GUIA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO AO CIRURGIÃO-DENTISTA CREDENCIADO.
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- Maria do Carmo Peixoto Canário
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2 GUIA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO AO CIRURGIÃO-DENTISTA CREDENCIADO. COMISSÃO DE CONVÊNIOS E CREDENCIAMENTOS DO CRO-RJ DE 2015 Segundo a lei 13003/2014 que discorre sobre contrato, reajuste e reposição de profissionais, segue um pequeno resumo para seu entendimento /2014 A Lei nº , de 24 de junho de 2014, que altera a Lei nº 9656/1998, com algumas mudanças que tratam das novas regras a serem aplicadas nos contratos de planos de saúde. Após vários debates no setor, as resoluções sobre a aplicação da lei foram publicadas pela ANS, por meio de três Resoluções Normativas (RN) e uma Instrução Normativa (IN). 1) RN nº 363: as condições de prestação de serviços de atenção à saúde no âmbito dos planos privados de assistência à saúde por pessoas físicas ou jurídicas, independentemente de sua qualificação como contratadas, referenciadas ou credenciadas, serão reguladas por contrato escrito, estipulado entre a operadora e o prestador; os contratos escritos devem estabelecer com clareza as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes, incluídas, obrigatoriamente, as que determinem a descrição de todos os serviços contratados, os valores dos serviços, os critérios, a forma e a periodicidade do seu reajuste e os prazos e procedimentos para faturamento e pagamento dos serviços prestados, de acordo com o documento. 2) RN nº 364: o índice de reajuste será definido pela ANS e será limitado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, de acordo a resolução. O índice só será aplicado caso não haja entendimento entre o prestador e a operadora até 31 de março de cada ano. 3) RN nº 365: é facultada a substituição de prestadores de serviços de atenção à saúde não hospitalares, desde que por outro equivalente e mediante comunicação aos beneficiários com 30 (trinta) dias de antecedência. A operadora poderá indicar estabelecimento para substituição já pertencente a sua rede de atendimento desde que, comprovado por meio de aditivo contratual, que houve aumento da capacidade de atendimento correspondente aos serviços que estão sendo excluídos.
3 4) IN nº 56/DIDES: regulamenta a disponibilização das informações relativas à substituição de prestadores de serviços não hospitalares de atenção à saúde no portal corporativo das operadoras. Caso queiram ler na íntegra a lei: O CFO em sua revista 4º edição JAN-MAR 2015 na página 9: orienta a todos os interessados que leiam a íntegra das resoluções para que não haja nenhuma dúvida em relação ao tema e que os cirurgiões-dentistas fiquem atentos: não assinem os contratos sem antes confirmar o índice de reajuste, a sua aplicabilidade será na data da assinatura do contrato. O CFO e as demais entidades que integram a Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos (CNCC) vão unir esforços para que essas negociações sejam feitas de forma coletiva. RESOLUÇÕES DO CFO: O CFO dispõe de algumas resoluções as quais os Cirurgiões-Dentistas que atendem planos precisam tomar conhecimento. Resolução CFO 19/2001: Cumprir o estabelecido na Resolução CFO-19/ 2001, que veda o desligamento do cirurgião-dentista vinculado por referenciamento, credenciamento ou associação à operadora de plano de saúde, exceto por decisão motivada e justa, garantindo ao cirurgião-dentista o direito de defesa e contraditório no âmbito da operadora; Resolução CFO 20/2001: Obedecer a normatização sobre perícias e auditorias odontológicas em sede administrativa estabelecida pela Resolução CFO-20/2001 Resolução CFO 102/2010: que proíbe o uso indiscriminado de Raios X, com a finalidade, exclusivamente, administrativa em substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos. CBHPO: A ferramenta sugerida como referência para nortear os valores Dos procedimentos odontológicos é a CBHPO. Classificação Brasileira Hierarquizada dos Procedimentos Odontológicos, Confeccionada pela FIPE a pedido do CFO. NÃO É UMA TABELA e sim uma planilha hierarquizada, onde através de um valor estipulado da consulta clínica, todos os outros procedimentos serão valorados, levando em conta diversos outros fatores. Pode não ser o ideal, mas é a melhor ferramenta que temos. A TUSS nomenclatura de todos os procedimentos utilizada pela ANS para padronizar os procedimentos, contempla integralmente a CBHPO. Então mãos a obra para torná-la reconhecida. Procure saber e orientar os colegas também em relação a CBHPO através do endereço
4 UM PEQUENO RESUMO DE COMO UTILIZAR A CBHPO 1. Esta planilha, formatada no Programa Excel, encontra-se estruturada em valores relativos, porém, ao inserir um índice da UH (Unidade de Honorário), permite determina-se o valor total do procedimento em Reais; 2. A Unidade de Honorário UH encontra-se na planilha com seu valor relativo previamente fixado, de acordo com a metodologia utilizada pela FIPE; 3. A Unidade de Honorário UH será automaticamente calculada quando for inserido um índice multiplicador, na coluna respectiva (veja abaixo), o que proporcionará como resultado as valorações absolutas dos procedimentos. Esta Unidade pode variar de acordo com a realidade de cada Estado ou de profissional para profissional;
