A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA NATO
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- Vera Milena de Paiva Filipe
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1 Universidade Lusíada de Lisboa Departamento de História A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA NATO A ADAPTAÇÃO POSSÍVEL Pedro Andrade T. M. Oliveira Seminário em História Diplomática Monografia de final de curso, para a obtenção do grau de Licenciado em História Regente: Professor Doutor Carlos Motta 2001
2 INTRODUÇÃO Portugal na conjuntura do Pós-Guerra As primeiras respostas do Estado Novo à nova ordem mundial Visões menos optimistas? Posição de Salazar relativamente ao Leste As políticas da Defesa no Pós-Guerra: as raízes da NATO A tradição atlântica na vertente luso-britânica Portugal e o Mar breve introdução histórica A vertente luso-britânica Os Anos A inflexão da política militar na aproximação à Alemanha As relações com Espanha e a política de neutralidade A aproximação ao fim da Guerra Pós-guerra, os EUA e a antevisão de Salazar A política de defesa Ibérica: entre Londres e Madrid A Inglaterra e a defesa de Lisboa A inércia dos novos conceitos de defesa: a antecipação política A importância estratégica das bases intermédias: Os Açores Os Açores no Pós-Guerra Da Europa aos EUA: a extensão de uma ameaça De 49 a 53: quatro anos de segurança norte-americana As Lajes na ponte das operações para o Médio-Oriente A "Doutrina Truman" e o bipolarismo: Guerra Fria ou paz quente? Na esteira da "Doutrina Truman". O "Plano Marshall" A evolução do armamento, uns tantos números O processo de adesão ao Pacto do Atlântico A cooperação defensiva no pós-guerra; background histórico De Bruxelas a Washington A difícil introdução de Portugal no panorama das negociações Algumas considerações CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS ANEXOS TÁBUA DE ABREVIATURAS FONTES PUBLICAÇÕES ELECTRÓNICAS BIBLIOGRAFIA (de carácter geral) BIBLIOGRAFIA (de carácter específico) UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 2
3 INTRODUÇÃO Dividido em dois blocos, o mundo do pós-segunda Guerra Mundial vivera num clima de tensão gerada pelo bipolarismo de raízes ideológicas antagónicas, capitalismocomunismo. O «equilíbrio pelo terror» e a entrada na «Guerra-fria» levaram os Estados Unidos a procurarem expandir a sua influência ao Ocidente Europeu através de uma aliança militar de «países ribeirinhos». Portugal, como país de profunda tradição atlântica, não poderia deixar de se enquadrar na mira das negociações norteamericanas. Ao arrepio de preconceitos que, por vezes, tendem a afastar o pesquisador e o leitor menos atento da verdade histórica, defende-se a tese da integração de Portugal na NATO numa adaptação possível com a presciência ou antevisão por parte do Governo e do Presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar, em particular, não obstante algum receio inicial de uma aproximação de uma nação vincadamente democrática a um regime então autoritário. Pretende-se, também, mostrar a inércia que separava os políticos dos militares em termos de conceitos estratégicos defensivos traçados entre 1944 e Ora, é intenção provar que, quando da assinatura em Washington do então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Caeiro da Matta, o País estava já preparado para entrar na coligação, preparação essa que se construiu ao longo do período a montante da formação da NATO. Por outro lado, é também objectivo avivar a consideração de que o preconceito ou receio lusos relativos à aproximação norte-americana surgiram só, e durante pouco tempo, quando da comunicação britânica de 6 de Outubro de 1948 a Portugal sobre as conversações preliminares decorrentes em Washington, pelo que já era conhecida, 4 anos antes, essa intenção de aproximação. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 3
4 É, igualmente, de primeira importância a demonstração de que os Açores foram o verdadeiro motor de arranque das negociações com Portugal, na medida em que o objectivo primordial dos EUA com o Pacto do Atlântico se pautou na obtenção de bases intermédias e avançadas para assegurar a sua própria defesa, mais numa política geoestratégica defensiva do que numa movimentação desencadeada por divergências ideológicas, se bem que na esteira da Doutrina Truman. Por isso, se debruçou este trabalho com especial inclinação sobre a questão dos Açores. Nestes trâmites, a obra, fruto de uma aturada pesquisa, dada ainda pelo Capítulo 1 uma introdução à evolução das Forças Armadas ainda desde os anos 30, apresenta-se como análise das políticas de Defesa do pós-guerra e das suas relações com o Pacto. Também se debruça o trabalho, de uma forma exaustiva, sobre a documentação existente nos nossos arquivos nacionais, em especial e no que toca à actividade diplomática inerente ao Pacto do Atlântico a encontrada no Arquivo do MNE. Pretende, assim, ter o mérito de conseguir conjugar uma análise técnica e militar com a diplomacia respectiva. Desta forma, neste abraço político-militar, o trabalho inserese no enfoque estratégico global, numa análise das relações bilaterais EUA-Portugal, isenta e desprovida de motivações ideológico-partidárias. Em jeito de conclusão, são tecidas algumas considerações sobre a posição portuguesa na NATO na viragem para o Século XXI. Volvidos 50 anos de Aliança Atlântica e 25 de Democracia em Portugal, parece ser agora tempo suficiente para, com a maturidade necessária a um trabalho deste género, distante da visão por vezes regionalista do Estado Novo e da mentalidade revolucionária inevitável característica da viragem para esta Terceira República, se proceder a uma análise aberta e plena que não dispensa algo essencial: a visão global. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 4
