Produto 5: Socieconomia e dados ambientais do hotspot Brasília, Brasil

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1 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Subprojeto II.1 Investigação dirigida sobre a compreensão da base de recursos naturais da bacia do Rio Amazonas Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Fonte: Cleber Alho Relatório Parcial Produto 5: Socieconomia e dados ambientais do hotspot Brasília, Brasil 1

2 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Relatório Parcial Produto 5: Socieconomia e dados ambientais do hotspot designado Coordenação da Atividade Norbert Fenzl Consultor Cleber J. R. Alho Novembro/2013 2

3 SOCIECONOMIA E DADOS AMBIENTAIS DO HOTSPOT RESUMO EXECUTIVO Este componente do Projeto GEF-Amazonas é relativo às atividades II.1.1 e III.1.1 (Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos), com enfoque especial sobre uma investigação documentada, incluindo informação socioeconômica e dados ambientais, sobre um hotspot selecionado, com base na visita local e trabalho de campo. Análise documentada de modelos diferentes de manejo participativo de sistemas aquáticos e definição de um paradigma para orientar a implementação de ações estratégicas no hotspot selecionado. O hotspot selecionado para este produto é o do Alto Rio Xingu. O estudo identifica e analisa as ameaças ambientais associadas aos ecossistemas aquáticos nesse hotspot específico confrontando essas ameaças com aquelas identificadas pela literatura para toda a bacia amazônica, visando propor um conjunto de medidas de manejo para comporem o Plano de Ações Estratégicas (PAE) do Projeto GEF-Amazonas. A literatura científica tem enfatizado a relação entre o crescimento da população humana, com o consequente uso e ocupação do solo, modificando os ambientes naturais pelas atividades antrópicas na Amazônia. Desse modo, as atividades socioeconômicas tradicionais, como a pesca e o extrativismo têm sido afetadas pelo avanço mais recente da acentuada migração humana atraída por novas possibilidades de acesso à terra ou motivada por empreendimentos novos de infraestrutura, pecuária, agricultura, mineração, pesca comercial ou outra motivação. A várzea aparece como o primeiro foco de povoamento do espaço amazônico, havendo indícios de tribos indígenas de várzea com cerca de dois mil anos. Essas etnias indígenas procuraram os ambientes de rios e igarapés (como fonte de água e alimentos) para fixarem suas aldeias e se difundirem pela região. A rede hidrográfica da região, contudo, não condicionou somente o processo de ocupação das tribos indígenas e, posteriormente, dos colonizadores, mas também orientou o caminho pelo qual iria seguir a economia regional. A identificação, caracterização e avaliação das ameaças ambientais aos ecossistemas aquáticos constituem um instrumento importante para compor o plano de ações estratégicas. Essa identificação, caracterização e avaliação das ameaças visa, portanto, designar instrumentos para a execução de políticas e de gestão ambiental para subsidiar o planejamento de uma determinada ameaça potencialmente modificadora do meio ambiente aquático, em conjunto com outras que ocorrem nos ecossistemas. Algumas dessas ameaças aos ecossistemas aquáticos são de natureza técnico-científica, como aquelas que interferem na estrutura e função dos ecossistemas. Outras são de natureza político-administrativa, como aquelas que podem ser previstas e evitadas. Neste caso, muitas vezes se referem às normas legais que devem ser implementadas e obedecidas. Em se tratando de diretrizes para oito países, esse aspecto legal-administrativo ganha bastante complexidade. A quantificação do efeito da ameaça analisada é de certo modo subjetiva, envolvendo avaliações não só de ordem ecológica, mas também socioeconômica. Portanto, a variável ambiental da ameaça se traduz pela inserção dos meios físico-químico (solo, qualidade da água etc.), biótico (vegetação inundável, fauna aquática etc.) e socioeconômico (pesca, extrativismo etc.). 3

4 Um ecossistema aquático em condições naturais é um sistema dinâmico e equilibrado, cujos componentes abióticos (solo, água, clima etc.) interagem com os componentes bióticos (comunidades ecológicas e populações de micro-organismos, plantas e animais). Quando a necessidade humana é inserida neste sistema, na visão produtor-consumidor, a interatividade das variáveis de consumo deve ainda ser buscada, com regras de manejo adequado, na busca da sustentabilidade do sistema, a fim de evitar o uso predatório, não sustentável, de determinado recurso. Na região do alto Rio Xingu, objeto específico deste estudo, a pesca tem sido principalmente esportiva, com proliferação de pousadas na região, gerando: Conflitos entre ribeirinhos/pequenos agricultores e as grandes fazendas (de pecuária e com operações mecanizadas de agricultura); Conflitos sobre a qualidade ambiental e da saúde entre populações no entorno do Parque Indígena do Xingu e os povos indígenas que vivem no Parque. Diante dos indutores do processo de ocupação descritos neste documento, ocorreu uma pressão crescente sobre os recursos naturais, com destaque para a cobertura vegetal, em particular as matas aluviais associadas à água, fundamentais para a biologia pesqueira, levando a taxas de desflorestamentos significativas do Cerrado da região das nascentes do Xingu. Houve uma transição entre a economia da várzea para a de terra-firme, com conversão da vegetação nativa em pastagens para a pecuária e campos agrícolas, com a entrada da soja. 4