5 4. O índice de UH considerado pela CNCC como de abrangência nacional é de 0.78; 5. A Unidade de Custo (UC), referente ao custo de material utilizado e todos os gastos do consultório, como taxas e impostos, por exemplo, encontra-se na planilha com seu valor relativo previamente fixado, cujo índice multiplicador nacional é de 0,37, de acordo com a metodologia utilizada pela FIPE; 6. As UH e UC serão corrigidas, anualmente, no mês de Julho pelo índice INPC-IBGE; 7. Não estão incluídos nessa metodologia de valoração a parte laboratorial e outros insumos que podem variar de valor na aquisição como, por exemplo, o implante odontológico. Consta na planilha uma coluna intitulada a negociar (N/A) (profissional/paciente). 8. Os procedimentos realizados em condições especiais conforme item 6.B do dicionário serão acrescidos de 40% sobre os valores absolutos (em reais) do item UH. 9. A planilha da CBHPO permite, na coluna adjacentes (ou laterais) que esta intitulada de valor total, a comparação de valores absolutos (veja abaixo), ou seja, em reais pagos aos procedimentos pelos planos odontológicos em relação à CBHPO. Para isso, coloque o valor absoluto (em real) dos procedimentos de cada plano na linha correspondente do procedimento da CBHPO.
6 10. O campo intitulado % pago possibilita evidenciar, em percentagem, qual o índice pago pelo plano odontológico em relação ao índice da CBHPO. CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO: (Entrou em vigor em 1º de Janeiro de 2013) Alguns artigos de fundamental importância para o Cirurgião-Dentista conveniado. Capitulo I (Disposições Preliminares) Artigo 1º O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgiãodentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas. Capítulo III (Dos Deveres Fundamentais) (...) Artigo 8º A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião-dentista, os profissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que exerçam atividades no âmbito da Odontologia, devem cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e fundamento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhecimento e caracterizem possível infringência do presente Código e das normas que regulam o exercício da Odontologia. Artigo 9º (...) III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão; (...) VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; (...) XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes; (...) XIII - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontologia ou sua má conceituação; (...) XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios que os caracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmas se encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea;
7 Capítulo IV (Das Auditorias e Perícias Odontológicas) Artigo 10º Constitui infração ética (...) VII - realizar ou exigir procedimentos prejudiciais aos pacientes e ao profissional, contrários às normas de Vigilância Sanitária, exclusivamente para fins de auditoria ou perícia; (...) Capítulo VIII (Dos honorários profissionais) Artigo 19º X - (...) a liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamento profissional. Parágrafo Único. O profissional deve arbitrar o valor da consulta e dos procedimentos odontológicos, respeitando as disposições deste Código e comunicando previamente ao paciente os custos dos honorários profissionais. Artigo 20º Constitui infração ética I - oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente; (...) VIII - permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, de seus serviços, através de outros meios como forma de brinde, premiação ou descontos; Artigo 21º O cirurgião-dentista deve evitar o aviltamento ou submeter-se a tal situação, inclusive por parte de convênios e credenciamentos, de valores dos serviços profissionais fixados de forma irrisória ou inferior aos valores referenciais para procedimentos odontológicos. Artigo 32º Constitui infração ética (...) V - valer-se do poder econômico visando a estabelecer concorrência desleal com entidades congêneres ou profissionais individualmente; (...) XI - usar indiscriminadamente Raios X com finalidade, exclusivamente, administrativa em substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos; Buscando uma melhor conscientização da categoria, a CECC RJ espera ter colaborado para o seu melhor esclarecimento. Procure o seu CRO, participe das atividades, ajude-nos a construir uma nova história de maior participação e união entre todos os Cirurgiões-Dentistas.
8 O CRO-RJ é de todos nós! A Comissão de Convênios e Credenciamentos do CRO-RJ está a seu dispor! Membros: NOSSO cecc2015@cro-rj.org.br Acácia Andrade Brito, Ana Paula Morais, Carlos Eduardo S. Felismino, Cristina Pinho, Paulo Areal, Vagner Datrino.
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