Macro Brasil. Impacto do corte dos spreads bancários dependerá da abrangência dessa medida. 2 de maio de 2012 Emerging Markets Research Brasil

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1 Emerging Markets Research Brasil Macro Brasil Análise Econômica Credit Suisse Brasil Nilson Teixeira Iana Ferrão Leonardo Fonseca Daniel Lavarda Tales Rabelo Impacto do corte dos spreads bancários dependerá da abrangência dessa medida Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CAIXA) anunciaram, no início de abril, forte corte de juros em várias modalidades de crédito. Essa redução dos juros nos bancos públicos responde à crítica do governo de que os spreads bancários são elevados em excesso no País. A diminuição de juros ocorreu nos financiamentos para pessoa física (pessoal consignado, pessoal não consignado, financiamento de veículos, cartão de crédito e cheque especial) e jurídica (capital de giro e desconto de recebíveis). As medidas anunciadas foram expressivas. Por exemplo, a taxa máxima nas operações de cartão de crédito do BB recuou de 363% ao ano para 43% ao ano. Redução de juros tende a estimular a economia pelo canal de crédito, diminuir o comprometimento da renda das famílias com dívidas e reduzir a inadimplência. Porém, o cálculo do impacto dessas medidas sobre as variáveis de crédito (e.g., juro médio e expansão da oferta de crédito) e de atividade é uma tarefa complexa por diversas razões, como a ausência de experiências similares anteriores no País. Neste momento, não é possível prever com precisão razoável a parcela dos empréstimos de cada modalidade de crédito beneficiada pelo corte de juros. Uma avaliação criteriosa sobre o efeito da redução de juros sobre a atividade só será possível com a divulgação dos dados de crédito bancário de maio e junho até o fim de julho. Por falta de informações precisas, optamos por não alterar nossa previsão de crescimento do PIB de 2,5% em 2012 e 4,0% em 2013 e de expansão do crédito bancário de 17,0% em Impacto na atividade das medidas de redução dos juros bancários pode ser expressivo. Na eventualidade de o BB e a CAIXA transferirem os benefícios da redução de juros para todos os tomadores de crédito das modalidades afetadas pelas medidas, o spread bancário diminuiria de 35,1 pp para pessoa física e 18,4 pp para pessoa jurídica para respectivamente, 29,5 pp e 17,1 pp. Nesse cenário, nossa projeção de crescimento do PIB aumentaria em 0,3 pp em 2012 e 0,5 pp em Porém, em um cenário com significativa probabilidade de o corte de juros no BB e na CAIXA abranger apenas um volume limitado de seus créditos e as demais instituições pouco reduzirem os seus spreads, o impacto no crescimento do PIB das medidas de diminuição de juros anunciadas seria muito baixo. Em um cenário extremo, em que todas as instituições financeiras acompanham a redução dos juros no BB e na CAIXA em uma proporção expressiva, o spread bancário diminuiria para 22,0 pp para pessoa física e 15,1 pp para pessoa jurídica. Nesse cenário, nossa projeção de expansão do PIB para 2013 se elevaria em cerca de 1,0 pp. Este boletim foi preparado pelo Credit Suisse, em seu nome e em nome das empresas ligadas ao grupo Credit Suisse é distribuído a título gratuito, com a finalidade única de prestar informações ao mercado em geral. Apesar de ter sido tomado todo o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações aqui prestadas reflitam com precisão informações no momento em que as mesmas foram colhidas, a precisão e exatidão de tais informações não são por qualquer forma garantidas e o Banco por elas não se responsabiliza. Este boletim é fornecido apenas para a informação de investidores profissionais, os quais, entende-se, deverão tomar suas próprias decisões de investimento, sem se basear neste boletim, não aceitando o Banco responsabilidade, de qualquer natureza, por perdas direta ou indiretamente derivadas do uso deste boletim ou do seu conteúdo. Este boletim não pode ser reproduzido, distribuído ou publicado por qualquer pessoa, para quaisquer fins.

2 Impacto do corte dos spreads bancários dependerá da abrangência dessa medida Spreads bancários no País são muito elevados na comparação internacional O spread bancário, definido como a diferença entre a taxa de juros ao tomador e ao depositante, é muito alto no País frente aos praticados em outros mercados (Gráfico 1). A diferença dos spreads no Brasil frente a qualquer conjunto de países é bem significativa. Mesmo tomando os países de baixa renda, a diferença não diminui muito. Essa diferença permanece muito elevada mesmo frente a regiões com histórico econômico, ambiente institucional e condições socioeconômicas relativamente semelhantes, como a América Latina (Gráfico 2). Por exemplo, em relação ao Peru, que é o segundo país com maiores spreads bancários, o diferencial tem permanecido muito próximo de 15 pontos percentuais (pp) desde Gráfico 1: Spreads bancários médios anuais em diversas regiões Em pontos percentuais Brasil Gráfico 2: Spreads bancários médios anuais dos bancos comerciais em 2010 em países da América Latina Em pontos percentuais Brasil Peru 17,4 31, Colômbia México 5,7 4,1 15 Baixa renda (3) 10 América Latina 5 Emergentes (1) Desenvolvidos 0 (2) Fonte: Banco Mundial, Credit Suisse Venezuela 3,5 Chile 3,0 Argentina 1,4 Fonte: Banco Mundial, Credit Suisse (1) Argentina, Chile, China, Colômbia, República Tcheca, Hungria, Índia, Indonésia, Israel, Coreia do Sul, Malásia, México, Peru, Filipinas, Polônia, Rússia, Cingapura, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Venezuela. (2) Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido, Estados Unidos. (3) Renda per capita de US$1.005/ano ou menos. Macro Brasil 2