5 1 Portugal na conjuntura do Pós-Guerra 1.1 As primeiras respostas do Estado Novo à nova ordem mundial Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o fechar das hostilidades perturbadoras de que a Europa foi palco, a situação financeira de Portugal em parte pela política de baixa salarial adoptada pelo Governo do Estado Novo, ajudada por um ambiente de neutralidade era, contudo, positiva: grandes reservas de ouro, divisas e metais preciosos acumulados pelo Banco de Portugal que apresentava avultados lucros e importante liquidez, numa perspectiva económica de poupança. Não obstante a prosperidade financeira e a aparente tranquilidade social, o fim da Guerra possibilitou uma emergente tendência de afirmação democrática das massas urbanas, como se demonstrou a 8 e 9 de Maio de 1945 em manifestações de alacridade popular pela derrota da Alemanha nazi. Com as bandeiras das nações aliadas, a população gritava vivas às democracias ocidentais, num esforço de demonstração comprovada da sua superioridade política e moral sobre as ditaduras, facto aproveitado pela oposição interna ao regime para avivar na população a consciência de que, derrotadas as ditaduras do Eixo, ainda subsistia um regime autoritário liderado por António de Oliveira Salazar. Ante este clima de supremacia das nações vencedoras ocidentais, Oliveira Salazar apercebia-se da necessidade de alterar, ainda que de um modo muito suave e cauteloso, o seu discurso político e introduzir as necessárias alterações de índole institucional com vista a assegurar a sobrevivência do Estado Novo. No seu discurso de 18 de Maio de 1945, Salazar dizia que «a guerra foi conduzida pelas potências aliadas sob a bandeira da democracia e do antinazismo, mas sempre UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 5
6 [lhe] pareceu evidente que estes dois termos traduziam apenas as duas faces ou aspectos da mesma concepção filosófica e política e não envolviam o ataque a formas diversas de organização do Poder» 1. E refere dois grandes conceitos da doutrina nazista o de Estado totalitário e o de Estado hegemónico, criticando que «certa dose útil de realismo (...), certa subordinação conveniente das actividades humanas (...) caíram, por aberrações da inteligência e falta de limites morais, em absurdos e exageros monstruosos.» Chamou a esses exageros a «deificação do Estado». Finalmente, em defesa do próprio regime, evidencia a sua discordância com esses mesmos princípios exacerbados, referindo o discurso inaugural do I Congresso da União Nacional. Em conclusão, termina dizendo que «se é indiscutível ter o totalitarismo morrido por efeito da vitória, a democracia, tanto na sua definição doutrinária como nas suas modalidades de aplicação, continua sujeita a discussões.» Nunca tendo exortado o totalitarismo de Estado para o regime, Salazar, opondo-se aos exageros do modelo nazi e às suas insígnias totalitarismo, nacionalismo exacerbado e expansionismo, procurava tornar compatível com a nova ordem internacional, regida sob os princípios da Carta do Atlântico 2, o regime político da sua própria concepção que, embora diferenciando-se do nazismo alemão e do fascismo italiano, partilhava com eles, à escala nacional, determinados traços comuns. 1 V. Oliveira Salazar, Discursos e Notas Políticas, vol. IV ( ), págs Compromisso celebrado em Agosto de 1941, entre F. Roosevelt, pelos EUA, e W. Churchill, pela Inglaterra, a bordo de um navio de guerra no Atlântico, com o objectivo de definir princípios de liberdade e democracia, direitos humanos e direito dos povos à independência. O ponto 3º da Carta do Atlântico consagrava que os EUA e a Inglaterra respeitariam o direito dos povos à escolha da forma de governo que desejassem. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 6
7 A breve trecho, medidas de carácter político seriam anunciadas pelo Presidente do Conselho. Em Agosto de 1945, Salazar, em sessão dos órgãos directivos da União Nacional, prometia a dissolução da Assembleia Nacional e a realização de «eleições tão livres como na livre Inglaterra». Em Setembro de 1945, promulgava-se a revisão da Constituição de 1933, sendo a principal modificação o processo de eleição para o órgão legislativo. A revisão constitucional de 1945, em contraste com a legislação de 1934 que obrigava a uma única lista num único círculo eleitoral que abrangia todo o território nacional, procedia à criação de trinta círculos eleitorais correspondentes aos distritos com a possibilidade de apresentação ao sufrágio de listas plurais. Para além das anunciadas medidas tomadas no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, outras modificações como a concessão de uma amnistia e indultos para determinados crimes contra a segurança exterior e interior do Estado, a institucionalização do habeas corpus ou a extinção dos Tribunais Militares Especiais através da reorganização dos Tribunais Ordinários, trouxeram uma nova «abertura democrática» 3. Em Outubro, as comemorações do aniversário da implantação da República, na capital e no Porto, haviam exigido a extinção do regime autoritário do Estado Novo. Da sessão pública de oposição ao regime, em Lisboa, resultaria a criação do MUD, união de esforços democráticos que pretendia ser considerado legal, de natureza cívica, representante da oposição, e que, no seu próprio Manifesto, reclamava determinados direitos com vista à honesta "democratização" das eleições marcadas para 18 de Novembro: a liberdade de imprensa, reunião e propaganda, amnistias para presos políticos e extinção do Campo do Tarrafal, além do controlo do recenseamento, do acesso às mesas de voto e da própria fiscalização dos resultados. 3 V. A. H. de Oliveira Marques, Portugal e o Estado Novo., pág. 58. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 7
8 Porém, errado seria pensar que a estrutura do Estado Novo sairia completamente modificada com esta nova abordagem democrática. A censura manter-se-ia, assim como a habitual sinergia de forças de um estado totalitário: no mês de Novembro, a PIDE 4 apreendia uma das tipografias clandestinas do PCP onde eram impressos múltiplos exemplares do jornal O Avante. Oliveira Salazar não permitiria uma abertura democrática muito ampla, ideologicamente consubstanciada no MUD, como tentava forçar a oposição ao regime. O êxito do Movimento levaria à reunião de 12 de Novembro resultante da necessidade de controlar os excessos das movimentações. O simulacro de eleições livres de 18 de Novembro em que, de novo, sem concorrência eleitoral, as listas da União Nacional elegeriam os 120 deputados à Assembleia Nacional, acabaria por demonstrar que Salazar dera o dito por não dito. Todavia, o movimento democrático que encontrara a sua base de acção no MUD não sucumbiria assim tão facilmente, mas sempre continuaria vigiado de perto pela polícia política. Oliveira Salazar, inteligente e cauteloso, sabia até onde podia ir sem que, com isso, a linha directora da sua política e as exigências resultantes da nova ordem mundial entrechocassem em natural desfavor do regime do Estado Novo. Em Dezembro de 1945, na continuação dos acordos relativos à concessão de facilidades nos Açores às duas potências ocidentais Inglaterra e EUA, seria assinado com a potência ocidental vencedora um acordo respeitante à aviação civil. 4 Designada, em 1945, "Polícia Internacional de Defesa do Estado", autêntica polícia política, tivera a sua origem na PVDE ou "Polícia de Vigilância e Defesa do Estado". Exercia funções de perseguição e prisão dos opositores ao regime. Em 1969, seria alterado o nome para DGS ou "Direcção-Geral de Segurança". UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 8
