COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA EM GESTALT- TERAPIA. Ênio Brito Pinto 2012

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1 COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA EM GESTALT- TERAPIA Ênio Brito Pinto 2012

2 A compreensão diagnóstica aqui proposta se caracteriza pelo uso do pensamento diagnóstico processual como fundo para uma tipologia gestáltica em diálogo com o DSM-IV IV-TR.

3 A compreensão diagnóstica é um valioso instrumento terapêutico; é um diagnóstico psíquico, não apenas psicopatológico; leva em conta todo o campo; é baseada muito mais na intuição e na intersubjetividade que na semiologia; é fundamentada no olhar fenomenológico e holístico característico da abordagem gestáltica; dá suporte para a postura humanizada do gestalt-terapeuta terapeuta em sua prática clínica.

4 As linhas mestras de uma compreensão diagnóstica em Gestaltterapia: O diagnóstico em Gestalt-terapia terapia não pode ser apenas um diagnóstico do cliente: ele precisa envolver, além da intersubjetividade terapeuta-cliente: o diagnóstico da situação terapêutica, o diagnóstico da situação de vida do cliente como um todo e o diagnóstico das disposições do terapeuta ante aquele trabalho clínico.

5 As linhas mestras de uma compreensão diagnóstica em Gestalt-terapia: O diagnóstico deve levar em conta tanto os aspectos intrapsíquicos quanto os relacionais, com ênfase nos aspectos relacionais. O que mais importa para a compreensão diagnóstica é o vivido pelo cliente. O diagnóstico é um indicador de caminhos, um mapa indispensável.

6 As linhas mestras de uma compreensão diagnóstica em Gestalt-terapia: O diagnóstico não pode se esgotar no sintoma. Precisa abarcar o estilo de ser (o estilo de personalidade) do cliente. Ou seja: a compreensão do sintoma deve ser estreitamente relacionada à compreensão da personalidade do paciente. Por exemplo: uma disfunção erétil de uma pessoa de estilo egotista (narcisista) é diferente (e é vivida diferentemente) da disfunção erétil de uma pessoa de estilo confluente (dependente).

7 As linhas mestras de uma compreensão diagnóstica em Gestalt-terapia de Curta Duração: Quatro pontos fundamentais, além da intersubjetividade: a) a figura trazida pelo cliente, sua dor, o que inclui um cuidadoso olhar para o seu ponto de interrupção mais importante no ciclo do contato neste momento; b) o fundo, o estilo de personalidade que dá sustentação à queixa, ao sintoma; c) a situação terapêutica, a cada sessão; d) o campo existencial do cliente.

8 Perls: a Gestalt-terapia é uma abordagem existencial, o que significa que não nos ocupamos somente em lidar com os sintomas ou estrutura de estilo de personalidade, mas com a existência total da pessoa.

9 A saúde para a GT Critérios mais básicos: Como lida com as relações; Como lida com o tempo; Como lida com o espaço; Como lida com a corporeidade; Como lida com a consciência; Como lida com a vida afetiva.

10 A saúde para a GT Critérios mais básicos: Lembrar sempre que a subjetividade é intersubjetividade e culturalidade (cultura vivida). meu mundo é sempre assim nosso mundo, um mundo intersubjetivo, um mundo comum. Tatossian Atenção ao mundo da vida cotidiana Lebenswelt.

11 A saúde para a GT possibilidade de viver um fluxo ritmado e energizado de awareness e de formação figural através do qual possa interagir criativamente consigo e com seu meio, utilizar-se ao máximo dos recursos internos e dos recursos do ambiente para lidar criativa e apropriadamente com o mundo. (Ciornai) (Ciornai)

12 A saúde para a GT discriminar os contatos mutuamente enriquecedores e satisfatórios daqueles que são tóxicos e prejudiciais. (Ciornai) PHG: a pessoa sadia é aquela que se apossa plenamente do direito de sentir-se em casa no mundo, com a responsabilidade que é a contraparte desse direito.

13 Saúde é também: Compreender o ser humano como animobiopsicocultural (ou seja: para além do biológico); Agir efetivamente no sentido de cuidar do corpo, da mente e da alma; Agir efetivamente no sentido de cuidar do ambiente; Aceitar a vida como graça.

14 Saúde é também: assumir as precariedades típicas da condição humana como forma de escapar da soberba; não ter o corpo como ídolo; processo de criação constante do mundo e de si, o que integra também o conceito de doença: saúde e doença não representam opostos, são etapas de um mesmo processo. (Augras, 1981) aprender a lidar com as frustrações do dia-a- dia.

15 Saúde é ainda lidar com a morte e o morrer. Saúde é também uma adaptação equilibrada e habilidosa ao sofrimento, deficiência, doença, envelhecimento e morte, que atinge a vida de todos. Saúde plena é a entrega apaixonada ao jogo da vida. Entregar-se sem apego às perdas. (Eymard Mourão Vasconcelos)

16 Nas reflexões que seguem, vou dar ênfase à compreensão diagnóstica do estilo de personalidade, ou seja, o fundo do qual se sobressai a queixa trazida pelo cliente.

17 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades o diagnóstico procurará dizer em que ponto de sua existência o indivíduo se encontra e que feixes de significados ele constrói em si e no mundo. Desta maneira, cada homem será a medida de sua própria normalidade. (Augras)

18 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades Para que a compreensão diagnóstica não se torne iatrogênica,, é preciso que ele não reduza a singularidade existencial e a história do cliente a um rótulo.

19 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades É preciso que o terapeuta valorize em seu cliente a pessoa singular que ele é, de modo que o diagnóstico possa alcançar a descrição e a compreensão de cada pessoa em sua singularidade. Um terapeuta chega a uma compreensão melhor da singularidade de seu cliente se não se prende apenas ao singular que seu cliente é.

20 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades "todo homem é, sob certos aspectos, a) como todo homem; b) como certos homens; c) como nenhum outro homem". c) como nenhum outro homem". (Kluckhohn e Murray)

21 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades A identidade, no sentido de consciência da persistência da própria personalidade, se fundamenta na assemelhação e na diferenciação com as outras pessoas. Cada pessoa é uma combinação nova e única de elementos somatopsíquicos, sendo que, por sua vez cada um desses elementos não é novo e único, mas pertencente ao que há de comum entre os seres humanos.