3 Gráfico 3: Spread bancário prefixado médio e taxa Selic Os spreads bancários diminuíram no País desde 2004, sendo que o recuo mais marcante ocorreu nos bancos públicos (Gráfico 3), principalmente a partir de Apesar da redução dos juros básicos nos últimos trimestres, esse recuo não foi muito significativo nesse período e o spread bancário médio no crédito livre atingiu 28 pp em março de (Gráfico 4). % ao ano e pontos percentuais % ao ano e pontos percentuais Total Bancos privados Bancos públicos Selic média anual 30,5 27,9 21, Fonte: Banco Central, Credit Suisse 9,8 Gráfico 4: Spread médio anual no crédito livre e taxa Selic Spread bancário no crédito livre (pp) Taxa Selic (% aa) 28,0 9,8 0 Jan-11 Mar-11 Mai-11 Jul-11 Set-11 Nov-11 Jan-12 Mar-12 Fonte: Banco Central, Credit Suisse De acordo com estudos estatísticos divulgados pelo Banco Central, o principal fator explicativo dos elevados spreads bancários no País é a margem líquida dos bancos, erros e omissões, com uma participação média de 31% entre 2004 e 2010 (Gráfico 5). A inadimplência é o segundo fator mais relevante, respondendo por cerca de 29% do spread bancário no mesmo período. Os custos administrativos, além dos compulsórios e encargos, têm importância decrescente, em linha com os movimentos de consolidação na indústria. Por outro lado, a participação dos impostos diretos nos spreads bancários aumentaram de 15,6% em 2004 para 21,9% em 2010, sendo a alta mais significativa a partir de Além da estatística sobre spread bancário informada pelo Banco Central, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também elabora uma estimativa desse indicador. O cálculo da Febraban é mais amplo que o divulgado pelo Banco Central, pois, além do crédito livre referencial em taxa de juros, inclui as operações com recursos direcionados (como empréstimos do BNDES e imobiliário) e créditos não referenciados (e.g. leasing e cooperativas). As modalidades de crédito incluídas no cálculo do spread bancário da Febraban têm juros inferiores à média do crédito livre referencial. Assim, os spreads bancários estimados pela Febraban de 28,4% para pessoas físicas e de 13,5% para pessoas jurídicas em fevereiro são inferiores ao estimados pelo Banco Central, respectivamente, de 35,1% e 18,4% (dados de fevereiro de 2012). O fato de o spread bancário medido pela Febraban ser inferior ao calculado pelo Banco Central não altera as conclusões do nosso estudo. Isso porque nossas estimativas pretendem medir apenas o impacto sobre a economia das reduções das taxas de juros nas modalidades de crédito referenciais dos bancos públicos. Macro Brasil 3

4 Gráfico 5: Distribuição dos fatores explicativos do spread bancário prefixado % do total 30,3 29,6 30,0 31,0 34,7 29,9 32,7 Margem líquida, erros e omissões 15,6 15,3 15,5 16,0 9,4 8,1 6,1 6,5 24,3 27,6 30,5 28,4 23,2 5,2 26,7 20,0 5,3 30,6 21,9 4,1 28,7 Impostos diretos Compulsório e encargos Inadimplência 20,4 19,4 17,9 18,2 10,2 14,3 12, Fonte: Banco Central, Credit Suisse. Custo administrativo Bancos públicos de varejo reduziram os juros de várias modalidades de crédito Em função dos elevados spreads bancários no País, o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CAIXA) anunciaram, em meados de abril, medidas concentradas em: Redução das taxas de juros mínimas e máximas em várias modalidades de empréstimos bancários, tanto para pessoa física (pessoal consignado, pessoal não consignado, financiamento de veículos, cartão de crédito e cheque especial) como para pessoa jurídica (capital de giro e desconto de recebíveis), com o objetivo de diminuir os spreads bancários. A magnitude das reduções de juros anunciada foi muito expressiva: o O Banco do Brasil anunciou cortes dos juros anuais mínimos e máximos, respectivamente, de 59,4% para 41,7% e de 362,9% para 42,6% nos financiamentos de cartão de crédito; de 30,8% para 21,0% e de 60,1% para 26,5% nos financiamentos de bens; e de 15,9% para 12,0% e de 56,3% para 36,9% nos financiamentos de veículos, entre outros (Tabela 1). Tabela 1: Taxas de juros do crédito para pessoa física e jurídica do Banco do Brasil Pessoa física Financiamento de bens Financiamento de veículos Crédito consignado INSS Crédito benefício INSS Crédito 13º salário INSS Cartão de crédito Pessoa jurídica Capital de giro Desconto de recebíveis Taxa mínima (% aa) Anterior Atual 30,8 21,0 15,9 12,0 10,7 9,9 30,9 30,9 46,1 32,0 59,4 41,7 Taxa média* (% aa) Anterior 26,5 25,0 Taxa máxima (% aa) Anterior Atual 60,1 26,5 56,3 36,9 27,4 23,9 58,1 32,0 46,1 32,0 362,9 42,6 Atual 22,1 20,7 * Divulgada pelo banco. Não foram divulgadas as taxas mínimas e máximas das modalidades de crédito para pessoa jurídica. Fonte: BB, Credit Suisse Macro Brasil 4

5 o A CAIXA anunciou reduções nas taxas de juros anuais mínimas e máximas, respectivamente: de 59,5% para 40,1% e de 327,1% para 196,2% nas operações de cartão de crédito; e de 58,6% para 32,8% e de 88,0% para 57,9% no Crédito Direto ao Consumidor, entre outras (Tabela 2). Tabela 2: Taxas de juros do crédito para pessoa física e jurídica da CAIXA Pessoa física Taxa mínima (% aa) Taxa máxima (% aa) Anterior Atual Anterior Atual Crédito consignado (ex - INSS) 16,6 15,4 39,6 26,1 Crédito consignado INSS Crédito direto ao consumidor Cheque especial Cartão de crédito Financiamento de veículo 10,6 58,6 17,5 59,5 15,3 10,6 32,8 17,5 40,1 12,4 28,9 88,0 158,9 327,1 n/d 23,9 57,9 65,2 196,2 n/d Antecipação de imposto de renda Aporte CAIXA Garantia Imóvel 33,2 17,5 29,8 17,5 39,3 23,1 29,8 18,4 Pessoa Jurídica Taxa média* (% aa) Anterior Atual Giro CAIXA Fácil Desconto de cheques e duplicatas 26,5 25,0 22,1 20,7 * Divulgada pelo banco. Não foram divulgadas as taxas mínimas e máximas das modalidades de crédito para pessoa jurídica. Fonte: CAIXA, Credit Suisse. Elevação dos limites de crédito, com o intuito de expandir a oferta de crédito livre 2 para pessoa física e para micro e pequenas empresas e, consequentemente, estimular o crescimento da atividade econômica. O BB e a CAIXA informaram alterações nas taxas mínimas e máximas nas diversas modalidades de crédito. Porém, como não há informação sobre a distribuição do estoque de crédito de cada modalidade por taxa de juro pactuada, não é possível inferir se a mediana das taxas de juros é mais próxima das taxas mínimas ou das máximas. Isso agrega maior incerteza à estimativa do impacto da alteração dos juros nos principais bancos públicos sobre a taxa de juros média do crédito livre. O cálculo a ser apresentado sobre a média das taxas de juros para as várias modalidades considera, na maioria dos casos, a variação do ponto médio do intervalo dos juros divulgado pelas instituições. A redução da média das taxas máximas foi bem maior do que a das taxas mínimas, tanto no BB como na CAIXA. No agregado das operações do BB com taxas de juros alteradas, a redução da taxa de juros máxima foi de 56,7 pp, em média, enquanto diminuição da taxa mínima foi de 19,3 pp. No caso da CAIXA, a redução da taxa de juros máxima foi de 40,0 pp, enquanto a da taxa mínima foi de 13,6 pp. Embora aparentemente com menor alcance em um primeiro momento, os principais bancos comerciais privados também anunciaram redução dos juros em várias modalidades de crédito, após algumas semanas. 2 O estoque de crédito bancário no Brasil totalizou R$ 2,1 trilhões em março, o equivalente a 49,3% do PIB. Desse montante, 64% são de operações de crédito livre, financiadas por recursos captados no mercado pelas instituições financeiras, e 36% por operações de crédito direcionado (financiadas por recursos obtidos através de fundos constituídos pelo setor público ou a partir da vinculação de recursos definida pela legislação). As medidas recém-anunciadas pelos bancos públicos afetam apenas as operações de crédito com recursos livres. Macro Brasil 5

