Quem são os médicos especialistas no Brasil?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Quem são os médicos especialistas no Brasil?"

Transcrição

1 Quem são os médicos especialistas no Brasil? Eliane dos Santos de Oliveira 1 Luiz Felipe Pinto 2 Junho Mestre em Saúde Pública. Pesquisadora Colaboradora do Núcleo de Recursos Humanos em Saúde NERHUS/DAPS/ENSP/Fiocruz. (oliveira@ensp.fiocruz.br) 2 Mestre em Saúde Pública. Pesquisador-Visitante (Fiocruz/Faperj) (felipe@ensp.fiocruz.br)

2 2 Resumo A tendência à superespecialização dos médicos como forma de garantir e aumentar a eficiência produtiva, não é um fato isolado: estende-se por toda a sociedade moderna. Pode-se dizer que a dinâmica do próprio mundo do trabalho e a necessidade dos médicos em adquirir maior competência num determinado campo de atuação foram as determinantes deste processo. Como já demonstrada por vários autores, a intensa especialização dos médicos no Brasil, está levando a uma maior divisão técnica do trabalho e com isso a incorporação na equipe de saúde de novos profissionais até então alheios ao setor. Portanto, os objetivos desse estudo é demonstrar através de dados oriundos da pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, as novas tendências do mercado dos médicos especialistas, baseando-se em variáveis como: perfil demográfico, setor de atuação, número de atividades na Medicina, renda mensal declarada, atividade em plantão e as novas subespecialidades no mercado. O propósito é conhecer a situação atual do processo de especialização e suas alterações, assim como, comparar as especialidades que mais crescem, e qual o setor que elas estão sendo absorvidas (consultório, setor público, setor privado) a fim de que se identifique padrões de especialistas, pelas grandes regiões e estados brasileiros e, com isso se possa propor alternativas de políticas regulatórias. Palavras-chave: especialização médica, mercado de trabalho médico, profissão médica Abstract: The trend to a high level of medical specialization as a way to garantee and increase the productivity eficiency is not na isolated fact: it extends to all modern society. The dynamics of the labour world itself and doctor need to acquire more competence on a specific labour field were the determinants of this process. As it was demonstrated by several authors, the intense specialization of physicians in Brazil is getting to a high technical division of work and so incorporating to the health team new professionals even then strange to the sector. So, the goals of this paper is to demonstrate from the data generated by the Physician Profile in Brazil Research (Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil), new market trends of specialists physicians, using variables such as: demographic profile, labour place, number of activities in medicine, professional earnings, night shift activity and new underspecialties in the labour market The purpose is to discuss the current situation of specialization process and its changes in the same that to compare the specialties that are increasing and in which sector they are being absorbed (physician s office, public and private sector) in order to identify specialty trends by regions and states of Brazil and, with this, propose alternative regulatorian politics. Keywords: medical specialization, medical labour market, medical profesion

3 3 Introdução No Brasil, desde o princípio da década de 60, o aumento do número de profissionais em saúde, em especial, dos médicos, vem sendo proposto como solução parcial para a melhoria dos serviços e do atendimento do sistema de saúde. Diversos relatórios desenvolvidos por órgãos nacionais e internacionais - como a Carta de Punta del Este [1961] e os Anais da 3ª Reunião Especial de Ministros de Saúde das Américas [1972] em termos internacionais, e a 4ª Conferência Nacional de Saúde [agosto de 1967] e a IX Reunião Anual da Associação Brasileira de Escolas Médicas [setembro de 1971], em termos nacionais - denunciavam a existência de desigualdades nas relações médicos/habitantes em todo o território brasileiro (Médici, 1987). Nos anos 70 já havia cerca de médicos distribuídos principalmente na região sudeste (63,6%), nordeste (17,6%) e sul do país (15,6%). De forma residual apareciam profissionais no centro-oeste (2,5%) e norte (0,7%). Transcorridos dez anos, observa-se um incremento bruto do número de profissionais em atividade na ordem de 125%, passando o Brasil a ter cerca de médicos. Curioso é notar que houve um ligeiro movimento de desconcentração regional, particularmente na região sudeste, que teve sua participação reduzida de 63,6% do total de médicos brasileiros em 1970, para 52,0% em Mesmo com um menor crescimento de médicos observado nesta região, ela continua sendo o principal pólo formador de profissionais tanto da área médica como de outras áreas da saúde, exportando-os parcialmente para outras regiões do país Tendo em vista que das 90 escolas médicas existentes hoje no país, a metade localiza-se nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais. (Machado et alii, 1992:67). Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, em 1994 já possuía cerca de médicos. O crescimento observado, em particular, nos anos setenta, com o boom das escolas médicas, não foi acompanhado na mesma proporção por uma melhoria de atendimento de saúde. A concentração de 78% dos médicos em grandes centros urbanos,(como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco) tem sido apontado como o mais importante motivo para a falta de acessibilidade aos serviços médicos nas demais Unidades da Federação do país. 3. Diversas são as teses que tentam explicar o processo de especialização na medicina. A primeira relaciona-se com a moderna complexidade gerada pelo

4 4 desenvolvimento tecnológico que ampliou o campo de conhecimento das ciências médicas, criando um paradoxo na profissão, no que tange à incapacidade dos profissionais de exercê-la em sua plenitude. No caso brasileiro, uma segunda explicação foi o incentivo dado pelo setor privado na década 70, formando segmentos específicos para o mercado de trabalho em algumas especialidades. Este fato forçou o rebaixamento dos salários pela sobreoferta de médicos nas grandes cidades, e a facilidade de se acumular empregos públicos e privados com a atividade. (Médici, 1987). Para este autor a multiplicidade de empregos não foi propriamente uma estratégia de sobrevivência no mercado, apesar de ter contribuído para a queda dos salários médicos. Um dos pontos mais negativos, é que o processo de especialização não atendeu às necessidades essenciais da população menos favorecidas. A terceira explicação diz respeito ao papel que a Previdência Social teve no direcionamento das políticas setoriais nas últimas décadas, tanto no financiamento, como na questão da compra e execução das ações de saúde. Contribuindo também no relevante ordenamento de recursos humanos para a saúde, sobretudo no processo de especialização médica. (Varella, 1996) No nosso entender, o uso crescente do aparato cientifico e tecnológico tem influenciado intensamente no processo de especialização, no mundo como um todo, proporcionando uma maior expectativa de vida e, trazendo consequentemente sérias implicações nos custos de assistência médica hospitalar. Desta forma, o alto custo do modelo da medicina atual, superespecializada é cada vez mais questionado, tanto em relação ao seu poder de resolutividade, quanto a sua eficácia frente aos contrastes sociais e regionais. Reconhece-se no setor saúde a especialização precoce dos recém-formados, exigida pelo próprio mercado de trabalho, que se orienta para o uso direto da tecnologia, contrastando com uma enorme parcela de milhões de brasileiros, que não tem sequer acesso aos serviços básicos de saúde. A própria categoria não consegue dar conta de reverter esta situação, conforme depoimento de um médico: Estamos nos tornando cada vez mais operadores de máquinas (...) 3 Ver: Oliveira, J. S. et alii, Mudanças no perfil do mercado de trabalho e rendimento no Brasil. In: Indicadores sociais: uma análise da década de Rio de Janeiro, IBGE, 1995