22 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades A compreensão diagnóstica ajuda a encontrar melhor a singularidade em meio ao genérico. Destaca melhor o que é único e destaca melhor o que há de positivo, de potencial a ser desenvolvido. Compreensão diagnóstica não é massificação, antes pelo contrário. cuidado para que não se use a compreensão diagnóstica como uma cama de Procusto.

23 A compreensão diagnóstica: singularidades e pluralidades A compreensão diagnóstica é uma teoria sobre a pessoa que procura a terapia, é uma hipótese, um mapa, é um como se. A compreensão diagnóstica se fundamenta num construto Esta condição como se não deve nunca ser perdida de vista.

24 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos Pensando em termos de psicologia fenomenológica, o importante em uma compreensão diagnóstica é a atitude que possibilite o aparecimento do fenômeno em sua originalidade. Isso implica que, no correr da situação terapêutica, o imediato não seja interpretado somente à luz de referenciais anteriores, mas à luz que busca o sentido da experiência para o cliente naquele momento.

25 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos para isso, o terapeuta necessita estar constantemente em um movimento pendular entre deixar-se envolver existencialmente, deixando brotar sentimentos e sensações que propiciem uma compreensão intuitiva, préreflexiva dessa experiência, para, em seguida, estabelecer certo distanciamento que lhe permita uma reflexão em que procurará nomear aquela vivência de forma que se aproxime o mais possível do próprio vivido. Ou seja, o terapeuta flui do nada além que processo, do vivido na relação, para momento de reflexão sobre esse vivido. (Ciornai)

26 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos A compreensão diagnóstica visa principalmente orientar o terapeuta sobre como se postar e como lidar com o cliente, e não tem a finalidade de enquadrar o cliente para lhe propor mudanças a partir de um esquema anterior e estreitamente delimitado sobre saúde.

27 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos diagnosticar é detectar a configuração específica com que se articulam as partes em cada situação concreta. É um processo e o começo do vislumbre de uma possível re-configuração do campo. É vislumbrar a possibilidade de mudança. Estamos longe do diagnóstico como rotulação. (Tellegen)

28 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos a compreensão diagnóstica é, primeiramente, um ato descritivo que organiza o que está sendo percebido no momento. Tem também um significado para além do presente, encerrando tanto um padrão como também uma predição, ainda que mínima. é uma tentativa de ampliar o quadro, de mover do que é agora observável ao que é habitual, de costume. (Melnick e Nevis)

29 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos Ao diagnosticar, o terapeuta está procurando compreender o significado do sofrimento de seu cliente, levando em consideração sua história e seu momento existencial. Ao diagnosticar, o terapeuta tem o intuito de compreender como essa pessoa age, sente, pensa, como ela se movimenta, enfim, pelos caminhos da vida.

30 A compreensão diagnóstica: alguns aspectos Ao fazer a compreensão diagnóstica, o terapeuta busca uma relação entre o aqui-eagora do cliente e o lá-e-então de sua história, com o propósito de alcançar a compreensão da queixa do cliente, isso não quer dizer que haja aí um raciocínio baseado em alguma crença de causa e efeito direto o ser humano é complexo demais para que se possa compreendê-lo baseado numa premissa dessa ordem.

31 A compreensão diagnóstica: pensamento diagnóstico processual Como hipótese, a compreensão diagnóstica em psicoterapia nunca pode ser estática: ela é um processo derivado do que Frazão chama de pensamento diagnóstico processual. A compreensão diagnóstica tem que ser cotidianamente refeita e repensada, obrigando o terapeuta a permanecer atento a cada nova configuração que o cliente fizer em sua vida.

32 A compreensão diagnóstica: pensamento diagnóstico processual A compreensão diagnóstica nunca está pronta. Um gestalt-terapeuta, terapeuta, agindo fenomenologicamente, não está impedido de fazer uma compreensão diagnóstica de seu cliente (antes pelo contrário), mas está definitivamente proibido de fechar esse diagnóstico. A situação clínica sempre impera sobre o diagnóstico.

33 funções da compreensão diagnóstica Melnick e Nevis: 1. é uma bússola que ajuda a organizar a informação e prover uma direção de navegação através dos dados coletados. 2. o processo de diagnosticar possibilita ao terapeuta um controle da sua própria ansiedade, o que, por sua vez, lhe possibilita esperar com mais calma, sem precipitação, que a figura emerja a cada situação clínica.

34 funções da compreensão diagnóstica 3) possibilita ao terapeuta fazer predições sem ter que esperar que os dados emerjam da experiência imediata. 4) o terapeuta precisa estar fundamentado em uma ampla perspectiva que inclui o futuro e, particularmente, o passado do cliente, embora a exploração que faz do passado do cliente seja fenomenológica, uma tentativa de compreensão sem presumir que o passado causa o presente.

35 Yontef: funções da compreensão diagnóstica não podemos evitar diagnosticar. A nossa opção é: fazê-lo de maneira superficial ou não deliberada, ou, ao contrário, de maneira bem-ponderada e com awareness completa. Se a compreensão diagnóstica é feita sem awareness, aumenta o risco de se impor ao cliente uma crença ou um sistema de valores, o que seria antiterapêutico.

36 A compreensão diagnóstica: como fazer? Há um campo comum para a formulação diagnóstica em Gestalt-terapia, o qual inclui, dentre outros aspectos, a) a concepção da compreensão diagnóstica como uma produção humana na relação intencional com o outro ; b) a colocação da compreensão diagnóstica junto da psicoterapia, não como algo alheio a ela ou separado dela; c) o conceito de compreensão diagnóstica como uma ação processual realizada ao longo do processo terapêutico. (Pimentel)

37 A compreensão diagnóstica: como fazer? As proposições fenomenológicas do psicodiagnóstico: na valorização e apreensão do fenômeno tal como ele acontece, no estabelecimento do diálogo, na valorização do saber do cliente, na suspensão do julgamento clínico, na busca da compreensão possível da totalidade do cliente como ser humano inserto em um contexto socioeconômico-histórico-cultural. (Pimentel)

38 A compreensão diagnóstica, o estilo de personalidade e o eixo II do DSM-IV O QUE É PERSONALIDADE?

39 Psicologia da personalidade Fatores imprescindíveis ao se estudar a personalidade humana: Genética, ou seja, corpo; Crescimento e desenvolvimento, i.e., mudanças no decorrer do tempo; Relações familiares, i.e., hereditariedade e apresentação do mundo; Cultura, geografia e época, i.e., campo; Classe social, ou seja, oportunidades.

