ESTUDO DA CADEIA DE VALOR DO TURISMO DA CIDADE DE MAPUTO: Recomendações para o Turismo Pro-pobre. Resumo Executivo

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1 ESTUDO DA CADEIA DE VALOR DO TURISMO DA CIDADE DE MAPUTO: Recomendações para o Turismo Pro-pobre Resumo Executivo Novembro de 2009

2 INICIATIVA: Ministério do Turismo Governo da Cidade de Maputo DTCM Município de Maputo SNV Netherlands Development Organization Ana Comoane David Cangoa João Munguambe Quirin Laumans PARCEIRO EXECUTIVO: SNV Netherlands Development Organization Coordenador do Estudo Assessoria Técnica Federico Vignati Luis Sarmento Vignati, Federico. Estudo da Cadeia de Valor do Turismo na Cidade de Maputo: recomendações para o turismo pro-pobre. SNV- Netherlands Development Organization. SNV : Maputo,

3 Colaboração Técnica Pesquisa do Setor Hoteleiro Pesquisa do Setor de Artesanato Pesquisa do Setor de Agencias de Viagens Pesquisa da Demanda Mapeamento de Zonas Turísticas Prioritárias Cidade de Maputo Tânia Barbero (AHSM) Abel Dabula (CEDARTE) Estevão Machado (CEDARTE) Carlos Vignolo (ICC) Paulo Ribeiro (ICC) Gilberto Ricardo (Univ. Politécnica) Amiel Gonçalves David Cangoa Estevão Machado Fernando Conta Gisela Malauene João Munguambe Lizy Matos Lorraine Johnson Maria dos Anjos Rosário Maxwell Namitete Mieke Oldenburg Natalie Tenzer-Silva Tomé Muluana Remigio Magumbe Ricardo Combomune Zacarias Sumbana 3

4 Grupo Consultivo: Ministério do Turismo Instituto Nacional de Turismo INATUR Governo da Cidade de Maputo DTCM Município da Cidade de Maputo (DMAE e DMPUA) Associação de Hotéis do Sul de Moçambique - AHSM CEDARTE Centro de Estudos e Desenvolvimento do Artesanato SNV Netherlands Development Organization Nações Unidas UN Programa Integrado de Cultura e Industrias Criativas Lizy Matos Maxwell Namitete Ricardo Combomune Tomé Muluana Zacarias Sumbana Bernardo Dramos Jeremias Manussa David Cangoa Amiel Gonçalves Remigio Magumbe Atanásio Jordão João Munguambe Ossemane Narcy Fernando Conta João Carlos da Costa Allen Rodrigues Quessania Matsombe José Luis Gomes de Souza Evaristo Madime Abel Dabula Estevão Machado Federico Vignati Lorraine Johnson (UNESCO) Paulo Mondlane (ITC) Rotafina Donco (ILO) 4

5 Sumário 1. INTRODUÇÃO IMPORTANCIA e OBJETIVOS METODOLOGIA F1. ESTUDO DE CAMPO & DIAGNÓSTICO a) Formação de Grupo Consultivo: b) Elaboração do Mapa de Pólos Turísticos da Cidade de Maputo: c) Pesquisa de Campo: RESULTADOS Relevância Econômica do Turismo em Moçambique Impacto do Turismo na Economia da Cidade de Maputo Mapeamento dos Pólos Turísticos da Cidade de Maputo Impacto do turismo nos Elos da Cadeia devalor Recomendações ANEXO

6 6

7 1. INTRODUÇÃO 7

8 O presente estudo resulta de uma iniciativa da SNV e de uma ampla coordenação e colaboração do Ministério do Turismo (Mitur), Governo da Cidade, Município, Associação de Hotéis do Sul de Moçambique- AHSM, CEDARTE, ICC, e do Programa de Indústrias Criativas das Nações Unidas. Neste documento, titulado de Estudo da Cadeia de Valor da Cidade de Maputo, se apresenta uma analise das atividades econômicas que integram a cadeia de valor do turismo na cidade de Maputo, e mais especificamente, se revela como o total das receitas derivadas desta atividade se distribuem na economia local, contribuindo para o desenvolvimento do setor privado e conseqüentemente com a geração de oportunidades de trabalho, rendimento beneficiando varias camadas da sociedade e em particular aos mais pobres. Como cadeia de valor aqui entendemos ao conjunto de atividades que são necessárias para atrair pessoas até um destino e garantir que todas suas necessidades sejam atendidas (acomodação, alimentação, compras, atividades de lazer, etc). Para fins desta investigação, especial ênfase foi dada as atividades econômicas que tem maior incidência ou impacto no destino turístico de Maputo, quer dizer a aquelas atividades da cadeia de valor que acontecem no âmbito deste território e que por tal motivo, tem maior capacidade de gerar trabalho e rendimento na cidade. A realização deste estudo decorre de uma visão compartilhada entre os parceiros que lideram esta iniciativa. É consenso que a atividade turística é uma importante dinamizadora econômica, mas é preciso reconhecer o seu verdadeiro impacto na economia local, e como as diversas atividades produtivas contribuem com a geração de trabalho e rendimento na cidade, sobre tudo no âmbito das camadas mais pobres da população. Neste sentido, resultados deste estudo, poderão servir de subsídio para a consolidação de um modelo de negócios inclusivos na cidade de Maputo. Este modelo deverá resultar de uma melhor integração vertical nas diversas cadeias de suprimentos, assim como da ampliação da cooperação horizontal entre empresas de um mesmo setor ou localizadas em um mesmo pólo dentro da cidade. Tudo isto evidentemente beneficiando a competitividade e o desenvolvimento sustentável do destino turístico de Maputo. 8

