Estratégia Nacional para a Energia

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1 Mestrado de Engenharia de Ambiente 4º ano 1º semestre Politicas do Ambiente Docente Professor António Henriques Estratégia Nacional para a Energia Trabalho elaborado por: David Figueiredo nº Bruno Sá nº de Maio de 2009

2 1. Índice 2. Resumo 2 3. Problemática energética contemporânea 2 4. Politica Europeia a meta dos Objectivos da estratégia energética nacional 3 6. Situação energética nacional até Medidas politicas pós Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética Área de Transportes Área Residencial e Serviços Área de Indústria Área Estado Área de Comportamentos Área de Fiscalidade Área de Incentivos e Financiamentos Impactos Implementação e Monitorização Energias renováveis Introdução Situação das FER em Portugal 2008/ Criticas às metas e politicas apresentadas Bibliografia 22 1

3 2. Resumo Actualmente a sociedade encontra-se numa transição de paradigma energético, onde assegurar a capacidade energética e económica é aspecto prioritário na agenda politica. Pretende-se assim a concepção de uma politica energética que proporcione a criação de preços competitivos no mercado, diminuição a dependência energética, consolidar empresas fortes no sector em causa e combater as alterações climáticas. Neste sentido é necessário dinamizar novas plataformas energéticas e criar politicas que sejam atractivas a projectos tecnologicamente avançados e assim permitir o desenvolvimento nacional. Numa época em que a fase de Quito se aproxima do fim, a estratégia nacional energética foca-se nas metas a serem atingidas (tanto nacionais como europeias) e ao mesmo tempo manter um desenvolvimento económicosustentável. Neste sentido, renováveis e eficiência energética são as palavra de ordem, representando uma grande fonte de investimento, emprego e desenvolvimento económico, social e tecnológico. 3. Problemática energética contemporânea As sociedades modernas necessitam cada vez de mais energia para o seu conforto e bem-estar, sendo o sector energético a base do desenvolvimento social e económico. Então o tema da energia ocupa um lugar de destaque na agenda político-económica de qualquer país à escala mundial. O consumo de energia em geral e o de electricidade em particular tende a crescer mais do que o PIB, mesmo num cenário de ganhos de eficiência energética assinaláveis. A melhoria do bem estar e dos níveis de vida, tanto nos países industrializados como, por maioria de razão, nos países em vias de desenvolvimento, induzem um maior consumo de energia. Os primeiros registos sobre o aumento intensivo do uso de fontes energéticas ocorrem com a Revolução Industrial, na Europa Ocidental, durante a segunda metade do século XVIII. Com o advento das máquinas a vapor, o carvão foi elevado à condição de principal fonte primária de energia. Na metade do século XIX emergiu o petróleo e com o melhoramento das tecnologias de exploração, transporte e armazenamento tornaram-no na principal fonte energética mundial. Este recurso energético foi importante no desenvolvimento social, crescimento industrial e económico, no aumento da mobilidade e qualidade de vida, mudando os padrões de comportamento e consumo energético nas sociedades deste recurso. Segundo o Statistical Report 2008 da BP, a principal fonte energética à escala mundial é o petróleo (36%), seguido pelo carvão (29%) e gás natural (24%). Esta dependência dos combustíveis fosseis tem o inconveniente de proporcionar desigualdades no poder económico e qualidade de vida dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, e fomentar o aquecimento global através da poluição atmosférica á escala global. Apesar da utilização de combustíveis fosseis ser generalizada, cerca de 25 % da população mundial não tem acesso a electricidade. Os sectores que consomem mais destes tipos de energia são os transportes e as centrais termoeléctricas. 2

4 As reservas petrolíferas são um bem escasso, os stocks são limitados e não se auto-renovam. Tomando como referência a produção de 2007 estas reservas durariam pouco mais de 41 anos. Estes dados não são fidedignos, uma vez que não existe uma entidade independente reguladora dos recursos petrolíferos. Este valor depende, de entre outros factores, da descoberta de novas reservas e do avanço tecnológico associado á exploração, do aparecimento de novas energias primárias competitivas e do desenvolvimento económico dos países emergentes, como a Índia e a China, entre outros factores. Os sucessivos aumentos do preço deste combustível deverão levar ao aumento do investimento nas energias renováveis e/ou alternativas. Os conceitos economia, energia e ambiente fazem todos parte da mesma face da moeda. Com uma politica de combate as alterações climáticas, de assegurar a capacidade energética e manter uma economia sustentável não é possível então desprezar algum destes conceitos. Com o cenário de esgotamento do petróleo a curto/médio prazo, o carvão é visto como o substituto directo do petróleo. Este novo panorama não se enquadra na ideologia da politica actual, pelo menos da anunciada, até porque o carvão é também uma fonte limitada de energia. 4. Politica Europeia a meta dos O ano de 2007 é considerado como o que marcou um ponto de viragem no que respeita a protecção do planeta. A meta dos três 20 s até 2020 (aumentar em 20% a eficiência energética, reduzir 20% das emissões GEE e 20% da energia ter base em renováveis), adoptada EU foi a resposta encontrada para os problemas ambientais actuais. Na conferencia de Bali, a comunidade internacional começou a orientar-se para a definição de objectivos vinculativos. Aqui entra a importância da união da Europa de forma a obter um acordo verdadeiramente global sobre as alterações climáticas. Segundo Durão Barroso, Presidente da comissão europeia, a UE está disposta a assumir uma posição de liderança em matéria das alterações climáticas, com vista a criação de uma economia respeitadora do clima. Esta nova visão do ambiente constitui não um entrave à economia mas sim uma grande oportunidade. O valor global do sector energético de baixo teor de emissões GEE, é estimado pela EU de ascender aos 3000M por ano, tendo ainda a vantagem de empregar 25 milhões de pessoas. Só o mercado de carbono representa actualmente 20000M por ano. A EU prevê que a instituição de uma economia de baixo teor em carbono permita um novo vasto mercado de exportação, no qual a Europa consiga ser um líder mundial. A EU considera que embora as alterações climáticas sejam consequência de muitas gerações que nos procederam, esta deve ser uma luta da nossa geração e deixar às futuras melhores condições de vida. 5. Objectivos da estratégia energética nacional Numa breve referencia, a politica energética visa a criação de preços competitivos (aumentando o poder de compra dos consumidores) (anexo 1, figura 1), a redução da dependência energética externa (evitando um mercado monopolista uma vez que as matérias-primas se concentram num escasso numero de produtores), a redução das emissões GEE (de forma a cumprir as metas do protocolo de Quioto e combater as alterações climáticas) (anexo 1, figura 2) e apostar no 3

5 desenvolvimento através de projectos tecnologicamente avançados (e assim consolidar empresas fortes no sector energético). 6. Situação energética nacional até 2007 Em 2006, a Europa apresentava uma dependência energética de cerca 54%, enquanto Portugal importava cerca de 82% da energia. Através de dados fornecidos pelo EUROSTAT (anexo 2, figura 1), verifica-se que desde 1995 que a dependência energética nunca foi inferior a 80%, mostrando assim uma fraca evolução do sistema energético nacional. Portugal apresenta ainda uma baixa eficiência energética, não conseguindo manter-se ao nível da EU. Apesar de em2005/2006 ter-se verificado um decréscimo de 8% na relação PIB vs Consumo energético, ainda se mantém acima da média europeia (anexo 2, figura 2). A estas fragilidades associam-se a elevada intensidade carbónica (anexo 2, figura 3) e baixa concorrência no mercado energético. Neste panorama, Portugal sujeita-se a um aumento do saldo importador e consequentemente um aumento da factura externa, perda de valor e competitividade das empresas, redução do poder de compra dos consumidores e provávelincumprimento das metas apontadas em Quioto. 7. Medidas politicas pós 2007 No ano de 2007 a agenda politica europeia apontava como prioridades a criação de mercados competitivos e a necessidade de redução das emissões de CO 2. No que diz respeito a esses dois aspectos, Portugal encontrava-se na vanguarda, tendo concluído a liberalização do mercado do gás e possuía o segundo maior crescimento europeu de energia eólica. Com a perspectiva de manter o país na frente do pelotão, o governo propôs novas metas a alcançar de carácter ambicioso, nunca deixando de manter os propósitos de desenvolvimento económico, a redução da dependência energética externa e o combate as alterações climáticas. Neste âmbito, o governo português introduziu algumas alterações às metas traçadas pela União Europeia. Assim comprometeu-se até 2010, a aumentar o consumo energético com base em energias renováveis para 45%, aumentar a meta de 5,75% para 10% na utilização de biocombustíveis nos transportes e substituir 5 a 10% do carvão utilizado nas centrais de Sines e do Pego por biomassa ou resíduos. Num prazo mais abrangente, pretende ainda implementar medidas de eficiência energética equivalentes a 10% do consumo até No intuito de atingir a meta traçada de 45% de consumo energético com base em energias renováveis, foi efectuada uma revisão da Resolução de Ministros n.º63/2003 de 19 de Outubro onde se estabeleceram as novas metas para todas as fontes renováveis (anexo 3, tabela 1). Uma vez incorporados os novos objectivos, perspectiva-se que a vertente das energias poderá diminuir a emissão de CO 2 anual em cerca de 14 Mton. O investimento na diversificação de tecnologias é um factor de extrema importância no desenvolvimento sustentável, permitindo reduzir as emissões de CO 2 e a dependência externa do petróleo e ao mesmo tempo promover a economia. Através da aposta na promoção e 4