5 LISTA DE MAPAS E FOTOS Figuras Figura 1. Bacia do Rio Xingu, e a região estudada na transição dos biomas Cerrado e Amazônia e trechos de rios percorridos durante a expedição de campo às cabeceiras do Rio Xingu. Figura 2. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando a área visitada com os principais pontos referidos no texto. Note a Reserva Indígena do Alto Xingu no canto superior esquerdo. Os trechos de rio marcados com o track de GPS foram visitados de barco. Figura 3. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando a área visitada com os principais pontos referidos no texto. Note a bacia do rio Araguaia no canto inferior direito e a Reserva Indígena do Alto Xingu no canto superior esquerdo. Os trechos de rio marcados com o track de GPS foram visitados de barco. O Rio Sete de Setembro próximo à Canarana e o seu riacho afluente próximo à Água Boa foram visitados de carro. Figura 4. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando o rio Coluene imediatamente acima da área visitada. Note lagos (oxbow lakes) formados pelas mudanças do curso do leito principal do rio dentro da faixa de mata alagável. A linha vermelha corresponde a 4 km. Fotos Foto 1. Formadores do rio Xingu, em Mato Grosso, com atividades de pesca esportiva. Foto: Cleber Alho Foto 2. A conversão da vegetação natural em campos de soja e pasto para o gado chega até às margens dos rios formadores do Xingu, impactando negativamente os ecossistemas aquáticos. Foto: Cleber Alho. Foto 3. As atividades de uso e ocupação do solo têm impactado negativamente as florestas ripárias ao longo dos ecossistemas aquáticos da região do alto Xingu. Foto: Cleber Alho. Foto 4. Pesca amadora sendo realizada no Rio Sete de Setembro (coordenadas: latitude -12, ; longitude - 52, ), principal atividade socioeconômica pesqueira da região do alto Xingu. Foto: Cleber Alho. 5

6 INTRODUÇÃO Objetivo deste Produto O Termo de Referência, anexo ao contrato de trabalho relativo ao componente II.1.1 (Ecossistemas Aquáticos) e particularmente o componente III.1.1 (Identificação de áreas prioritárias ou hotspots), do Projeto GEF-Amazonas, estabelece que haja uma investigação documentada, incluindo informação socioeconômica e dados ambientais, sobre um hotspot selecionado, com base na visita local e trabalho de campo. Análise documentada de modelos diferentes de manejo participativo de sistemas aquáticos e definição de um paradigma para orientar a implementação de ações estratégicas no hotspot selecionado. O hotspot selecionado para este produto é o do Alto Rio Xingu. O objetivo é identificar e analisar as ameaças ambientais associadas aos ecossistemas aquáticos nesse hotspot específico confrontando essas ameaças com aquelas identificadas pela literatura para toda a bacia amazônica, visando propor um conjunto de medidas de manejo para comporem o Plano de Ações Estratégicas (PAE) do Projeto GEF-Amazonas. A literatura científica tem enfatizado a relação entre o crescimento da população humana, com o consequente uso e ocupação do solo, modificando os ambientes naturais pelas atividades antrópicas na Amazônia. Desse modo, as atividades socioeconômicas tradicionais, como a pesca e o extrativismo têm sido afetadas pelo avanço mais recente da acentuada migração humana atraída por novas possibilidades de acesso à terra ou motivada por empreendimentos novos de infraestrutura, pecuária, agricultura, mineração, pesca comercial ou outra motivação. As ameaças ambientais causadas pela atividade antrópica aos ecossistemas aquáticos da Amazônia podem ser agrupadas nos seguintes tópicos: Perda e alteração de ecossistemas, particularmente pelo desmatamento das florestas ripárias. Exploração predatória de recursos naturais. Introdução de espécies exóticas. Aumento de patógenos nos ambientes naturais. Aumento de tóxicos ambientais. Efeitos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas. A ocupação desordenada dos ambientes formadores dos ecossistemas aquáticos da Amazônia, além de comprometer a qualidade dos recursos hídricos, a biodiversidade aquática e a produção pesqueira, ameaçam também a qualidade de vida das populações locais, como as comunidades ribeirinhas, os pescadores artesanais e os grupos indígenas, que utilizam os recursos aquáticos como fonte de alimentação e subsistência. As pressões antrópicas têm causado mudanças na troca de substâncias diversas entre os sistemas aquáticos e terrestres (alteração e erosão) e no balanço dos elementos químicos que circulam nesse ambiente. Entre essas, os metais pesados, denominados também elementos-traço, são de extrema importância, devido à sua toxicidade aos organismos vegetais e animais (incluindo ao ser humano). 6

7 HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO E USO DO SOLO DA REGIÃO DAS NASCENTES DO XINGU Toda essa região do alto rio Xingu experimentou uma expansão na produção de grãos, em cadeias produtivas de expressivo valor agregado. Esses setores, até em função da grande escala de produção, interesse privado e investimentos públicos para expansão da balança comercial brasileira, criam mercados de trabalho e de fornecimento de serviços e produtos para seu próprio funcionamento, ampliando a formalização de todo o processo produtivo e contribuindo para a elevação dos patamares de rendimento econômico. Com isso, é oportuno ressaltar a tendência de intensificação do desflorestamento sobre as formações savânicas (Cerrado) presentes na porção correspondente às cabeceiras dos formadores do rio Xingu (rios Culuene, Tanguro, Kurisevo e Ronuro) desencadeando um processo erosivo e de deposição de sedimentos, o que leva a um potencial comprometimento das nascentes e várzeas aí presentes, inclusive no interior de terras indígenas. Deve-se aqui considerar que os rios da bacia do Xingu apresentam variações importantes de vazão ao longo do ciclo hidrológico, o que implica em variações na disponibilidade hídrica durante o ano, com as maiores restrições nos meses de julho a outubro. Com a intensificação das atividades agrícolas na região, e como os solos do Cerrado necessitam de correção e adubação para serem adequadamente aproveitados para essas atividades, tem havido uma potencial ameaça de contaminação dos corpos d'água por fertilizantes e defensivos agrícolas. Isso representa ameaças continuadas sobre a qualidade das águas, pois se pode esperar importante aporte de insumos aos corpos hídricos, o que determina alterações significativas nos cursos d água, causadas pelos efeitos adversos também decorrentes da supressão da cobertura vegetal no Cerrado e no ecótone Cerrado-Amazônia. Em conclusão, esse processo de alteração e ameaças ambientais nas regiões de nascentes e formadores de rios da Amazônia tem mostrado o acirramento desse processo de alteração deletéria na qualidade de diferentes serviços ambientais associados aos recursos hídricos. Os processos de ocupação do solo da Amazônia por grandes empreendimentos têm trazido conflitos com pequenos produtores, que desenvolvem atividades ligadas à agricultura de subsistência; com colonos que utilizam mão de obra externa e que não dependem da mão de obra familiar, desenvolvendo atividades associadas à criação de gado e à especulação da terra; com a população ribeirinha localizada às margens dos rios, desenvolvendo atividades extrativistas como a pesca e a coleta da castanha; e com a população indígena. A ocupação da região se intensificou a partir da década de 70, sendo os principais vetores de ocupação a abertura de rodovias no início da década, os projetos privados de colonização nos anos oitenta e, mais recentemente, a expansão da pecuária e agricultura. Em geral, a região experimentou crescimento demográfico variando de mediano a elevado, com altas taxas de urbanização, acompanhado, no entanto, por Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) que não ultrapassam 60%, com enormes carências, em especial, no tocante às condições de saneamento. Diante dos indutores do processo de ocupação descritos neste documento, ocorreu uma pressão crescente sobre os recursos naturais, com destaque para a cobertura vegetal, em particular as matas aluviais associadas à água, fundamentais para a biologia pesqueira, levando a taxas de desflorestamentos significativas do Cerrado da região das nascentes do Xingu. Houve 7

