O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE:
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- Ana Júlia Tomé Caldeira
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1 MERCOSUL/GMC/RES Nº 1/00 STANDARD DE CRITÉRIOS E DELINEAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE STANDARDS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DE PROPAGAÇÃO CERTIFICADOS (REVOGA RES. GMC N 44/96) TENDO EM VISTA: o Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão N.º 6/96 do Conselho do Mercado Comum, as Resoluções Nº 91/93, 59/94, 44/96, 70/98 e 74/99 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação Nº 1/00 do SGT N.º 8, Agricultura. CONSIDERANDO: Que para os fins de facilitar o comércio de sementes entre os Estados Partes do MERCOSUL, é necessário estabelecer standard de critérios e delineamentos para a elaboração de standards de sistemas de produção de materiais de propagação certificados. O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE: Art. 1- Aprovar o Standard de Critérios e Delineamentos para a Elaboração de standards de Sistemas de Produção de Materiais de Propagação Certificados, em suas versões em espanhol e português, que consta como Anexo e faz parte da presente Resolução. Art. 2- Os Estados Partes colocarão em vigência as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente Resolução através dos seguintes organismos: Argentina: Brasil: Paraguai: Uruguai: Secretaría de Agricultura, Ganadería, Pesca y Alimentación - SAGPyA. Instituto Nacional de Semillas - INASE Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria - SENASA Ministério da Agricultura e do Abastecimento - MA Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo - SARC. Ministerio de Agricultura y Ganadería - MAG. Dirección de Defensa Vegetal - DDV. Dirección de Semillas - DISE Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca MGAP. Dirección General de Servicios Agrícolas - DGSA. Instituto Nacional de Semillas - INASE Art. 3- Fica revogada a Resolução GMC Nº 44/96. Art. 4- Os Estados Partes do MERCOSUL deverão incorporar a presente Resolução a seus ordenamentos jurídicos nacionais antes de 5/VII/2000. XXXVII GMC- Buenos Aires, 5/IV/00
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3 STANDARD MERCOSUL CRITÉRIOS E DELINEAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE STANDARDS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DE PROPAGAÇÃO CERTIFICADOS
4 ÍNDICE I.- INTRODUÇÃO 1. ÂMBITO 2. REFERÊNCIAS 3. ABREVIATURAS 4. DESCRIÇÃO II.- REQUISITOS GERAIS 1. IDENTIDADE GENÉTICA. 2. CONDIÇÃO FITOSSANITÁRIA. 3. ASPECTOS FÍSICOS 4. ASPECTOS FISIOLÓGICOS 5. CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO 5.1- Isolamento 5.2- Tratamento fitossanitário 5.3- Manejo de cultivo. 6. PROCEDIMENTOS A CONSIDERAR NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DE PROPAGAÇÃO CERTIFICADOS - SPMPC 6.1 Inspeções 6.2 Coleta de amostras 6.3 Diagnóstico de pragas 6.4 Ensaios de pré e pós-controle 6.5 Identificação 6.6. Banco de dados 7. DEFINIÇÃO DE CATEGORIAS DE BLOCOS/LOTES/CAMPOS DE PRODUÇÃO
5 I. INTRODUÇÃO 1. ÂMBITO Este standard contém critérios e delineamentos básicos para a elaboraçäo de sistemas de produção de materiais de propagação certificados. 2. REFERÊNCIAS Glossário FAO de Termos fitossanitários, FAO Plant Protection Bulletin 38 (1), Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, Roma, Itália. Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, 1997, Roma, Itália. Res. GMC 59/94 Standard 3.4. Glossário de Termos Fitossanitários. Standard COSAVE 1.1. Orientação e Delineamentos para a Elaboração e Adoção de Standard Regionais no Âmbito da Proteção Fitossanitária. Res. GMC 59/94 Standard 3.1. Diretrizes para a Análise de Risco de Pragas. Certification Scheme Virus free or virus tested fruit trees and rootstocks part I. Basic scheme and its elaboration. Bulletin OEPP/EPPO 21, , Standard de Certificação de Materiais Cítricos de Propagação. Direção dos Serviços de Proteção Agrícola. Direção Sementes Uruguai, Outubro Res. GMC 70/98 Standard MERCOSUL de Terminologias de Sementes. Res. GMC 74/99 Standard MERCOSUL Delineamento para a identificação de Pragas não Quarentenárias Regulamentadas (PNQR) e Estabelecimento de seus Requisitos Fitossanitários. 3. ABREVIATURAS CIPF: Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária. PNQR: Praga Não Quarentenária Regulamentada. SPMPC: Sistemas de Produção de Materiais de Propagação Certificados. 4. DESCRIÇÃO O presente standard estabelece os critérios básicos a serem considerados na elaboração de Standards de Sistemas de Produção de Materiais de Propagação Certificados que implica a multiplicação do material inicial de forma controlada com o objetivo de obter material certificado que cumpra com determinadas condições. As condições que se estabelecem para as sucessivas etapas de multiplicação permitem dar garantias quanto à manutenção da identidade genética, da condição fitossanitária, dos aspectos físicos e fisiológicos do material de propagação produzido.