5 5 nos sentimos culpados em não atender as ansiedades e necessidade da população (...) (médico ortopedista, 42 anos, MT) Para Médici (1987), a especialização foi um mecanismo criado para permitir a expansão mercado de trabalho médico e assegurar o status quo da categoria. No entanto, ainda segundo este autor, a especialização pode ser encarada como uma situação de complementariedade e dependência entre os profissionais, como uma forma de preservar os nichos profissionais e consequentemente a autonomia profissional. O médico que detinha conhecimento do indivíduo como um todo, passou a dividi-lo com outros profissionais, tratando apenas de parte específica, reduzindo a sua noção de totalidade, tanto do objeto de seu trabalho, o paciente, quanto do produto de seu trabalho, afastando-se da relação direta com o paciente. Sendo assim, o objetivo central do presente artigo é descrever algumas das principais mudanças ocorridas no mercado de trabalho dos médicos especialistas no Brasil ao longo da década de 90, utilizando as especialidades de atuação declaradas observadas através da Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil Médicos especialistas no Brasil 1.1. A Residência Médica Ser um médico especialista em nosso país, não há necessidade da aquisição de um conhecimento especializado homogêneo ou pelo menos uniforme, nas diversas instituições que oferecem este tipo de ensino. A especialização médica pode ser obtida por várias modalidades, desde o simples exame de ordem realizado pelas sociedades de especialistas, até as residências médicas em tempo integral, por um período não inferior a dois anos. 4 Para maiores detalhes, ver Machado et alii. Perfil dos Médicos no Brasil. Relatório Final (Médicos em Números). 28 volumes. Vol. I. Brasil e Grandes Regiões. Rio de Janeiro: Fiocruz/CFM/MS-PNUD, 1996, e também, Machado et alii. Médicos no Brasil: um retrato da realidade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997 e a home page da Pesquisa em:

6 6 Sabe-se também que existe um contingente expressivo de médicos que atuam no mercado como especialistas, sem no entanto possuírem uma especialidade formal 5. Pelos dados da Pesquisa, Perfil dos Médicos no Brasil, a residência médica apresenta-se como a principal modalidade de formação de médicos especialistas em nosso país. Cerca de 75% dos profissionais fizeram algum programa de residência no Brasil (com destaque para as regiões sudeste e sul); 40,7% tem curso de especialização; 7,7% tem mestrado e 3,7% tem doutorado. Curioso é observar algumas características dos profissionais que cursaram mais de um programa de residência. Conforme assinalam Machado & Pinto (1996:4), quando o médico faz uma segunda ou terceira residência, estas geralmente são em especialidades cirúrgicas especializadas (...) Ou então em áreas especializadas do ramo da clínica médica. Pode-se dizer que esta superespecialização é um reflexo das políticas adotadas pelo governo de incentivo à residência médica, maior formadora de mão-de-obra especializada no Brasil, segundo dados da Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Residência Médica para a década de 80. (Machado et alii, 1995) Distribuição dos especialistas Os especialistas somam médicos no país e estão localizados em sua maioria no sudeste (58,8%), seguido do nordeste (16,0%), sul (15,4%), centro-oeste (6,8%) e norte (3,1%). Nas capitais do país vivem cerca de 66% do total de profissionais em atividade. 5 Em 1992, foi realizada uma pesquisa com o apoio do CGDRH/Ministério da Saúde, que revelou um quadro de baixo controle e regulação do exercício profissional pelas instituições e entidades: Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ministério do Trabalho, INAMPS, IBGE, CAPES, CNPq, Conselho Federal de Medicina, Cadastros RAIS/MTb, FUNDAP, Associação Médica Brasileira, Sociedades de Especialistas (nacionais e regionais), Associações, Sindicatos e Conselhos Regionais de Medicina, Academia Nacional de Medicina, Comissão Nacional de Residência Médica e Associação Nacional dos Médicos Residentes. (Machado et alii, 1995)

7 7 Mesmo havendo sessenta e quatro especialidades médicas 6, cerca de 39% dos médicos estão atuando em especialidades básicas: pediatria (13,5%), gineco-obstetrícia 7 (11,8%); medicina interna (8,0%) e cirurgia geral (5,5%). Constituem áreas matrizes na profissão médica, fundamentais para qualquer estrutura de assistência à população. Além disso, são especialidades mais flexíveis para um mercado cada vez mais competitivo, especialmente porque estamos falando de jovens médicos que não podem e não têm ainda uma efetiva definição do que, onde e como exercerão a atividade profissional. Acompanhando este progresso, além das especialidades consideradas como básicas pelo Ministério da Saúde que mantém uma elevada participação desde a década de 40; existem outras ditas modernas como a genética clínica e a medicina de tráfego, que aparecem principalmente na região sudeste; as alternativas, como a homeopatia e a acupuntura, esta última recentemente incorporada ao conjunto de especialidades médicas; e as que atuam com a tecnologia de ponta, como neurofisiologia clínica e cirurgia cardiovascular, que completam o leque de diversidade existente e, retratam o complexo e intenso processo de especialização médica desencadeado no Brasil. Há outras que formam nichos próprios não reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, consideradas como subespecialidades, como: ultra-sonografia, medicina ortomolecular, cirurgia experimental, videoendoscopia e neonatologia, dentre outras, mencionadas pelos médicos. Algumas especialidades estão localizadas basicamente nas áreas urbanas da região sudeste, detendo quase a totalidade dos médicos, como: medicina esportiva (97,7%), medicina do tráfego (89,8%), tisiologia (88,8%), genética clínica ( 87,1%), homeopatia (78,4%), cirurgia de mão (74,6%); fisiatria (74,3%); neurocirurgia (73,5%); cirurgia de cabeça e pescoço (73,2%); hemoterapia (72,4%); terapia intensiva (72,0%); broncoesofagologia (71,7%); cirurgia cardiovascular (71,2%); e neurologia (71,1%). 6 Existem hoje sessenta e cinco especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina. Ressalta-se que na época da realização da pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, a Acupuntura ainda não era reconhecida como especialidade médica. 7 Apesar das especialidades de Ginecologia e Obstetrícia serem reconhecidas separadamente pelo Conselho Federal de Medicina, optou-se por analisar os dados referentes às duas especialidades conjuntamente. Isto porque elas se complementam e, ainda pelo fato de que a maioria dos médicos entrevistados na Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil declarar as duas como uma única especialidade por eles desempenhada.

8 8 Podemos citar ainda outras especialidades que apresentam discrepâncias regionais, como as que agregam mais de 80% nas duas maiores regiões (nordeste e sudeste), de que são exemplos a administração hospitalar, a angiologia e a mastologia. Não há, como se poderia imaginar, uma distribuição homogênea ou regular na escolha de especialidades pelos médicos. Os dados sugerem a existência de um processo bastante desigual, uma estrutura típica de sazonalidade, configurando a opção de gerações de médicos por determinadas especialidades, isto é, os médicos nas diversas faixas etárias escolhem suas especialidades seguindo uma tendência do mercado de sua época, levando em consideração alguns aspectos 8, que podem ser identificados facilmente como: a) decorrentes das transformações epidemiológicas observadas no país; b) decorrentes do modelo de assistência médico-sanitária implantado; c) secundária à incorporação tecnológica observada na medicina e da atração efetiva que ela exerce sobre os profissionais; d)oriundas da organização político-ideológica das diversas especialidades frente às questões de ordem médica. Esta tendência corrobora com a tese dos médicos como filhos de seu tempo, sem lugar para romantismos ou idealizações teóricas. 2. Características sócio-demográficas 2.1. O aumento da participação feminina na profissão Hoje, embora a profissão ainda seja marcadamente masculina (67,3%), o processo de feminização vem ocorrendo de forma gradual na maioria dos estados da região nordeste (41,1%), além dos estados do Pará (38,6%), Rio de Janeiro (38,1%) e Distrito Federal (37,2%). Em termos absolutos, tanto homens como mulheres aparecem com maior freqüência em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. As mulheres com menos de 45 anos já representam 41% do total de profissionais desta faixa etária do país. A série temporal com o ano de formado dos médicos por gênero explicita melhor o fenômeno de feminização e sugere que dentro de pouco tempo, 8 A distribuição das especialidades segundo faixa etária - excluídas as especialidades básicas - seguem um modelo que nos aventuramos a propor como inovador, requerendo alguns cuidados metodológicos e, em especial, precauções para a análise, pois ao se considerar as especialidades com pouca freqüência de médicos, o erro estatístico relativo às estimativas desejadas poderá ser elevado.

