Projeto Tartarugas Marinhas do Arvoredo, SC

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1 Projeto Tartarugas Marinhas do Arvoredo, SC O projeto A implementação de unidades de conservação (UC) como a Reserva Biológica Marinha (ReBioMar) do Arvoredo tem entre seus principais objetivos a garantia da preservação de espécies ameaçadas de extinção e a promoção da pesquisa direcionada ao conhecimento destes organismos. Apesar dos registros da ocorrência de tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) na área, não existiam estudos sobre as populações destes répteis no local. Criado em 2004, o projeto Tartarugas Marinhas do Arvoredo surgiu da iniciativa de duas estudantes do curso de Oceanologia da Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG), localizada na cidade de Rio Grande, RS. Hoje oceanólogas, as duas fazem o curso de pósgraduação em Oceanografia Biológica da FURG e desenvolvem suas dissertações de mestrado com os dados obtidos neste projeto. Localização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo 1

2 Pesquisadoras fundadoras do projeto: Júlia Reisser (esquerda) e Maíra Proietti (direita) Quem são as tartarugas marinhas? As tartarugas marinhas surgiram há 200 milhões de anos atrás e nesta longa história dividiram os oceanos com uma grande diversidade de répteis marinhos. Apesar de já terem formado um grupo diverso e amplamente distribuído, as espécies viventes estão na Terra somente há algumas centenas de milhares de anos e compreendem apenas sete espécies, sendo o litoral brasileiro utilizado por cinco delas: Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda), Chelonia mydas (tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente), Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva) e Dermochelys coriacea (tartaruga-de-couro). Estes animais crescem lentamente e apresentam uma vida longa, se tornando adultos com anos. Apresentam ciclos de vida bem complexos e utilizam uma grande variedade de ecossistemas, compreendendo desde habitats terrestres, onde ocorre a postura dos ovos e desenvolvimento embrionário, até habitats em águas costeiras e oceânicas, onde se alimentam, desenvolvem e acasalam. Machos e fêmeas copulam no mar, a distâncias variáveis da praia de desova. Estudos genéticos vêm demonstrando que machos copulam com várias fêmeas, assim como fêmeas podem copular com mais de um macho, armazenando o esperma para fertilizar subseqüentes desovas. As fêmeas fazem ninhos e depositam os ovos na areia de praias tropicais, em um processo que geralmente demora de uma a três horas, dependendo do local, espécie e tamanho do animal. Após o período reprodutivo de alguns meses, as fêmeas retornam às suas áreas de alimentação e começam a reservar energia para o próximo período reprodutivo, que ocorrerá de poucos a muitos anos depois. Estudos recentes reforçam a idéia de que as fêmeas desovam na praia onde nasceram, característica conhecida como fidelidade à praia de nascimento. Embora só existam sete espécies de tartarugas marinhas, a alta diversidade das características de seus ciclos de vida dificulta a síntese das diferentes e complexas fases de desenvolvimento destes répteis. Após a emergência dos 2

3 filhotes de seus ninhos e a entrada dos mesmos no mar, estes animais podem apresentar três tipos básicos de desenvolvimento: todo desenvolvimento em águas costeiras (Tipo 1); primeiros estágios dos filhotes em alto mar e estágios posteriores na zona costeira (Tipo 2) e desenvolvimento completo em alto mar (Tipo 3). O Tipo 2 é o mais comumente encontrado, ocorrendo nas espécies C. caretta, C. mydas, E. imbricata e em L. olivacea no Atlântico oeste e Austrália. Já o Tipo 3 ocorre nas espécies D. coriacea e em populações de L. olivacea do Pacífico leste. Área de alimentação bentônica em águas rasas costeiras tartarugas juvenis adultos Migração reprodutiva Idade de primeira reprodução entre anos Machos e fêmeas adultas Machos adultos Fêmeas adultas Área de alimentação em alto mar anos perdidos Retorno às áreas de alimentação Migração para reprodução com intervalo entre 2-8 anos Intervalos de 2 semanas Cópula Ocorre a distâncias variáveis da costa Praia de desova Ciclo de vida das tartarugas com o tipo 2 de desenvolvimento. Adaptado de esquema encontrado em: As interações entre estes répteis e a humanidade são antigas. Uma das evidências desta relação é encontrada na Península Arábica, onde fragmentos de tartarugas marinhas são comumente encontrados em locais que eram habitados por comunidades de cerca de 7000 anos atrás. De acordo com a World Conservation Unit (IUCN), todas as espécies de tartarugas marinhas estão classificadas como ameaçadas ou criticamente ameaçadas de extinção. As tartarugas marinhas sofrem ameaças antrópicas em todos os estágios de seus ciclos de vida e, evidentemente, a interferência humana ao longo destes anos é a principal causa da extinção ou drástica redução populacional de tartarugas marinhas. A maioria dos impactos é uma conseqüência do incremento 3