9 «Diferentemente da ditadura franquista em Espanha, o Estado Novo não sairia isolado do período imediatamente posterior ao termo da Segunda Guerra Mundial (...) A ditadura salazarista e o Estado Novo poderiam coexistir, sem problemas, com as democracias ocidentais.» 5 Ora, o início da «Guerra Fria» veio, consequentemente, «reforçar as ligações do Estado Novo e de Portugal às democracias ocidentais desejosas de encontrarem antídotos e políticas eficazes que pudessem, numa Europa que sofria generalizadamente as consequências da Guerra, opor-se à expansão da URSS e, sobretudo, dos partidos comunistas» 6, levando as democracias ocidentais, de uma forma geral, a retirar algumas reservas ao Estado Novo de Oliveira Salazar. Relativamente ao Plano Marshall, se Portugal, a princípio, renunciara ao discurso de George Marshall que pretendia auxiliar a Europa na sua recuperação económica/financeira no pós-guerra dizendo Salazar que Portugal escapara «incólume aos horrores da guerra» e sendo criticado pelos que «consideravam uma ingenuidade a perda de tão boa ocasião de apanhar alguma coisa ao Tio Sam» 7, voltaria pouco depois com a sua palavra atrás; ora, se a balança de pagamentos de Portugal e Colónias apresentava um superavit de milhões de escudos em 1942 durante o conflito, já em 1947 a situação se tinha invertido, apresentando-se um saldo negativo de milhões de escudos 8, sendo devido a um grande aumento das importações pela crescente procura (nomeadamente, produtos agrícolas, pelos maus anos de 1946 e 1947, e de máquinas industriais para o programa de industrialização 5 V. A. H. de Oliveira Marques, op. cit., pág Ibid., pág V. Marcello Caetano, op. cit., pág Cf. Fernanda Rollo, Portugal e o Plano Marshall, pág UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 9
10 lançado no final da Guerra) e a uma forte diminuição das exportações de certos produtos sobrevalorizados durante a Guerra. Note-se a política desenvolvimentista norte-americana de ajuda à reconstrução da Europa Ocidental, acção que visava, a médio prazo, dinamizar a economia ocidental de que os próprios EUA também faziam parte importante e dependiam. O Plano Marshall resultou, de certa forma, do declínio do acordo financeiro de fins de 1945 entre a Inglaterra e a França que visava a reconstrução financeira europeia quando, em Breton Woods, o dólar se sobrepôs à libra numa reconhecida impossibilidade britânica de concretização dessa reconstrução. Portugal aceitaria mesmo as ajudas dos EUA ao abrigo do Plano Marshall, cabendolhe um total de 50 milhões de dólares, ainda que, por acção do Conselho de Ministros, tivesse recusado fundos do primeiro exercício de ajuda. Porém, só com a entrada efectiva de Portugal para a NATO o Governo do Estado Novo reentraria, como iremos ver, plenamente, no concerto das nações. Isto, ainda que Portugal não tivesse um regime democrático, o que, por si só, «não obstava à sua entrada numa estrutura político-militar destinada a assegurar, no espaço geográfico dominado pelo oceano Atlântico, a defesa das democracias.» 9 9 V. A. H. de Oliveira Marques, op. cit., pág. 64. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 10
11 1.2 Visões menos optimistas? Opiniões de alguns autores, por ventura imbuídas de um espírito mais de esquerda, poderão querer fazer parecer que «o chefe do Governo português jamais se adaptaria ao desaparecimento do velho mundo anterior à Guerra ou compreenderia as novas realidades e valores» 10. Porém, se analisarmos os principais acontecimentos a jusante do final do II Conflito até à década de 50, pelo menos, nem na adaptação nem em compreensão Salazar e o Governo Português demonstraram distanciamento ou dificuldade de acompanhamento da nova ordem mundial. Ora, se parece crível o facto de o regime de o Estado Novo ter dado, pelo menos em forma, uma resposta aparentemente adequada aos novos princípios pelos quais se passou a reger a nova ordem mundial, aliás para garantir a sua própria sobrevivência o que, por si só, representa já uma adaptação Salazar mantinha, naturalmente, as suas reservas quanto à nova «época doentia» 11 que se assomava e com ela trazia a «instabilidade das ideias e dos sentimentos» 12. Há, pois, que inserir as afirmações de Oliveira Salazar no seu devido contexto e de uma forma completa. Assim, tornar-se-ão mais claras à luz da natural instabilidade por que o mundo do pós-guerra se regia, num processo bipolarizado pela expansão da influência da Rússia «imperialista» 13, temida pelas nações ocidentais, pois não nos esqueçamos que não era só para Salazar e para o Estado Novo que este mundo em mudança representava uma ameaça. 10 V. Fernando Rosas in História de Portugal, José Mattoso, 7º vol., pág V. Oliveira Salazar, Discursos e Notas Políticas, vol. IV, pág V. Oliveira Salazar, op. cit., pág Ibid., pág UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 11