9 Tendo como referencia os resultados de este estudo, o Estado, Empresários, ONG s e Doadores poderão ainda encontrar sinergias e trabalhar de maneira mais efetiva no desenho e seleção de políticas publicas, programas e demais incentivos que venham contribuir com o desenvolvimento de um setor privado cada vez mais competitivo e comprometido com a inclusão econômica dos mais pobres. Outra motivação que justifica a importância deste estudo está baseada no compromisso da SNV para com a melhoria geral das condições de qualidade de vida e desenvolvimento social e econômico das comunidades pobres de Moçambique. Aqui se busca, pela via da investigação técnico-científica, fundamentos sólidos para ampliar a inserção social dos mais pobres na economia do turismo, neste caso em particular na cadeia de valor do turismo da cidade de Maputo. A terceira motivação está pautada na convicção, cada vez mais difundida, de que a preocupação com a sustentabilidade social e econômica do turismo se apóia na conexão entre a inserção social qualificada e o maneio e valorização de relações de confiança e de respeito entre empreendimentos privados, o turista e as comunidades num cenário de regulamentação e monitoria do sector público. Neste sentido, este estudo vem estimular maior consciência neste sentido e oferecer subsídios para materializar relações cada vez mais sustentáveis. A SNV-Moçambique com o presente projeto busca articular as motivações identificadas neste âmbito de intervenção, cidade de Maputo, com outros estudos da cadeia de valor que também estão sem andamento nos destinos de Nampula e Inhambane, visando com isto realizar uma contribuição mais significativa ao estudo da cadeia de valor do turismo em Moçambique, possibilitando uma reflexão mais amplia e estruturada sobre como o turismo contribui com o desenvolvimento econômico do país, e sobre tudo, como esta atividade econômica poderia alavancar milhares de oportunidades de emprego e renda para os mais pobres. Essas reflexões, estão no centro da construção do presente projeto, denominado Estudo da Cadeia de Valor do Turismo na Cidade de Maputo, cujo desafio é contribuir de forma decisiva para que investimentos públicos e privados tenham condições de melhorar tanto de um ponto de vista quantitativo como qualitativo as condições de vida dos mais pobres, 9

10 aproveitando seu potencial e capacidade humana para a promoção do crescimento econômico e do desenvolvimento social. 2. IMPORTANCIA e OBJETIVOS 10

11 O Estudo da Cadeia de Valor do Turismo se insere no contexto do conjunto de investigações de economia aplicada ao turismo, a onde se busca reconhecer o impacto do turismo a economia das comunidades receptivas. O esforço de reconhecer o impacto do turismo, utilizando como referencia o modelo de análise da Cadeia de Valor, se justifica em diversos motivos, podendo destacar: Oferece uma imagem atualizada e consistente sobre as transações que ocorrem no âmbito do destino turístico em análise, oferecendo informações fundamentais para melhorar a eficiência econômica e estimular a competitividade; Permite uma compreensão detalhada entre as ligações dos elementos produtivos com os elementos do mercado sinalizando constrangimentos e oportunidades; Possibilita o mapeamento efetivo dos elementos que dificultam a competitividade da atividade econômica, principalmente no âmbito das cadeias de suprimento em análise; Permite uma identificação objetiva da inserção dos pobres na cadeia de valor do turismo, favorecendo ao desenho de políticas que estimulem a sua inserção social e econômica no âmbito da atividade turística. Neste âmbito de estudo, é possível compreender a Cadeia de Valor do Turismo -CVT como ao conjunto de cadeias de suprimento que compõem o produto(s) turístico(s) de um determinado destino, tendo neste caso em particular especial destaque aqueles que agregam valor a experiência do turista, possibilitando sua hospedagem, alimentação, mobilidade, entre outros elementos chave. 11

12 Embora seja possível reconhecer a CVT desde diversos pontos de vista e perspectivas, como por exemplo, a CVT da Economia da Experiência, ilustrada pela figura a seguir: Para fins de este estudo, a CVT estará integrada por todas aqueles segmentos e/ou cadeias de suprimento do turismo receptivo local da Cidade de Maputo, quer dizer aquelas atividades estruturantes do turismo receptivo do destino. São estas: O critério estabelecido para esta delimitação resulta dos dados levantados na etapa exploratória e do consenso em torno a relevância econômica de estas 5 atividades. Pudendo, a partir do conhecimento profundo de cada um destes segmentos, identificar entraves e oportunidades de intervenção para estimular em cada um dos elos e no conjunto 12

13 da cadeia de valor, eficiência econômica que se desdobre em maiores oportunidade de trabalho e rendimento para as comunidades receptivas. Neste contexto, e tendo como referencia a importância de reconhecer à contribuição econômica do turismo a cidade de Maputo, se prossegue com o detalhamento do Objetivo Geral e dos Objetivos Específicos. Objetivo Geral Realizar estudo da cadeia de valor do turismo na cidade de Maputo, integrando os principais elos do turismo receptivo, através de um conjunto de pesquisas estruturadas de natureza quantitativa que permitam a identificação consistente do fluxos econômicos no mercado local, e com isto identificar os elos da cadeia com potencial para melhorar a participação e inclusão dos pobres, para alem de identificar e propor a exploração das cadeias de produção local e fornecimento de produtos e serviços com maior potencial de oportunidades para os pobres. Objetivos Específicos Identificar os elos da cadeia de valor que apresentam (no momento) maior retenção do total de fluxo econômico derivado do gasto turístico na cidade de Maputo; Identificar quanto do dinheiro produzido nos elos fica retido na economia local; Identificar quanto deste dinheiro impacta direta ou indiretamente na economia produtiva local resultante da atividade econômica da população de baixa renda (salários, fornecimentos, serviços); Analisar à luz das evidencias levantadas, as possibilidades de intervenção da SNV e dos seus parceiros em ações eficazes de turismo responsável, inclusivo, pro-pobre e definitivamente sustentável, no âmbito do destino Maputo. 13

14 3. METODOLOGIA 14

15 Para alcançar os objetivos definidos neste trabalho, a SNV veio aplicar uma proposta metodológica de trabalho própria, estruturada em 4 Fases. Considerando as limitações intrínsecas a qualquer processo de pesquisa social, e tendo como referência o objetivo central deste trabalho, foi preciso delimitar o território objeto da pesquisa a Cidade de Maputo. Neste contexto, o trabalho de campo foi executado tendo como referencia dois parâmetros, o primeiro vinculada as cadeias de suprimento incorporadas ao estudo, e o segundo vinculado a identificação de aglomerações de empresas de turismo ou de pólos turísticos na cidade de Maputo. Tendo como referencia ambos critérios se prossegui com a execução da Fase 1 Estudo de Campo & Diagnóstico. 15

