DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - CESPE/UNB. Apresentação & Objetivos
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- Ana Luísa Bergler Fidalgo
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1 DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - CESPE/UNB Apresentação & Objetivos
2 O QUE É SISTEMA TRIBUTÁRIO? A IMPORTÂNCIA DO STN PARA A FEDERAÇÃO; CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS TRIBUTÁRIOS.
3 ATRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: Tem caráter essencialmente legislativo e é indelegável; É possível delegar as funções de arrecadação e fiscalização; Obediência às normas gerais (doravante o CTN); As 'partilhas constitucionais' não afetam a competência; Faz contraponto com as limitações da competência tributária.
4 LIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: Melhor definição: limitações ao poder de tributar; A IMUNIDADE vem a ser uma destas limitações; São emanadas da Constituição Federal, concentradas nos artigos 150 a 152, sem prejuízo de outras disposições.
5 LIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA-PRINCÍPIOS: Legalidade (ou tipicidade estrita); Isonomia: igualdade para todos na aplicação da lei; Irretroatividade: segurança jurídica garantida pela CRFB; Anterioridade (geral, nonagintídia e nonagesimal): primado da 'não surpresa' ao contribuinte; Proibição de confisco: aplicável ao tributo, e não à penalidade tributária, posto que não se confundem (art. 3º do CTN); Liberdade de tráfego.
6 AS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS: Constituem um capítulo à parte no STN, no que concerne às limitações do poder de tributar; NÃO INCIDÊNCIA x ISENÇÃO x IMUNIDADE; Modalidades (ou tipos) de imunidades previstos na CRFB: * recíproca (patrimônio, renda ou serviços uns dos outros); * religiosa (templos de qualquer culto); * objetiva condicionada (partidos políticos; entidades sindicais; e instituições de educação ou de assistência social,sem fins lucrativos); * liberdade de expressão (livros; jornais; periódicos; e papel destinado exclusivamente à impressão destes). Outras imunidades.
7 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA UM BREVE ESTUDO Embora semelhantes em terminologia, difere em seus efeitos da competência não tributária, prevista nos artigos 22 a 32 da CRFB; A competência tributária pode ser: *privativa (impostos que podem ser instituídos por cada ente federativo. Há controvérsias quanto a taxas e contribuições de melhoria, em virtude das atividades estatais); *exclusiva (da União, para os tributos previstos na CFRB); *comum (segundo a CRFB, para taxas e contribuições de melhoria); *concorrente (tem sim, no caso das contribuições previdenciárias dos servidores públicos); *cumulativa (nos termos do artigo 147) e; *residual (artigo 154, I). Temos, ainda, a competência extraordinária (artigo 154, II).
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Competência tributária x tributos vinculados; Relativização do conceito de imunidade do ponto de vista absoluto e relativo (ampliação de seu campo/casos pontuais de imunidade); As limitações do poder de tributar enquanto garantia fundamental.
9 DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - CESPE/UNB Fontes do Direito Tributário
10 Hierarquia das normas
11 - Lei x Legislação: diferenças; - Lei formal x lei material; - Estudo do artigo 96 do CTN; - Lei ordinária x Lei complementar: peculiaridades; - Por que o CTN tem status de Lei complementar? - O princípio da legalidade, do ponto de vista do CTN; - Até que ponto a Medida Provisória pode inovar? - Tratados e Convenções x Legislação Tributária Interna; - A posição dos decretos e regulamentos.
12 - As normas complementares e sua importância para o direito tributário; * atos normativos e suas espécies; * decisões administrativas; * usos e costumes; * convênios. - Efeitos das normas complementares nas relações jurídicas entre a Fazenda Pública e contribuintes.
13 Vigência e aplicação da legislação tributária no tempo e no espaço.
14 - Vigência no tempo: tem a ver com a validade técnicoformal da própria lei; - Pode ser expressa ou tácita (tese dos 45 dias); - A lei vigente dá suporte fático à chamada hipótese de incidência que, juntamente com o fato imponível, constitui uma das facetas do fato gerador.
