OFÍCIO CIRCULAR Nº. 1/2018
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- Raul Dreer Schmidt
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1 S. R. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ OFÍCIO CIRCULAR Nº. 1/2018 Assunto: ÉPOCA BALNEAR DE 2018 FUNCIONAMENTO DAS ZONAS DE APOIO BALNEAR Referência: Consultar referências em Anexo J Aos CONCESSIONÁRIOS DAS PRAIAS DO CONCELHO DE CANTANHEDE CONCESSIONÁRIOS DAS PRAIAS DO CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ CONCESSIONÁRIOS DAS PRAIAS DO CONCELHO DE POMBAL CONCESSIONÁRIOS DAS PRAIAS DO CONCELHO DE LEIRIA Para conhecimento: CÂMARA MUNICIPAL DE CANTANHEDE CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ CÂMARA MUNICIPAL DE POMBAL CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE I.P. ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ S.A. SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE CANTANHEDE SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE FIGUEIRA DA FOZ SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE POMBAL SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE LEIRIA COMANDO LOCAL DA POLICIA MARÍTIMA DA FIGUEIRA DA FOZ No exercício das competências que estão conferidas ao Capitão de Porto pelo Decreto-Lei n.º 44/2002, de 2 de março, alterado pelos Decreto-Lei n.º 235/2012, de 31 de outubro e 121/2014, de 7 agosto, na qualidade de Autoridade Marítima Local, tendo em vista a preparação da época balnear de 2018 e a salvaguarda da segurança dos banhistas, associada à garantia da prestação de um bom serviço pelos concessionários, perspetivando ainda a promoção da harmonia das praias, estratégicas em termos ambientais e turísticos, são estabelecidas através do presente documento as orientações gerais de tramitação de 1
2 licenciamento e funcionamento das zonas de apoio balnear (ZAB), sob jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz, dos Concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Pombal e Leiria. 1. ÉPOCA BALNEAR DE 2018 A determinação do calendário da época balnear e a identificação das águas balneares e a duração da época balnear para 2018 foram fixadas Portaria n.º 118-A/2018, de 2 de maio, nos termos do número 5., do Artigo 4.º, e do número 4., do Artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 135/2009, de 3 de junho, alterado pelo Decreto-lei n.º 113/2012, de 23 de maio e pelo Decreto-lei n.º 121/2014, de 7 de agosto, nas praias dos Concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Pombal e Leiria. 2. ASSISTÊNCIA A BANHISTAS a. A assistência a banhistas é diária e permanente no período compreendido entre as 09:30 e as 19:30 horas durante toda a época balnear de b. Nos termos dos números 1., 2. e 3., do Artigo 30.º do Lei n.º 68/2014, de 29 de agosto, conjugados com os números 1., 2., 3. e 4., do Artigo 22.º da Portaria n.º 311/2015, de 28 de setembro, para assegurar a vigilância e o socorro necessários durante o horário estabelecido para as praias devem existir dois nadadores-salvadores profissionais por frente de praia, e um posto de praia por cada 100 metros de frente de praia. c. Nos casos em que a frente de praia tem uma extensão igual ou superior a 100 metros, é obrigatório manter um nadador-salvador profissional por cada 50 metros. d. Durante o período de almoço, definido entre as 11:30 e as 13:30 horas, é obrigatória a presença de um nadador-salvador por cada 100 metros de frente de praia. e. Através de Planos Integrados de Salvamento (PIS), pode ser alterado o quantitativo de nadadores-salvadores mencionado em 2.b., 2.c. e 2.d., em conformidade com o disposto no número 4., do Artigo 30.º da Lei n.º 68/2014, de 29 de agosto, conjugado com o número 5., do Artigo 22.º da Portaria n.º 311/2015, de 28 de setembro. f. Entende -se por Plano Integrado, em espaços destinados a banhistas, o dispositivo de segurança a ser assegurado por nadadores-salvadores de forma integrada e em coordenação com meios complementares de salvamento em contexto do socorro a náufragos e da assistência a banhistas, podendo classificar-se da seguinte forma: 1) Plano Integrado de Salvamento (PIS), responsável pela garantia da assistência a banhistas e socorro a náufragos numa Zona de Apoio Balnear (ZAB), 2