6 diversificação das fontes de energia renováveis, é pretendida uma complementaridade entre as várias fontes com vista um funcionamento optimizado do sistema eléctrico (ex: utilização da energia eléctrica para bombear e armazenar energia hídrica nas albufeiras). Para o período , estavam previstos investimentos na ordem dos 8000 Milhões e a criação de 9700 novos postos de trabalho (anexo 3, tabela 2). A estes benefícios adicionam-se ainda o desenvolvimento de clusters tecnológicos e de investigação, a promoção de fileiras agrícolas nacionais, a criação de infra-estruturas de reserva de agua e controlo de cheias, a redução de risco de incêndio e o aumento de vida útil dos aterros. A acrescentar às medidas enunciadas, pretende-se reforçar a aposta no gás na produção de eléctrica, nomeadamente na substituição da queima de fuelóleo e na utilização das novas centrais de ciclo combinado. Prevê-se que esta tecnologia constitua cerca de 28,3% do parque electroprodutor nacional em 2010 (as centrais da Tapada Outeiro e do Ribatejo representam já 36% da potencia instalada). As vantagens do uso do gás em detrimento do fuelóleo parecem consideráveis. O gás possui maior eficiência, é menos poluentes, contribui para a menor dependência do petróleo e constitui um menor custo de produção (anexo 3, figura 1). Contudo, ao nível da potencia instalada, prevê-se que as renováveis representem 62% no ano Uma vez definida a estratégia, a passagem desta à acção é mil vezes mais importante que a retórica. Na área da energia hídrica, Portugal tem um aproveitamento desta inferior a 50%, pelo que esta área tem um grande potencial de desenvolvimento. Neste âmbito está planeado o reforço de 6 barragens (ex: duplicação da central de Alqueva e reforço da potencia de Picote e Bemposta) e a construção de 10 novas barragens. No que diz respeito às emissões de gases efeito estufa, a meta dos 27% (cerca de 77,2 Mton CO 2 eq) em relação a 1990 está difícil de atingir. Em 2004 as emissões foram cerca de 85 Mton CO 2 eq, e estimava-se que em 2010 seriam de 95,2 Mton CO 2 eq, sendo este valor 23% acima da meta imposta por Quioto. Este crescimento de emissões deve-se essencialmente aos sectores dos transportes e domésticos/serviços. Estima-se que estes tenham um crescimento de 104% e 134% respectivamente até 2010, pelo que a estimativa de emissões seriam de. Com a implementação Plano Nacional de Alterações Climáticas (PNAC), estimava-se que as emissões atingissem apenas 84,6 Mton CO 2 eq, ficando mesmo assim 10% acima da meta.na Resolução do Conselho de Ministros , foram introduzidas medidas agressivas adicionais ao PNAC na tentativa de conseguir limitar fortemente a emissão de gases efeito estufa. As medidas contemplavam a criação de um Fundo Português de Carbono (com 354M para cobrir défice e crescimento da economia), alterações no sector dos transportes (ex: 60% do ISV com base nas emissões de dióxido de carbono), alterações na indústria (ex: revisão do ISP), a redução de apoios fiscais no uso de gasóleo para aquecimento e um conjunto de medidas na área das renováveis que já foram referidas anteriormente. Estas medidas prevêem uma redução de 9,9 Mton CO 2 eq/ano até 2010, havendo a possibilidade de atingir um patamar de 80,9 Mton CO 2 eq no ano 2010 (cerca de 5% acima do limite de Quioto). 5

7 Grande parte da estratégia nacional de energia assenta no tema da eficiência energética. A aposta nesta vertente apresenta-se como fundamental para atingir os objectivos impostos. A intenção de promover a eficiência energética foram criados alguns planos de acção, tais como: Plano de Compras Públicas Ecológicas, aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros nº65/2007. Este plano define os produtos e serviços prioritários com as quais as entidades públicas devem iniciar a sua politica de compras ecológicas. Esta estratégia tem execução, acompanhamento e monitorização por parte da Agência Nacional de Compras Publicas (ANCP) em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Plano Tecnológico para a Energia (SET Plan). Um dos aspectos que Portugal considera de extrema importância é a participação activa na construção da agenda europeia. Foi neste contexto que o SET Plan foi realizado, e visa criar um modelo de baixa intensidade de carbono que seja compatível com o crescimento económico. Este plano apresenta 4 ideias principais: -Todos os sectores da economia vão ter de participar: o esforço terá de ser transversal com politicas objectivamente direccionadas; - Do ponto de vista da tecnologia, não há uma solução milagrosa: a solução para a poluição não está à vista mas já existem tecnologias limpas que podem ser usadas; - É necessário acelerar a mudança tecnológica: o sector da energia é caracterizado por uma mudança tecnológica bastante lenta pelo que se deve incentivar o I&D; - individuo será consumidor e produtor ao mesmo tempo, através da conectividade com a rede. Na aplicação deste plano, podemos ver alguns exemplos como o aproveitamento da energia das ondas (projecto piloto na Póvoa de Varzim), a criação de uma plataforma logística para suportar a introdução de carros alimentados por baterias e campanhas de distribuição gratuita de 4,5 milhões de lâmpadasenergeticamente eficientes. Plano Nacional da Acção para a Eficiência Energética (PNAEE): a aplicação deste contempla uma eficiência equivalente a 10% do consumo da energia. Este plano será explicado posteriormente com maior detalhe. Uma das principais estratégias na promoção da eficiência energética passa pela introdução em grande escala da micro-geração. Este panorama é descrito como uma revolução industrial e o principal motor para a mudança de paradigma energético. Esta estratégia vem linha de pensamento do SET Plan, na criação de um modelo descentralizado e holístico. Na base da ideia está a combinação do poder de produção individual, conectado em rede. A legislação referente à micro-produção já existia desde 2002 e era regulada pelo D.L. n.º68/2002. No entanto a adesão a esta fonte de produção não se materializava pelo que houve uma remodelação do Decreto-Lei. A principal mudança a ter em conta é a possibilidade de licenciamento relativamente simples para ligação à rede de distribuição local de pequenos produtores renováveis sem necessidade da obrigatoriedade de auto-consumo. Os benefícios adjacentes a esta estratégia parecem satisfatórios, permitindo reduzir perdas energéticas da rede, reduzir as emissões de dióxido de carbono e adiamento do investimento no reforço da rede eléctrica. Mais recentemente, o governo apresentou um programa de incentivo à utilização sistemas solares térmicos. O estado pretende através deste programa garantir uma oferta simplificada do produto e garante ainda apoio financeiro nos custos dos equipamentos. 6