15 - Vigência da Legislação Tributária no espaço; - Vigência da Legislação Tributária no tempo: * Regras do CTN (art. 103); * Regra da LICC, art. 1º e; * Regras da LC 95/1998 e alterações posteriores. - A coexistência dos princípios da anterioridade e Da anualidade, e as peculiaridades das contribuições sociais e da EC 42/2003.
16 - A aplicação da legislação tributária: *via de regra é imediata (art. 105); *não retroage, em respeito à estabilidade das relações jurídico-tributárias; *o CTN define o que seja fato gerador pendente; - Os conflitos desta aplicabilidade nos tributos de fato gerador continuado (IRPF, IRPJ e outros); - Conclusão: o art. 105 foi parcialmente recepcionado pela CRFB, sem prejuízo das discussões judiciais.
17 - Aplicação retroativa e lei interpretativa; - Em que circunstâncias seria admissível uma lei meramente interpretativa? - Não se confunde com 'anistia' (forma de exclusão do crédito tributário).
18 Incidência, não-incidência, imunidade, isenção e diferimento.
19 - Incidência x não-incidência: *O Direito Tributário, enquanto parte de um todo Orgânico que forma o direito, interfere nas relações jurídico-tributárias, inovando com suas leis; *Logo, o que não estiver descrito em lei considerase não fazer parte do campo de incidência; *Aliás, sob esta ótica, define-se a isenção como Sendo uma 'não-incidência legalmente qualificada'; * Já a imunidade é considerada uma 'não-incidência constitucionalmente qualificada'.
20 - Isenção x imunidade: * A isenção é uma forma de exclusão do crédito Tributário, na forma do CTN; * sob esta mesma ótica, a imunidade vai mais além, excluindo até mesmo a existência de fato gerador,pois suprime a incidência de lei a respeito daquilo que possui guarida constitucional; * A isenção deriva de lei; a imunidade, da Constituição; * Para caracterizar um e outro, basta que fique claro o instituto da não incidência, sendo indiferente o vocábulo a ser utilizado no corpo de texto legal; * Uma isenção sempre pode ser revista e revogada; o mesmo não se pode dizer da imunidade.
21 - Algumas considerações sobre diferimento: *Instituto previsto na CF em seu art. 150, 7º; *Representa, na prática, adiar o recolhimento de tributo (o fato gerador ocorreu, o crédito Tributário foi lançado mas, por disposição legal, Houve o adiamento); *Ocorre com tributos plurifásicos (IPI/ICMS); *O diferimento é um facilitador do trabalho do fisco.
22 QUADRO SINÓTICO DE COMPREENSÃO SOBRE AS INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS NÃO INCIDÊNCIA IMUNIDADE ISENÇÃO INCIDÊNCIA ISENÇÃO IMUNIDADE
23 - A ISENÇÃO CONDICIONADA E SEUS EFEITOS; - ALÍQUOTA ZERO É ISENÇÃO? - CONSIDERAÇÕES FINAIS.
24 DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - CESPE/UNB Interpretação & Integração da Legislação Tributária Classificação dos tributos
25 Interpretação & Integração da Legislação Tributária
26 Interpretação:ato de extrair o sentido de um texto.pode ser: * literal (ou autêntica) art. 111 do CTN; * lógico-sistemática; * teleológica (atende à finalidade da norma) e; * histórica. Integração: completa um todo,suprindo lacunas legais. O CTN elenca 4 deles(art. 108),a serem aplicados nesta ordem: * analogia (difere da interpretação extensiva); * princípios gerais de direito tributário;
27 Princípios gerais de direito privado: - Somente será utilizado para definição do conteúdo e alcance dos institutos, não se prestando a definir os efeitos tributários; - O CTN veda à lei tributária alterar a definição, conteúdo e alcance destes mesmos institutos quando usados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, Dos Estados e DF e Leis Orgânicas, para definir ou limitar competências tributárias (Art. 110);
28 Princípio aplicável ao direito penal tributário (art. 112): - Consagra a retroatividade benigna; - Interpretação de maneira favorável: in dubio pro reo. Doutrina e Jurisprudência: apesar da grande importância que estes métodos de integração legal possuem para o Direito, não são consideradas fontes de integração do Direito Tributário.
