AÇÃO PÚBLICA, REDES E ARRANJOS FAMILIARES

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1 AÇÃO PÚBLICA, REDES E ARRANJOS FAMILIARES Paulo Henrique Martins (UFPE) 4 A idéia de família 5 tem algum interesse estratégico para se pensar a descentralização, a democratização da ação pública e a formação de uma esfera coletiva e participativa fora do Estado? Consideramos que sim desde que o grupo familiar seja visto não pelas concepções tradicionalmente dominantes, isto é, como categoria antropológica genérica definida pela consangüinidade, como proposta pela antropologia tradicional, ou, então, como categoria apenas referida à reprodução da força de trabalho, como pensado por parte da sociologia (Bilac, 2003). As transformações conhecidas pelo grupo familiar ao longo das últimas décadas e os novos estudos sobre o tema têm levado, todavia, a uma importante revisão conceitual deste termo, abrindo novas compreensões sobre seu significado simbólico e subjetivo para a vida social contemporânea 6. No momento atual há em curso novo aprofundamento dos estudos sobre a família a partir do reconhecimento da relevância desta instituição para se avançar no tema da participação e da democratização da ação pública e, também, de surgimento de novas práticas associativas no plano local. Tal preocupação se justifica, entre outros motivos, pelo fato de as políticas voltadas para este grupo familiar, lembra Parry Scott, não terem merecido a mesma visibilidade que aquelas que se dirigem às mulheres (Scott, 2005ª). Fato que é grave quando consideramos que o estudo sobre o tema é decisivo para melhor se compreender a própria constituição da nação e do poder (Scott, 2005b). Pode-se dizer que a família passou a ser valorizada, recentemente, como instituição social relevante na organização de uma vida social mais saudável, o que demonstra sua relevância na organização do mundo da vida e da política do cotidiano. De fato, como tentaremos explicar, ela é um lugar estratégico para se pensar não apenas a trama da sexualidade e da 4 Paulo Henrique Martins é sociólogo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador do CNPq. É fundador e co-coordenador do Núcleo de Estudos sobre Cidadania, Exclusão e Processos de Mudança (NUCEM) do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE; 5 Utilizaremos neste artigo o termo família entre aspas para realçarmos o fato de que estamos colocando sob suspeita, ou melhor, em suspensão, diria Husserl, uma palavra cuja etimologia se tornou conservadora (família como unidade biológical, família como símbolo da vida privada etc.) não dando conta de sua complexidade semântica: aquela de um conjunto de agenciamentos significativos que estabelecem a base primeira da vida social; 6 Claude Lévi-Strauss (2003) constitui referência central nesta revisão ao realçar a relevância simbólica do parentesco na organização da cultura. O avanço dos estudos culturais na sociologia, por seu lado, contribuiu decisivamente para se desfazer a visão da cultura como fator secundário na organização da sociedade permitindo se reaçar os aspectos simbólicos (Williams, 1981). Na América Latina, em particular, nas últimas duas décadas, a crise do paradigma desenvolvimentista facilitou enormemente a revalorização da cultura levando, consequentemente, a se elaborar nova compreensão sobre a cotidianidade e a família (Jelin, 1993); 12

2 reprodução, mas, sobretudo, o que se torna evidente, agora, no contexto pós-nacional (Martins, 2004), a trama da normalização da ordem social. Fica cada vez mais evidente que as funções práticas do agrupamento familiar incluem não apenas aquelas da sexualidade e da reprodução como as de socialização e de individualização. Esta definição mais abrangente é fundamental para se passar de uma compreensão sociológica tradicional da família para uma outra que resgate sua relevância institucional para a ação pública (Sarti, 2005). Isto é, embora o laço consangüíneo, a sexualidade e o trabalho continuem a aparecer como elementos relevantes na caracterização da família moderna, tais elementos se revelam, hoje, largamente insuficientes para explicar os novos desafios desta instância na produção, não apenas do mundo da vida mas das instituições sociais, em geral, e daquelas políticas, em particular. Vários estudos avançam nessa direção (Carvalho, 2003). Se a família era tema menor na organização das instituições sociais, em geral, obviamente ela era tida como secundário na organização das instituições públicas. O novo status sociológico adquirido pelo tema vem impactando, contudo, significativamente sobre os estudiosos das políticas públicas e sobre os planejadores e gestores, o que no Brasil é evidente ao se estudar as reformas na saúde pública. Para desenvolvermos nossas reflexões sobre a atualidade política sobre este tema, sem nos perdermos em conjecturas abstratas, é importante relacionar a revisão do debate sobre família com as novas concepções de políticas públicas. Pois as remodelagens conhecidas pelo arranjo familiar seguem de perto as mudanças de concepções sobre as intervenções públicas e sobre a atuação de certos atores - gestores públicos, educadores, assistentes sociais e terapeutas familiares na concepção e implementação de políticas de controle social. Esta intervenção foi demonstrada de forma convincente por Cristopher Lasch ao afirmar que a história da sociedade moderna é a afirmação do controle social sobre atividades antes relegadas aos indivíduos ou suas famílias (Lasch, 1991: 21); ou, então, por John Rodger para quem as políticas de controle social nunca consideraram seriamente a importância de uma abordagem interativa que valorize o usuário ou cliente, revelando, no século XX, um certo viés autoritário (Rodger, 1996: 33). Há, então, duas tarefas importantes para se avançar numa nova concepção de política pública: uma delas é repensar o controle social, a outra repensar a noção de grupo familiar que tem servido de base para a ação governamental efetivada sozinha e/ou apoiada por outros agentes públicos no plano das sociabilidades primárias. Neste texto, tentaremos 13