8 Todas as politicas apresentadas têm um objectivo muito em concreto de forma a que a transição destas para um plano de acção seja o mais simplificado e rápido possível, de forma a garantir as metas propostas quer pelo Protocolo de Quioto como pelo próprio governo Português. 8. Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética Portugal Eficiência 2015 (PNAEE), é um plano que incorpora um conjunto de programas e medidas de eficiência energética, num horizonte temporal que se prolonga até 2015 e foi aprovado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2008 de 17 de Abril. O presente Plano é direccionado para a gestão de procura energética, seguindo o enquadramento da Directiva n.º2006/32/ce, do Parlamento Europeu e Conselho, de 5 de Abril, relativa à eficiência na utilização final de energia e aos serviços energéticos e em conformidade com o Programa Nacional para as Alterações Climáticas de 2006 (PNAC) e com o Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE). A referida Directiva estabelece como meta uma poupança de energia 1% por ano até 2016, tendo como base a média de consumos de energia final, registados entre 2001 e 2005, aproximadamente tep. O PNAEE induz uma maior ambição e coerência às políticas de eficiência energética, abrangendo quatro áreas específicas, de orientações de aspecto maioritariamente tecnológico: Transporte, Residencial e Serviço, Indústria e Estado. Visa ainda três áreas transversais de actuação: Comportamentos, Fiscalidade, Incentivos e Financiamentos. Cada uma das áreas referidas incorpora um conjunto alargado de medidas em 12 programas específicos (anexo 4, figura 1) Área de Transportes A área dos transportes é responsável por mais de um terço do consumo de energia final. Esta área abrange três grandes programas, nomeadamente, o Renove Carro, o Mobilidade Urbana e o Sistema de Eficiência Energética nos transportes Programa Renove Carro Este programa é constituído por quatro grandes medidas, que visam o aumento da eficiência energética no transporte singular, por via da renovação de equipamento e estímulo à aquisição de veículos e produtos energeticamente eficiente. A medida Revitalização do abate de automóveis em fim de vida define uma redução do Imposto Sobre Veículos (ISV) na compra de um automóvel ligeiro novo, um aumento da eficiência na cobrança e incidência do Imposto Único de Circulação (IUC) e uma nova tributação automóvel. Esta nova tributação consiste na substituição parcial do ISV por IUC e incorporando a 7

9 componente ambiental no IUC, isto faz com que os carros novos e mais eficientes ganhem uma maior atractividade económica. O objectivo desta medida é reduzir o peso das viaturas ligeiras com mais de 10 anos para 35% em 2010 e para 30% em A Tributação Verde Revisão do regime de tributação de veículos particulares é uma medida prevista no âmbito do PNAC 2006 e é revitalizada neste programa. Nesta medida é incorporado o factor de emissão de CO 2 no ISV e no IUC dos veículos novos e dos veículos importados de usados de outros Estados-membros. Aos veículos híbridos é reduzido 50% do ISV, aumentando a procura por carros menos poluentes e mais eficientes em termos energéticos. O objectivo desta medida é a redução média do factor de emissão de CO 2 dos veículos novos vendidos para 110 gco 2 /km para 2015, no PNAC 2006 é referido o valor de 120gCO 2 /km como meta para Pneu Certo e Eficiência Fuel é uma medida constituída por 3 submedidas: Pneus de Baixa Resistência ao Rolamento, Pressão Certa e Fluidos Eficientes. A primeira submedida consiste em acordos voluntários com as marcas automóvel, para que as versões base dos veículos passem a incorporar pneus eficientes, isto é, pneus de baixa resistência ao rolamento (RR).Em 2015, a meta é de duplicar a penetração de pneus eficientes comercializados. Estas medidas produzirão uma poupança no consumo médio das viaturas entre 1% e 2%. Em relação á medida Pressão Certa, prevê-se a realização de campanhas de sensibilização para a correcta pressão e calibração em pneumáticos e o incentivo à verificação periódica da pressão de pneumáticos. A meta estabelecida para 2015 é reduzir para 15 % o parque de viaturas em circulação com pressão incorrecta dos pneus. Fluidos Eficientes prevê um aumento na utilização de fluidos eficientes, nomeadamente aditivos fuel economy em combustíveis e lubrificantes de baixa viscosidade. O objectivo é aumentar para 20% a venda de fluidos eficientes em 2015, duplicando o valor actual. A última grande medida deste programa é Novos veículos mais «conscientes» para a poupança de combustível. Esta medida prevê acordos voluntários com importadores de automóveis para inclusão de equipamentos indutores de menor consumo, nomeadamente computadores de bordo, GPS, Cruise Control e sistemas de verificação automática da pressão dos pneus. O objectivo para 2015 é aumentar para 20% o parque automóvel com equipamentos de monitorização Programa Mobilidade Urbana O programa tem por objectivo estimular a utilização de transportes energeticamente mais eficientes como os transportes colectivos em detrimento do transporte individual, focalizandose principalmente nas zonas urbanas. Este programa incide sobre quatro áreas especificas: a transferência modal nas cidades, planos de mobilidade que cubram os designados «Office Parks» e zonas industriais, dinamização de medidas que estimulem o aumento da eficiência dos transportes públicos e a criação de uma plataforma inovadora na gestão do tráfego. Na área do ornamento do território e mobilidade urbana nas capitais de distrito prevê-se a criação e expansão de sistemas de metropolitano, nomeadamente de Lisboa, Sul do Tejo, Porto e Mondego, e desenvolver e implementar mecanismos nas Autoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa e Porto, estas medidas estão previstas no PNAC Incluir nos Planos Regionais de Ordenamento de Território a dimensão eficiência energética e criar Planos de Mobilidade Urbana por capital de distrito são outras medidas a serem implementadas nesta área. 8

10 O objectivo destas medidas é a transferência modal de 5% dos pkm do transporte colectivo nas Áreas Metropolitanas de Lisboa (AML) e Porto (AMP) em Nos planos de mobilidade urbana em Office parks e parques industriais prevê-se que centros empresariais ou parques industriais com mais de 500 trabalhadores devem ter plano de mobilidade integrando o serviço shuttle/mini-bus ou de outros serviços adequados com a realidade, com pontos de ligação modais, serviços bancários, serviços de restauração e serviços de papelaria e/ou correio. Esta medida cobrirá 50% das necessidades básicas cobertas por circuitos pedestres, (menos de 15 minutos) e estima-se que, em 2015, existam 500 planos de mobilidade aprovados. Na área de melhoria da eficiência dos transportes públicos a introdução do crédito eficiência acessível para o incentivo à criação de frotas de táxis verdes, aumentando a quota de veículos com emissões inferiores a 110 g/km nas frotas de táxis. A introdução de sistema de Gestão de Frotas em autocarros em Lisboa e Porto até 2010 e o incentivo à utilização de mini-bus em horas de vazio, nas frotas de transportes públicos urbanos. Estas medidas prevêem, para 2015, 15% de mini-bus nas frotas e 10 % de veículos de baixa emissão de CO 2 (110 gco 2 /km). Este programa prevê a criação de uma plataforma inovadora de gestão de tráfego para os transportes públicos. Esta plataforma implementará a oferta de GPS a táxis com envio de informação sobre velocidade e localização; o desenvolvimento de sistema de informação; novos equipamentos GPS com recepção de dados e optimização de rotas; a integração com a sinalização rodoviária e a dinamização de consórcio nacional e apoio ao projecto. O objectivo é criar um projecto piloto até 2010 e até 2015 implementar um sistema em Lisboa e Porto Programa Sistema de Eficiência Energética nos transportes Este programa é constituído por quatro submedidas como o Portugal Logístico, as Auto- Estradas do Mar, a Alteração da Oferta da CP, SEET Sistema de Eficiência Energética nos Transportes. As três primeiras submedidas são do PNAC O conjunto destas medidas tem como objectivo reduzir o consumo de energia no transporte de passageiros e mercadorias, por via de transferência para sistemas de transporte energeticamente mais eficientes e introdução de medidas de melhoria da eficiência nos transportes rodoviários. O Portugal Logístico contempla a criação de uma rede nacional de 12 plataformas logísticas multimodais, 2 centros de carga aérea e a criação de uma infoestrutura - janela única logística. A meta para 2015 é reduzir 5% o peso do tráfego rodoviário nas plataformas logísticas. A medida Auto-Estradas do Mar consiste na integração do Sistema Marítimo-Portuário nacional nas Auto-Estradas do Mar, através dos corredores Atlântico e Mediterrâneo, promovendo a troca de mercadoria exportadas do modo rodoviário para o modo marítimo. O desenvolvimento de uma janela única portuária entre os principais portos e as alfândegas também consiste desta medida. A meta para 2015 é transferir 20% das mercadorias exportadas por modo rodoviário para o modo marítimo. A medida Alteração da oferta da CP consiste no desenvolvimento de actividades relacionadas com a eficiência de exploração, a melhoria da qualidade do serviço, a redução do tempo de viagem e o aumento da procura. A renovação do material circulante, a introdução de novos horários/frequências de serviço, a oferta de novas ligações/serviços, a substituição de serviços 9

