26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas
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- Marina Peixoto Lopes
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1 Caracterização do aleitamento e da alimentação no primeiro ano de vida, na população materno-infantil, exposta ao vírus HIV e atendida na rede pública de saúde de Palmas TO Natália Rodrigues Borges¹, Renata Junqueira Pereira², Fabiane Aparecida Canaan Rezende³ ¹Aluna do Curso de Nutrição; Campus de Palmas; nataliarodriguesborges@hotmail.com PIBIC/CNPQ ²Orientadora do Curso de Nutrição; Campus de Palmas; renatajunqueira@mail.uft.edu.br ³Coorientadora do Curso de Nutrição; Campus de Palmas; facrezende@mail.uft.edu.br RESUMO A população infantil exposta ao vírus HIV da c de Palmas foi o objeto de estudo da pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde de Palmas e pela Univers Federal do Tocantins, e financiada pelo CNPQ. Este estudo buscou quantificar as crianças menores de um ano de, expostas ao vírus HIV, assistidas pela rede pública de saúde de Palmas; avaliar o estado nutricional dessa população de crianças, caracterizar o tipo de aleitamento praticado nessa população de crianças e caracterizar a alimentação no primeiro ano de vida nessa população. Entre agosto de 2012 e julho de 2013 o público alvo foi abordado e estudado. Como principais resultados constatou-se que apenas 33,33% das crianças abordadas obtiveram de fato o acompanhamento nutricional, 100% das crianças acompanhadas apresentaram eutrofia em três parâmetros (Peso/, Comprimento/ e Perímetro cefálico/) dos quatro avaliados e 83,33% das crianças apresentaram magreza no peso em relação ao comprimento. Ao se estudar essa população, fica evidente uma característica marcante desse público, a falta de conhecimento e informação sobre a grav da situação de saúde em que se encontram. Com isso, fica clara a necess de implantação de estratégias que levem o máximo possível de informações às mães, a fim de promover saúde e melhorar a qual de vida de suas crianças. Palavras-chave: crianças; HIV; alimentação; aleitamento. INTRODUÇÃO A AIDS tem aumentado a mortal de crianças menores de cinco anos de, principalmente em áreas de alta prevalência, tanto por meio de infecção direta, quanto devido aos níveis reduzidos de cuidados que uma família que vive com HIV pode proporcionar. Parte deste aumento da morbimortal é resultante da infecção pelo HIV através da amamentação. Nesse sentido, são recomendações do Fundo das Nações Unidas para a Infância-UNICEF e da Organização Mundial de Saúde-OMS que se desenvolvam e se implementem, urgentemente, políticas públicas de
2 saúde, voltadas à alimentação de lactentes e crianças jovens, considerando-se a influência do HIV (WHO, 2003b). Tendo em vista que o risco de uma mãe portadora do vírus da imunodeficiência humana (HIV) transmitir o vírus para sua criança situa-se entre 7 a 22% e que esse risco se renova a cada mamada, o Ministério da Saúde contraindica o aleitamento materno, pois tal prática coloca em risco a saúde e a vida da criança, causando uma doença incurável, promotora de uma existência limitada, sofrida e/ou morte prematura (BRASIL, 200a). Assim torna-se dever do poder público assegurar à criança, com absoluta prior, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde e à alimentação, mediante a efetivação de políticas sociais públicas (BRASIL, 1990). Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) toda criança, nascida de mãe e/ou amamentada por mulher vivendo com HIV, é considerada criança exposta. No Tocantins, no período de 2007 a 2011, foram notificadas 120 crianças, sendo que dados parciais de 2012 apontam o registrado de mais 17 (SINANNET, 2012). Nesse sentido, atendendo a uma solicitação da Coordenação do Departamento de DST/AIDS, da Prefeitura Municipal de Palmas, esse trabalho foi iniciado, no intuito de posteriormente traçar estratégias de intervenção e apoio à alimentação adequada e segura. MATERIAL E MÉTODOS Tratou-se de um estudo descritivo, de coorte. Foram coletados dados e informações sobre a alimentação de crianças expostas ao vírus HIV da c de Palmas TO. A pesquisa teve como objetivo investigar as práticas da mãe, no que diz respeito ao aleitamento, bem como informações relevantes sobre a criança. Para avaliação antropométrica do público alvo da pesquisa, foram aferidas as medidas de peso e comprimento. A classificação do estado nutricional foi realizada a partir da adequação dos índices peso/, peso/comprimento e comprimento/ em relação às curvas de crescimento propostas pela OMS (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006) e valores críticos, em escore-z, adotados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN do Ministério da Saúde (BRASIL, 200b). Considerando a impossibil de mães vivendo com HIV/AIDS, amamentarem seus filhos, o núcleo Henfil fornece como alternativa alimentar, as fórmulas infantis artificiais Milupa 1 e 2, às crianças com até 1 ano de vida, sendo que o Milupa 1 é uma fórmula infantil para lactentes de