12 Uma época em que Salazar receava, igualmente, ver importantes perturbações conduzidas sob a égide dos pontos defendidos na Carta das Nações Unidas, como sejam os princípios da autodeterminação dos povos e da democracia que representavam, respectivamente, uma afronta clara ao império ultramarino português pedra basilar da política externa do Estado Novo que via com preferência a reconstituição da Europa apoiada na Inglaterra e em ligação aos impérios de alémmar, nomeadamente a África e ao próprio regime político que sofria já de uma certa acosmia interna, sacudido pelas novas energias democráticas. 1.3 Posição de Salazar relativamente ao Leste Mas era a oposição do Leste que mais arrepiava o Ocidente e Salazar em particular: «Acabada a Guerra, uma grande e poderosa nação continuou a aumentar e a consolidar a sua força e afirmou, com a presença ou a ameaça desta força, um pensamento que podia até certo momento ser considerado de prevenção e reforço da sua segurança, mas, para além dele, só pode conceber-se como tendência imperialista e de clara hegemonia. Refiro-me à Rússia.» 14 Se bem que não parece haver dúvidas quanto ao facto de Oliveira Salazar não desejar uma aproximação excessiva ao «imperialismo americano», uma vez que esta nação defendia princípios ideológicos diferentes dos seus, tanto na forma de regime político como em termos de política externa (questão colonial) ou até mesmo em questões culturais, já a «Rússia» assim como qualquer veleidade de oposição interna comunista era encarada como o maior dos males. Sempre o foi, muito antes do fim do conflito. 14 V. Oliveira Salazar, op. cit., vol. IV, pág UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 12
13 «As potências ocidentais consideraram com o esmagamento [incorrecto, no seu ponto de vista] da Alemanha atingido o seu fim de guerra; a Rússia não, pois (...) alimenta (...) o sonho da revolução mundial, de que é o máximo expoente e o mais sólido apoio.» E, contudo, Salazar acrescentava: «O Mundo só poderia ganhar com a colaboração que ela pudesse dar à solução de problemas gerais. Com uma condição evidente: que Moscovo deixasse de representar o papel de inimigo de toda a ordem (...) e de fomentador de revoluções.» 15 Ou ainda: «O isolamento privaria o Mundo das vantagens que a colaboração russa podia dar-lhe, sem o libertar completamente dos males da sua presença invisível.» Finalmente, «a pior hipótese seria evidentemente a guerra.» 16 Salazar parecia estar consciente de que a Rússia, como nação vencedora do Leste, jamais deixaria de exercer uma sentida influência no mundo pós-conflito; sendo assim, preferível seria a sua colaboração no panorama internacional, desde que contivesse a sua típica política expansionista. É, assim, também com a consciência de uma possível invasão vinda de Leste que Oliveira Salazar anuiria, ainda que tardiamente, como será analisado mais à frente ao convite dos EUA para entrar para a NATO. 15 Ibid., pág Ibid., pág UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 13
14 2 As políticas da Defesa no Pós-Guerra: as raízes da NATO 2.1 A tradição atlântica na vertente luso-britânica Portugal, banhado pelo Atlântico na sua extensão, «alma da Nação» 17, na esteira de uma longa tradição atlântica, tinha visto privilegiada, pelas Forças Armadas, até 1936, a opção estratégica de defesa marítima, sendo a Marinha, naturalmente, a arma mais atendida opção estratégica que tem as suas raízes na expansão marítima portuguesa iniciada pelo século XV, com repercussões no extenso Império Colonial tão defendido pelo Estado Novo; política histórica, geoestratégica, análoga à optada, mais tardiamente, pela Inglaterra no século XVIII Portugal e o Mar breve introdução histórica O reinado de D. Dinis surge na História de Portugal como o importante "motor de arranque" de uma política de fomento à actividade marítima. Esta política de incentivos à navegação pode exemplificar-se no recurso generalizado de construções navais nos estaleiros de Lisboa, Vila Franca de Xira, Santarém, mas também noutros rios que, aliás, por esta altura, ainda se apresentavam navegáveis muito a montante dos seus limites actuais. Esta condição levara, na Idade Média, a Coroa a preocupar-se com possíveis invasões fluviais, principalmente no rio Tejo, importante linha geográfica. Criou-se, neste reinado, a primeira bolsa marítima, ou bolsa dos mercadores, em 1293, e armou-se uma frota de guarda-costas para defesa contra os ataques da pirataria mourisca. 17 V. Jorge Dias, Os Elementos Fundamentais Da Cultura Portuguesa, pág. 16. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 14
15 D. Fernando continuou este percurso, sendo no seu reinado que se concretizou a importante Companhia das Naus (1377), a primeira companhia de seguros marítimos. Já em 1336 se efectuara uma expedição às ilhas Canárias sob D. Afonso IV, integrada também por marinheiros genoveses. Mas foi nos Descobrimentos que Portugal mostrou toda a sua força e saber. Livre de lutas internas após a paz com Castela de 1411, com uma administração devidamente centralizada, numa necessidade de defesa da costa algarvia, sequioso de ouro e cereais, de conquistar terreno aos "infiéis" mouros, de controlar o cobiçado mercado de especiarias oriental, desde as terras do Norte-de-África, e munido de conhecimentos náuticos e, sobretudo, de uma preciosa ferramenta de navegação a caravela, o País "lançou-se ao mar". O grande mergulho de arranque, o que marcou o início da expansão portuguesa, num mar ainda por explorar, desde a borda d'água da extensa «ocidental praia lusitana», deu-se em 1415 com a tomada de Ceuta no reinado de D. João I. Saliente-se o importante contributo prestado pelo Infante D. Henrique armado cavaleiro após a conquista daquela praça do Norte-de-África, quinto filho de D. João I. Foi também no reinado de D. João que foram descobertas as ilhas da Madeira e Porto Santo; o escudeiro Gil Eanes, em 1434, dobrava o Cabo Bojador, abrindo as portas à navegação para Sul. Diogo Cão, em viagens por finais do século XV, abria os horizontes até ao Reino do Congo e, posteriormente, para a zona dominada por N'Gola (posteriormente, Angola). O comércio com África crescia ao sabor de um avanço imarcescível cada vez mais para Sul. As múltiplas campanhas do reinado d' "O Africano" fizeram alargar os contactos comerciais, sociais e culturais com o Norte-de- África. A feitoria de Arguim, importante entreposto comercial, fora mandada construir pelo Infante D. Henrique em UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 15