3 constituída por várias unidades balneares (UB) descontínuas, ou seja, separadas por áreas não concessionadas; 2) Plano Integrado de Assistência a Banhistas (PIAB), responsável pela garantia da assistência a banhistas e socorro a náufragos numa Zona de Apoio Balnear (ZAB), constituída por várias unidades balneares (UB) contínuas. g. Os critérios gerais para a elaboração dos Planos Integrados de Salvamento foram definidos pelo Despacho n.º 7/2016, de 4 de março, do Diretor-Geral da Autoridade Marítima. h. A elaboração dos PIS pode ser proposta pelas câmaras municipais, concessionários, associações de nadadores-salvadores ou pessoas coletivas que tenham como objeto de atividade o salvamento, socorro a náufragos ou a assistência aos banhistas à Capitania do Porto da Figueira da Foz. i. A elaboração de Planos Integrados de Salvamento (PIS) e Planos Integrados de Assistência A Banhistas (PIAB) está dependente de parecer vinculativo do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), pelo que as propostas que visem a sua implementação, devem ser entregues na Capitania do Porto da Figueira da Foz até 5 de junho de 2018 (Anexo A). j. O material e equipamentos para prestação de informação, vigilância, socorro e salvamento devem ser instalados em local visível, reconhecível pelos banhistas e em permanência durante toda a época balnear bem como de fácil acesso pelos nadadores-salvadores. 3. POSTOS DE PRAIA a. O posto de praia é colocado no local que melhor permita a visualização, vigilância e acesso à zona de banhos, sempre que possível a meio da frente da praia. b. O posto de praia é obrigatório, sendo constituído pelos materiais e equipamentos, homologados pelo ISN, que se encontram descritos e representados graficamente no anexo B do presente ofício circular. c. O material correspondente ao posto de praia e equipamento para os nadadoressalvadores é vendido em locais autorizados, encontrando-se esta informação disponível no sítio do ISN na internet: 4. MATERIAL COMPLEMENTAR DE VIGILÂNCIA, SOCORRO E SALVAMENTO 3
4 a. A existir, a pedido das câmaras municipais, concessionários, associações de nadadores-salvadores ou pessoas coletivas que tenha como objeto de atividade o salvamento, o socorro a náufragos ou a assistência aos banhistas, o material complementar de vigilância, socorro e salvamento é adstrito às ZAB, após licenciamento da Capitania do Porto da Figueira da Foz, de acordo com instruções técnicas do ISN. b. Os materiais complementares de vigilância e de prestação de salvamento, socorro a náufragos e assistência a banhistas encontram-se definidos no Decreto Regulamentar n.º 16/2008, de 26 de agosto. 5. SINALIZAÇÃO E DELIMITAÇÕES DA ZONA DE APOIO BALNEAR a. Nos termos do Artigo 10.º e número 7. do Artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 311/2015, de 28 de setembro nos espaços do domínio público hídrico sob jurisdição marítima a aquisição dos materiais, equipamentos, sinalética e sua colocação, destinada à informação, vigilância e prestação de salvamento, socorro a náufragos e assistência a banhistas é da responsabilidade do concessionário da respetiva unidade balnear (UB). b. As ZAB são sinalizadas e delimitadas com as seguintes placas sinalizadoras: 1) Praia Concessionada (duas); 2) Praia Vigiada (duas); 3) Zona de Chapéu-de-sol (duas). c. As placas anteriormente utilizadas para a demarcação de Zona de Banhos devem ser substituídas este ano, de forma obrigatória, pela colocação de Bandeirolas de área de banhos. d. As bandeirolas destinam-se a ser utilizadas no ordenamento de Planos Integrados de Salvamento (PIS) e Planos Integrados de Assistência a Banhistas (PIAB), e nas frentes de praia vigiadas, indicando a zona mais segura para banho. e. Conforme os locais, ou face a circunstâncias adversas, as ZAB deverão também ser sinalizadas e delimitadas com duas placas sinalizadoras indicadoras de Zona Perigosa e/ou Praia não Vigiada. f. A sinalização da ZAB deverá ser complementada com placas sinalizadoras indicadoras de Proibição em Praias e Riscos em Praias. 4