4 da exploração das regiões costeira e oceânica e incluem: alterações nas praias de desova; poluição; derrames de óleo; explosões em alto mar; dragagens; captura incidental em diversas artes de pesca; coleta de ovos e captura ilegal de tartarugas marinhas para a venda de produtos e utensílios. Um pouco mais sobre as duas espécies que encontramos no Arvoredo... Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) Tartaruga-verde (Chelonia mydas) Tartaruga-verde (C. mydas) Existem tartarugas-verdes em todos os oceanos do planeta e há uma nítida divisão entre as populações que vivem nas águas do Atlântico e Mediterrâneo das que vivem nos oceanos Índico e Pacífico. Indivíduos de C. mydas, quando já são adultos, migram para suas áreas de reprodução, percorrendo grandes distâncias. No Atlântico, as principais praias de desova encontram-se em Tortuguero (Costa Rica); Ilha de Ascencion (Reino Unido); Suriname; Islã Aves (Venezuela); Poliao (Guine Bissau) e Ilha de Trindade (Brasil). No território brasileiro, desovas desta espécie também são encontradas no Atol das Rocas, Arquipélago de Fernando de Noronha e esporadicamente ao longo da costa brasileira, ao norte do Rio de Janeiro. Ao atingirem um comprimento curvilíneo de carapaça entre 20 e 40 cm, as tartarugas-verdes saem de sua vida em alto mar e migram para áreas de desenvolvimento costeiras, onde adotam uma alimentação essencialmente herbívora. Este tipo de alimentação é uma característica peculiar, não sendo encontrada nas outras espécies de tartaruga marinha. Indivíduos jovens desta espécie podem residir por anos em habitats de desenvolvimento tropicais e subtropicais. Eles também podem utilizar áreas de alimentação em latitudes temperadas (aprox. 40 ), mas o retorno para as áreas mais quentes no inverno é essencial para se evitar temperaturas extremamente baixas. Tartarugas-verdes alimentam-se preferencialmente de plantas marinhas (fanerógamas) e, na ausência destas, as algas se tornam o principal componente da dieta. A escolha do alimento nesta espécie parece estar relacionada ao valor nutricional e à palatabilidade do tecido vegetal ou 4

5 algal. A influência da pastagem sobre bancos de fanerógamas marinhas tem sido quantificada, sendo observadas mudanças na ciclagem de nutrientes e na estrutura do habitat. Embora nunca quantificado, a pastagem das tartarugas em recifes temperados como os do Arvoredo também deve ter um efeito na estrutura e abundância de algas marinhas. Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) As tartarugas-de-pente, quando atingem um comprimento curvilíneo de carapaça entre 20 e 35 cm, deixam sua vida em alto mar para viverem em recifes, que apresentam uma grande disponibilidade de alimento. Por possuir um belo casco, uma intensa comercialização ilegal de produtos manufaturados e mais recentemente, de animais inteiros empalhados, fazem com que esta espécie esteja seriamente ameaçada. E. imbricata é bem menos abundante que C. mydas, tornando difícil a determinação de suas populações através dos dados disponíveis. Pouquíssimas colônias de desova são conhecidas e a desova de um só indivíduo é freqüentemente observada, o que pode estar relacionado com o reduzido tamanho das populações de tartarugas-de-pente. Esta espécie se alimenta de organismos bentônicos, tais como esponjas, tunicados, briozoários, moluscos e algas. Sua dieta é determinada por uma combinação entre sua preferência e disponibilidade do alimento em seu habitat. Pouquíssimas pesquisas têm sido conduzidas para o estudo do comportamento e utilização dos recifes por tartarugas-de-pente juvenis, como as que encontramos na Ilha do Arvoredo. Qual a importância dos estudos desenvolvidos no projeto? São diversas as razões para se trabalhar em áreas de alimentação e desenvolvimento de tartarugas marinhas juvenis (que é o caso do Arvoredo): estudos de crescimento, identificação das populações, dieta, comportamento, relações com outros organismos, detecção de doenças, estimativas de abundância e identificação de habitats importantes para a espécie. Embora as tartarugas permaneçam menos de 1% do seu ciclo vital nas praias (como embriões, filhotes e fêmeas adultas que saem do mar para desovar), cerca de 90% das publicações sobre a biologia destas espécies são baseadas em estudos realizados em praias de desova. As tartarugas marinhas podem residir por anos em habitats tropicais e subtropicais, permitindo o desenvolvimento de estudos de longo prazo nestas áreas. O papel destes animais dentro dos ecossistemas marinhos tem sido pouco estudado e deve ser abordado como prioritário. Além de permitir um conhecimento da biologia básica, informações de tartarugas que estão em diferentes fases da vida só são obtidas com o desenvolvimento de estudos no mar, onde o uso do mergulho se torna uma ferramenta essencial. Para ecólogos, a capacidade de observar animais em seu habitat natural é fundamental. Em relação às tartarugas marinhas, o desenvolvimento de sofisticadas técnicas como a telemetria 5