3 avançar em alguns pontos desta revisão, sabendo, desde logo, que esta discussão tem horizontes muito maiores que não podem aqui ser alcançados, na medida em que o debate tem a ver com a própria reorganização do Estado no contexto da globalização. Talvez o ponto central a ser assinalado desde logo é que a incorporação das sociabilidades primárias no imaginário do planejamento público coloca novos desafios de revisão da função redistributivista típica do Estado (Rosanvallon, 1981), visto que a participação local passa a ser valorizada como peça central no jogo político 7. A complexidade de uma nova política pública que se abra para o processo participativo local, pode ser apresentada como sendo a expressão de um sistema de mão dupla, ou seja, conduzido por duas lógicas: uma, a dos grupos primários, gerada pelas relações face a face, que tem seu habitat natural no mundo da vida cotidiana e apenas influenciada indiretamente pelas ações geradas no campo da política; a outra lógica é a do controle social, construída a partir de intervenções organizadas de caráter administrativo, econômico, assistencial, pedagógico, psicológico e moral sobre o sistema de sociabilidades primárias, sendo influenciado diretamente pelas ações políticas. Numa certa medida, a situação degradante das famílias pobres no Brasil que têm as mulheres como chefe (Scott, 2005ª) resulta, não de transformações realizadas aleatoriamente no interior do mundo da vida - ao sabor da modernização ou de reações espontâneas dos atores sociais diretamente envolvidos -, mas, principalmente, de alterações estruturais entre a ordem cultural, a social e a política; isto é, a partir de interface entre a vida cotidiana (espaço do saber simples) e as intenções e práticas geradas no campo das instituições formais (espaço do saber científico e burocrático). Neste sentido, Jelin tem razão de dizer que a família e o mundo doméstico não são lugares fechados, mas que se constituem em relação ao público: los servicios, la legislación y los mecanismos de control social, así como aspectos más simbólicos como lãs visiones sobre el âmbito de aplicación de la medicina, las imágenes sociales prevalecientes sobre la família y la normalidad, las ideologias e instituciones educativas, ayudan a definir em cada situación histórico-cultural, el ámbito de acción próprio de la família y la domesticidad (Jelin, 1994: 1001). 7 Para Santos e Avritzer, a valorização da participação no jogo democrático obriga a se reconsiderar aquele da representação. E o sucesso da articulação entre democracia representativa e democracia participativa pressupõe o reconhecimento pelo governo de que o procedimentalismo participativo, as formas públicas de monitoramento dos governos e os processos de deliberação pública podem substituir parte do processo de representação e deliberação tais como concebidos no modelo hegemônico de democracia (Santos e Avritzer, 2002, p.76). E, complementamos, não se pode pensar a democracia participativa sem pensar a relação entre público e privado e o lugar da família na organização da atividade pública; 14

4 Devemos reconhecer que a análise das situações familiares, hoje, indica que o futuro desta instituição depende mais das imbricações e dos desdobramentos das ações, reações, estratégias, conflitos e alianças forjados no seio das sociedades mundializadas, a partir de experiências associativas e comunitárias localizadas, que da vontade de potência do grupo familiar propriamente dito. Este reconhecimento é relevante para não se culpabilizar o grupo familiar como principal responsável moral pelas dificuldades enfrentadas na condução do processo de socialização dos indivíduos. Ao contrário, é necessário se entender que sem a família a socialização fica comprometida e, por conseguinte, a própria expectativa de paz social. Os estudos de antropologia urbana já demonstraram, por exemplo, a importância das redes de parentesco na realização de tarefas ligadas à manutenção cotidiana dos membros da unidade doméstica (Jenin, 1994: 102). Mas esta compreensão ainda não se transformou em orientação objetiva em nível das políticas públicas. No Brasil, os esforços de reforma estatal provam isso. Estes esforços visam recuperar a capacidade reguladora e redistributivista do Estado, a qual ficou muito comprometida com a expansão da lógica mercantil e neoliberal (Rosanvallon, 1981, 1995) nas últimas décadas, agravando as condições de sobrevivência institucional e política das sociedades nacionais. Para analisar este esforço de reforma do Estado com vistas à criação de novos mecanismos de promoção da cidadania e da participação popular nas decisões políticas, fixaremos nossa atenção no exemplo da saúde. Esta representa, no nosso entender, a tentativa mais ousada de reforma via descentralização e territorialização da ação pública com vistas a empoderar as populações locais e a unidade familiar, incentivando-as a participar da experiência participativa e pública. Em outros textos, tratamos da descentralização de forma geral (Martins, 2004; Martins, 2004c; Martins, 2004d; Martins, 2004e). Neste, procuraremos focalizar esta análise prioritariamente na crítica à noção de família -domicílio utilizada pelos gestores públicos, de modo a ressaltar seus limites e potenciais. No nosso entender, esta noção tem aspectos positivos e negativos a serem ressaltados: por um lado, ela constitui uma tentativa de se considerar seriamente a idéia de família na elaboração de políticas públicas, por outro, a noção de família -domicílio, como veremos, possui limites que podem comprometer o avanço da reforma desejada, como observamos no caso da saúde. A partir da focalização deste problema complexo - a articulação da política pública com a vida local e comunitária, tendo como referência o núcleo familiar -, procuraremos avançar numa crítica mais sistemática dos limites das políticas públicas, centrando nossa 15