8 uma transição entre a economia da várzea para a de terra-firme, com conversão da vegetação nativa em pastagens para a pecuária e campos agrícolas, com a entrada da soja. Quanto às áreas oficialmente protegidas, unidades de conservação e terras indígenas, face à precariedade de fiscalização, em algumas houve e ainda tem havido problemas de invasões. Este estudo aponta para as principais preocupações com a intensificação dos extensos e contínuos desflorestamentos até hoje já identificados na região das nascentes do Xingu, ainda que em graus diferenciados de relevância, nas diferentes unidades de paisagem do bioma Cerrado e do ecótone Cerrado/Amazônia, incluindo as coberturas vegetais associadas aos ecossistemas aquáticos. As dificuldades de controle dessas ações predatórias associam-se à precária regularização fundiária, à grilagem de terras públicas, à contratação irregular de mão de obra e aos baixos custos do processo e deverão perdurar no cenário futuro, a não ser que seja incrementado o processo de fiscalização na região. A região do alto Xingu representa uma zona de transição entre a Floresta Amazônica típica e o Cerrado do Planalto Central, com uma composição florística própria. À medida que a floresta amazônica vai avançando para o sul, sua fisionomia também vai se modificando, por causa do clima estacional sob o qual essa formação encontra-se hoje. Por isso, apesar de tratar-se de Floresta Estacional, é distinta florística e fisionomicamente da Floresta Estacional Semidecidual ou Decidual, com a qual ainda mantém algum contato por meio das florestas de galeria. Por este motivo, alguns autores sugerem a denominação de Floresta Estacional Perenifólia para o tipo vegetacional do alto Xingu. Assim, sob o ponto de vista fitogeográfico, a floresta do alto Xingu é considerada Amazônica, mas do ponto de vista morfoclimático é uma área de transição para o domínio do Cerrado. A área visitada no trabalho de campo situa-se exatamente sobre a fronteira do desmatamento no município de Canarana. Constatou-se que uma grande parte das florestas do alto Xingu já foi retirada para abrir espaço para a pecuária e, mais recentemente, para a agricultura extensiva de grãos. Na região mais ampla das nascentes do rio Xingu, enquanto tem havido reconhecido incremento de atividade econômica, por outro lado os efeitos ambientais têm sido consideráveis. Daqui para o futuro, o compartimento Alto Xingu deverá continuar a apresentar o ritmo mais significativo de crescimento, também favorecido pelo aumento demográfico do município de Sinop (MT) e de seu efeito polarizador. Vale aqui ressaltar o efeito desta polarização sobre o crescimento demográfico de Sinop, que, em conjunto com o município de Sorriso, foram os únicos na porção mato-grossense da região de nascentes que continuaram a apresentar um crescimento socioeconômico acelerado no período 2000/2007 em relação àquele de 1996/2000. ALTO RIO XINGU: CONTEXTO ECOLÓGICO E ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS O rio Xingu é um dos principais tributários da bacia Amazônica e drena o Escudo Brasileiro, juntamente com o Tocantins, Araguaia, Tapajós e parte do rio Madeira. A bacia do rio Xingu compõe a Ecorregião Aquática 322 do mapa das ecorregiões de água doce do mundo de Abell et al. (2008), que é limitada ao norte pela área de Belo Monte, na zona de contato entre a bacia sedimentar Amazônica e o Escudo Brasileiro, a leste e ao sul pelo divisor de águas com a bacia do rio Araguaia, ao longo da Serra do Roncador, Serra dos Gradaús e Serra dos Carajas, e a oeste pelo divisor de águas com a bacia do rio Tapajós, ao longo da Serra Formosa e Serra do Cachimbo. A elevação ao longo da bacia é muito lenta na maior parte da bacia, com um aumento da cota em relação ao nível do mar de cerca de 150 metros ao longo da Volta Grande, entre Belo 8