6 Medidas anunciadas visam, também, expandir a oferta de crédito e estimular a atividade O crescimento do crédito bancário ante o mesmo período do ano anterior diminuiu de 20,8% em março de 2011 para 18,0% em março de 2012, com uma diminuição da contribuição dos bancos privados de 11,7 pontos percentuais (pp) para 8,1 pp no período. Enquanto isso, a contribuição das instituições controladas pelo setor público para o crescimento do crédito aumentou de 9,1 pp para 9,9 pp no período (Gráfico 6). A participação das instituições de controle privado no crédito bancário diminuiu de 65,9% do total em dezembro de 2007 para 56,1% em março de 2012 enquanto que a dos bancos públicos (ex-operações diretas do BNDES) aumentou de 25,8% para 33,5% no período 3 (Gráfico 7). O estoque de crédito dos bancos públicos (ex-operações diretas do BNDES) aumentou 29,2% ao ano na média dos últimos quatro anos, ante altas de 18,3% nas instituições privadas nacionais e 14,5% nos bancos privados estrangeiros. Gráfico 6: Contribuição para o crescimento ante o mesmo período do ano anterior do crédito bancário Em pontos percentuais Gráfico 7: Composição do crédito bancário por controle de capital das instituições % do total 20,8 21,1 20,5 20,0 19,9 19,5 19,7 18,4 19,0 18,2 18,5 18,0 17,3 22,1 21,0 18,4 17,4 17,3 17,2 Privados Estrangeiros 11,7 12,0 12,0 12,0 11,7 11,2 10,8 10,1 9,5 9,0 8,8 8,0 8,1 Privados 43,8 42,8 40,1 40,8 39,2 38,9 Privados Nacionais 7,9 7,9 7,6 7,2 7,2 7,2 7,3 7,2 7,2 7,8 7,8 7,6 7,8 Públicos ex-bndes 25,8 27,5 30,4 31,4 33,0 33,5 Públicos ex-bndes 1,2 1,3 1,0 0,8 1,0 1,0 1,6 1,1 1,5 2,1 1,8 1,7 2,1 BNDES direto Mar-11 Mai-11 Jul-11 Set-11 Nov-11 Jan-12 Mar-12 Fonte: Banco Central do Brasil, Credit Suisse 8,3 8,8 11,2 10,4 10,6 10,4 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Mar-12 Fonte: Banco Central do Brasil, Credit Suisse BNDES direto No contexto de spreads bancários extremamente altos no País, vários representantes do governo têm argumentado que é possível reduzir os juros bancários sem ser necessário ao governo aprovar medidas que contribuam para essa diminuição. Assim, a redução dos juros bancários pelos bancos públicos responde à argumentação do governo federal de que os spreads bancários são muito elevados no País, apesar da redução dos riscos da economia brasileira e da forte redução dos juros básicos nos últimos anos. A redução da taxa de juros em várias modalidades de empréstimos bancários tende a contribuir para a reversão da desaceleração das operações de crédito bancário dos últimos trimestres, principalmente no segmento dos bancos privados. Em um primeiro momento, essa decisão também tende a elevar a participação dos bancos públicos no crédito bancário. Ao mesmo tempo, o recuo dos spreads bancários tende a estimular a economia pelo canal de crédito, diminuir o comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas e reduzir a taxa de inadimplência, pelo menos no curto prazo. 3 A participação do BNDES (operações diretas) no crédito total aumentou de 8,3% para 10,4% no período. Macro Brasil 6

7 Incerteza sobre o impacto e abrangência das medidas é muito elevada A decisão do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CAIXA) de reduzir de forma bastante expressiva os limites máximo e mínimo das taxas praticadas em importantes categorias de financiamento bancário poderá ter, em tese, impacto substancial no crescimento do crédito na economia. Por consequência, o impacto na atividade também pode ser significativo. O cálculo do impacto da redução dos spreads bancários sobre o crescimento do crédito bancário e a atividade econômica é uma tarefa complexa por diversas razões, entre as quais destacamos a ausência de experiências similares anteriores no País. Fora as questões mais técnicas, não é possível, em um primeiro momento, antecipar a abrangência das medidas no estoque de crédito dos próprios bancos públicos. As incertezas sobre a redução média dos spreads bancários e a consequente expansão do crédito bancário advêm de dúvidas sobre: Quão disseminada será a redução dos juros nas diversas categorias anunciadas. Eventuais contrapartidas que as instituições financeiras podem exigir para o tomador ter acesso ao crédito com juros bem menores (e.g., depósitos ou investimentos mínimos nos bancos e pagamento de tarifas). Qual o ritmo de aplicação do corte de juros nos empréstimos do BB e da CAIXA: estimativas sobre a propagação dessas novas taxas para o estoque total de crédito dependeriam de informações de caráter estratégico dos bancos que, em geral, não são públicas. Por exemplo, o BB e a CAIXA anunciaram apenas os limites mínimos e máximos nas taxas praticadas por modalidade de operação. Assim, não estão disponíveis os dados sobre a distribuição dos empréstimos por patamar de juros, impedindo a estimativa sobre a distribuição desses empréstimos por juros. Em que proporção os demais bancos acompanharão a decisão do BB e da CAIXA de reduzir juros: diversas instituições financeiras reduziram as taxas mínimas de várias linhas de crédito, sem explicitar claramente as condições requeridas para ter acesso aos empréstimos com juros menores. Por exemplo, o aumento da demanda por crédito do BB e da CAIXA dependerá da magnitude em que os demais bancos acompanharão a decisão de corte de juros. Quão sensível será a demanda por crédito à diminuição dos juros dos empréstimos: o recuo dos juros nos bancos públicos pode abranger apenas um volume limitado do crédito dessas instituições, com uma probabilidade razoável de os bancos privados manterem os spreads atuais para grande parcela dos seus tomadores de crédito. Nesse sentido, o impacto na economia das anunciadas reduções de juros seria baixo. Eventual restrição na oferta de crédito pelo BB e pela CAIXA, caso a demanda aumente significativamente em função do recuo dos juros: em particular, os bancos públicos poderão exigir, inclusive, aporte de capital. Macro Brasil 7