40 Definições de personalidade A personalidade é a organização dinâmica no indivíduo de sistemas psicofísicos que determinam as suas adaptações singulares ao próprio meio. (Allport)

41 Definições de personalidade a personalidade é a configuração única assumida no decurso da história de um indivíduo pelo conjunto de sistemas responsáveis por seu comportamento. (Filloux)

42 Definições de personalidade um específico e relativamente estável modo de organizar os componentes cognitivos, emotivos e comportamentais da própria experiência. O significado (cognitivo) que uma pessoa atribui aos eventos (de comportamento) e os sentimentos (emocional) que acompanham esses eventos permanecem relativamente estáveis ao longo do tempo e proporcionam um senso individual de identidade. Personalidade é esse senso de identidade e o impacto que ele provoca nas outras pessoas. (Delisle)

43 Definições de personalidade Padrões persistentes de perceber, relacionar-se e pensar sobre o ambiente e sobre si mesmo. Os traços de personalidade são aspectos proeminentes da personalidade, exibidos em uma ampla faixa de contextos sociais e pessoais importantes. Apenas quando são inflexíveis, mal adaptativos e causam prejuízo funcional significativo ou sofrimento subjetivo, os traços de personalidade constituem um Transtorno de Personalidade. (DSM-IV-TR, 2002)

44 Psicologia da personalidade Personalidade é estrutura e processo, Personalidade é um sistema.

45 Psicologia da personalidade Estrutura é o que se repete, são os padrões reincidentes. Estrutura são as semelhanças reincidentes e consistências do comportamento ao longo do tempo e através das situações.

46 Psicologia da personalidade Processo é o que se inova e se renova, é o criativo, momentâneo e circunstancial. É o inesperado.

47 A estrutura possibilita uma certa previsibilidade e o autoconhecimento. O processo traz a possibilidade da surpresa, da inovação, da aventura e pode provocar mudanças em partes da estrutura.

48 Psicologia da personalidade Sistema é o complexo relacionamento entre estrutura e processo.

49 Tipologia da personalidade O conceito de tipo [ou estilo de personalidade] refere-se ao aglomerado de vários traços diferentes. Traços são categorias para a descrição e o estudo ordenados do comportamentos de pessoas. O conceito de tipo [ou estilo de personalidade] estuda principalmente as estruturas da personalidade.

50 Ao lado do que podemos chamar de estruturas naturais da personalidade humana, há o que Laura Perls chama de uma segunda natureza, o estilo de personalidade, o qual se constrói a partir da combinação da natureza dada com a existência vivida, especialmente nos primeiros anos de vida, compondo um jeito de ser, que não é necessariamente patológico, e que se mantém relativamente inalterado em seus fundamentos ao longo da vida. Esses padrões de comportamento que compõe o estilo de personalidade são, via de regra, egossintônicos.

51 O estilo de personalidade é estrutura desenvolvida ao longo da vida e através de defesas que permitem lidar melhor com os estímulos internos e externos vividos pela pessoa. A estrutura tipológica, a qual se desenha a partir das múltiplas relações ao longo do desenvolvimento pessoal, especialmente nos primeiros anos da vida, tem como função facilitar a lida com a realidade, através de uma certa forma relativamente padronizada de ser e agir que pode, sob circunstâncias ameaçadoras em demasia, cristalizar-se, gerando vivências psicopatológicas.

52 Só idealmente podemos conceber uma pessoa tão flexível que não tivesse um estilo de personalidade. Na lida cotidiana dos processos psicoterapêuticos, o que encontramos são pessoas que precisam conhecer, aceitar e flexibilizar seu estilo de personalidade. Ajudálas nessa tarefa é, no meu modo de ver, o limite da psicoterapia.

53 Penso que não é possível a um trabalho psicoterapêutico ajudar uma pessoa a alterar seu estilo de personalidade o limite da psicoterapia, qualquer que seja a abordagem utilizada, é auxiliar a pessoa a conhecer, aceitar e flexibilizar seu estilo de personalidade. A dissolução de um estilo de personalidade, a volta a uma natureza primordial não é, nem pode ser, o propósito da psicoterapia, pois está para além das possibilidades desse tipo de trabalho. A fronteira última da psicoterapia é a facilitação da conscientização, da aceitação e da flexibilização do estilo de personalidade do cliente.

54 Conhecer e integrar o próprio estilo de personalidade significa experimentar limites e possibilidades de maneira a que a pessoa possa se tornar confiante nas previsões que faz de si, ao mesmo tempo em que se mantém aberta a se surpreender consigo mesma. Requer a busca de um autoconhecimento tal que permita ter uma ideia suficientemente apurada das repetições às quais se propende, de modo a poder, a partir desse conhecimento, transformá-las em escolhas.

55 Aceitação do próprio estilo de personalidade, não é passividade ou conformismo, pois não há o que fazer. Longe disso! Aceitar o próprio estilo de personalidade significa aceitar que há lutas que se apresentarão por toda a vida, exigindo cuidados especiais e atenção crítica para que o infinito processo de auto-atualização seja sempre o mais pleno possível, para que as mudanças alcançadas sejam frutíferas e duradouras, para que os obstáculos inerentes ao estilo de personalidade sejam enfrentados e as sabedorias inerentes ao estilo de personalidade sejam desenvolvidas e colocadas a serviço da vida.

56 Tipologia [tipologia ] da personalidade Uma tipologia eficaz ajuda a compreender as pessoas com base em certos padrões universais a partir dos quais se organiza a singularidade de cada pessoa.