5 g. As especificações e representação gráfica da sinalética, homologadas pelo ISN, encontram-se no anexo C do presente ofício. 6. COMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA E INFORMAÇÃO AOS UTENTES a. As ZAB devem dispor de um sistema de comunicações de emergência (telefone móvel) e de um painel informativo de apoio ao público para afixação das licenças e autorizações, bem como de informação de carácter oficial. b. Nas praias galardoadas com Bandeira Azul, sendo imperativo observar os critérios estabelecidos de divulgação de informação, os painéis informativos deverão ter a dimensão necessária e adequada ao cumprimento do critério aplicável. 7. PUBLICIDADE Não são admissíveis sistemas de informação publicitária, tais como toldos, chapéus de praia e cadeiras, com exceção de placares integrados nas fachadas, ou ainda sistemas amovíveis ligeiros, como faixas, bandeiras, etc., excetuando os casos que tenham sido previamente licenciados pela respetiva autarquia. 8. RUÍDO a. Não podem ser utilizados quaisquer equipamentos sonoros ou atividades geradoras de ruído, fora dos parâmetros legalmente admissíveis e em contradição com o estabelecido no Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 18/2007, de 14 de março, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 278/2007, de 1 de agosto. b. A existir música gravada, rádio ou televisão com difusão pública, os apoios de praia devem possuir licenciamento da Sociedade Portuguesa de Autores e da PassMúsica, nos termos previstos no Código dos Direitos de Autor e dos Direitos Conexos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63/85, de 17 de setembro, na redação dada pelas Lei n.º 45/85, de 17 de setembro e n.º 114/91, de 3 de setembro, pelos Decreto- Lei n.º 332/97, 27 de novembro e n.º 334/97, de 27 de novembro, e pelas Lei n.º 50/2004, de 24 de agosto e alterado e republicado pela Lei n.º 16/2008, de 1 de abril. 9. MONTAGEM DE TOLDOS, BARRACAS E CHAPÉUS-DE-SOL a. Os panos dos toldos e barracas devem ser uniformes para cada concessão não sendo autorizados panos que se encontrem remendados com tecido que não o padrão inicial ou aqueles que não observem o mínimo de qualidade e limpeza. 5
6 b. O comprimento e a largura das barracas devem estar compreendidos entre 1,50 e 1,80 metros, respetivamente. c. Serão colocadas preferencialmente em filas (sentido E-W) com abertura para Sul, ou outra mais adequada para a respetiva praia, devendo estar separadas para que o seu afastamento não seja superior a 10 metros. d. Preferencialmente as filas devem ser numeradas e pintadas nas placas de cor branca e com os números em vermelho. e. Deve ser afixado em local visível informação que contemple a indicação do número de filas e de barracas atribuídas à concessão. f. A área útil de praia incluída na área concessionada, destinada a toldos e barracas, é definida na sequência de requerimento apropriado e através de auto de delimitação, observando-se o que sobre a matéria se encontra legislado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Ovar-Marinha Grande, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/2000, de 20 de outubro. 