11 com tracção diesel por tracção eléctrica e a formação dos maquinistas para condução económica são actividades previstas nesta medida. Esta medida tem como meta a transferência de 261 milhões de tkm do modo rodoviário para o modo ferroviário. A medida SEET consiste na criação de regime de licenciamento para o transporte de mercadorias, tendo como obrigatoriedade a idade média da frota ser inferior a 10 anos. Esta medida contempla a revisão do Regulamento de Gestão de Consumo de Energia nos Transportes, com planos de melhoria da intensidade energética (tep/vab) e com incentivos fiscais ou no processo de licenciamento para cumprimento. Esta medida pretende a dinamização de outras medidas e monitorização na aprovação dos planos: renovação de frotas; Sistemas Redução Catalítica e lubrificantes fuel economy; sistemas de gestão de frotas/rotas e formação/controlo eco-condução; e optimização tráfego ferrovia/mar. A meta para 2015 é reduzir cerca de 5% a intensidade energética e reduzir o peso das viaturas com mais de 15 anos, no parque de viaturas pesadas Área Residencial e Serviços Nesta área as medidas visam a melhoria na eficiência energética no sector residencial e serviços, pois te sector é responsável por 60% do consumo de electricidade. Para tal compromisso, estas medidas estão divididas em três grandes planos, nomeadamente o Renove Casa e Escritório, o Sistema de Certificação Energética de Edifícios e o Renováveis na Hora Programa Renove Casa e Escritório Este programa abrange quatro áreas de intervenção, nomeadamente a substituição de equipamentos, o desincentivo à aquisição de novos equipamentos ineficientes, medidas de remodelação e a renovação de equipamento de escritório. Renove Casa e Escritório é um programa que visa tornar o parque de equipamentos domésticos (electrodomésticos e iluminação) mais eficiente, quer por via da substituição directa com incentivos a equipamentos novos mais eficientes, quer desincentivos a equipamentos novos menos eficientes, quer através do incentivo à alteração de comportamento na aquisição e no consumo de energia. As medidas na área da substituição de equipamentos contemplam o incentivo financeiro à aquisição de equipamentos de frio (frigoríficos, congeladores ou combinados) de classes energéticas elevadas em substituição dos antigos, através do programa Renove+ Electrodomésticos, criando uma comparticipação de 100 e 50 em equipamentos classe A++ e classe A+, respectivamente, na entrega do electrodoméstico antigo. Esta medida prevê que em 2015 a quota destes equipamentos eficientes atingirá 25%. O incentivo á aquisição de equipamento novo de tratamento de roupa (máquina de lavar roupa) de alta eficiência, classe A, é outra medida desta área. Esta medida tem como meta atingir 25% do parque de maquinas de lavar roupa eficientes (classe A). Ainda na substituição de equipamento, o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC) é um conjunto de medidas que fomenta a troca de lâmpadas, termoacumuladores e outro equipamentos, por outros mais eficientes. Um exemplo é a estimulação para a troca das lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas. Isto possibilitará o phase-out progressivo da iluminação incandescente clássica e visa atingir 61% de lâmpadas fluorescentes compactas em

12 As medidas ao desincentivo à aquisição de novos equipamentos ineficientes vêm completar as medidas anteriores. Estas contemplam a criação de taxas sobre a comercialização de lâmpadas ineficientes (lâmpadas incandescentes), estimulando os produtores e consumidores a comercializarem lâmpadas mais eficientes. Outra media prevista é a proibição da comercialização de electrodomésticas de baixa eficiência e o desenvolvimento de mecanismos que auxiliem e informem sobre o whole-life-cycle cost dos equipamentos. O objectivo para 2015 é aumentar para 90% as vendas de equipamentos eficientes (classe A ou superior) até As medidas de remodelação estão dividas por duas vertentes: a vertente da manutenção das condições de conforto de temperatura, que abrange duas intervenções, Janela Eficiente e Isolamento Térmico; e a vertente da geração de frio e/ou calor eficiente, que abrange a medida Calor Verde. A Janela Eficiente é uma medida que visa a substituição de vidros e caixilharias ineficientes energeticamente, que necessitem de reparação, por vidros duplos e caixilharias com corte térmico. Esta medida tem como meta atingir 160 mil fogos com superfícies envidraçadas eficientes. Esta medida aponta para o estímulo da renovação do isolamento de edificados que necessitem de reparação e tem como objectivo a instalação de material isolante em 80 mil fogos até Na área da remodelação existe ainda a medida Calor Verde que pretende estimular a instalação de recuperadores de calor alimentados a biomassa, micro-cogeração a biomassa bombas de calor com COP (Coefficient Of Performance)igual ou superior a 4, em virtude dos meios tradicionais. Campanhas de sensibilização serão técnicas utilizadas para sensibilizar o público. Em 2015 prevê-se que exista um total de 20 mil fogos com estes equipamentos instalados. A renovação de equipamento de escritório é uma medida que incentiva as empresas a substituir os seus equipamentos de escritório pouco eficientes, por equipamentos de elevada eficiência. A criação de um plano de incentivos e a criação de um sistema de amortizações de equipamentos eficientes, que estimulam a substituição de Desk Tops por Lap Tops; fotocopiadores e sistemas multifunções antigos e pouco eficientes por fotocopiadores A/A+ e sistemas multifunções de elevada eficiência. O objectivo para 2015 é a substituição de equipamentos Programa Certificação Energética de Edifícios Este programa tem por objectivo a melhoria do desempenho energético dos edifícios, por via do progresso da classe média de eficiência energética do parque edificado, através da implementação das orientações que regulam o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE). Este sistema visa a emissão de Certificados energéticos e da Qualidade do Ar Interior, através de um perito, que classifica o edifício ou fracção numa escala de 9 classes (A+ a G). O SCE teve um desenvolvimento trifásico: a 1ª fase de certificação, começou a 1 de Julho de 2007, para os novos edifícios de habitação e de serviços com mais de 1000 m 2 ou grandes remodelações; a 2ª fase de certificação iniciou a 1 de Julho de 2008 e abrange todos os edifícios novos de habitação e serviços independentemente da área ou fim; e a 3ª fase de certificação principiou a 1 de Janeiro de 2009 e incorpora todos os edifícios existentes para a habitação e serviços, em simultâneo da celebração de contractos de venda e locação ou cuja área seja superior a 1000 m 2. A estimativa para a certificação de edifícios é de 200 mil fogos residenciais por ano e 20 mil fracções de serviços por ano. 11