5 atenção em duas tarefas: explicar certos aspectos relevantes do desenvolvimento do pensamento sociológico sobre a família, para delimitarmos a crítica aos limites da idéia de família -domicílio; e, em seguida, propor o aprofundamento da compreensão de família como rede social, visto que, sobretudo nas classes populares, que conhecem serviços estatais muitas vezes precários, a rede de parentesco aparece como mais importante que os mecanismos formais na solução dos problemas da cotidianidade (Jelin, 1994: 83). Novos sentidos da ação pública a partir da revalorização da idéia de família As dificuldades de se fundar na América Latina e no Brasil um Estado-providência estão de algum modo ligadas à existência de uma poder-providência tradicional, articulado nos municípios por um sistema de dominação oligárquico que organizava mecanismos de controle social fora do Estado (Graham, 1997). Esses sistemas locais criaram as condições para a reprodução dos grupos familiares de trabalhadores a partir de uma cultura de dependência fortemente marcada pelo apadrinhamento, e por relações de parentesco, de alianças e de amizades. Assim, ao longo dos tempos, os grupos sociais pobres se reproduziram nas franjas da sociedade organizada, dependendo diretamente dos proprietários de terras para sobreviverem. Frequentemente o chefe local era ao mesmo tempo proprietário e representante do poder político como o demonstram estudos clássicos (Leal, 1986; Queiroz, 1976). A existência de uma sociedade auto-providencial que subsistia às margens das grandes propriedades e sob controle do poder oligárquico constituiu durante muito tempo, pelo menos até a primeira metade do século XX, no Brasil, a referência de sobrevivência dos segmentos sociais mais humildes que não tinham acesso à proteção social e pública oferecida por um Estado-providência. A imagem do poder público era - e isto acontece até hoje -, largamente condicionada a figuras míticas (governadores, presidentes, deputados, prefeitos) que encarnavam o poder do governo e as populações pobres permaneciam submetida à lógica do mundo rural. A este destino apenas escapavam aquelas comunidades étnicas ou de religiosos que decidiam se fixar nas fronteiras das grandes propriedades formando quilombos e áreas livres de pequenos proprietários. Acontece que a precarização e a exclusão progressiva desses segmentos sociais demonstra, esclarece Inaiá Carvalho, que os sistemas de parentesco organizados a partir 16

6 desta lógica localista não pública perdeu progressivamente, na segunda metade do século XX, sua capacidade de funcionar como amortecedor da exclusão e como mecanismo de proteção de seus componentes, o que levou à deterioração das condições de vida da maioria da população (Carvalho, 2003: 120) e favelização da pobreza na periferia dos centros urbanos. Por sua vez, as políticas públicas não se modernizaram com a mesma velocidade do aumento dos conflitos e demandas urbanas, gerando deterioração dos serviços e aumento da insatisfação popular. O novo poder local, nascido das pressões por participação vem se organizando com dificuldades, muitas vezes sendo cooptado e/ ou corrompido pelo poder tradicional (Santos e Avritzer, 2005). Daí surgiram as pressões para se voltar mais decididamente para a vida municipal, para os sistemas comunitários e para as esferas da vida doméstica de modo a evitar que se amplie a degradação dos sistemas familiares empobrecidos, como o provam pesquisas recentes (Scott, 2005ª). Infelizmente, tais iniciativas ainda são tímidas. Mas sua urgência se torna inquestionável face à explosão de uma violência social que aumenta paralelamente às dificuldades das redes de parentesco e de pertencimento de assegurar a inclusão social de seus membros. Nesta perspectiva de reforma do Estado com vistas a responder à intensa e caótica demanda social, a definição da idéia de família a partir do contexto domiciliar, que é adotada, recentemente, no Brasil, pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e materializado por programas como o PSF (Programa de Saúde da família ) e pelo PSA (Programa de Saúde Ambiental), constitui tanto uma inovação como uma limitação em termos de metodologias de políticas públicas 89. Constitui uma idéia inovadora ao questionar implicitamente a concepção tradicionalmente dominante no planejamento estatal de representar as populações a serem assistidas pelos programas públicos como um objeto-alvo definido estatisticamente pelo princípio per capita ; sem considerar o fator relacional, os níveis de pertencimento e de reciprocidade entre os indivíduos; sem considerar os atores locais como 8 Minhas reflexões sobre a idéia de família -domicílio surgiram ao longo do desenvolvimento da pesquisa Rede de vigilância, cidadania e problemas endêmicos da qual fomos um dos realizadores e que contou com apoio do Ministério da Saúde e da FACEPE (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Pernambuco) entre os anos de 2003 e O objetivo desta pesquisa foi desenvolver um conceito de rede de vigilância que pudesse ser útil para a análise e a avaliação dos programas de controle da dengue, o que está teoricamente explorado num livro que organizamos sobre o assunto e intitulado Redes sociais e saúde: novas possibilidades teóricas (organizadores: Paulo Henrique Martins e Breno Fontes, Recife, Editora da UFPE, 2004); 9 Embora o domicílio familiar não constitua o eixo central do planejamento territorial do Programa de Saúde Ambiental, observamos que ele continua sendo noção indispensável para a execução do programa. Na pesquisa percebemos que o PSA, repetindo limites da idéia de público-alvo do PSF, negligencia a complexidade das redes sociais primárias que são fundamentais para se avançar na promoção de uma cidadania ativa. 17