8 Além das incertezas assinaladas, a estimativa da transmissão dessa redução de juros sobre a atividade econômica é complexa, tendo em vista que: O histórico sobre ações dessa natureza é pequeno. O corte dos juros anunciado foi tão substancial que a inferência a partir dos modelos estimados tende a produzir resultados pouco robustos. Nossas simulações sugerem que pode ser expressivo o impacto de medidas de diminuição dos juros bancários em um importante segmento do crédito, caso a maioria dos empréstimos dos bancos públicos seja afetado e ocorra grande adesão das instituições privadas a essa política. Em um primeiro momento, tendo por base a experiência de 2009 a 2010, é razoável assumir que o declínio efetivo dos spreads bancários tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica será bastante concentrado no BB e na CAIXA. Por exemplo, enquanto o estoque de crédito do Banco do Brasil aumentou 33,6% em 2009, o crescimento da carteira de crédito do Itaú Unibanco foi de 1,8% e do Bradesco, 9,0%. Em resumo, não é possível estimar com precisão razoável, em um primeiro momento, qual o percentual dos empréstimos de cada modalidade que será beneficiada pela redução dos juros. Uma avaliação mais criteriosa sobre a efetividade do declínio dos juros em algumas modalidades de crédito em bancos públicos sobre a atividade só será possível quando forem divulgados os dados referentes ao crédito bancário de maio e junho, com divulgações programadas, respectivamente, para fim de junho e julho. Assim, por falta de informações precisas, optamos por não alterar o nosso cenário de crescimento do PIB de 2,5% em 2012 e 4,0% em 2013 e de expansão do crédito bancário de 17,0% em Peso dos bancos públicos no crédito livre sugere que medidas anunciadas podem ter forte impacto A significativa participação dos bancos públicos de varejo no estoque de crédito bancário e a forte redução dos juros anunciada pelo BB e pela CAIXA sugerem que o impacto das medidas de redução dos juros das operações de crédito livre pode ser expressivo. A concretização desse cenário exige que todos os tomadores de crédito nas modalidades com taxas alteradas estejam habilitados a receber empréstimos às novas taxas de juros anunciadas. A imprensa local tem mostrado que, pelo menos em um primeiro momento, pode haver alguns pré-requisitos para o enquadramento nessas condições mais favoráveis (e.g., contrapartidas, pagamentos de taxas e transferências de contas correntes para recebimento de benefícios sociais), o que sinaliza que nem todos os tomadores de crédito serão beneficiados pelas reduções de juros. Estimamos que o estoque de crédito das cinco principais modalidades de crédito para pessoa física (consignado, pessoal não consignado, veículos, cartão de crédito e cheque especial) nas carteiras dos principais bancos públicos representa 27,1% do crédito para 4 Nossa projeção já assume melhoria das condições de crédito nos próximos trimestres e maior crescimento dos empréstimos bancários. Como destacamos no Macro Brasil "Recuo do comprometimento da renda das famílias com crédito exige menores spreads", prevemos recuo da taxa de inadimplência no crédito livre dos atuais 5,7% de março para 5,5% no fim de 2012, devido à diminuição do percentual de saldos em atraso nas operações para pessoas físicas de 7,4% para 7,3%. Macro Brasil 8

9 pessoa física 5, sendo a participação do BB de 21,1% e da CAIXA de 6,0%. Projetamos que a redução da taxa de juros anual média nas cinco modalidades de crédito livre para pessoa física será de: BB: 20,4 pp, de 50,1% para 29,7%. CAIXA: 21,0 pp, de 54,2% para 33,3%. No crédito para pessoa jurídica, assumimos que, tanto no BB como na CAIXA, as operações que terão declínio significativo de juros serão as de Capital de Giro e de Desconto de recebíveis. O estoque agregado dos dois bancos públicos nessas duas modalidades de crédito representa 25,1% do crédito livre para pessoa jurídica 6, sendo que a participação do BB é de 18,5% e a da CAIXA é de 6,6%. Estimamos que a redução da taxa de juros anual média dessas linhas seja de: BB: 4,4 pp, de 26,3% para 21,9%. CAIXA: 7,7 pp, de 26,0% para 18,3%. O cálculo da taxa de juros média considerou o ponto médio entre as taxas mínimas e máximas informadas pelas instituições. As linhas de crédito de cada instituição consideradas para o cálculo dos juros médios nas cinco modalidades de crédito livre para pessoa física e nas duas linhas de crédito livre para pessoa jurídica foram (Tabela 3): Tabela 3: Linhas de crédito de cada instituição utilizadas no cálculo da taxa de juros média dos bancos públicos nas operações de crédito livre Modalidades de crédito livre Linhas de crédito do Banco do Brasil Linhas de crédito da Caixa Econômica Federal 1. Pessoal não-consignado Financiamento de Bens BB Crediário e BB Crédito Automático Crédito Pessoal Sênior, Crédito Pessoal Turismo, Crédito Pessoal Automático Pessoa Física 2. Consignado Crédito Consignado INSS Taxas mínimas e máximas do crédito consignado informadas pela CAIXA 3. Veículos Financiamento de veículos leves Financiamento de veículo 4. Cartão de crédito Cartão de crédito Média das linhas Nacional, Internacional, Gold, Platinum e Infinite 5. Cheque especial Cheque especial Cheque especial Normal e Cheque especial Mínima Pessoa Jurídica 1. Capital de giro 2. Desconto de recebíveis Taxas médias informadas pela instituição Taxas médias informadas pela instituição Assumimos redução proporcional à realizada na modalidade desconto de recebíveis Taxas médias informadas pela instituição Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse 5 Excluindo a rubrica Outras operações de crédito não-referenciadas, que concentram principalmente o volume de recursos pago a vista em faturas de cartão de crédito. 6 Considerando as operações referenciais em taxas de juros. Macro Brasil 9

