IRRIGAÇÃO DAS GLÂNDULAS ADRENAIS EM SUÍNOS DA RAÇA MOURA IRRIGATION OF THE ADRENAL GLANDS IN SWINES OF THE MOURA RACE RESUMO
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- Cecília de Abreu Anjos
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1 IRRIGAÇÃO DAS GLÂNDULAS ADRENAIS EM SUÍNOS DA RAÇA MOURA IRRIGATION OF THE ADRENAL GLANDS IN SWINES OF THE MOURA RACE Francisco Cláudio Dantas Mota 1 ; Renato Souto Severino 2 ; Frederico Ozanan Carneiro e Silva²; Sergio Salazar Drummond 3 ; Pedro Primo Bombonato 4 ; Julio Roquete Cardoso 5 ; Alan Kardec Martins 5 ; Pablo Severino Silva 6 RESUMO As glândulas adrenais desempenham uma significativa atividade funcional no contexto estrutural do organismo, desde a produção de hormônios até efeitos adicionais do metabolismo de proteínas, lipídeos e carboidratos, isto reforça a conotação de que o conhecimento seguro de sua vascularização seja de imperiosa importância. Para tanto, foram dissecadas as artérias que irrigam as glândulas adrenais direita e esquerda em 30 fetos de suínos da raça Moura, machos e fêmeas, onde se observou que a glândula adrenal direita é irrigada pelas artérias: aorta descendente abdominal em 24 (80%), abdominal cranial em 21(70%), mesentérica cranial em 19(63,3%), celíaca em 13(43,3%), lombar II em 10(33,3%), renal direita em 8(26,6%), costo-abdominal dorsal em 6(20%), lombar I em 6(20%), lombar III em 5(16,6%) e frênica caudal em 1(3,3%) dos espécimes estudados. Já a glândula adrenal esquerda é nutrida pelas artérias: celíaca em 24(80%), mesentérica cranial em 22(73,3%), abdominal cranial em 19(63,3%), aorta descendente abdominal em 19(63,3%), frênica caudal em 13(43,3%), renal esquerda em 8(26,6%), lombar II em 6(20%), costo-abdominal dorsal em 5(16,6%), lombar III em 3(10%), lombar I em 2(6,6%), e aorta descendente torácica em 1(3,3%) dos animais analisados. Palavras-chave: suinos, glândula adrenal, vascularização 1 Méd. Vet. Pós-graduação, Ciências Veterinárias Clínica e Cirurgia FAMEV/ UFU. Uberlândia. 2 Méd. Vet. Prof. Dr. Dpto Medicina Animal/ FAMEV/ UFU. 3 Méd. Vet. Prof. Dr. Dpto Medicina Animal/ FAMEV/ UFU. 4 Méd. Vet. Prof. Dr. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. 5 Méd. Vet. Pós-graduação, Anatomia. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. 6 Acadêmico. Agronomia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
2 93 Irrigação das glândulas... SUMMARY.Adrenal glands perform a high functional activity in the structural context of body, from the producion of hormones until adictional effects in protein, lipids and carboidrates metabolism. This means that the know ledge of its vascularization has great importance. Arteries that irrigate left and right adrenal glands from 30 fetus, were dissected, where it was obseverd that the right adrenal gland is irrigated by the arteries: abdominal descending aorta in 24 (80%), cranial abdominal in 21(70%), cranial mesenteric in 19 ( 63,3%), celiac in 13(43,3%), lombar II in 10(33,3%), right renal in 8(26,6%), dorsal cost-abdominal in 6(20%), lombar 1 in 6(20%), lombar III in 5(16,6%) and caudal frenic in 1(3,3%) of the studied speces. The left adrenal gland is irrigated by the arteries celiac in 24(80%), cranial mesenteric in 22(73,3%) cranial abdominal in 19(63,3%), abdmonial descending aorta in 19(63,3%), caudal frenic in 13(43,3%), left renal in 8(26,6%), lombar II