7 sujeitos de todas as ações que lhes concernem direta ou indiretamente. Vemos, assim, que independentemente da definição de arranjo familiar utilizada (biológica, cultural, funcional etc.), a política pública tende a se apoiar progressivamente na idéia do domicílio, para ancorar a ação social numa esfera de atividade fundamental para a construção da esfera pública e da cidadania. A introdução da noção de família pelo planejador público contribui para desfazer uma idéia corrente de que esta instância da organização social ao contrário do indivíduo - não constituiria um bom indicador de política pública, por estar associado, tradicionalmente, à esfera privada e doméstica 10. Sendo a família representada tradicionalmente como um fator arcaico, baluarte legítimo da ordem conservadora, não poderia ela constituir um indicador confiável para se pensar a modernização nacional. Tal indicador deveria ser fornecido, sim, pela figura do indivíduo isolado e egoísta que, no auge do boom econômico dos anos setenta, aparecia como o modelo típico do cidadão emancipado, que trilharia sua vida não mais dependendo das chamadas sociabilidades comunitárias e familiares (Carvalho, ). Ultimamente, tal imagem do indivíduo desenraizado tem sido revista à luz das críticas que demonstram o caráter ideológico desta noção, sua funcionalidade para a lógica mercantil e sua face depredadora do social. Nos anos oitenta e, particularmente, nos anos noventa, tal concepção individualista foi progressivamente revista, abrindo as perspectivas de se criticar as noções individualizantes do grupo social. A instituição familiar foi progressivamente revalorizada, observando-se atualmente, lembra Maria de Fátima Sousa (2001) um grande número de propostas de políticas sociais baseadas na concepção de cuidado comunitário, que aproximam a assistência institucional e a não institucional, a formal e a informal, incluindo as redes de solidariedades primárias (parentescos, amigos, vizinhos) e o voluntariado (Sousa, 2001: 23). Nessa perspectiva complementa a autora, a estratégia da Saúde da família no Brasil fortalece o movimento de descentralização da saúde, baseada na concepção de que as instituições de saúde devem oferecer cuidados de atenção básica na comunidade, aproximando-se dos usuários... (Sousa, op.cit., 23). 10 O termo família é derivado de famulus (escravo doméstico) sendo utilizado pelos romanos para designar aqueles grupos sociais surgidos entre as tribos latinas e caracterizado pela presença de um chefe que mantinha sob seu controle a mulher, os filhos e escravos com poder de vida e morte sobre o conjunto. Na Roma republicana, por outro lado, pertencer a uma família significava, sobretudo, pertencer a um mesmo grupo político formado por várias gerações ao qual se tinha acesso pelo nascimento (filhos), pela adoção (esposa e estranhos) ou pela compra (escravos) (Bilac, 2003: 31); 18

8 Entendemos, logo, que a adoção da idéia de família -domicílio como referência metodológica para se definir as ações de saúde localizadas territorialmente, tanto pode contribuir para emancipar o novo paradigma em saúde, voltado para a valorização da cidadania participativa, como pode falsear o significado das relações de parentesco e de pertencimentos afetivos, econômicos e culturais - presentes na forma de redes primárias -, impedindo que ocorra o empoderamento desejado dos atores locais. A resposta a este assunto é complexa e tem implicações diretas sobre a capacidade de programas territorializados responderem efetivamente aos desafios da mobilização cívica a favor da esfera pública. Caso este programa se burocratize e se limite a aparecer apenas como um esforço de desconcentração do poder governamental federal, de objeto de lutas corporativistas indiferentes ao sentido universal da ação pública, seu resultado é a disseminação da descrença dos usuários com relação ao real interesse do gestor público de administrar o bem público com vistas à promoção dos direitos sociais e da cidadania no plano local. Se esta ação descentralizadora falha, a desestabilização do sistema social se agrava necessariamente. Dito isto, devemos agora colocar uma questão que é de suma importância para a nossa reflexão e que diz respeito ao questionamento sobre o sentido sociológico e antropológico do termo família -domicílio que vem sendo adotado pelos planejadores e gestores públicos, a saber: até que ponto o uso da idéia de família limitada ao plano domiciliar estabelece algum diálogo com a idéia da família como relações de parentesco que, segundo Levi-Strauss (2003), não deveria se limitar à unidade biológica, devendo, igualmente, incorporar além dos laços de consangüinidade os de aliança entre grupos? Ou, diferentemente, a idéia de família adotada nesses programas constitui apenas um adjetivo explicativo do domicílio, uma noção de caráter funcional eleita com fins meramente pragmáticos e produtivistas? Enfim, o privilégio atribuído à idéia de família -domicílio para a organização de programas territorializados de atenção à saúde, constitui ou não uma inovação conceitual num contexto histórico-político de falência do antigo Estado provedor 11? 11 Historicamente, o Estado brasileiro, preso nas malhas do imaginário desenvolvimentista (Martins, 1992), revela crescente incapacidade de compreender a sociedade como um fenômeno maior que aquele dos interesses da economia de mercado. De compreender a sociedade nacional como um fenômeno histórico formado não apenas por interesses econômicos mas, igualmente, por determinantes culturais, morais, políticas e sociais. A visão economicista restritiva do imaginário desenvolvimentista contribui para produzir anomias sociais crescentes ao mesmo tempo em que se revela como insuficiente para produzir solidariedades coletivas que são básicas para existir uma sociedade nacional democrática; 19

