005, quando foi preparada toda a documentação técnica e de gestão, além do escopo de serviço. Esse material foi Outubro

5 encaminhado para a análise do Inmetro. Ainda em 2005, após essa análise, houve a visita de pré-avaliação para acreditação pelo Inmetro. Nessa visita, foram apontadas, principalmente, a necessidade de confeccionar, revisar e implementar procedimentos técnicos e de gestão, além da verificação da calibração dos equipamentos utilizados nos ensaios e de cálculos de incerteza. A auditoria de avaliação do laboratório pelo Inmetro foi realizada em Referente aos Requisitos da Direção, a não conformidade (NC) mais crítica foi evidenciada no item Sistema de Gestão. Nos requisitos técnicos foram observadas, principalmente, carências na rastreabilidade de equipamentos, na validação de planilhas de incerteza de medição, no manuseio de itens de ensaios e na garantia da qualidade de resultados de ensaios e calibração. Das NC s evidenciadas, a que causava maior barreira para que o laboratório conseguisse a acreditação era a rastreabilidade dos equipamentos. A alta administração procurou por laboratórios no Brasil, que pudessem realizar as calibrações necessárias. A grande dificuldade encontrada foi à falta de laboratórios de calibração acreditados, que pudessem realizar os serviços. Para superar essa restrição, os equipamentos foram então enviados para calibração para países como EUA, Inglaterra, Alemanha e Japão. Após evidenciar, junto ao Inmetro, a implementação das ações corretivas propostas, o laboratório foi acreditado em Um ano depois da auditoria inicial, a equipe de avaliadores do Inmetro realizou nova auditoria no laboratório, com a finalidade de comprovar a implementação do SGQ. Foram evidenciadas NC s nos item de controle de documentos e de controle de registros. Nos requisitos técnicos, os avaliadores identificaram NC s relacionadas às condições ambientais, à rastreabilidade de equipamentos, ao manuseio de itens de ensaio e à garantia da qualidade de resultado de ensaios. Com a implementação das ações corretivas, o laboratório manteve a sua acreditação. Em 2010, o laboratório recebeu a equipe avaliadora do Inmetro para nova reavaliação. Os resultados da coleta de dados demonstraram a existência dos seguintes fatores críticos que ocorreram durante o processo de implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005 no laboratório de ensaios, conforme Quadro 2. Esses fatores foram listados de acordo com a incidência de suas citações pelos autores pesquisados na revisão bibliográfica. Os resultados obtidos mostram os principais fatores críticos que influenciaram na implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005, no laboratório. Os fatores críticos encontrados corroboram com a maioria dos autores citados na revisão bibliográfica. O fator 1, alto investimento para a aquisição de normas técnicas nacionais e internacionais para atender o escopo de serviços, foi citado pelas pesquisas de todos os autores estudados. Segundo esses autores, os custos elevam-se quando se necessita calibrar pela RBC. Vale destacar que esse custo precisa ser analisado numa fronteira mais ampla. Em outras palavras, apesar dos custos parecerem maiores num primeiro momento, a RBC promove um 68 Outubro 2011

6 Quadro 2: Resultados Obtidos do Laboratório durante a Implementação da NBR ISO/IEC 17025:2005 Fator 1 Fatores Críticos no Estudo de Caso Alto investimento para a aquisição de normas técnicas nacionais e internacionais para atender o escopo de serviços. [11]; [10]; [12]; [13]; [14] [12]; [13]; [10]; [14] 2 Aumento da documentação e burocracia [11]; [10]; [12] 3 Dificuldade na aquisição de equipamentos, suprimentos e de serviços. 4 Dificuldade de interpretação dos requisitos da norma NBR ISO/IEC 17025:2005 e, em alguns casos, as não-conformidades [11]; [12]; [14] recebidas pelo laboratório. [13]; [14] 5 Resistência na implementação do SGQ devido à estrutura já sedimentada. [13]; [14] 6 Problemas de comunicação entre os setores comercial, técnico e administrativo. [11]; [12] 7 Contratação de técnicos qualificados. 8 Encontrar profissionais qualificados dentro da instituição com especialização no escopo de serviço do laboratório, para realização de auditorias internas. [11] 9 Falta de programa de comparação interlaboratorial. [10] nível de confiabilidade de serviço que garante uma redução de custos futura, devido a perdas em etapas posteriores do processo produtivo, advindas de serviços de sistemas não confiáveis. O fator [12]; [13]; [10] e 2, aumento da documentação e burocracia, citado por [14], demanda tempo e, algumas vezes, não consegue abranger tudo o que é exigido na norma e normativas do INMETRO. Por outro lado, promoveu a padronização dos serviços da equipe técnica e administrativa, além de proporcionar o registro da memória do laboratório, protegendo-o de eventuais perdas de pessoal. O fator 3, dificuldade na aquisição de equipamentos, suprimentos e de serviços, observado por [11]; [10] e [12], continua sendo uma barreira para a instituição. Como órgão público, os processos de compra devem ocorrer por meio de licitações. Os processos de compra e aquisição de serviços devem obedecer a Lei 8666 de 21 de junho de 1993 Lei de Licitações e Contratos, gerando processos burocráticos e demorados. Outubro

