Centro de Incubação Empresarial. como facilitador de Empreendedorismo. Carlos Fernando Sousa Torres

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1 Centro de Incubação Empresarial como facilitador de Empreendedorismo Carlos Fernando Sousa Torres Dissertação de Mestrado Mestrado em Empreendedorismo e Internacionalização Porto abril de 2014 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

2 Centro de Incubação Empresarial como facilitador de Empreendedorismo Carlos Fernando Sousa Torres Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Contabilidade e Administração do Porto para a obtenção do grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, sob orientação da Professora Doutora Maria Clara Ribeiro Porto abril de 2014 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO II

3 Porto abril de 2014 INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO III

4 Resumo: Atualmente, o empreendedorismo, é entendido como um fator que alavanca a criação de empresas de caráter inovador. Nesse sentido, é possível assinalar uma relação intrínseca entre esse fenómeno empreendedor e as incubadoras de empresas, uma vez que tais entidades são criadas com a finalidade de estimular e estruturar a criação de novos negócios, atuando paralelamente com a empresa até a mesma atingir uma fase de amadurecimento em que possua capacidades suficientes para se manter por conta própria num mercado altamente competitivo. Perante isto, emerge a seguinte problemática de pesquisa: Quais serão as motivações que levam o potencial empreendedor a procurar as Incubadoras de Empresas? Quais as vantagens e riscos de estar num Centro de Incubação? Tal pesquisa torna-se pertinente na medida em que pode contribuir para o aprofundar das investigações académicas sobre o empreendedorismo e a incubadora de empresas. Destacamos ainda, que não é pretensão fazer afirmações prontas e generalistas; procura-se principalmente aprofundar e contribuir para estudos que têm por objetivo relacionar a problemática do empreendedorismo e da incubação de empresas. Logo, esta investigação possui um caráter exploratório, gerador de novas abordagens, uma vez que no nosso país a bibliografia sobre os dois temas é ainda escassa. Para a materialização deste trabalho, a metodologia recaiu sobre o estudo de caso. Foi utilizado como método de recolha de dados o inquérito através de questionário aos Gestores das Incubadoras e aos Gestores das Empresas Incubadas. A Conclusão principal desta investigação é que a perceção dos inquiridos é maioritariamente favorável ao processo de incubação empresarial e que o mesmo traz vantagem e é facilitador de empreendedorismo, ficando-se no entanto, após a pesquisa bibliográfica com a noção da necessidade de mais apoio ao empreendedorismo e da redução do processo burocrático. Palavras chave: Empreendedorismo; Incubadora de Empresas, Estudo de Caso Exploratório IV

5 Abstract: Currently, entrepreneurship is seen as a factor that leverages the creation of innovative companies character. Thus, it is possible to highlight an intrinsic relationship between this entrepreneurial phenomenon and business incubators, since such entities are created in order to stimulate and structure the creation of new businesses, operating in parallel with the company until it reaches a stage of maturity in which possesses sufficient capabilities to stay on their own in a highly competitive market. Given this, the following issues emerge from research: What are the motivations behind the potential entrepreneur looking for Business Incubators? What are the advantages and risks of being in an Incubation Centre? Such research becomes relevant in that it may contribute to the deepening of academic research on entrepreneurship and business incubators. We also point out that it is not meant to make ready and general statements; looking mainly deepen and contribute to studies that aim to relate the issue of entrepreneurship and business incubation. Therefore, this research has an exploratory character, generating new approaches, since in our country literature on these two topics is still scarce. For the realization of this work, the methodology fell on the exploratory case study. The survey method was used for data collection through questionnaire to managers of incubators and Managers of Enterprises Incubator. The main conclusion of this investigation is that the perception of respondents is mostly favorable to business incubation process, that brings advantage and is facilitator of entrepreneurship, getting up however, after a literature search, with the notion of the need for more support entrepreneurship and the reducing of bureaucratic process. Key words: Entrepreneuship; business incubator; Exploratory Case Study V

6 Citação O tempo é limitado, então não percam tempo a viver a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixem o barulho da opinião dos outros abafar a vossa voz interior. E mais importante, tenham a coragem de seguir o vosso coração e a vossa intuição. Eles de alguma forma, já sabem aquilo em que se querem tornar. Tudo o resto é secundário Steve Jobs VI

7 Agradecimentos À minha orientadora, Professora Doutora Maria Clara Dias Pinto Ribeiro, pela partilha de conhecimento, paciência, dedicação e exemplo. Aos Gestores das Incubadoras e das Empresas Incubadas que de algum modo participaram de forma disponível para que o meu objetivo fosse alcançado e este trabalho pudesse ser concretizado. Aos meus professores e colegas de mestrado pela qualidade de trabalho desenvolvido ao longo deste tempo. Ao meu filho Pedro, à minha esposa Eulália, por todas as horas de ausência, e por fazerem parte da minha vida e me darem força para enfrentar as dificuldades que foram surgindo, com toda a sua paciência e amor. Aos meus familiares e amigos, por acreditarem em mim, por me darem força para continuar o caminho. Ao Amigo Paulo Oliveira, pela amizade e companhia, neste percurso de estudos, desde a Licenciatura até ao Mestrado, sem dúvida uma amizade para toda a vida. A todos os que ao longo da minha vida têm contribuído para a minha educação e formação. A todos o meu muito obrigado. VII

8 Lista de Abreviaturas ADN - Ácido Desoxirribonucleico BICs - Business Innovation Centers C&T - Ciências e Tecnologias EBN - European Business Innovation Network EBT s - Empresas de Base Tecnológica I&D - Investigação e Desenvolvimento i.é. - Isto é IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação INE - Instituto Nacional de Estatística MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia (Brasil) MPMEs - Micros, Pequenas e Médias Empresas NBIA - National Business Incubation Association NEI - Nova Economia Institucional OECD - Organização Económica para a Cooperação e Desenvolvimento ONGs - Organizações Não Governamentais P&D - Pesquisa e Desenvolvimento PMEs - Pequenas e Médias Empresas TIC Tecnologias de Informação e Comunicação UKBI - United Kingdom Business Incubation VIII

9 Índice Geral Resumo:... IV Abstract:... V Citação... VI Agradecimentos... VII Lista de Abreviaturas... VIII Índice Geral... 9 Índice de Ilustrações...12 Índice de Gráficos...13 Introdução...16 Introdução...17 Apresentação e fundamentação da investigação...17 Formulação do problema e justificação do estudo...19 Estrutura da dissertação...20 Capítulo I Empreendedorismo Empreendedorismo Empreendedorismo: um conceito plural Motivações e obstáculos dos empreendedores no processo de criação da empresa Ser empreendedor contextos e motivações Papel do Empreendedor Visão Sistémica Limitações e dificuldades no processo de criação de empresas Avaliação dos negócios pelos empreendedores...38 Capítulo II Incubadoras de Empresas Incubadoras de Empresas Génese e evolução geral do conceito O contexto geral da incubadora: posicionamento geral e meio envolvente O meio envolvente de tarefa das incubadoras

10 2.4 A experiência europeia: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Portugal e Polónia Tipos de incubadora de empresas Características das incubadoras de empresas Serviços fornecidos pelas incubadoras de empresas Principais fatores de organização das incubadoras de empresas As incubadoras de empresas em Portugal...56 Capítulo III Estudo de caso Metodologia do estudo O estudo de caso exploratório Participantes na Investigação Sujeitos/Gestores das Incubadoras/Gestores das Empresas População e amostra do Estudo Apresentação e Análise dos Resultados Questionário dirigido aos Gestores das Incubadoras Questionário dirigido aos Gestores das Empresas Incubadas Conclusões...81 Conclusão Conclusão...86 Referências bibliográficas...94 Anexos Anexo 1 Questionário dirigido aos Gestores das Incubadoras Anexo 2 Questionário dirigido às empresas nas incubadoras Anexo 3 Respostas dos gestores das incubadoras Anexo 4 Respostas ao questionário dirigido às empresas incubadas

11 Índice de Quadros Quadro 1 - Quadro de referência para a ligação entre o empreendedorismo e o crescimento económico...31 Quadro 2 - Tipos de Incubadora...53 Quadro 3 - Modelo geral: principais fatores de organização de incubadoras

12 Índice de Ilustrações Ilustração 1 - Evolução do Conceito de incubadora de empresas...43 Ilustração 2 - O contexto macro enquadrador das incubadoras de empresas...46 Ilustração 3 - Modelo explicativo do contexto transacional envolvente de um parque de c&t...48 Ilustração 4 - Um modelo laissez-faire das relações universidade-indústria-governo...58 Ilustração 5 - O modelo da Triple Helix das relações universidade - indústria governo

13 Índice de Gráficos Gráfico 1 - Forma jurídica da incubadora...67 Gráfico 2 - Situação estatutária/dependência...67 Gráfico 3 - Orientação Setorial...68 Gráfico 4 - Fontes de Financiamento da Incubadora...69 Gráfico 5 - Serviços de base...69 Gráfico 6 - Serviços Técnicos...69 Gráfico 7 - Serviços de Gestão...70 Gráfico 8 - Serviços Estratégicos...70 Gráfico 9 - Promoção da Incubadora e atração de novas empresas...71 Gráfico 10 - Manutenção das instalações...71 Gráfico 11 - Promoção de serviços diversos às empresas sediadas...71 Gráfico 12 - Relações públicas e obtenção de financiamentos...72 Gráfico 13 - Fomento das ligações de cooperação com a universidade...72 Gráfico 14 - Fomento das ligações de cooperação entre as empresas sediadas...72 Gráfico 15 - Apoio legal no que se refere à transferência do conhecimento/tecnologia...73 Gráfico 16 - Apoio legal na comercialização da tecnologia (patentes)...73 Gráfico 17 - Empresa Spin-off da Universidade/Instituto Politécnico...73 Gráfico 18 - Empresa Spin-off de outra empresa (indique a percentagem de empresas em cada origem)...74 Gráfico 19 - Empresa nova, iniciativa individual ou dos sócios...74 Gráfico 20 - Empresa já existente...74 Gráfico 21 - Filial de empresa já existente...75 Gráfico 22 - Origem da Empresa...77 Gráfico 23 - Tempo de Incubação...78 Gráfico 24 - Forma jurídica da empresa...78 Gráfico 25 - Número de colaboradores

14 Gráfico 26 - Atividades de I&D...79 Gráfico 27 - Tipo de atividade de I&D...79 Gráfico 28 - Número de colaboradores envolvidos em atividades de I&D

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16 16 Introdução

17 Introdução A escolha do tema, envolve principalmente uma exploração motivada por interesses pessoais e profissionais. Pretende-se sob o ponto de vista teórico que os conceitos enunciados quando associados à definição e importância da cooperação pública e privada, sejam uma mais-valia para o empreendedor na desmistificação do processo burocrático e económico que antecede a criação do próprio negócio. A revisão da literatura realizada revela uma importância crescente dos Centros de Incubação Empresarial como ferramenta de apoio ao empreendedorismo e ao crescimento económico. As incubadoras de empresas são capazes de gerar empresas técnica e administrativamente preparadas para enfrentar o mercado, sendo importante complementar a cedência de espaço com outros serviços de apoio e com ações de formação ao nível da gestão empresarial e comercial. Assim, os centros de incubação contribuem de forma clara para o desenvolvimento empresarial e para a promoção da inovação na área em que estão inseridas. Por outro lado, a incubação é também um instrumento de diversificação de atividades e de descentralização, promovendo o aparecimento de empresas inovadoras, que atuam em áreas com muito valor acrescentado, contribuído ainda para a renovação do tecido empresarial. Este tipo de atuação é naturalmente pensado tendo em conta fins de rentabilidade mas também pela função social e de responsabilidade ligada a uma instituição deste tipo. Pretende-se pois, que as empresas que se enquadram na tipologia do cliente alvo assumido, possuam um perfil dinâmico e inovador, onde a capacidade de investigação, captação de novas ideias e novos métodos sejam uma característica sempre presente num Centro de Incubação Empresarial. Salienta-se ainda que grande parte das vantagens apresentadas por uma estrutura como esta, nascem das mudanças que as empresas de carácter mais tradicional, sentem ao nível tecnológico e organizacional. Apresentação e fundamentação da investigação Com vista à apresentação da dissertação de mestrado em empreendedorismo e internacionalização, esta versará sobre a abordagem do centro de incubação empresarial como facilitador de empreendedorismo. Esta será realizada através do estudo de alguns modelos nacionais e focar-se-á no nas necessidades de apoio ao empreendedorismo e ao empreendedor, quer a nível administrativo quer a nível financeiro, principalmente na fase inicial do negócio, pois é nesta fase que acontece a maior taxa de fracasso. 17

18 Foi em 1959 que, no Estado de New York (EUA), surgiu o modelo pioneiro do processo de criação de empresas, tal qual conhecemos hoje, quando uma das fábricas da Massey Ferguson fechou, deixando um significativo número de residentes desempregados de New York. Joseph Mancuso, comprou as instalações da fábrica e resolveu subarrendar o espaço para pequenas empresas iniciantes, que compartilhavam equipamentos e serviços. Além da infraestrutura física das instalações, adicionou a este modelo um conjunto de serviços a serem partilhados pelas empresas ali instaladas, como secretariado, contabilidade, vendas, marketing e outros, o que reduzia os custos operacionais das empresas e aumentava a competitividade. Uma das primeiras empresas instaladas na área foi um aviário, o que conferiu ao prédio a designação de incubadora. Durante os anos 70, na conhecida região de Silicon Valley, nos Estados Unidos, as incubadoras foram surgindo como meio para incentivar universitários recém-licenciados a divulgar as suas inovações tecnológicas e a criar espírito empreendedor. A organização que ali foi criada, revelou-se numa oportunidade para esses jovens iniciarem as suas empresas, através de parcerias, dentro duma estrutura física que lhes oferecia assessoria de gestão, apoio jurídico, comunicacional, administrativo e tecnológico para que os seus negócios nascentes pudessem amadurecer, tendo sido dado a esta estrutura o nome de incubadora de empresas. As incubadoras de empresas evidenciam-se por todo mundo por contribuírem para o processo de consolidação da cultura empreendedora e do empreendedorismo académico nas comunidades locais e regionais. E também proporcionam às microempresas uma estrutura produtiva eficiente com dimensão competitiva que corresponda às necessidades atuais, eliminando assim a dimensão individual ou seja, as suas competências internas. Segundo (Smilor e Gill, 1986 apud Marques, 2005) atualmente as incubadoras são consideradas como uma das iniciativas mais importantes para o desenvolvimento económico. Estas procuram potencializar o talento empreendedor, dando apoio e dotando de serviços para complementar o perfil empresarial adequado à atuação num mercado competitivo, e finalmente, proporcionar a integração com a comunidade. A incubadora na visão Smilor e Gill, pode ser um elo entre o empreendedor e o mercado, na comercialização do produto ou do serviço oferecido, especialmente aquele orientado para as tecnologias. (Stainsack, 2003, p. 46). Segundo Marques (2007), no contexto da economia e sociedade baseada no conhecimento, as Universidades modernas têm vindo a assumir progressivamente, um papel mais interventivo no desenvolvimento económico e social das regiões onde está inserida. Este dinamismo gerou novos modos de intervenção, nomeadamente a prestação de serviços à comunidade, a promoção de Parques de Ciência e Tecnologia e de Incubadoras de Empresas e de Tecnologia. Neste sentido, a Universidade tem, naturalmente, tido a iniciativa de organizar e promover Incubadoras de Empresas e Tecnologia, sozinha ou em cooperação com outras entidades. O objetivo é 18

19 disponibilizar um conjunto de meios e recursos no sentido de fomentar o surgimento de novas empresas empreendedoras, especialmente as provenientes do ambiente académico, e por conseguinte criar um mecanismo que facilite a comercialização dos resultados da investigação e desenvolvimento (I&D) académica. Demonstra-se assim o interesse económico que as incubadoras têm na criação de novas empresas, na promoção de uma cultura empreendedora, e na dinamização da relação entre as Universidades e Politécnicos com o setor empresarial na construção de uma sociedade cada vez mais competitiva. Formulação do problema e justificação do estudo O ensino do empreendedorismo é um tema que tem gerado uma enorme controvérsia entre investigadores e docentes. No entanto, pode dizer-se que há consenso de que o empreendedorismo pode ser ensinado ou, pelo menos, encorajado através da educação empreendedora (Gorman; Hanlon; King, 1997; Lopes, 2010). Assim sendo, o foco principal das discussões sobre o tema mudou da possibilidade de ensino para como e com que métodos este pode ser ensinado. (Lopes, 2010). O plano de negócios é atualmente a ferramenta mais usada na educação empreendedora (Lange et al, 2007; Andreassi; Fernandes, 2010). A elaboração deste requer uma análise minuciosa e um planeamento mais completo para transformar a oportunidade num negócio de sucesso, ou mesmo para indicar que o abandono da ideia de negócio é o mais razoável a ser feito. Embora o plano de negócios seja considerado muito importante, assim como a sua utilização na educação empreendedora, há estudos que questionam se é a ferramenta mais eficaz para tanto. (GIBB 1 apud HENRY, HILL, & LEITH, 2005) aponta para o enfoque excessivo dos cursos de empreendedorismo no plano de negócios, uma vez, que este pode impossibilitar a resposta empreendedora às constantes mudanças no ambiente e que o plano formal parece ser mais útil às instituições financeiras do que ao empreendedor. (LANGE, 2007) efetuou um estudo com 116 novos negócios e, concluiu que não houve diferenças no desempenho das empresas que começaram com ou sem um plano de negócios. O autor sustenta que, a menos que se deseje pedir o capital inicial para a empresa junto de uma instituição financeira ou business angels, não há razão para redigir um plano antes de abrir o negócio. O plano de negócios baseia-se no pressuposto de que, para abrir uma empresa, o aluno/empreendedor precisa estudar o mercado e o público-alvo, desenvolver estratégias de 1 GIBB, A. A. Small Firms training and competitiveness. Building upon the small business as a learning organization. International Small Business Journal, v. 15, n. 3, p ,

20 venda do produto e de produção, fazer um plano de negócios para verificar o quanto será preciso para abrir o negócio, qual a taxa de retorno e, por fim, se é viável ou não sua abertura. Todavia, na prática, observa-se que a maioria dos pequenos negócios surge de outra maneira. Com os próprios recursos e os seus próprios conhecimentos, o empreendedor identifica as possibilidades de negócios que pode abrir. Neste caso, os empreendedores preocupam-se mais com o que estão dispostos a perder, com o que estão a arriscar, do que com o retorno do investimento. É a busca para diminuir as incertezas, e não maximizar o lucro. Esta abordagem foi introduzida em 2001 pela professora Saras Sarasvathy, e é denominada effectuation (Sarasvathy, 2001). De modo genérico, a effectuation combina o learn by doing com a prática da tentativa e erro (Andreassi & Fernandes, 2010). Aprender fazendo, experimentando, tentando e errando, seria em elemento essencial ao ensino do empreendedorismo (Lopes, 2010; Kirby, 2004). Nestes termos, segundo (Andreassi & Fernandes, 2010), as escolas de negócios têm como desafio, encontrar novas metodologias mais próximas à abordagem effectual para o ensino do empreendedorismo. Neste contexto, um dos elementos que poderia ser explorado mais intensamente para o ensino e estímulo do empreendedorismo é a incubadora de empresas. Segundo Fiala et al (2012) os centros de incubação têm uma atmosfera rica em trocas, longe das salas de aula, onde acontecem experiências que enriquecem a educação empreendedora. Todavia, é diminuto o número de docentes que se servem das visitas a incubadoras como meio didático, para que o aluno conheça na prática a inovação e a incerteza com que os empreendedores se defrontam. Assim, o problema que o presente estudo busca responder é: Quais serão as motivações que levam o potencial empreendedor a procurar as Incubadoras de Empresas? Quais as vantagens e desvantagens de estar num Centro de Incubação? Estrutura da dissertação Na introdução apresenta-se o enquadramento do tema, a motivação, os objetivos, a metodologia e a estrutura seguida. Na primeira parte descreve-se os aspetos que determinaram a investigação e a pesquisa bibliográfica, sendo constituída por três capítulos: Capítulo I Abordará análise dos conceitos de empreendedorismo. Procurar-se-ão ainda identificar as causas e efeitos, as vantagens e desvantagens inerentes ao processo de incubação, bem como abordar a interligação dos centros de incubação com o empreendedorismo; Capítulo II Desenvolverá a problemática do papel da incubadoras de empresas, procurando descrever a atividade destas organizações, em matéria de serviços prestados interligando-as com o empreendedorismo, bem como o processo de incubação empresarial no Mundo em geral e em particular em Portugal. 20

21 Capítulo III O terceiro capítulo será dedicado ao estudo de caso, no que toca à análise do posicionamento assumido pelos diversos responsáveis pelas incubadoras e empresas incubadas no que respeita às questões suscitadas nesta dissertação. Assim, para além da apresentação dos entrevistados e da estrutura dos questionários, analisar-se-ão os dados obtidos nesses questionários com a finalidade de encontrar as respostas para as questões de investigação e que permitirão formular as conclusões da dissertação. Por fim, as respetivas conclusões. 21

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23 23 Capítulo I Empreendedorismo

24 1 Empreendedorismo Nos últimos vinte anos tem-se vindo a dar grande relevo à problemática da criação do próprio emprego e do empreendedorismo. Para tal, basta recordarmos a imensa documentação, estudos e investigação que tem sido produzida sobre esta temática. O relevo dado à noção em causa resulta do reconhecimento crescente por parte das políticas públicas do contributo muito significativo das PE s para o emprego, a vitalidade da economia e o crescimento económico. Em Portugal, por exemplo, no período de , 93% das novas empresas criadas são unidades muito pequenas, com menos de 9 trabalhadores (Baptista e Thurik, 2007). Outro indicador mostra que nos EUA, no período que decorre da II Grande Guerra aos nossos dias, estima-se que 50% das inovações de todos os tipos e 90% a 95% das inovações radicais, provieram das empresas novas e mais pequenas (Richardson, s/d, p. 6). Segundo Ferrão et al (2005, p. 80), o empreendedorismo e as PME s, desempenham um papel relevante por duas razões: o uso de novas tecnologias reduziu a importância das economias de escala; o encurtamento dos ciclos de vida das tecnologias favorecem o aparecimento de novos operadores e de pequenas empresas com maior flexibilidade em lidar com mudanças radicais. A atenção levantada pelo próprio emprego e empreendedorismo deve-se ainda às profundas mudanças ocorridas nas políticas públicas dos países desenvolvidos a partir da década de 80, designadamente, a inexistência de regulamentação, a privatização de diversos setores e a alteração dos regimes de proteção social dos desempregados, visando promover o regresso destes ao mercado de trabalho. Alguns exemplos da importância dada nos últimos anos a este assunto, são, por exemplo, em 1998, a comunicação da Comissão Europeia ao Conselho intitulada Fostering entrepreneurship in Europe: priorities for the future 2 ; em 2000, o Conselho Europeu de Lisboa definiu como objetivo a expansão do empreendedorismo; em 2003 a Comissão publicou o Livro Verde O empreendedorismo na Europa, obra que aponta as razões para a maior criação do negócio próprio nos EUA relativamente à Europa o debate gerado pelo livro verde conduziu a um plano de ação conhecido por Agenda Europeia para o Empreendedorismo. A estratégia Europeia para o Emprego, lançada em 1998, após a Cimeira do Luxemburgo, estabelece como orientação a seguir pelos Estados-Membros o desenvolvimento do espírito empresarial (Pilar II), através da redução dos obstáculos formais à constituição de empresas (diretriz 10), do incentivo ao desenvolvimento da atividade independente (diretriz 11), da criação de emprego à escala local (diretriz 12), da exploração das potencialidades de emprego no sector dos serviços (diretriz 13) e da redução da pressão fiscal sobre o trabalho (diretriz 14). 2 COM (98) 222 final, Brussels,

25 No entanto, a realidade de cada país revela que as dificuldades de implementação do empreendedorismo são muitas e variadas e requerem um trabalho continuado durante um longo período de tempo. 1.1 Empreendedorismo: um conceito plural A pesquisa bibliográfica demonstra que não há uma definição simples e incontroversa de empreendedorismo. Segundo Philipsen (1998), num inventário das contribuições para as teorias económicas do empreendedorismo, relativo aos últimos 200 anos, identificaram-se 12 abordagens distintas com respeito ao conceito e papel dos empreendedores. A importância dos conceitos e problemas associados ao empreendedorismo deve-se também à própria história de expansão desse conceito. Como indica Ferreira (2005), embora a utilização inicial do termo tenha ocorrido no âmbito da atividade económica, essa noção passou da área económica convencional para outras, tais como: a área da economia informal ou a área social (social entrepreneur); a área política e institucional (policy entrepreneur, institutional entrepreneur). Também a expansão das novas tecnologias, associada à globalização dos mercados criou novas oportunidades de negócio em áreas diversas, abrindo caminho à criação de termos como empreendedorismo de alta tecnologia, de base científica, de base tecnológica, empreendedorismo dos spin-off e dos spill over. Conforme exposto, é missão impossível abraçar, toda a amplitude e profundidade dos contributos existentes para as teorias em redor do empreendedorismo. Contudo, a partir de alguns estudos considerados pertinentes, tentamos aqui dar uma visão simplificada da problemática do empreendedorismo orientada para o desenvolvimento económico e empresarial. A importância do estudo do empreendedorismo é abordada por diversos autores. Assim, o empreendedorismo deve ser estudado, fundamentalmente, para explicar e facilitar o papel da nova empresa no desenvolvimento do progresso económico. Outra razão apontada para justificar a investigação nesta área reside na ideia de que, para além de explicar como funcionam os mercados, também é necessário perceber porque funcionam e que, para isso, é fundamental entender o papel dum agente central nesse processo: o empreendedor (Raposo e Silva, 2000). Segundo Lambing e Kuehl (2003), este tema deve ser estudado principalmente devido à dimensão que assumiu, fornecendo-nos uma ideia dessa dimensão através do crescimento de novas empresas fundadas nos Estados Unidos da América (E.U.A.), nos últimos quarenta a cinquenta anos. Assim, em 1955, naquele país, existiam 4,5 milhões de pequenas empresas, ou seja, 1 por cada 38 habitantes. Em 1965 esse rácio passou para 1/29, em 1975 para 1/26, em 1985 para 1/20 e em 1998 para 1/16, menos de metade do valor registado em A pura dimensão do fenómeno de criação de novas empresas é, para estes autores, motivo que justifica a atenção que lhe é dedicada na investigação publicada. 25

26 A importância do empreendedor e da criação de novas empresas, em particular das microempresas, para o desenvolvimento económico e social dum país é apontado pela Comissão Europeia (2003) como outro motivo que justifica um esforço de investigação sobre o fenómeno. O Green Paper da Comissão Europeia (2003) aponta como razões para que o empreendedorismo seja considerado importante, o seu contributo para: A criação de empregos; O crescimento económico; Melhorar a competitividade; Aproveitar o potencial dos indivíduos; Explorar os interesses da sociedade (proteção do ambiente, produção de serviços de saúde, de serviços de educação e de segurança social). Reynolds (1991) oferece-nos uma visão globalizada do fenómeno do empreendedorismo, referindo que o subsistema empreendedor, enquanto parte do sistema social e económico duma sociedade, desempenha duas funções, a de arbitragem entre subsistemas (nomeadamente entre o financiamento, a inovação e os fornecedores de fatores produtivos), e a de integrador do subsistema económico. Uma vez que desempenha um papel tão importante na sociedade, não é de estranhar que o empreendedor seja alvo de tanta atenção na literatura publicada. Perante isto, o aumento significativo na publicação de investigação sobre este tema que se tem verificado, acaba por ser um reconhecimento da importância que o mesmo assume no desenvolvimento das economias, facto este, já sublinhado por Schumpeter (1949) há aproximadamente sessenta e cinco anos. Essa importância é reconhecida não só pelos investigadores como também pelo poder político: desde o governo socialista francês, até aos governos conservadores dos E.U.A., passando pelo governo inglês, todos têm sublinhado a importância estratégica do empreendedorismo para o desenvolvimento económico e social dos seus países (Raposo e Silva, 2000). Como explicação para a importância atribuída a este fenómeno, Henrekson (2002) e Coulter (2003), apontam três razões principais: a criação de emprego, a inovação e a criação de riqueza. Reynolds, Storey e Westhead (1994) acrescentam uma quarta: a constituição da própria empresa constitui-se uma importante escolha que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Analisando a literatura pulicada, é possível sintetizar quatro razões principais para justificar a importância do estudo do empreendedorismo: 1. A criação de emprego, incluindo o próprio-emprego; 2. A importância das jovens empresas para a inovação; 26

27 3. A contribuição da criação de empresas para a criação de riqueza e para o desenvolvimento da economia e da sociedade; 4. A opção de carreira para uma parte significativa da força de trabalho. Relativamente à primeira razão, a criação de emprego, Reynolds et al (1994) estimam que, tanto na Suécia como nos E.U.A., aproximadamente metade dos empregos criados ao longo de seis anos se deveram às pequenas e médias empresas (PMEs) criadas no mesmo período. Também nos E.U.A. as pequenas empresas recém-criadas são responsáveis pela criação de 3/4 dos novos empregos (Henderson 2002). Palich e Bagby (1995) afirmam que os governos vêm os empreendedores como os principais criadores de novos empregos. Por sua vez, Arend (1999) refere dados estatísticos dos Estados Unidos, segundo os quais na década de 80 as PE s criaram 20 milhões de empregos, enquanto as grandes contribuíram para o desemprego com fortes downsizings. É de salientar ainda o livro verde sobre empreendedorismo da Comissão Europeia (2003) onde é colocado em evidência o papel que o espírito empresarial assume na criação de emprego. No entanto, é de salientar que a criação de emprego pelas novas empresas acontece em paralelo com o possível encerramento de empresas antigas, ultrapassadas e vencidas pelas novas, ou seja, se por um lado se cria emprego, o processo de destruição criativa (Schumpeter, 1942) leva também à perda de outros postos de trabalho. Baptista e Thurik (2004) efetuaram um estudo sobre a relação entre a criação de novas empresas e o desemprego em Portugal e concluíram que essa relação é menos expressiva ou decorre com um desfasamento temporal mais alargado do que na média dos países da OCDE, mas ainda assim é positiva. Ainda sobre este assunto, Baptista, Escária e Madruga (2004) encontraram evidência empírica, que comprova, que a criação de novas empresas tem efeitos diretos na criação de emprego, mas tem também efeitos indiretos, através do aumento da concorrência, da eficiência e da inovação. Contudo, estes efeitos indiretos fazem-se sentir com um desfasamento temporal de cerca de oito anos, ou seja, a criação de novas empresas tem também uma influência de longo prazo na criação de emprego. No que toca à segunda razão, a inovação, Reynolds (1994) e o livro branco da U.S. Small Business Administration (1998) sublinham a importância das novas empresas para a inovação na economia, não apenas pela quantidade de patentes registadas a favor destas, proporcionalmente muito maior do que a registada a favor das empresas mais antigas, mas também pelos desafios que colocam às empresas já instaladas. Arend (1999) reforça esta posição indicando que, na década de oitenta do século passado, as pequenas empresas gastaram globalmente mais em investigação e desenvolvimento (I&D) do que as grandes empresas e geraram 24 vezes mais inovações por cada dólar investido em I&D do que 27

28 as empresas da Fortune 500, adiantando ainda que às empresas já instaladas não interessa muitas vezes explorar as inovações tecnológicas, porque a mudança tem, por vezes, custos e riscos muito elevados. De facto, a preocupação com o curto prazo e a burocracia sufocam a inovação nas grandes empresas (Drucker, 1985). Assim, para as jovens empresas a inovação é o seu motor de desenvolvimento e a procura sistemática da inovação faz parte central do próprio conceito de empreendedorismo (Drucker, 1985a, 1985b, 1998). Quanto à terceira razão, a criação de riqueza e o desenvolvimento, Reynolds, Storey e Westhead (1994) mostraram que, nos E.U.A., elevadas taxas de criação de empresas foram, durante o período analisado, uma condição necessária para o crescimento económico. Também, Reynolds et al (1994) concluíram que a criação de empresas acompanha quase sempre o crescimento económico, enquanto Carter et al (2003) confirmaram que a criação de novos negócios independentes explica entre um quarto e um terço da variação no crescimento económico em muitos dos países industrializados. No mesmo sentido, Henderson (2002) considera que o valor do empreendedor é evidente tanto a nível nacional como a nível regional ou local. Ao nível das nações, apurou que aquelas que têm mais atividade empreendedora têm também um crescimento do PIB mais elevado, afirmando mesmo que o empreendedorismo explica um terço da diferença de crescimento entre países, embora considere que a relação entre empreendedorismo e crescimento é mais forte em países que dependem mais do comércio internacional. Coulter (2003), verificou que nos países do G7 se confirma a existência duma forte relação entre o nível de atividade empreendedora e o crescimento económico anual. Baseando-se no relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), esta autora abona de forma conclusiva de que promover o empreendedorismo e a dinâmica empreendedora dum país devia ser uma componente da ação de qualquer governo que pretenda estimular o crescimento económico e o desenvolvimento social. No fundo, estas conclusões, vêm confirmar o trabalho de Schumpeter (1942), que há mais de setenta anos recuperou a figura do empreendedor como o principal ativador do desenvolvimento económico, graças à sua função de inovador. Também a Comissão Europeia (2003) partilha da mesma ideia ao concluir, no seu livro verde sobre o empreendedorismo na Europa, que os países com maior aumento das taxas de iniciativa empresarial tendem a ter maior decréscimo subsequente das taxas de desemprego, concluindo ainda que o espírito empresarial contribui para o crescimento económico e pode ainda contribuir para reforçar a coesão económica e social de regiões menos desenvolvidas e para estimular a atividade económica, a criação de emprego e a integração dos desempregados no meio laboral. No mesmo sentido, Audretsch (2004) conclui que o empreendedorismo é a fonte do crescimento 28

29 económico nas economias modernas, pois é ele que permite aproveitar os avanços no conhecimento. Também Van Stel, Carree e Thurik (2004) sustentam que a relação entre o empreendedorismo e o crescimento económico não é idêntico em todos os países, antes sendo dependente do nível de rendimento per capita do país. Concluem estes autores que...o empreendedorismo desempenha diferentes papéis em países situados em diferentes estágios de desenvolvimento económico (Van Stel, Carree e Thurik, 2004: 1) Wennekers et al (2005) defendem, no mesmo sentido, que esta relação entre o empreendedorismo e o crescimento económico tem uma forma de U, ou seja, para os países mais desenvolvidos a forma de incentivar o crescimento passará por estimular o empreendedorismo, enquanto nos países em vias de desenvolvimento se torna mais viável obter esse crescimento através de, por exemplo, uma maior exploração de economias de escala ou da atração de grandes investimentos estrangeiros. Segundo Karlsson, Friis e Paulsson (2004) a forma como a atividade empreendedora afeta o crescimento económico passa por três vetores principais: 1. Inovação; 2. Acréscimo de concorrência; 3. Criação de empresas e de emprego. No entanto, Karlsson, Friis e Paulsson, (2004) admitem que o efeito do aumento da concorrência no crescimento necessita ainda de ser melhor estudado. Outra visão sobre este assunto é a de Sturzenegger e Tommasi (1994) que concluem ser o fraco crescimento económico de alguns países resultado da alocação dos recursos dos empreendedores para atividades menos produtivas. Contribuição relevante para se compreender a relação entre o empreendedorismo e o crescimento económico é aquele oferecido por uma das conclusões de Michael Porter: Invention and entrepreneurship are at the heart of national advantage. (Porter, 1990: 125) Por conseguinte, para além de ser importante para o crescimento económico, o empreendedorismo assume também particular importância para o desenvolvimento das economias, especialmente quando estas atravessam momentos de transformação (Jackson, Klich e Poznanska, 1999). Ainda segundo estes autores, esta importância deve-se, em grande parte, ao papel assumido pela destruição criativa nos processos de mudança das economias, isto é, a criação de novas empresas vai levar ao afastamento do mercado e ao fecho de empresas previamente existentes. Também, Acs e Armington (2002) salientam a importância da externalidade positiva resultante da atividade dos empreendedores de êxito, através do efeito encorajador para outros criarem as suas 29

30 próprias empresas e através da procura de produtos e serviços pelas novas empresas, que vai levar à criação de empresas geradoras de riqueza naquela área ou região. Relativamente à quarta e última razão que justifica a importância do empreendedorismo, a questão da opção de carreira, o livro branco da U.S. Small Business Administration (1998) sublinha a relevância da opção e o trabalho de Henderson (2002) refere que os Norte Americanos que trabalham por conta própria ganham um terço mais do que os assalariados e que os empreendedores que criaram uma empresa ganham ainda muito mais. Por esta razão de cariz económico e devido à afetação do capital humano de cada indivíduo, o empreendedorismo é um tema que importa estudar, pois afeta a vida de milhões de pessoas que todos os anos se empenham na criação da sua própria empresa. Douglas e Shepherd (1999) analisam a questão da escolha de carreira que o empreendedor faz como sendo dependente da utilidade que ele espera retirar de cada uma das opções (criar a sua empresa ou continuar empregado). Essa utilidade resulta das compensações (financeiras e outras) que aguarda receber, dos riscos que vai assumir, do esforço exigido, da autonomia para tomar decisões e das condições de trabalho. Carter, Gartner e Shaver (2003) acrescentam que aqueles que optaram por uma carreira como empreendedores atribuem menor importância aos papéis e ao reconhecimento social do que os outros. Segundo autores como Gartner (1985, 1989) e Gartner, Bird, and Starr (1992), citados por Philipsen (1998, p. 11), o empreendedorismo é o conjunto de comportamentos implicados nos processos de criação, emergência e operação inicial de uma nova organização e cessa logo que a eclosão desta esteja consumada. Nesta linha de compreensão do fenómeno, é relevante perceber as motivações das pessoas que integram as organizações, ou seja, importa responder à questão: quais as razões, para fazerem o que aí fazem? Estabelece nesta mesma linha de pensamento uma primeira pergunta: o que leva um indivíduo a decidir criar uma empresa, escolhendo o próprio emprego ao invés do emprego por conta de outrem? A resposta abre caminho à adoção de mais dois termos: empreendedorismo de necessidade e empreendedorismo de oportunidade. A bibliografia 3 indica que a opção individual de criar uma empresa resulta de dois tipos de impulso, ambos de cariz económico. Por um lado, temos os indivíduos que possuem maior capital pessoal e que vão identificar de forma precoce, uma determinada oportunidade, potencialmente lucrativa e acreditam alcançar elevados níveis de utilidade e rendimento ao se tornarem empresários. São os empreendedores da tradição Schumpeteriana, sujeitos impelidos para o próprio emprego e responsáveis pelo dito empreendedorismo de oportunidade. No entanto, há quem se veja forçado pelas condições e ouse criar uma empresa, não por identificar a designada janela de oportunidade de negócio, mas sobretudo por necessidade. Estes 3 Entre nós, veja-se, por exemplo, Ferrão et al (2005: ). 30

31 empreendedores por necessidade, porque estão no desemprego ou em empregos inadequados, vêem-se sem alternativas mais auspiciosas para a sua sobrevivência. Segundo Alberto Baptista et al (2008), a figura seguinte aplica um esquema de Wennekers e Thurik (1999) relativo ao quadro de referência para a ligação entre o empreendedorismo e o crescimento económico, o qual foi extraído de M. A. Carree e A. R. Thurik (2003, p. 464). Estes autores distinguem três níveis de análise: individual; empresa e macro. Quadro 1 - Quadro de referência para a ligação entre o empreendedorismo e o crescimento económico Fonte: Tradução e adaptação dum esquema de Wennekers e Thurik (1999), extraído de M. A. Carree e A. R. Thurik (2003: 464) A ação empreendedora de qualquer indivíduo ocorre num determinado período e num dado local, ao nível duma dada empresa, independentemente da sua escala. É nestas organizações que o empreendedorismo nasce e os indivíduos transfiguram as suas capacidades em ações. As iniciativas e as realizações dos empreendedores ao nível da empresa resultam, geralmente, em mudanças de tipo variado: produtos, processos, reorganizações, entrada em novos mercados e aparecimento de novos negócios. Ao nível macro, dos setores da economia, as várias ações empreendedoras individuais combinam um quadro de novas experiências e, em termos de desenvolvimento, isto pode ser denominado por processo de diferenciação. Tais processos originam competição e seleção, bem como imitação, e expandem e alteram o potencial produtivo da economia regional e nacional. 31

32 Estes procedimentos de aprendizagem proporcionam ocasiões para que os indivíduos alarguem as suas capacidades e adaptem as suas atitudes. As consequências destes efeitos benéficos serão novas ações empreendedoras, criando uma cadeia de ligações e fluxos continuada. Na melhoria das iniciativas de micro-empreendedorismo, uma condição importante é o ambiente cultural, tanto regional como nacional, e ainda a cultura interna do próprio meio empresarial. As ligações entre cultura e empreendedorismo não são simples e diretas. Uma segunda condição leva-nos para o quadro institucional, tanto no plano nacional como no interior das empresas. Daqui derivam os incentivos para os indivíduos e empresas transformarem as suas ambições em ações, e dele se conclui em que medida os empreendedores, individuais e coletivos, serão motivadas ou impedidos nas suas iniciativas. Em síntese, tendo em conta o acima referido, apresentemos algumas das ideias-chave acerca do empreendedorismo: é uma noção multidimensional; estendendo-se frequentemente entre o indivíduo e o crescimento económico; qualquer que seja o tipo em consideração, reclama condições prévias que são variadas e é sempre condicionado pela partilha imperfeita da informação; diz respeito a perceções e atividades de indivíduos, que podem agir por si, em equipas, dentro e fora das organizações existentes; como traço comportamental dos indivíduos é contingente, no duplo sentido em que não se trata de um gene ou qualidade inata duradoura e em que se limita a certas atividades e a certas fases da vida pessoal; revela-se quando os indivíduos decidem criar e procurar novas oportunidades; nuns casos a opção parte da perceção duma oportunidade, noutros casos emerge da necessidade; como resultado das perceções e atividades dos empreendedores, propagam-se na sociedade e no mercado novas ideias e/ou formas organizativas; e/ou novos processos e tecnologias; e/ou novos produtos; a micro e a pequena empresa, constitui frequentemente um meio propício à eclosão do empreendedorismo. 32

33 1.2 Motivações e obstáculos dos empreendedores no processo de criação da empresa Neste contexto, vejamos as motivações, os obstáculos e a avaliação que os empreendedores entrevistados no estudo de Baptista et al (2008) fazem, resultado da sua experiência de criação e desenvolvimento da empresa. 1.3 Ser empreendedor contextos e motivações Segundo o estudo efetuado por Baptista et al (2008), A explicação dos contextos e motivações que estiveram na base da criação das microempresas revela-se uma tarefa difícil dada a enorme complexidade das situações de partida dos entrevistados. A análise deste assunto está organizada em cinco pontos, que correspondem a cinco contextos por ordem decrescente de importância: i) desemprego (41%); ii) empregado por conta de outrem (30%); iii) trabalhador independente/por conta própria (17%); iv) trabalhador familiar (9%); e, finalmente, v) procura do primeiro emprego (3%). Atendendo ao maior peso de cada um dos contextos referidos, vamos apenas comentar os três primeiros. No primeiro (41%) a decisão de criar uma microempresa emergiu num contexto de desemprego. Nestes casos encontramos diferentes padrões de motivação para o auto-emprego, casos em que o desemprego foi involuntário ou ocorreu na sequência de auto-despedimento. Na primeira situação o auto-emprego surge como uma forte necessidade de encontrar uma alternativa ao trabalho assalariado. Na segunda situação temos aqueles que há muito acalentavam o desejo de ter o seu negócio. Nestes casos estamos claramente perante empreendedorismo de necessidade. A decisão de criar um negócio quando já se tem um emprego por conta de outrem abrange 30% dos entrevistados. Trata-se de um grupo com maior concentração de entrevistados com escolaridade de nível superior e onde se verifica um maior número de sociedades não unipessoais. Nem todas as pessoas deste grupo decidiram criar negócios com a intenção de largar os empregos assalariados. Para a maioria dos entrevistados deste grupo (26%), houve a intenção, desde o início, de virem a dedicar-se apenas à microempresa emergente. As motivações apresentadas são: a busca da satisfação pessoal, a deteção de uma oportunidade, a motivação solidária, a obtenção de um rendimento extra ou a vontade de inovar. Aqui trata-se sobretudo de empreendedorismo de oportunidade. A decisão de criar um negócio quando já se é trabalhador por conta própria engloba 17% dos entrevistados. São diferenciadas as circunstâncias e motivações que levaram estes entrevistados a criar as microempresas em análise: mudança de estatuto, de prestador de serviços para empresário; em resultado do sucesso de um negócio já existente e que se manteve em paralelo ao emergente; abandono do anterior negócio por variadas razões, designadamente: insucesso da 33

34 empresa; desentendimentos com sócios; necessidade de novo desafio e de maior realização a nível pessoal, pretendendo progredir na carreira de microempreendedor. Em resumo, na lista das razões para se optar pela criação de um negócio, encontram-se, em grande destaque, as seguintes razões: ter um emprego; auferir uma fonte de rendimento; ganhar autonomia financeira; adquirir estabilidade económica. 1.4 Papel do Empreendedor Visão Sistémica Estes dois papéis do empreendedor, fazem parte do conceito de empreendedorismo usado nesta dissertação. Neste trabalho será dada particular atenção ao apoio à criação de empresas. Por outro lado, assume-se neste estudo que a criação de empresas em Portugal representa o fenómeno do empreendedorismo neste país, apesar de se saber que este se pode expressar de diversas outras formas, pois a definição anteriormente apresentada requer a criação duma nova atividade económica e não forçosamente duma nova empresa. No entanto, a escassez de informação estatística quer sobre o início de atividade de empresários em nome individual, quer sobre o arranque de novos profissionais liberais ou quer ainda sobre a criação de novas atividades económicas dentro das empresas já existentes (empreendedorismo corporativo ou corporate entrepreneurship), aconselha a que se aceite a informação sobre criação de empresas como representativa dum fenómeno mais amplo. Por conseguinte, este trabalho vai utilizar uma definição de empreendedorismo que exclui o empreendedorismo social (criação de novas associações, fundações e outras formas jurídicas para atividades de cariz social, não empresarial) o empreendedorismo na função pública, o empreendedorismo corporativo e o empreendedorismo ligado a atividades de menor expressão contabilística e que, por essa ou por outra razão, assume uma forma fiscal e legal de atividade por conta própria. Ainda no que se refere à delimitação, este estudo considera as incubadoras de empresas e as empresas incubadas como representativas daquilo que estes setores podem fazer e da influência que podem ter no fomento da criação de empresas e na redução da mortalidade dessas jovens empresas, apesar da realidade destas indústrias em Portugal não ser idêntica à de outros países, onde já atingiram uma dimensão e um desenvolvimento superiores. Em relação à incubação de empresas, adota-se neste trabalho a definição de Carroll (1986), segundo o qual esta trata de disponibilizar, às jovens empresas, instalações e serviços de apoio à gestão, em condições mais favoráveis, a fim de baixar os seus custos e melhorar as suas possibilidades de crescimento e sobrevivência. 34

35 Por sua vez, a Comissão Europeia (2002) define uma incubadora de empresas como uma organização que acelera o processo de criação de empresas de êxito, fornecendo apoio (espaço, serviços de apoio, oportunidades de clustering e networking). Um lugar onde empresas recém-criadas se concentram num espaço limitado. O seu objetivo é melhorar as hipóteses de crescimento e a taxa de sobrevivência destas empresas, fornecendolhes um edifício modular com serviços de base (fax, informática, etc.), bem como apoio de gestão e serviços de suporte. A ênfase principal é colocada no desenvolvimento local e na criação de emprego. Comissão Europeia (2002) Em termos latos, incluem-se nesta definição centros tecnológicos, incubadoras de parques científicos, Business Innovation Centers (BICs), incubadoras sem paredes e incubadoras da nova economia (ou virtuais). 1.5 Limitações e dificuldades no processo de criação de empresas Por norma, a ideia de negócio surge, dos próprios empreendedores e não de fontes exteriores, como os meios de comunicação social, as instituições de fomento do empreendedorismo, as organizações empresariais, os serviços de emprego, etc.. Assim, os negócios planeados são, na maioria dos casos, um aproveitamento da experiência de trabalho ou de uma formação obtida por cada um, mas a sua concretização depende de duas outras condições: a disponibilidade de recursos materiais e a existência de clientela. Se os recursos são reduzidos, o negócio pode ficar aquém do desejado e vir a desmotivar o empreendedor. As redes sociais e a capacidade de poupança são os recursos que se mostram decisivos para viabilizar uma ideia de negócio. Os recursos materiais são tão importantes para a concretização de um projeto de negócio quanto os recursos imateriais, incluindo nestes um amplo conjunto de meios que o empreendedor tem ao seu dispôr, tais como as redes de conhecimentos, o saber de experiência, o background familiar e a capacidade de realização e de liderança. Os recursos materiais disponíveis à partida são, em regra, insuficientes para concretizar a ideia de projeto pretendida e, por isso, a capacidade de mobilizar outros recursos, institucionais ou informais, é decisiva. As estratégias para fortalecer o negócio envolvem convidar para sócio alguém com experiência, bons conhecimentos ou capital, associar informalmente ao negócio familiares diretos ou pessoas de confiança que possam colaborar em determinadas tarefas, manter-se ligado às instituições que serviram de incubadora ao negócio como, por exemplo, um departamento universitário. No que toca ao financiamento, este é um problema comum a muitos (micro)empreendimentos. A regra mais utilizada é a de acumular recursos, nomeadamente através da poupança ou da sobrecarga de trabalho, mas também convidando indivíduos com mais recursos para sócio. Quando isso não é suficiente, uma postura cautelar típica consiste em não recorrer ao crédito 35

36 bancário, visto como mais caro e arriscado que o crédito a particulares. Nesse caso, o recurso mais comum consiste em pedir ajuda financeira a familiares, ainda que cientes de que esta modalidade de crédito acarreta algumas limitações. Provavelmente por estas razões esteja muito generalizado o recurso a ajudas institucionais pelo facto de serem bastante mais favoráveis que o crédito bancário, embora, por vezes, sejam mais exigentes em requisitos e meios de prova, o que torna os processos de financiamento relativamente burocráticos. Como referido no estudo de Baptista et al (2008), o recurso muito generalizado a ajudas institucionais é uma evidência do estudo. O que se passa é que os interessados em criar uma microempresa procuram beneficiar dos programas públicos de apoio a essas iniciativas, quer através de linhas de financiamento específicas, quer através de outras facilidades, como sejam a redução de encargos, alívio das garantias e menores formalidades. Porém, a informação sobre ajudas institucionais nem sempre está fácil e competentemente disponível e, por isso, os empreendedores têm de recorrer a vários expedientes, tais como a consulta a parentes e amigos, consulta a técnicos e profissionais, recurso à Internet, recurso a instituições mediadoras ou pela consulta direta das instituições. Em muitos casos, os contactos havidos mostraram também que os custos do apoio concedido eram elevados em termos de condicionamento da atividade. Assim, pode dizer-se que existe um número variado de dificuldades e obstáculos ao longo do processo, seja ao nível individual, da empresa ou ligado ao contexto externo. As dificuldades mais visíveis das empresas são de: 1) Carácter financeiro, decorrentes da crise económica (elevada concorrência, baixo volume negócios, atrasos nos pagamentos) e da ausência de um fundo para garantia bancária; 2) Elevado nível de burocracia, designadamente a morosidade de aprovação de licenciamentos e; 3) Custos decorrentes da constituição de empresas (fiscais, segurança social, outros). As dificuldades referidas conduzem os empreendedores a alterar e a readaptar o projeto inicial. A maioria das decisões, estratégicas e pontuais, que os empreendedores mencionam como forma para ultrapassar problemas/obstáculos passam por resolver problemas financeiros ou de tesouraria corrente. Em diversos casos, são visíveis estratégias de sobrevivência das empresas, o que explica um conjunto elevado de tomadas de decisões, designadamente, a sobrecarga de trabalho do empreendedor e a sua não remuneração numa fase inicial, ou o recurso a decisões de menor legalidade como a não declaração completa de rendimentos. A necessidade de adaptação ao mercado e a falta de recurso levam muitos dos empreendedores a mudar e a readaptar o projeto inicial. Como pano de fundo deste quadro de mudanças e de readaptações, temos a envolvente externa e a crise económica do país. 36

37 Por norma, as expectativas iniciais dos empreendedores revelam-se, relativamente elevadas. Quando se passa para a fase da concretização do plano de negócio, a realidade e os desafios que surgem diariamente revelam-se, em muitos casos, difíceis de ultrapassar. As causas utilizadas para explicar esta situação são várias: a) necessidade de um maior investimento em equipamentos de produção; b) morosidade nas decisões por parte das entidades públicas; c) dificuldades no recurso aos empréstimos bancários; d) fraco apoio ao empreendedorismo; e) dificuldades na obtenção da informação e documentação necessária para início da atividade empresarial. Os principais obstáculos apontados, podem dividir-se em problemas a nível individual e da envolvente externa. A nível individual realçam-se os seguintes: a) ausência de cultura empreendedora uma vez que por norma o empreendedor não tem conhecimento, apoio, nem formação para lidar com todos os aspetos necessários à concretização da ideia de negócio; b) falta de perfil empreendedor o medo de arriscar é um dos principais entraves do empreendedor; c) pouca flexibilidade e capacidade de adaptação e de inovação a aversão à mudança é um dos pontos muitas vezes focado para o insucesso; d) falta de capacidade empresarial, nomeadamente de gestão, liderança e sentido comercial. Destacam-se ainda, na envolvente macro ou externa: o excesso de burocracia; a informação dispersa; a falta de articulação entre serviços públicos; os atrasos na concessão de licenciamentos, na análise dos projetos e na transferência dos subsídios e capitais de risco; a legislação desajustada da realidade, restritiva e não adequada às microempresas; as dificuldades no acesso ao crédito; a falta de experiência e capacidade empresarial dos investigadores e tecnólogos, uma vez que como é sabido, os planos de negócios são feitos por indivíduos sem formação para tal e apresentam ao empreendedor/cliente, um plano de negócios padrão, que lhes dá lucro fácil e tem forma genérica. 37

38 1.6 - Avaliação dos negócios pelos empreendedores No estudo elaborado por Baptista et al (2008), no que toca à avaliação que os empreendedores fazem dos seus negócios, isto é, as suas perceções sobre as razões do sucesso ou insucesso da sua empresa, estes destacam os pontos fortes e fracos, para que se perceba o que resultou melhor ou pior no projeto de criação da empresa. Os pontos fortes mais valorizados são: os recursos humanos, designadamente as competências da equipa e o conhecimento do sector onde trabalham; as competências comerciais e interpessoais do empreendedor que permite criarem relações estreitas com os seus clientes; as variáveis de Marketing, designadamente a qualidade e inovação dos seus produtos e serviços e a política de preços competitiva; e, ainda, outros pontos fortes como sejam a boa parceria societária estabelecida, a localização da empresa, a satisfação pessoal e o gosto que sentem na atividade. Como principais pontos fracos destacam os seguintes: escassez de competências técnicas e experiência no sector; falta de competências comportamentais; localização e instalações da empresa; limitações financeiras e; outros pontos fracos, tais como as dificuldades de relacionamento entre o empresário e os organismos do Estado, devido ao excesso de burocracia e à morosidade na tramitação dos processos de apoio. Deste estudo, 89% dos empreendedores, conscientes das fraquezas identificadas nas suas empresas, reconhecem a necessidade de intervenções para melhorar o negócio, ao nível: da estratégia empresarial (69%), com a necessidade de procederem a investimentos e a alterações no modelo de gestão que melhorem a sua competitividade; dos mercados (59%), que passa pela expansão para novos mercados e pelo aproveitamento de novas oportunidades de negócio, bem como pela maior divulgação da empresa, nomeadamente na internet; das competências e experiência (40%), apostando mais na sua formação e na contratação de novos profissionais; e das finanças e tesouraria (29%), aumentando o volume de faturação, reestruturando passivos e saldando dívidas. Ainda neste contexto e sobre as necessidades de formação e lacunas de conhecimento apresentadas pelos empreendedores, estas refletem especialmente sobre a área económicofinanceira, da gestão comercial e da promoção e divulgação, quer da empresa, quer dos seus serviços e produtos. 38

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40 Capítulo II Incubadoras de Empresas 40

41 2 Incubadoras de Empresas 2.1 Génese e evolução geral do conceito A capacidade das empresas, para a inovação e o desenvolvimento, é largamente reconhecida como a força motora fundamental que está por trás do aumento dos rendimentos e da melhoria dos padrões de vida. As pequenas empresas inovadoras, incluindo as novas empresas de base tecnológica são uma grande parte deste processo, uma vez que elas aceleram a mudança estrutural e criam novos empregos para substituir os que foram destruídos pelo declínio das velhas industrias ou pela diminuição de relevância das grandes empresas. As iniciativas de carácter público no sentido de desenvolver a emergência de novas empresas inovadoras ganharam uma grande importância nos últimos anos na generalidade dos países da OCDE. Neste contexto, as incubadoras de empresas surgiram como ferramentas importantes de estratégias económicas regionais e, mais recentemente, como resultado de políticas de inovação e tecnologia (OCDE, 1992; 1993; 1994; 2000a; Etzkowitz, 2002; Zedtwitz, 2003). Apesar das origens da atual incubadora de empresas remontar aos países industrializados do Ocidente, em finais dos anos 70, princípios de 80, o conceito é mais antigo, tendo os prelúdios da sua génese sido iniciados nos finais do século XIX. De facto, tanto as incubadoras de empresas como os parques de c&t derivaram do conceito geral de parque industrial (Macdonald, 1987; OCDE, 1987). De acordo com Macdonald e Joseph (2001) o primeiro parque industrial mundial planeado foi lançado em Manchester no Reino Unido em 1896, mas só depois da II guerra mundial é que os parques industriais se tornaram comuns nos EUA. Ao longo do tempo, tem havido muitas variantes, uma vez que independentemente do nome, a ideia é que um parque industrial seja um projeto planeado e desenvolvido no sentido de ser um espaço perfeito para os ocupantes industriais. No início da década de 70, a reestruturação económica desencadeada a nível mundial, e muito em especial nos EUA, deixou muitas localidades inicialmente prósperas, economicamente devastadas e à procura de soluções. O rápido crescimento do desemprego resultante do declínio das indústrias tradicionais, salientou a necessidade, tanto na Europa como nos EUA, de se estabelecerem novas estratégias que reabilitassem os setores económicos, as regiões e os grupos sociais em crise (Bhidé, 2000). De acordo com Lewis (2002), ao pensarem na forma de criar novas empresas para substituírem as que desapareceram ou se deslocaram para regiões de custos inferiores, os políticos compreenderam que precisavam de analisar as razões comuns à ausência de novas empresas. As razões identificadas eram relativas ao insuficiente acesso ao capital, à falta de conhecimentos de gestão e de marketing. O conhecimento destas causas foi o ponto de partida para a prática da incubação de empresas. A ideia era fomentar um ambiente de apoio, onde os novos empresários pudessem receber formação em gestão e marketing, protegidos da concorrência, com rendas abaixo das praticadas no mercado, custos reduzidos por 41

42 serviços prestados e maior acesso ao capital de investimento (Gatewood et al, 1985; Allen, 1985). Estes fatores permanecem, na sua essência, os mesmos, com uma exceção: apenas um número reduzido de incubadoras proporcionam rendas abaixo das praticadas no mercado porque precisam de suportar os seus próprios custos operacionais. As estratégias, seguidas na década de 80, ficaram marcadas em grande parte por uma alteração do foco de interesse, ou seja, de uma abordagem top-down, que assentava em fatores externos e que envolviam a intervenção pública, com o intuito de transferir o capital remanescente e as pessoas das regiões desenvolvidas para as regiões subdesenvolvidas ou em declínio, passou-se para uma abordagem bottom-up que pretendia maximizar o potencial local no sentido do desenvolvimento económico (Marques, 2005; CSES, 2002). Na mesma altura, as incubadoras de empresas começaram a ser usadas como instrumentos de apoio à inovação e à transferência de tecnologia e conhecimento. Neste contexto, Lalkaka (2001; 2003) refere que as incubadoras de primeira geração dos anos 80 ofereciam essencialmente um espaço comum acessível, em termos de preço e instalações, a grupos empresariais selecionados previamente. Na década de 90, sentiu-se a necessidade de associar diversos serviços ao espaço de trabalho, designadamente de consultoria e aconselhamento, melhoria das competências e de trabalho em rede no sentido de aceder a apoio profissional e capital de risco, relativamente às empresas sediadas nessas instalações e às suas afiliadas no exterior. Isto levou ao surgimento das incubadoras da segunda geração, apesar de haver ainda muitas, nos países em vias de desenvolvimento, que seguem de perto as características do modelo original. Neste pressuposto, Albert et al (2004) mencionam estas etapas como a fase da primeira onda de incubação. Paralelamente, em 1998, surgiu um novo modelo de incubação. O objetivo era impulsionar o crescimento das TIC - tecnologias de informação e comunicação, oferecendo, ao mesmo tempo, uma concentração de apoios com vista à formação de um potencial de crescimento e criação de iniciativas de base tecnológica. Este novo modelo, referido por Lalkaka (2001; 2003) como nova economia, e por Albert et al (2004) como a segunda onda de incubação, não se desenvolveu como o esperado. Os objetivos estratégicos e o modus operandi das incubadoras do tipo nova economia eram diferentes dos modelos equivalentes tradicionais, nos seguintes aspetos: 1. Eram do setor privado, com fins lucrativos, sendo as suas receitas provenientes em grande medida do investimento nas empresas, mais do que provenientes das rendas; 2. Inclinam-se sobretudo para atividades das tecnologias avançadas e relacionadas com a internet e, ao contrário das incubadoras tradicionais, a criação de emprego não é o objetivo principal; 3. Estas incubadoras estão vocacionadas para empresas das áreas da nova economia, são principalmente virtuais, tendo como principais ofertas o financiamento e os serviços às empresas, 42

43 ao inverso das incubadoras tradicionais, vocacionadas geralmente no fornecimento de espaços físicos. Por razões distintas, os termos tradicional e nova economia relativamente às incubadoras não são termos adequados para se empregarem, dado o parco sucesso do último modelo, e também, como alguns diriam, devido às suas falhas ligadas enquanto modelo de incubadora (CSES, 2002). Neste contexto, Lalkaka (2001; 2003) sustenta que, talvez a melhor maneira de diferenciar as organizações que partilham as mesmas características básicas de incubação, seja identificar aquelas que têm fins lucrativos daquelas que não os têm. Neste contexto, e tendo em conta um certo equilíbrio na evolução do conceito, a proposta de Albert et al (2004) sugere a separação em duas ondas de incubadoras. A primeira, relativa às incubadoras dos anos 80 e até 1997 é designada por incubadoras de desenvolvimento económico local, e a segunda, relativa à etapa iniciada em 1998, é designada por crescimento e diversificação dos modelos de incubadoras. Esta proposta parece ser mais apropriada. Ilustração 1 - Evolução do Conceito de incubadora de empresas Fonte: Adaptado de Lalkaka (2001; 2003) e CSES (2002) Á parte do sucesso ou insucesso do modelo da nova economia, assim como da sensatez da classificação das duas correntes de incubadoras, outros investigadores como Etzkowitz, (2002) sustentam que o modelo atual de incubadora é a incubadora de universidade. Esta renova o modelo clássico da segunda geração marcada pela intervenção do capital de risco, combinando 43

44 o financiamento e o papel de orientadora das empresas de tecnologias avançadas criadas mais recentemente. Este tipo de incubação da universidade soma valor ao modelo da segunda geração colocando várias atividades na formação de empresas, em áreas de tecnologia, num espaço físico comum, onde o desenvolvimento cruzado entre empresas pode ocorrer mais facilmente. Etzkowitz (2002) diz que, ao ligar o modelo da incubadora da universidade ao processo de capital de risco, as novas empresas podem ser criadas a partir de várias fontes, incluindo, mas não só, os laboratórios de I&D da universidade, dos privados e do governo. Em consideração, poderá dizer-se que, a razão elementar para a existência das incubadoras de empresas de financiamento público, para além dos aspetos de financiamento e apoio às PMEs sobre a forma de subsídios, tem fundamentalmente a ver com causas relativas às falhas e deficiências do mercado, isto é, tem a ver com as lacunas das estruturas de apoio existentes para as pequenas empresas, tal como a escassez de espaços de trabalho acessíveis, de instalações, de serviços, de acesso ao financiamento, à informação e a outros recursos, etc.. Estas lacunas derivam dos custos e dos riscos elevados no que se refere à oferta de serviços às PMEs, em comparação com as grandes empresas, e à má vontade do setor privado em assumir estes custos e estes riscos, devido, muitas vezes, aos seus baixos lucros. Não obstante, há outros modelos de incubadoras para quem as falhas do mercado não são a razão fundamental da sua existência. A incubação, não só nos EUA mas também na Europa, serve na sua maioria como uma forma de incentivo para a comercialização da I&D e da tecnologia, oferecendo ao mesmo tempo uma espécie de laboratório diversificado no sentido de fomentar o empreendedorismo. De forma concludente, poderemos expressar que o propósito elementar da incubação de empresas é que a formação de start-ups e spin-offs pode ser melhorada organizando-a como um processo educativo, com aspetos formais e informais. Jin et al (2003) referem que a incubadora de empresas que teve origem nos EUA, é um novo tipo de estrutura, que se foi desenvolvendo com o início da revolução das novas tecnologias. Estas organizações atraíram muita atenção por parte dos governos em todo o mundo devido ao seu papel impressionante no impulso que permitiram ao desenvolvimento das tecnologias de vanguarda, na incubação de pequenas e médias empresas (PMEs), fazendo prosperar economicamente as regiões, desenvolvendo-se de uma forma rápida em todo o mundo (Bhidé, 2000). Assim, a incubadora de empresas é considerada uma nova espécie de organização económica que pode diminuir o risco e o custo da empresa aumentando a possibilidade de sucesso e de continuidade O contexto geral da incubadora: posicionamento geral e meio envolvente Tendo como motor do desenvolvimento económico e social a inovação, e sendo esse desenvolvimento a chave da prosperidade, tem de haver uma renovação constante da base tecnológica para que possa acontecer a dinâmica inovadora. Este desejo torna-se num desafio 44

45 com o qual todos os países industrializados desenvolvidos se defrontam, ao travar uma luta com mudanças fundamentais nas suas estruturas industriais e com o crescente desemprego. Deste modo, gerir a inovação como um fator económico orientador significa uma conversão mais rápida das últimas descobertas da investigação para produtos tecnológicos e serviços inovadores, estando este objetivo estreitamente interligado com o apoio às PME s inovadoras. Neste âmbito, de acordo com o atrás referido, têm sido designados, em muitos países, diferentes tipos de centros para apoiar a inovação, com nomes como centros tecnológicos, parques de ciência e tecnologia, tecnopólis, centros de inovação de negócios (BICs) e incubadoras de empresas (OCDE, 1997a; OCDE, 1997a; CSES, 2002; Etzkowitz, 2002; (Zedtwitz, 2003; Nolan, 2003). Um dos pontos fundamentais deste apoio é a assistência a novas empresas de base predominantemente tecnológica, tendo, neste caso, as incubadoras de empresas e tecnológicas um papel fundamental, tornando-se fatores económicos enquanto infraestruturas de apoio. Mais recentemente, Etzkowitz (2002) apresentou a incubação de empresas como um exemplo do modelo da hélice tripla das relações universidade indústria - governo, e a incubadora de empresas, como uma organização híbrida resultante da dinâmica interativa entre as três esferas institucionais. O autor sublinha que a universidade assume aqui, o papel principal como fonte de conhecimento, novas tecnologias e novas iniciativas empreendedoras. Nesta linha, a dinâmica da incubação depende, em grande medida, dos pontos de ligação existentes na ampla rede do sistema nacional de inovação, surgindo as incubadoras em primeiro lugar através de iniciativas regionais, sendo também consideradas exemplos evidentes de parcerias público-privadas (OCDE, 1997a; 2000a; 2004). Este meio envolvente inovador pode, do ponto de vista do enquadramento contextual, conduzir a uma análise das incubadoras de empresas sobre a perspetiva macro, onde se posicionam como infraestruturas tecnológicas e mecanismos gerais de transferência de conhecimento/tecnologia desde o amplo sistema científico e tecnológico para o setor produtivo e de serviços indicado como economia global. Nesta perspetiva, as empresas start-up em geral, as empresas spin-offs de origem universitária e as de origem industrial desempenham um papel fundamental em torno do qual os processos de incubação se organizam e o conhecimento científico e/ou tecnologia se transfere. De facto diversos autores, tais como Lindholm (1997), OCDE (2000c), Lipparini e Serio (2001), Campodall Orto e Sandri (2002) têm salientado o crescimento, em número, de spin-offs, que se tem verificado na Europa e nos EUA. Estes estudos fornecem alguma evidência no sentido de se supôr o peso substancial das spin-offs no processo de incubação. A Figura abaixo ilustra o que acabamos de referir, evidenciando o posicionamento das incubadoras no seio do meio envolvente geral macro. 45

46 Ilustração 2 - O contexto macro enquadrador das incubadoras de empresas Fonte: Adaptado de Gross (1997) O aumento da atividade de incubação de empresas e de tecnologia, como instrumento do desenvolvimento económico das regiões, assenta, em primeiro lugar na ideia da contribuição das MPEs para esse crescimento, em segundo, no resultado visível da inovação no crescimento económico, e em terceiro, nas mudanças sobre a perspetiva do processo de inovação surgido no início da década de 70. Birch (1987) afirmou que as MPEs são a alavanca do crescimento na economia dos países. Já na década de 60, havia sido defendido por Chinitz (1961) que a presença de PMEs aumenta o nível de atividade empresarial numa determinada região. Posteriormente, Birch (1987), ao analisar dados da Dun & Bradstreet sobre a história empresarial, concluiu que as pequenas empresas criaram cerca de 80% dos novos empregos nos EUA entre 1969 e Ainda que muitas das conclusões de Birch tenham sido contestadas, não podemos subestimar a influência que a sua dissertação inicial teve no conteúdo de muitas políticas públicas (Harrison, 1997; Shahidi, 1998). Esta atração pelas MPE s originou políticas públicas elaboradas com o objetivo de as ajudar (Campodall Orto e Sandri, 2002; Nolan, 2003). De forma decisiva, poderemos dizer que as incubadoras de empresas criam mecanismos que ao proporcionar as condições de subsistência e desenvolvimento MPE s, se tornam elementos que potenciam o crescimento económico das regiões e dos países. 46

47 2.3 - O meio envolvente de tarefa das incubadoras Outra forma de estudo das incubadoras, consiste na análise do seu meio envolvente relativo ao conjunto de relações e interações que se estabelecem no seu seio. Uma questão também importante é conhecer e identificar os diferentes atores envolvidos no processo de incubação, na medida em que permite compreender os diferentes tipos possíveis de posicionamentos das incubadoras de empresas que existem atualmente. Ao invés da visão da incubadora inserida no seu meio envolvente geral, de nível macro, aqui a perspetiva de análise será feita a nível micro, focalizando o meio envolvente de tarefa. Etzkowitz (2002), tal como já foi referido, considerou a incubação de empresas como um exemplo do modelo de hélice tripla das relações universidade - indústria - governo. A partir de pontos de início diferentes, em diversas partes do mundo, tem sido registado um movimento no sentido da criação e desenvolvimento de redes universidade - indústria - governo que se destina à incubação de novas empresas. Este modelo, centrado na universidade como fonte de novo conhecimento, novas tecnologias e novas empresas, perspetiva a atividade de incubação como produto da cooperação entre as três esferas institucionais, referidas anteriormente. Leydesdorff e Etzkowitz (1996) no seu modelo evidenciam que, a incubadora não é um negócio isolado, envolvendo um conjunto amplo de atores diretamente interessados e que gravitam num contexto que poderemos chamar de transacional ou de negócio. Entre os vários intervenientes destacam-se tradicionalmente as entidades financiadoras, os governos locais e centrais, agências de desenvolvimento regional, universidades, parques de c&t, parques tecnológicos (tecnopólos) e entidades sem fins lucrativos (OCDE, 1997a; Lalkaka e Bishop, 1997; OCDE, 1999a). Assim, seguidamente será dada atenção ao enquadramento teórico e prático da incubadora moderna, contextualizando a sua atividade, em primeiro lugar, destacando os parques de c&t como infraestruturas tecnológicas que, interagem de forma privilegiada com as incubadoras. Em segundo lugar, aprofundaremos a realidade da incubadora propriamente dita, tipificando-a, apresentando os seus diferentes objetivos, atores principais e fazendo a descrição do processo de incubação, serviços prestados, benefícios e inconvenientes. Em terceiro lugar, será analisada a dimensão evolutiva da interação incubadora-parque, pondo em evidência as diferentes configurações existentes na realidade dos países, assim como as tendências expansionistas da incubadora moderna. - Os parques de c&t, tal como já foi referido, parecem ser o mecanismo mais conhecido e mais pró ativo na fundação de uma infraestrutura onde a interação entre a universidade e a indústria deve ser promovida e reforçada. 47

48 Ilustração 3 - Modelo explicativo do contexto transacional envolvente de um parque de c&t Fonte: Adaptado de OCDE (1997a) Sobre esta matéria, Krafft e Klandt (2001) apresentam os resultados do estudo que realizaram na Alemanha, onde foi analisada a importância dos Business Angels e do capital de risco formal para o financiamento de empresas start-up baseadas no E-Commerce na internet. As conclusões a que chegaram a partir de uma amostra de 1172 empresas foi que, 11,0% foram financiadas por investidores privados de carácter informal ( Business Angels ) e um pequeno número de 9,8% financiado por empresas de capital de risco. Este estudo veio confirmar que as fontes de investimento predominantes continuam a ser as de origem acionista e/ou fundadores (89,5%) A experiência europeia: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Portugal e Polónia Vários países europeus têm, desde a década de oitenta, criado incubadoras de empresas e iniciativas semelhantes. As incubadoras europeias adotam uma grande variedade relativamente às suas formas. Parte desta variedade deve-se aos diferentes objetivos e expectativas dos promotores e operadores destes empreendimentos. No entanto, as diferentes políticas e sistemas de inovação nacionais, nas quais as incubadoras foram projetadas e constituídas, explicam os diferentes tipos de incubadoras. 48

49 Ao inverso dos EUA, na Europa, as incubadoras de empresas desenvolveram-se mais recentemente, havendo também um leque variado de abordagens e objetivos. Segundo (EBN, 1996; 1997) citado por Marques (2005) ao nível da União Europeia, o European Business Innovation Network (EBN), criado em 1984, desenvolveu uma rede de mais de 120 Business Innovation Centers (BICs) através da Europa. Um estudo de 1995, revela que de 83 BICs, 78% ofereciam algum nível de apoio à incubação, sobretudo às empresas de base tecnológica. Um outro estudo, encomendado pela Comissão Europeia (CSES, 2002) efetuou um levantamento e uma análise detalhada às organizações que, a nível da União Europeia desenvolviam alguma atividade de incubação de empresas. Este estudo incluiu que, quer incubadoras de empresas e de tecnologia, quer parques de c&t, tecnopólos, BIC s, centros de inovação e centros tecnológicos, adotaram, uma aceção do conceito de incubadora de empresas no seu sentido mais lato, o qual, não permite a análise e comparação detalhada, quer com os EUA, quer com os diversos países da União Europeia. Contudo, não é de surpreender que o maior número de incubadoras e algumas das percentagens mais favoráveis, se encontre nos estados membros União Europeia. Assim, poderemos dizer que, tal como nos EUA, uma grande percentagem de incubadoras de empresas na Europa não tem qualquer orientação setorial particular, sendo todas, essencialmente, instalações de utilização ou uso misto. No entanto, muitas outras desenvolveram especialidades sectoriais significativas. Albert et al (2004), mostram que os principais setores económicos deste tipo de atividade são de alto valor acrescentado, tais como tecnologias da informação e comunicação (TIC), I&D, biotecnologia e farmacêutica, dos quais fazem parte a maioria das empresas sediadas nas incubadoras. Para além disso, muitas delas especializam-se em novos setores económicos com base em conhecimento, como é o caso do comércio e serviços. Neste ponto, a nossa atenção recai sobre seis países da União Europeia, os quais, devido à sua importância e simbolismo, quer na literatura especializada quer na prática do desenvolvimento tecnológico e empresarial, merecem destaque. A Alemanha, onde os primeiros centros tecnológicos foram criados na parte ocidental do país durante os princípios dos anos 80, possui a maior associação de incubadoras de empresas da Europa. No final da década, foram dados os primeiros passos no sentido de desenvolver incubadoras nas regiões de leste tendo esta tendência sido acelerada após a reunificação. Para Gross (1997), a Alemanha tem altos padrões de educação e de investigação, apoiados por uma rede poderosa de institutos de ensino superior e centros de investigação. A estreita ligação que a maior parte delas tem, com as universidades e os institutos de I&D, é uma característica importante das incubadoras alemãs. 49

50 A construção da primeira incubadora tecnológica em 1983, nasceu com o objetivo de impulsionar a transferência das descobertas da investigação para a indústria. Desde então, tem vindo a crescer uma ampla rede de centros tecnológicos de incubação de negócios, vista como uma das fundações mais importantes de uma economia voltada para a inovação (Gibson e Stiles, 2000). Esta rede tem crescido de uma forma contínua e eficaz, apoiada, em primeiro lugar, por alianças regionais para a inovação e com a ajuda do consenso entre as comunidades, institutos de ensino superior e institutos de investigação, outras instituições de desenvolvimento económico e bancos. Em França, onde as incubadoras existem em grande número, só cerca de 50 correspondem à definição minimum standard ( norme française ) adotada pela ELAN, a associação nacional (Albert et al, 2004). As incubadoras francesas pépinières d entreprises como são designadas, proporcionam instalações temporárias a iniciativas individuais e pequenos negócios e têm sido, financiadas, principalmente pelos governos locais e regionais com o objetivo de estimular a criação de empregos a nível local. Um dos principais fatores responsáveis por isto, foi o papel dos governos regionais e locais em desenvolverem as incubadoras, adaptando-as às necessidades económicas territoriais específicas. Na Itália, onde a rede de incubação, teve um desenvolvimento relativamente tardio, existem, cerca de 42 incubadoras de empresas operacionalizadas pela Sviluppo Itália (agência nacional italiana para o desenvolvimento económico e promoção do empreendedorismo). Porém, grande parte das incubadoras Italianas, fazem parte da rede europeia dos BICs, havendo, para além das existentes, mais 17 incubadoras em processo de construção ou em planificação. Colombo e Delnastro (2002), num estudo desenvolvido com o objetivo de contribuir para a análise do valor acrescentado das novas empresas de base tecnológica, que se situam nos parques de c&t e nas incubadoras italianas, encontraram 24 BIC s. De forma conclusiva, podemos dizer que as incubadoras de empresas em Itália tiveram um desenvolvimento recente e, de uma forma geral, ambicionam a criação de empresas de produção inovadoras em regiões industriais em depressão, nomeadamente do norte e de Mezzogiorno. Genericamente, o apoio à incubação das novas empresas é proporcionado pelos BICs e por alguns parques de c&t, ao passo que as ligações de rede Citta Richerche dos centros de inovação fornecem, sobretudo, apoio nos serviços às PMEs inovadoras (OCDE, 1997a; CSES, 2002). As incubadoras tecnológicas são, no Reino Unido, de uma forma geral, uma função dos parques de c&t e dos tecnopólos, existindo uma variedade considerável de entidades que, vão desde as incubadoras de parques de ciência até aos BICs e aos centros de trabalho (OCDE, 1997a; Albert et al, 2004). Em comparação com outros países europeus e apesar das suas origens precoces, só recentemente é que foi criada uma associação nacional representativa da atividade. A OCDE (1997a) identificou 4 tipos de incubadoras britânicas. O primeiro, está relacionado com os novos parques que se constituíram, tais como o Aston Science Park, o Warwick University Science Park e o mais recente Cranfield Technology Park. O segundo, são incubadoras de setores específicos, incluindo o Oxford Centre for Innovation/Oxford Trust, o St. Johns Innovation Centre em Cambridge ou o Manchester Bioscience Incubator. O terceiro e quarto são incubadoras genéricas 50

51 que abrangem incubadoras de empreendedorismo de utilização mista e de negócios da construção tal como a Electronic Commerce Centre no Colégio Universitário de Londres. Em Portugal existem cerca de 20 incubadoras de empresas. Algumas são BICs reconhecidos pela União Europeia, outras são incubadoras desenvolvidas por parques de c&t, outras ainda por universidades. Destacam-se também como entidades promotoras de incubadoras em Portugal, a Associação Nacional dos Jovens Empresários e associações industriais. Algumas delas são muito pequenas, com 5-6 salas, enquanto outras, têm entre 25 e 30 unidades. Todavia, apenas 11 envolvem alguma universidade como entidade associada ou patrocinadora, mantendo ligações mais ou menos intensas entre empresários e académicos. Por último, referimo-nos à Polónia, um país do leste europeu. Neste caso, a assistência técnica da UNDP em 1990, ajudou a introduzir o conceito, começando com a primeira incubadora em Poznan. A criação, em 1992, da Associação de Incubadoras de Empresas Polacas e dos centros de inovação, transformou-se na alavanca para o crescimento da atividade. Dado que, as primeiras incubadoras se centraram na comercialização de tecnologia, desde 1993, os programas têm sido destinados à criação de emprego e à reestruturação da economia polaca, com grande apoio do Banco Mundial. Spica (2005) indica existirem cerca de 44 incubadoras, que permitiram o arranque de mais de 1100 empresas e criando mais de 7700 empregos. Ocupando áreas bastante amplas, as incubadoras polacas têm, em média, espaço para 18 empresas. Assim, verifica-se que, no difícil ambiente de transformação do seu sistema económico, a partir de um sistema centralizado, onde o Estado regulava e controlava a economia para o sistema de economia de mercado, a Polónia adaptou de forma eficaz o conceito de incubação (Matusiak, 2003). As dificuldades em descobrir fundos locais de investimento, bons gestores, espaços adequados, empreendedores e empresas a incubar, assim como ligações a fornecedores de serviços profissionais, permanecem, quer na Polónia, quer nas nações em desenvolvimento ou em reestruturação. No entanto, existe agora uma maior avaliação dos potenciais de cada região e país, bem como, dos pré-requisitos para o fomento do empreendedorismo, criação de novas empresas e inovação tecnológica. Assim, poderemos dizer que a Europa tem um vasto número de modelos, configurações estatutárias e de dependência das incubadoras e que, os países se encontram em fases distintas no processo de desenvolvimento das redes, verificando-se ainda a ausência de uma estrutura de conjunto ao nível da União Europeia (Nolan, 2003). 2.4 Tipos de incubadora de empresas Há serviços específicos diferentes e características próprias, para cada tipo de incubadoras, sendo assim possível dar resposta às necessidades dos diversos tipos de microempresas concorrentes. 51

52 Start-up é um termo utilizado para identificar novas empresas criadas em ambiente universitário, sem significar, no entanto, que a base destas empresas seja I&D realizada nesta universidade. Para Dornelas (2002), as incubadoras podem diferenciar-se entre si através do tipo de empresas acomodadas e/ou o formato de disponibilização de serviços. Assim, as incubadoras podem ser: Tecnológicas: que atuam junto a empresas de base tecnológica (EBT s). Segundo o MCT (2003b, p.7) citado por Ribeiro (2010), estas são empresas cujos produtos ou serviços são gerados a partir dos resultados de pesquisas aplicadas, nos quais a tecnologia representa alto valor agregado. Convencionais ou Tradicionais. Segundo o MCT (2003b, p. 7) citado por Ribeiro (2010), estas incubadoras recebem empresas ligadas aos setores tradicionais da economia, as quais detém tecnologia amplamente difundida e desejam agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços através do crescimento no seu nível tecnológico, devendo estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias. Mistas: abrigam empresas dos dois tipos mencionados anteriormente. Incubadoras de Internet: segundo Dornelas (2002), estas incubadoras são diferentes das demais por estarem voltadas exclusivamente para as empresas de Internet, por visarem o lucro e por disponibilizarem capital de risco. Ou seja, além de oferecer infraestrutura, suporte e auxilio na gestão, também são responsáveis por fornecer o capital necessário para iniciar o negócio. Como contrapartida, a empresa incubada deve ceder parte das suas ações à incubadora. Macêdo e Boava (2009, p ), propõem outras distinções: o quadro a seguir reflete os principais tipos de incubadoras, conforme a finalidade estatutária e comercial da empresa incubada. 52

53 Quadro 2 - Tipos de Incubadora Fonte: adaptado de Nassif e Carmo (2005) Atendendo a estas tipificações de incubadoras, a sua implementação segue os projetos e ambições de âmbito local e regional, acolhendo microempresas, que tenham objetivos semelhantes e cujo modelo de negócios melhor se adeque. 2.5 Características das incubadoras de empresas As incubadoras de empresas afiguram-se como um importante instrumento de apoio técnico e administrativo para os novos empreendedores, viabilizando projetos, oferecendo estruturas e assessoria de forma a diminuir os riscos de fracasso e, naturalmente, criando novas empresas com substanciais capacidades e competências. Estas reforçam os recursos para sustentar a competitividade das microempresas no mercado fomentando a criação de novos produtos e serviços. Para Bolton uma incubadora deve ter as seguintes características: a) O local deve ser atrativo A qualidade das instalações e a localização é muito importante para quem está a iniciar um negócio. A formação da equipe numa empresa emergente é a base do negócio, exigindo-se igualmente boas condições e facilidades para o desenvolvimento do empreendimento, como telecomunicações avançadas, sistemas de transporte, escolas, alojamentos e lojas. Por exemplo, uma empresa que opera internacionalmente (ou somente de abrangência nacional) necessitará de um padrão mínimo de infraestrutura de comunicação. 53

54 Pequenas coisas, como conexão telefónica e de internet, podem ser um importante recurso para uma empresa que está a iniciar a sua atividade. b) Possuir recursos administrativos e de gestão Os recursos administrativos e de gestão são importantes elementos para a empresa poder operar, a assistência profissional em consultoria de gestão e de marketing podem ser fundamentais. Apoios como formação especializada, recrutamento de profissionais que auxiliarão as empresas, bem como fornecedores e subcontratados fazem parte do leque de serviços que se podem oferecer reduzindo assim, consideravelmente os custos de uma empresa em formação; c) Oferecer rede de negócios A rede de negócios é um importante apoio que pode ser oferecido à empresa sem ónus para a incubadora. Pessoas com elevado grau de instrução ou formação técnica (os empreendedores) geralmente encontram dificuldades em estabelecer contactos, além do mais, as câmaras de comércio e indústria tendem a servir um amplo grupo representativo, no qual às empresas de base tecnológicas são a minoria. Em resposta a isto, é necessário estabelecer redes de contactos informais como por exemplo com consultores, clientes potenciais e fornecedores. d) Apresentar suporte direto O suporte direto refere-se à preparação do empreendedor para o acesso a fundos de capital de risco que permitam iniciar um negócio. Apoio à inserção da empresa em programas vinculados à agência de fomento do governo local ou federal. e) Apresentar recursos operacionais Os recursos operacionais e de suporte podem ser desenvolvidos por exemplo, nas universidades (por meio dos investigadores suportados no corpo docentes, dos laboratórios e da promoção de formação continuada), nas incubadoras de empresas, corporações e laboratórios do governo, parques científicos e tecnológicos. (Stainsack, 2003, p. 40-1). Uma das principais características das incubadoras de empresas é a partilha de experiências. Na atmosfera da incubadora, as constantes partilhas de informações entre os participantes podem gerar novas ideias promovendo a inovação. Outra característica é, as vantagens oferecidas aos novos empreendedores que melhoram muito as condições necessárias para o desenvolvimento dos seus planos. É importante para a microempresa que analise os tipos de incubadoras existentes, quais as suas características e os produtos ou serviços fornecidos que se melhor se adaptam ao seu plano de negócio e para a região em questão. Geralmente a seleção das microempresas começa com a publicação de um edital público pelas incubadoras onde são definidas as regras básicas de entrada. As microempresas preparam o 54

55 plano de negócio, que é a peça essencial, onde as microempresas apresentam a sua cadeia de valor e o benefício das suas atividades não só para a incubadora, como também para a comunidade local ou regional. 2.6 Serviços fornecidos pelas incubadoras de empresas Um dos principais objetivos das incubadoras é criar e fornecer um vasto número de serviços de acordo com as necessidades das microempresas. Assim, quanto maior for o número de serviços proporcionados, maior é a integração das novas empresas e naturalmente maior é a rendibilidade. De forma, a que as empresas incubadas aperfeiçoem a sua cadeia de valor, as incubadoras promovem a sua eficiência criando recursos e competências que lhes permitem atingir uma dimensão competitiva para que possam dar resposta às exigências dos consumidores e da concorrência no mercado pós incubação. Relativamente aos serviços fornecidos, Dornelas (2002) admite que para tanto, conta com um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e facilidades descritas a seguir: Espaço físico individualizado para a instalação de escritórios e laboratórios de cada empresa admitida. Espaço físico para uso compartilhado, tais como sala de reuniões, auditórios, área para demonstração dos produtos, processos e serviços das empresas incubadas, secretaria, serviços administrativos e instalações laboratoriais. Recursos humanos e serviços especializados que auxiliem as empresas incubadas nas suas atividades, quer sejam, contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores, engenharia de produção e propriedade intelectual, entre outros; Capacitação/Formação/Treino de empresários empreendedores nos principais aspetos de gestão, como gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica, comercialização de produtos e serviços no mercado doméstico e externo, contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores, gestão da inovação tecnológica, engenharia de produção e Propriedade Intelectual. Acesso a laboratórios e bibliotecas de universidades e instituições que desenvolvam atividades tecnológicas. (Dornelas, 2002, p. 21). 55

56 A qualidade da incubadora pode observar-se pelos serviços disponibilizados, sendo que o desenvolvimento tecnológico das microempresas na produção de bens e serviços depende da qualidade destes serviços Principais fatores de organização das incubadoras de empresas Os fatores que a seguir se enunciam estabelecem em conjunto e de forma genérica, um caminho ideal para que uma incubadora alcance todo o sucesso pretendido no mercado. Estes, estão na base do seu sucesso, porque o mesmo depende diretamente da eficácia como estes fatores críticos são aplicados e exige um trabalho eficiente de coordenação. No quadro abaixo, são apresentados os dez fatores considerados por Bolton, Smilor/Gill e Rice/Matthews, (Stainsack, 2003, p. 69-0), como essenciais ao sucesso de uma incubadora de empresas. Quadro 3 - Modelo geral: principais fatores de organização de incubadoras Fonte: Smilor e Gill (1986); Rice e Mattews (1995) e W. Bolton (1997), em Stainsack (2003, p. 69-0) 2.8 As incubadoras de empresas em Portugal Tal como numa unidade hospitalar, uma incubadora serve para auxiliar uma criança imatura a desenvolver-se, uma incubadora de empresas apoia uma microempresa a tornar-se madura sem limitações para atuar no mercado. 56

57 Em todos os países industrializados e em desenvolvimento, as incubadoras de empresas têm surgido como instrumento para a promoção da inovação tecnológica, do empreendedorismo académico e do desenvolvimento sócio-económico do local onde estão instalados. Assim, Portugal não podia ficar indiferente a este tipo de desenvolvimento industrial. Em Portugal, as incubadoras de empresas datam do início da década de O país, atualmente, conta com cerca de 20 incubadoras de empresas espalhadas por diferentes regiões e apesar de se verificar uma vontade de aumentar este número, talvez devido ao clima económico e à crise que o país atravessa, esta tendência seja para diminuir. Neste trabalho, foram selecionados dez incubadoras de empresas para análise. De acordo com os dados disponibilizados pelas incubadoras de empresas em Portugal, a maioria estão ligadas a universidades públicas ou privadas, autoridades regionais e instituições de pesquisa e desenvolvimento, politécnicos, associações empresariais. Estes vínculos demonstram a participação das universidades e polos de investigação na produção e na criação de novas tecnologias, nos spin-offs académicos, e na pesquisa e desenvolvimento que contribuem para o crescimento sustentado da economia regional, nacional e ao nível internacional. Marques (2007), salienta que Portugal, tal com muitos países europeus, tem desde os anos oitenta do século XX, empreendido incubadoras de empresas e iniciativas semelhantes. No caso português, as incubadoras assumem uma grande diversidade relativamente às suas formas. Parte desta diversidade deve-se aos diferentes objetivos e expectativas dos seus promotores e operadores. Existem atualmente muitas unidades de incubação de empresas, promovidas por Universidades, Instituições de I&D públicas e privadas, entidades diversas, tais como autarquias, associações setoriais, entre outras. O sucesso destas unidades baseia-se numa interdependência entre o mercado, as instituições do ensino superior públicas ou privadas e as associações empresariais. Dado que a globalização das economias é cada vez maior, i.é., os mercados estão cada vez mais interligados, o que ajuda as microempresas na produção e comercialização dos seus produtos e serviços, isto impõe que as incubadoras criem empresas com bases sólidas no mercado para a satisfação das necessidades da comunidade local ou regional e consequentemente com posterior potencial de exportação. Com base neste tipo de relacionamento institucional, surge a ideia do modelo da hélice tripla de relações - Universidade-Indústria-Governo - de Etzkowitz e Leydesdorff (1996). Segundo Marques (2007, p. 111) - Para Etzkowitz (2002), a sociedade é mais complexa do que a biologia. Uma hélice dupla foi suficiente para modelar o ADN13, mas é necessário um modelo de hélice tripla para as interações universidade-indústria-governo. A hélice tripla compreende: as universidades e as outras instituições produtoras de conhecimento; a indústria, incluindo start-ups de tecnologias avançadas e as empresas multinacionais; e o governo a vários níveis. Enquanto a 57

58 indústria e o governo foram tradicionalmente idealizados como esferas institucionais primárias, o que é novo no modelo de hélice tripla é que a universidade está postulada para ser uma esfera líder, juntamente com a indústria e o governo. Sendo que, o universo empresarial e universitário têm pressupostos distintos, este unem esforços na procura de soluções para os problemas que promovam o bem-estar da comunidade, e o poder político não pode nunca, ficar indiferente a este relacionamento porque é responsável na preparação de projetos e promulgação de leis que regularizam e sustentam a produção para o bem comum. Marques (2007, p. 112) admite que, uma hélice tripla de relações entre universidade indústriagoverno transcende os modelos anteriores de relações institucionais, mesmo os mais liberais (laissez-faire) ou socialistas, onde predomine, respetivamente, a economia de mercado ou a política e a atuação dos governos, tendo o setor do conhecimento um papel secundário. Ilustração 4 - Um modelo laissez-faire das relações universidade-indústria-governo Fonte: H. Etzkowitz e L. Leydesdorff (2000). De acordo com Marques (2007, p. 112, 113), Numa economia baseada no conhecimento, a universidade torna-se um elemento-chave no sistema de inovação, tanto como fornecedor de - ADN, ou ácido desoxirribonucleico, é um material biológico que permite que um indivíduo a ser identificado contra qualquer outra pessoa em qualquer parte do mundo. O capital humano, como de alfobre de novas empresas. As três esferas institucionais (pública, privada e académica) que funcionavam anteriormente em ambientes de laissez-faire, estão cada vez mais envolvidas num padrão de ligações em espiral, que emergem nas várias etapas do processo de inovação e de definição de políticas por parte dos governos. Tal efeito é, na própria 58

59 ciência, o resultado de mudanças internas dentro da academia, fortalecidas e difundidas por políticas do governo. Ainda Marques (2007, p. 113, 114) sublinha que Para Etzkowitz e Leydesdorff (2000), de uma forma ou de outra, a maioria dos países estão, presentemente, a tentar atingir alguma forma de tripla hélice. O objetivo comum é realizar um ambiente inovador, que consiste em fomentar e criar condições gerais para o empreendedorismo, tais como: 1. Criação de empresas spin-off das universidades; 2. Empreender iniciativas trilaterais para o desenvolvimento económico baseado no conhecimento, como é o caso da criação de parques de ciências e tecnologias (C&T) e das incubadoras de empresas; 3. Celebração de alianças estratégicas entre as empresas (grandes e pequenas) que operam em áreas diferentes e com diferentes níveis de tecnologia; 4. Criação de instituições híbridas, com funções de interface sem fins lucrativos, e; 5. Celebração de contratos de investigação e desenvolvimento (I&D) com laboratórios governamentais e grupos académicos de investigação. Ilustração 5 - O modelo da Triple Helix das relações universidade - indústria governo Fonte: H. Etzkowitz e L. Leydesdorff (2000) Para além destas diferentes combinações no relacionamento entre a universidade, a indústria e o governo serem geradoras de uma dinâmica que promove e cria o equilíbrio entre os diferentes sistemas (Leydesdorff, 2003), essas combinações significam, também, o delinear de um novo relacionamento entre as três esferas institucionais. Essas esferas, que se diferenciam umas das 59

60 outras como condição e elemento constituinte da modernidade, estão agora inter-relacionadas umas com as outras, criando configurações únicas de investigação. Assim, as universidades tomaram as características das empresas, muitas empresas começaram a assemelhar-se a universidades e muitos governos funcionam como empresas privadas. Este assumir, por parte de uma esfera, do papel de outra leva ao surgimento, por exemplo, de empresas spin-offs académicas, que são organizações híbridas, e ao desenvolvimento de ações empreendedoras, como é o caso do movimento das incubadoras, ambas integrando elementos do modelo da hélice tripla. Estes desenvolvimentos são parcialmente conduzidos pela transformação do conhecimento científico e do contributo reflexivo destes processos (Baber, 2001). Em toda esta transformação e ajustamento de emissões e objetivos por parte dos três atores institucionais existe, de acordo com Etzkowitz et al. (2000), um assumir de novas competências e papeis que integram as características definidoras da nova universidade, a universidade empresarial e empreendedora. (Marques, 2007, p. 114, 115). 60

61 61

62 62 Capítulo III Estudo de caso

63 3 Estudo de Caso 3.1 Metodologia do estudo Neste capítulo, é feita uma abordagem teórica à investigação qualitativa em incubação empresarial, incidindo particularmente no estudo de caso qualitativo. Seguidamente, é feita uma breve descrição dos participantes na investigação (gestores das incubadoras e gerentes das empresas incubadas). São ainda referidas as estratégias de recolha de dados durante a investigação, nomeadamente através de inquéritos (questionários), a maneira como são tratados os dados e a estratégia utilizada. 3.2 O estudo de caso exploratório No presente trabalho de investigação é utilizada a abordagem metodológica de estudo de caso ( case study ). Este tipo de metodologia foi criticada por muitos investigadores de Ciências Sociais, devido a uma suposta capacidade limitada de fornecer bases para uma generalização científica (Denzin e Lincoln, 2000; Sekaran, 2000). Contudo, Yin (1989; 1994) considerou que os estudos de caso, tal como a experimentação, são potencialmente generalizáveis em afirmações teoréticas mas não generalizáveis para as populações ou universos desses estudos. Sendo um caso um facto que ocorre dentro de algumas fronteiras ou limites contextuais a unidade de análise. Geralmente, há uma focalização da atenção e uma maior ou menor definição temporal, social e/ou física de fronteiras e limites envolvidos, podendo a focalização e o estabelecer de fronteiras serem definidos pelo tamanho da unidade social, por localização espacial ou temporalmente (Huberman e Miles, 1994). Os casos podem ainda ter sub-casos entre si (Yin, 1994). Desta forma, considerou-se o estudo de caso como uma metodologia adequada para realizar esta investigação. Também, através de uma investigação detalhada da parte de um determinado fenómeno social, que até agora não tem sido devidamente analisado as ligações de cooperação entre Universidades/Institutos Politécnicos, incubadoras de empresas e empresas, com ligações entre si supõe-se que se possa acrescentar algo para uma melhor compreensão desse fenómeno, contribuindo para preencher a lacuna existente sobre este tópico de investigação. Esta definição corresponde assim, à escolha do objeto a ser investigado, o qual traduz a unidade de análise e que coincide com os fins da investigação. De outra forma, poderemos dizer tal como (Stake, 2000) que, naquilo a que se chama instrumental case study, se considera o caso como o objeto de estudo particular, que é examinado para contribuir com informações e conhecimentos profundos sobre um determinado assunto ou uma melhoria da teoria. Nesta situação, o caso em si, desempenha um papel de apoio, facilitando a nossa compreensão sobre alguma coisa. O caso é visto em profundidade, o seu contexto é avaliado e as suas atividades são detalhadas. Porém, a escolha do caso fica a dever-se ao facto desta tarefa nos ajudar a prosseguir o nosso objetivo e interesse, esperando poder avançar na compreensão desse outro interesse ou no alcance daquele tal objetivo. 63

64 Ainda segundo Yin (1994) a qualidade de um estudo de caso está relacionada com critérios de validade e fiabilidade. A Validade de Construto verifica até que ponto uma medida utilizada num estudo de caso é adequada aos conceitos a serem estudados. A Validade Interna avalia em que medida o investigador demonstrou a relação causal entre dois fenómenos observados. A Validade Externa mostra até que ponto as conclusões de um estudo de caso podem ser generalizáveis a outras investigações de casos semelhantes. A fiabilidade de um estudo de caso mostra, em que medida outros investigadores chegariam a resultados idênticos, utilizando as mesmas metodologias na mesma investigação. Em síntese, a nossa investigação constitui um estudo de caso qualitativo na medida em que decorreu através do envio de questionários, com um número reduzido de sujeitos (dez incubadoras e empresas incubadas). 3.3 Participantes na Investigação A presente investigação decorreu mediante o envio de questionários, cujos participantes foram os gestores das incubadoras e os gestores das empresas nas incubadoras. 3.4 Sujeitos/Gestores das Incubadoras/Gestores das Empresas Neste tipo de abordagem metodológica, como é o estudo de caso, não se privilegia uma amostragem aleatória e numerosa, mas sim criteriosa ou intencional, ou seja, a seleção da amostra está sujeita a determinados critérios que permitam ao investigador aprender o máximo sobre o fenómeno em estudo (Vale, 2000). 3.5 Formulação do Problema A Problemática é a abordagem ou a perspetiva teórica que decidimos adotar para tratarmos o problema formulado pela pergunta de partida. Deve responder à pergunta Como vai abordar este fenómeno?. (Quivy & Campenhoudt, 2005) Ainda segundo o mesmo autor Esta fase é crucial. A problemática constitui efetivamente o princípio de orientação teórica da investigação, cujas linhas de força define. Dá à investigação a sua coerência e potencial descoberta. Segundo Pocinho (2012) o problema é a pergunta para a qual desejamos saber a resposta. A investigação é a procura da resposta ( ) Depois de corretamente efetuado o problema, este transforma-se no objetivo geral do estudo. Assim apresenta-se o problema da seguinte forma: Quais serão as motivações que levam o potencial empreendedor a procurar os Centros de Incubação? Quais as vantagens e riscos de estar num Centro de Incubação? 64

65 . 3.6 Inquéritos Estrutura e explicação Os inquéritos utilizados na recolha de dados foram os questionários (caracterização da incubadora e caracterização da empresa na incubadora). Como método de recolha e análise de dados optou-se por utilizar o inquérito por questionário, construído on-line, enviado por , por se tratar de uma ferramenta moderna, mais atrativa e mais rápida do que o tradicional preenchimento manual. Segundo Ghiglione, Matalon, & Pires, (2001, p. 7-8) O Inquérito pode ser definido como uma interrogação particular acerca de uma situação englobando indivíduos, com o objetivo de generalizar. Para (Pocinho, 2012, pp ) o inquérito por questionário distingue-se da simples sondagem de opinião pelo facto de visar a verificação de hipóteses teóricas e análise das correlações que essas hipóteses sugerem. Por isso, estes inquéritos são, geralmente, muito mais elaborados e consistentes do que as sondagens. Foi utilizado o modelo proposto por Likert, que prevê a técnica de construção de escalas, bem como perguntas fechadas, tornando-se mais fácil a análise e tratamento dos dados. Entende-se por questões fechadas, um conjunto de perguntas padronizadas, segundo uma escala ordinal de opinião, em que o respondente tem de escolher entre as respostas alternativas fornecidas (Hill & Hill, 2008). É importante que tenhamos em conta qual o tipo de resposta mais adequado para cada pergunta, qual o tipo de escala de medida que está associado às respostas e, ainda, que métodos são os mais corretos para analisar os dados (Hill & Hill, 2008, p. 84). De acordo com (Quivy & Campenhoudt, 2005), o inquérito por questionário consiste em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas relativas à sua situação social, profissional ou familiar, às suas opiniões, à sua atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao seu nível de conhecimentos ou de consciência de um acontecimento ou de um problema, ou ainda sobre qualquer outro ponto que interesse aos investigadores. O questionário encontra-se dividido da seguinte forma: 1. Breve caracterização da entidade com uma pequena abordagem aos participantes no capital, entidades promotoras, órgãos de gestão, fontes de financiamento e serviços fornecidos; 2. Foram efetuadas questões relacionadas com a gestão, apoios e serviços disponibilizados às incubadoras e empresas incubadas; 65

66 3. Questões sobre a perceção dos apoios e ligações de cooperação, bem como uma avaliação geral das mesmas; 3.7 População e amostra do Estudo A população-alvo desta investigação recai sobre as incubadoras de empresas e empresas instaladas nas incubadoras. Optou-se pelo método de amostragem. A amostra da investigação é constituída pelos Órgãos de Gestão das Incubadoras e das Empresas instaladas nas mesmas. A recolha dos dados foi realizada entre os dias 24 de Fevereiro e 14 de Março de Foi enviado inquérito através de questionário a dez incubadoras, das quais se obtiveram quatro respostas, o que representa cerca de 40% da população inquirida. Foi também enviado pela mesma via, inquérito através de questionário a ser distribuído às empresas incubadas desconhecendo-se o número total de empresas, das quais se obtiveram onze respostas. 3.8 Apresentação e Análise dos Resultados Tendo como objetivo de obter informações mais detalhadas sobre as incubadoras de empresas e as empresas incubadas em Portugal, foram elaborados dois questionários com vista ao desenvolvimento de um estudo de caso. São perguntas diretas e simples para as incubadoras e para as empresas incubadas. No questionário dirigido às incubadoras, colocam-se questões de carácter genérico, tais como: o ano da criação, o tipo da incubadora, o tipo de serviços fornecidos, que constituem o fator crítico para análise, a caracterização das microempresas que recorrem aos serviços, os principais setores de atividades em que atuam; questões estas, que se colocam a par de outras com as quais se procura analisar a importância desta organização na sobrevivência das empresas Questionário dirigido aos Gestores das Incubadoras A questão número está relacionada com uma breve caracterização da entidade e ano da sua fundação. 66

67 Questão 2 - Qual é a forma jurídica da incubadora? Gráfico 1 - Forma jurídica da incubadora As quatro incubadoras são instituições privadas sem fins lucrativos. Questão 3 Qual é a situação estatutária/dependência da Incubadora? Gráfico 2 - Situação estatutária/dependência Relativamente à situação estatutária/dependência da Incubadora temos uma incubadora de uma Universidade/Instituto Politécnico, um Centro de Inovação de Negócios (BIC) e duas incubadoras independentes. Questão 4 Quais são os associados/sócios/acionistas participantes no capital da incubadora? Como associados das várias incubadoras temos associações industriais, câmaras municipais, universidades, institutos politécnicos, associações comerciais, instituto de desenvolvimento tecnológico, empresas de serviços de economia e gestão, instituto superior técnico, associação nacional de jovens empresários, centros de formação profissional e diversas empresas de consultoria. Questão 5 Que Instituição do Ensino Superior é entidade promotora da incubadora e/ou entidade associada? 67

68 Como entidade promotoras e/ou associadas temos escolas superiores, universidades, instituto superior técnico e institutos politécnicos. Questão 6 - A sua incubadora tem alguma orientação setorial definida estatutariamente? Gráfico 3 - Orientação Setorial Relativamente à orientação duas incubadoras não têm qualquer tipo de orientação definida, uma está orientada para empresas de base tecnológica e a outra Questão 7 Quais são os órgãos de gestão da incubadora? Relativamente a esta questão, todas as incubadoras têm órgãos de gestão e são constituídos de formas diferentes: 1- assembleia geral, direção, conselho fiscal; 2- assembleia geral, direção, conselho fiscal; 3- conselho de administração, conselho geral, conselho de fiscalização ; 4- conselho de administração, direção de coordenação, gestor da incubadora. Questão 8 A direção elabora algum plano anual de atividades? É elaborado algum plano estratégico ou outro de natureza idêntica? Nesta questão a resposta foi unânime, pois todos elaboram um plano de atividades ou de natureza idêntica. Questão 9 A Direção da incubadora é submetida a alguma avaliação de desempenho? Relativamente à questão acima, das quatro entidades questionadas, duas são submetidas a avaliação de desempenho e duas não. Questão 10 Quais são as fontes de financiamento da incubadora? 68

69 Gráfico 4 - Fontes de Financiamento da Incubadora No que toca às fontes de financiamento 25% dos inquiridos financiam-se através das receitas dos serviços prestados, 25% de subsídios governamentais, sejam eles centrais, regionais ou locais e 50% dos inquiridos têm como fonte de financiamento as rendas, fundos comunitários, fundos regionais, entre outros. Questão 11 Quais os serviços de base que a Incubadora disponibiliza às empresas sediadas? Gráfico 5 - Serviços de base No que toca aos serviços de base fornecidos pelos inquiridos às empresas sediadas, todos disponibilizam infraestruturas físicas e serviços de limpeza, mas apenas dois fornecem telecomunicações e apenas um fornece serviços de apoio ao desenvolvimento de negócio. Questão 11.1 Quais os serviços técnicos que a Incubadora disponibiliza às empresas sediadas? Gráfico 6 - Serviços Técnicos 69

70 Relativamente aos serviços técnicos disponibilizados pela incubadora às empresas sediadas, três das inquiridas fornecem acesso a I&D da Universidade/Instituto Politécnico, todos fornecem consultoria técnica e uma delas fornece ainda acesso a redes de conhecimento. Questão 11.2 Quais os serviços de gestão que a Incubadora disponibiliza às empresas sediadas? Gráfico 7 - Serviços de Gestão No que aos serviços de gestão diz respeito, todas disponibilizam serviços de contabilidade e finanças e para além destes, duas delas fornecem também serviços de gestão de âmbito geral, serviços de vendas e marketing e uma acresce serviços jurídicos. Questão 11.3 Quais os serviços estratégicos que a Incubadora disponibiliza às empresas sediadas? Gráfico 8 - Serviços Estratégicos Dos serviços estratégicos disponibilizados, 36% dizem respeito a acesso a informação sobre fontes de financiamento, 18% a acesso a legislação, 18 % a apoio na negociação bancária, 9% a formação técnica de recursos humanos e 18% são respeitantes a apoio nas relações institucionais e acordos entre empresas. Questão 12 Das seguintes atividades de Direção com carácter de rotina, qual o tempo dedicado a cada uma, em média e em percentagem, por semana? 70

71 Gráfico 9 - Promoção da Incubadora e atração de novas empresas No que toca à promoção da incubadora e atração de novas empresas, 25% das inquiridas dedica 1 a 5 horas por semana, duas outras entre 5 a 10 horas e uma outra entre 10 a 15 horas. Questão 12.1 Das seguintes atividades de Direção com carácter de rotina, qual o tempo dedicado a cada uma, em média e em percentagem, por semana? Gráfico 10 - Manutenção das instalações No que à manutenção das instalações diz respeito, três das inquiridas dedicam cerca de 1 a 5 horas por semana e uma entre 10 a 15 horas. Questão 12.2 Das seguintes atividades de Direção com carácter de rotina, qual o tempo dedicado a cada uma, em média e em percentagem, por semana? Gráfico 11 - Promoção de serviços diversos às empresas sediadas Relativamente à promoção de serviços às empresas sediadas 50% das inquiridas dizem dispensar entre 5 a 10 horas e as outras 50% entre 10 a 15 horas. Questão 12.3 Das seguintes atividades de Direção com carácter de rotina, qual o tempo dedicado a cada uma, em média e em percentagem, por semana? 71

72 Gráfico 12 - Relações públicas e obtenção de financiamentos Cerca de 50% das inquiridas dedica 1 a 5 horas por semana às relações públicas e obtenção de financiamentos, 25% entre 5 a 10 horas e as outras 25% entre 10 a 15 horas. Questão 13 Das seguintes atividades de Direção relativas ao apoio às empresas sediadas na incubadora e universidade, qual o tempo dedicado a cada uma, em média, por semana? Gráfico 13 - Fomento das ligações de cooperação com a universidade Uma das inquiridas afirma dedicar entre 1 a 5 horas, outra entre 5 a 10 horas e outra entre 10 a 15 horas. Uma delas não respondeu. Questão 13.1 Das seguintes atividades de Direção relativas ao apoio às empresas sediadas na incubadora e universidade, qual o tempo dedicado a cada uma, em média, por semana? Gráfico 14 - Fomento das ligações de cooperação entre as empresas sediadas Uma das inquiridas dedica entre 5 a 10 horas, outra entre 10 a 15 horas e outra entre 15 a 20 horas. Uma das inquiridas não respondeu. Questão 13.2 Das seguintes atividades de Direção relativas ao apoio às empresas sediadas na incubadora e universidade, qual o tempo dedicado a cada uma, em média, por semana? 72

73 Gráfico 15 - Apoio legal no que se refere à transferência do conhecimento/tecnologia Relativamente à transferência de conhecimento/tecnologia duas das inquiridas dispensam entre 1 a 5 horas por semana e uma outra entre 5 a 10 horas. Uma das inquiridas não respondeu. Questão 13.3 Das seguintes atividades de Direção relativas ao apoio às empresas sediadas na incubadora e universidade, qual o tempo dedicado a cada uma, em média, por semana? Gráfico 16 - Apoio legal na comercialização da tecnologia (patentes) No que toca ao apoio legal na comercialização de tecnologia (patentes), 3 das inquiridas dedicam entre 1 a 5 horas por semana. Uma das inquiridas não responde. Questão 14 Qual é a origem das empresas sediadas na sua incubadora? Gráfico 17 - Empresa Spin-off da Universidade/Instituto Politécnico 73

74 No que à origem das empresas sediadas diz respeito, 3 das inquiridas afirmam que entre 1 a 20 % das empresas são spin-off da Universidade/Instituto Politécnico e uma outra responde que entre 41 a 80% das empresas nela sediadas são spin-off da universidade. Questão 14.1 Qual é a origem das empresas sediadas na sua incubadora? Gráfico 18 - Empresa Spin-off de outra empresa (indique a percentagem de empresas em cada origem) Nesta questão verifica-se que entre 1 a 20 % das empresas sediadas em duas das inquiridas são spin-off de outra empresa e que nas outras duas 21 a 40% são spin-off de outra empresa. Questão 14.2 Qual é a origem das empresas sediadas na sua incubadora? Gráfico 19 - Empresa nova, iniciativa individual ou dos sócios Relativamente a esta questão uma das inquiridas indica que entre 1 a 20% são empresas novas, de iniciativa individual ou de sócios, duas das inquiridas referem que entre 21 e 40% têm esta origem e uma outra refere entre 41 a 60% das empresas têm esta origem. Questão 14.2 Qual é a origem das empresas sediadas na sua incubadora? Gráfico 20 - Empresa já existente 74

75 Nesta questão, 75% das inquiridas afirma que 1 a 20 % das empresas sediadas são empresas já existentes e 25% das inquiridas refere entre 61 a 80% das empresas sediadas são empresas já existentes. Questão 14.3 Qual é a origem das empresas sediadas na sua incubadora? Gráfico 21 - Filial de empresa já existente Entre 1 a 20% das empresas sediadas em duas das inquiridas são filiais de empresas já existentes, noutro caso entre 21 e 40% têm a mesma origem e última inquirida refere que entre 81 e 100% das empresas tem essa origem. Questão 15 Quais são os critérios de seleção das empresas candidatas à instalação na Incubadora? Existe alguma restrição à admissão de empresas originadas fora do âmbito da Universidade? 1- Uma das inquiridas refere que o inquérito está muito baseado na relação com a Universidade e esta é uma estrutura independente, apesar de ter uma universidade como associada; 2- Outra refere como critério de seleção a promoção da criação de empresas spin-offs, apoiando ideias inovadoras e de base tecnológica oriundas de laboratórios e de instituições do ensino superior, do sector privado e de projetos de I&DT em consórcio com a indústria. 3- Uma outra refere ainda a adequação ao objeto da incubadora, modelo de negócio; potencial competitivo do projeto; viabilidade técnica do projeto; retorno financeiro do projeto; impacte tecnológico e grau de inovação; qualificação técnica dos proponentes; potencial empreendedor dos proponentes; autonomia da empresa pós-incubação; impacte ambiental; 4- A última inquirida refere o grau de inovação da ideia, a viabilidade financeira e adequabilidade da ideia no mercado. Questão 16 - Que ações desenvolvem para fomentar as ligações de cooperação entre as empresas sediadas na incubadora e as universidades? 75

76 Relativamente às ações desenvolvidas para fomentar ligações de cooperação entre empresas e as instituições de ensino superior são referidos os workshops sobre áreas temáticas ligadas ao empreendedorismo, reuniões com vista à identificação de oportunidades de elaboração de candidaturas aos sistemas de incentivos ao IDT e projetos conjuntos, networking, entre outros. Questão 17 - Que ações desenvolvem para fomentar as ligações de cooperação entre as diversas empresas sediadas na incubadora? As inquiridas indicam a promoção de compras inhouse entre empresas incubadas, eventos em que estimulamos à participação de todos os incubados, semana do empreendedorismo, projetos conjuntos, networking, atividades, entre outros. Questão 18 - Que ações desenvolvem, e como, no sentido do apoio legal às empresas e universidade no que se refere à transferência do conhecimento/tecnologia (registo de patentes e licenciamentos)? As inquiridas referem a análise caso a caso, parceria com escritório de advogados para esta área, bem como a parceria com associado fundador que possuiu um GAPI e ainda um gabinete interno de PI. Questão 19 A sua incubadora está filiada em algum organismo nacional, estrangeiro ou internacional com objeto afim? Uma das inquiridas refere uma rede de incubadoras, outra não responde, das outras duas, uma diz que está inscrita mas não refere em qual e a outra diz estar inscrita na EBN European Business Networking. Questão 20 No plano internacional, a sua incubadora estabeleceu alguma ligação de I&D com outras incubadoras ou instituições de investigação? Uma das inquiridas diz não ter estabelecido qualquer ligação no plano internacional e as outras três referem ligações com entidades espanholas, instituições semelhantes, universidades, incubadoras, institutos a nível mundial Questão 21 Quais as motivações que levam a Incubadora, a incentivar e apoiar as empresas no estabelecimento de ligações de cooperação com as universidades? Uma das inquiridas refere que não são motivações. As outras referem o aumento das competências de I&D, a inovação e transferência de conhecimento e tecnologia e que a Universidade pode contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento de uma empresa sobretudo na identificação de novas áreas de negócio e na investigação. 76

77 Questão 22 Como avalia o estado atual da cooperação existente entre a universidade e as empresas sediadas? Quais as razões, para a não existência de ligações por parte de algumas empresas? Uma das inquiridas referem que a maioria das empresas sediadas são start-up, muitas vezes sem tempo para colaborações externas. Outra refere que cada caso é um caso. Outra indica que praticamente todas as empresas sediadas trabalham de forma regular com as instituições de ensino quer da região quer a nível nacional. E a última refere que é uma vertente a reforçar. Questão 23 - Relativamente às empresas que têm tido ligações de cooperação, acha que essas ligações têm sido um fator relevante para o seu sucesso no mercado? Porquê? Nesta questão uma das inquiridas refere que cada caso é um caso. Outra refere ser um fator relevante para o sucesso do projeto e a última diz ser um fator relevante para o sucesso derivado da aplicação de I&D de topo Questionário dirigido aos Gestores das Empresas Incubadas A questão número um está relacionada com uma breve caracterização da entidade e ano da sua fundação. Questão 2 - Qual é a origem da empresa? Gráfico 22 - Origem da Empresa Questão 3 - Qual o sector económico de atividade? Nesta questão temos os mais variados setores económicos de atividade, tais como: produtos médicos e farmacêuticos, fabrico de dispositivos médicos, gestão e instalação de infraestruturas de fibra ótica, prestação de serviços de saúde, instalação de máquinas e de equipamentos industriais, reparação e manutenção de máquinas e equipamentos, atividades de engenharia e técnicas afins, prestação de serviços de telecomunicações e energia, consultoria e educação, prestação de serviços de consultoria e formação. Questão 4 - Há quanto tempo está a sua empresa sediada na Incubadora? 77

78 Gráfico 23 - Tempo de Incubação Das dez empresas inquiridas, 40% refere estar incubada há menos de 1 ano, 10% entre 1 a 2 anos, 10% entre 2 a 3 anos e 40% há mais de 3 anos. Questão 5 - Qual é a Forma jurídica da empresa? Gráfico 24 - Forma jurídica da empresa Questão 6 - Qual é a dimensão da empresa? Gráfico 25 - Número de colaboradores No que toca à dimensão da empresa 30% referem ter até 3 colaboradores, 60% entre 4 e 10 colaboradores e apenas 10% refere ter mais de 50 colaboradores. Questão 7 - Qual é a atividade principal da empresa? As atividades principais das empresas inquiridas são: gestão de infraestruturas de telecomunicações, consultoria, vendas e distribuição, produção e manufatura, prestação de serviços e prestação de serviços de saúde. Questão 8 - Desenvolvem internamente atividades de I&D? 78

79 Gráfico 26 - Atividades de I&D Nesta questão 50% das inquiridas revelam que a I&D é inexistente, 20% revelam fazer investigação e desenvolvimento a tempo inteiro e 30% a tempo parcial. Questão 9 - Qual o tipo de atividade de I&D desenvolvida? Gráfico 27 - Tipo de atividade de I&D Nesta questão 20% das inquiridas revelam fazer atividade de I&D no desenvolvimento de novos produtos, 20% no desenvolvimento de novos processos, 10% na introdução de melhoramentos em produtos existentes, 10% em novas técnicas administrativas e 40% não tem ou não desenvolve. Questão 10 - Qual é a intensidade das atividades de I&D (número de colaboradores envolvidos)? (só para empresas com I&D integral) Gráfico 28 - Número de colaboradores envolvidos em atividades de I&D Nesta questão 80% das inquiridas revelam não ter qualquer colaborador ou ter até dois colaboradores, 10% entre 3 e 5 colaboradores e 10% entre 6 a nove colaboradores. Questão 11 - Quais as ligações de cooperação existentes, relativamente a I&D e Recursos Humanos entre a sua empresa e a universidade? 79

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