16 Embora os diversos autores não sejam unânimes em apontar a descoberta real dos Açores importante arquipélago tratado nesta obra, até porque talvez a sua descoberta não tenha sido feita num só tempo de uma forma integral, parece não ser disparate afirmar que, pelo menos em 1452, as ilhas mais ocidentais Flores e Corvo tinham já sido descobertas. Desde então se tornaram (as ilhas) importantes pontos de paragem e base de apoio à navegação oceânica. Nelas passariam a lançar âncoras os navios mercantes provenientes do "Novo Mundo". Ficaram os Açores conhecidos como o ponto de apoio central do Atlântico para os navegadores. Entre 1471 e 1472 chegaram às ilhas de S. Tomé, Príncipe e Ano Bom, João de Santarém e Pêro Escobar. Contudo, é inolvidável o facto de ter sido o reinado de D. João II o que mais contribuiu para a expansão e importância da Nação pelo mundo. Um marco importante, reflexo deste espírito aventureiro, foi o dobrar do Cabo da Boa Esperança (1488) por Bartolomeu Dias e Pedro Infante, que validou a possibilidade de se efectuar uma viagem marítima até à tão afamada Índia. Paralelamente a Portugal, também a Espanha se debruçava no vasto oceano, sobretudo com o apoio dos Reis Católicos à viagem de Cristóvão Colombo que se propusera chegar à Índia navegando para Ocidente, tendo o Príncipe Perfeito declinado tal inicial proposta, pois, segundo os cálculos portugueses, mais apurados (com erro de apenas 34º, contra os 82º previstos por Colombo com o apoio dos Reis Católicos), seria muito mais perto navegar para Oriente pelo Cabo da Boa Esperança. "El Hombre" estava certo: Colombo, em 1492, chegaria às Antilhas convencido que tinha acostado na Índia. Por esta altura já Portugal e Espanha tinham ensaiado a partilha do mundo em duas partes ainda muito incertas, através do Tratado das Alcáçovas (1479), confirmado um UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 16
17 ano depois pelo Acordo de Toledo (1480), cabendo a Portugal a exploração do Atlântico numa área a Sul do paralelo das ilhas Canárias. Após as viagens de Colombo e os desentendimentos acerca da legitimidade das terras recém-descobertas por estarem a Sul da linha das Canárias que motivaram o gizar da Bula Inter-Caetera pelo papa Alexandre VI (1493), chegou-se ao Tratado de Tordesilhas a 7 de Junho de 1494 que assentava, por vontade de D. João II, num meridiano definido a 370 léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde, opção que, segundo diversos autores, representa a prova de que Portugal sabia já da existência de território na zona do actual Brasil, uma vez que a linha do Tratado passava precisamente nas fozes dos rios Amazonas e Prata, supondo-se inclusivamente que navegadores como Duarte Pacheco Pereira já por lá teriam passado. Reflexo da superioridade científica portuguesa por esta altura suportada por uma "doutrina de sigilo" tese defendida por Jaime Cortesão que procurara ocultar dos outros povos a actividade marítima portuguesa. Com o Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha, "senhores dos mares" instauravam a doutrina do mare clausum, por oposição ao mare liberum defendido pela Inglaterra e França, indignadas por não terem sido incluídas nas negociações, chegando mesmo estas nações a desenvolverem uma política de incentivo ao corso e à pirataria contra a marinha portuguesa. Pedro Álvares Cabral chegaria mesmo ao Brasil numa viagem que hoje se pensa ter sido intencionalmente traçada contrariamente à tese do «descobrimento casual» defendida pelos cronistas da corte do século XVI no reinado de D. Manuel na exploração de uma zona geográfica que havia suspeitas já com D. João II, como se disse. Inclusivamente, foram escritas as primeiras obras de carácter tendencialmente científico, como o Esmeraldo de Situ Orbis de Duarte Pacheco Pereira, um primeiro livro de síntese que consagrara o surto cultural, verdadeira e indelével prova de UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 17
18 inovação portuguesa: o «experiencialismo» do Renascimento que se atrevia a esbulhar o «saber-livresco» da sua cátedra medieval, até então de primeira referência. Com D. Manuel, Vasco da Gama chegava à Índia (1497), numa viagem também já preparada no reinado anterior. A região de Moçambique foi também explorada. Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, Portugal revolucionou a economia de finais do século XV e do princípio do século seguinte, fazendo baixar drasticamente o preço das especiarias que outrora entravam no mediterrâneo através das caravanas muçulmanas que atravessavam as perigosas areias que circundavam o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho, entregues à sua própria sorte e sujeitas aos ataques de piratas e salteadores. Portugal desviava, assim, as principais rotas comerciais do Oriente. Estabeleceram-se importantes zonas de comércio como o Estado da Índia com capital em Goa e foram nomeados governadores, alguns com o título honorífico de vice-reis como foi o caso de D. Francisco de Almeida que partiu de Lisboa, em 1505, com mais de vinte navios e milhar e meio de soldados em direcção ao Oriente pela "rota do Cabo" com ordem de D. Manuel para a construção de fortalezas que servissem de base às frotas de controlo do Índico, evitando assim a fuga dos produtos preciosos pela antiga rota do Mar Vermelho em direcção ao Egipto ou pelo Golfo Pérsico em direcção ao Líbano, principais portos de abastecimento dos comerciantes intermediários venezianos. Afonso de Albuquerque foi outro nome importante na história dos vice-reis, conquistou Goa e Malaca e tomou Ormuz, pontos estratégicos de primeira importância. É de referir a criação da Casa da Índia, sede do comércio e administração do Ultramar português. Lisboa ultrapassava Veneza no comércio oriental, só acompanhada mais tarde por Sevilha. Era a passagem da economia centrada no Mediterrâneo para uma economia essencialmente atlântica. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 18
19 Razão tem Virgílio de Carvalho ao afirmar: «em termos geopolíticos (...) só parecerá ajustado a quem não estiver ciente de como foi conseguida a individualidade de Portugal, pretender fazer crer que ele é um país mediterrânico e do Sul, quando, para o formar e o preservar, e para lhe dar influência no mundo, houve que o projectar bem para o meio do Atlântico Norte (...) fazendo-o mais euroatlântico que ibérico...» 18 Contudo, na formação da sua «individualidade» ou apogeu da "aventura portuguesa", a sua projecção foi tanto para o Atlântico Norte como também foi para o Atlântico Sul e para o Índico sem os quais se não teria chegado à Índia, China ou Japão. Portugal chegava ainda, através da sua expansão não só pelo Atlântico mas também pelo Índico, até à China, sendo estabelecido em 1554 um acordo de paz, amizade e comércio com Cantão pelas mãos de Leonel de Sousa, capitão-mor da marinha portuguesa. Em 1557 era estabelecida em Macau uma colónia permanente portuguesa, tornando-se na década de 80 o principal entreposto comercial com a China e o Japão o Zipango dos relatos de Marco Polo onde abundavam as míticas "cidades do ouro e da prata", trocando-se a seda chinesa pela prata japonesa. Os portugueses também descobriram o Japão (1543) primeiro que os outros europeus. Ora, o Atlântico foi, em estreita ligação aos mares do Índico, a principal forma de afirmação lusa no seu período áureo iniciado logo no século XV. Também o facto de a capital Lisboa e do Tejo estarem situadas a meio do território foi relevante, segundo Virgílio de Carvalho, para o êxito de Portugal na sua expansão marítima: «a excepcional qualidade do porto de Lisboa; a que se junta a sua localização central, que fez da capital uma autêntica 'Madrid interior' da unidade 18 V. Virgílio de Carvalho, A Importância do Mar para Portugal, pág. 91. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 19