9 Monte e Altamira e mais 150 metros entre Altamira e a confluência dos rios Sete de Setembro e Coluene, já em sua parte alta, área visitada neste estudo. As suas cabeceiras mais altas nascem no Planalto de Mato Grosso, a mais de 800 metros de altitude. Na maior parte de seu percurso o rio Xingu corre sobre terrenos cristalinos de granito e também calcário, o que lhe confere uma quantidade de sedimentos carreados muito baixa e alta transparência. O clima nesta ecorregião é tropical, com precipitação média anual entre e mm e com estação de cheia entre novembro e abril e com temperatura do ar média entre 21,6 e 26,5ºC. O rio Xingu é a quarta maior bacia hidrográfica da Amazônia (cerca de 7% em área) e um dos maiores rio de águas claras que drena os planaltos cristalinos e planícies sedimentares do Escudo Brasileiro, sendo responsável por cerca de 5% da vazão do rio Amazonas. A transparência de suas águas esverdeadas (por causa de florações de fitoplancton) varia de 0,6 a 4 metros, com ph entre 4,5 e 7,8. O nível da água começa a subir em setembro ou início de outubro, atingindo o pico da cheia entre março e abril. A média anual de flutuação do nível do rio é entre dois e cinco metros. Por causa da baixa carga de sedimentos, o rio é bastante largo na ria, assemelhando-se a um lago. Marés oceânicas ocorrem até cerca de 100 km acima da sua foz, a qual se encontra a cerca de 420 km do oceano Atlântico. A parte superior da bacia do rio Xingu, ao sul do paralelo de 10ºS, que coincide aproximadamente com a divisa Pará-Mato Grosso, situa-se em uma depressão caracterizada por extensas áreas úmidas que são periodicamente alagadas. Essa área contém lagos (Foto 1), banhados, florestas sazonalmente alagadas e savanas. Comparando-se com a parte baixa da bacia, onde o nível de nutrientes é baixo, a parte superior da bacia é mais rica em nutrientes, suportando maior diversidade de vegetação aquática, moluscos e outros invertebrados. Cataratas e corredeiras ocorrem principalmente na parte baixa e nos tributários do rio Xingu, notadamente as cataratas da Serra do Cachimbo e as corredeiras da Volta Grande, que agem como barreiras para a fauna aquática entre a Amazônia central e o Xingu superior (Hales & Petry, 2013). No início de abril de 2013, durante os trabalhos de campo, foram percorridos aproximadamente 250 Km de trechos dos rios Xingu, Culuene, Sete de Setembro e Coronel Vanick (Figura 1). As coordenadas dos extremos (jusante e montante) dos cursos d água visitados são apresentados na Tabela 1. A partir da junção do Culuene e do Sete de Setembro o rio passa a se chamar Xingu. O Rio Coronel Vanick é um dos afluentes da margem esquerda do Rio Sete de Setembro. O desnível altitudinal ao longo desses trechos foi pequeno, com as altitudes variando de 300 a 355 m. Os trechos percorridos mais a jusante do Rio Xingu apresentam grande beleza cênica e ficam na região limítrofe ao Parque Indígena do Xingu. 9

10 Figura 1. a) Bacia do Rio Xingu uma das bacias da margem esquerda do Rio Amazonas; b) Localização das cabeceiras da bacia do Rio Xingu na transição dos biomas Cerrado e Amazônia; e c) Trechos de rios percorridos durante a expedição de campo às cabeceiras do Rio Xingu. Tabela 1. Localidades amostradas ao longo da expedição de campo ao Alto Rio Xingu. Trecho Latitude ( ) Longitude ( ) Altitude (m) Extremo jusante do Rio Xingu -12, , Início do Rio Xingu (união do Rio Culuene e Sete de Setembro) -12, , Extremo montante do Rio Culuene -13, , Extremo jusante do Rio Coronel Vanick -13, , Extremo montante do Rio Coronel Vanick -13, , Extremo montante do Rio Sete de Setembro -13, , Afluente de cabeceira do Rio Xingu -14, ,

11 Foto 1. Formadores do rio Xingu, em Mato Grosso, com atividades de pesca esportiva. Foto Cleber Alho Durante os trabalhos de campo para o alto rio Xingu priorizou-se a estratégia de inspeção ambiental direta, através de deslocamento por barco e automóvel. A equipe (Cleber Alho, Roberto Reis e Pedro Aquino) ficou hospedada na Pousada Nascente do Xingu, na beira do rio Xingu no município de Canarana, Mato Grosso. A partir dessa pousada diversas excursões em barco rápido (voadeira) foram empreendidas a diferentes ambientes aquáticos. Essas áreas encontram-se localizadas nos rios Coluene e Sete de Setembro, próximas a nascente do rio Xingu, formado pela confluência dos dois rios acima, e no rio Coronel Vanick, um afluente do rio Sete de Setembro (Figura 2). A área das nascentes do rio Sete de Setembro, escolhida para representar da região de nascentes do rio Xingu, foi inspecionada por terra, em veículo apropriado, e comparada com as demais nascentes do rio Xingu através de imagens de satélite (Figura 3). Todo o trabalho foi registrado fotograficamente e as áreas visitadas nos rios foram 11

12 georeferenciadas através de GPS. A região do alto Xingu já está bastante degradada pelo avanço do cultivo de soja e da pecuária (Foto 2). Foto 2. A conversão da vegetação natural em campos de soja e pasto para o gado chega até às margens dos rios formadores do Xingu, impactando negativamente os ecossistemas aquáticos. Fotos: Cleber Alho. 12

13 Figura 2. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando a área visitada com os principais pontos referidos no texto. Note a Reserva Indígena do Alto Xingu no canto superior esquerdo. Os trechos de rio marcados com o track de GPS foram visitados de barco. 13

14 Figura 3. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando a área visitada com os principais pontos referidos no texto. Note a bacia do rio Araguaia no canto inferior direito e a Reserva Indígena do Alto Xingu no canto superior esquerdo. Os trechos de rio marcados com o track de GPS foram visitados de barco. O Rio Sete de Setembro próximo à Canarana e o seu riacho afluente próximo à Água Boa foram visitados de carro. A expedição às cabeceiras do rio Xingu foi conduzida durante a estação de cheia, quando o rio está vários metros acima do nível normal. Os ambientes visitados de barco foram rio de grande porte (Xingu), rios de médio porte (Sete de Setembro e Culuene), e também rios pequenos, como o Coronel Vanick. Apesar dos rios estarem sobre o planalto, estes são bastante convolutos e com muitos meandros, e possuem uma faixa de floresta inundável que varia de um a cinco quilômetros de largura na parte baixa dos rios Culuene e Sete de Setembro, e de quatro a oito quilômetros de largura no rio Xingu semelhantes as áreas de terras baixas da Amazônia central. Essa floresta é anualmente inundada pela cheia do rio e peixes e outros organismos aquáticos deixam o leito do rio para se abrigar e alimentar na mata inundada. Nessa mesma época ocorre a frutificação de um grande número de árvores de mata inundável, fornecendo assim frutos e sementes como um valioso recurso energético para os peixes que deles se alimentam. Além disso, uma grande quantidade e diversidade de invertebrados, especialmente insetos, ocupam as florestas inundadas e são consumidos por numerosas espécies de peixe. Além dos rios, vários lagos dos rios Coluene e Sete de Setembro foram visitados. Estes lagos (oxbow lakes) são formados pela dinâmica de mudanças do curso do leito principal do rio dentro da faixa de mata alagável (Figura 4). Estes lagos são permanentes, sobrevivendo a estação das águas baixas, e se constituem em áreas de refugio e criação de algumas espécies e área de alimentação para outras. 14