6 satelital tem revolucionado nossa compreensão sobre o comportamento subaquático, principalmente sobre os padrões de mergulho e migração destes animais. Entretanto, lacunas em nosso conhecimento continuam existindo, sendo muitas vezes resultado da impossibilidade de se identificar determinados comportamentos através da aquisição de dados eletrônicos. Assim, estudos observacionais de tartarugas no ambiente aquático continuam sendo fundamentais para se conhecer o comportamento destes animais. O uso de marcadores artificiais são comumente utilizados para o esclarecimento das rotas migratórias e identificação das populações de tartarugas marinhas. Entretanto, estas marcas apresentam uma alta taxa de perda, que varia em função de uma série de fatores, tais como área de estudo, material da marca, posição de aplicação no animal e espécie estudada. Assim, o desenvolvimento de melhores estudos de dinâmica populacional das tartarugas marinhas a longo prazo é dependente do desenvolvimento de metodologias alternativas que permitam o reconhecimento dos animais mesmo depois de muitos anos. Uma possibilidade seria o desenvolvimento de técnicas de foto-identificação, como a desenvolvida para tartarugas-de-couro que desovam em St. Croix, Ilhas Virgens. Quais são os objetivos do trabalho? O projeto Tartarugas Marinhas do Arvoredo tem como principal objetivo o estudo das populações de tartarugas marinhas encontradas no Arvoredo. Por apresentar diversas linhas de pesquisa, apresenta muitos objetivos específicos, dos quais destacam-se: - investigar aspectos da ecologia alimentar das espécies que residem no local; - observar e descrever relações ecológicas entre tartarugas marinhas e peixes recifais; - levantar as principais praias de origem das tartarugas-verdes do Arvoredo; - monitorar a ocorrência da doença fibropapilomatose em tartarugas-verdes da reserva; 6

7 Como o projeto é desenvolvido? O projeto desenvolve expedições ao Arvoredo desde dezembro de Os pesquisadores ficam nas instalações da Marinha, localizadas na Ilha do Arvoredo. Durante estas saídas de campo, mergulhos livres e autônomos são realizados para a observação e captura manual de tartarugas marinhas. Expedição dezembro/janeiro 2005 (18 dias) Equipe (da esquerda para direita): Júlia Reisser, Maíra Proietti, Manuela Barroso, Mathias Van Caspel. Expedição março 2005 (12 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Júlia Reisser, Maíra Proietti, Theo Moura, Andrea Dalben Expedição julho 2005 (33 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Júlia Reisser, Tiago Gandra, Diego Maio, Marianna Lanari 7

8 Expedição janeiro/fevereiro 2006 (39 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Tiago Gandra, Júlia Reisser, Maíra Proietti, Ricardo Costa, Marianna Lanari Expedição julho 2006 (21 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Marianna Lanari, Maíra Proietti, Raphael Pinotti, Pablo Mendonça Expedição fevereiro 2007 (23 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Diego Maio, Charles Salame, Marianna Lanari, Maíra Proietti, Expedição Júlia maio Reisser 2007 (x dias) 8