13 Nas medidas para a Eficiência nos Edifícios Residenciais são implementados mecanismos que incentivem a melhoria da classe energética dos edifícios. A bonificação em 10% dos benefícios associados ao crédito habitação em sede IRS para edifícios classe A/A+ o acesso a crédito bonificado para implementação das medidas de eficiência energética e a reabilitação previstas no certificado energético e o incentivo à bonificação de Licença de Construção para edificações previstas de classe A/A+ são mecanismo para atingir os objectivos destas medidas. A meta para 2015 é emitir aproximadamente 475 mil certificados, o que corresponde a nesse ano atingir a quota de 10% do parque com classe energética B - ou superior. As medidas para a Eficiência nos Serviços visam alcançar nos novos edifícios quotas mínimas por classes eficientes, aumentar a penetração de cogeração e implementar de painéis solares térmicos e de microprodução em escolas. A obrigatoriedade da realização de auditoria energética de 6 em 6 anos, inspecções periódicas a caldeiras e ar condicionados e um plano de manutenção e técnico responsável pelo bom funcionamento dos sistemas de climatização, representam as medidas impostas a edifícios de serviços com áreas superiores a mil metros quadrados. Outra medida é a obrigação de instalação de sistemas de monitorização para equipamentos com potência superior a 100 kw e a gestão de energia para equipamentos com potência superior a 200 kw. Os sectores de comércio, turismo e saúde com edifícios com área superior a m 2 são obrigados a realizar um estudo de viabilidade à introdução de sistemas de cogeração. Em relação á iluminação á a regulamentação sobre o máximo W/m 2 mediante da utilização. Em 2015, prevê-se que metade dos edifícios de serviços certificados seja de classe B - ou superior e que tenham sido emitidos perto de certificados Programa Renováveis na Hora Este programa pretende incentivar a substituição do consumo de energia fóssil por energia renovável, por via do aumento da acessibilidade a tecnologias de micro-geração e de aquecimento solar. A medida micro-produção eléctrica contempla o sistema simplificado de registo para a instalação de micro-geração renovável com limite de 5,75 kw para a rede pública, com um máximo total de 10 MW por ano com um acréscimo anual de 20%; a obrigação de instalar 2 m 2 de de solar térmico como limitação para beneficiar da tarifa bonificada (estima-se que 1m 2 corresponda a uma economia de 1 kw) e a isenção de licenciamento municipal para pequenas instalações. Estas medidas pretendem atingir a potência instalada de 165 MW em microprodução para 2015, correspondentes a instalações. A medida micro-produção térmica visa a dinamização do programa Solar Térmico através de campanhas de divulgação e no apoio à revitalização de equipamentos de solar térmico existente Programa Renove Solar Térmico. Outro ponto em que esta medida se focaliza é no programa de incentivos para instalações de novo solar térmico, beneficiando fiscalmente até 30% no investimento em sede de IRS. Nas habitações sociais, piscinas, balneários e condomínio solar existe a obrigatoriedade de instalação de solar térmico nos novos edifícios. A meta é que a proporção de edifícios equipados com solar térmico, seja aproximadamente de 1 para 15, para edifícios sem estes equipamentos, sendo a área total instalada de 1,4 milhões de metro quadrados. 12

14 8.3. Área de Indústria Esta área visa fomentar o aumento da eficiência energética por meio de melhorias a nível da eficiência dos processos de fabrico, modificando-os e promove a introdução de novas tecnologias e mudança de comportamentos. Nesta área existe o programa Sistema de Eficiência Energética na Indústria Programa Sistema de Eficiência Energética na Indústria Este programa engloba todos os objectivos nesta área, estando divido no Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) e no programa para a energia competitiva na indústria. O SGCIE é uma extensão da medida do PNAC 2006 para 2015 relativa à revisão do Regulamento de gestão dos Consumos de Energia. Este sistema tem por objectividade a promoção da eficiência energética de instalações consumidoras intensivas de energia, isto é, instalações que consumam mais de 500 toneladas equivalente petróleo por ano. Os operadores destas instalações estão sujeitos às seguintes obrigações: fomentar o registo das instalações; efectuar auditorias energéticas, com inclusão de Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn) e relatórios de execução e progresso bianuais; estabelecer metas referentes à intensidade energética e carbónica, no âmbito do PREn e a implementação de medidas com payback mais curto, sendo o payback inferior a 5 anos para empresas com mais de 1000 tep por ano e inferior a 3 anos para as restantes empresas. Em caso de não cumprimento das metas e das medidas, a empresa é obrigada a pagar 50 euros por tep não evitado ou o reembolso dos apoios recebidos e dos benefícios de isenção no ISP, por sua vez se no ano seguinte a empresa conseguir recuperar os desvios tem a possibilidade de ser reembolsada em 75% do montante das penalidades. Estas medidas potenciam uma poupança de 536,4 ktep/ano para o conjunto das indústrias transformadoras, extractivas, da agricultura e pescas e da construção e obras públicas. O programa para a energia competitiva na indústria serve de suporte ao SGCIE e pretende apoiar as empresas industriais a atingir as metas para a eficiência energética e ao mesmo tempo ajudá-las na minimização dos custos energéticos. Com intuito de atingir este fim, este programa define 4 áreas prioritárias de acção: dinamização das medidas de poupança transversais e de medidas especificas em 12 subsectores, promovendo acções de formação e sensibilização dos gestores de energia e a monitorização das medidas nos Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE); apoio a operadores com ARCE, sendo isentos de ISP, ressarcidos parcialmente dos custos com auditorias energéticas e ressarcidos de 25% dos investimentos em equipamentos e sistemas de gestão e monitorização de consumos de energia; promoção da instalação ou reconversão de sistemas de cogeração, implementando uma revisão do tarifário e do regime de licenciamento com estímulo à reconversão para biomassa e gás natural; e medidas de apoio à eficiência no âmbito do Quadro de Referencia Estratégico Nacional (QREN), estas compõem-se por lançamento de concursos para a eficiência energética no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PMEs e no financiamento até 35% das despesas com eficiência energéticas em candidaturas ao Sistema de Incentivos para a Inovação. 13

15 A meta deste programa é atingir uma redução da intensidade energética industrial de 37, para que em 2015 este seja Área Estado O consumo dos locais do Estado português e o os gastos em combustíveis líquidos e gasosos consomem anualmente um total superior a 360 mil tep de energia final. A iluminação de vias públicas, nacionais, regionais e locais, e sistema de sinalização de tráfego consome anualmente tep. O comportamento do Estado deve constituir uma referência a nível da eficiência energética, portanto pretende-se reduzir a energia consumida no Sector Estatal, criando-se o programa de eficiência energética no Estado Programa E Programa E3 Este programa tem como objectivo reduzir a energia consumida no Estado a um ritmo superior ao definido como objectivo geral na directiva europeia, abrangendo 4 áreas de intervenção: os edifícios, os transportes, as compras públicas ecológicas e a iluminação pública. Na área dos edifícios será feita a auditoria e certificação energética à totalidade dos edifícios do estado até Nesta área prevê-se, para 2015, a conversão de 20% do parque de edifícios para classe B- ou superior e a instalação de: solar térmico na totalidade das piscinas e balneários públicos, para aquecimento de águas residuais; renováveis em 2500 escolas públicas, fomentando a microprodução de energia eléctrica, em coordenação com a «Parque Escolar, E. P. E.»; sistemas colectores solares térmicos em 710 edifícios integrados em equipamentos desportivos, passíveis tecnicamente para receber estes sistemas, para aquecimento de águas residuais nos balneários; 22 sistemas de cogeração nos hospitais públicos, o que corresponde a aproximadamente 20%. Na área dos transportes públicos este programa integra uma phase out de veículos com emissões de CO 2 superiores a 200 g/km até A frota automóvel do estado alcançará os 20% de veículos de baixas emissões de dióxido de carbono. A partir de 2010, a aquisição de novos veículos será condicionada a uma short list de veículos com índice de emissões inferior a 110 gco 2 /km. Os organismos do estado com mais de 500 trabalhadores no mesmo local tem que criar planos de mobilidade. A meta para 2015 é atingir uma redução do consumo de 10%. A medida na área das compras públicas ecológicas contempla a introdução de critérios de eficiência energética na aquisição de equipamentos e os concursos públicos qualificam apenas entidades com planos de melhoria de eficiência energética aprovados. Esta medida visa o aprovisionamento de novos edifícios para o Estado limitados a edifícios de classe eficiente. Metade dos contratos públicos para a aquisição de bens ou serviços estarão contemplados na Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas até Outra meta é atingir os 10% do parque de equipamentos com melhoria da eficiência em As medidas de intervenção na área da iluminação pública contemplam a substituição de equipamento e acessórios no parque já instalado por outros mais eficientes. Alguns exemplos 14