9 9 provavelmente 20 anos, seja atingida a mesma proporção entre homens e mulheres em todas as faixas etárias. Nas capitais do país, este fenômeno já era visível no final da década de 70, enquanto que nos municípios que compõem o interior, somente no final da década de 80, a participação de mulheres graduadas na profissão se equiparou a de homens. (GRÁFICOS 1 e 2). Excluindo-se as especialidades básicas, praticadas por todas as gerações de médicos, as profissionais mais jovens (com menos de 40 anos) atuam com mais freqüência em cardiologia, anestesiologia, ortopedia/traumatologia, oftalmologia e radiologia. As médicas com 60 anos ou mais têm importante participação nas especialidades de anestesiologia, medicina geral comunitária, cirurgia plástica, patologia e cardiologia. GRÁFICO 1 MÉDICOS DISTRIBUIDOS POR ANO DE FORMADO SEGUNDO GÊNERO - BRASIL CAPITAIS ( % ) Homens Mulheres Ano de formado Fonte: Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil. Fiocruz/CFM.

10 10 GRÁFICO 2 MÉDICOS DISTRIBUIDOS POR ANO DE FORMADO SEGUNDO GÊNERO - BRASIL INTERIORES ( % ) Homens Mulheres Ano de formado Fonte: Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil. Fiocruz/CFM Uma profissão feita por jovens Considerando-se a idade média de entrada no mundo do trabalho de 28 anos (em geral após a conclusão de um programa de residência), observa-se que 47% dos médicos tem menos de 40 anos de idade. A jovialidade é maior nas regiões sudeste e sul, com ênfase nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Por outro lado, dos profissionais que vivem na região norte, apenas 39,5% tem menos de 40 anos, indicando ser este um local onde os médicos graduam-se com uma idade mais avançada. Os médicos com 60 anos ou mais vivem principalmente no Rio de Janeiro (16,5%), Pará (11,4%), Pernambuco (10,5%) e São Paulo (8,8%), Paraná (8,7%) e Distrito Federal (7,2%).

11 Médicos urbanos A questão da localização do médicos nos grandes centros urbanos já é fato notório, desde há algum tempo. Já em 1975, Gentile de Mello, denunciava que não existiam políticas atrativas para os médicos se fixarem no interior do país. Falta de condições de trabalho adequadas, mercado limitado, infra estrutura e capacidade instalada reduzidas constituem alguns fatores que impedem que os médicos migrem para outros locais. O sudeste e o sul, juntos, respondem por cerca de 65% dos médicos brasileiros, enquanto que o norte e o centro-oeste somam apenas 12%. Esta situação retrata e aprofunda as desigualdades de acesso e de toda a esfera da vida sócioeconômica da população brasileira. Medicina esportiva, medicina de tráfego, neurofisiologia, sexologia, medicina nuclear, hansenologia e radioterapia são algumas das especialidades onde quase a totalidade de seus praticantes se concentram nas capitais do país. Machado et alii (1997) mostraram que as escolas médicas localizadas no interior do Brasil vem atuando no sentido de fixar o profissional neste local, com uma política de interiorização e melhor distribuição espacial dos médicos, ainda que estes residam nos municípios localizados ao redor destas faculdades de medicina. No entanto, sabemos o quanto é difícil os médicos viverem sem os atrativos das grandes metrópoles Médicos migrantes Em recente estudo sobre deslocamentos populacionais no estado de São Paulo, tendo como perspectivas as dimensões demográficas e socioeconômicas daqueles que migram, Patarra (1997:14) afirma que (...) a dinâmica econômico-regional propiciou, na rota das migrações intra-regionais, a inserção das cidades de porte intermediário e de pequeno porte, [além disso, os] indicadores de qualidade de vida, transformaram-se em um dos elementos considerados na decisão de migrar. Com dados dessa mesma pesquisa, Antico (1997), ao comentar as razões pelas quais as pessoas decidem migrar, registra como principal fator os motivos profissionais. Apresentamos aqui, a migração médica em suas três dimensões distintas (FIGURA 1), que às vezes se fundem, ou seja, o mesmo profissional, pode ter participação simultânea nos três fenômenos migratórios descritos a seguir:

12 12 (1) migração natural ou familiar, com um volume de 26,9% do total de médicos em atividade no País; (2) migração por motivo de formação profissional (a qual denominamos migração de formação 9 ), com um contingente de 25,7% dos profissionais; (3) migração por melhores condições de trabalho ou migração profissional, que engloba 24,4% do total de médicos brasileiros. FIGURA 1: DELIMITAÇÃO DOS TIPOS DE MIGRAÇÃO LOCAL (unidade da federação) Naturalidade (1) (26,9%) (25,7%) Formação Básica (7,2%) Especialização (2) (3) (3) (17,2%) Mercado de serviços médicos Obs.: Os tipos de migração apresentados correspondem aos fluxos: (1) migração natural; (2) migração de formação; (3) migração profissional, definidos a partir da mobilidade geográfica entre unidades da federação diferentes, abrangendo a mudança do local de moradia, ainda que às vezes esta se apresente de forma temporária. Portanto, cerca de um em cada quatro médicos brasileiros em atividade participaram em algum momento de suas vidas de pelo menos um dos fenômenos migratórios descritos anteriormente. 9 Para maiores detalhes a respeito deste tipo de migração, ver PINTO, L,F. Médicos e migração: a Residência em foco. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. RJ,ENSP/Fiocruz, 1999.

13 Um negócio em família Possuir algum parente médico é outra característica marcante entre os profissionais de ambos os gêneros e de todas as faixas etárias 10. Nas capitais do país, essa característica é típica da metade dos médicos, enquanto que nos municípios que compõem o interior, 44,6% afirmaram ter algum familiar na área médica (avós, pais, filhos, irmãos, tios, primos, sobrinhos ou netos), não havendo diferenças significativas entre as regiões do Brasil 11. Dentre aqueles com parentes médicos, a maioria são primos (30,1%), seguidos por irmãos (27,5%), tios (13,1%), pais (10,4%), filhos (6,5%), sobrinhos (4,6%), avós (2,0%) e netos (0,3%). Ao longo das décadas de 1940 a 1990, observa-se também um crescimento da proporção de profissionais cujos pais são médicos bem como o número de avós médicos, ainda que mais timidamente 12. O número de irmãos médicos evoluiu ao longo das décadas consideradas, tendo estacionado na faixa dos 25% para os profissionais graduados na década de 90. Dentre estes recém-formados, a participação daqueles com primos médicos já é da ordem de 30% para as capitais e 40% para os interiores. Reafirmando a idéia da Medicina como um negócio em família, nas capitais do país, dos profissionais com 60 anos e mais que possuem parentes médicos, 34,6% possuem filhos médicos, enquanto que nos interiores esse percentual é de 50,1%. Isso mostra que o apelo familiar para o exercício da profissão ainda é muito grande. Manter um consultório, antes de tudo é um investimento que, como sugerem os dados da pesquisa, passa de pai para filho. 3. As características do mercado de trabalho em saúde 10 Dentre aqueles que afirmaram ter algum parente médico, encontrou-se uma média de dois parentes por médico, sendo composto pela figura do pai e de um irmão. É importante salientar que o mesmo médico podia declarar ter até três parentes médicos como avós, primos, irmãos, tios, filhos, sobrinhos ou netos, e, obviamente apenas um pai ou mãe; portanto para a construção dessa tipologia (pai/irmão) foram ponderados estes fatores. 11 Em um estudo de caso, realizado com estudantes de medicina do 4º e 6º anos do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1993, Rego (1994) encontrou cerca de 20% dos acadêmicos possuindo pai ou mãe exercendo atividade médica. 12 As décadas consideradas seguem uma associação com a geração dos médicos formados e a respectiva faixa etária. Dessa forma, os médicos formados na década de 40, correspondem àqueles com 70 anos ou mais; os da década de 50, correspondem àqueles com anos; os da década de 60, àqueles com anos; os da década de 70, àqueles com anos; os da década de 80, àqueles com anos e, finalmente os médicos da década de 90 correspondem aos profissionais que têm menos de 30 anos de idade.