57 o diagnóstico do estilo de personalidade Na compreensão do fundo, quer dizer, do estilo de personalidade que dá sustentação ao sintoma, uma tipologia auxilia sobremaneira o terapeuta. O desenvolvimento de uma tipologia: 1. fornece elementos para diagnóstico, 2. favorece uma compreensão relacional, 3. favorece consideração e respeito para com o cliente, 4. favorece aceitar as diferenças sem julgamento, 5. possibilita ajudar ao outro como ele necessita ser ajudado, e não segundo um padrão estereotipado de ajuda.

58 o diagnóstico do estilo de personalidade Uma tipologia ajuda a estar atento às probabilidades psicopatológicas a que cada cliente possa propender, sempre lembrando que não existem tipos puros uma tipologia consiste de elementos referenciais para um diagnóstico. Uma tipologia eficaz ajuda a compreender as pessoas a partir de certos padrões universais a partir dos quais se organiza a singularidade de cada pessoa. Uma tipologia, ao auxiliar um diagnóstico, é uma redução, mas não pode ser um reducionismo.

59 A compreensão da personalidade aqui proposta se caracteriza pelo uso de uma tipologia gestáltica em diálogo com o DSM-IV IV- TR, eixo II.

60 o diagnóstico do estilo de personalidade O conceito de estilo de personalidade: facilita compreender meu cliente, seu jeito de ser e sua experiência, facilita compreender como o cliente se relaciona consigo mesmo e com o meio, permite apressar a compreensão de suas faltas e de suas necessidades, de suas sabedorias e de suas potencialidades.

61 o diagnóstico do estilo de personalidade ilumina para o terapeuta o caminho entre a percepção e compreensão da originalidade de meu cliente e a percepção e compreensão do que ele tem de comum com outros seres humanos, trajeto básico para um diagnóstico bem feito. Como todo instrumento psicológico, também uma tipologia não permite esgotar a compreensão do cliente, o que obriga a constantemente refazer o diagnóstico. a experiência do cliente é sempre maior que qualquer diagnóstico que se possa fazer dele.

62 o diagnóstico do estilo de personalidade O estudo do estilo de personalidade não pode ser visto como uma camisa de força ou uma gaveta onde se deva encaixar cada pessoa em nome de uma suposta uniformidade, mas deve ser visto, da maneira como o uso em psicoterapia, como um instrumento auxiliar para o terapeuta em seu trabalho de compreensão e acolhimento de seu cliente. Esse uso da tipologia não ameaça ou substitui a originalidade de cada cliente. Antes pelo contrário, realça-a no encontro terapêutico.

63 o diagnóstico do estilo de personalidade Quando faço um diagnóstico e me utilizo da tipologia, busco compreender o fundamento, a estrutura e o processo em que se apóia o sofrimento denunciado pelo cliente. No diálogo com o DSM-IV-TR, ao diagnosticar, trabalho com o que o DSM-IV-TR denomina transtornos de personalidade não somente no sentido de transtorno ou de patologia, mas num sentido de estilo de personalidade, um modo de se relacionar e de estar no mundo.

64 o diagnóstico do estilo de personalidade No DSM-IV-TR, a diferença entre a pessoa que desenvolve um transtorno de personalidade e a que não desenvolve é apenas de flexibilidade; na tipologia gestáltica o patológico é a cristalização e a falta de flexibilidade que permita à pessoa ser conduzida pela situação. DSM-IV-TR: todos nós temos a possibilidade de desenvolver um transtorno de personalidade em algum momento de nossa vida, e o transtorno que desenvolveremos, se for o caso, será baseado em nosso estilo de personalidade.

65 o diagnóstico do estilo de personalidade DSM-IV-TR: o transtorno é o estilo que se cristalizou e, por isso, causa sofrimento; Gestalt-terapia: o estilo de personalidade causa sofrimento quando cristalizado, rígido. os transtornos [e os estilos de personalidade] não são, por si sós, doenças ou características ontológicas, são construtos que descrevem estilos de ser desenvolvidos ao longo da vida e que podem, sob determinadas circunstâncias, levar a problemas que geram angústias e malestares.

66 o diagnóstico do estilo de personalidade Ao fazer essa análise da personalidade do cliente, não estou particularmente interessado na determinação da presença ou da ausência de uma enfermidade, mas em compreender um jeito de ser, um estilo de lidar com as relações, de lidar com a vida e com os problemas existenciais. Procuro antes olhar para a saúde que para a doença, para o que o cliente traz de criativo mais do que para o que o cliente traz de problemático, visando, assim, ampliar o sentido de cooperação necessário no processo terapêutico.

67 o diagnóstico do estilo de personalidade Quando priorizo o aspecto saudável e criativo do cliente, não me coloco (e nem o convido para se colocar) em luta contra algum aspecto de si que deva ser eliminado ou modificado, mas me coloco (e o convido para se colocar) em aliança com aquilo que nele ainda não pôde se desenvolver suficientemente e precisa ser desenvolvido. Agindo assim, estou mais atento ao sentido do sofrimento denunciado que às suas causas.

68 o diagnóstico do estilo de personalidade Assim como o terapeuta tem um estilo básico, também os clientes o tem; assim como o terapeuta aprende seletivamente, baseado em quem ele é, assim também os clientes.

69 o diagnóstico do estilo de personalidade O que precisa ser modificado é o que porventura haja de cristalizado, e não o estilo de personalidade de cada pessoa. O estilo de personalidade deve ser melhor conhecido, como maneira de o cliente se descobrir mais, se compreender melhor e desenvolver mais adequadamente seus potenciais. Diferentes estilos de personalidade responderão a diferentes agentes catalisadores como indutores de mudança.

70 O ciclo de contato aqui será tomado com oito etapas: 1. a sensação, ou percepção corporal de alguma necessidade; 2.a conscientização dessa necessidade; 3.a mobilização para atender essa necessidade; 4.a ação proveniente dessa mobilização; 5.a interação que essa ação provoca; 6. o contato final movido pela necessidade; 7. o fechamento proveniente desse contato final e, fechando o ciclo, 8.a retirada, para que novo ciclo se inicie, num processo sem fim por toda a vida.