9 Desejamos observar, pois, se fundado numa perspectiva mais ampla de arranjo familiar, é possível que os programas de saúde venham acionar o senso de direitos e obrigações do cidadão a partir do plano local e comunitário, ao mesmo tempo em que contribui para ativar as virtudes cívicas coletivas (tornando os indivíduos mais participantes e engajados com o seu mundo social, num contexto de exclusão social e de grande vulnerabilidade afetivo-emocional das populações pobres). O enfoque nos relacionamentos primários aparece, aqui, como estratégico para se repensar a própria idéia de local. É importante deixar claro que, no nosso entender, a introdução da noção de família - domicílio no planejamento público parece-nos um avanço teórico evidente com relação às concepções tradicionais de políticas públicas que não consideram as redes primárias, mas apenas agregados estatísticos (a população é vista como unidade per capita sobre a qual se constrói agregados abstratos como, por exemplo, crianças não vacinadas, homens doentes, mulheres no pré-natal). Esta concepção desconhecia que crianças, homens e mulheres não são meras unidades estatísticas a serem objetos de cálculos e regras impessoais mas, ao contrário, unidades pensantes ou átomos sociais, como dizia J. Moreno, fundador da sociatria (Moreno, 1987). Pensar os agentes sociais a partir de uma rede viva, significa aceitar a existência de uma constelação social que os implica estruturalmente, tanto no nível de sua existência como agrupamento social como no nível da definição de seu papel na instituição da sociedade. Mas devemos ir além e explorar as perspectivas de se avançar na crítica teórica à idéia de família -domicílio para entendermos seus limites como operador institucional do trabalho de democratização da ação pública. Comecemos pelo PSF (Programa de Saúde da Família) que, observa com propriedade Edilza Ribeiro, centra-se, sobretudo, no indivíduo dentro do domicílio familiar, não atentando claramente para a trama sistêmica: Nesta abordagem a família se concretiza na perspectiva do indivíduo, que é o foco real de atenção, podendo ser mulher, a criança, o portador de diabetes. Ou seja, a família é o cliente nominal, mas não é "objeto" do cuidado. E, ainda, a família tem papéis a desempenhar, tem deveres e responsabilidades para com o individuo em foco e para isso necessita de orientação, de treinamento. A família também é tida como aquela que interfere positiva ou negativamente no processo de saúde/doença do indivíduo. Dado a expectativa de deveres, as condições reais de capacidade de cuidado da família, vista de 20

10 forma multidimensional, são freqüentemente esquecidas, além de serem objeto de juízos de valor, por parte da comunidade e de profissionais. (Ribeiro, 2004). Na verdade, a definição de família a partir do domicílio constitui uma das definições possíveis desta noção. O importante a observar é que tal concepção apenas rompe parcialmente com a perspectiva individualista que inspira os programas de saúde que valorizam a dimensão familiar. Ressalte-se, igualmente, que tal noção termina exagerando o valor do domicílio físico em detrimento das tramas interpessoais e das injunções próprias do grupo primário. Ou seja, o ambiente, a infraestrutura material da família, as condições de cuidado desse ambiente são o foco da atenção. O substitutivo, o que toma lugar ou representa a família é, pois, seu espaço ou contexto físico. O domicílio é a base do lançamento de dados estatísticos e epidemiológicos do processo saúde/doença, da caracterização das famílias que têm condições e daquelas que necessitam de ajuda, daquelas que requerem vigilância de saúde, ou de outras que estão em situação de risco sócioambiental (Ribeiro, 2004). Sem dúvida, ao se introduzir a noção de família domiciliar (mesmo limitada ao fator territorial) no lugar do fator per capita, que é muito abstrato, os formuladores e planejadores dos programas territorializados produziram uma mudança qualitativa relevante a nível da focalização da ação pública: a população passa da condição de objeto-alvo para a de sujeito-alvo 12. Mas, no nosso entender, a principal dificuldade conhecida por essas ações, para se avançar no processo de descentralização e democratização, continua sendo fornecida não por questões burocráticas, administrativas ou financeiras, mas pelas limitações metodológicas da noção de família utilizada para organizar territorialmente a população-alvo. Ou seja, estas mudanças de olhares sobre os fundamentos da vida associativa pela gestão pública são ainda insuficientes para se apoiar uma reforma efetiva do Estado. A noção de família -domicílio, como se observa, padece de duas limitações: uma delas diz respeito à ênfase sobre o indivíduo em detrimento das interações sistêmicas; a outra, a ênfase sobre o ambiente físico em detrimento da ordem simbólica. 12 A expressão público-alvo tem sido utilizada com tanta naturalidade pelos planejadores que se esquece que por trás de seu significado há, de fato, um certo desprezo pela capacidade da Sociedade Civil criar e promover ações de interesse público. Por isso, neste texto insistirei sobre a importância de trabalharmos com a idéia de sujeito-alvo. Ou seja, o usuário do serviço e da assistência pública não são apenas atores passivos. Eles devem sobretudo ser reconhecidos como agentes ativos do processo de formação da esfera pública; 21