20 estratégica constituída pelo descontínuo conjunto territorial português» 19. Segundo Jorge Dias, foi o estuário do Tejo, «esse forte abraço do mar com a terra, que definitivamente presidiu aos destinos de Portugal.» 20 Veja-se, a título de exemplo, as múltiplas fortificações edificadas ao longo da barra do Tejo na defesa da Capital ponto de confluência de povos e embarcações provenientes de todo o Mundo, navegantes das rotas do comércio internacional, continuação de um projecto de defesa tripartido iniciado com D. João II. A defesa da costa e das barras dos principais rios foi tarefa essencial para uma nação que se projectara no Oceano e que era frequentemente assediada por flibusteiros e outros aventureiros em busca de fortuna. O forte de S. Julião da Barra, o forte redondo de S. Lourenço da Cabeça Seca, juntamente com a Torre de Belém, e todos os fortes e fortins da época da Restauração, são actualmente grandes símbolos militares da tradição marítima portuguesa. Note-se, ainda, a influência marítima bem patente nas formas artísticas renascentistas, no estilo genuíno português o Manuelino ou mesmo na literatura portuguesa (Os Lusíadas, de Luís de Camões). Não obstante esta grande expansão que projectou o Império no topo do panorama mundial em termos de influência e precursão, Portugal viria a perder gradualmente grande parte dessa sua influência, nomeadamente com a crescente agressividade e expansão holandesas e também devido a outras circunstâncias que se prenderam com a gestão dos dinheiros do Reino e com o desvio da corrente aurífera brasileira para a Europa do Norte, enfim, e com outros factores, ainda, que não serão aqui analisados porque não é esse o propósito da obra. 19 V. Virgílio de Carvalho, op. cit., pág V. Jorge Dias, op. cit. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 20
21 No século XVII, a Holanda tornar-se-ia no principal centro de economia-mundo com projecção no Atlântico e Mar-do-Norte. A ela seguir-se-ia a vez de a Inglaterra mostrar a sua maturidade nos mares, tornando-se, por sua vez, pelo século XVIII, também no centro de economia-mundo, centrada no Atlântico. Madeira e Açores, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Índia Portuguesa, Brasil, Macau e Japão os pilares do Ultramar português e da estrutura política imperialista do Estado Novo, exceptuando os casos do Brasil (independente em 1822) e do Japão. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 21
22 Figura 1 Mapa-Cartaz que mostra o Império Português no Estado Novo. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 22
23 2.1.2 A vertente luso-britânica A tradicional associação com a Inglaterra permitira «a ambos os países tirar partido das relações comerciais e de segurança que foram estabelecidas» 21 ; de facto, não obstante um abrandamento das relações entre estes dois países do século XIV ao século XVII, a vertente luso-britânica esteve presente, posicionando-se como sendo uma das mais antigas e duradouras alianças internacionais. Ambos os países desenvolveram uma expansão baseada no mar; veja-se o caso dos EUA que, antes da sua independência, não eram mais do que uma colónia inglesa. Assim, os relacionamentos entre Portugal e a Inglaterra, exceptuando raras excepções como o ultimatum de 1890 suscitado pela questão do «Mapa côr-de-rosa» e motivada por disputas territoriais de além-mar, quase sempre estiveram em harmonia consolidada nas sucessivas alianças luso-britânicas. Veja-se a acção diplomática desde o século XIV: 16 de Junho de 1373, entre D. Fernando de Portugal e a Inglaterra fazem tratado de amizade e aliança defensiva e ofensiva na luta contra Henrique II de Castela; confirmação da aliança de 1373 (Julho 1380); Entre D. João I e Ricardo II (9 de Maio de 1386) que estipula auxílio e socorros mútuos perante tentativa de destruição de ambos os Estados (Windsor); a confirmação de auxílio de 29 de Janeiro de 1642; Tratado de Whitehall de 23 de Junho de 1661; Tratado de Methuen de 27 de Dezembro de 1703; 21 V. Virgílio de Carvalho, op. cit., pág. 84. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 23
24 Convenção secreta de 22 de Outubro de 1807 que previa a retirada da família real para o Brasil, ante as invasões francesas; os acordos comerciais de 1832 e 1842; A intervenção da Inglaterra, ao abrigo da Quádrupla Aliança, para pôr termo à guerra civil (21 de Maio de 1847); a confirmação de 14 de Outubro de 1899; O segundo tratado de Windsor de Dezembro de 1904; a anuência portuguesa ao pedido britânico de apreensão dos navios estacionados em portos nacionais (17 de Fevereiro de 1916) que precipitara Portugal para a Primeira Guerra Mundial; O relatório de 17 de Janeiro de 1917 que actualizava o velho mas sempre actual pacto com a aliada Inglaterra. Mas avancemos, agora, um pouco mais no tempo até ao século XX, para não fugir ao tema da obra que está relacionado com a tradição marítima de Portugal Os Anos 30 Em 1930 fora estabelecido um programa de defesa, de vertente atlântica, que privilegiava a Marinha onde se incluia o projecto para a construção das modernas instalações do Alfeite como nova base da Marinha e o seu rearmamento, numa perspectiva de defesa da costa e das ligações marítimas com as Ilhas e o Império mas fora de um quadro de beligerância efectiva, pois os meios técnicos não permitiam a defesa eficaz de Portugal Continental e Império Ultramarino, pelo que havia a necessidade de manter uma ligação com a (ainda) poderosa Inglaterra. Em 1934, também a Aeronáutica do Exército recebera da Inglaterra 20 aeronaves De Havilland DH-82 Tiger Moth, sendo depois fabricados nas OGMA, posteriormente a partir de 1938, e juntamente com os Gloster Gladiator Mk II. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 24