10 Considerando o peso dessas modalidades de crédito do BB e da CAIXA no estoque de crédito livre e a nossa estimativa para a redução média dos juros, estimamos que a redução dos juros no BB e na CAIXA diminuiria a taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa física em 5,6 pp, com a diminuição no BB respondendo por 4,3 pp e na CAIXA por 1,3 pp (Tabela 4). Tabela 4: Impactos sobre a taxa de juros anual média para pessoa física (PF) Total ponderado Peso (% do crédito livre PF) 21,1 Banco do Brasil Taxa média anterior (% aa) 50,1 Taxa média atual (% aa) 29,7 Variação (pp) -20,4 Peso* (% do crédito livre PF) 6,0 Caixa Econômica Federal Taxa média anterior (% aa) 54,2 Taxa média atual (% aa) 33,3 Variação (pp) -21,0 Pessoal não consignado Pessoal consignado Veículos Cartão de crédito Cheque especial 3,7 9,1 5,5 2,3 0,5 59,9 18,8 34,7 174,8 143,3 47,8 16,7 24,2 42,6 142,2-12,1-2,1-10,6-132,3-1,1 1,1 2,0 2,1 0,3 0,5 74,8 27,6 30,5 201,4 122,0 47,8 20,6 21,2 108,7 54,4-27,0-7,0-9,3-92,6-67,6 Impacto sobre o juro médio do crédito livre PF -4,3 pp -1,3 pp * A Caixa Econômica Federal não informa em seus resultados a distribuição de sua carteira de crédito pessoal. Assumimos que a distribuição entre pessoal não consignado, consignado e veículos é similar à do agregado do setor bancário. Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Com a redução de 5,6 pp, a taxa média de juros do crédito livre para pessoa física diminuiria de 44,4% ao ano em março para 38,8%. Nesse cenário, o spread bancário médio anual dessas operações diminuiria de 35,1 pp em março para 29,5 pp (Gráfico 8). Gráfico 8: Redução do juro e do spread anual médio do crédito livre para pessoa física 44,4 5,6 38,8 35,1 5,6 29,5 Mar-12 Redução Estimada Mar-12 Redução Estimado Taxa de juros média (% ao ano) Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Spread médio (pp) De modo análogo, estimamos que a redução da taxa de juros média dos bancos públicos contribuiria para diminuir a taxa média de juros do crédito livre para pessoa jurídica em 1,3 pp, com a diminuição no BB respondendo por 0,8 pp e na CAIXA por 0,5 pp (Tabela 5). Macro Brasil 10

11 Tabela 5: Impactos na taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa jurídica (PJ) Total ponderado Capital de giro Desconto de recebíveis Impacto sobre o juro médio do crédito livre PJ Peso (% do crédito livre PJ) 18,5 15,3 3,2 Banco do Brasil Taxa média anterior (% aa) 26,3 26,5 25,0 Taxa média atual (% aa) 21,9 22,1 20,7 Variação (pp) -4,4-4,4-4,3 Peso (% do crédito livre PJ) 6,6 6,4 0,2 Caixa Econômica Federal Taxa média anterior (% aa) 26,0 26,1 22,7-0,8 pp -0,5 pp Taxa média atual (% aa) 18,3 18,4 16,1 Variação (pp) -7,7-7,7-6,6 Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Com essa diminuição de 1,3 pp, a taxa média de juros do crédito livre para pessoa jurídica diminuiria de 27,7% ao ano em março para 26,4%. Nesse cenário, o spread bancário médio anual dessas operações diminuiria de 18,4 pp em março para 17,1 pp (Gráfico 9). Gráfico 9: Redução do juro e do spread anual médio do crédito livre para pessoa jurídica 27,7 1,3 26,4 18,4 1,3 17,1 Mar-12 Redução Estimada Mar-12 Redução Estimado Taxa de juros média (% ao ano) Spread médio (pp) Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Carteira dos bancos públicos beneficiada pelo corte de juros pode ser pequena, o que reduziria bastante o efeito das medidas na economia A principal incerteza relacionada ao impacto das medidas dos bancos públicos de varejo sobre o crédito livre está relacionada ao montante efetivo das operações do BB e da CAIXA que será afetado pelos cortes de juros. Segundo relatório do time de analistas de renda variável do Credit Suisse 7 responsável pela cobertura das ações do setor financeiro no País, apenas uma parcela reduzida do estoque de cada uma das modalidades de crédito do BB mencionadas (pessoal consignado, pessoal não consignado, veículos, cartão de crédito, capital de giro e desconto de recebíveis) será beneficiada pela redução de juros. Por exemplo, do total de crédito do BB para financiamento de veículos de R$ 51,3 bilhões, apenas R$ 3,5 bilhões (11% do total) estariam enquadrados na redução de juros 8. 7 Link para o relatório: Banco do Brasil (BBAS3): Message received (loud and clear!) 8 Apenas o financiamento de veículos contratado na agência, cujo saldo da carteira é de R$ 3,5 bilhões, seria afetado pela redução de juros. Macro Brasil 11

12 A partir das hipóteses do relatório citado, apenas 7,7% do estoque de crédito para pessoa física do BB seria enquadrado nas medidas, representando apenas 1,8% do estoque total de crédito livre para pessoa física da economia 9. No caso da CAIXA, assumimos que todo o estoque de crédito nas modalidades mencionadas para pessoa física (pessoal consignado, pessoal não consignado, veículos, cheque especial e cartão de crédito) seria beneficiado pela redução de juros 10. Nesse sentido, o impacto sobre o crédito das medidas anunciadas pela CAIXA seria igual ao estimado na seção anterior. Considerando o estoque de crédito exposto do BB e as reduções de juros anunciadas, estimamos que a redução da taxa de juros anual média das linhas afetadas seria de 37,3 pp, de 60,7% para 23,4% (Tabela 6). Dadas as hipóteses consideradas, a redução de juros no BB e na CAIXA diminuiria a taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa física em 2,0 pp, de 44,4% (março de 2012) para 42,4%, sendo 0,7 pp referente ao BB e 1,3 pp à CAIXA 11. Tabela 6: Impactos sobre a taxa de juros anual média do crédito para pessoa física (PF) Banco do Brasil Linhas de crédito afetadas Total Financiamento de bens Financiamento de veículos Crédito consignado INSS Crédito benefício INSS Crédito 13º salário INSS Cartão de crédito Impacto sobre o juro médio do crédito livre PF Saldo das linhas afetadas Peso* Taxa média (% aa) do BB (R$ bilhões) (% do crédito livre PF) Atual Nova Variação (pp) 10,11 1,79 60,7 23,4-37,3 0,26 0,05 50,6** 25,3** -25,3 3,50 0,62 21,7** 17,5** -4,2 3,60 0,64 19,1 16,9-2,2 0,70 0,12 44,5 31,5-13,0 0,05 0,01 46,1 32,0-14,1 2,00 0,35 211,1 42,1-169,0-0,7 pp * Peso das linhas de crédito do BB afetadas pela redução de juros no total de crédito livre para PF (R$ 565 bilhões) ** Taxas médias informadas pelo BB. As demais taxas se referem ao ponto médio entre as taxas mínimas e máximas informadas. Fonte: BB, Banco Central, Credit Suisse O estoque de crédito para pessoa jurídica do BB passível de ser beneficiado pela redução de juros responde por 8,2% das linhas de crédito disponíveis do BB, o que equivale a apenas 2,5% do total do estoque do crédito livre para a pessoa jurídica. Assim, a redução esperada na taxa de juros anual média das linhas afetadas do BB no crédito para pessoa jurídica seria de 6,0 pp, de 38,0% para 32,0% (Tabela 7). Dada a hipótese de baixo volume de crédito do BB a ser beneficiado pelas medidas e que todo o estoque de crédito da CAIXA nas modalidades mencionadas para pessoa jurídica (capital de giro e desconto de recebíveis) seria afetado pela redução de juros, a 9 Esse valor exclui a rubrica Outras operações de crédito não-referenciadas, que concentra, principalmente, o volume de recursos pago a vista em faturas de cartão de crédito. 10 A ausência de informações sobre o percentual do estoque do crédito para pessoa física da CAIXA que está efetivamente exposto às medidas eleva a incerteza em relação aos cálculos dos impactos das medidas sobre a carteira de crédito da CAIXA. Nesse sentido, a hipótese de que todo o estoque de crédito nas modalidades beneficiadas estará exposto às reduções dos juros sugere que a estimativa para o impacto da redução da taxa de juros da CAIXA está superestimada. Por esse mesmo raciocínio, nossa projeção para o BB estaria subestimada ao excluir a possibilidade de substituição entre modalidades de crédito distintas. 11 Dados referentes à CAIXA apresentados na Tabela 4. Macro Brasil 12