3 0 a 6 de, e o Milupa 2 uma fórmula de seguimento, ou seja, feita para crianças com superior a seis de. A amostra foi não-probabilística, obtida por conveniência, através de chamada nutricional e do atendimento nutricional ambulatorial, que foi oferecido no Henfil e divulgado junto aos profissionais e setores envolvidos na assistência de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (PVHA). RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante os de novembro e dezembro de 2012 foi realizada uma chamada nutricional inicial para todas as crianças que frequentavam o núcleo Henfil. Nesse período, foram abordadas 19 crianças com s entre 7 dias e 13 anos de vida. Nesse primeiro momento, foi detectado se o paciente era portador ou vivia exposto ao vírus HIV. Foram coletados dados de peso, altura/comprimento e perímetro cefálico. Entre os de janeiro e julho de 2013, os pacientes abordados na chamada nutricional inicial, aqueles identificados como expostos ao vírus HIV e aqueles novos casos identificados entre esses, receberam atendimento nutricional. Na primeira consulta nutricional eram aferidos alguns dados antropométricos das crianças: peso, comprimento e perímetro cefálico. A mãe ou responsável da criança fazia o relato do recordatório de 2 horas da criança, para que fosse feita a estimativa do quantitativo de calorias que a mesma estava ingerindo por dia. A Tabela 3 mostra a situação nutricional de todas as crianças menores de 1 ano expostas ao vírus HIV abordadas no estudo (n=6): Tabela 3: Diagnóstico nutricional das crianças, menores de 1 ano de vida, expostas ao vírus HIV: 1 2 Idade P/C P/I C/I PC/I 1 dias Magreza Peso para Comprimento para 1 mês e Magreza Peso para Comprimento para 11 dias 3 1 mês e 17 dias Peso para o comprimento Peso para Comprimento para Magreza Peso para Comprimento para 5 Magreza Peso para Comprimento para 6 9 Magreza Peso para Comprimento para
4 *P/C= peso/comprimento; P/I=peso/; C/I=comprimento/; PC/I=perímetro cefálico/ Todas as crianças recebiam aleitamento artificial. A maioria delas fazia uso do leite Milupa. Quadro 1: Comparativo entre as fórmulas Milupa 1 e 2 e o leite de vaca: Fonte: Monografia Milupa-Danone Baby Nutrition O quadro acima, que compara os leites Milupa com o leite de vaca, deixa claro que o leite Milupa traz mais benefícios à criança, dentre as vantagens, cita-se o seu menor teor proteico e a sua melhor relação caseína/proteínas do soro. CONCLUSÃO O que fica explícito, ao se estudar melhor essa população, é que uma característica marcante desse público é a falta de conhecimento e informações sobre a grav da situação de saúde em que se encontram. Com isso, fica clara a necess de implantação de estratégias que levem o máximo possível de informações às mães, a fim de promover saúde e melhorar a qual de vida de suas crianças. Um desafio foi a grande necess de se incentivarem pesquisas como essa, que tenham por objetivo avaliar as intervenções em saúde, propostas pelas ents governamentais, para que sejam realmente efetivas e eficazes nos objetivos de saúde a que se propõem. LITERATURA CITADA BRASIL. Lei nº 8069, de 13 de julho de Dispõe sobre o Estatuto da e do Adolescente BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição. Vigilância alimentar e nutricional - SISVAN: orientações básicas para a coleta, processamento,
5 análise de dados e informação em serviços de saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 200b. 120 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Curso básico de vigilância epidemiológica em sífilis congênita, sífilis em gestante, infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, (Série A. Normas e Manuais Técnicos). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia prático de preparo de alimentos para crianças menores de 12, que não podem ser amamentadas. Brasília, DF, 200a. GRUPO DANONE. Monografia do leite Milupa. 20 p. Grupo Danone Baby Nutrition. SESAU. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO TOCANTINS. Diretoria Geral de Vigilância e Proteção à Saúde. Coordenação de DST/aids e hepatites virais. Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado do Tocantins. Casos de Aids em adultos, diagnosticados em residentes no Tocantins, de 2007 a Disponível em: < Acesso em 0 de fevereiro de WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for decision-makers A guide for health care managers and supervisors. WHO, 2003b. 75p. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Multicentre Growth Reference Study Group. WHO Child Growth Standards: Length/height-for--age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age: Methods and development. Geneva: World Health Organization; AGRADECIMENTOS Agradeço à Univers Federal do Tocantins e também ao CNPQ, que financiou a pesquisa. O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil.
3. Material e Métodos
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