71 Em termos de compreensão diagnóstica, além de compreendermos, a partir desse modelo de ciclo de contato, como se dá o contato, podemos compreender também como se dão as descontinuações desse contato, também chamados de bloqueios de contato ou de resistências. Prefiro o termo descontinuação porque me parece que ele descreve melhor o que acontece na experiência das pessoas, uma vez que o contato não deixa de existir, portanto, não fica bloqueado, mas fica descontinuado, com seu ritmo quebrado e sua plenitude reduzida. Não gosto do termo mecanismo (em mecanismo de defesa ) porque entendo que ele se fundamenta numa visão muito cartesiana, a qual utiliza a máquina como metáfora para entender o homem, desrespeitando, portanto, a enorme complexidade que somos.

72 Para cada etapa do contato há uma maneira de se o descontinuar. a descontinuação para a sensação é a dessensibilização; a descontinuação para a conscientização é a deflexão; a descontinuação para a mobilização é a introjeção; a descontinuação para a ação proveniente da mobilização é a projeção; a descontinuação para a interação é a proflexão; a descontinuação para o contato final é a retroflexão; a descontinuação para o fechamento proveniente desse contato final é o egotismo; finalmente, a descontinuação para a retirada é a confluência.

73 Mobilização Introjeção: esquiva Ação Projeção: paranóide Interação Proflexão: borderline Consciência Deflexão: histriônico Contato final Retroflexão: obsessivocompulsivo Sensação Dessensibilização: esquizóide e esquizotípico Fechamento Egotismo: narcisista e antissocial. Abertura para a vivência Retirada Confluência:dependente

74 Entendo que cada descontinuação pode aparecer em, basicamente, três formas, não necessariamente excludentes. A descontinuação pode ser um ato, um estado ou um estilo de personalidade. Nas três formas ela pode ser saudável, ou não, a depender das circunstâncias.

75 Uma descontinuação é um ato quando episódica, esporádica, apenas um momento, não uma repetição: é o caso, por exemplo, de quando, em determinada situação, retrofletimos para evitar uma discussão improdutiva com um superior hierárquico. Nesses casos, em que não há repetições, não há a necessidade de intervenções psicoterapêuticas.

76 Uma descontinuação constitui um estado quando a pessoa se apóia na descontinuação em função de exigência situacional, quer dizer, em determinada situação, por um determinado tempo, a pessoa se vale de sua capacidade de flexibilizar seu estilo de personalidade e vive aquela situação praticamente como se tivesse um outro estilo de personalidade. Essa vivência é possível apenas por um determinado período e em determinada situação, e logo a pessoa precisará voltar a se apoiar em seu estilo de personalidade de base. Quando esse movimento é saudável, essa porta de passagem entre o estilo de personalidade e a descontinuação como estado permanece aberta e disponível para novas incursões quando a situação vivida exigir. Quando essa porta fica truncada, o apoio em um estilo de personalidade secundário pode se repetir de maneira cristalizada, constituindo uma situação patológica. Por exemplo, em determinadas depressões uma pessoa pode ter a introjeção como defesa, repetidamente. Nesses casos, uma intervenção terapêutica pode ajudar a pessoa a desenvolver outras maneiras de lidar com o mundo, abandonando essa postura introjetiva repetida e deixando de reagir depressivamente às situações.

77 Uma descontinuação constitui um estilo de personalidade quando se configura como estrutura da personalidade, modo peculiar e habitual de estar no mundo.

78 A maioria do gestalt-terapeutas que teorizaram sobre o ciclo de contato toma cada descontinuação do contato como um estado, portanto, um processo, algo que pode ter um fim, o que me parece correto. Este tipo de uso do ciclo de contato já está consagrado na abordagem gestáltica. Ele se assemelha ao eixo I do DSM-IV. O que proponho aqui é um avanço para além disso, uma nova compreensão desse conceito clareador para a compreensão do ser humano, um uso que se assemelha ao Eixo II do DSM-IV. Estou me referindo à possibilidade de se perceber cada descontinuação descrita no ciclo de contato como uma base para um tipo de estilo de personalidade, sem deixar de considerar cada um desses pontos como possivelmente também um estado ou um ato, como expliquei acima e reafirmo aqui: cada ponto do ciclo de contato pode caracterizar um ato, momentâneo; um estado, quer dizer, uma resposta situacional que pode se cristalizar; uma estrutura, ou estilo de personalidade, ou seja, uma forma de organização e de ação, um jeito de estar no mundo. Como estado, ele pode ser dissolvido e ultrapassado; como estrutura, ele precisa ser conhecido, compreendido, flexibilizado e aceitado.

79 Quanto mais saudável é uma pessoa, menos previsível comportamentalmente ela é, mas alguma previsibilidade é necessária, minimamente que seja para garantir que há uma continuidade, que há uma história. Desse modo, quanto mais saudável é uma pessoa, mais difícil é identificar-se qual é seu estilo preponderante, mas, seguramente, sempre há um estilo que se impõe no cotidiano. Dizendo de outra maneira: quanto mais neurotizada está uma pessoa, menos flexibilidade ela tem, mais previsível ela se torna, menos ela explora os outros modos de ser existentes nela mas não predominantes, mais ela tem dificuldades de responder à situação presente, mais ela se estereotipa.

80 Quanto mais atualizada está uma pessoa, mais ela pode responder à situação que se apresenta com o estilo requerido naquele momento, embora mantenha uma inclinação por um determinado padrão e saiba que, ao se apoiar no estilo que não é o seu de origem, está como visitante, de maneira temporária, ainda que confortável. Assim é que, por exemplo, uma pessoa de estilo egotista estará pronto para a ação e para novos contatos mesmo depois de ministrar por três dias um curso de tempo integral para um grupo, ao passo que uma pessoa de estilo retrofletor, depois de ministrar o mesmo curso, necessitará de um tempo de recolhimento para que se abra plenamente a novos contatos.

81 Assim, a pessoa saudável é aquela que vive com ampla aceitação o estilo que lhe exige a situação, mas que fica confortável mesmo é quando a situação exige o estilo que é predominante. Mesmo sendo de um estilo confluente, uma pessoa pode tornar-se suficientemente autônoma, mas, de tempos em tempos, necessitará que alguém em quem confie lhe diga que ela é, sim, capaz de sustentar sua autonomia. Da mesma maneira, uma pessoa defletora saberá colocar-se na coxia quando isso for conveniente, mas pisará o palco tão logo tenha uma oportunidade para isso.