16 F1. ESTUDO DE CAMPO & DIAGNÓSTICO A Fase 1 resulta de uma combinação de ações complementares e sinérgicas que permitam estabelecer o clima necessário para garantir a adesão dos principais atores do turismo da cidade de Maputo. Assim mesmo, a metodologia executada, permitiu criar entre todos os envolvidos o senso de oportunidade necessário para garantir uma eficiente e ativa agenda de trabalho interinstitucional. Foram ao todo 78 instituições envolvidas na realização de este estudo, representando os diversos segmentos econômicos, a sociedade civil, doadores internacionais e instituições públicas do governo (nacional e município). A seguir se realiza breve descrição de cada um dos componentes que integrara a Fase 1, permitindo assim uma melhor compreensão da metodologia aplicada. a) Formação de Grupo Consultivo: Considerando a natureza transversal da atividade turística e no sentido de garantir a qualidade na coleta de informações, foi preciso iniciar o trabalho, estimulando a formação de um grupo de trabalho interinstitucional, que assumisse para se um papel ativo na realização do estudo. Neste sentido, foram realizadas inicialmente reuniões de trabalho independentes, que tinham como fim a sensibilização de cada uma das instituições diante dos objetivos do estudo, para logo culminar com reuniões de trabalho conjuntas, que semeariam a base para a formação de um Grupo Consultivo. Vale ressaltar que para a SNV a formação de este Grupo Consultivo é vista como fundamental, não apenas para a realização deste trabalho em particular, porém para a instalação de uma melhor articulação interinstitucional. Sendo assim, espera-se que o Grupo possa continuar suas atividades de maneira permanente. 16

17 b) Elaboração do Mapa de Pólos Turísticos da Cidade de Maputo: No sentido de complementar a analise da economia do turismo na cidade de Maputo e permitir uma leitura mais objetivo sobre a dinâmica de desenvolvimento local que apresenta a cidade, foi percebido por bem, a incorporado a este estudo da análise de pólos ou clusters turísticos. Esta incorporação veio se materializar com a elaboração do Mapa de Pólos Turísticos da Cidade de Maputo. Este mapa resulta do trabalho colaborativo dos membros do Grupo Consultivo e outros parceiros do setor privado, totalizando 16 pessoas do setor público, privado, sociedade civil e da UN que vieram unir esforços na realização deste trabalho. Para manter o alinhamento técnico dos colaboradores envolvidos na elaboração do Mapa, a SNV preparou 2.Concept Papers titulados Aproximação ao Conceito de Clusters Turísticos e Modelo para Análise de Clusters Turísticos, ambos documentos amplamente distribuídos entre os participantes. Vale lembrar que esta base de conhecimento técnico, permitiu a todos, maior objetividade durante a realização dos trabalhos de análise territorial. ( Ver Anexo 1) c) Pesquisa de Campo: O componente pesquisa de campo foi estruturado em três atividades complementares: 1ª. Pesquisa da Demanda; 2ª. Pesquisa dos segmentos que integram a Cadeia de Valor do Turismo. 17

18 1ª. Pesquisa da Demanda: Para a realização da pesquisa da demanda de turismo da cidade de Maputo, foi realizada uma parceria com a Universidade Politécnica, particularmente com a Coordenação do Curso de Turismo. A coordenação foi responsável pela mobilização e sensibilização de 12 alunos da faculdade, assim como da sistematização dos dados. Todas estas tarefas realizadas com excelência. A pesquisa foi realizada no período de 7 a 11 de setembro nas instalações do Aeroporto Internacional de Maputo,. É importante reconhecer e agradecer a esta instituição pela facilitação do acesso da equipe de pesquisa. Foram ao todo entrevistados 230 turistas (domésticos e internacionais). O resultado da pesquisa forneceu valiosas informações que vieram por um lado a enriquecer nossa compreensão sobre o desenvolvimento da atividade turística no destino de Maputo, assim como permitiu que seja realizada a validação de parte dos dados coletados nas etapas subseqüentes. 2ª. Pesquisa dos Segmentos que Integram a Cadeia de Valor do Turismo: Neste momento é que se realiza a pesquisa que se pode caracterizar propriamente como o estudo da Cadeia de Valor. Para este fim, foram primeiramente identificados aqueles segmentos ou cadeias de suprimento que tem maior representatividade no âmbito da atividade econômica do turismo na cidade de Maputo, podendo destacar: Meios de Hospedagem; 18

19 Agencias & Operadoras de Turismo; Bares & Restaurantes Produtores e Comerciantes de Artesanato ; Transportes; e Comercio em geral. Realizada a identificação dos principais segmentos, foram articuladas reuniões de mobilização e sensibilização com os respectivos grupos representativos, quando possível. Este foi o caso da Associação de Hotéis do Sul de Moçambique e da Associação de Agentes de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique AVITUM. Neste momento, cabe também o reconhecimento da capacidade mobilizadora e engajamento de ambas organizações. Aqui vale destacar ainda a colaboração fundamental da consultoria ICC. Esta empresa nacional se prontificou a participar deste estudo, assumindo para sim a responsabilidade de coletar os dados junto ao segmento das Agencias e Operadoras do Turismo. O trabalho foi desempenhado de maneira excelente, e sua contribuição foi de fato fundamental para consumar o estudo dentro do prazo previsto. No âmbito da pesquisa junto ao segmento de Bares & Restaurantes foi necessário tratar diretamente como cada um dos empreendedores do setor. Isto por que no momento, não existe nenhuma organização representativa deste segmento, evidentemente isto dificulto bastante o trabalho, e evidentemente não permitirá uma boa capitalização dos resultados por este segmento, embora seja um dos principais elos da cadeia de valor. Embora o segmento de produção e comercio artesanal não conte no momento com uma associação representativa, a CEDARTE, teve um papel fundamental na coleta de dados deste segmento. Foi graças a execução do Programa Integrado das Nações Unidas de Industrias Criativas e Turismo Cultural, que a CEDARTE foi mobilizada para realizar um importante estudo de âmbito nacional sobre a Cadeia de Valor do Artesanato. Graças ao entendimento conjunto 19