in 6(20%), dorsal cost-abdominal in 5(16,6%), lombar III in 3(10%), lombar I in 2(6,6%) and toracic descening aorta in 1(3,3%) of the studied speces. Key words: swines, gland adrenal, vascularization INTRODUÇÃO As glândulas adrenais funcionalmente são responsáveis pela produção de hormônios, que são necessários ao perfeito funcionamento do organismo: como a epinefrina e norepinefrina secretados a nivel de suas regiões medulares, os mesmos propiciam ao organismo, efeitos que se assemelham em muito à estimulação direta dos nervos troncos simpáticos. Já os hormônios denominados corticosteróides, produzidos pelas coticais das adrenais, dentre eles a aldosterona, responsável que é pela retenção de sódio e liberação de potássio no organismo a nível das paredes dos túbulos renais e o cortisol tendo efeitos adicionais no metabolismo das proteínas, lipídeos e carboidratos. Em razão desta alta atividade funcional vivenciada pelas glândulas adrenais, faz com que o conhecimento seguro de sua vascularização seja de notória importância, pois o sangue é a única via de transporte de nutrientes necessários à realização de suas atividades fisiológicas, participando ainda na condução de outros hormônios os quais irão estimular, os seus próprios parênquimas carreando ainda suas secreções endócrinas até os órgãos alvos. Os poucos relatos notificados na literatura sobre o perfil vascular das glândulas adrenais nos animais domésticos tem mostrado diferentes padrões, notadamente com variações anatômicas próprias, especialmente quanto a disposição
3 Mota, F.C.D. et al. 94 das artérias à elas destinadas. Assim, BOSSI et al (s.d.), BRUNNI; ZIMMERL (1977), DYCE; SACK; WENSING (1990), ELLENBERGER; BAUM (1977), NICKEL; SCHUMMER; SEIFERLE (1981), SCHWARZE; SCHRÖDER ( 1972 ) e SILVA et al (1995, 1997) relatam que as glândulas adrenais são irrigadas pelas artérias renais direita e esquerda, aorta descendente abdominal, frênica caudal e lombares. DYCE; SACK; WENSING (1990), GETTY (1981), NICKEL; SCHUMMER; SEIFERLE (1981), SCHWARZE; SCHRÖDER (1972) e SILVA et al (1995, 1997) acrescentam ainda a artéria abdominal cranial como fornecedora de ramos a este tecido glandular. DYCE; SACK; WENSING (1990); ELLENBERGER; BAUM (1977), SCHWARZE; SCHRÖDER (1972) e SILVA et al (1995, 1997) informam ser, a artéria mesentérica cranial um dos vasos a originar ramos destinados também à estas glândulas. GETTY (1981) reporta ainda a outras vias de irrigação para este tecido glandular procedente das artérias aorta descendente abdominal e lombares. SILVA et al (1995, 1997) acrescentam também a participação de ramos provenientes das artérias costo-abdominal dorsal, celíaca, intercostais, aorta descendente torácica e ramos musculares, na irrigação das glândulas adrenais. Alicerçado neste contexto é que procuramos buscar novas informações, a serem inseridas neste colóquio, visto que o estudo morfológico de qualquer órgão, tem como primícia básica o conhecimento seguro de sua vascularização. A grande semelhança morfofuncional entre o suíno e o homem, é dentre outros, um atributo a que esta pesquisa tenha se pautado na escolha do protótipo biológico trabalhado nesta oportunidade, já que, os suínos têm sido preferencialmente utilizados como potenciais doadores de tecidos orgânicos ao homem, na realização de xenotransplantes. Tivemos como objetivo maior no presente estudo, avaliar os