9 Expedição abril 2007 (7 dias) Equipe (da esquerda para a direita): Marianna Lanari, Júlia Reisser, Paula Tourinho, Ricardo Costa Por não possuir financiamento, o custo das saídas de campo é pago pela própria equipe das expedições realizadas. Os gastos foram reduzidos graças ao apoio cedido pela operadora de mergulho PatadaCobra que oferece transporte dos pesquisadores até a ilha, auxílio no embarque e desembarque do material (comida, equipamentos de mergulho e pesquisa), empréstimo e recarga dos cilindros de mergulhos. As atividades subaquáticas são desenvolvidas em sete baías no entorno da ilha. Entretanto, o projeto não tem embarcação própria e por isso, a freqüência de amostragem em cada local depende da disponibilidade de barcos de apoio para transporte. Assim, a maioria dos mergulhos ocorre principalmente no Saco do Vidal, baía da frente da casa em que a equipe se instala. Locais amostrados 1 - Saco do Farol 2 - Saco do Vidal 3 - Saco do Engenho 4 Pedra da Baleia 5 - Rancho Norte 6 - Saco D água 7 - Saco da Bala Pontos de amostragem na Ilha do Arvoredo Antes da realização de cada mergulho são registrados: data, hora, ponto de amostragem, temperatura da água ( C), visibilidade (em metros) e modalidade do mergulho, ou seja, se é autônomo (AU) ou livre (apnéia - AP). A visibilidade é medida utilizando-se o seguinte procedimento: um mergulhador segura a ponta da fita maleável de uma trena, enquanto o outro se afasta até o ponto em que não enxerga mais seu dupla e, neste momento, a distância entre eles 9

10 é anotada. Durante o procedimento de procura subaquática, ao se encontrar uma tartaruga registra-se: a espécie observada; o tipo de comportamento do indivíduo; a profundidade de ocorrência (em metros); a constituição do fundo (rocha ou areia); o tempo de avistagem (em minutos), tamanho estimado da tartaruga e possíveis características peculiares do animal. O comportamento subaquático é classificado em: A (alimentação), N (natação), R (repouso sobre o fundo) e RA (repouso auxiliado ocorre quando a tartaruga está descansando debaixo de alguma estrutura como, por exemplo, as beiradas de uma rocha). Quando a situação é propícia (período noturno ou comportamento favorável), há a tentativa de se capturar o animal para a coleta de dados biométricos, marcação, pesagem, registro fotográfico e coleta de tecido para análises genéticas. Além disso, os animais são examinados quanto à presença de tumores característicos de fibropapilomatose, hoje considerada a principal doença epidêmica em tartarugas marinhas. A B C D E F Procedimento pós-captura: transporte do animal (A), registro fotográfico (B) e biométrico (C), aplicação de marcas de aço inox (D), pesagem (E), contagem de cracas, estimativa de cobertura de algas e observação de patologias (F) A marcação das tartarugas marinhas incidentes na ReBioMar do Arvoredo é realizada graças a um acordo de cooperação técnica firmado com o Projeto TAMAR-IBAMA, que cede marcadores e alicate apropriados para o desenvolvimento da atividade. Esta instituição também auxiliou no desenvolvimento deste trabalho através do treinamento das duas pesquisadoras responsáveis pelo projeto na sede de Fernando de Noronha, PE. 10