7 Ressalta-se, porém, que por meio de investimentos da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), Fundo Verde-Amarelo, entre outros, a alta administração conseguiu proporcionar ao laboratório os meios de testes considerados estado da arte, na área dos ensaios propostos. Investimentos em treinamentos na norma, possibilitando melhorias nas revisões no sistema e controle de documentos, e nas implementações de melhorias, tem superado a restrição, fator 4, dificuldade de interpretação dos requisitos da norma NBR ISO/IEC 17025:2005 e, em alguns casos, as não-conformidades recebidas pelo laboratório, citado por [11]; [12] e [14]. O bom relacionamento com o INMETRO, com os gestores de acreditação e com alguns avaliadores permitiu que, em muitos casos, as dúvidas de NC s fossem esclarecidas e resolvidas. Identificou-se que os fatores 5, resistência na implementação do SGQ devido à estrutura já sedimentada, e 6 problemas de comunicação entre os setores comercial, técnico e administrativo mencionados por [13] e [14] estavam relacionados a conceitos da norma, não muito claros às equipes técnicas e comerciais. A qualidade era coisa somente da área da Qualidade. A gerência da área funcional, juntamente com a área da qualidade, implementou reuniões e treinamentos com toda a equipe, para superarem esses fatores. Nessas reuniões são analisados e discutidos procedimentos e problemas internos. Os profissionais participam ativamente das questões do laboratório, e colaboram com propostas para soluções. Por se tratar de um instituto governamental, a contratação de profissionais está vinculada a concursos públicos. Esses são de difícil aprovação e, quando liberados, não suprem a necessidade da instituição, devido à redução no número de vagas disponibilizadas para o mesmo. Por este motivo, o fator 7, contratação de técnicos qualificados, observado por [11] e [12], apesar de não ter sido um dos mais mencionados pelos autores, afeta de maneira considerável o bom andamento das atividades do laboratório. Pode-se afirmar que o laboratório possui em seu quadro de colaboradores profissionais altamente treinados e capacitados nas tarefas que executam. O fator 8, encontrar profissionais qualificados dentro da instituição com especialização no escopo de serviço do laboratório, para realização de auditorias internas, identificado por [11], é uma restrição devida a Lei A alta administração tem investido em treinamentos para a formação de auditores qualificados, mas ainda há carência desses profissionais para auditorias dos ensaios acreditados. O fator 9, falta de programa de comparação interlaboratorial, mencionado por [10], é uma exigência do INMETRO, que visa garantir a qualidade dos resultados dos laboratórios acreditados. Todavia, o próprio Inmetro não possui esse programa para todos os serviços acreditados. Ressalta-se ainda que não existem muitos laboratórios que realizem programas de comparação. Além disso, os que surgem não abrangem o escopo de teste do laboratório ou não são divulgados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi identificar, descrever e analisar os fatores críticos da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no Laboratório de Ensaios de um Instituto de P&D Governamental, atendendo aos requisitos da NBR ISO/ IEC 17025:2005. O método de pesquisa foi o estudo de caso único, o que proporcionou o aprofundamento nas questões pesquisadas. Como instrumento para coleta de dados utilizou-se questionário com perguntas fechadas e ponderadas pelos respondentes por meio de escala Likert. O questionário foi elaborado baseado num quadro de referência conceitual a partir da literatura disponível. Buscou-se, dessa forma, investigar quais os fatores críticos que influenciaram na implementação e manutenção do SGQ. A pesquisa constatou que fatores como o aumento da documentação e burocracia e a dificuldade de interpretação dos requisitos da NBR ISO/IEC 17025:2005 apesar de demandarem tempo para estudo e treinamento, foram superados por intermédio 70 Outubro 2011