aspectos sistemáticos relativos à origem, quantidade, ordenação e distribuição dos ramos arteriais encarregadas da nutrição das glândulas adrenais direita e esquerda em suínos da raça Moura. MATERIAL E MÉTODOS Utilizamos na execução desta investigação científica, 30 (trinta) suínos da raça Moura, fetos e recém nascidos em diferentes estágios de desenvolvimento, obtidos a partir de abortos de matrizes ou mortes naturais dos recém-natos junto ao setor criatório da Faculdade de Engenharia UNESP Campus Ilha Solteira - SP. De posse dos espécimes, os mesmos foram submetidos de imediato ao
4 95 Irrigação das glândulas... congelamento e transportados a posteriori para o Setor de Anatomia Animal do Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Uberlândia, onde foram convenientemente processados. Decorrido o período necessário ao total descongelamento, o que se deu de forma natural, os mesmos tiveram a seguir suas cavidades abdominais abertas por meio de duas incisões verticais paralelas, que tiveram como pontos de reparo, o 5º e 12º espaços intercostais de seus antímeros esquerdos, interligados por uma terceira incisão horizontal mediana ventral, nos permintindo assim o afastamento de toda a parede lateral esquerda da cavidade torácica, de modo a visualizar o segmento torácico da artéria aorta descendente, sendo que a mesma foi inicialmente canulada com uma cânula de polietileno ajustada ao real calibre de sua luz, posteriormente o sistema arterial aórtico recebeu por meio de injeção, uma solução de Neoprene Látex 450 ( Du Pont do Brasil S/A Industrias Quimicas), corada com pigmento específico (Glassurit do Brasil S/A-Industrias de Tintas), numa quantidade necessária até que seus ramos menos calibrosos ficassem totalmente marcados pela referida solução. Seqüencialmente as peças foram fixadas para conservação, por meio de injeções via veias jugulares externas esquerdas, com uma solução aquosa de formol a 10%, durante um período mínimo de 48 horas, e acondicionadas adequadamente em recipientes com a mesma solução, finalmente tiveram suas cavidades abdominais, mais precisamente as regiões que permeiam às respectivas glândulas adrenais dissecadas por meio de instrumentos cirúrgicos adequados, auxiliados sempre que necessário pelo campo visual de uma lupa monocular tipo Wild (Modelo LL 20 (10X)-Industria RAMSOR-LTDA) Todos os arranjos vasculares próprios à irrigação das glândulas adrenais nestes espécimes foram transferidos esquematicamente para fichas individuais (Fig. 1), facilitando assim a ordenação, interpretação e descrição dos resultados. Das peças dissecadas as que melhor expressaram o perfil de irrigação deste tecido glandular foram fotografadas e algumas fotografias (Fig. 2 e 3) estão sendo utilizadas como recurso de ilustração e comprovação dos resultados obtidos.os resultados foram tratados estatisticamente através do teste de X2, com nível de significância de 5%. RESULTADOS Da dissecação do sistema arterial aortico de 30 fetos e recém natos de suínos da raça Moura, constatamos que:
