PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

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1 PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) Fonte: PLD: CCEE / PLD médio: PONDERAÇÃO COMERC. PLD médio é a média ponderada dos valores já divulgados do PLD, pelas horas das semanas publicadas. 2. PLD médio 2 supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes de julho de 205. Fonte: PLD CCEE e CMO ONS Na 4ª semana de julho, houve queda no CMO em todos os submercados em relação à semana anterior. O CMO passou de: Sudeste - R$230,62/MWh para R$76,96/MWh, Sul - R$230,62/MWh para 78,68/MWh Norte - R$230,62/MWh para R$76,96/MWh Nordeste - R$280,99/MWh para R$220,55/MWh. Energia Armazenada: Nordeste segue em queda e Sul em alta O gráfico acima apresenta uma pequena redução no armazenamento para os submercados Nordeste e Norte, com cerca de - e -2 pontos percentuais respectivamente. 2 DE JULHO DE 205

2 Na terceira revisão de julho do PMO, o Sul apresentou um crescimento de 8,5 pontos percentuais em relação à segunda semana. O armazenamento passou de 72,5% para 9% da capacidade máxima (observado até 7 de julho de 205). O Sudeste permaneceu estável. OBS: 205 considera apenas o valor divulgado até 9/07/205 Analisando o comportamento do nível dos reservatórios do Sul no mês de Julho, nota-se que a região não possui um padrão. Nos últimos cinco anos, o armazenamento variou entre 74% e 95% da capacidade máxima. Em 200, ano do racionamento, os reservatórios registraram 97% de sua capacidade máxima, o valor mais alto da série. Em virtude disso, a região Sul não participou do racionamento àquela época. Análise da ENA de julho de 205 Atualizado até: 9/07/205 No gráfico acima, observa-se o aumento da ENA acumulada nos submercados Sul e Sudeste desde o início de julho. O destaque é o Sul, onde, a partir do dia 2, os valores de ENA acumulada subiram além dos 50% da MLT e chegaram a mais de 250% da MLT no dia 9. As regiões Nordeste e Norte seguem com a ENA acumulada praticamente inalterada, na casa dos 50% da MLT e 00% da MLT, respectivamente, desde o início de julho. 2 DE JULHO DE 205 2

3 2ª Revisão Quadrimestral Previsão da carga de 205 segue em queda de,8% em relação a 204 Nas últimas semanas, o Panorama Comerc apresentou diversos posts sobre o comportamento da carga de energia no SIN, que vem caindo entre janeiro e julho deste ano. O cenário de queda foi antecipado pelo ONS no evento do ENASE, mas sem prazo para a alteração da 2ª Revisão Quadrimestral da Carga. Na última sexta-feira, o ONS antecipou em um mês a revisão da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) para os anos de 205 a 209. A revisão estava prevista apenas para setembro. Em janeiro, a expectativa do crescimento da carga para 205 era de 3,2%. Em abril, o consumo industrial ficou abaixo do esperado e a ª Revisão Quadrimestral da Carga apresentou crescimento de 0,% entre 205 e 204. A última revisão passou para -,8%, uma redução de -.85 MWmédios comparado com 204. As variações entre a previsão inicial, ª e a 2ª revisão da carga podem ser observadas na tabela abaixo: Taxa de crescimento da carga no SIN - % Ano Dezembro - Previsão Maio - ª Revisão Julho - 2ª Revisão 205 3,2% 0,% -,8% 206 3,5% 2,0% 2,4% 207 3,8% 3,3% 3,7% 208 4,4% 4,0% 4,2% 209 3,8% 3,9% 4,% No submercado Sudeste/Centro-Oeste, entre janeiro e julho de 205, a carga observada caiu 3% devido ao baixo crescimento da atividade industrial. Este valor é expressivo, pois 60% da carga industrial do Brasil está na região. 2 DE JULHO DE 205 3

4 Além disso, o aumento significativo das tarifas de energia, iniciado no Reajuste Tarifário Extraordinário (RTE), fez com que o consumidor cativo reduzisse o seu consumo, contribuindo para diminuir ainda mais a carga de energia no SIN. O submercado Nordeste, por sua vez, apresentou crescimento de cerca de 4% entre janeiro e julho de 205, devido ao aumento do consumo residencial e comercial. Com este cenário, o ONS espera que a taxa de crescimento da carga para 205 seja,8% inferior a 204. A partir de 206, a previsão é de crescimento para todos os submercados, especialmente no Nordeste e Norte. Essas são as informações do documento preliminar da 2ª Revisão Quadrimestral da Carga. A Comerc aguarda mais detalhes do PEN para trazer mais informações. Resumo da reunião do Plano de Operação Energética Na segunda semana de Julho, a Comerc Energia participou da reunião do Plano de Operação Energética 205/9 PEN. O PEN é revisado anualmente e contempla o planejamento de operação do sistema elétrica para os próximos 5 anos. O Gerente Executivo de Programação da Operação, Francisco José Arteiro de Oliveira, iniciou a reunião destacando a importância do atendimento no horário de ponta. Não basta apenas disponibilidade de energia, mas também potência. Outro ponto é que as novas hidrelétricas serão majoritariamente a fio d água, sem reservatórios, o que reduz a capacidade de regularização do armazenamento no SIN. Com isso, o Sistema Interligado Nacional ficará mais dependente da afluência nos rios. Essa informação é reforçada pela relação entre energia armazenada e carga líquida nos anos de 205, 209 e 202, conforme o gráfico abaixo: 2 DE JULHO DE 205 4