13 diminuição dos juros desse nesse conjunto de créditos sobre a taxa média de juros anual do crédito livre para pessoa jurídica seria de 0,7 pp, sendo a participação do BB de 0,2 pp e da CAIXA de 0,5 pp 12. Nesse sentido, a taxa de juros média anual do crédito livre para pessoa jurídica diminuiria de 27,7% (março de 2012) para 27,0%. Tabela 7: Impactos sobre a taxa de juros anual média para pessoa jurídica (PJ) Banco do Brasil Saldo exposto à redução de Peso* Taxa média (% aa) Variação juros (R$ bilhões) (% do crédito livre PJ) Anterior Atual (pp) Capital de giro e descontos de recebíveis 14,0 2,5 38,0 32,0-6,0 Impacto sobre o juro médio do crédito livre PJ -0,2 pp * Peso das linhas de crédito do BB afetadas pela redução de juros no total de crédito livre para PJ (R$ 555 bilhões) Fonte: BB, Banco Central, Credit Suisse A eventual incidência do declínio dos juros apenas a uma pequena parte da carteira de crédito para pessoa física do BB promoveria um baixo impacto sobre a economia desse anúncio de corte de spreads do BB. Adicionalmente, mesmo assumindo que todo o estoque de crédito da CAIXA seja beneficiado pelo recuo de juros, o impacto na economia das medidas pode ser baixo, em função da reduzida participação da CAIXA no crédito livre. Não obstante a avaliação de que apenas uma pequena parte dos financiamentos do BB será beneficiada pela redução dos juros, não se pode descartar a possibilidade de que a parcela de créditos do BB expostos à redução dos juros aumente gradualmente nos próximos trimestres, ainda mais se a retomada da atividade nesse período for muito lenta. Nesse caso, o governo pode continuar estimulando os bancos públicos a ampliarem a abrangência das medidas. Isso pode elevar, sobremaneira, a estimativa do impacto da redução dos juros sobre os juros bancários médios da economia, dependendo da disposição das instituições públicas e privadas em elevarem a oferta de crédito para suprir a maior demanda. Impacto do corte de juros na atividade será função da parcela dos empréstimos bancários enquadrados nessa medida A redução dos juros médios do crédito bancário dependerá, em um primeiro momento, da parcela das carteiras de crédito, em particular, do BB e da CAIXA, que será beneficiada pelo declínio dos juros anunciados por esses bancos. Em um momento posterior, essa redução será função, também, da propagação dessas medidas para as demais instituições financeiras (Gráfico 10): CENÁRIO I: Assumindo que a redução efetiva dos juros seja limitada a apenas uma parcela dos financiamentos do BB e da CAIXA (conforme discutido na seção anterior), a taxa de juros anual média do crédito para pessoa física seria reduzida em 2,0 pp, alcançando 42,4%. 12 Dados referentes à CAIXA apresentados na Tabela 5. Macro Brasil 13

14 CENÁRIO II: Assumindo que todo o estoque das modalidades afetadas das carteiras do BB e da CAIXA tenham os juros reduzidos, a taxa de juros anual média do crédito para pessoa física diminuiria 5,6 pp, para 38,8%. CENÁRIO III: No caso em que, além da totalidade das carteiras do BB e da CAIXA, as demais instituições financeiras reduzissem os juros do crédito para pessoa física em magnitude equivalente à metade da redução média promovida por BB e CAIXA, a taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa física diminuiria 13,1 pp, para 31,3%. Para efeito de comparação, o menor nível da taxa de juros do crédito livre para pessoa física na série iniciada em junho de 2000 foi de 39,1% em novembro de 2010, após um forte recuo nos trimestres anteriores desde o nível de 57,9% de dezembro de Gráfico 10: Simulações do impacto da alteração do juro dos bancos públicos sobre a taxa média do crédito livre para pessoa física Em pontos percentuais Cenário I Redução dos juros apenas nas linhas afetadas do BB e da CAIXA Cenário II Redução em todas as linhas do BB e da CAIXA Cenário III Redução em todas as linhas do BB e da CAIXA e nos demais bancos equivalente à metade da promovida pelos bancos públicos 44,4-0,7-1,3-2,0 42,4 44,4-4,3-1,3-5,6 38,8 44,4-4,3-1,3-7,5 31,3-13,1 atual Alteração do juro médio após redução atual Alteração do juro médio após redução atual Alteração do juro médio após redução BB CAIXA Demais instituições financeiras Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Em relação ao crédito livre para pessoa jurídica, simulações similares às realizadas para o crédito para pessoa física sugerem que (Gráfico 11): CENÁRIO I: Assumindo que a redução efetiva dos juros seja limitada a apenas uma parcela dos financiamentos do BB e da CAIXA (conforme discutido na seção anterior), o juro médio do crédito livre para pessoa jurídica seria reduzido em 0,7 pp, alcançando 27,0%. CENÁRIO II: Assumindo que todo o estoque das modalidades afetadas das carteiras do BB e da CAIXA tenham os juros reduzidos, a taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa jurídica diminuiria 1,3 pp, para 26,4%. CENÁRIO III: No caso em que, além da totalidade das carteiras do BB e da CAIXA, as demais instituições financeiras reduzem os juros do crédito livre para pessoa jurídica em magnitude equivalente à metade da redução média promovida por BB e CAIXA, a taxa de juros anual média do crédito livre para pessoa jurídica seria reduzida em 3,3 Macro Brasil 14