5 Mota, F.C.D. et al. 96 Glândula Adrenal Direita - Este tecido glandular recebe suprimento sangüíneo a partir de 10 (dez) diferentes modalidades de artérias a saber: - Artéria aorta descendente abdominal: em 24 (80 % +/-7,3) dos espécimes estudados, através de 1 ramo em 18 (60 %), 2 ramos em 5 (16.6%) e 3 ramos em 1 (3,3 %). - Artéria abdominal cranial: em 21 (70% +/-8,4) das peças, através de 1 ramo (Fig. 3) em 13 (43,3%), 2 ramos em 3 (10 %), 3 ramos em 2 (6,6%) e 4 ramos em 3 (10 %). - Artéria mesentérica cranial: em 19 (63,3% +/-8,8) dos exemplares, através de 1 ramo em 16 (53,3%), 2 ramos em 2 (6,6%) e 3 ramos em 1 (3,3%). - Artéria celíaca: em 13 (43,3% +/- 9,1) dos animais, através de 1 ramo em 10 (33,3%) e 2 ramos em 3 (10%). - Artéria lombar II: em 10 (33,3% +/-8,6) do material, através de 1 ramo em 8 (26,6 %) e 2 ramos em 3 (10%). - Artéria renal direita: em 8 (26,6% +/-8,1) dos fetos e natimortos, através de 1 ramo em 6 (20%), 2 ramos em 1 (3,3%) e 3 ramos em 1 (3,3%). - Artéria costo-abdominal dorsal: em 6 (20% +/-7,3) dos animais, através de 1 ramo em 4 (13,3%) e 2 ramos em 2 (6,6%). - Artéria lombar I: em 6 (20% +/- 7,3) dos exemplares, através de 1 ramo (Fig. 3) em 5 (16,6%) e 2 ramos em 1 (3,3%). - Artéria lombar III: em 5 (16,6% +/-6,8) dos suínos, através de 1 ramo em 4 (13,3%) e 3 ramos em 1 (3,3 %). - Artéria frênica caudal: em 1 (3,3 % +/-3,3) dos espécimes, através de 2 ramos. Glândula Adrenal Esquerda - Constatamos ser a glândula adrenal esquerda irrigada por 11 (onze) diferentes grupos de artérias, a saber: - Artéria celíaca: em 24 (80 % +/- 7,3) dos espécimes, através de 1 ramo em 15 (50%), 2 ramos em 7 (23,3%) e 3 ramos em 2 (6,6 %). - Artéria mesentérica cranial: em 22 (73,3 % +/-8,1) das peças, através de 1 ramo em 20 (66,6%), 2 ramos em 1 (3,3 %) e 3 ramos em 1 (3,3 %). - Artéria abdominal cranial: em 19 (63,3 % +/-8,8) dos suínos, através de 1 ramo em 6 (20 %), 2 ramos em 9 (30 %) e 3 ramos em 4 (13,3 ). - Artéria aorta descendente abdominal: em 19 (63,3 % +/-8,8) dos fetos e natimortos, através de 1 ramo (Fig. 2) em 9 (30 %), 2 ramos em 7 (23,3 %) e 3 ramos em 3 (10 %). - Artéria frênica caudal: em 13 (43,3% +/-9,1) dos animais, através de 1 ramo (Fig. 2) em 10 (33,3 %), 2 ramos em 2 (6,6 %) e 3 ramos em 1 (3,3 %).
6 97 Irrigação das glândulas... - Artéria renal esquerda: em 8 (26,6 % +/-8,1) do material, através de 1 ramo em 7 (23,3 %) e 3 ramos em 1 (3,3 %). - Artéria lombar II: em 6 (20 % +/- 7,3) dos exemplares, através de 1 ramo em 4 (13,3 %) e 2 ramos em 2 (6,6%). - Artéria costo-abdominal dorsal: em 5 (16,6 % +/-6,8) dos espécimes, através de 1 ramo em todos os 5 (16,6 %). - Artéria lombar III: em 3 (10 % +/- 5,5) do material, através de 1 ramo em todas os 3 (10 %). - Artéria lombar I: em 2 (6,6% +/- 4,5) dos suínos dissecados, através de 1 ramo (Fig. 2) em todos os 2 (6,6%). - Artéria aorta descendente torácica: em 1 (3,3 % +/-3,3) das peças, através de apenas 1 ramo em 1 (3,3 %). DISCUSSÃO No material por nós trabalhado um aspecto observado e merecedor de destaque, foi a existência de um vasto número de vasos a se incumbirem da nutrição deste tecido glandular. Já que foram 10 diferentes modalidades de artérias a se destinarem à glândula adrenal direita e 11 à glândula adrenal esquerda. Dos diferentes ramos arteriais responsáveis pela nutrição deste tecido glandular, BOSSI et al (s.d), BRUNI; ZIMMERL (1977), DYCE; SACK; WENSING (1990), ELLENBERGER; BAUM (1977), NICKEL; SCHUMMER; SEIFERLE (1981), SCHWARZE; SCHRÖDER (1972) e SILVA et al (1995, 1997) descrevem as artérias renais direita e esquerda como fornecedoras de ramos para as glândulas adrenais direita e esquerda respectivamente, o que foi também por nós