82 Cada um de nós tem um jeito de ser que se repete, com maior ou menor plasticidade, desde a mais tenra existência até a morte. Isso é o que caracterizo como estrutura (ou estilo) da personalidade, ou estilo de personalidade. Essa estrutura não é necessariamente patológica, antes pelo contrário, embora possa estar adoecida, quer dizer, rígida, cristalizada, de maneira que, em vez de servir de suporte para mudanças, serve de barreira e estagnação.

83 O diálogo que tento estabelecer, através do ciclo de contato, entre a Gestalt-terapia e o DSM-IV, eixo II, como referências de estilos de personalidade encontra sentido em meu trabalho a partir de algumas reflexões, das quais quero destacar o cunho descritivo do DSM-IV, o que facilita um olhar fenomenológico para ele e permite que ele seja uma referência para a visão gestáltica sobre a psicoterapia.

84 Delisle: com exceção dos transtornos mentais orgânicos, nenhum dos transtornos mentais descritos no DSM tem uma etiologia estabelecida. Pode até ser difícil de acreditar, mas as causas do transtorno histriônico ou da agorafobia são desconhecidas. É óbvio, os clínicos disputarão a validade de diversas hipóteses explicativas. Aprendizagem social, desequilíbrio hormonal, dinâmica edípica ou relações objetais são todas especulações inteligentes que nunca puderam ser adequadamente verificadas em bases científicas. É por isso que as categorias clínicas do DSM, com exceção das desordens nas quais alguma lesão do sistema nervoso central ocupa papel significante, estão baseadas mais em um critério descritivo que em inferências, sem qualquer referência implícita a causas e etiologia.

85

86 o diagnóstico do estilo de personalidade O DSM-IV descreve os seguintes dez tipos de transtorno de personalidade, os quais entenderei, como já expliquei, como estilos de personalidade: esquizóide; paranóide; esquizotípica; anti-social; borderline; histriônica; narcisista; esquiva; dependente; obsessivo-compulsiva.

87 o diagnóstico do estilo de personalidade Os Transtornos da Personalidade são reunidos em três agrupamentos, com base em similaridades descritivas. Agrupamento A (parecem "esquisitos"): Paranóide; Esquizóide; Esquizotípica.

88 o diagnóstico do estilo de personalidade Agrupamento B (parecem dramáticos, emotivos, erráticos): Anti-Social; Borderline; Histriônica; Narcisista. Agrupamento C (parecem ansiosos ou medrosos.): Esquiva; Dependente; Obsessivo- Compulsiva.

89 o que defendo é que podemos compreender, sob o ponto de vista gestáltico, cada um desses estilos de personalidade do DSM-IV, cada um desses estilos de personalidade, como apoiado preferencialmente em uma descontinuação do contato, o que caracteriza o estilo de personalidade na linguagem gestáltica.

90 personalidade paranóide estilo de personalidade projetivo; personalidades esquizóides e esquizotípicas pessoas dessensibilizadas; personalidade borderline estilo de personalidade proflexivo; personalidade histriônica estilo de personalidade deflexivo; personalidade narcísica e a personalidade antissocial estilo de personalidade egotista; a personalidade esquiva um estilo de personalidade introjetivo; personalidade dependente estilo de personalidade confluente; personalidade obsessivo-compulsiva estilo de personalidade retrofletor.

91 Embora o DSM-IV-TR aponte diferenças entre os estilos esquizóide e esquizotípico da personalidade, penso que entre eles há mais semelhanças que diferenças, ambos apoiados especialmente na dessensibilização, por isso os reúno em um único estilo de personalidade. No caso do narcisismo, penso, com Lowen, que o estilo antissocial é o narcisista muito adoecido, por isso os reúno aqui no estilo de personalidade egotista.

92 Cada um desses tipos ilumina, dentre outros aspectos, um propósito amplo para o processo terapêutico, o que, por sua vez, orienta o terapeuta em seu trabalho. Além desse propósito amplo, cada um desses estilos de personalidade exigirá do terapeuta um cuidado específico no que diz respeito à comunicação (verbal e não-verbal), ao tato, ao acolhimento e à confrontação, dentre outros aspectos.

93 No que diz respeito ao propósito amplo da psicoterapia para cada tipo de estilo de personalidade, isso quer dizer que cada um deles tenderá a demandar um tipo de mudança, uma rota no caminho da flexibilização, um norte. o norte para as pessoas dessensibilizadas passa por uma reapropriação corporal; para o estilo de personalidade projetivo, busca-se a possibilidade de um maior distanciamento entre os aspectos emocionais e os cognitivos, de modo a ampliar a crítica ao vivido e o tempo de reação a cada emoção percebida; para o estilo de personalidade proflexivo, o norte é a ampliação do autoconhecimento como forma de se diferenciar do outro e de buscar guiar-se mais por si;

94 para o estilo de personalidade egotista, o norte é a ampliação da capacidade de empatia e de humildade; para o estilo de personalidade defletor, a possibilidade de se aprofundar mais; para o estilo de personalidade confluente, o norte é a possibilidade de ampliação da autonomia; para o retrofletor, a liberdade e a soltura; para o introjetivo, a ampliação da capacidade crítica e da agressividade. Embora cada um desses nortes servem para todas as pessoas; o que afirmo aqui é que há, para cada estilo de personalidade, um sobressair dessas finalidades apontadas acima.

95 Quando digo que para cada tipo de personalidade há um trajeto já esboçado (e apenas esboçado), isso obriga a prestar ainda mais atenção nas diferenças individuais. O apontar de caminhos que se pode depreender do estilo de personalidade de cada cliente é feito grosso modo, devendo ser especificado cuidadosa e continuamente para cada cliente em cada momento do processo terapêutico. Cabe ainda ressalvar que não existe alguém que possa ser enquadrado em um estilo puro de personalidade, mas que sempre há um estilo que prevalece no cotidiano da pessoa. De uma maneira geral, tenho observado que o mais comum é poder-se compreender cada cliente como tendo um estilo prevalente e, ao menos, um outro que se pode denominar de auxiliar, os dois demandando especial atenção por parte do psicoterapeuta ao fazer o diagnóstico de fundo. Além disso, é importante lembrar que, como em qualquer outra tipologia, cada pessoa tem a possibilidade de lidar com algumas situações em qualquer um dos estilos existentes.