14 14 A estrutura de um mercado profissional é determinada pela maior estrutura social dentro do qual ele se situa. O estágio de desenvolvimento econômico, o volume e a distribuição de renda nacional, a estrutura de classes e a composição étnica, o padrão médio de vida, a natureza do Estado e de sua ideologia - incluindo uma variedade de tradições culturais - definem o potencial, as características e a dinâmica de um mercado profissional. (Larson, 1977:50, tradução nossa) 3.1. A conformação do mercado de trabalho Para analisar a estrutura do mercado da medicina, primeiramente deve-se avaliar como a natureza dos serviços médicos determina, pelo menos em parte, o tamanho do mercado, os modos habituais de troca, a intensidade e variedade de competição e as atividades das autoridades públicas frente a regulação. O mercado de trabalho em saúde possui particularidades descritas por Larson (1977) e Machado (1996b) que estudaram especificamente o mercado de serviços médicos. Suas principais características são: fundamenta-se numa necessidade vital, universal e inesperada. Seu potencial de expansão é ilimitado, pelo menos a princípio; extrema competitividade ( tanto externa - inovações tecnológicas, como interna - entre os membros da corporação ); natureza privada e individual de transação 13 ; controle monopolístico sobre a prática médica exercido pelas autoridades públicas. O fato da medicina atuar em uma área de preocupação vital para o indivíduo e para a sociedade leva o Estado a intervir, tendo neste um forte aliado, que regula, cria e concede prerrogativas monopolistas aos profissionais; ascensão profissional individual, ao contrário por exemplo, da engenharia, onde essa ascensão é coletiva, através das organizações. 13 Os médicos não são contestados e os serviços médicos não são comparáveis ( cada caso é um caso ). A privacidade do consultório faz os serviços médicos serem impenetráveis à análise das pessoas. O paciente fica sozinho com o médico e deve confiar exclusivamente no seu próprio julgamento desinformado. Ele julga o médico subjetivamente, vendo se está ou não melhorando, através da experiência de outros pacientes, outros médicos. (Larson, 1977:22)

15 15 Dessa forma, o mercado de serviços médicos apresenta facetas diferentes, derivadas da ênfase e da universalidade da necessidade a que ele serve. O potencial de expansão ilimitado, a extrema competitividade antes do sucesso do monopólio do mercado, bem como a prontidão do Estado em agir como agente patrocinador do setor dominante da profissão, surge da natureza da necessidade individual por esses serviços. Pode-se dizer que a universidade desempenhou um papel fundamental nesse processo de reestruturação da educação médica e na formação do mercado de trabalho dos serviços médicos. (...) uma vez que o modelo de monopólio profissional esteja estabelecido e, acima de tudo, uma vez que os sistemas acadêmicos tenham ascendido como monopólios reconhecidos da legitimidade cognitiva, a universidade fornece a melhor justificativa para o clamor por um mercado institucional. O treinamento do monopólio é importante, mas monopolizá-lo em nível universitário fornece uma legitimação incorporada ao monopólio em termos de superioridade cognitiva. (Larson, 1977:48, tradução e grifo nossos) É esse mercado de serviços de saúde tão aleatório e complexo, que continua ainda hoje a atrair a atenção de milhares de jovens estudantes que buscam uma profissão. Ao mesmo tempo, que em nossos dias, cerca de 60% dos médicos vêem o futuro da medicina com pessimismo ou incerteza, enquanto somente 18,5% estão otimistas com a profissão que exercem O perfil do mercado de trabalho médico As mudanças estruturais que vêm ocorrendo nesta última década no mundo do trabalho em geral, foram decisivas para as atividades dos médicos, afetando diretamente sua autonomia, a sua prática e o seu comportamento profissional e ético. O poder e o saber médicos foram, de certa forma, também questionados e partilhados com outros profissionais da equipe de saúde, até mesmo com técnicos que lidam com os sofisticados equipamentos utilizados para determinados diagnósticos. A medicina é um exemplo típico de uma profissão que conseguiu de forma espetacular, desenvolver um exclusivo mercado de trabalho com forte credibilidade social. No entanto, esta poderosa corporação tem sofrido abalos constitutivos na sua estrutura.

16 16 Hoje o debate gira em torno de questões como a deterioração das condições de trabalho, o progressivo assalariamento e a presença acentuada de empresas de convênios, favorecendo o aparecimento de novas especialidades. Como abordamos no início, os médicos, pela natureza de sua atividade tem uma forma singular de estar no mundo do trabalho. Assim sendo, ao analisar as formas de inserção do médico no mercado de trabalho é necessário enfatizar que trata-se de um setor de serviços essenciais a sociedade com mais de 200 mil profissionais que atuam em estabelecimentos de saúde (hospitalares e ambulatoriais), num sistema constituído de uma sólida rede pública, de serviços privados e consultórios particulares. O setor público (esferas federal, estadual e municipal) é um mercado importante e estável, absorvendo médicos (ou 69,7%), que trabalham em postos, centros de saúde, ambulatórios e, principalmente em hospitais ( a maioria universitários voltados para ensino e pesquisa ). Seguindo as mesmas tendências da distribuição da capacidade instalada 14 os médicos que atuam neste segmento o fazem majoritariamente nas capitais do nordeste e do norte do país. As precárias condições de trabalho médico e os baixos salários são as características mais marcantes, a renda declarada pelos médicos é a mais baixa do mercado. Roraima, Acre, Amapá, Tocantins e Amazonas, na região norte; Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte, no nordeste; Espírito Santo, no sudeste; Santa Catarina, no sul e Distrito Federal na região centro-oeste são as unidades da federação onde há maior atuação de médicos neste segmento do mercado. Já o setor privado é um mercado em ascensão e agrega médicos (ou 59,3%), que trabalham basicamente em clínicas, policlínicas e hospitais de grande porte. Situa-se predominantemente no sul e no sudeste, tendo uma presença significativa nos interiores dessas regiões. Pode-se dizer que é a forma capitalista mais avançada de exploração da saúde no país, favorece direta e amplamente não só os produtores de bens (medicamentos e equipamentos) como também atende aos interesses dos empresários dos planos de saúde. Apesar de dispor de melhor estrutura de trabalho e melhores salários, os médicos que atuam neste segmento, não diferem muito do perfil dos médicos do setor público. Rondônia e Tocantins, na região norte; Sergipe e Bahia, no nordeste; Minas Gerais, no sudeste; Paraná, no sul; Goiás e Mato Grosso na região 14 -Mais detalhes sobre a distribuição dos serviços de saúde no Brasil ver: OLIVEIRA, E.S. & PINTO LF. Os Serviços de Saúde no Brasil: a capacidade instalada no período 80/92. ABEP,1996