15 Figura 4. Imagem de satélite (Google Earth) mostrando o rio Coluene imediatamente acima da área visitada. Note lagos (oxbow lakes) formados pelas mudanças do curso do leito principal do rio dentro da faixa de mata alagável. A linha vermelha corresponde a 4 km. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS, SOCIOECONOMIA REGIONAL E INDICADORES PARA A INTERVENÇÃO VISANDO PROTEÇÃO AMBIENTAL. Os peixes são a principal fonte de proteína para grande parte da população na bacia do Rio Amazonas, ultrapassando 400 g de peixe por pessoa ao dia. Dados históricos relatam o consumo do pescado nessa bacia. Atualmente, a pesca é uma das atividades mais tradicionais para a região. A pesca é também uma das principais atividades socioeconômicas da bacia do Rio Amazonas. Sendo fonte de alimento e renda, emprego e lazer, para um grande número de pessoas. Estimativas demonstram que a produção pesqueira da bacia Amazônica chegue a toneladas ao ano. No Brasil, por exemplo, os estados que mais contribuem para esse valor são o Amazonas ( t em 2010) e o Pará ( t em 2010) (Ministério da Pesca e Aquicultura, 2010). Os altos valores da produção pesqueira nesses estados podem ser explicados pelo grande porte dos cursos hídricos que drenam seus territórios. No entanto, apesar de apresentarem cursos d água com menores dimensões e menores estoques pesqueiros, as nascentes de rios que irão desaguar na calha principal do Rio Amazonas, contribuírem para a manutenção de populações de peixes, principalmente populações de peixes migradores. A preservação das regiões de cabeceiras, locais utilizados para a reprodução, alimentação e berçário de algumas espécies de peixes, é indispensável para a sustentabilidade da pesca. Apenas uma pequena parcela das espécies de peixes da bacia do Rio Amazonas é explorada comercialmente pela atividade pesqueira. De maneira geral, essas espécies de maior 15

16 importância para o pescado possuem maior porte e ampla distribuição na bacia Amazônica. Entre elas destacam-se o tambaqui (Colossoma macropomum), o jaraqui (Semaprochilodus spp.), o matrinxã (Brycon amazonicus), o curimatã (Prochilodus nigricans), o pacu (Mylossoma spp., Myleus spp. e Metynnis spp.) e o tucunaré (Cichla spp.). Algumas dessas espécies já mostram sinais se sobrepesca em virtude dessa preferência nas capturas. No entanto, outras atividades humanas como o desmatamento das matas ciliares, pecuária em áreas de várzea e barramentos para construção de hidrelétricas, contribuem para aceleração da diminuição dos estoques pesqueiros. Antes da década de Os primórdios da pesca na bacia amazônica caracterizavam-se como de subsistência e a captura do pescado era realizada exclusivamente de forma artesanal. Os principais apetrechos de pesca eram o anzol, arpões, currais e arco e flechas. A pesca mostravase como uma atividade complementar integrada às demais atividades da economia familiar. O aumento da demando pelos recursos pesqueiros, em decorrência do aumento na ocupação humana na região amazônica, fez com que houvesse um maior desenvolvimento do setor pesqueiro a partir da década de Nesse período, os dispositivos legais que regulamentavam a pesca restringiam apenas a utilização de venenos, tapagens e currais como metodologia de captura do pescado. Entre 1960 e A intensificação na ocupação da Amazônia, com vistas ao desenvolvimento econômico dessa região, criou um novo cenário na exploração dos recursos naturais. Incentivos, como benefícios fiscais, favoreceram a estruturação da indústria pesqueira e com isso aumento na produção pesqueira. Nesse mesmo período, a utilização de novos métodos de captura, como o náilon monofilamento nas redes de emalhar e embarcações a motor, tornaram a pesca uma consolidada atividade comercial. Surge nesse momento a profissionalização do pescador. Esse modelo de crescimento econômico com novas práticas pesqueiras agravaram os conflitos e desigualdades entre grupos com diferentes capacidades de exploração dos recursos naturais. A falta de um correto planejamento fez com que os recursos naturais rapidamente mostrassem sinais de esgotamento. Estoques tradicionais de peixes começaram a apresentar significativas quedas de captura. Entre as espécies que melhor representam esse período destacam-se o pirarucu (Arapaima gigas) e o tambaqui (Colossoma macropomum), que tiveram os desembarques reduzidos de forma drástica. Em decorrência desse cenário de esgotamento dos estoques, fez-se necessário maior controle regulatório sobre os apetrechos, locais e períodos de pesca, além da quantidade e tamanho do pescado. Após O crescente aumento demográfico, juntamente com as pressões sobre os recursos naturais suscitaram a discussão sobre a real vocação da Amazônia. Em 1989, no Brasil, é criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) e têm-se um mudança de mentalidade quanto ao uso dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico. Nesse contexto, para evitar o colapso da pesca fez-se necessário uma visão integrada entre os diversos setores e atores sociais com vistas ao uso sustentável do recurso pesqueiro. Surgem novas atividades econômicas relacionadas à exploração do pescado: ecoturismo e pesca esportiva. Iniciativas que buscam a integração do uso sustentável dos recursos, desenvolvimento da economia e justiça social caracterizam a utilização dos recursos pesqueiros nesse período. 16