96 o diagnóstico do estilo de personalidade O apontar de caminhos que se pode depreender do estilo de personalidade de cada cliente é feito grosso modo, devendo ser especificado cuidadosa e continuamente para cada cliente em cada momento do processo terapêutico.

97 o diagnóstico do estilo de personalidade Não existe alguém que possa ser enquadrado em um estilo puro de personalidade, mas sempre há um estilo que prevalece no cotidiano da pessoa. Pode-se compreender cada cliente como tendo um estilo prevalente e, ao menos, um outro que se pode denominar de estilo auxiliar, os dois demandando atenção por parte do psicoterapeuta ao fazer o diagnóstico de fundo. Cada pessoa tem a possibilidade de lidar com algumas situações em qualquer um dos estilos existentes, pois, como já afirmou Terêncio, nada nada do que é humano me é estranho.

98

99 o diagnóstico e a queixa Ao estudar a queixa do cliente há que se olhar para a sua situação de vida e para a sua situação clínica, isto é, se ele tem alguma manifestação de algum transtorno psíquico que possa exigir outros tipos de intervenção. O diagnóstico psicológico se dá principalmente através da compreensão da queixa e de seu sentido, além da compreensão da maneira como essa pessoa lida consigo mesma, com sua existência, com seu ambiente e como vive sua queixa.

100 o diagnóstico e a queixa A queixa apresentada pelo cliente denuncia uma atitude existencial que se tornou insatisfatória, uma configuração cristalizada. É um repetir, um pedir de novo, e de novo, e de novo, e de novo, enfim, é uma interrupção que atrapalha ou impede o processo de desenvolvimento da pessoa. Trata-se de uma gestalt incompleta que busca, por sua repetição, um fechamento.

101 o diagnóstico e a queixa O importante é compreender o significado desta queixa, o sentido deste sintoma, bem como a maneira com que o cliente o experiencia. O que o sintoma aponta? Que falta ele denuncia? Que perspectivas existenciais ele abre?

102 o diagnóstico e a queixa O sintoma representa a melhor forma possível de viver nas condições atuais daquela pessoa. O sintoma faz parte de uma história, é um elo de uma extensa corrente de tentativas que o cliente fez para atualizar seu potencial e continuar seu crescimento.

103 o diagnóstico e a queixa O sintoma é também uma maneira de continuar a crescer, ele é um ato criativo em prol da vida: não houvesse a possibilidade de a pessoa se desenvolver melhor do que tem conseguido, não haveria dor que a impulsionasse em direção à busca de mudança. O que dói é um potencial que não encontrou ainda como se desenvolver suficientemente bem.

104 o diagnóstico e a queixa Deve-se buscar a relação que existe entre a figura (o sintoma) e o fundo, pois é o fundo que dá sentido à figura. Nesse caso, o fundo é, além do estilo de personalidade do cliente, seu momento existencial, o qual inclui sua situação ambiental, sua história, suas possibilidades.

105 o diagnóstico e a queixa O que estará impedindo o fechamento desta gestalt? Certamente, falta alguma condição, ou algumas condições para que essa gestalt se feche, e é por isso que o cliente pede ajuda: ele percebe que sozinho não pode superar os empecilhos que bloqueiam a continuação de seu crescimento. É função do terapeuta procurar a maneira como esta gestalt pode se completar para que o indivíduo possa retomar a possibilidade de crescimento e de desenvolvimento. Interessa demais ao gestalt-terapeuta compreender como seu cliente interrompe seu ritmo de contato, em que ponto do ciclo de contato há mais dificuldades para ele caminhar.

106 o diagnóstico e a queixa Num certo sentido, o sintoma é a tentativa de resolução de coisas inacabadas; tentativa de auto-atualização. Na medida que muita energia é investida em dar conta de situações inacabadas, sobra pouca energia para lidar com situações novas e interrompe-se o processo de crescimento.

107 o diagnóstico e a queixa Toda experiência fica suspensa até que a pessoa a conclui. A maioria dos indivíduos tem uma grande capacidade para situações inacabadas - felizmente, porque no curso da vida estamos condenados a ficar com muitas delas. Não obstante, (...) estes movimentos não completados buscam um completamento e, quando se tornam suficientemente poderosos, o indivíduo é envolvido por preocupações, comportamentos compulsivos, cuidados, energia opressiva e muitas atividades auto-frustrantes. (Polsters)

108 o diagnóstico e a queixa É preciso cuidado para que não se pretenda explicar o todo do cliente a partir do sintoma, pois isso seria uma perigosa inversão. O sintoma é um estado, um processo, não algo estático e sem perspectiva de transformação. Há um processo saudável sustentando o sintoma que o cliente traz a doença precisa ser vista como abertura para novas possibilidades existenciais a partir do confronto com determinados impedimentos. (Rehfeld)

109 o diagnóstico e a queixa O diagnóstico deve, ainda, apoiar-se nos aspectos relacionais, quer seja na maneira como eles aparecem em terapia, quer seja no dia-a-dia do cliente. Deve, finalmente, ter claro que a complexidade individual nunca se encerra dentro de um diagnóstico. (Augras)

110

111 o diagnóstico do terapeuta Para finalizar o diagnóstico, o terapeuta deve fazer, com cada cliente e a cada situação terapêutica, um diagnóstico de si mesmo. É preciso que o terapeuta tenha o mais claro possível o que o motiva a trabalhar com aquela pessoa, que sensações, que sentimentos, que reflexões, aquela pessoa provoca. O diagnóstico que o terapeuta faz de si próprio ante aquele cliente é a melhor medida que ele tem sobre sua competência, ou não, sobre sua disponibilidade, ou não, no processo e a cada sessão, para dispor-se a viver aquela aventura, para entrar naquela relação.