8 de treinamentos e reuniões. Outros fatores, como: contratação de profissionais qualificados, alto investimento para a aquisição de normas técnicas nacionais e internacionais para atender o escopo de serviços, e dificuldade na aquisição de equipamentos, suprimentos e de serviços influenciaram diretamente no andamento das atividades e planejamentos da instituição. Finalmente, podese afirmar que a acreditação do SGQ do laboratório, baseado na NBR ISO/IEC 17025, apesar dos fatores críticos encontrados, proporcionou uma evolução no desempenho técnico-gerencial do laboratório. AGRADECIMENTOS A autora gostaria de agradecer aos profissionais do laboratório onde este estudo foi realizado; à sua família, base para sua sustentação; e ao professor Roberto Roma de Vasconcellos, que forneceu orientação e incentivo para a confecção deste artigo. REFERÊNCIAS [1] Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR ISO/IEC 17025:2005. Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, Rio de Janeiro: ABNT, [2] M. Catharino, R. R. Vasconcellos, J. A. Neto, Cadeia aeroespacial brasileira: impactos e possibilidades da NBR 15100, pag. 2, XXVI ENEGEP, Fortaleza, CE, [3] M.I. Pereira, S. A.Santos, Modelo de Gestão: Uma análise conceitual. Editora Guazzelli Ltda, [4] Gil, A, Administração de recursos humanos, São Paulo, Editora Moderna, [5] R.D. Aguayo, Deming, o americano que ensinou qualidade total aos japoneses, São Paulo, Editora Record, [6] W.E.Deming, Qualidade: a revolução na administração, Rio de Janeiro, Editora Marques-Saraiva, [7] K.A. Albrecht, A revolução dos serviços, como as empresas podem revolucionar a maneira de tratar os seus clientes, 4ª Edição, São Paulo, Editora Pioneira, 1994a. [8], Serviços internos: como resolver a crise da liderança do gerenciamento do nível médio, São Paulo, Editora Pioneira, 1994b. [9] INMETRO, O que é Acreditação, texto disponível na internet, no endereço (2010). [10] D. Carvalho, Implementação da norma NBR ISO/IEC 17025: uma proposta para reduzir o tempo de acreditação, Dissertação de Mestrado em Sistemas de Gestão, Universidade Federal Fluminense, 153p, Niterói, RJ, [11] M. A. Coutinho, Implementação dos requisitos da norma ABNT ISO/IEC a laboratórios: uma proposta de ações para reduzir a incidência de não conformidades nos processos de concessão e manutenção da acreditação pela Cgcre/Inmetro, Dissertação de Mestrado em Sistema de Gestão, Universidade Federal. [12] W. C. R. M. Cova, Acreditação de laboratórios de ensaios de construção civil segundo a NBR ISO/IEC 17025: Avaliação das dificuldades e não conformidades envolvidas no processo, [13] R. B. Olivares, V. P. H. Pacces, F. M. Lanças, Dificuldades e vantagens na implantação de sistemas de gestão da qualidade para laboratórios, Tercer Congreso Virtual Iberoamericano sobre Gestión de Calidad en Laboratórios, INTERNET, [14] J.A. S Almeida, A. C. Pires, Acreditação: as vantagens e dificuldades da implementação de um Sistema da Qualidade num laboratório de ensaio e/ou calibração, química 101, Abr Jun 2006, pág [15] Yin, R., Estudo de caso: planejamento e métodos, Porto Alegre: Bookman, 2001 [16] Maximiano, Antônio C. Amaru. Introdução à Administração, São Paulo: Atlas, Márcia Cristina Carneiro Ueta e Roberto Roma Vasconcellos são da UNITAU - marcia.ueta@hotmail.com - rrdevasconcellos@gmail.com Outubro

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