25 Por Abril de 1936, após a vitória da Frente Popular em Espanha, foi discutida a necessidade da reorganização do Exército. O Major-General do Exército ordenava a mobilização de destacamentos especiais para a protecção da fronteira no sentido de evitar a passagem de «bandos» como afirmara não identificados para Portugal, sendo a cobertura da mesma estudada pelo General Lobato Guerra ainda em Março quatro meses antes do começo da Guerra Civil de Espanha e que previa a vigilância da PVDE, GNR e GF 22. Em Maio de 1936, Salazar tomou a pasta da Guerra e delegou em Santos Costa a competência do rearmamento do País. 2.2 A inflexão da política militar na aproximação à Alemanha O desenvolvimento da Guerra Civil, iniciada ainda em 1936, condicionaria o relacionamento entre Portugal e a Inglaterra. Perante a intervenção das potências europeias na Espanha Alemanha e Itália, França e Rússia a Inglaterra optaria por uma política de contenção, defendendo a não-intervenção, que não colocasse em causa o processo de apaziguamento com a Alemanha, acabando somente por intervir no mar. Já Portugal apoiaria o lado nacionalista, posição divergente da britânica, situação que se afiguraria funesta à aproximação a Inglaterra, nomeadamente em termos de aquisição de armamento como defendia Armindo Monteiro. Junte-se-lhe o facto de o equipamento militar britânico estar já desactualizado por esta altura, a prioridade britânica no abastecimento interno em detrimento dos pedidos exteriores, e o próprio receio de surgir aos olhos da diplomacia internacional como incoerente, uma vez que declarara uma política não-intervencionista, sendo que o fornecimento de material bélico a Portugal poderia pôr em causa a sua credibilidade. Ainda, afirma o 22 Embora eu não tenha tido acesso a este estudo, aqui fica a cota indicada por António Telo em obra supra citada, pág. 151: AHM, Chelas, Gabinete do Ministro, P.8 C.15. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 25
26 historiador António Telo que «as dificuldades na entrega de armamento são uma forma de pressão sobre Lisboa, para que altere a sua política a respeito da Espanha» 23. Ora, degradadas as relações Portugal-Inglaterra, ainda que por curto período de tempo, era agora a altura de alterar a rota da política externa de abastecimentos das Forças Armadas. Então, a política da Defesa, abandonaria agora a Inglaterra como a principal fonte de rearmamento. Entretanto, era já conhecido o avanço técnico alemão na indústria bélica nomeadamente a dos armamentos terrestres. Potência hegemónica essencialmente terrestre, encontrava-se num patamar de superioridade relativamente a Inglaterra, essencialmente marítima. Surgia, então, a inclinação prática e concretizável do estabelecimento de um acordo luso-germânico de importação de material bélico. No primeiro trimestre de 1936, seriam enviadas missões de âmbito militar à Alemanha com o propósito de auscultar vontades germânicas no fornecimento de armamento a Portugal. Um relatório de 11 de Abril, do Ministério da Guerra, Secção de Rearmamento do Exército, aponta que: «a Missão do Oficial de Artilharia em visita aos Estabelecimentos produtores de Material de Guerra foi recebida (...) na Alemanha, pela Reichsgruppe Industrie com acolhimento digno de menção...» 24 Para além da fábrica Zeiss Ikon A.G., destaque-se a fábrica de armamento pesado Krupp, sede dos canhões "Big Bertha" de 420mm de calibre usados com sucesso na Primeira Guerra contra os fortes de Liège, e da primeira "arma secreta": os canhões da marinha "Paris Gun" de 210mm, de longo alcance, usados para bombardear Paris desde as florestas de Crepy, a mais de 75 milhas de distância, o que representara já a 23 V. António Telo, Portugal e a NATO o reencontro da tradição atlântica, pág AMNE 2P A47 M78. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 26
27 consagração das potencialidades da artilharia desta fábrica alemã ao serviço de um regime tão amante do colossal; durante a Segunda Guerra, a fábrica continuaria activa, chegando Hitler a reunir-se, pessoalmente, em 1937, com Alfried Krupp para encomendar três enormes canhões, entre eles o campeão de gigantismo "Gustav", de 800mm. Outro, de 19 de Março, entusiasma a visão militar germanófila, nestes termos: «(...) A missão seguiu ontem mesmo para Dusseldorf, em visita às fábricas Krupp, donde regressará a Berlim (...) depois de ter visitado em Jena as fábricas Zeiss (...) Creio que os enormes progressos feitos em material de guerra pela Alemanha (...) mereciam mesmo a nomeação de um adido militar...» Contrariamente a Inglaterra, o governo de Berlim, ao conceder facilidades de entrega imediata retirada dos stocks alemães, se necessário, coisa que a Inglaterra nunca pusera como possibilidade ao governo português na venda de armamento, estava também a propiciar uma aproximação das duas nações que, aliás, já se assemelhavam pelo sistema político autoritário. Relativamente ao regime político do Estado Novo, deva dizer-se que, embora não deva ser classificado de «nazista» ou «fascista» como, incorrectamente, muitas vezes o é, apresentava semelhanças com os regimes alemão e italiano, nazi e fascista, respectivamente, reflectindo assim certa propinquidade no seu sistema político autoritário. Esta empatia pode ser demonstrada pela propaganda que entrava legalmente em Portugal através de revistas (a Sinal, por exemplo); a própria saudação fascista que Salazar usava e que abandonaria ao tornar-se óbvio a derrota do Eixo (outra forma de adaptação às tendências da nova ordem mundial) é o selo de aproximação, pelo menos em termos doutrinários, ao regime autoritário nazi; aproximação também (no pós-1936) em termos de aquisição de material militar. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 27