17 17 centro-oeste são as unidades da federação onde há maior participação de profissionais atuando neste setor. A atividade em consultório é a forma de trabalho em que o médico atua como profissional liberal. É um mercado financiado majoritariamente através da medicina de grupo, cooperativas médicas e planos de autogestão. Concentra médicos (ou 74,7%), que estão atuando principalmente no sul e no sudeste. Os médicos com atividades em consultório declararam uma renda superior aos demais segmentos do mercado de trabalho. Acre e Amapá, na região norte; Bahia e Piauí, no nordeste; Minas Gerais e Espírito Santo, no sudeste; todo o sul do país e Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região centro-oeste são as unidades da federação onde há maior atuação de médicos em consultório. Tendo descrito brevemente os setores de atuação dos profissionais e a participação em cada um deles, vamos traçar agora um perfil desse mercado, destacando algumas características. Em todos os cantos do país, a primeira forma de inserção dos médicos no mundo do trabalho é o setor privado, isto é, os médicos que atuam nesta fatia do mercado têm uma idade média inferior aos demais setores de atuação. No entanto, na segunda opção, distinguem-se três padrões entre as regiões: enquanto no norte e nordeste a atividade em consultório aparece em segundo lugar, no sudeste e sul do país, os médicos entram no setor público. A região centro-oeste é um caso singular, pois nela os profissionais, atuam ao mesmo tempo no setor público e iniciam seu trabalho em consultório. Assim sendo, uma característica que se destaca em primeiro lugar no perfil do mercado de trabalho médico é que se trata de um mercado multifacetado, isto é, os setores público, privado e o consultório descritos anteriormente, combinam-se simultaneamente na prática médica de 33,1% dos profissionais. Individualmente o setor público é o maior empregador de médicos nas regiões norte, centro-oeste e nordeste. A prática em consultório é hegemônica nas regiões sul e sudeste (FIGURA 2). Na década de 80, a queda da qualidade do atendimento setor público, tanto nos estabelecimentos próprios, como nos contratados, favoreceram o surgimento de um mercado para o setor privado, o da medicina de grupo.

18 18 FIGURA 2: OS MÉDICOS E SUAS MÚLTIPLAS FACETAS NO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL BRASIL REGIÃO NORTE Setor privado 6615 (3,6%) (15,7%) (6,8%) (33,1%) (17,3%) Setor público (12,4%) Setor privado 82 (1,4%) 475 (8,3%) 298 (5,2%) 2066 (36,3%) 1242 (21,8%) Setor público 1087 (19,1%) Consultório (8,5%) Consultório 335 (5,9%) W = (*) W = 5698 (*) REGIÃO NORDESTE REGIÃO SUDESTE Setor privado 685 (2,3%) 2432 (8,3%) 2295 (7,8%) (37,3%) 5439 (18,6%) Setor público 5093 (17,4%) Setor privado 4873 (4,5%) (17,1%) 8520 (7,9%) (30,4%) (17,4%) Setor público (11,1%) Consultório 1558 (5,3%) Consultório 9653 (9,0%) W = (*) W = (*) Setor privado 722 (2,6%) 5516 (19,6%) REGIÃO SUL 338 (3,3%) (36,1%) 4678 (16,6%) Setor público 2193 (7,8%) Setor privado 253 (2,0%) REGIÃO CENTRO-OESTE 1855 (14,9%) 487 (3,9%) 4849 (39,0%) 1591 (12,8%) Setor público 2358 (19,0%) Consultório 3323 (11,8%) Consultório 765 (6,2%) W = (*) W = (*) (*) W = universo populacional. A diferença observada entre a soma de cada uma das parcelas que compõem a área de atuação dos médicos em relação ao total geral para cada região e Brasil, refere-se a médicos aposentados, afastados, desempregados e aqueles que eventualmente não declararam sua situação no mercado de trabalho. Fonte: Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, Fiocruz/CFM. Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Empresas de Medicina de Grupo (Abramge), estas empresas possuem cerca de 41,5 milhões de clientes, ou seja, 27% da população brasileira, com destaque para as 320 cooperativas médicas do tipo UNIMED (com 10 milhões de clientes) e os 150 planos de autogestão (com 9 milhões de clientes), além da Golden Cross (com 2,5 milhões), Sul América

19 19 (com 1,7 milhões), Saúde Bradesco (com 1,6 milhões), Amil (com 800 mil), Amico (com 500 mil), Intermédica (com 400 mil) e outros tipos de convênio (com outros 15 milhões) 15 Logo, em segundo lugar, configura-se em um mercado onde os médicos possuem forte dependência dos convênios do tipo medicina de grupo, cooperativas médicas ou planos de autogestão para se sustentarem:79,1% do total de profissionais aque atuam em consultório participam de alguma destas modalidades. Em termos regionais esta participação oscila de 80,7% para a região norte, até 83,2% para o nordeste; 74,3% para o sudeste; 88,6% para o sul e 85,6% para o centro-oeste. Nos interiores este fenômeno é ainda mais acentuado que nas capitais do país. A metade dos médicos que atuam nos setores público e/ou privado desenvolvem funções relacionadas à atividade de plantão 16, quer seja, de sobreaviso, presente no local, ou ambos. Isto levanta uma questão, relacionada ao desgaste com o exercício profissional. Os médicos plantonistas sentem mais desgaste do que seus colegas que não atuam nesta atividade 17, relacionando como possíveis causas do mesmo: o excesso de trabalho/multiemprego, baixa remuneração, más condições de trabalho e responsabilidade com a vida. Assim sendo, em terceiro lugar é um mercado típico de médicos plantonistas, que atuam principalmente nos municípios do interior do país (56,2%), com uma jornada de trabalho sob regime de plantão de mais de 24h (50,8%). Na região centro-oeste, três de cada cinco médicos desenvolvem este tipo de atividade, atuando preponderantemente em uma jornada de até 24h (56,7%). Acre e Tocantins, na região norte; Piauí e Maranhão, no nordeste; Minas Gerais no sudeste; Santa Catarina no o sul; Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região centro-oeste são as unidades da federação onde há maior concentração de médicos atuando em plantões. Cabe salientar, que já na década de 80, as formas de participação dos médicos no mercado de trabalho caracterizavam-se pela multiplicidade de atividades (Donnangelo, 15 Dados da Abramge, citados pelo Jornal O Globo, 30 de agosto de A atividade em plantão pode ser desenvolvida em UTI, Emergência/Pronto Socorro, Enfermaria, Serviços de Apoio Terapêutico e Diagnóstico, Maternidade ou Ambulatório/Serviços de Pronto Atendimento. 17 Para maiores detalhes, ver Campos (1997) que propôs um estudo sobre o desgaste profissional entre os médicos, mostrando que os médicos mais jovens, aqueles com atividade no setor público, com 4 ou mais atividades na área médica, os plantonistas com funções de emergência/pronto socorro no setor público, os que percebem baixa renda