constatados, onde tivemos a oportunidade em verificar que 26,6% do material recebe suprimento sangüíneo da artéria renal direita e 26,6% da artéria renal esquerda. Já a artéria aorta descendente abdominal também referenciada por estes autores observamos tendo uma participação prevalente na irrigação do tecido glandular adrenal com 80%, em se tratando da glândula adrenal direita e 63,3% da glândula adrenal esquerda. Ainda a artéria frênica caudal também especificada pelos mesmos autores, foi por nós constatada, preferencialmente irrigando a glândula adrenal esquerda, jà que esta se fez presente neste tecido glândular em 43,39% do material ora trabalhado. Fato muito diferente ao que sucedeu em relação a glândula adrenal direita, pois nesta sua participação na irrigação foi pouco significante, já que apenas 3,3% dos espécimes apresentaram tal perfil vascular. Estes mesmos autores se reportam ainda às artérias lombares como fornecedoras de sangue às glândulas adrenais, situação não diferente, também averiguamos, já que
7 Mota, F.C.D. et al. 98 notamos a artéria lombar I contribuindo em 20% do material com a irrigação da glândula adrenal direita e em 6,6% para glândula adrenal esquerda, já a artéria lombar II com 33,3% para a glândula adrenal direita e 20% à glândula adrenal esquerda, enquanto que a artéria lombar III com 16,6% à glândula adrenal direita e 10% para a glândula adrenal esquerda. DYCE; SACK; WENSING (1990), GETTY (1981), NICKEL; SCHUMMER; SEIFERLE (1981), SCHWARZE; SCHRÖDER ( 1972 ) e SILVA et al (1995, 1997) acrescentam ainda a artéria abdominal cranial como uma colaboradora na irrigação dessas glândulas, o que foi também por nós notado em 70% dos animais, quando o alvo é a glândula adrenal direita e 63,3% em se tratando da glândula adrenal esquerda. A artéria mesentérica cranial relatada por DYCE; SACK; WENSING (1990), ELLENBERGER; BAUM (1977), SCHWARZE; SCHRODER (1972) e SILVA et al (1995, 1997) como uma colaboradora da irrigação do tecido glandular adrenal, foi também por nós evidenciada em 63,3% se endereçando à glândula adrenal direita e 73,3% à glândula adrenal esquerda. GETTY (1981) menciona outras vias de irrigação para este tecido glandular, como as artérias aorta descendente abdominal e lombares, o que foi também fartamente verificado no matérial por nós trabalhado. SILVA et al (1995, 1997) acrescentam também a participação das artérias celíaca, aorta descendente torácica, costo-abdominal dorsal, intercostais e ramos musculares, na vascularização deste tecido glandular, fato também, em parte por nós presenciando já que não notamos colaterais provenientes das artérias intercostais e de ramos musculares. Em relação a artéria celíaca verificamos ser ela contribuinte na irrigação de 43,3% dos animais trabalhados em se tratando da glândula adrenal direita e 80% da glândula adrenal esquerda. Enquanto que, a participação da artéria aorta descendente torácica na irrigação deste tecido foi pouco expressiva já que em apenas 3,3% do material por nós trabalhado a mesma se mostrou presente e direcionada sempre à glândula adrenal esquerda. Por outro lado, a artéria costo-abdominal dorsal contribui com um padrão de vascularização em 20% do material em se tratando da glândula adrenal direita em 16,6% da glândula adrenal esquerda. CONCLUSÕES Face as constatações evidenciados, julgamos poder concluir que: 1) A Glândula Adrenal Direita em suínos da raça Moura é irrigada preferencialmente por ramos procedentes