28 Ainda em 1936 era feita uma encomenda de uns tantos milhares de espingardas Mauser Kar-98k 25 ; todavia, seria pouco depois trocada pela aquisição de máquinas alemãs no reequipamento da fábrica de armamento e munições de Braço de Prata. Embora a Alemanha contestasse a decisão repentina, também rapidamente aceitaria a opção portuguesa, pois desejava um bom relacionamento com o País, antigo aliado de Inglaterra, que previa a aquisição aturada de material militar em máquinas e armas para serem montadas nas fábricas, no caso das armas ligeiras, forma de combater a influência britânica em Portugal, além de que não tinha nada a perder. Junkers Ju-52/3m de transporte e bombardeamento são fornecidos (1937), em número de dez, à Aeronáutica do Exército. A Marinha portuguesa estava sendo abandonada pela nova estratégia terrestre; aliás as obras da futura base naval do Alfeite estavam ainda muito atrasadas; isto, não obstante o projecto irreal e "megalómano" para as modestas verbas militares, idealizado no «programa naval mínimo» de 1937 que previa forças permanentes para o Continente, Ilhas e África num total de mais de 80 vasos de guerra, entre os quais duas dezenas de submarinos e outros tantos contratorpedeiros. Figura 2 Junkers Ju-52/3m adquirida na Alemanha para a Aeronáutica Militar: Adaptação da espingarda longa Mauser Kar-98 da Primeira Guerra Mundial, de calibre 7,92mm, superior ao.303 da Lee britânica. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 28
29 A crescente penetração germânica na economia portuguesa continuaria a evoluir de forma positiva imediatamente antes e ao longo da Segunda Grande Guerra, numa harmonia de pagamentos materializados em produtos oriundos dos dois primeiros sectores de produção; ou seja, Portugal pagava à Alemanha com matérias-primas (estanho e volfrâmio, ou sector primário) e géneros (conservas de peixe, por exemplo, ou sector secundário) 26. Ainda em 1937 começavam a chegar as armas ligeiras alemãs a Braço de Prata fábrica agora já reequipada e com a supervisão de técnicos e operários portugueses treinados na Alemanha. Um contrato de uma centena de milhar de espingardas Mauser efectuado em meados de 1937 previa a montagem das mesmas na fábrica de Braço de Prata. Outras peças, mas de artilharia, chegariam em 1938 numa encomenda de vários canhões de 75mm, entre outras. Naturalmente, pela preponderância estratégica terrestre germânica e pela política defensiva portuguesa traçada ao arrepio de uma hipotética invasão vinda de Espanha, o Exército fora a arma mais privilegiada. A Marinha, como se viu, frustrada pela inconcretização do seu plano, chegaria mesmo a pedir a aquisição de 1 petroleiro 27 que se revelaria útil ao garantir o abastecimento mínimo do País de combustíveis líquidos, furtando-se ao seu primeiro e teórico objectivo de apoio aos navios da armada e de 1 rebocador. Assim, como se pode perceber, o plano de 1937 acabava por se não concretizar. 26 V. diversos contactos entre Portugal e a Alemanha relativamente aos produtos a comercializar e à forma de pagamento das mesmas. ANTT AOS/CO/NE Veja-se a carta, de 23 de Dezembro de 1937, que faz menção à missão a ser concretizada em Janeiro de 1938 com o objectivo de «obter elementos para completar o estudo de um petroleiro a construir para a Armada», fazendo ainda referência aos estaleiros R.&W. Hawthorn Leslie & C.º, entre outros. AMNE 2P A47 M78. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 29
30 Pela altura do início da Segunda Grande Guerra, Portugal Continental encontrava-se mal defendido. As Ilhas ponto estratégico de retirada do Governo em caso de ataque e os seus portos estavam mal defendidos, apesar das chamadas de atenção por parte da Inglaterra. Ainda em 1940, o Governo Português pediu a Londres apoio no caso de retirada necessária ante uma invasão de Portugal Continental, e, assim, a revisão dos planos de defesa. Curiosamente, a Inglaterra anuiu, pois necessitava de uma base alternativa em caso de ataque a Gibraltar e consequente evacuação, e só os Açores podiam oferecer tais condições. Portugal aproveitou o ensejo da vontade positiva britânica para, conjuntamente, desenvolverem infra-estruturas nas ilhas. Ainda antes do início da construção do aeroporto das Lajes, em 1930 estava já construída uma pequena pista de terra batida próxima de Achada, entre Angra e as Lajes na Ilha Terceira. Contudo, pela sua reduzida dimensão, inadequada às necessidades da aviação, e posição geográfica à mercê das condições climáticas adversas, desde cedo se sentiu necessidade de construção de um novo aeroporto. Em 1934, um estudo detalhado do Coronel Gomes da Silva indicava a zona da planície das Lajes como potencial campo de aviação. Construiu-se, então, uma pista de aterragem também de terra batida com algumas infraestruturas. Durante a Segunda Guerra, com a crescente agressividade nazi em campo de guerra, em 1941 a pista das Lajes foi aumentada e transferiram-se tropas e equipamento incluindo aviões Gladiator. Em 11 de Julho do mesmo ano, era declarada a capacidade defensiva da base. UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 30
31 2.2.1 As relações com Espanha e a política de neutralidade Relativamente às relações com Espanha embora não seja este o tema da obra, julgo que é importante ter uma noção do relacionamento entre os dois países, para se poder compreender a intervenção de Salazar a favor de Espanha junto dos EUA quando da adesão à NATO, deve ser dito que Portugal e Espanha caminhavam para uma convivência saudável ou, no mínimo, positiva, não obstante o clima conturbado e perigoso gerado pela Guerra Civil de Espanha. Num apontamento datado de 5 de Maio de 1939 vem dito: «(...) D. Nicolas Franco ainda falou na cordealidade das relações existentes entre os dois países e no empenho, que o Generalíssimo mostrara, em que fôsse com Portugal que a nova Espanha celebrasse o seu primeiro Tratado diplomático. Referiu-se à assinatura pela Espanha do pacto anti-comunista, dizendo que nêle nada mais havia além do que se publicou, e que esta assinatura não representava qualquer desvio da orientação anterior do seu Governo, não sendo mais do que a afirmação de uma política que êle vem seguindo desde o primeiro dia da sua existência; e que também nós portugueses seguimos, embora não tenhamos assinado o pacto.» 28 Ora, Portugal acabara de assinar com a Espanha o «Tratado de Amizade e Não- Agressão», ou «Pacto Ibérico» 29, em 17 de Março de Na comunicação do Embaixador de Espanha, de 13 de Julho do ano seguinte, pode ler-se: 28 ANTT AOS/CO/NE-7 29 Segundo a obra Salazar e Salazarismo, só pode falar-se, com propriedade, de «Pacto Ibérico», «Bloco Ibérico» ou «Bloco Peninsular», após a visita a Portugal do Conde de Jordana, em Dezembro de UNIVERSIDADE LUSÍADA Página 31
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