16 destas medidas são a instalação de reguladores de fluxo luminoso, o phase out de lâmpadas de mercúrio, a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas com a tecnologia LED e as novas instalações ou substituições têm requisitos mínimos de eficiência energética, entre outros. Algumas das metas destas medidas para 2015 incorporam semáforos com a tecnologia LED (cerca de 20% dos semáforos), substituição das 300 mil lâmpadas de mercúrio instaladas actualmente e substituição de pontos de iluminação intervencionados com a instalação de reguladores de fluxo Área de Comportamentos A mudança comportamental da sociedade a nível energético é um factor essencial para serem atingidas tanto as metas da eficiência energética como as da redução de emissões dos gases de efeito de estufa, a que Portugal se propôs para os próximos anos. Então torna-se importante nesta área induzir uma mudança de hábitos de consumo na sociedade. Nesta óptica, o PNAEE procura integrar 3 linhas de acção na abordagem aos comportamentos sociais: uma caracterização apropriada do quadro de referência social no que se refere aos diferentes perfis da conduta energética mais relevante e à sua relação com os correspondentes quadros de conhecimento e informação; a definição das linhas estratégicas de um plano de comunicação, com a identificação de grupos-alvo estratégicos, tipos de conteúdos adequados, cadeias comunicacionais específicas e identificação dos meios, locais e situações preferenciais para a circulação dos conteúdos; e a articulação com os instrumentos económicos e os procedimentos administrativos que se decidam aplicar aos diversos sectores de consumo de energia. Esta área contempla 2 grandes planos, o Programa Mais e o Operação E Programa Mais Este programa visa dois aspecto: o primeiro é a divulgação de comportamento e tecnologias de vanguarda e o segundo evidenciar os casos de excelência de modo a aumentar a consciencialização para a eficiência energética e incentivar os diferentes agentes a seguirem o exemplo por via da competição entre pares. O Programa Mais abrange cinco áreas de intervenção, denominadas Medidas Mais: Casa Mais, Escola Mais, Autarquia Mais, Empresa Mais e Equipamentos Mais, entendidos como mais eficiência. A medida Casa Mais visa orientar um conjunto de medidas para o sector residencial, em articulação com o Prémio Casa+, no âmbito do protocolo entre a Ordem dos Arquitectos e o Ministério da Economia e da Inovação. Esta medida tem por intuito desenvolver o conceito de casa eficiente. Este conceito é conseguido através de comportamentos que fomentem atitudes sociais mais eficientes, exemplos desses comportamentos estão referidos na área Residencial e Serviços. A medida Escola Mais tem como objectivo criar e valorizar o conceito da escola eficiente, fazendo campanhas de informação e sensibilização que aborde a eficiência energética e criando o Prémio Escola Mais a atribuir à escola que cumpra pelo menos quatro dos cincos dos próximos conceitos: energias renováveis instaladas e cobrindo as necessidades energéticas de balneários, piscinas, cozinhas; iluminação eficiente instalada; equipamentos de classe de apoio 15

17 de classe A ou superior; certificado energético igual ou superior a B - ; e um plano de mobilidade escolar. A medida Autarquia Mais atribui um prémio anual, cujo nome é igual ao da media, à autarquia que tenha melhor desempenho em diversos critérios a valorizar de quatro áreas, iluminação pública, edifícios de serviços públicos, edifícios privados e transportes. As metas estabelecidas na área do estado para cada um destas áreas são os critérios a valorizar nesta área. A medida Equipamento Mais promove a divulgação do conceito bestinclass da eficiência energética, aumentar a divulgação dos veículos de baixa emissão de dióxido de carbono e criar um portal de divulgação das melhores práticas. A medida Empresas Mais atribui prémios de reconhecimento às empresas que implementem em cada ano programas de eficiência energética nas áreas dos equipamentos, frotas e regras de contratação. Existem ainda duas medidas mais adicionais, a medida transportes, em que são feitos programas de eco-condução e de mobilidade urbana; e a parceria mais, em que se incentivam Redes Público-Privadas, de forma a envolver diversos agentes da sociedade civil ao nível das comunidades locais, promovendo o mecenato energético e estimulando o voluntariado Programa Operação E A objectividade deste programa é alterar a mudança dos comportamentos individuais através de campanhas de divulgação de informação de carácter geral sobre a eficiência energética. Este programa tem como principal público-alvo os jovens, pois estes não só são influentes nas decisões tomadas pelos adultos, como também são estes os principais consumidores de energia no futuro, mudando o comportamento futuro da sociedade. Este programa abrange 3 áreas: energia nas escolas, energia nos transportes, energia em casa/trabalho. Outro aspecto deste programa é a campanha 15º ordenado. A campanha 15º ordenado prevê informar os montantes das poupanças acumuláveis anualmente, resultantes da implementação das várias medidas possíveis de eficiência energética. As poupanças numa família podem representar 500 a 1000 anuais, aproximadamente o salário médio português. A área da energia nas escolas prevê a monitorização os consumos energéticos e divulgação de resultados energómetros. Outra medida a implementar é o introdução de capitulo sobre Eficiência Energética nos programas escolares, campanhas de informação e sensibilização junto de toda a comunidade escolar, tendo como mensagem principal: Premiar o esforço («A tua energia é a nossa energia»). Na área da energia dos transportes a mensagem principal é instituir o hábito e praticas de condução eficiente. Esta mensagem espera ser passada através de campanhas de dicas para um condução mais eficiente e escolha de veículos, na introdução de conteúdos eco-condução nas escolas de condução, programas de eco-condução a condutores profissionais e protocolos com concessionárias de auto-estradas para a inclusão de conselhos de eficiência nos placards electrónicos. 16

18 A realização de campanhas de informação e sensibilização para as temáticas energéticas: impactos ambientais, iluminação, aparelhos de climatização e iluminação, são previstas e de uma elevada importância na área da energia em casa e no trabalho. Outra medida é a implementação de uma rede de pontos de informação com base nas Agências Regionais para a Energia e Lojas Cidadão e a criação de um portal de eficiência energética Área de Fiscalidade Esta área é impulsionadora da eficiência energética e tem como objectivo o incentivo à utilização e acesso a técnicas e equipamentos mais eficientes, através de incentivos fiscais, quer por impostos directos quer por indirectos, recorrendo a taxas bonificadas ou reduzidas ou a abatimentos e deduções. Ao mesmo tempo espera-se o desincentivo à aquisição de equipamentos menos eficientes face às melhores alternativas já existentes no mercado. O programa Fiscalidade Verde abrange toda esta área Programa Fiscalidade Verde O programa Fiscalidade Verde constitui um conjunto de medidas que, claramente, aceleraram a eficiência energética e ajudam a atingir as metas deste plano, englobando todos os objectivos desta área. Este programa intervém em 4 áreas: Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), tributação automóvel ISV e IUC e no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). No IRS existe um abatimento adicional de 10% ao montante máximo autorizado de amortização e juros anuais associados ao crédito habitação para edifícios ou fracções residenciais certificadas como classes energéticas A/A+. Outra medida é a dedução à colecta de 30 % dos investimentos em micro-produção e solar térmico, com o limite anual actualizado. No IRC foi definido o regime de amortizações fiscais aceleradas para investimentos em equipamentos energeticamente eficientes. Na tributação automóvel, tal como já foi referido na área dos transportes, é incorporada e valorizada a componente ambiental, tanto no ISV como no IUC, tendo os veículos híbridos reduções de 50% no ISV. Existe ainda um incentivo fiscal para a aquisição de automóveis ligeiros novos e abate de usado com idade superior a 10 anos, através da redução do ISV. Na área do Imposto sobre Produtos Petrolíferos as empresas que estejam incluídas no PNALE e com Acordos Voluntários de Racionalização de Consumos de Energia ganham isenção deste imposto. Valorização gradual da componente ambiental no ISP, com a incorporação das emissões de CO Área de Incentivos e Financiamentos Este plano recebe um financiamento proveniente de duas áreas, verbas a atribuir através do QREN e Fundos de Eficiência Energética, para o qual contribuem as taxas sobre o consumo e mecanismo de incentivo eficiência ou tarifário. A aplicabilidade destas verbas abrange a Inovação, Indústria, Empresas de Serviços de Energia (ESCO), Cheque Eficiência e plano 17