10. PROCESSO DOCUMENTAL E VISTORIA DE ABERTURA a. Os requerimentos para o licenciamento de apoios balneares (AB) e apoios de praia recreativos (APR) devem dar entrada na Capitania do Porto da Figueira da Foz até 5 de junho de 2018, de forma a serem analisados para subsequente despacho, devendo ser utilizado o modelo de requerimento em Anexo D; b. As inspeções aos apoios balneares (AB) e apoios de praia recreativos (APR) serão efetuadas, antes da abertura da época balnear prevista para cada concelho, devendo os interessados proceder à respectiva marcação com uma antecedência mínima de 10 dias úteis em relação à data estipulada na Portaria que define o início da época balnear; c. Os concessionários ou entidade contratante devem remeter à Capitania do Porto da Figueira da Foz e ao ISN, cópia dos contratos no prazo de 15 dias a partir da data da sua celebração, no respeito pelo enquadramento legal laboral vigente. d. No ato da vistoria às ZAB, a Comissão de Vistorias da Capitania do Porto da Figueira da Foz verifica os seguintes aspetos: 1) A conformidade dos apoios balneares (AB) e dos apoios de praia recreativos (APR); 6
7 2) Todos os materiais e equipamentos que constituem o posto de praia, assim como o uniforme dos nadadores-salvadores, nos termos fixados na legislação em vigor; 3) A demarcação das ZAB e o estado das placas de sinalização; 4) As passadeiras de acesso; 5) A existência de contratos com os nadadores-salvadores e a apólice de seguro profissional; 6) A limpeza da praia e a quantidade de recipientes de lixo; 7) O estado e montagem dos toldos, barracas e chapéus-de-sol; 8) As comunicações de emergência; 9) O local preparado para a afixação do Edital de Praia e outras informações de interesse para os utentes em local apropriado e visível à entrada da ZAB; 10) Restante documentação exigível; 11) O registo da lista de pessoal que irá exercer funções na praia, com indicação de nome, morada, telefone e números do bilhete de identidade/cartão de cidadão, de identificação fiscal e do cartão de identificação dos nadadoressalvadores devidamente atualizados. e. O incumprimento dos preceitos previstos na alínea anterior, pode implicar a reprovação da vistoria e o impedimento de abertura da praia, até que sejam repostas as faltas e corrigidas as deficiências apontadas, sem prejuízo de eventual responsabilidade contraordenacional que possa vir a ser imputada aos titulares de licença (por incumprimento dos requisitos gerais e condições específicas previstas no respetivo título de utilização ou contrato de concessão). 7
8 11. DISPOSIÇÕES FINAIS a. As situações que careçam de especificações relativas ao exercício da atividade balnear pelas entidades autorizadas e outras situações respeitantes a mecanismos de gestão balnear que devam ser do conhecimento público das entidades e dos utentes, são estabelecidas por edital da Capitania do Porto da Figueira da Foz podendo o mesmo ainda incluir determinações respeitantes a mecanismos e dispositivos de segurança. b. É cometida aos Titulares das Licenças de Utilização dos Recursos Hídricos para Ocupação do Domínio Público Marítimo concessionários a responsabilidade de, no prazo de 24 horas, entregar por mão própria ou remeter à Capitania do Porto da Figueira da Foz o relatório de acidentes ocorridos na sua concessão, conforme modelo em Anexo E, podendo ser utilizado para o efeito o Fax n.º o endereço de correio eletrónico: capitania.ffoz@amn.pt ; c. Em caso de acidente ou alteração da ordem pública, sem prejuízo do contacto imediato para o Número Nacional de Emergência 112 deve ser contactado o Piquete da Polícia Marítima da Figueira da Foz através dos números de telefone e ou telemóvel / , a fim de, sem demora, serem acionados os meios de emergência adequados. Com os meus melhores cumprimentos, Capitania do Porto da Figueira da Foz, em 30 de maio de 2018 O Capitão do Porto, (ORIGINAL ASSINADO E ARQUIVADO NA CAPITANIA DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ) Humberto Renato da Silva Rocha Capitão-de-fragata 1
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