20 entre a ITC, UNESCO, ILO, CEDARTE e SNV, foi decidido que atuaríamos em colaboração e sinergia buscando a otimização dos esforços no âmbito de ambas pesquisa o ECV do Turismo e o ECV do Artesanato. Meios de Hospedagem: De acordo com dados do MTur, na cidade de Maputo existe no momento 106 unidades hoteleiras. Este conjunto esta assim mesmo agrupado em pelo menos 6 categorias incluindo aqui ao conjunto de pousadas e albergues. Neste sentido, e tendo como referencia a necessidade de definir uma amostragem representativa não apenas do segmento, mas ainda representativa da tipologia de turismo que prima na cidade de Maputo (negócios & lazer) foi possível identificar 20 meios de hospedagem que absorveriam 80% do total do gasto em hospedagem na cidade de Maputo. Deste total (detalhado na tabela a seguir), foram coletados dados junto a 10 empreendimentos obtendo uma amostragem satisfatória para a realização de extrapolações e acima do previsto inicialmente. Meios de Hospedagem Empresa Categoria 1 Sundown Guest House 0 2 Hotel Santa Cruz 1 3 Hotel Tamariz 2 4 Hotel Africa I 3 5 Hotel Africa Hotel Hoyohoyo 3 7 Hotel Monte Carlo 3 8 Hotel Terminus 3 9 Hotel Tivoli 3 10 Hotel Turismo 3 11 Hotel Vila das Mangas 3 12 Hotel das Arabias 3 13 Hotel Moçambicano 3 14 Hotel Cardoso 4 15 Hotel Girasol 4 16 Hotel Indi Village 4 17 Hotel Rovuma Carlton 4 18 Hotel Southern Sun 4 19 Hotel Avenida 5 20 Hotel Polana 5 20

21 b) Bares e Restaurantes: De acordo com dados do Governo da Cidade de Maputo, o segmento de A&B de Maputo esta constituído por 980 empreendimentos, em sua maioria micro e pequenos negócios. Considerando os objetivos de esta investigação, e no sentido de definir uma amostragem representativa, os empreendimentos foram categorizados pela sua localização, isto por que se parte do principio que tem certas zonas da cidade, a onde existe maior presença e portanto maior demanda de turistas. Neste sentido foram priorizadas as seguintes zonas: Baixa, Margina e Polana Tendo como referencia esta estratificação amostral, foram mapeados um conjunto de restaurantes que se apresentam inclinados a atender a demanda turística doméstica e internacional. Foi a partir de esta base referencial que se identificaram 21 restaurantes. Deste total, 10 participaram da amostragem. 21

22 c) Agencias de Viagens e Operadores Turísticos: De acordo com dados do Governo da Cidade, o segmento de agencias de viagens e de operadores turísticos da cidade de Maputo, estaria constituído por 38 empreendimentos legalmente cadastrados e autorizados para funcionamento. Entretanto, considerando que este estudo tem por objetivo identificar o impacto da atividade turística na Cidade de Maputo, foi preciso reconhecer e mapear inicialmente aquelas empresas que comercializam produtos e serviços de turismo receptivo. Neste contexto, e graças a colaboração da Associação de Agentes de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique foi possível identificar 20 agencias e operadoras que teriam operação de turismo receptivo na cidade. Deste total 10 empresas foram escolhidas e participaram da amostragem. Empresa 1 Luso Globo 2 Tropical 3 Mozambique Welcome 4 Dana Tours 5 Simara Travel 6 Novo Mundo 7 Intertur 8 Aquarium Grupo 9 Cotur Travel Tours 10 Golden Travel 11 Mozaic Travel 12 Orient Travel & Tours 13 Agência de Viagens Cotur 14 JF Travel & Serviços 15 Mayra Tours Mozambique 16 talk travel solutions Dana Agency Moçambique, 17 Lda 18 Agência de Viagens Aquarium 19 Golden Travel 20 Bismillah Travel Agency 22

23 d) Produtores e Comerciantes de Artesanato: Tendo como ponto referencia que este publico alvo se apresenta como um dos segmentos com incidência pro-pobre, foram conduzidas duas pesquisas complementares, a primeira dirigidas aos produtores de artesanato, e a segunda aos comerciantes. No âmbito de investigação dos produtores os resultados foram apurados pela CEDARTE no âmbito do Estudo da Cadeia de Valor do Artesanato solicitado pelo Programa Integrado das Nações Unidas. O trabalho de pesquisa integrou o levantamento de dados quantitativos e qualitativos e permitiu uma visão amplia e completa da situação dos produtores na Cidade de Maputo. Para fins de esta investigação, apresentaremos os indicadores mais relevantes, entretanto para saber mais sobre este segmento, recomendação uma leitura profunda do Relatório produzido pela CEDARTE. Já no âmbito de investigação dos comerciantes, foram realizadas pesquisas qualitativas em com um conjunto de 15 comerciantes. Para esta pesquisa foram selecionados os seguintes pontos de venda: Mercado do Hotel Polana e do Polana Shopping. O cruzamento dos dados quantitativos e qualitativos, permitiram uma leitura atual, consistente do segmento, entretanto, no momento este segmento, se encontra em verdadeira transformação, no sentido em que alguns dos pontos informais de venda deverão ser removidos e os comerciantes alocados a um mercado próprio para o comercio do artesanato. 23

24 e) Transporte e Comercio em Geral: No âmbito de esta pesquisa, o segmento de transportes foi apurado tendo como base dois critérios. O primeiro vinculado aos resultados da pesquisa da demanda, a onde se sinaliza o principal meio de transporte utilizado pelo turista assim como, o gasto médio neste segmento. Assim mesmo e a modo complementar, foi realizado o cruzamento de dados levantados no segmento de Agencias e Operadoras de Viagens. Aqui as empresas revelam parte dos seus custos em locação de transporte, permitindo a realização de extrapolações para o conjunto do segmento. Para o levantamento do impacto do turismo no segmento de comércio em geral, também foi utilizado como referencia os resultados da pesquisa da demanda. Isto por que desde a perspectiva da oferta, resultaria difícil apurar o total do gasto realizado pelo turista em farmácias, lojas de conveniência, centros comerciais etc. Assim mesmo, utilizou-se como critério para a definição do gasto em comércio, a análise residual. Quer dizer, alocou-se ao comércio a diferença entre o total do impacto econômico do turismo e o total absorvido por cada um dos segmentos que integram a cadeia de valor. Tabela Síntese da Amostragem Segmento Obs. Meios de Hospedagem 15 Bares & Restaurantes 10 Operadoras de Turismo 10 Produtores de Artesanato 73 Comerciantes de Artesanato 15 Transporte Cruzamento e Pesquisa de Demanda Comercio em geral Pesquisa de Demanda e Análise Residual Turistas