20 ) 18. A autora analisou essas formas de participação a partir de quatro categorias básicas: trabalho liberal, assalariamento, propriedade e trabalho autônomo. E, afirmou que apenas 38,2% dos profissionais da região metropolitana de São Paulo detinham uma forma homogênea, podendo ter vários empregos dentro desta forma. Cerca de 61% conciliavam duas ou mais formas de participações diferentes 19. Segundo (Machado,1996a), a erosão da autonomia através do assalariamento progressivo da categoria, a visível interferência do Estado e a presença das megacorporações de saúde no setor e na dinâmica do mercado atuaram no sentido de estabelecer condições de trabalho e definindo regras, até então privativas da categoria. Esta tese pode ser confirmada através dos dados que demonstram que os médicos exercem diferentes atividades ao mesmo tempo: 45,3% tem até duas atividades e, um número considerável, 54,7% conciliam três ou mais formas de participação no mercado 20. Há algumas especialidades onde os médicos exercem uma só atividade, como: hansenologia, medicina do tráfego, eletroencefalografia, hemoterapia, homeopatia dentre outras. Com duas atividades podemos destacar como principais: genética clínica, sexologia, alergia/imunoterapia, broncoesofagologia, e medicina do trabalho. A grande maioria dos especialistas que atuam em angiologia, endoscopia digestiva, cirurgia pediátrica, fisiatria, medicina esportiva, neurocirurgia, medicina nuclear, pneumologia e tisiologia possuem três atividades. No entanto, há médicos que exercem mais de três atividades e não possuem as maiores rendas do mercado, como os que atuam em nutrologia, cirurgia torácica, broncoesofagologia, hematologia, urologia, cirurgia de mão e mastologia. Em quarto lugar, (relacionado à primeira característica) é um mercado de multiempregos, ou seja, o mesmo profissional atua em mais de uma atividade simultaneamente, com destaque para as regiões nordeste e sul. A proporção daqueles que trabalham em três ou mais atividades é de cerca de 60%. Sem considerar os estados do mensal e aqueles que avaliam as condições de trabalho como péssimas ou precárias são os profissionais que apresentam com mais intensidade o desgaste com o exercício da profissão médica. 18 Entre agosto de 1980 e abril de 1981, a professora Cecília Donnangelo coordenou uma pesquisa na região metropolitana de São Paulo sobre a natureza e as condições em que se realizava o trabalho médico no Brasil. 19 Na pesquisa realizada por Donnangelo, a atividade liberal difere da autônoma. Enquanto a primeira pressupõe a posse de consultório por parte do médico, a segunda considera apenas o trabalho executado independentemente sob a forma de prestação de serviços ou consultas, desde que não seja realizado em consultório de propriedade do médico. Em nossa análise, o conceito de autônomo, inclui o trabalho liberal.

21 21 Piauí, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso, onde um em cada três profissionais desenvolvem quatro ou mais atividades na área médica. Em quinto lugar, trata-se de um mercado altamente segmentado no que tange a renda obtida com a atividade médica. Analisando-se a distribuição da renda mensal declarada pelos profissionais segundo as unidades da federação, a participação daqueles que ganham mais de dólares aparece principalmente na região sul, seguida pela região centro-oeste 21. Os que ganham menos de dólares sobressaem-se nos estados de Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Ressalta-se, no entanto, que em sua maioria trabalham em média em três atividades. Porém, a renda mensal modal varia de a dólares na região norte; 500 a dólares no nordeste; a dólares no sudeste; a dólares no sul e; 900 a dólares no centro-oeste. Os dados indicam portanto, uma distribuição assimétrica da renda mensal obtida pelos médicos em todas as regiões e capitais/interiores; o que sugere a elaboração de novos estudos mais aprofundados sobre a questão, para que se possa avaliar qual o estimador que melhor avalia a renda mensal declarada pelos profissionais. Estudos preliminares indicam que provavelmente a renda mensal mediana desempenharia esta função. 20 No Brasil, os médicos atuam em média em três atividades na área médica. As exceções são os estados do Pará, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, onde os profissionais atuam em média em duas atividades. 21 À época da Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, US$1,00=R$1,00

22 22 Algumas considerações sobre o perfil dos médicos especialistas No processo de trabalho em saúde cabe ao médico as tarefas mais complexas, e as que exigem maior qualificação técnica, como também a responsabilidade das funções específicas e estratégicas na organização e dinâmica deste processo (Médici, 1987). Para Nogueira (1983),o setor saúde tem uma divisão técnica do trabalho, não do tipo fabril, mas manufatureiro; a decomposição do processo de trabalho em tarefas isoladas e sua integração através de uma hierarquia de profissionais é o fundamento da produtividade deste setor. Esta divisão técnica é muito acentuada na medicina, que possui como já mencionamos, sessenta e cinco especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, muitas das quais se originaram daquelas consideradas matrizes na profissão: medicina interna, cirurgia geral, gineco-obstetrícia e pediatria. Apesar desse grande número de especialidades, o mercado de trabalho médico no Brasil é representado em sua grande maioria (62,1%) por apenas dez especialidades: as quatro básicas, que abrangem 38,8% do total de profissionais em atividade, e mais seis típicas dos principais problemas de saúde que atingem a população como a cardiologia, ortopedia/ traumatologia, oftalmologia, psiquiatria, medicina geral comunitária e anestesiologia, juntas são responsáveis por 23,3% dos médicos em atividade. As demais cinqüenta e quatro especialidades correspondem por 37,9% do mercado médico existem de forma residual, concentrando mais na região sudeste. Resumidamente, quanto ao perfil dos médicos especialistas no Brasil, podemos dizer que: (a) trabalham principalmente em centros urbanos; (b) vivem e atuam nas regiões mais desenvolvidas, sudeste e sul; (c) o sexo masculino predomina; (d) são médicos jovens, com menos de 45 anos; (e) metade dos médicos possui parente exercendo a medicina; (f) 25% dos médicos participou de algum processo migratório ao longo de sua vida; (g) é um profissional multifacetado, ou seja, atua em média em três vínculos simultaneamente (setor público, privado e consultório); (h) a primeira atividade profissional na carreira é no setor privado;

23 23 (i) dependem dos convênios/cooperativas para sua subsistência nos consultórios; (j) a atuação em plantão está diretamente ligada à faixa etária, isto é, quanto mais jovens maior a participação nesta atividade; (k) a renda obtida é diferenciada conforme o estado em que atua. Neste estudo apresentamos como se distribuem os médicos especialistas, com o objetivo de contribuir para o planejamento de políticas de recursos humanos no Brasil. O setor saúde como vimos tem uma oferta de serviços altamente especializados. A medicina hoje têm uma natureza múltipla, ou seja, os médicos de um modo geral atuam em várias instituições de saúde em diversas especialidades. No entanto, sabemos que essa superespecialização além de produzirem efeitos positivos na credibilidade social, como na precisão diagnostica, tratamento e prognósticos, levam, por outro lado, a uma progressiva dependência do médico a técnicas e recursos cada vez mais sofisticados. Esses progressos, vêm promovendo silenciosa transformação na conduta desses profissionais e, em especial na relação médico-paciente. Cada vez mais diminui a atenção dada à anamnese e ao apurado exame físico, ocasionando assim, progressivo abandono de alguns procedimentos essenciais na consulta médica. (Machado et alli,1997) Por fim, é fato também que essas tecnologias são desenvolvidas e controladas não só pela medicina, mas, também por outras profissões alheias a corporação, provocando abalos na soberania médica não só na dinâmica interna da profissão como e, especialmente, na visão que a sociedade passa a produzir sobre os médicos em geral.

24 24 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANTICO C. Por que migrar? In: Migração, condições de vida e dinâmica urbana: São Paulo, PATARRA, N. L., BAENINGER, R., BÓGUS, L.M. e JANNUZZI, P.M. (orgs). Campinas, São Paulo: Unicamp/IE: p , CAMPOS, M.R. Os médicos e o desgaste profissional. Poster apresentado no V Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Águas de Lindóia, São Paulo, 25 a 29 de agosto de (mimeo). DONNANGELO, C. et alii. Condições do exercício profissional da medicina na área metropolitana de São Paulo. (Relatório de Pesquisa). São Paulo, (mimeo) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária. Rio de Janeiro, JORNAL O GLOBO. Gestão é o ingresso da Cigna no ramo da saúde no Brasil. Caderno Economia. Rio de Janeiro, 30/08/97, p.35 LARSON, M.S. The Rise of Professionalism. A sociological Analysis. Berkeley, Los Angeles and London: University of California Press, MACHADO, M.H & PINTO, L.F. Médicos residentes no Brasil. Artigo apresentado no XXXI Congresso Nacional dos Médicos Residentes. Natal, Rio Grande do Norte, 8 de agosto de (mimeo). MACHADO. M.H. Os médicos e sua prática profissional: as metamorfoses de uma profissão. Tese de Doutorado em Sociologia. Rio de Janeiro: Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, 1996a. As profissões e os SUS - arenas conflitivas. In: Divulgação em Saúde para Debate. Brasília: CEBES, nº 14, agosto de 1996b. et alii. O mercado de trabalho em saúde no Brasil. Estrutura e conjuntura. In: MACHADO, M.H. (org). Textos de Apoio: Planejamento II, Recursos Humanos em Saúde. Rio de Janeiro: ENSP, et alii. Especialidades Médicas no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Dados/ RADIS/ENSP/Fiocruz, nº 17, et alii. Perfil dos Médicos no Brasil. Relatório Final (Médicos em Números). 28 volumes. Vol. I. Brasil e Grandes Regiões. Rio de Janeiro: Fiocruz/CFM/MS-PNUD, et alii. Os médicos no Brasil: um retrato da realidade. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997.