19 Renove+, Crédito Eficiência, Auditorias Energéticas no Estado, Comunicação e Coordenação (anexo 4, figura 2). Os fundos atribuídos pelo QREN, que gere os fundos estruturais provenientes da União Europeia, permitem financiar em cerca de 8 milhões de euros este plano. O Fundo de Eficiência Energética, que será regulamentado pelo Ministério da Economia e da Inovação, terá uma fonte de financiamento equivalente a 6 milhões euros por ano. Este montante provem de taxas sobre consumos eléctricos taxa DGEG e de taxas sobre iluminação/lâmpadas de baixa eficiência energética. O incentivo eficiência ou tarifário relaciona-se com o regime tarifário de comercialização de electricidade a consumidores de baixa tensão referentes à primeira habitação de carácter permanente. Através deste incentivo, os clientes que consigam atingir consumos anuais inferiores a 2000 kwh usufruem de uma redução de 2,5% na tarifa de comercialização do montante, face ao valor do ano precedente. No entanto, clientes que ultrapassem os consumos anuis de 4000 kwh, no ano posterior irá ter um aumento de 5% ao montante contratado do ano anterior, com excepção de famílias numerosas ou as fracções residenciais classificadas energeticamente A/A+ com um Certificada Energético. O balanço destas duas medidas permitirá obter cerca de 16 milhões de euros anualmente. Os incentivos àeficiência no sector residencial e serviço são fortemente focados na substituição de electrodomésticos e reabilitação urbana. O programa renove+, que está referenciado na área residencial e de serviços, é uma medida de incentivo à renovação de electrodomésticos. No incentivo á reabilitação urbana as medidas Janela Eficiente, Isolamento Térmico e a medida Calor Verde, referidas na área residencial e serviços, são englobadas em dois sistemas de incentivo, o Crédito Eficiência e o Cheque Eficiência. O incentivo Crédito Eficiência prevê Crédito Pessoal Bonificado para financiamento de medidas de eficiência energética, que preveja a redução até 50% da taxa de crédito ao consumo a praticar pelas instituições de crédito. Isto é possível devido a acordos com entidades financeiras de crédito para bonificação de linhas de crédito destinadas a financiar medidas de investimento em eficiência energética. O incentivo Cheque Eficiência é um prémio que será atribuído a clientes de baixa tensão que, em 2 anos consecutivos, consigam reduzir os consumos de electricidade. O cheque para investimentos em eficiência será de 10% do montante anual total gasto em electricidade no ano civil anterior, sem taxas, impostos e alugueres, caso consiga reduzir 10% ou mais, nos 2 anos imediatamente anteriores. Caso as reduções atinjam os 20% ou mais, o cheque será de 20% do montante gasto em electricidade no ano anterior. A dinamização de ESCO através de concursos e fortes incentivos á criação deste tipo de empresas, enquadrados por Contratos Eficiência que visam dar enquadramento jurídico à relação. Isto fomenta a criação de empresas que invistam na eficiência energética e que possam criar relações contratuais entre comercializadores de energia e consumidores finais (anexo 4, figura 3). 18

20 8.8. Impactos A meta definida na Directiva n.º 2006/32/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, estabelece uma melhoria de 1% ao ano até 2015, ou seja, 8% para o período de vigência deste plano ( ). No entanto, este plano propõe-se atingir a redução de 9,8% em 2015, o que se traduzirá numa economia de 1,792 milhões de tep, dos quais cerca de GWh provirão de medidas de cariz exclusivamente eléctrico. O maior contributo para as poupanças energéticas previstas, para os 12 grandes programas deste plano, provirão do sector dos Transportes, seguido da Indústria, do sector Residencial, do sector dos Serviços e do Estado (anexo 4, figura 4). Depois da análise da evolução da previsão do consumo final de energia para os cenários Business-as-usual de crescimento elevado do PIB (superior a 3% ao ano) e crescimento baixo do PIB (2% ao ano), o PNAEE prevê um abrandamento da taxa de crescimento do consumo de energia final, podendo alcançar uma estagnação da referida taxa (anexo 4, figura 5). A simulação dos mesmos cenários macro económicos para a evolução da intensidade energética em Portugal prevêem como meta, para 2015, 120 tep por milhão de euros de PIB. Desta forma, este plano terá um contributo equivalente a 11 tep por milhão PIB, convergindo a intensidade energética portuguesa para a média europeia actual (anexo 4, figura 6) Implementação e Monitorização A implementação do PNAEE conjectura a colaboração de várias entidades, criando um conjunto de interacções para a regulamentação das medidas e programas, monitorização dos resultados e de formulação de propostas de melhoria, em articulação com o PNAC 2006 (anexo 4, figura 7). A regulamentação deste plano é da responsabilidade do Ministério da Economia e da Inovação (MEI), em colaboração com os Ministérios e serviços e organismos tutelados, com responsabilidades nas áreas a intervir. O acompanhamento da implementação dos programas e medidas é coordenado pela Direcção Geral da Energia e Geologia (DGEG) e Agência para a Energia (ADENE), em articulação com entidades a designar pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, uma vez que este coordena e supervisiona a implementação do PNAC, e outros Ministérios nas áreas das suas competências. A articulação entre os diferentes serviços e organismos coordenadores dos diferentes programas é um requisito fundamental para a operacionalização a nível nacional, regional e local (anexo 4, figura 1). 19

21 9. Energias renováveis 9.1. Introdução Actualmente a sociedade vive em função da economia, e a economia em função dos recursos. O sector energético representa sem duvida uma grande fatia na evolução da economia. O petróleo destacou-se em relação às outras fontes de energia fosseis devido aos seus diversos usos, aplicabilidade mais simplificada e maior poder calorífico. No entanto uma economia assentada numa fonte de energia finita e concentrada num reduzido numero de produtores encontra bastantes limitações. Na década de 70, um grupo do MIT, mais tarde conhecidos pelo Clube de Roma, elaborou um relatório que indicava o limite do crescimento populacional devido à pressão sobre os recursos naturais e energéticos e o aumento da poluição. Nessa mesma década deu-se a segunda crise petrolífera, tendo o barril de petróleo aumentado 300%, e cresce a preocupação do esgotamento dos recursos. Este factor aliado à consciencialização ambiental que começou a ter alguma relevância levou ao desenvolvimento de energias renováveis e limpas. Além disso a economia não podia estar à mercê dos efeitos especulativos envolta do mercado petrolífero. Desde então a questão energética tem ganho grande importância principalmente com a conferencia de 1997 onde foi implementado o protocolo de Quioto. As energias renováveis figuram-se como a solução para uma evolução económicasustentável Situação das FER em Portugal 2008/2009 Em 2008, 43% do consumo bruto de energia eléctrica foi produzida por fontes de energias renováveis sendo a potencia instalada no final de Janeiro de 2009 de 8184 MW. O sector das energias hídricas é o mais representativo, com cerca de 59% da potência instalada. Verifica-se no entanto que a Taxa de Crescimento Média Anual (TCMA) entre 2002 e 2008 foi de apenas 1,7% (anexo 5, figura 1). Portugal tem um aproveitamento dos recursos hídricos inferior a 50% pelo que esta área demonstra uma grande potencialidade no futuro. No sentido de aproveitar o recurso hídrico está previsto a construção de 10 novas barragens em território nacional. Apesar das produção hidroeléctrica ser segura e não emitir gases efeito estufa na produção de electricidade, provocam impactos ambientais a ter em conta. A perda de solos com valor agrícola e ecossistemas ricos em biodiversidade e a retenção de sedimentos são exemplos desses impactos. O sector eólico é o que apresenta maior desenvolvimento na área das renováveis, com uma TCMA de 57,7% entre 2002 e 2008 representando 35% da potencia instalada até Janeiro de 2009 (anexo 5, figura 1). O investimento neste sector ascende aos 1814 milhões de euros com tendência a aumentar. As principais barreiras deste sistema são as intermitências que requerem baterias de elevado custo para reduzir o efeito, o elevado investimento inicial e impactos ambientais (ex: poluição visual). O sector fotovoltaico apesar de ser o sector com maior TCMA entre 2002 e 2008 (71,4%), representa apenas 0,6% da potencia instalada até ao final de Janeiro de 2009 (anexo 5, figura 1). Os principais investimentos nesta área foram materializados com a construção da central fotovoltaica de Serpa (traduziu-se num aumento de 11 MW em 2007) e a aposta na micro- 20