11 Para avançarmos no debate, importa estabelecer, então, a separação entre uma visão conservadora e uma visão moderna de família. Se a primeira, a conservadora, está de fato, historicamente, vinculada à reprodução de mecanismos de poder e de controle patriarcais e autoritários, a segunda, como tentamos demonstrar, representa uma possibilidade efetiva de se pensar o surgimento de uma esfera pública democrática no plano local. Claro, esta divisão acima suporta diversas subdivisões, mas para nosso raciocínio a respeito das condições de organização de um novo pensamento político e administrativo hegemônico na política e no seio do Estado, ela é suficiente. Na perspectiva conservadora, podemos avançar a hipótese de que a noção de família -domicílio não rompe com a visão autoritária de família tradicional (Martins, 2002), na medida em que o poder de decisão sobre o que é bom ou não para a comunidade fica dependendo em larga parcela da vontade do Estado e dos políticos conservadores que tentam por todos os meios cooptar e submeter a democracia participativa (Santos e Avritzer, 2002). Para defender a possibilidade de uma noção de família que reforce o caráter democrático desejado, precisamos avançar por outra via: nem a da família biológica nem a da família -força de trabalho, nem, tampouco, a da família -domicílio. Devemos, ao contrário, estimular uma concepção que valorize, primeiramente, os sistemas de pertencimento, que valorize positivamente o vínculo afetivo entre próximos na constituição de associações livres e espontâneas no plano local (entre pessoas próximas por laços de consangüinidade, vizinhança ou amizade). Devemos, enfim, superar os limites da idéia de família domicílio para se avançar numa compreensão relacional que dê conta das injunções simbólicas e materiais, individuais e grupais deste sistema de pertencimentos. Para isso, buscaremos esteio em conceitos tais como reciprocidade, solidariedade, confiança e dádiva de modo a edificarmos uma noção de família que enfatize o valor das redes sociais (Martins e Fontes, 2004) e da associação democrática (Chanial, 2004). Para explorarmos as possibilidades de democratização da política pública a partir das mudanças em curso na saúde, precisamos organizar uma agenda de reflexão que dê conta de alguns pontos centrais. Em primeiro lugar, compreender a mudança do status da família nos estudos sociológicos e verificar como este fator pode servir para aprofundar a compreensão do arranjo familiar; em segundo, o entendimento deste arranjo ao mesmo tempo como uma rede simbólica e material, que aparece como fator decisivo para a transformação do mundo da vida em base real para a formação de uma vida associativa e participativa no plano local. 22

12 Revisando o status sociológico da família Tradicionalmente, a sociologia encara a família como um dos grupos sociais relevantes na busca de explicar as razões por que surgem os agregados sociais. Para Emile Durkheim dentre esses grupos a família tem destaque especial pelo fato de ser o agregado mais simples e o mais antigo, tendo funções para a sociedade que não poderiam ser explicadas nem pela psicologia nem pela biologia (Durkheim, 1975). Pode-se dizer que o fundador da escola sociológica francesa foi o primeiro a propor uma compreensão deste tipo de arranjo baseada nas idéias do casamento e da aliança, afastando-se de outras proposições que definiam o grupo familiar nas perspectivas do determinismo biológico ou da psicologia dos sentimentos. O fundador da escola sociológica francesa considerava sua perspectiva moral como fundamental para o desenvolvimento do método comparativo, que ele desejava incorporar tanto no estudo de sistemas familiares diferentes como na compreensão da passagem de uma sociedade baseada na solidariedade mecânica para outra, orgânica 13. Ou seja, ao mesmo tempo em que defendia a importância de uma abordagem plural da família, Durkheim acreditava que a organização familiar moderna européia era o resultado de um lento desenvolvimento da sociedade. Neste sentido, o pensamento dominante até pouco tempo, o de que a família nuclear seria um fenômeno ontologicamente superior aos arranjos familiares tradicionais que se imporia de modo irreversível, é, de certa forma, inspirado neste ideal de progresso social da família herdado da escola francesa de sociologia. Mais de cem anos após esta primeira sistematização dos estudos da sociologia da família, constatamos que o arranjo nuclear urbano (formado basicamente pela composição pai e mãe biológicos e filhos/as) não se afirmou como um padrão universal superior que se imporia historicamente sobre os sistemas de pertencimento herdados das antigas famílias domésticas (formadas por grandes agrupamentos de parentesco, de 13 Emile Durkheim proferiu uma conferência inaugural de ciências sociais, na Universidade de Bordeaux, em 1888, intitulada Introdução à sociologia da família, na qual ele busca explicar a complexidade da família moderna e sua importância para se compreender a solidariedade orgânica na sociedade industrial. O fundador da sociologia francesa coloca para os ouvintes a seguinte questão: o que pode haver de mais interessante que de observar que a vida da família moderna, que parece ser tão simples na aparência, revela-se mediante uma variedade de elementos e de relações estreitamente imbricadas umas nas outras, e que conhece na história um lento desenvolvimento durante o qual estes elementos sucessivamente se formaram e se combinaram? (Car qu'y a-t-il de plus intéressant que de voir cette vie de la famille moderne si simple en appparence, se résoudre en une multitude d'éléments et de rapports étroitement enchevêtrés les uns dans les autres et de suivre dans l'histoire le lent développement au cours duquel ils se sont successivement formés et combinés?), 23