15 pp, para 24,4% (Gráfico 11). Esse patamar é ligeiramente superior ao nível mínimo histórico de 22,9% de dezembro de Gráfico 11: Simulações do impacto da alteração do juro dos bancos públicos sobre a taxa média do crédito livre para pessoa jurídica Em pontos percentuais Cenário I Redução dos juros apenas nas linhas afetadas do BB e da CAIXA Cenário II Redução em todas as linhas do BB e da CAIXA Cenário III Redução em todas as linhas do BB e da CAIXA e nos demais bancos equivalente à metade da promovida pelos bancos públicos 27,7-0,2-0,5-0,7 27,0 27,7-0,8-0,5 26,4 27,7-0,8-0,5-1,3-2,0 24,4-3,3 atual Alteração do juro médio após redução atual Alteração do juro médio após redução atual Alteração do juro médio após redução BB CAIXA Demais instituições financeiras Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Redução expressiva nos spreads bancários pode estimular bastante a atividade Para estimar o impacto na atividade econômica da redução dos juros para o tomador de crédito, assumimos que: Redução inicial dos spreads será concentrada, inicialmente, no BB e na CAIXA: o impacto da redução dos spreads bancários sobre a dinâmica da atividade dependerá do ritmo de implementação das medidas. É provável que uma eventual aceleração do crédito livre para pessoa física seja concentrada, pelo menos em um primeiro momento, nos bancos públicos, como foi o caso no período Redução dos juros tanto ao tomador pessoa física quanto pessoa jurídica nos bancos públicos será seguida pelas demais instituições financeiras no prazo de alguns trimestres, em um cenário em que a disseminação das medidas no BB e na CAIXA seja significativa. Tempo de adoção dessas medidas será tanto maior quanto mais significativas forem as metas de recuo dos juros ao tomador: essa hipótese é válida tanto para os bancos públicos de varejo quanto para os bancos privados. Tudo mais constante, o declínio das taxas ao tomador elevará a demanda por concessões de crédito: o aumento dessa demanda dependerá do novo nível de juros, que é uma função da estratégia e do ritmo de implementação dessas medidas pelos bancos públicos e privados. Por hipótese, tanto os bancos públicos quanto os privados Macro Brasil 15

16 nacionais e estrangeiros ofertarão a quantidade de crédito necessária para atender o aumento da demanda. A estimativa da demanda de crédito como função da média das taxas de juros é identificada em uma estimação por mínimos quadrados em dois estágios, em que os instrumentos utilizados na identificação da demanda de crédito são as variações não antecipadas na taxa de inadimplência. No caso da demanda por crédito para pessoa física, essas inovações são definidas levando-se em consideração: termos auto-regressivos. inadimplência de curto prazo (saldos em atraso de 15 a 90 dias). indicadores do mercado de trabalho. Para a identificação da demanda por crédito para pessoa jurídica, são considerados ainda alguns indicadores de atividade de curto prazo. Em geral: A demanda por crédito para pessoa jurídica é relativamente menos sensível aos juros na comparação com a demanda por crédito para pessoa física. O volume dessas operações responde mais às flutuações do ciclo econômico do que às condições específicas dos empréstimos. São identificados três regimes distintos para as operações de crédito para pessoa física (Gráfico 12): o A demanda era relativamente insensível a variações nas taxas de juros para a parte inicial da amostra (maio de 2001 a agosto de 2005). o Entre meados de 2005 e o início de 2008, houve um expressivo crescimento nessas operações, associado principalmente ao consumo de bens duráveis. o No período mais recente, sob taxas historicamente menores, a demanda por operações tem sido mais sensível a variações nos juros. Macro Brasil 16

17 Gráfico 12: Estimativa da demanda por crédito para pessoa física Crescimento do crédito livre para pessoa física (ante o mesmo período do ano anterior) e taxa de juro média do crédito livre para pessoa física (% ao ano, média móvel de 12 meses) Crescimento do crédito livre - PF No período inicial da amostra, o crescimento do crédito era pouco sensível ao nível da taxa de juros. Essa sensibilidade tornou-se maior nos últimos anos. Correlação entre crescimento do crédito e nível da taxa de juro Curva de demanda de crédito estimada Ago-05 Jan-08 Mai Mar Taxa de juro média do crédito livre - PF Fonte: Banco Central, Credit Suisse A maior demanda por crédito tende a acelerar as operações, principalmente para a pessoa física, cujas taxas ao tomador podem apresentar maior recuo. Por exemplo, o crescimento do crédito livre para pessoa física ante o mesmo período do ano anterior, que foi de 19,2% em 2010, diminuiu para 16,2% em 2011 e para 15,5% em março de Portanto, são considerados três cenários (Tabela 8): CENÁRIO I: Este é o cenário em que o BB e a CAIXA não transferem os benefícios da redução de juros para todos os tomadores de crédito nas linhas que tiveram anúncio de diminuição expressiva das taxas. Neste caso, apenas o BB e a CAIXA reduzem as taxas praticadas ao tomador pessoa física e jurídica. Esse recuo ocorreria em apenas um trimestre e estaria restrito a linhas específicas, conduzindo à redução do spread bancário de 2,0 pp para pessoa física e de 0,7 pp para a pessoa jurídica em um trimestre. CENÁRIO II: Este é o cenário em que todos os tomadores de crédito nas linhas com anúncio de redução de juros serão beneficiados. Assumimos que os tomadores de crédito são beneficiados pela redução dos juros após dois trimestres do anúncio do BB e da CAIXA. Nesse caso, estimamos que haveria um recuo no spread bancário de 5,6 pp para pessoa física e de 1,3 pp para pessoa jurídica em um período de dois trimestres. CENÁRIO III: Este seria um cenário mais extremo. Essa simulação é apresentada apenas para efeito de avaliação dos benefícios máximos para um prazo até o fim de Neste caso, não apenas consideramos as hipóteses para BB e CAIXA do Cenário II, como assumimos que as demais instituições financeiras diminuem suas taxas praticadas em 50% da intensidade da redução programada para as instituições Macro Brasil 17