25 4. RESULTADOS 25

26 4.1. Relevância Econômica do Turismo em Moçambique. No contexto nacional, graças as dinâmicas do Ministério do Turismo e do sector privado, a atividade turística em Moçambique vem apresentando uma importante vitalidade, demonstrando capacidade de contribuir de forma efetiva para o PIB (6%), gerando milhares de oportunidades de empregos diretos e contribuindo com a distribuição da renda para a valorização do capitais humano, cultural e ambiental do país. Analisando dados do MITUR, pode verificar-se que estamos diante de uma atividade econômica que apresenta um crescimento médio da ordem dos 10% ao ano, que emprega aproximadamente pessoas e que rende ao País receitas da ordem de US$ 185 milhões por ano. Neste sentido o turismo vem conquistando, graças à melhoria das condições do ambiente institucional e do mercado, uma posição cada vez mais relevante na agenda econômica e na política nacional. Indicadores Destino Moçambique Número de Turistas Permanencia Media (dias) 1.8 Gasto Medio p/ dia US$ Receitas Totais do Turismo US$ Fonte: Março de INE Embora a atividade turística em Moçambique venha apresentando importante capacidade para alavancar a aconomia nacional, ainda existe uma serie de desafios importantes a superar, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento da oferta turística nacional. Isto se evidencia nos indicadores de permanência média 1.8 dias e de gasto turístico US$ 100, por dia. Em ambos os casos, estes indicadores apresentam-se bastante aquém que outros destinos que integram a região de ESA, a onde por exemplo Kenya tem permanência de 8 dias e gasto de US$ 260 por dia. 26

27 Mesmo assim Moçambique conquistou e hoje apresenta condições excepcionais e fundamentais para seu desenvolvimento turístico, podendo destacar-se a estabilidade social e política, o progresso significativo nos indicadores de desenvolvimento econômico ( crescimento sustentado de 8% ao ano entre 1997 e 2003), para além de uma importante base de recursos e atrativos naturais e culturais de alta qualidade que detém, com destaque para a hospitalidade do povo Moçambicano Impacto do Turismo na Economia da Cidade de Maputo. Considerando que em Moçambique não existe no momento um sistema de indicadores de contas satélite consolidado, resulta difícil apurar com exatidão o numero total de turistas que visita a cidade de Maputo. Mesmo assim, é possível estimar que o numero total de turistas que visitou a cidade de Maputo em 2008, esteja próximo dos turistas. Neste sentido e de acordo com dados estadísticos do INE, o mercado de turistas da cidade de Maputo em 2008, estaria distribuído em dois grandes grupos, o primeiro formado pelo conjunto de turistas nacionais (domésticos) e o segundo pelo turista estrangeiros, assim distribuidos: turistas domésticos; turistas estrangeiros Sendo assim e buscando a coerência e consistência nesta investigação, utilizaremos como referencia para a análise da cadeia de valor do turismo na cidade de Maputo, o total de turistas. Realizadas estas identificações no campo e depois de concluído o estudo, foi possível medir o impacto econômico da atividade turística na cidade de Maputo, estimada aqui em US$ ou 52% do total do ingresso turístico nacional. 27

28 A seguir se apresentam alguns dos highlights levantados pelo do estudo: Maior volume ($) (V) de turismo em Moçambique - ( US$95m / 333k.) 81% do business vinculado ao Turismo de Negócios & Eventos; 70% dos turistas já visitaram a cidade pelo menos 2 x s 75% fica na cidade mais de 3 dias 44% do mercado é doméstico; ( 148. k) Turismo gera 4000 postos de trabalho diretos; 35% dos trabalhadores são mulheres; 71% vem de famílias pobres; 7 pólos turísticos em franca expansão; Principais fornecedores locais: artesãos, ovos e frango, peixe pessoas beneficiadas indiretamente; 28

29 Mapeamento dos Pólos Turísticos da Cidade de Maputo. 29

30 Impacto do turismo nos Elos da Cadeia devalor. US$ 95 milhões / ano Hospedagem Restaurantes & Catering Produção Cultual & Artesanato Agencias & Operadoras de Viagens Transportes Shopping 80% da atividade econômica vinculada ao turismo em Maputo 30

31 Produção Artesanal 1.3% US$ 1.2 milhões (Receitas Bruta) 730 ( 73 produtores e 657 vendedores) Empregos sazonais 20% ou 146 são mulheres 90% ou 657 vem de famílias pobres 90% ganham até 2 salários mínimos Não tem organização representativa; Deverão se beneficiar de um Mercado formal Papel chave dos mercados informais, embora precisem de ser melhorados Tem dificuldades de crédito; Vendas afetadas por corrupção e falta de clareza da legislação ( -20%); pessoas beneficiadas (família de 5) 60% de custos operacionais ( 40% de margem) 31

32 32

33 33

34 Recomendações. 34

35 Priorities for Intervention Gap Based Increase of Pro-poor Impactos High Impact, low speed 1. Upgrade Fish Market work conditions and cultural tourism product 2. Dev & Promotion of Baixa Historica 3. Work in CSR program for private sector beverages suppliers for VOSD 4. Develop a VOSD fund for a First Job Hospitality Program (Young man and woman) 5. Integrate F&V direct supplies to hotels via Hotel Ass. 6. Minimize corruption impact in wood crafts sellers. Medium Impact, low speed 1. Provide Advisory for Implementing the Maputo Tourism Strategic Plan 2. Strenght Institutional Capacity for VOSD delivery 3. Improve hand craft social capital ( associação) High Impact, high speed 1. Dev & Promotion of Mafalala Cultural Destination 2. Dev & Promotion of Municipal Market Cultural Destination 3. Training in Receptive Cultural Tourism for Travel Agencies and Operators 4. Consolidate Grupo Consultivo (collaboration platform) Medium Impact, high speed 1. Partnership & Fund development for Maputo Market Intelligence initiative (Observatorio do Turismo) 2. Collaborate in a strategic sites sensibilization program in hospitality ( airports, cultural destinations, police,etc) Speed and likelihood of impact Perspectives for 2011 after SNV DM Approach Shopping 35% US$11,5 + US$ 3million in extra income for the poor Transporte Agencias de Viagens Produção Artesanal Restaurantes 70% US$5,75 40% US$ 5,5 90% US$ 2 35% new jobs created people benefited + Better governance and conditions for investment US$22 Hoteis 35% US$ Income US$ Millions Pro-poor impact 35