13 dependência e fidelidade). A experiência do século XX mostra-nos, igualmente, que este modelo nuclear não possui a característica de aparecer como um vetor naturalmente gerador de solidariedades coletivas e de uma cultura de esclarecimento universal. Por um lado, percebe-se que este modelo de família nuclear moderno não se universalizou como poderia supor aqueles teóricos que associam a estrutura da família ao desenvolvimento da sociedade industrial. Ao se analisar o modo de organização dos sistemas primários nas sociedades onde a industrialização urbana e o mercado de trabalho especializado não se tornaram fenômenos hegemônicos na organização da vida social e onde o Estado-providência tem eficácia limitada, percebe-se que as redes de parentesco - e não a família nuclear -, é que responde por tarefas básicas da cotidianidade (Jelin, 1994). Mesmo nos países mais avançados que defendem um modelo republicano laico observa-se que os imigrantes reproduzem modelos comunitários primários inspirados em múltiplas tradições religiosas, étnicas e culturais que frequentemente contrariam os princípios leigos. Por outro lado, de alguns anos para cá, pode-se mesmo dizer estar em curso (sobretudo nas sociedades do Sul) uma corrosão dos laços sociais que afetam crescentemente as condições de existência da instituição familiar como grupo básico de socialização, e não somente aquele modelo da família nuclear. Se este trabalho de corrosão se deve em parte à dinâmica depredadora da acumulação capitalista que gera ondas crescentes de exclusão social, não se pode eximir o Estado e as políticas públicas de deterem uma parte de responsabiliddade na degradação do sistema social. Na verdade, tais políticas públicas apenas contribuíram para ampliar a desigualdade, o desrespeito e a exclusão (Sennett, 2004), que, agora, revela-se com intensidade no desmonte dos sistemas sociais primários. O senso comum até a última década de noventa interpretava essas modificações do sistema familiar como crise de gerações a ser administrada naturalmente pelo tempo. Mas os fatos não avançam dentro desta lógica de progresso social administrável. A degradação das condições de vida e o aumento da exclusão social, têm atingido as bases da solidariedade social contribuindo para disseminar uma cultura de violência que atinge diretamente o grupo doméstico (Morrison e Biehl, 2004). Isto coloca o desafio de se realizar uma revisão sociológica necessária do que seja a própria idéia de pobreza (Schwartzman, 2004). Pode-se, por conseguinte, avançar a hipótese de que o desmanche da instituição familiar moderna é um processo paradoxal com aspectos positivos e negativos. Tanto ele expressa as novas exigências de adaptação dos indivíduos à sociedade complexa como 24

14 revela o impacto corrosivo da violência social. De uma parte, tal processo de desmanche do patriarcalismo sugere perspectivas esperançosas em termos de maior democratização da sexualidade que se desprende da mera procriação (Bozon, 2004) e valoriza a intimidade (Giddens, 2003). De outra parte, temos que reconhecer que a noção sociológica clássica de família - que se refere ao mundo do trabalho e ao modo como foi pensado o social na modernidade - perde sua aura progressista num contexto de crise da proteção social, de perda de solidariedade e de exclusão crescente (Rosanvallon, 1981, Castel, 1995, Cavalcanti e Burity, 2002), atingindo, principalmente, os grupos familiares mais humildes. Esta degradação tem sido constante e a ascensão da mulher à condição de chefe de família não interrompeu o processo, como observou Parry Scott ao estudar famílias de baixa renda na cidade do Recife (Scott, 2005a). A noção tradicional de família é, pois, insuficiente para revelar a nova dinâmica dos pertencimentos, dos conflitos e alianças, resultantes da crise do grupo familiar doméstico de inspiração paternal. Novos e inéditos arranjos conjugais e domiciliares apontam para a redefinição do poder doméstico em todos os planos sociais, a partir das tensões geradas entre, de uma parte, as dificuldades conhecidas pelos arranjos primários para gerarem pactos e alianças duráveis e, de outro, as pressões autonomizantes conhecidas pelos membros, individualmente, a partir de outras rede das quais eles fazem parte (amigos, colegas de trabalhos, companheiros de ação sindical e/ ou política etc.), rompendo com a tradição comunitarista. Por outro lado, nada comprova que a equalização dos poderes entre homens e mulheres, decorrente dos avanços do movimento feminista (Heilborn, 2004b), contribua para a manutenção do modelo da família nuclear urbana como sendo o mais interessante para assegurar a democratização do cotidiano. Pelo contrário. Com muita freqüência, observa-se que são as redes de parentesco ou de parentela - constituída por número significativo de indivíduos quase-parentes (padastros, madastras, enteados e enteadas), de novos dependentes e amigos -, que vêm abrindo um leque de formação diversificada de novos arranjos familiares que modelam esta nova distribuição de poderes. Naturalmente, crescem as tensões sexuais, étnicas e culturais levando os indivíduos a questionarem os antigos modelos de relacionamentos (Giddens, 1993) e a adotarem novos padrões de sexualidade e de reprodução e novas modalidades de poder no sistema familiar que atendam às pressões de participação no interior dos novos arranjos familiares (Bozon, 2004; Heilborn, 2004a). Em suma, ao lado da redefinição de poderes, de identidades e de lugares esta diferenciação crescente de formas de poder e de diversificação das chefias dos arranjos domésticos (mãe que é chefe de família ; pai que é chefe de família ; mãe e 25