11 Alguns dos resultados já obtidos... Nas 142 horas de procura subaquática, foram feitas 1140 avistagens (8,03 observações por hora de procura) e 121 capturas (0,63/h). O tamanho das tartarugas observadas e capturadas indica que a ilha do Arvoredo abriga somente juvenis das duas espécies. Através de fotoidentificação e marcação, foram reconhecidas onze recapturas, sendo que um dos indivíduos foi recapturado duas vezes. As recapturas ocorreram no mesmo local da primeira captura, demonstrando que, além da fidelidade à ilha do Arvoredo, alguns indivíduos podem apresentar fidelidade a um dado local das baías. Além destas recapturas, um indivíduo marcado em julho de 2006 foi encontrado morto, 140 dias após a marcação, na praia de Palmeiras, em Caraguatatuba no litoral norte de São Paulo. Algumas características peculiares deste animal indicam que ele não apresentou um período prolongado de residência na reserva antes de migrar para o norte. As recapturas evidenciam que a ReBioMar do Arvoredo apresenta tanto animais residentes, como indivíduos que usam a área apenas para descanso durante migração. Como as tartarugas se comportam em seu habitat natural? O comportamento das tartarugas do Arvoredo parece diferir de acordo com a profundidade do local. Registros de indivíduos repousando sobre o fundo ou por baixo da borda de rochas foram mais frequentes em locais com profundidade maior que 6 metros. Por outro lado, o número de indivíduos registrados em atividade alimentar foi maior em locais rasos (menor que 6 metros), indicando que as tartarugas procuram seu alimento nas partes rasas da baía. Além disso, o comportamento parece diferir ao longo do dia, sendo os registros de atividade alimentar mais freqüentes no período da tarde. Nos mergulhos noturnos, todos os indivíduos encontravam-se em natação lenta ou repousando sobre o fundo. A atividade alimentar foi registrada entre 0800 e 1900 h, a profundidades de metros. Em todas as observações de alimentação, as tartarugas estavam ingerindo organismos bentônicos sésseis, principalmente macroalgas. A identificação in situ do organismo que estava sendo ingerido foi possível em algumas oportunidades: algas do gênero Pterocladiella (Gelidiaceae), algas do gênero Codium e antozoários da espécie Palythoa caribaeorum (Zoanthidae). Algas Pterocladiella e Codium constam na dieta de C. mydas de São Paulo, porém Palythoa parece ser registro novo na dieta desta espécie considerada essencialmente herbívora. 11

12 Organismos que servem de alimento às tartarugas-verdes do Arvoredo (da esquerda para direita): alga Pterocladiella, cnidário Palythoa (com marca da mordida de uma tartaruga-verde) e alga Codium As tartarugas marinhas interagem com os peixes! As tartarugas marinhas apresentam uma série de relações com outros organismos do ambiente recifal. Uma das mais interessantes é a de limpeza, na qual as tartarugas têm seus epibiontes (organismos aderidos ao corpo e casco, tais como algas e cracas) retirados por peixes. Geralmente, a tartaruga apresenta um comportamento de solicitação ao peixe e ambos se beneficiam com a atividade: a tartaruga fica livre de parasitas e os peixes têm uma fácil fonte de alimento. Relações de limpeza desta natureza são registradas em diversos locais, tais como Fernando de Noronha, Havaí e Austrália. No Arvoredo, relações de limpeza foram observadas entre tartarugas-de-pente e Pomacanthus paru juvenil e entre tartarugas-verde e os peixes Diplodus argenteus juvenil (Marimbá) e Kyphosus vaigiensis (Pirajica). Peixes com relações de limpeza com tartarugas marinhas: Pomacanthus paru (esquerda) Diplodus argenteus (centro) e Khyphosus vaigiensis (direita) O peixe marimbá adulto também parece estabelecer algum tipo de relação com C. mydas, pois houve diversas observações deste animal seguindo as tartarugas. O comportamento em que peixes acompanham tartarugas também foi observado em Fernando de Noronha, entre C. mydas e o peixe Thalassoma noronhanum. Rêmoras (Echeneis naucrates) aderidas ao casco de tartarugas- 12