36 Perspectives for 2011 after SNV DM Approach Maputo Tourism Arrivals Arrivals ( total) Arrivals ( Dom)) Arrivals ( Int.) Example VOSD FUND Development US$ 3 milhões de compra de bebidas nacionais & US$ de gasto em formação (hotéis e restaurantes) Programa de Primeiro Emprego e/ou Aperfeiçoamento Profissional; Financiamento via RSC: Ass.Hoteis, CDM, Parmalat; Pepsi; Coca Cola, Donors; Articulação com Município, Província e Ministérios ( estímulos fiscais); Parceiros Chave: Mtur, Município, Escola Andalucia, Setor Privado Projeto de RSC articulado por diversos Stakeholders para estimular o Primeiro Emprego e Aperfeiçoamento Profissional de Jovens, Mulheres e Trabalhadores. 36

37 5. ANEXO 37

38 Esta pesquisa surge no sentido de atender necessidades de informação levantadas no processo do Estudo da Cadeia de Valor do Turismo executado pela SNV. A demanda por informações desta natureza, foram apontadas em Reunião do Grupo Consultivo do Turismo da Cidade de Maputo. Os resultados apresentados resultam da pesquisa de demanda executada pelo Prof. Gilberto Ricardo da Universidade Politécnica no período de 10 a 25de Setembro de A amostragem foi composta por 230 turistas distribuídos em diversos pontos da cidade de Maputo, visando assim uma coleta de dados consistente e equilibrada e representativa. Os resultados apresentam uma importante contribuição para uma melhor compreensão do perfil da demanda de turistas (domésticos e internacionais). 38

39 39

40 40

41 Permanência em Maputo ( días) 1% 4% 19% Menos de um dia Entre um a tres dias Mais de tres dias Sem informacao 75% 41

42 42

43 43

44 Concept Paper. Análise de Clusters Turísticos. Autor: Federico Vignati ISBN Contents. Objetivos. Error! Bookmark not defined. Introdução. 44 I. Como realizar a análise de clusters turísticos 45 II. Metodologia para o desenvolvimento de clusters de turismo 52 Conclusões 55 Leituras recomendadas 56 Introdução. 44

45 Neste concept paper se apresenta um instrumento para a análise de clusters e microclusters de turismo. A proposta de análise de clusters turísticos, parte do principio que existem cinco condicionantes fundamentais para o desenvolvimento de um cluster turístico: a) mercado; b) território; c) estrutura social; d) estrutura privada; e e) estrutura pública. Quando todos os condicionantes estão presentes em quantidade e qualidade necessárias, o cluster torna-se mais dinâmico. Esse modelo retrata e ilustra visualmente a relação entre os condicionantes e com o cluster turístico. I. Como realizar a análise de clusters turísticos O cluster desenvolve-se com base em cinco condicionantes determinantes: mercado, território, estrutura pública, privada e social. Além disso, cada um desses fatores está relacionado entre si, com base em interesses bilaterais. De um lado, temos a necessidade de apoiar a estrutura do cluster que irá atrair e comercializar serviços para o mercado; de outro, os benefícios socioeconômicos que o mercado pode trazer para todos os indivíduos e as empresas que integram o cluster. 45

46 Figura 1 Modelo Mercotur para análise competitiva de clusters turísticos Nesse sentido, como aponta a Mercotur, a principal vantagem na utilização do modelo é facilitar a análise da estrutura competitiva de um cluster turístico. O modelo Mercotur ordena as estruturas de desenvolvimento que constituem um cluster e as classifica com base em dois critérios práticos: 1 o estrutura estratégica do cluster; e 2 o estrutura funcional do cluster. 1. Estrutura estratégica do cluster Agrupa aspectos vinculados ao mercado e ao território, dois fatores estratégicos para o desenvolvimento turístico. Portanto, estão na base e na ponta do modelo. Este ilustra claramente que a base de desenvolvimento do cluster turístico é uma unidade territorial determinada. Toda a estrutura pública, social e empresarial deve desenvolver-se nesse território de forma integrada, para atender às necessidades e expectativas do mercado. A) Território O território possui atrativos tangíveis, como as riquezas naturais, minerais, geográficas, paisagísticas, climáticas e biológicas. Possui também atrativos intangíveis ou imateriais, como identidade, cultura e memória social das populações que habitam determinado território. Porém, como qualquer estrutura orgânica, o território tem suas limitações. 46

47 Portanto, este deve ser organizado de forma que potencialize suas qualidades, evitando seu desgaste estético, ambiental e sociocultural. O território tem sido utilizado, tradicionalmente, de maneira ecoineficiente e insustentável. Alguns exemplos nacionais e internacionais ilustram a utilização do território de forma exaustiva, sobretudo nas regiões que apresentam grande potencial para o desenvolvimento imobiliário. Com base nessas análises, fica evidente que o território requer uma política própria que garanta a racionalidade do uso, sua acessibilidade à população e sua utilização ecoeficiente. Por essa razão, é necessário realizar, no âmbito municipal, o planejamento e o ordenamento do território. Todas as estruturas públicas, privadas e sociais devem ser pensadas com base em sua influência na valorização, qualidade e na sustentabilidade do território. A decadência do território e sua exploração predatória e especulativa pressupõem, em última instância, uma perda de competitividade do cluster turístico e das empresas que o integram. O território, portanto, é a estrutura central de um cluster turístico. Alguns autores até afirmam que o território representa o principal recurso ou a core competence 1 do cluster turístico, o que me parece adequado. Para a gestão turística do território, é necessário realizar estudos de sustentabilidade, como os que analisamos em capítulos anteriores. O desenvolvimento sustentável servirá como filtro para a gestão territorial do cluster turístico. Vale a pena lembrar que, se um projeto de investimentos em estruturas não estiver alinhado aos interesses de curto, médio e longo prazos do território, então, não deve ser levado adiante, porque não é estratégico. O desafio da sustentabilidade do território turístico pode ser resumido nestas palavras: o desenvolvimento turístico do território deve ser biológica e socialmente aceitável, economicamente possível e institucionalmente viável. Aspectos biológicos: incluem a fragilidade dos ecossistemas, a gestão ecoeficiente dos resíduos e a recuperação e valorização ambiental do território pelo turismo; Aspectos sociais: relacionam-se ao nível de participação das comunidades locais, à valorização da cultura da identidade e da memória local e à gestão dos impactos negativos do turismo sobre essas comunidades; Aspectos econômicos: avaliam a viabilidade econômica dos empreendimentos e a capacidade de gerar efeitos multiplicadores, tanto para a iniciativa privada como 47