8 99 Irrigação das glândulas... das artérias: aorta descendente abdominal, abdominal cranial, mesentérica cranial, celíaca, lombar II, renal direita, lombar I, costo abdominal dorsal, lombar III e frênica caudal. 2) A Glândula Adrenal Esquerda em suínos da raça Moura recebe com maior freqüência um contingente sangüíneo através de colaterais provenientes das artérias: celíaca, mesentérica cranial, abdominal cranial, aorta descendente abdominal, frênica caudal, renal esquerda, lombar II, costo abdominal dorsal, lombar III, lombar I e aorta descendente torácica. REFERENCIAS BOSSI, V. et al. Trattato di anatomia veterinária, Milano, Francesco Vallardi, v.2, p sd BRUNI, A. C. ; ZIMMERL, V. Anatomia degli animali domestici, Milano Francesco Vallardi. v.2, p , DYCE, K. M. SACK, W. O. ; WENSING, C. J. G. Tratado de anatomia veterinária. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., p.143, ELLENBERGER, W.; BAUM, H. Handbuch der vergleichenden anatomie der haustiere 18 Auf. Berlin Springer Verlag, p , GETTY, R. Sisson/Grossman anatomia dos animais domésticos. 5. ed Rio de Janeiro Interamericana, v.1, p. 517, INTERNACIONAL COMMITTE ON VETERINARY GROSS ANATOMICAL NOMECLATURE.. Nomina anatômica veterinária. 4 ed. Ithaca, NICKEL, R.; SCHUMMER, A. SEIFERLE, E. The anatomy of the domestic animals. Berlim, Paul Parey, v.3, p , SCHWARZE, E.; SCHRÖDER, L. Compendio de anatomia veterinária. Zaragoza, Acribia, v.3, p.72, SILVA, F. O.C.; SEVERINO, R. S; SANTOS, A. L. Q.; DRUMMOND, S. S.; BOMBONATO, P. P.; BORGES, M.; Irrigação das glândulas adrenais em suinos da raça Large White, In: II SEMANA DE CIÊNCIAS AGRARIAS, 1995, Uberlândia. Anais... Uberlândia: Vet. Noticias, v.4, p.5. SILVA, F. O.C.; GARGALHONE, A. G.; BRITO, L. F. C.; SEVERINO, R. S; SANTOS, A. L. Q.; DRUMOND, S. S.; Irrigação das glândulas adrenais em suinos da raça Landrace, In: I SEMINÁRIO DE
9 Mota, F.C.D. et al. 100 INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 1997, Uberlândia. Anais... Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, v.6, p.44. FIGURA 1- Esquema representativo do perfil de irrigação das glândulas adrenais em suínos LEGENDA: da raça Moura. A- artéria abdominal cranial B- artéria descendente abdominal C- artéria descendente torácica D- artéria celíaca E- artéria costo-abdominal dorsal F- artéria frênica caudal G- artéria lombar I H- artéria lombar II I- artéria Lombar III J- artéria mesentérica cranial L- artéria renal direita M- artéria renal esquerda GD-glândula adrenal direita GE- glândula adrenal esquerda RD- rim direito RE- rim esquerdo MD- músculo diafragma
10 101 Irrigação das glândulas... FIGURA 2- Fotografia do antimero esquerdo da cavidade abdominal de feto de suíno da raça Moura mostrando a irrigação da glândula adrenal esquerda. a- ramo da artéria aorta descendente abdominal b- ramo da artéria frênica caudal c- ramo da artéria lombar I ge- glândula adrenal esquerda FIGURA 3- Fotografia do antimero direito da cavidade abdominal de feto de suíno da raça Moura mostrando a irrigação da glândula adrenal direita a- ramo da artéria abdominal cranial b- ramo da artéria lombar I gd- glândula adrenal direita
DIREITA 5,92 ± 1,81 6,21 ± 1,47 6,16 ± 1,66 ESQUERDA 7,14 ± 1,56 8,28 ± 2,70 7,66 ± 2,17
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