6 II. REQUISITOS GERAIS Para a elaboração dos Sistemas de Produção de Materiais de Propagação Certificados, definem-se as etapas de multiplicação a que é submetido o material inicial e as condições em que se realiza essa multiplicação. Definem-se as diferentes categorias de Blocos/Lotes/Campos de Produção, como as multiplicações realizadas em cada um deles e as condições de produção dos mesmos. Mesmo assim, se estabelecem as diversas categorias de Material de Propagação que resultam de cada Bloco/Lote/Campo de Produção. A seguir detalha-se os requisitos específicos: 1- IDENTIDADE GENÉTICA Cada indivíduo deve corresponder à descrição do cultivar em produção. 2 - CONDIÇÃO FITOSSANITÁRIA.1 A condição fitossanitária de cada categoria do SPMPC será estabelecida de acordo com as características da transmissão (vertical) da praga, da espécie e do agroecossistema considerado. A condição fitossanitária para a categoria inferior do sistema poderá coincidir ou melhorar os requisitos fitossanitários estabelecidos para a PNQR, não sendo exigível para o comércio internacional, sob as disposições da CIPF..2 Os requisitos fitossanitários para PNQR serão estabelecidos de acordo com as disposições da Res. GMC 74/99 Standard MERCOSUL Delineamento para a identificação de Pragas não Quarentenárias Regulamentadas (PNQR) e Estabelecimento de seus Requisitos Fitossanitários. Os mesmos são exigidos no intercâmbio internacional de acordo com as disposições da CIPF (texto 1997). 3 ASPECTOS FÍSICOS Os SPMPC considerarão aqueles aspectos referentes à qualidade física dos materiais de propagação quando os mesmos estiverem tecnicamente justificados e/ou afetarem diretamente a produtividade dos cultivos considerados. 4 ASPECTOS FISIOLÓGICOS Os SPMPC considerarão aqueles aspectos referentes à qualidade fisiológica dos materiais de propagação quando os mesmos estiverem tecnicamente justificados, afetarem diretamente a produtividade dos cultivos considerados e existirem metodologias disponíveis para verificar e quantificar. 5 - CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO Os SPMPC estabelecerão as condições em que os Materiais de Propagação devem ser
7 produzidos com o propósito de alcançar e manter a qualidade requerida. As condições de produção que estabelecem os SPMPC podem variar de uma área a outra, em função de : a- Sua situação fitossanitária. b- Suas particularidades locais quanto a clima, solo, isolamento, etc. Aceitam-se como equivalentes as condições de produção que, não sendo iguais, permitam que os materiais de propagação ali produzidos cumpram com as condições de qualidade requeridas Isolamento Serão estabelecidas as condições mínimas de isolamento necessárias com a finalidade de cumprir com as condições de pureza varietal e fitossanitárias requeridas Tratamento fitossanitário Nos casos requeridos, se descreverá o tratamento fitossanitário que deve ser realizado em: Manejo de cultivo a) Materiais de Propagação b) Ferramentas e Maquinários c) Solos e substratos artificiais d) Instalações Os SPMPC estabelecerão, quando necessário, as condições de manejo de cultivo que propiciem o cumprimento do estabelecido, quanto à condição fitossanitária e para evitar a mistura ou contaminação varietal. 6- PROCEDIMENTOS A CONSIDERAR NOS SPMPC Nos SPMPC se estabelecerão os requisitos para cada um dos Blocos/Lotes/Campos de Produção e para os materiais de propagação produzidos em cada um deles Inspeções Nos SPMPC se estabelecerão as fases em que se devem realizar as inspeções para cada categoria do Bloco/Lote/Campo de Produção considerado, fazendo referência, quando necessário, ao estado fenológico do cultivo a inspecionar. 6.2 Coleta de amostras Nos SPMPC se estabelecerão as características da amostragem com o objetivo de
8 verificar a identidade genética, a condiçäo fitossanitária e o aspecto físico das distintas categorias de materiais de propagação. 6.3 Diagnóstico de Pragas Serão definidas as metodologias de Diagnóstico que serão aplicadas no teste das distintas categorias de materiais de propagação, devendo adotar-se aquelas harmonizadas regional ou internacionalmente. 6.4 Ensaios de Pré e Pós - controle Nos casos em que os SPMPC requeiram, serão estabelecidos ensaios de pré e pós controle para verificar a qualidade do material. 6.5 Identificação Os SPMPC estabelecerão a adequada identificação dos materiais produzidos em cada categoria. 6.6 Banco de dados Serão definidos os registros de dados essenciais para a condução dos SPMPC, com o objetivo de se criar um banco de dados. 7. DEFINIÇÃO DE CATEGORIAS DE BLOCOS/LOTES/CAMPOS DE PRODUÇÃO Para a definição das diferentes categorias de Blocos/Lotes/Campos de Produção que integram os SPMPC se considerará : a) origem e qualidade do material; b) que um Bloco/Lote/Campo de Produção pode produzir mais de uma colheita, contanto que não se modifiquem as condições mínimas requeridas para esse Bloco/Lote/Campo; c) que o não cumprimento das condições estabelecidas para cada Bloco/Lote/Campo de produção, determina sua mudança para uma categoria inferior e, inclusive, pode determinar a exclusão do mesmo dos SPMPC; d) que o material de propagação produzido em uma determinada categoria de Bloco/Lote/Campo de Produção, é apto somente para ser utilizado em Blocos/Lotes/Campos de Produção de categoria inferior.
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