48 para a população receptora, considerando que os benefícios econômicos devem ser compartilhados direta e indiretamente pelas empresas e a população que integram o cluster. B) Mercado 2 Uma vez atendidos aspectos da sustentabilidade territorial, todas as estruturas turísticas devem ser pensadas para satisfazer a necessidade de grupos de interesse claramente definidos dentro do mercado, isto é, a demanda. Não existe o melhor destino turístico do mundo, mas infra-estruturas turísticas bem direcionadas para segmentos específicos do mercado. Lembre-se: as mesmas estruturas que atendem de forma excelente um grupo de turistas adolescentes não necessariamente atenderão as necessidades de turistas da terceira idade. Portanto, antes de pensar sobre as estruturas necessárias, o valor a ser cobrado, como comunicar e por meio de que canais comercializar a oferta do cluster turístico, deve-se, primeiro, realizar um diagnóstico estratégico do mercado para identificar os segmentos mais rentáveis e que se podem atender com excelência. Gestores e especialistas em marketing turístico devem ser realistas e aceitar que é impossível satisfazer, com a mesma eficácia, a todos os segmentos do mercado. É necessário, por essa razão, concentrar-se nos segmentos prioritários e mais sensíveis aos atrativos do território e na oferta turística que seu destino oferece. Assim, a experiência para o turista será gratificante e o cluster terá cumprido seu objetivo mais importante: satisfazer à demanda. Chega-se à conclusão de que um cluster turístico orientado para o mercado tem um marketing mix (produto, preço, promoção e praça) ajustado às necessidades e à percepção de qualidade de segmentos específicos do mercado. Esse é o caminho da competitividade. 2. Estrutura funcional do cluster. Neste item, agrupam-se estruturas públicas, privadas e sociais que devem atender direta e indiretamente às necessidades dos turistas. Segundo o modelo Mercotur, essas estruturas devem articular-se entre si, no intuito de agir como um tripé que apóia o desenvolvimento do cluster turístico. Sem uma participação qualitativa e integral de cada uma das três estruturas, haverá, necessariamente, deficiência na dinâmica de 48

49 desenvolvimento turístico. A seguir, apresento as principais características desse tripé. A) Estrutura pública Seu objetivo é estimular o desenvolvimento socioeconômico, a qualidade de vida e a vida em sociedade. Podemos dividir a estrutura pública em duas subcategorias: a) Estrutura pública soft não é física, porém age como instrumento de organização social. Ex.: constituição, legislação turística, ambiental, territorial, trabalhista, plano diretor, plano de turismo, plano urbanístico, lei dos solos, plano de turismo, ordenamentos territoriais, licenças e concessões de uso, políticas de incentivo fiscal, tributário e outras políticas públicas. b) Estrutura pública hard inclui toda a oferta de serviços públicos e suas estruturas de apoio. Ex.: sistemas de transporte, educação, saúde, segurança, saneamento, coleta de lixo, informações, sinalização, entre outros. Por exemplo, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), financiado, em parte, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco do Nordeste, concentrou seus investimentos em infra-estruturas públicas para criar o cenário adequado aos investimentos privados e à conservação dos valores e recursos socioculturais e ambientais. O mêsmo aconteceu com o Programa Ancora do Mtur e do IFC em Moçambique. A gestão de destinos turísticos está cada vez mais descentralizada para os municípios. Por essa razão, espera-se que os governos locais proponham, implementem e controlem investimentos em estruturas públicas que contribuam direta e indiretamente para o desenvolvimento de clusters turísticos. B) Estrutura social É formada pelo nível de qualificação de determinada localidade e ainda pelos valores e conhecimentos, tangíveis e intangíveis, que a população detém. 49

50 A estrutura social é um elemento-chave para o desenvolvimento sustentável de qualquer destino turístico. São as pessoas locais que, por seu envolvimento e participação, têm a força necessária para proporcionar ao turista uma experiência única de prazer ou o completamente oposto. A verdadeira inovação e a pulsação de um destino turístico vêm da sua estrutura social. É um grande equívoco concentrar os esforços do desenvolvimento em políticas e investimentos que não coloquem a estrutura social como um fator crítico para o sucesso. A estrutura social não precisa ser transformada; esse é outro equívoco. Precisa ser entendida e potencializada, para que as pessoas que de fato são as donas desse espaço possam revelar todas as suas qualidades, competências e até procurar realizar-se pela oportunidade que o turismo ofereça. Essa é talvez uma das questões centrais deste livro. É o que diferencia abraçar um modelo turístico neoliberal e estritamente capitalista, ou um outro modelo que, na verdade, precisa ser construído, caso a caso, e em âmbito local. Outro elemento que deve ser contemplado é o capital social, que se constitui pela capacidade organizacional e mobilizadora de determinada população no exercício de seus deveres e direitos. Pode ser medido pela quantidade de organizações da sociedade civil existentes em uma localidade, pela quantidade de pessoas que participam dessas organizações, assim como pela eficácia operacional de suas ações. Alguns exemplos de organizações da sociedade civil que servem como indicadores de capital social são: associações e os mais diversos sindicatos; organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos; e partidos políticos consolidados. Estudos realizados por Robert Putnam, em seu livro Democracia moderna, apontam que, nas sociedades mais desenvolvidas, a sociedade civil apresenta níveis avançados de organização cívica. Quanto mais presentes os valores cívicos e maior o número de organizações da sociedade civil, maior a participação social nos problemas públicos, melhor a democracia e maior o desenvolvimento socioeconômico. Quanto maior e mais desenvolvida a estrutura social, melhor a distribuição de renda e mais eficazes as políticas públicas. 50