25 25 MÉDICI, A,C. Estrutura e Dinâmica da Força de Trabalho Médico no Brasil na década de setenta. In: MÉDICI, A.C. (org). Textos de Apoio: Planejamento I, Recursos Humanos em Saúde. Rio de Janeiro: PEC/ENSP, 1987 NOGUEIRA, R.P. A força de trabalho em saúde. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 17 (3):61-70, jul/set, 1983 PATARRA, N.L. Migração, condições de vida e dinâmica urbana: São Paulo, (Apresentação). In: Migração, condições de vida e dinâmica urbana: São Paulo, PATARRA NL, BAENINGER R, BÓGUS LM e JANNUZZI PM (orgs). Campinas, São Paulo: Unicamp/IE: p.11-22, PINTO, L,F. Médicos e migração: a Residência em foco. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, 1999 OLIVEIRA, E.S. & PINTO LF. Os Serviços de Saúde no Brasil: a capacidade instalada no período 80/92. In: Anais do XX Encontro da ABEP. Caxambu, Minas Gerais, outubro de 1996 OLIVEIRA, J,S et alii, Mudanças no perfil do mercado de trabalho e rendimento no Brasil. In: Indicadores sociais: uma análise da década de Rio de Janeiro, IBGE, 1995 REGO, S. A prática na formação médica: o estágio extracurricular. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, VARELLA, T,C. Especialização Médica em Serviços de Saúde: um estudo da residência no INAMPS. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, 1996.

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO 1 PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO O Brasil conta hoje, com 254.886 médicos em atividade profissional (CFM, 2003). O contingente de radiologistas é da ordem de 5388, o que

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil Número 24 Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 29 de julho de 2009 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 2 1. Apresentação Este

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer 2 Saúde reprodutiva: gravidez, assistência pré-natal, parto e baixo peso ao nascer SAÚDE BRASIL 2004 UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO No Brasil, as questões relativas à saúde reprodutiva têm

Leia mais

Saúde Suplementar em Números

Saúde Suplementar em Números Saúde Suplementar em Números Edição nº 9-2015 Setembro de 2015 Sumário Executivo Número de beneficiários de planos médico-hospitalares (setembro/15): 50.261.602; Taxa de crescimento do número de beneficiários

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Aloizio Mercadante Ministro de Estado da Educação Quadro Resumo- Estatísticas Gerais da Educação Superior por Categoria Administrativa - - 2012 Categoria

Leia mais

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA MIGRAÇÃO Os resultados da migração interna e internacional apresentados foram analisados tomando por base a informação do lugar de residência (Unidade da Federação ou país estrangeiro) há exatamente cinco

Leia mais

Quem vou ser daqui a 20 anos Público. Privado. Assistencial Acadêmica Gestão. Assistencial Acadêmico Gestão Autônomo

Quem vou ser daqui a 20 anos Público. Privado. Assistencial Acadêmica Gestão. Assistencial Acadêmico Gestão Autônomo Dr Milton Glezer Quem vou ser daqui a 20 anos Público Assistencial Acadêmica Gestão Privado Assistencial Acadêmico Gestão Autônomo Mudanças nos planos de saúde- melhorar cada vez mais o funcionamento dos

Leia mais

Educação e trabalho em saúde

Educação e trabalho em saúde Educação e trabalho em saúde Dra. Celia Regina Pierantoni, MD, DSc Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do IMS/UERJ. Coordenadora Geral do ObservaRH. Diretora do Centro Colaborador

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Dimensão social. Educação

Dimensão social. Educação Dimensão social Educação 218 Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2004 36 Taxa de escolarização Representa a proporção da população infanto-juvenil que freqüenta a escola. Descrição As variáveis

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade C.1 Taxa de mortalidade infantil O indicador estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida e consiste em relacionar o número de óbitos de menores de um ano de idade, por

Leia mais

NÚMERO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS POR

NÚMERO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS POR INDICADOR: F.2 NÚMERO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS POR CONSULTA MÉDICA (SUS) 1. Conceituação Número médio de procedimentos diagnósticos, de patologia clínica ou de imagenologia por consulta médica, apresentados

Leia mais

A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra.

A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra. A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra São Paulo 10 de janeiro de 2014 O contexto e a motivação Resumo da

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Leia mais

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil RELEASE 17 de JULHO de 2008. População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil Aumentos de riquezas e de habitantes nas cidades com 100 mil a 500 mil, neste século, superam a média

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

Relacionamento dos médicos associados à SOGESP com os Planos de saúde. Apresentação em Agosto de 2012

Relacionamento dos médicos associados à SOGESP com os Planos de saúde. Apresentação em Agosto de 2012 1 Relacionamento dos médicos associados à SOGESP com os Planos de saúde Apresentação em Agosto de 2012 Índice 2 Objetivo Metodologia Perfil do médico associado Avaliação das operadoras de planos de saúde

Leia mais

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional 08/09/2010-10h00 Pesquisa visitou mais de 150 mil domicílios em 2009 Do UOL Notícias A edição 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 *

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * Os resultados aqui apresentados foram extraídos do Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, elaborado pelo Instituto

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro JULHO DE 2014 BRASIL O mês de julho de 2014 fechou com um saldo líquido positivo de 11.796 novos empregos em todo país, segundo dados do Cadastro

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hanseníase no Brasil DADOS E INDICADORES SELECIONADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hanseníase no Brasil DADOS E INDICADORES SELECIONADOS MINISTÉRIO DA SAÚDE Hanseníase no Brasil DADOS E INDICADORES SELECIONADOS Brasília DF 2009 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Hanseníase no

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001 1 Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Data de elaboração da ficha: Ago 2007 Dados das organizações: Nome: Ministério da Cultura (MinC) Endereço: Esplanada dos Ministérios,

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br

Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br Natal 29/02/2012 1 Considerações Gerais; Principais conceitos demográficos; Gráficos de indicadores sociais; Estrutura das populações mundiais:

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES Karem Nacostielle EUFRÁSIO Campus Jataí karemnacostielle@gmail.com Sílvio Ribeiro DA SILVA

Leia mais

5.4 Transplantes. 1 Rim. Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos.

5.4 Transplantes. 1 Rim. Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos. 5.4 Transplantes Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos. 1 Rim Entre 1995 e 2001, o número de transplantes renais realizados anualmente cresceu cerca de 66,7% no país (TABELA 150).