18 Tabela 8: Descrição dos cenários públicas de varejo. Nesse caso, haveria recuo do spread bancário de 13,1 pp para a pessoa física e de 3,3 pp para pessoa jurídica em um período de quatro trimestres. Cenário I Cenário II Cenário III Medidas Impacto Defasagem do impacto Redução dos juros no Banco do Brasil fica restrita a uma parcela do estoque de crédito livre do banco Redução dos juros em todas as linhas de crédito livre da CAIXA Demais instituições não reduzem os juros de forma significativa Redução dos juros em todo o estoque das linhas de crédito livre do Banco do Brasil Redução dos juros em todas as linhas de crédito livre da CAIXA Demais instituições não reduzem os juros de forma significativa Redução dos juros em todo o estoque das linhas de crédito livre do Banco do Brasil Redução dos juros em todas as linhas de crédito livre da CAIXA Demais instituições reduzem os juros do crédito livre em metade da magnitude promovida por BB e CAIXA Redução do juro médio do crédito livre Redução do juro médio do crédito livre Redução do juro médio do crédito livre de de 2,0 pp para pessoa física e de 0,7 de 5,6 pp para pessoa física e de 1,3 pp 13,1 pp para pessoa física e de 3,3 pp pp para pessoa jurídica para pessoa jurídica para pessoa jurídica Efeito em 1 trimestre Efeito em 2 trimestres Efeito em 4 trimestres Fonte: Credit Suisse Nessas circunstâncias (Gráfico 13): CENÁRIO I: O crescimento do crédito para a pessoa física seria de 1,9 pp maior do que nossa atual projeção de 16% para 2012, revertendo a atual desaceleração a partir do 3T12, e 2,5 pp acima da nossa previsão de 18% em O crescimento do crédito para pessoa jurídica seria de 2,2 pp maior do que nossa projeção de 15% em 2012 e de 2,6 pp superior a nossa expectativa de 17% em CENÁRIO II: O crescimento do crédito livre para pessoa física seria um pouco mais expressivo, alcançando patamar um pouco inferior a 20,0% no fim de 2012 e de 23,7% em O crescimento do crédito livre para pessoa jurídica seria de 2,5 pp maior do que nossa projeção atual de 15,0% em 2012 e 3,2 pp acima da nossa expectativa de 17% em CENÁRIO III: uma redução tão expressiva dos juros seria compatível com uma alta expressiva do crescimento no crédito livre para pessoa física de 21,7% em 2012 e de 29,8% em Essa seria a maior expansão anualizada desde o 2T06. O diferencial em relação à nossa projeção atual para o crescimento do crédito livre para pessoa jurídica seria de 3,2 pp em 2012 e de 5,0 pp em Macro Brasil 18

19 Gráfico 13: Crescimento do crédito livre para pessoa física (% ante o mesmo período do ano anterior) Cenário 3 (Redução de 13,1 pp da taxa de juros ao tomador em 4 trimestres) Cenário 2 (Redução de 5,6 pp da taxa de juros ao tomador em 2 trimestres) Cenário 1 (Redução em 2,0 pp da taxa de juros ao tomador em 1 trimestre) Cenário-base 16, ,3 18,5 18,2 17,7 15,5 17,4 16,4 21,7 19,5 17,9 16,0 23,5 21,3 18,9 16,5 26,3 22,5 19,5 17,0 28,4 23,2 20,0 17,5 29,8 23,7 20,5 18,0 4T11 1T12 2T12e 3T12e 4T12e 1T13e 2T13e 3T13e 4T13e Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Disseminação da redução dos juros bancários para todos os tomadores de crédito elevaria o crescimento do PIB em 2012 em até 0,5 pp Nossos modelos sugerem que os efeitos mais significativos da redução dos juros sobre a atividade ocorreriam decorridos 6 trimestres. Deixando de lado que o grau de incerteza sobre os modelos e as hipóteses é considerável, prevemos que o impacto da redução dos juros no crescimento do PIB nos próximos anos seria de (Gráfico 14): CENÁRIO I: No cenário em que a redução dos juros ocorre apenas em um subconjunto das operações do BB e da CAIXA, o efeito sobre o crescimento do PIB em 2012 seria relativamente modesto, mesmo que as metas dessas instituições fossem atingidas em apenas um trimestre. Uma redução dos juros médios no crédito livre de 2,0 pp para pessoa física e de 0,7 pp para pessoa jurídica elevaria o crescimento do PIB em 0,2 pp em 2012, frente à nossa projeção de 2,5%. Em 2013, o crescimento seria 0,3 pp superior à nossa projeção atual, atingindo 4,3%. CENÁRIO II: Nesse cenário, em que todos os tomadores de crédito nas linhas com anúncio de redução de juros do BB e da CAIXA são beneficiados, a aceleração do crédito livre faria com que o crescimento do PIB em 2012 fosse 0,3 pp superior à nossa projeção atual (de 2,5% para 2,8%). O impacto maior seria concentrado em 2013, quando a expansão do produto seria de 4,5%, 0,5 pp superior à nossa previsão. CENÁRIO III: Essa hipótese considera diminuição generalizada das taxas praticadas pelos bancos públicos e propagação para os demais bancos. O crescimento do PIB seria 0,5 pp maior do que nossa projeção atual para Em função do provável tempo necessário para que ocorra uma redução tão significativa das taxas praticadas Macro Brasil 19

20 ao tomador (quatro trimestres, por hipótese), o efeito mais significativo sobre o crescimento do PIB ocorreria apenas em 2013, quando o crescimento adicional do PIB acumulado em 12 meses seria de quase 1,0 pp superior a nossa projeção atual de 4,0%. Gráfico 14: Efeito acumulado de redução nas taxas de juros das operações de crédito livre para pessoa física (PF) e jurídica (PJ) sobre o crescimento do PIB %, acumulada em 4 trimestres Cenário III: Recuo de 13,1 pp na taxa PF e de 3,3 pp na PJ em 4 trimestres Cenário II: Recuo de 5,6 pp na taxa PF e de 1,3 pp na PJ em 2 trimestres Cenário I: Recuo de 2,0 pp na taxa PF e de 0,7 pp na PJ em 1 trimestres Cenário Base 3,7 3,6 3,4 3,0 3,2 2,7 2,8 2,7 2,1 2,5 2,1 2,1 1,8 2,1 1,8 1,8 1,9 1,7 4,4 4,2 4,0 3,8 4,8 4,9 4,5 4,5 4,3 4,3 4,1 4,0 4T11 1T12 2T12e 3T12e 4T12e 1T13e 2T13e 3T13e 4T13e Fonte: BB, CAIXA, Banco Central, Credit Suisse Macro Brasil 20

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