51 Dessa forma, o gestor de destinos turísticos deve apoiar a organização e a mobilização comunitárias, de modo que a sociedade civil local participe ativamente do desenvolvimento do cluster turístico, seja nos processos de planejamento, seja como empreendedor, ou, ainda, como recursos humanos para as empresas de turismo. Estamos ansiosos para ver uma gestão eficaz e profissional. Foi-se o tempo em que a sociedade se conformava com gestões públicas amadoras. C) Estrutura privada A estrutura privada é formada pelo conjunto de empresas turísticas e de empresas auxiliares que fornecem capital, matérias-primas, recursos humanos e produtos e serviços em geral para operação do cluster turístico. Estudos realizados sobre a indústria turística espanhola, em 2007, indicam que 97% de todas as empresas turísticas são pequenas e médias. A estrutura privada brasileira ainda não foi analisada com esse rigor, mas tudo indica que o turismo é um setor com baixas barreiras tecnológicas e capital reduzido. Trata-se, portanto, de um campo atrativo para as pequenas e médias empresas. De maneira geral, as empresas que formam a estrutura privada ainda são classificadas segundo sua relação com o turista. Nesse sentido temos empresas que atendem diretamente ao turista e outras que indiretamente ampliam seus lucros. Um estudo realizado pela World Travel & Tourism Council (WTTC) revela que o setor turístico vincula-se a aproximadamente 15 setores industriais diferentes. Se de um lado isso ilustra a importância econômica dessa atividade, de outro revela a importância que a estrutura privada tem, direta e indiretamente, no desenvolvimento de um cluster turístico. A estrutura privada é a grande empregadora do cluster. Muitas vezes é percebida como a estrutura mais importante. Porém, no caso do turismo, não é bem assim: a competitividade vincula-se a questões que escapam do poder de micro e pequenas empresas. É o caso dos condicionantes macroeconômicos. É importante reconhecer as limitações do setor privado. Um hotel numa área sem legislação apropriada e sem pessoas qualificadas para trabalhar na prestação de serviços certamente corre risco de falir. Esse exemplo confirma que a estrutura privada é dependente das outras estruturas. Portanto, a articulação do tripé constituído pelo setor público, o privado e a sociedade civil é essencial. Vale ainda lembrar que a estrutura privada deve ter oferta variada e preços justos, com qualidade necessária para propiciar ao turista uma experiência satisfatória. 51

52 II. Metodologia para o desenvolvimento de clusters de turismo 1. Identificação e seleção dos clusters turísticos. Essa atividade busca identificar a formação espontânea de clusters turísticos em um território determinado, com o objetivo de subsidiar ações estratégicas de incentivo a sua organização e seu desenvolvimento formal. A identificação dos potenciais clusters turísticos será realizada com base nas seguintes orientações: mapeamento de projetos, locais de desenvolvimento e investimentos em implementação; análise da concentração geográfica e setorial de empresas e atrativos turísticos (hotéis, agências, restaurantes etc.); levantamento e análise de trabalhos, pesquisas e projetos setoriais no território; Número de parceiros e qualidade da organização local; e Importância relativa do turismo na economia local. Ao fim do processo de identificação, o gestor terá informações necessárias para realizar uma primeira análise do cluster.. 2. Mobilização dos agentes locais e análise dos clusters. Essa atividade visa criar o senso de oportunidade para que os atores locais dos clusters se engajem no desenvolvimento local. Pela participação dos atores locais, é possível realizar análises realistas e consistentes. A capacidade de organização local, o interesse, o engajamento e as possíveis contrapartidas oferecidas também são fatores críticos para o sucesso na avaliação global do cluster. A) Ações vinculadas ao processo de mobilização. Essas ações compõem o conjunto das ações de mobilização, que visa desencadear o processo de envolvimento entre os atores locais, construir relacionamentos e nivelar conceitos relacionados ao desenvolvimento de clusters de turismo. As ações de mobilização permitem, além do engajamento dos atores locais, a análise de três importantes dimensões do cluster: capacidade de governança local, força da identidade territorial, capacidade de interação e cooperação. 52

53 Governança local pretende levantar informações sobre o ambiente institucional do cluster, sobre a capacidade de os atores locais influírem de forma política e organizada na gestão do território. Identidade territorial busca identificar elementos tangíveis e intangíveis do território. Tem duplo objetivo: mobilizar os atores em torno de uma visão compartilhada e oferecer subsídios para definir estratégias de marketing, como a elaboração de marca e slogan do cluster. Interação e cooperação nesse item serão avaliados aspectos qualitativos referentes à capacidade de interação e cooperação horizontal entre os agentes locais, o engajamento, a capacidade de assumir compromisso e o interesse pelo compartilhamento de atribuições, responsabilidades e recursos. A estratégia de mobilização poderá ser executada mediante duas ações complementares: visitas técnicas aos clusters e distribuição de material informativo. O processo de mobilização deve ser concluído com uma proposta para criar um conselho gestor ou estância de governança local. Esse conselho deve ser formado por representantes locais de diversos setores. Essa instituição cumprirá um papel central na gestão desse destino turístico, influindo na política municipal, com o intuito de criar condições para o benefício de toda a comunidade que integra o cluster. B) Ações vinculadas à análise dos clusters turísticos Para desenvolver clusters sustentáveis, os atores locais devem perceber o crescimento do cluster como um projeto próprio, e não apenas como iniciativa que vem de fora. Com base nessa experiência, Mercotur desenvolveu uma metodologia de análise participativa que permite a coleta e a análise dos dados, seguindo a lógica da democracia, do consenso e do comprometimento. Para cada cluster, planeja-se a realização de duas reuniões de análise participativa: Primeira reunião tem como objetivo coletar informações e realizar análises coletivas. Segunda reunião visa apresentar os resultados da análise anterior para eventuais ajustes e para dar legitimidade política ao trabalho. A metodologia participativa tem sofrido críticas, sobretudo em virtude do excessivo 53

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