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP Alunos apontam melhorias na graduação Aumenta grau de formação dos professores e estudantes mostram que cursos possibilitam

Leia mais

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05

Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular. Edição n 05 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 Junho de 2010 2 Sumário Executivo Pesquisa Quantitativa Regular Edição n 05 O objetivo geral deste estudo foi investigar as percepções gerais

Leia mais

EVOLUÇÃO DAS MICROEMPRESAS NOS SETORES DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS NA CONURBAÇÃO CRAJUBAR NO PERÍODO DE 1995 A 2005

EVOLUÇÃO DAS MICROEMPRESAS NOS SETORES DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS NA CONURBAÇÃO CRAJUBAR NO PERÍODO DE 1995 A 2005 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EVOLUÇÃO DAS MICROEMPRESAS NOS SETORES DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS NA CONURBAÇÃO CRAJUBAR NO PERÍODO DE 1995 A 2005 Nara dos Santos Ferreira 1, Maria

Leia mais

Organização da Aula. Política de Desenvolvimento Econômico. Aula 2. Contextualização

Organização da Aula. Política de Desenvolvimento Econômico. Aula 2. Contextualização Política de Desenvolvimento Econômico Aula 2 Prof. Nivaldo Vieira Lourenço Organização da Aula Aspectos conceituais do desenvolvimento regional Mudanças no conceito de região Regionalização brasileira

Leia mais

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Ano 19 Nº 13 - O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em A partir da aprovação da Emenda Constitucional n 72,

Leia mais

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA BRUNO DE OLIVEIRA SOUZA 1 e RÚBIA GOMES MORATO 2 brunooliveira_souza@hotmail.com, rubiagm@gmail.com 1 Aluno do curso de Geografia Unifal-MG

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS ASPECTOS 11 SOCIOECONÔMICOS 11.1. INFORMAÇÕES GERAIS O suprimento de energia elétrica tem-se tornado fator indispensável ao bem-estar social e ao crescimento econômico do Brasil. Contudo, é ainda muito

Leia mais

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil 2014 Objetivo Metodologia Perfil da Empresa de Consultoria Características das Empresas Áreas de Atuação Honorários Perspectivas e Percepção de Mercado

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade.

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. A educação de nível superior superior no Censo de 2010 Simon Schwartzman (julho de 2012) A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. Segundo os dados mais recentes, o

Leia mais

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Assunto: O perfil da Extrema Pobreza no Brasil com base nos dados preliminares do universo do Censo 2010. 1. INTRODUÇÃO O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

PESQUISA DE SATISFAÇÃO PARTICIPANTES

PESQUISA DE SATISFAÇÃO PARTICIPANTES PESQUISA DE SATISFAÇÃO PARTICIPANTES Brasília, janeiro/2011 Objetivos específicos da pesquisa 2 Avaliar a quantidade e a qualidade da rede credenciada. Avaliar os serviços oferecidos: o Plano CASSI Família

Leia mais

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Outubro de 2015

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Outubro de 2015 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN Outubro de 2015 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN Outubro de 2015 Sumário Executivo Indicadores de confiança são indicadores

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO

XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO EPH0339 O ENSINO SUPERIOR NO GOVERNO FHC E SUA DISTRIBUIÇÃO SOBRE O

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

Regiões Metropolitanas do Brasil

Regiões Metropolitanas do Brasil Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia IPPUR/UFRJ CNPQ FAPERJ Regiões Metropolitanas do Brasil Equipe responsável Sol Garson Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Juciano Martins Rodrigues Regiões Metropolitanas

Leia mais

GRÁFICO 136. Gasto anual total com transplante (R$)

GRÁFICO 136. Gasto anual total com transplante (R$) GRÁFICO 136 Gasto anual total com transplante (R$) 451 3.5.2.13 Freqüência de transplantes por procedimentos Pela tabela da freqüência anual de transplantes por procedimentos, estes cresceram cerca de

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

Audiência Pública no Senado Federal

Audiência Pública no Senado Federal Audiência Pública no Senado Federal Comissão de Educação, Cultura e Esporte Brasília DF, 7 de maio de 2008 1 Audiência Pública Instruir o PLS n o 026 de 2007, que Altera a Lei n o 7.498, de 25 de junho

Leia mais

SISTEMA INFORMATIZADO PARA GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO E QUALIDADE DA MADEIRA EM SERRARIAS

SISTEMA INFORMATIZADO PARA GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO E QUALIDADE DA MADEIRA EM SERRARIAS RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO FINAL (Observação: as informações prestadas neste relatório poderão, no todo ou em parte, ser publicadas pela FAPESC.) Chamada Pública Universal 03/2006 1.1. N do Contrato:

Leia mais

Pesquisa Nacional de Saúde Módulo de Cobertura de Plano de Saúde Notas Técnicas

Pesquisa Nacional de Saúde Módulo de Cobertura de Plano de Saúde Notas Técnicas Pesquisa Nacional de Saúde Módulo de Cobertura de Plano de Saúde Notas Técnicas Sumário Origem dos dados... 2 Descrição das variáveis disponíveis para tabulação... 3 Variáveis de conteúdo... 3 %Pessoas

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior 5.1 Nome da iniciativa ou Projeto Academia Popular da Pessoa idosa 5.2 Caracterização da Situação Anterior O envelhecimento é uma realidade da maioria das sociedades. No Brasil, estima-se que exista, atualmente,

Leia mais

Síntese dos resultados

Síntese dos resultados Núcleo de Pesquisas Mês de março apresenta alta mensal do percentual de famílias endividadas e com contas em atraso. Entretanto, na comparação anual o percentual de atrasos caiu. O percentual de famílias

Leia mais

FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing

FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing Edson José de Lemos Júnior Ermeson Gomes da Silva Jardson Prado Coriolano da Silva Marcos Antonio Santos Marinho Rosinaldo Ferreira da Cunha RELATÓRIO GERENCIAL

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA TÍTULO: TRABALHO DOCENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DA JORNADA DE TRABALHO E SALÁRIOS DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA PAULISTA RESUMO O cenário atual do trabalho

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

Pesquisa de Condições de Vida 2006. Gráfico 24 Distribuição dos indivíduos, segundo condição de posse de plano de saúde (1) Estado de São Paulo 2006

Pesquisa de Condições de Vida 2006. Gráfico 24 Distribuição dos indivíduos, segundo condição de posse de plano de saúde (1) Estado de São Paulo 2006 Pesquisa de Condições de Vida Acesso e utilização dos serviços de saúde A posse de planos ou convênios privados é uma das formas de distinguir a parcela da população dependente exclusivamente dos serviços

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro Entrevista com a professora Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo Vice- presidente do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia e Sócia- diretora da Lobo & Associados Consultoria.

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

Ministério da Cultura Secretaria de Articulação Institucional SAI

Ministério da Cultura Secretaria de Articulação Institucional SAI Secretaria de Articulação Institucional SAI Seminário Metas do Plano e dos Sistemas Municipal, Estadual e Nacional de Cultura Vitória-ES 05/Dez/2011 Secretaria de Articulação Institucional SAI A Construção

Leia mais

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013 EMPREGO DOMÉSTICO NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE ABRIL 2014 Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em Em, diminuiu o número de empregadas domésticas na

Leia mais

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Organização Internacional

Leia mais

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL ÍNDICE 1. Introdução... 2. Definição do programa de gestão de saúde populacional... 3. Princípios do programa... 4. Recursos do programa... 5. Estrutura

Leia mais

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer de toda a história educacional brasileira. Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional

Leia mais

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar INCT Observatório das Metrópoles Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar As mudanças desencadeadas pelo avanço da tecnologia digital hoje, no Brasil, não tem precedentes.

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

Como é o RH nas Empresas?

Como é o RH nas Empresas? Como é o RH nas Empresas? Informações gerais da pesquisa Objetivo: entender a percepção dos profissionais de RH sobre clima organizacional Pesquisa realizada entre 24/06 e 12/07 Parceria entre Hay Group

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais