Diretrizes para a elaboração de Planos de Mobilidade Urbana
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- Agustina Fialho Quintanilha
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1 Lei da Mobilidade: Diretrizes para a elaboração de Planos de Mobilidade Urbana Maio 2013
2 Lei Lei da Mobilidade: Resumo
3 Lei Mobilidade: GERAL (Capitulo I) A Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano. objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas Art. 1 para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. Art. 2 São modos de transporte urbano: motorizados e não-motorizados; de passageiros e de cargas; coletivo e individual; público e privado. São infraestruturas de mobilidade urbana: vias e demais logradouros públicos, inclusive metroferrovias, hidrovias e ciclovias; estacionamentos, terminais, estações e demais conexões instrumentos de controle, fiscalização, arrecadação de taxas e tarifas e difusão de informações. Art. 3 [Inclui todos os modos de transporte.] Art. 5 Princípios basicos: Art. 6 Diretrizes: Art. 7 Objectives: i. Acessibilidade universal ii. Desenvolvimento sustentável iii. Equidade no acesso iv. Eficiência e eficácia v. Gestão democrática vi. Segurança vii. Benefícios/ônus justo viii. Equidade no uso de espaço público ix. Circulação urbana eficiente i. Integração com uso de solo i. Reduzir as desigualdades ii. Prioridade dos modos nãomotorizados e coletivos serviços básicos ii. Promover o acesso aos iii. Integração entre os modos iii. Proporcionar melhoria em iv. Mitigação dos custos acessibilidade e mobilidade ambientais, sociais, econ. iv. Desenvolvimento sustentável Soc, Env, Econ Costs v. Gestão democrática consolidada v. Incentivar uso de energias para continuar aprimoramento renováveis vi. Priorização do transporte público vii. Integração entre cidades gêmeas na fronteira
4 Lei Mobilidade: Regulação dos Transportes Públicos Art. 8. A política tarifária do serviço de transporte público coletivo é orientada pelas seguintes diretrizes: Equidade no acesso aos serviços; melhoria da eficiência; ser instrumento da política de ocupação equilibrada da cidade de acordo com o plano diretor municipal, regional e metropolitano; contribuição dos beneficiários diretos e indiretos para custeio da operação dos serviços; transparência, modicidade, e integração. Art. 9. O regime econômico e financeiro da concessão e o da permissão do serviço de transporte público coletivo serão estabelecidos no respectivo edital de licitação, sendo a tarifa de remuneração da prestação de serviço de transporte público coletivo resultante do processo licitatório da outorga do poder público Art. 10. A contratação dos serviços de transporte público coletivo será precedida de licitação Art. 11. Os serviços de transporte privado coletivo deverão ser autorizados, disciplinados e fiscalizados pelo poder público competente. Art. 12. Os serviços de transporte público deverão ser organizados, disciplinados e fiscalizados pelo poder público municipal, com base nos requisitos mínimos de segurança, de conforto, de higiene, de qualidade dos serviços e de fixação prévia dos valores máximos das tarifas a serem cobradas. Art. 13. Na prestação de serviços de transporte público coletivo, o poder público delegante deverá realizar atividades de fiscalização e controle dos serviços delegados, preferencialmente em parceria com os demais entes federativos.
5 Lei Mobilidade : Atribuições (Cap. IV) Art. 16. São atribuições da União: I. prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios; II. contribuir para a capacitação continuada de pessoas e para o desenvolvimento das instituições vinculadas à Política Nacional de Mobilidade Urbana I. A União apoiará e estimulará ações coordenadas e integradas entre Municípios e Estados em áreas conurbadas Art. 17. São atribuições dos Estados: I. Prestar os serviços de transporte público coletivo intermunicipais de caráter urbano, II. III. Propor política tributária específica e de incentivos para a implantação da Política Nacional de Mobilidade Urbana Garantir o apoio e promover a integração dos serviços nas áreas que ultrapassem os limites de um Município Art. 18. São atribuições dos Municípios: I. Planejar, executar e avaliar a política de mobilidade urbana, bem como promover a regulamentação dos serviços de transporte urbano; II. III. Prestar os serviços essenciais de transporte público coletivo urbano; Capacitar pessoas e desenvolver as instituições vinculadas à política de mobilidade urbana do Município;
6 Lei Mobilidade: Diretrizes p/ Planejamento e Gestão (Cap.V) Art. 21. O planejamento, a gestão e a avaliação dos sistemas de mobilidade deverão contemplar: I. a identificação dos objetivos de curto-, médio, e longo prazo II. a identificação dos meios financeiros e institucionais que assegurem sua implantação e execução;systematic mechanisms to monitor and review the pre-established objectives III. a formulação e implantação dos mecanismos de monitoramento e avaliação sistemáticos e permanentes dos objetivos estabelecidos; e IV. a definição das metas de atendimento e universalização da oferta de transporte público coletivo, monitorados por indicadores preestabelecidos. Art. 22. atribuições mínimas dos órgãos do sistema de mobilidade urbana: I. planejar e coordenar os diferentes modos e serviços II. avaliar e fiscalizar os serviços e monitorar desempenhos III. implantar a política tarifária IV. dispor sobre itinerários, frequências e padrão de qualidade dos serviços V. estimular a eficácia e a eficiência dos serviços de transporte público coletivo;
7 Lei Mobilidade: Instrumentos de Gestão (Cap.V-VI) Art. 23. Os entes federativos poderão utilizar, dentre outros instrumentos de gestão do sistema de transporte e da mobilidade urbana, os seguintes: I. restrição e controle de acesso e circulação de veículos motorizados II. III. estipulação de padrões de emissão de poluentes e acesso aos espaços urbanos aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano vinculando-se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado IV. dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados; V. estabelecimento da política de estacionamentos VI. controle do uso e operação da infraestrutura viária destinada ao transporte de carga VII. monitoramento e controle das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de transporte motorizado estrição de acesso a determinadas vias Art. 25. O Poder Executivo da União, o dos Estados, o do Distrito Federal e o dos Municípios, in accordance with their budgetary and financial abilities, segundo suas possibilidades orçamentárias e financeiras, farão constar dos respectivos projetos de planos plurianuais e de leis de diretrizes orçamentárias, as ações programáticas e instrumentos de apoio que serão utilizados, em cada período, para o aprimoramento dos sistemas de mobilidade urbana e melhoria da qualidade dos serviços. A indicação das ações e dos instrumentos de apoio a que se refere o caput será acompanhada, sempre que possível, da fixação de critérios e condições para o acesso aos recursos financeiros e às outras formas de benefícios que sejam estabelecidos.
8 Orientação para Ministério das Cidades: Requisitos para Planos de Mobilidade
9 Componentes Essenciais de Todos os Planos de Mobilidade Uma declaração integral de visão da mobilidade urbana até o futuro Lista de projeto de curto prazo (Art. 21) Metas de médio prazo (Art. 21) Visão da mobilidade urbana a longo prazo (Art. 21) Organização institucional para a gestão da mobilidade de todos os modos Para coordenar todos os modos de forma eficiente (Art. 22) Promover a eficácia e eficiência dos modos coletivos públicos (Art. 22) Priorizar modos não motorizados ao invés dos modos motorizados (Art. 6 ) Atendimento aos objetivos do Art. 7: Equidade, Acesso, Mobilidade, Sustentabilidade, Democracia Cumprimento da Política Nacional sobre Mudança Climática Plano de gestão do transporte público (Chapt. II) Oferecimento do serviço de transporte coletivo público (Art. 18) Política de tarifas de transporte de massa (Art. 8) Processo de licitação de concessões (Art. 10) Adoção e monitoração contínua dos padrões de qualidade do transporte de massa (Art. 12) Levantamento dos dados de transportes (Art. 18, sob as recomendações de planejamento eficaz) Levantamento da infraestrutura Estudo das atividades de transportes Estudo de resultados relacionados aos transportes
10 Visão Geral dos Elementos do Plano de Mobilidade Requisitos Diferentes para Cidades de Diferentes Tamanhos Tamanho da Cidade Quadro Institucional Levantamento dos Transportes Quadro de Monitoração Visão Pública e Metas Estudo e Modelagem da Demanda Plano de Gestão do Transporte Público Plano de Investimento e Gestão da Mobilidade Muito Grande > Exigido até Básico até, Integral até 2017 Exigido até Integral até Estudo até, Modelagem até 2016 Básico até, Integral até 2020 Grande Exigido até Básico até, Integral até 2017 Exigido até Integral até Estudo de Demanda até Básico até, Integral até 2020 Média Abaixo de Exigido até Básico até Opcional Básico até Opcional Básico até Pequena Exigido até Básico até Opcional Básico até Opcional Plano NMT, ao invés Básico até
11 1 Quadro Institucional do Plano de Mobilidade Dados e Modelagem Visão e Plano Capacidade Institucional 2014 Levantamento dos Dados Básicos Visão e Metas da Mobilidade Conselho Executivo do Plano de Mobilidade Plano de Gestão e Investimentos em Mobilidade Comunicação Técnica do Plano de Mobilidade Levantamento da Demanda (HH) Modelo de Transportes para Analisar as Tendências e Projetos Propostos Plano Integral de Gestão e Investimentos em Mobilidade Desenvolvimento de Capacidade Técnica para o Desenv. de Dados, Modelagem, Seleção de Projetos e Planejamento Monitoração Contínua do Desempenho, Avaliação
12 2 Levantamento dos Dados de Transportes INFRAESTRUTURA ATIVIDADE RESULTADOS DO DESEMPENHO Lane-Km & Condition of Streets, roads, & highways Parking Supply Passenger-Kilometers Of Bus, BRT, LRT, & Metro Quality of Transit Facilities Sidewalks Coverage (%) Safe Intersections (%) Cycleway Coverage Operating & Capital Cost of all Infrastructure Trips by Mode Distance by Mode Os levantamentos de infraestrutura e mobilidade evidenciam as lacunas da rede de mobilidade e os meios mais eficazes e de menor custo Congestion Levels para alcançar os resultados Service Levels desejados. Vehicle KM Traveled Occupancy by Mode Passenger-KM of Transit Bus Route INventory *How are each of these Social: Cost, Time, Access, Safety, Health, Equity Os resultados do desempenho Economic: Operating/ Capital Costs of Mobility, Freight nos Movement, ajudam a Congestion determinar as metas futuras Environmental: Air Quality, Land Consumption, Noise, Climate Change
13 3 Processo de Consulta Pública e Planejamento da Visão A orientação deve exigir um processo público que envolva as diversas partes interessadas para criar uma visão e metas. Criar o Conselho: Parceiros regionais Autoridades locais (saúde, desenvolvimento econômico, etc.) Empresas de transportes Órgãos reguladores Empresas Sociedade civil Fonte: Criar uma Visão: Definir uma visão para o desenvolvimento futuro da cidade Estabelecer metas quantificadas de desempenho Estabelecer um processo de planejamento e monitoração Publicar, disseminar e promover a visão Componentes do Plano de Visão: Todos os modos de transporte público, motorizados e não motorizados Política de estacionamento Transporte solidário ( carsharing ) e táxi Mudanças previstas do uso do solo Precificação e outras políticas
14 4 Demanda de Transporte e Estudo de Comportamento Os Planos de Mobilidade para Cidades Grandes e Pequenas deverão implementar uma pesquisa domiciliar de transportes até 2017 para desenvolver dados de demanda de transportes por viagens, distância, modo, situação sócio-econômica e origem-destino. Atualização a cada 10 anos. A demanda atual deve então ser extrapolada ao futuro, tendo em vista as previsões econômicas e populacionais.
15 5 Uso de Modelagem para Avaliar o Plano de Transportes (Obrigatório para as Cidades Grandes (pop. > ) Desenvolver a capacidade de modelagem em cidades grandes para avaliar os impactos de investimentos propostos, políticas e cenários alternativos para garantir que eles contribuam às metas gerais da Lei de Mobilidade e à visão e metas estabelecidas no Plano de Mobilidade. O Plano Preliminar de Mobilidade para as cidades grandes não exigirá uma análise avançada de modelagem, mas será exigido, até 2019, um plano para desenvolver esta capacidade. São recomendadas ferramentas de esboço para avaliar os impactos das propostas do Plano Preliminar de Mobilidade Todas as cidades grandes devem ter a capacidade de modelar de forma precisa o comportamento dos transportes, de acordo com as seguintes sensibilidades: Investimentos na infraestrutura multimodal Estratégia operacional dos transportes, política e mudanças de tarifas Uso do solo e crescimento populacional Demanda induzida e efeito de retomada
16 6 Monitoração e Avaliação do Desempenho Para as cidades médias e grandes: Os Planos de Elaboração de uma Visão dos Transportes têm que ser atualizados a cada 10 anos. Os Planos de Investimentos em Transportes devem ser atualizados a cada 5 anos. Devem ser coletados dados de forma contínua para avaliar o progresso em alcançar as metas estabelecidas. AVALIAR O PERCURSO DA POLÍTICA PLANEJAR MONITORAR IMPLEMENTAR
17 7 Adotar um Plano de Gestão e Investimentos Planos Básicos/Preliminares de Gestão e Investimento em Mobilidade: adotados até para tratar de obrigações mínimas: i. Planejamento e coordenação de todos os modos e serviços de transportes ii. Avaliação da qualidade do serviço e monitoração do desempenho iii. Implementação da política de tarifas para o transporte coletivo público iv. Plano para promover a eficácia e eficiência dos serviços de transporte coletivo público Além disso, sugere-se que o Min.Cidades crie uma diretriz para exigir que o plano de inclua um quadro para conseguir implantar outras capacidades esboçadas nesta apresentação, que possibilitem ainda mais o planejamento de mobilidade de alta qualidade: 1. Quadro Institucional 2. Levantamento de Transportes 3. Visão e Metas de Mobilidade 2020 Planos Integrais de Gestão e Investimentos em Mobilidade estarão em funcionamento e as cidades brasileiras terão instituições, capacidade e serviços de mobilidade estado-da-arte. 4. Estudo de Demanda de Transportes 5. Modelagem e Análise 6. Avaliação e Monitorção do Desempenho
18 Apoio Financeiro e Institucional Public Transportation ao Processo de Planejamento da Mobilidade
19 Dois aspectos críticos ao sucesso do plano de mobilidade Os Planos de Mobilidade têm importância crítica para a sustentabilidade social, econômica e ambiental do Brasil, mas eles correm o risco de não serem eficazes devido a dois aspectos: FUNDOS E FINANCIAMENTO O Brasil não deve flexibilizar os requisitos de planejamento para baixar os custos, mas sim inovar com novas estruturas de financiamento. ANALISAR A CAPACIDADE O M.C. deve estar preparado para orientar o desenvolvimento do plano e analisar as propostas de planos.
20 Financiamento do Plano Planejamento não é despesa, é investimento com retorno. É preciso disponibilizar fundos para o planejamento. O planejamento aqui previsto custaria $800 milhões, o que representa apenas 2% dos fundos do PAC. Geralmente, o setor privado aloca pelo menos 5% do custo total do projeto para o planejamento, enquanto que o Min. dos Transportes dos EUA aloca 4%. Incentivos e contrapartidas proporcionais Verbas para as cidades pequenas e empréstimos a cidades grandes para seus planos de mobilidade O M.C. deveria abrir uma rubrica orçamentária para os planos de mobilidade na próxima proposta de orçamento Estabelecer um funto rotativo que permita às cidades tomar empréstimos para planejar com base em receitas futuras de projeto e financiamentos federais
21 Capacidade de Desenvolvimento e Análise do Plano Em torno de 500 cidades com mais de habitantes no Brasil enviando planos ao M.C. O Ministério das Cidades terá que planejar para exercer as atividades de articulação, liderança e análise de planos: Programas para articular o desenvolvimento de planos e desenvolvimento de capacidades Envolvimento das ONGs no Desenvolvimento do Plano Expandir a capacidade do M.C. de análise e aprovação do plano
22 4 Estudos de Corredor e Rede Modal As cidades grandes e de tamanho médio devem preparar estudos de corredores e redes modais nos quais planejam fazer grandes investimentos. Processo de Estudo de Planejamento do Corredor O processo de Estudo de Planejamento do Corredor integra vários elementos a uma solução de concepção de transporte para uma área específica em apoio às decisões de investimento. O processo implica nas seguintes fases: Identificar a área de estudo Estabelecer as metas do corredor Coleta de dados (levantamento) Consultas públicas Ligação entre órgãos e agências Análise de impacto multimodal Proposta de intervenções / investimentos Realização da análise de Processo de Estudo da Rede Modal O processo de Estudo de Rede Modal avalia o nível de serviço de uma rede modal existente ou proposta, tal como linhas de ônibus ou ciclovias, para apoiar as decisões de investimento. O processo envolve as seguintes fases: Avaliação da cobertura e qualidade da rede Estabelecimento das metas da rede Coleta de dados (levantamento) Consultas públicas Ligação entre agências Análise de impacto multimodal Proposta de intervenções / investimentos
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