17 Há várias formas de se classificar as modalidades de pesca, uma vez que diferentes critérios, como o número e profissionalização das pessoas envolvidas, a abrangência geográfica da pesca e sua operacionalização e o mercado a que se destina o pescado, podem ser adotados. De maneira geral, a pesca na bacia do Rio Amazonas pode ser classificada em três grandes categorias: pesca artesanal, pesca industrial e pesca amadora. Pesca artesanal. A pesca artesanal caracteriza-se pela pouca organização e produtividade bastante variável ao longo do ano. É empregada tanto para subsistência quanto para fins comerciais. Essa modalidade de pesca é exercida de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com recursos do próprio pescador ou adquiridos a partir de parcerias. A pesca é realizada desembarcada ou em embarcações de pequeno porte. A pesca artesanal é realizada ao longo de toda a bacia do Rio Amazonas. Os pescadores empenhados nessa modalidade de pesca geralmente residem próximos aos rios e regiões alagadas, locais utilizados nas pescarias. De maneira geral, são poucas as espécies de peixes capturadas nas pescarias quando comparada a diversidade de peixes amazônicos. No entanto, é possível observar uma maior variedade de espécies consumidas pela pesca artesanal quando comparada com o pesca industrial. Os peixes capturados ora são consumidos pelos próprios pescadores, ora vendidos a outros pescadores, com maiores estruturas, ou diretamente nas cidades em mercados e feiras. Alguns pescadores exercem outras atividades econômicas, como a prestação de serviços e a agricultura, como forma de complementar a renda familiar. Locais onde são encontradas as diferentes espécies de peixes, o regime sazonal da distribuição do pescado e as técnicas empregadas na arte da pesca são informações passadas entre as gerações. O conhecimento necessário para desempenhar essa modalidade de pesca é transmitido de pai para filho ou por pessoas com mais experiência dentro das comunidades. Muitas vezes a falta de organização gera perdas desnecessárias de alimento e baixa qualidade do pescado. No Brasil, em 2011, dos pescadores registrado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, eram dedicados à pesca artesanal, sendo responsáveis por 45% da produção do pescado no Brasil (dados obtidos no site do Ministério da Pesca e Aquicultura, Esses pescadores encontravam-se organizados em 760 associações, 137 sindicatos e 47 cooperativas. Pesca industrial. Essa modalidade de pesca caracteriza-se pela maior organização das relações de trabalho, possuindo os pescadores vínculo empregatício com os responsáveis pelas embarcações (seja pessoa física ou jurídica). A foz do Rio Amazonas é a principal região onde essa modalidade é empregada. Os peixes capturados destinam-se às grandes industrias e centros de distribuição de alimentos. As embarcações utilizadas são de médio e grande porte e em menor número, quando comparado à pesca artesanal. Os apetrechos utilizados na pesca são parecidos aos utilizados na pesca artesanal, no entanto, mais números e apresentam maiores tamanhos. Essas características tornam as capturas dos peixes mais eficiente e essa maior efetividade nas capturas contrasta-se com a má gestão e ordenamento. Um esforço excessivo de pesca pode impedir a capacidade de recuperação dos estoques pesqueiros. Nessa modalidade de pesca um menor número de espécies são destinadas aos mercados, destacando-se a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), o pargo (Lutjanus griseus) e as pescadas (Plagioscion spp.). 17

18 Pesca amadora, recreativa ou esportiva. A pesca amadora não caracteriza-se pela renda oriunda do pescado, mas sim pelo seu caráter de lazer. A renda gerada por essa modalidade relaciona-se aos serviços direcionados ao turismo pesqueiro, como o transporte aos pontos de pesca e o aluguel de hospedagens e embarcações. Os praticantes dessa modalidade utilizam principalmente varas de pesca, com carretéis e anzóis bastante direcionados às espécies de peixes a serem capturadas. Os praticantes da pesca amadora geralmente capturam alguns exemplares para o próprio consumo mas também costumam soltar os exemplares. Esse tipo de prática seria uma alternativa sustentável para o desenvolvimento da pesca, uma vez que poderia coexistir com as demais modalidades não causando grandes reduções às populações naturais. A bacia do Rio Amazonas possui um grande potencial para aumento dessa modalidade, uma vez que, além de possuir grande quantidade de rios a serem explorados, possui uma grande diversidade de peixes. Os peixes esportivos mais comuns na bacia do Rio Amazonas são: os tucunarés (Cichla spp.), a cachorra (Hydrolycus scomberoides), as bicudas (Boulengerella spp.), as matrinxãs (Brycon spp.), os apapás (Pellona spp.), o tambaqui (Colossoma macropomum), a piraíba ou filhote (Brachyplatystoma filamentosum), o surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), o caparari (Pseudoplatystoma tigrinum), os pacus (Mylossoma spp. e Myleus spp.), as piranhas (Pygocentrus nattereri e Serrasalmus rhombeus), o jaú (Zungaro zungaro), a pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) e o trairão (Hoplias lacerdae). Essas espécies encontram-se distribuídas em praticamente toda a bacia do Rio Amazonas, sendo os principais rios destino dos pescadores amadores o Negro, o Uatumã, o Madeira, o Guaporé, o Xingu, o Araguaia, o Tocantins, o Nhamundá, o Trombetas, o São Benedito, o Roosevelt, o Tapajós e o Rio Branco. Algumas espécies de peixe tornam-se mais emblemáticas na pesca amadora, como os tucunarés, sendo retratadas em muitas propagandas veiculadas na mídia nacional e internacional. A estruturação da comunidade íctica, sua composição e integridade subsidiam a determinação do grau de conservação dos ecossistemas aquáticos. Algumas espécies de peixes ao ocuparem o topo das cadeias tróficas em relação a outros indicadores de qualidade de água (p.ex. diatomáceas e invertebrados bentônicos) favorecem uma visão integrada do ambiente aquático. Sendo assim, o estudo da composição e ecologia das comunidades ícticas apresenta-se como ferramenta para análise da integridade dos ecossistemas. A presença de organismos sensíveis a alterações antrópicas é uma condição frequentemente observada em ambientes considerados menos alterados. Os riachos com boas condições de integridade possuem espécies de peixes nativas de várias classes de tamanho e uma estrutura trófica balanceada. Já em ambientes impactados é observada uma redução no número de espécies indígenas a qual passam a ser substituídas por espécies exóticas invasoras. Os ecossistemas límnicos estão sofrendo rápidas e profundas transformações. As atividades humanas vêm contribuindo fortemente com essas transformações. Destruição de florestas (principalmente da vegetação ripária), construção de barragens, uso descontrolado de pesticidas e fertilizantes, introdução de espécies exóticas, entre outros, são interferências antrópicas sobre os ambientes aquáticos que ocasionam modificações na estrutura e nos processos desses ecossistemas. Essas modificações agem de forma diferenciada na capacidade de sobrevivência das diferentes populações de peixes. 18

19 A perda de hábitat caracteriza como o principal tipo de impacto que gera perda de diversidade. Nos ecossistemas aquáticos essa alteração ocorre quando há perda das características naturais do curso d água. Como, por exemplo, a descaracterização da mata de galeria, que quando sendo suprimida contribui para o assoreamento dos rios e reduz a quantidade de alimento (material alóctone) e abrigo para as espécies aquáticas. Plantações ao longo dos cursos d água, além de suprimirem as matas nativas, recebem constantes aplicações de pesticidas e adubos o qual podem ser carreados para os rios e serem incorporados às espécies aquáticas ao longo das cadeias tróficas. O barramento dos cursos principais dos rios, com a construção da barragem para a geração de eletricidade, captação de água e irrigação, transforma drasticamente o ambiente e os processos ecológicos na região. Essa alteração no fluxo natural dos ambientes lóticos, se tornando agora lênticos, ocasiona mudanças no nível e velocidade das águas alterando consideravelmente a estrutura das comunidades de peixes. Esses barramentos podem também isolar populações impossibilitando o fluxo gênico. Fato este agravado, principalmente, quando os deslocamentos de espécies de peixes migratórias ficam comprometidos. A espécie passa a não finalizar seu ciclo reprodutivo de vida e, com isso, podem se tornar extinta regionalmente. A não manutenção da vazão mínima a jusante desses barramentos também altera o ciclo natural das águas que acompanha a sazonalidade das chuvas. Tida como a segunda maior causa de perda de diversidade, a introdução de espécies exóticas traz consequências inesperadas ao ambiente natural. Principalmente espécies predadoras são a causa desse desequilíbrio. Em consequência da diminuição das espécies nativas e aumento de algumas poucas espécies exóticas é possível observar o fenômeno da homogeneização da biodiversidade. Esse fenômeno é mensurado a partir da redução na diversidade beta, devido à diminuição dos endemismos locais e disseminação de um pequeno número de espécies oportunistas, bastante tolerantes e plásticas. Recentemente, maior atenção foi dada aos impactos causados pela sobrepesca nos ambientes continentais. A falta de dados consistentes e a interação de outros impactos nos ambientes límnicos impedem com que a sobrepesca apresente-se relacionada ao declínio das populações de peixes. Pouco se sabe também das consequências da alteração dos tamanhos dos exemplares de uma espécie (principalmente a redução do tamanho) e da alteração das composições tróficas. Para os cursos d água ao longo da bacia do Rio Xingu são catalogados 142 espécies de peixes, das quais 36 são endêmicas. Grande parte desses endemismos ocorre nas cabeceiras do Rio Xingu. A partir da composição das espécies é possível perceber o compartilhamento de fauna entre a bacia do Alto Xingu e suas bacias adjacentes. O evento geodispersor das capturas de cabeceiras mostra-se como um importante processo gerador desses padrões de distribuição de espécies de peixes entre os divisores de águas de bacias hidrográficas no centro do Brasil. As captura de cabeceiras, por desviar o curso d`água de uma bacia hidrográfica para outra adjacente, são eventos biogeográficos que promovem a expansão da distribuição e o isolamento de populações de espécies aquáticas. Por exemplo, a presença da espécie Scoloplax distolothris nas bacias do Paraguai, do Araguaia e do Alto Xingu evidência esse compartilhamento de fauna. 19

20 Durante as excursões de barco no rio Sete de Setembro e, principalmente, rio Culuene, cinco Pousadas de Pesca foram visitadas e seus proprietários e/ou funcionários foram entrevistados. Algumas dessas pousadas são bastante bem aparelhadas, possuindo grande número de barcos (mais de 20), e pista de pouso. Da mesma forma que nas fazendas, estes foram questionados sobre suas práticas profissionais como guias e promotores de pesca esportiva, pescadores, desmatamento da região e sobre a sua percepção do declínio da quantidade de peixes nos rios e suas possíveis causas. Aqueles que vivem na região há muito tempo reconhecem um drástico declínio na quantidade de peixes nos últimos anos. Essa percepção não é tão clara para os entrevistados que vivem a menos de 15 anos na região. Apesar do inicio do desmatamento na região ser mais antigo, este era feito prioritariamente para criação de gado, que não impacta tão severamente os ambientes aquáticos. No entanto, a partir de cerca da 15 anos atrás muitas das fazendas de criação de gado iniciaram a trocar sua atividade principal para o plantio de soja ou outros grãos como milho, sorgo. Essa atividade introduziu no ambiente, de forma sistemática e periódica, enormes cargas de defensivos agrícolas e fertilizantes de solo, além de provocar o incremento do desmatamento e diminuição adicional da faixa de floresta ciliar ao longo dos rios. Ao contrário dos fazendeiros, as pessoas envolvidas com a pesca esportiva atribuem o declínio na quantidade de peixes às praticas agrícolas, mas também não conseguem identificar o desmatamento como um impacto sério para os ambientes aquáticos. O defeso para os rios do estado do Mato Grosso na bacia do Rio Amazonas vai do dia 05 de novembro a 29 de fevereiro (Portaria n 48/2007 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis IBAMA). Durante esse período é permitida apenas a pesca de subsistência com cota de captura de 3 kg ou um exemplar. Os pescadores profissionais durante o período de defeso recebem mensalmente do governo brasileiro o Seguro Defeso, no valor de um salário mínimo. Por serem mais apreciados pelo paladar e cada vez mais difíceis de serem capturadas, as espécies Colossoma macropomum e Brachyplatystoma filamentosum possuem maiores valores de mercado. O quilo dessas espécies podem chegar a R$ 20,00. Buscando controlar a redução excessiva da população dessas espécies algumas medidas legais são tomadas quanto às capturas. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores profissionais, fora do período de defeso, podem capturar semanalmente 125 kg de pescado e durante o transporte ter acompanhado a Declaração de Pesca Individual (DPI). A Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de 2013, em seu anexo II, dispões sobre os tamanhos mínimos que algumas espécies de peixes precisam ter para serem capturadas na bacia Amazônica. 20

21 Tamanhos mínimos das espécies de peixes a serem capturadas na bacia Amazônica de acordo com o anexo II da Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de Nome Nome científico Medida Bicuda Boulengerella cuvieri 60 cm Cachorra Hydrolycus armatus 60 cm Caparari Pseudoplatystoma tigrinum 85 cm Pacu-caranha Myloplus torquatus 45 cm Pacu-prata Myleus spp. 30 cm Curimbatá Prochilodus nigricans 30 cm Dourada Brachyplatystoma flavicans 80 cm Matrinchã Brycon spp. 35 cm Pintado Pseudoplatystoma sp. 80 cm Piraíba/Filhote Brachyplatystoma filamentosum 100 cm Pirapitinga Piaractus brachipomus 45 cm Pirarara Phractocephalus hemiliopterus 90 cm Trairão Hoplias sp. 60 cm É interessante perceber que alguns dos pescadores profissionais que utilizavam a pesca artesanal para seu sustento passaram a ser incorporados aos serviços relacionados à pesca amadora. Pelo conhecimento da geomorfologia dos rios e da biologia e ecologia das diferentes espécies de peixes, esses pescadores são os principais guias para a prática da pesca amadora. Os apreciadores da pesca amadora em águas de interiores buscam locais pristinos para a prática dessa atividade. Essas regiões possuem comunidades nativas de peixes e exemplares de grande porte, os quais são mais apreciados durante as pescarias. A bacia Amazônica possui grande potencial para o desenvolvimento dessa modalidade de pesca por apresentar uma grande malha hídrica, em sua maioria, ainda preservada. Ao longo das margens dos trechos de rios visitados durante o trabalho de campo foi possível observar o crescimento de hospedagens voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Essas instalações chegam a comportar 50 turistas e possuem estrutura voltada diretamente à pesca, com embarcações e venda de apetrechos. Algumas hospedagens chegam a ter pista de voo para transporte de turistas. Os aviões utilizados nesse tipo de transporte são de pequeno porte. Essas pistas de pouso são também utilizadas por agricultores durante a pulverização aérea de pesticidas nas plantações da região. Os pescadores amadores contratam embarcações com barqueiros e utilizando vara, molinetes ou carretilhas e iscas durante as pescarias. Dependendo da espécie de peixe pretendida 21

22 e da época do ano, diferentes ambientes; como corredeiras, remansos, poços e lagos; são visitados e a pescaria é realizada durante o dia inteiro. Apesar de não ser realizada por todos os pescadores, mas uma prática comum é a soltura dos exemplares. O intuito principal desse tipo de pesca é o lazer; assim, o consumo do pescado nem sempre é a finalidade das pescarias. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores portadores da Carteira de Pescador Amador possui cota de captura e transporte de até 5 kg de pescado e um exemplar. Não podendo comercializar o produto das pescarias. As ameaças aos peixes e ambientes aquáticos. Diversas ameaças aos ambientes aquáticos e peixes do rio Xingu foram identificadas nesta viagem. As ameaças podem ser classificadas em diretas, como a pesca, coleta de peixes ornamentais, retirada de mata ripária e uso de defensivos e fertilizantes agrícolas, com ação rápida diretamente sobre os peixes; e indiretas, como desmatamento extensivo, mineração no leito do rio, construção e operação de usinas hidrelétricas e mudanças climáticas. A região do Alto Rio Xingu encontra-se no limite da fronteira agrícola no estado brasileiro do Mato Grosso. A chegada da agricultura promove grandes alterações ao ambiente natural e muitas delas relacionadas aos mananciais hídricos. A partir de relatos de moradores, que vivem nessa região a pelo menos 20 anos, é possível perceber a influência da ocupação humana e crescimento do desmatamento sobre os estoques pesqueiros. Pescadores e mesmo ribeirinhos que não possuem atividades econômicas relacionadas à pesca relatam tanto a redução de algumas espécies de peixes comerciais quanto a redução das abundâncias de populações e tamanhos de exemplares. Ao longo dos trechos visitados foi possível visualizar a descaracterização dos ambientes naturais e crescimento da agricultura. O desmatamento da vegetação marginal em alguns trechos chegam a ultrapassar a faixa legal de preservação estipulada pela Resolução CONAMA 303/2002, o qual dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente (APPs). De acordo com essa resolução brasileira as faixas marginais, medidas a partir do nível mais alto do rio, em projeção horizontal, devem ter largura mínima de: 30 m ao longo de cursos d água até 10 m de largura, 50 m ao longo de cursos d água com larguras entre 10 e 50 metros, ou 100 m ao longo de cursos d água com larguras entre 50 e 200 m. Esses valores de larguras são os observados para os rios visitados. Em 2004, as taxas de desmatamento para o estado do Mato Grosso era a maior para a Amazônia Legal ( Km 2 /ano) (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2012). Apesar na redução nessa taxa, em 2012, o Mato Grosso seguiu em segundo lugar com 777 km 2 desmatados. A conversão da vegetação natural em campos de soja e pasto para o gado é evidente em toda região do alto Xingu. As matas ripárias ao longo dos ecossistemas aquáticos são essenciais à biologia dos peixes. Muitas espécies de peixes utilizam essas florestas inundávies, durante as cheias, para alimentação, reprodução e abrigo. Sendo assim, a retirada dessa vegetação acarreta impactos negativos às populações dessas espécies. A retirada dessas árvores faz com que haja maior entrada de luz nos ambientes aquáticos, dessa forma, há um incremento da produtividade primária (proliferação de algas). A importância das matas preservadas na manutenção de populações de espécies nativas pode ser observada nas áreas visitadas, por ocasião dos trabalhos de campo. Foi comum o relato de pescadores profissionais sobre a concentração de algumas 22

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