29 Classificação dos tributos
30 Definição, ponto a ponto (art. 3º do CTN): - prestação pecuniária compulsória: revela o caráter unilateral (ius imperii) do Estado, ao estabelecer a exação tributária e sua cobrança; - não é sanção de ato ilícito: ou seja, não se confunde com a penalidade pecuniária, que pode até existir de forma autônoma, mas não se confunde com o tributo; - instituída em lei: consagra o princípio constitucional da reserva legal (ou legalidade estrita, ou tipicidade legal); - cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (vide art. 142 do CTN): trata-se do lançamento, que constitui o crédito tributário.
31 - Natureza jurídica do tributo é definida pelo fato gerador, sendo irrelevantes (art. 4º): * a denominação jurídica (taxa 'disfarçada' de imposto); * a destinação legal (partilhas constitucionais) e; * o produto de sua arrecadação (se é vinculado ou não).
32 Quadro sinótico das espécies de tributos IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÕES { - de polícia; { - de serviços. { - de melhoria; Exclusivas { - sociais; da { - interventivas (CIDEs); União { - interesse das profissões; { - previdenciárias dos servidores públicos (RPPS); { -
33 Principais critérios de classificação dos tributos: - Quanto ao aspecto jurídico: vinculados/não-vinculados; - Quanto à vigência geográfica: internos e externos; - Quanto à sujeição passiva: reais e pessoais; - Quanto à repercussão: diretos e indiretos; - Quanto à agregação: cumulativos e não-cumulativos; - Outras classificações (progressivos, neutros e regressivos) não serão de interesse do direito tributário.
34 Quanto à competência, classificam-se em: - Privativos: competências instituídas na CRFB (em alguns casos, na União será exclusiva); - Comuns: taxas e contribuições de melhoria (do ponto de vista dos Direitos administrativo e constitucional, vislumbra-se privatividade ou concorrência, conforme o caso); - Residual: exclusiva da União, tanto para os impostos quanto para as contribuições sociais; - Extraordinária: exclusiva da União (impostos de guerra). Ainda existe heteronímia no direito tributário???
35 Fiscalidade, extrafiscalidade e parafiscalidade: - Um tributo, ao ser criado, por natureza se reveste de fiscalidade (carrear recursos para o Estado); - Alguns tributos, porém, tem o condão de se prestar a fazer o papel de instrumento de política econômica, muito embora arrecadem também no caso brasileiro, temos como exemplo os impostos que se excepcionam à aplicação dos princípios da legalidade e anterioridade. São os tributos extrafiscais; - São parafiscais os tributos em que o sujeito ativo não é o Estado, e sim uma entidade pública ou privada (OAB, CFC, SENAI, SENAC), com vistas a sua manutenção.
36 Classificação por categorias econômicas, consagrada pelo CTN(*): - Impostos sobre o comércio exterior: II e IE; - Impostos sobre o patrimônio e a renda: ITR; IRPF; IRPJ; IRRF; IPVA; ITD; ITBI e IPTU; - Impostos sobre a produção e circulação: IPI, IOF, ICMS e ISSQN; - Impostos extraordinários: com o advento da CF/88, foram incorporados ao antigo ICM (agora ICMS), virando apenas uma previsão constitucional, privativa da União. (*) com eventuais acréscimos dos impostos
37 Tributos x preços públicos (tarifas): - Tributos: - Preços: * receitas derivadas e compulsórias; * têm fundamento no direito público; * predominância do interesse público (Estado). * são receitas de índole contratual; * fundam-se no direito privado; * predominância do direito privado (lucro).
38 *** Considerações Finais ***
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