13 verde também foram observadas. No Atlântico sudoeste, este tipo de simbiose é considerada rara e pouco conhecida, tendo sido descrita para C. caretta, C. mydas, D. coriacea e E. imbricata com as espécies Echeneis naucrates e Remora remora. Quais são as praias de origem das tartarugas do Arvoredo? Uma das principais perguntas quanto às tartarugas marinhas em áreas de alimentação é: de onde vêm esses animais? As tartarugas nadam muitas vezes milhares de quilômetros entre seu local de nascimento e onde escolhem para se alimentar; como não existe método para marcação de filhotes, não é possível identifica-los posteriormente. Devido a isso, criaram-se estudos genéticos, através da análise de um fragmento de DNA que varia entre as populações, para determinar onde nasceram os animais que são encontrados quando estamos mergulhando. Na Ilha do Arvoredo, as tartarugas-verdes observadas nadando graciosamente já percorreram um longo caminho para chegarem ali. Muitas vêm de uma ilha vulcânica no meio do Atlântico, a Ilha Ascensión, a mais de 2200 km de distância. Outras chegam ao Arvoredo após nascerem em uma ilha um pouco mais perto, a Ilha de Trindade (ES). Algumas mais persistentes atravessam o Oceano Atlântico vindo das praias africanas; outras percorrem o próprio litoral brasileiro vindas dos paraísos Fernando de Noronha (PE) e Atol das Rocas (RN). Sabendo destas longas distâncias percorridas, devem ser estabelecidas estratégias de conservação das tartarugas marinhas não só na Ilha do Arvoredo, mas também em suas praias natais e rotas migratórias. Com isso, estaremos garantindo a companhia destes simpáticos animais ao longo de nossos mergulhos! Quais são os indícios de impacto antrópico sobre as tartarugas do Arvoredo? Diversos indícios de impacto do homem sobre as tartarugas da área foram apontados ao longo do desenvolvimento deste trabalho. Algumas tartarugas capturadas estavam sem uma de suas nadadeiras, uma estava com a nadadeira dianteira estrangulada por um cabo e outra estava com um grande anzol perfurando a nadadeira. Além disso, o Arvoredo apresenta um considerável número de tartarugas-verde (9,8 %) com fibropapilomatose (FP). Ela tem ocorrido principalmente em tartarugas-verde, mas a incidência em tartarugas das espécies C. caretta, L. olivacea, E. imbricata e N. depressus já foi documentada. A incidência de tartarugas com FP, que apresenta uma considerável variação entre anos e locais, tem aumentado rapidamente desde os anos 80. Em algumas populações nenhum animal é afetado enquanto que em outras, mais de 92% dos indivíduos exibem lesões características de FP. A aparência corpulenta e a estrutura microscópica das lesões sugerem que um vírus é o agente causador da doença. Diversos fatores estressantes do ambiente podem afetar o início e desenvolvimento da doença através do enfraquecimento do sistema imunológico dos animais: 13

14 infecções bacteriais, exposição à radiação UV-B, parasitas e contaminantes químicos. Ainda há a suspeita de que fatores genéticos também possam fazer com que certos indivíduos sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de FP. Os tumores característicos da doença são comumente encontrados na conjuntiva (membrana que cobre a parte externa do globo ocular), cabeça, nadadeiras, base da cauda, áreas inguinal e axilar, e internamente, nos pulmões, fígado, trato gastro-intestinal e rins. Exemplos de tumores característicos da fibropapilomatose nas tartarugas do Arvoredo Observação de diminuição de tamanho e alteração de cor de um tumor ocular em seis meses, constatada através de foto-identificação O que o projeto pretende daqui em diante? O projeto Tartarugas do Arvoredo está a procura de financiamento para que o monitoramento destes répteis continue sendo realizado. O trabalho ainda trará informações importantes para a conservação das tartarugas marinhas, incluindo uma melhor descrição da 14

15 patologia Fibropapilomatose (sua causa e efeitos), uma descrição detalhada sobre a ecologia alimentar das espécies do local (trabalho de mestrado da Oc. Júlia Reisser) e um apontamento mais preciso dos locais de origem das tartarugas que habitam as águas desta UC (trabalho de mestrado da Oc. Maíra Proietti). Dúvidas, sugestões e comentários podem ser enviados para o juliareisser@furg.br. 15

Torezani1, E.; Baptistotte1, C.; Coelho1, B. B.; Santos2, M.R.D.; Bussotti2, U.G.; Fadini2, L.S.; Thomé1, J.C.A.; Almeida1, A.P.

Torezani1, E.; Baptistotte1, C.; Coelho1, B. B.; Santos2, M.R.D.; Bussotti2, U.G.; Fadini2, L.S.; Thomé1, J.C.A.; Almeida1, A.P. ABUNDÂNCIA, TAMANHO E CONDIÇÃO CORPORAL EM CHELONIA MYDAS (LINNAEUS 1758) NA ÁREA DO EFLUENTE DA CST (COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO), ESPÍRITO SANTO BRASIL, 2000-2004. Torezani1, E.; Baptistotte1, C.;

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