22 geração, sendo esta ultima o principal motor de crescimento deste sector com um aumento da potencia instalada de 42 MW em As características endógenas do território nacional revela-se favorável ao aproveitamento desta tecnologia. No entanto a fraca eficiência desta é um grande entrave ao investimento, pelo que é necessário primeiro investir no I&D. A o sector da biomassa é o 3º sector com maior potência instalada até Janeiro de 2009 com 4,6%. A produção eléctrica com base na biomassa não tem sido alvo de grande investimento tendo uma TCMA para biomassa c/ cogeração e biomassa s/ cogeração de 0,5% e 17% respectivamente (anexo 5, figura 1). Já para a produção de biocombustível o investimento tem sido significativo.no entanto ainda é duvidosa a compensação económica da substituição de combustíveis fosseis por biocombustíveis. A energia das ondas é a mais recente tecnologia electroprodutora. O I&D desta tecnologia está ainda numa fase prematura pelo que o conhecimento técnico desta ainda não se encontra muito desenvolvido. Portugal é um dos países com maiores investimentos nesta área, com alguns projectos pilotos (ex: Póvoa de Varzim e Peniche). Actualmente a potencia instalada é pouco significativa, com cerca de 4,2 MW. Mas como foi referido, esta é uma tecnologia em fase embrionária. 10. Criticas às metas e politicas apresentadas Não é possível agradar a gregos e troianos As criticas às politicas para a energia avançadas pelo governo surgem de várias direcções. O PCP, no seguimento da sua politica interna, declara que a liberalização dos mercados energéticos vai contra a ambição de um mercado competitivo uma vez que o risco de fusões e aquisições com vista à concentração capitalista do sector energético é bastante elevado. No outro lado do campo, Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, acredita que o governo anda a dar sinais errados ao mercado e aos consumidores através da fixação de preços de electricidade abaixo dos custos reais de produção. Alerta ainda que o apoio através de subsídios para a electricidade não se justifica uma vez que significa o acumular de uma dívida que vamos ter de pagar. Também com a opinião de que a componente de apoio financeiro tem um peso excessivo, a Quercus defende que os incentivos deviam ser atribuídos em função do rendimento do agregado familiar para promover a equidade social. A Quercus acusa ainda de o documento ser demasiado sintético, não se percebendo algumas das medidas apresentadas (ex: não esclarece de que forma o agregado familiar comprova que a redução do consumo eléctrico se deve à eficiência), nem quais as que na data de aprovação do PNAEE já estavam em vigor. Outras das criticas é o apoio financeiro na compra de electrodomésticos A+ e A++, uma vez que a aquisição destes já se traduz numa economia para o agregado, sendo que nesta questão a politica a tomar seria a da divulgação e informação das vantagens na aquisição destes equipamentos. No parecer da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), no PNAEE surge apenas a garantia dos mínimos obrigatórios, ficando muito aquém do expectável e não introduzindo absolutamente nenhum novo elemento, nova perspectiva ou sequer nova abordagem face ao debate europeu e às estratégias já anteriormente aprovadas. Forma-se assim a ideia de que o 21

23 governo não apresenta ambição nas metas propostas (ex: transferência modal de apenas 5% dos passageiros do transporte individual para transporte colectivo). Após a realização deste trabalho, concluímos que apesar da criação de planos de acção no sentido de aumentar a eficiência energética serem de extrema importância, estes só terão expressividade a nível nacional se grande parte dos esforços estiverem direccionados para a consciencialização populacional. O estado deve assim promover campanhas de divulgação e informação a nível nacional com o objectivo de mudar as atitudes do dia a dia da sociedade, uma vez que este factor se mostra como o principal motor de funcionamento dos planos. 11. Bibliografia a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) SANTOS, F. (2007). A situação contemporânea em que futuro?, editado por Gradiva, Lisboa (Portugal), p.p

24 1. Anexo 1 Objectivos da Estratégia Nacional para a Energia Figura 1 - Preços pagos pelos consumidores (industriais e domésticos) de electricidade Figura 2 - evolução de CO2 na atmosfera 23

25 1. Anexo 2 Situação energética nacional até 2007 Figura 3 - Dependência energética europeia e portuguesa (EUROSTAT, 2009) Figura 4 - Intensidade energética da economia, Portugal (Tep/M, EUROSTAT 2009) 24

26 Figura 5 - Indice de emissões de gases efeito estufa e respectivo objectivo em Portugal, CO2eq com ano base igual a 100 (EUROSTAT, 2009) 25

27 1. Anexo 3 Medidas politicas pós 2007 Tabela 1 - Novas metas após revisão da RCM nº63/2003 RCM 63/2003 (MW) Novas metas Eólica MW Hídrica MW Biomassa MW Solar MW Ondas MW Biocombustíveis - 10% em Transportes Biogás MW Micro-geração (varias tecnologias) Telhados - Viabilização de potência por flexibilização de 600 MW de sobre - equipamento - Criação de clusters industriais associados aos dois concursos já lançados - Lançamento de concursos para atribuição de 200MW a pequenos promotores - Aposta no investimento em reforços de potência e bombagem - Antecipação de reforços e duplicação do Alqueva até Criação de rede descentralizada de centrais de biomassa (~15 novas centrais) - Articulação estreita com os recursos e potencial florestal regional e com políticas de combate ao risco de incêndios - Construção da maior central fotovoltaícado mundo com unidade fabril - Obrigatoriedade de pré-instalação de solar térmica na nova construção - Aposta na micro-geração - Criação de Zona Piloto com potencial de exploração até250mw - Promoção de desenvolvimento tecnológico industrial e pré-comercial com instalações de protótipos em tecnologias emergentes - Reforço dos objectivos em biocombustíveis (5,75% -> 10%) - Isenção de ISP para combustíveis rodoviários e incorporação agrícola nacional - Lançamento de novo concurso no 1ºsemestre de Criação de unidades de tratamento anaeróbico de resíduos - Resolução de problemas ambientais, designadamente a Ribeira dos Milagres - Renováveis na hora sistema simplificado para micro fotovoltaíco e eólico - Programa para instalar sistemas até2010, com incentivo à instalação de Água Quente Solar em casas existentes 26

28 Tabela 2 - Papel das energias renováveis como motor de desenvolvimento económico, ambiental, social e tecnológico Investimento (biliões ) Criação de emprego directo Redução de CO2 (Mt) Eólica 5, ,8 Hídrica 1, ,7 Biomassa 0, ,7 Solar 0, ,1 Ondas 0,15-0,03 Biocombustíveis 0, ,3 Biogás 0,3-0,15 Micro-geração 0, ,03 Total 8, ,7 Figura 6 - Cronologia das tecnologias termoeléctricas usadas em Portugal e respectivo custo médio de produção 27

29 1. Anexo 4 PNAEE Figura 7-12 grandes programas do Portugal Eficiencia 2015 Figura 8 fontes de financiamento e aplicação de recursos 28

30 Figura 9 - Concursos, Incentivos àcriação de Empresas de Serviços de Energia (ESCOs) e contrato Eficiência Figura 10 - Impactos esperado por programa 29

31 Figura 11 - previsão de evolução do consumo final de energia Figura 12 - Previsão de evolução da intensidade energética em Portugal 30

32 Figura 13 - Esquema da articulação entre PNAC e Portugal eficiencia

33 1. Anexo 5 Energias renovaveis Figura 14 - Evolução histórica da potencia total instalada em renovaveis (MW) em Portugal Continental 32

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