5 O índice acima informa quanto tempo o país conseguiria consumir a energia armazenada se todos os reservatórios estiverem a 00%, na capacidade máxima. Em 205, esse suprimento está em 5,6 meses, passando para 5, meses em 209 e chegando a 3,35 meses em 202. Além da redução dos empreendimentos hídricos com grandes reservatórios, as energias complementares estão crescendo: Previsão de crescimento da energia solar e eólica o Eólica cresce 222% até 209 o Previsão de redução da participação hidráulica de 73,7% em 204 para 68% em 209, na matriz Segundo o ONS, o balanço de garantia física no SIN está positivo, com energia disponível superior à carga em todos os anos - aproximadamente MW médios em 205 até MW médios em 209. Os fenômenos climáticos indicam previsão de El Niño fraco a moderado, com pico em outubro e novembro deste ano. São esperadas chuvas no Sul acima da média para os próximos 3 meses. Leilões previstos para 205: 4/8 (solar fotovoltaica) 2/8 (hidro, eólica, térmica a GN) 3/ (solar fotovoltaica e eólica) Sobre os fatos recentes: A carga segue em queda. Os estudos do PEN foram realizados de acordo com a ª Revisão Quadrimestral da Carga. Uma semana após a reunião, o ONS divulgou a 2ª Revisão Quadrimestral da Carga em julho, quando normalmente seria divulgada em setembro, conforme a matéria anterior. As afluências ficaram abaixo da média histórica entre janeiro e maio de 205, nas principais bacias da região Sudeste. Na bacia do Grande, por exemplo, foi registrada a terceira pior afluência do histórico e, no Paranaíba, a décima pior. No Nordeste, a afluência no período foi a segunda pior do histórico. O estudo do PEN considerou os valores esperados de ENA para o Norte e o Sul, e o limite inferior para o Sudeste e Nordeste de maio a novembro: 2 DE JULHO DE 205 5

6 Sudeste: 75% da MLT Sul: 00% da MLT Nordeste: 53% da MLT Norte: 00% da MLT O armazenamento esperado nessas condições de ENA, ao final do período seco, em novembro, é de 20,3% no Sudeste e 2,7% no Nordeste. Ações adicionais para 205: Retomada do despacho de Uruguaiana (480 MW) começa após o fim do inverno argentino, com importação de até.000 MW. Também haverá importação de energia do sistema elétrico uruguaio, por meio das conversoras de Rivera e Melo. O ONS segue preocupado em acompanhar as condições energéticas, de modo a estimar com antecedência o nível do armazenamento. Meteorologia da Semana de 8 a 24 de julho A figura mostra o comparativo entre os valores da precipitação prevista, observada, normal climática para o período de 98 a 200 e a porcentagem do desvio em relação à climatologia para a semana de a 7 de julho. Quando comparados às previsões de chuva do modelo ETA (figura a) e o acumulado semanal de precipitação observado (figura b) para semana operativa de a 7 de julho, as regiões Norte, Nordeste e parte das regiões Sudeste e Centro apresentaram valores característicos do período seco. Destaca-se que a região Sul e a parte sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram totais de chuva significativos. Comparada ao observado (figura b) sobre a região com a normal climática (figura c) para a semana operativa, a região Sul apresentou valores de precipitação acima de 200% (figura d). Figura : Fonte: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Operador Nacional do Sistema (CPTEC/INPE/ONS) e Climate Prediction Center/National Centers for Environmental Prediction/National Oceanic and Atmospheric Administration (CPC/NCEP/NOAA). 2 DE JULHO DE 205 6

7 A figura 2 mostra as previsões de precipitação feitas pelos modelos ETA (CPTEC/INPE/ONS), figura 2a, e COSMO (INMET), figura 2b, para semana operativa de 8 a 24 de julho. Já a figura 3 mostra a normal climática de 98 a 200 (OMM) para mesma semana operativa. As previsões de precipitação dos modelos ETA e COSMO para a semana operativa de 8 a 24 de julho de 205 mostram totais significativos de chuva sobre a região Sul do país (figura 2a e 2b). Esses totais de precipitação previstos, se comparados à normal climática, indicam que o esperado está no que se considera normal para o período (figura 3). Para as demais regiões, os modelos mostram valores acumulados de precipitação não significativos, caracterizando assim o período seco. Figura 2: Fonte: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Operador Nacional do Sistema (CPTEC/INPE/ONS) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Figura 3: Fonte: Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Climate Prediction Center/National Centers for Environmental Prediction/National Oceanic and Atmospheric Administration (CPC/NCEP/NOAA). 2 DE JULHO DE 205 7

8 Legenda: Figura : Mapas de precipitação para semana de a 7 de julho, em (a) precipitação acumulada prevista pelo modelo ETA (CPTEC/INPE/ONS), em (b) precipitação acumulada observada para semana, em (c) normal climática (98 a 200) para a semana e em (d) porcentagem do desvio em relação a normal climática (CPC/NOAA). Figura 2: Precipitação acumulada prevista pelos modelos em (a) ETA 40 km (CPTEC/INPE/ONS) e (b) COSMO 7 km (INMET) para o período de 8 a 24 de julho. Figura 3: Normal climática de 98 a 200 (OMM) para a semana operativa do ONS de 8 a 24 de julho. Para ler o Glossário de Termos, clique aqui 2 DE JULHO DE 205 8