112 o diagnóstico do terapeuta a condição pessoal do conselheiro no começo do processo é, obviamente, importante também: se ele está 'esvaziado' para escutar o cliente ou se ele precisa um pouco mais tempo para 'chegar', se há incertezas em relação ao contrato ou se há uma gestalt aberta da sessão anterior. (Fuhr) Somente após esse auto-diagnóstico o terapeuta estará suficientemente esclarecido para viver aquilo que é o ponto fulcral de um processo gestalt-terapêutico, a relação.

113 o diagnóstico do terapeuta No meu modo de ver, a postura fundamental do psicoterapeuta ao fazer o seu diagnóstico é aquela que Paulo Barros traduz da seguinte maneira: para mim, ser terapeuta supõe um interesse humano muito grande, um interesse pela pessoa que está diante de você. Supõe um interesse pelas coisas humanas e uma disponibilidade para perceber o que está acontecendo com a pessoa, uma curiosidade especial e específica a respeito da pessoa em questão. (...) É fundamental um interesse genuíno em relação às coisas humanas.

114 o diagnóstico do terapeuta O processo de diagnóstico fundamenta-se na intersubjetividade, o que obriga o terapeuta a observar sua própria subjetividade e transformá-la em ferramenta para a compreensão do outro.

115 o diagnóstico do terapeuta Torna-se imprescindível ao psicólogo dois caminhos concomitantes de aperfeiçoamento: aprimorar-se no domínio das técnicas específicas a sua profissão e aprimorar-se no conhecimento de si próprio, inclusive como treino para o conhecimento do cliente.

116

117 A saúde para a GT Critérios mais básicos: Como lida com as relações; Como lida com o tempo; Como lida com o espaço; Como lida com a corporeidade; Como lida com a consciência; Como lida com a vida afetiva.

118 A saúde para a GT Critérios mais básicos: Lembrar sempre que a subjetividade é intersubjetividade e culturalidade (cultura vivida). meu mundo é sempre assim nosso mundo, um mundo intersubjetivo, um mundo comum. Tatossian Atenção ao mundo da vida cotidiana Lebenswelt.

119 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Psicopatologias mais fundamentais: (Cuidado: são construtos complexos) esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; transtornos de humor; transtornos de ansiedade.

120 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Psicopatologias mais fundamentais: esquizofrenia e outros transtornos psicóticos: conceitualmente definido como uma perda dos limites do ego ou um u amplo prejuízo no teste de realidade. Os diferentes transtornos nesta seção salientam diferentes aspectos das várias definições de psicótico. Na Esquizofrenia, no Transtorno Esquizofreniforme e no Transtorno Psicótico Breve, o termo psicótico refere-se a delírios, quaisquer alucinações proeminentes, discurso desorganizado ou comportamento desorganizado ou catatônico. No Transtorno Psicótico Devido a uma Condição Médica Geral e no Transtorno Psicótico Induzido por Substância, psicótico refere-se a delírios ou apenas àquelas alucinações que não são acompanhadas de insight. Finalmente, no Transtorno Delirante e no Transtorno Psicótico Compartilhado, psicótico equivale a delirante.

121 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Psicopatologias mais fundamentais: transtornos de humor; A perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, quer seja no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada), quer seja no de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode freqüentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes.

122 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Psicopatologias mais fundamentais: transtornos de ansiedade: várias formas de ansiedade patológica, medos e fobias que podem surgir rapidamente ou lentamente, durante um período de muitos anos, e que interferem na rotina diária do indivíduo. Os transtornos de ansiedade mais comuns são: Síndrome do Pânico Fobias Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) Estresse pós-traumático Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) Agorafobia e outras fobias

123 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos: Critérios mais básicos: Como lida com as relações: pobreza de relacionamentos; muita dificuldade para realmente perceber o outro; dificuldade com o mundo compartilhado perda do senso comum. Como lida com o tempo: nega o tempo compartilhado; vazio de tempo, um tempo paralisado que é diferente do tempo vazio (tédio). Como lida com o espaço: desajeitadamente; ; sem destreza; sem graça; rígidamente contido.

124 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos: Critérios mais básicos: Como lida com a corporeidade: : corpo negado, não apossado, não biografado;grande prevalência do corpo- objeto sobre o corpo-sujeito. Como lida com a consciência: : dificuldade com a realidade compartilhada; dificuldade ou impossibilidade de autopercepção; presunçoso. Como lida com a vida afetiva: : distante dos afetos; frio;

125 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Transtornos de humor. Critérios mais básicos: Como lida com as relações: : ser ser-para-o-outrooutro e ser-um um-com-o-outro (Tellenbach) (Tellenbach);; limites autoimpostos; ; dificuldade de comunicação; Como lida com o tempo: lentificação ou aceleração do tempo; aprisionamento no passado (culpa e nostalgia improdutiva); falta de horizontes (de futuro). Como lida com o espaço: : falta de elasticidade; falta de luz; pouca ocupação de espaço; não se sente em casa no mundo.

126 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Transtornos de humor. Critérios mais básicos: Como lida com a corporeidade: lentificação ou aceleração psicomotora; ; amortecimento do corpo; sensação de vazio visceral. Como lida com a consciência: : excesso de deverias; impotência; dificuldade de autoaceitação; awareness pobre; sensação de vazio. Como lida com a vida afetiva: : tristeza vital ou euforia; distanciamento dos sentimentos; anestesia afetiva ;

127 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Transtornos de ansiedade: Critérios mais básicos: Como lida com as relações: : falta de confiança; insegurança; controle; tensão. Como lida com o tempo: : dificuldade de estar no presente; oscila entre passado e futuro, com preferência pelo futuro (geralmente temido); expectativas; tensão entre o agora e o depois (Perls). Como lida com o espaço: : com medo, especialmente dos novos espaços; muita atenção.

128 A compreensão diagnóstica e o eixo I do DSM-IV Transtornos de ansiedade: Critérios mais básicos: Como lida com a corporeidade: : resistência muscular (Perls); ; corpo sob controle, com dificuldade de relaxamento e de descarregar a excitação. Como lida com a consciência: : mais atento às possibilidades catastróficas; perfeccionismo; medo de humilhação ou de rejeição; medo de palco; interrupção da excitação do crescimento criativo (Perls). Como lida com a vida afetiva: : desconfiado, não se entrega; percebe os afetos, mas não confia neles.

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