15 pai que permanecem juntos chefes de família ; tio, chefe de família etc.) impacta necessariamente sobre a esfera extra-doméstica, aquela das redes de vizinhança, amizade e de associação. Ou seja, ao lado da reorganização interna do poder doméstico, cresce a presença de uma cultura comunitária e de vizinhança que reforça a perspectiva de uma esfera pública associativa. Assim, por exemplo, para fazer face ao acúmulo de responsabilidades é comum que mães-vizinhas prestem serviços de ajuda mútua como cuidar dos filhos, emprestar alimentos ou dinheiro etc.. Neste contexto de mudança social intensa e de revisão de pressupostos teóricos, o arranjo familiar deixa de ser vista como mera expressão da produção material da sociedade para aparecer como mecanismo decisivo na reprodução da vida social e favorecedora de reciprocidades igualitárias. Esta tendência se observa, sobretudo, no seio das camadas médias (Heilborn, M.L. 2004b), embora possa se propor que, apesar das condições de vida degradantes das camadas empobrecidas, o empoderamento da mulher é um fato inquestionável (Scott, 2005b). Assim sendo, podemos sugerir estar em curso a formulação de uma nova instituição social familiar que aparece com o desenho de uma rede social primária e aberta, ou seja, como um sistema de reciprocidades e de pertencimentos que envolve, em princípio, indivíduos vinculados a mesmos grupos consangüíneos ou culturais (isto explica seu caráter de primariedade). Mas, ao mesmo tempo, tal instituição tende a extrapolar o grupo original para incluir outros indivíduos não necessariamente vinculados por laços de consangüinidade (daí o caráter aberto desta rede que tende a se cruzar com as redes de vizinhança, de associação e de usuários de serviços públicos como é o caso, por exemplo, dos grupos de hipertensos ou de diabéticos que se reúnem sob o incentivo das unidades públicas de saúde). Maurice Godelier introduz uma classificação do sistema de parentela atual que nos parece pertinente para nossas reflexões sobre este novo modelo de família -rede, que é, por sua vez, a matriz estruturante de uma possibilidade ampla de novos arranjos associativos. Segundo este autor, este sistema é composto de três elementos que se combinam entre eles, constituindo a estrutura profunda da parentela, a saber, a família nuclear, a rede de famílias aparentadas por laços de consangüinidade ou aliança e, em terceiro, a parentela strictus sensus, entendida a partir de um duplo registro: como rede de parentes (do indivíduo) e como rede centrada no indivíduo. Esta terceira variação surge no momento em que o indivíduo (reflexivo) aparece como ponto de partida para o surgimento de uma outra parentela. Podemos aqui falar de indivíduo-elo, de um agente que adquire a autonomia reflexiva de um ser que se posiciona criticamente contra a força coercitiva do 26

16 grupo e que pondera reflexivamente suas pulsões e ações. Trata-se certamente de um fenômeno moderno não observado em sociedades tradicionais na medida em que nessas últimas a personalidade individual - este eu - é sempre uma expressão cultural e psicológica frágil, que não sobrevive facilmente fora da consciência coletiva (Mauss, 2003a). Teríamos, assim, como desdobramento deste terceiro elemento duas redes de parentela: uma delas, aquela representada pela rede de famílias, a outra, aquela formada por indivíduos aparentados a partir de uma combinação aberta envolvendo vínculos tradicionais e pós-tradicionais: São redes abertas cujos limites dependem de múltiplos fatores que nada têm a ver com a parentela: proximidade espacial das famílias e dos indivíduos, mudança do status social de alguns entre eles ou de alguns que não se freqüentam mais, desaparecimento causado por epidemias, de guerras etc. (Godelier, 2004:12). No que diz respeito em particular à família ocidental, Godelier lembra que a mesma tem conhecido mudanças profundas devido a três tipos de fatores: a relação dos indivíduos com a sexualidade, os lugares respectivos de homens e mulheres na sociedade e o lugar das crianças (Godelier, op. cit.: 565). Esses novos fatores têm contribuído para o crescimento de famílias recompostas resultantes de separações, divórcios e novos acasalamentos. Observa-se, como resultado, o aparecimento de diversos novos arranjos familiares, envolvendo tanto situações de parentesco clássico (biológico e social) como de quaseparentesco nos quais se fazem presentes novos acompanhantes dos pais e novos filhos adotados (Godelier, op. cit.: 566). Há, em suma, uma negociação intensa de corpos, falas, gestos e intenções que funcionam como matrizes simbólicas permanentemente acionadas na produção de novas modalidades de organização social. Para designar este grupo primário nesta perspectiva hermenêutica acima apontada, o termo arranjo familiar parece-nos apropriado na medida em que nos permite observar a dinâmica particular de organização desses grupos primários em diferentes contextos históricos, culturais e sociais. O arranjo é uma expressão singularizada de redes de parentesco e de redes de parentela, que são mais amplas. O arranjo permite que a estrutura rizomática da rede se adapte a diferentes contextos históricos e culturais, tanto moldando a ação grupal como adaptando esta às exigências de personalização dos seus membros. 27

17 Enfim, as noções de rede e de arranjo são convenientes para discutirmos mais profundamente dois aspectos: um deles, os limites da noção de família -domicílio que vem sendo adotada pelos programas de saúde, no Brasil,; em segundo, para ressaltarmos a presença de uma lógica de capilaridade que se forma espontaneamente respondendo à necessidade de reprodução, de sexualidade e de socialização dos agrupamentos humanos. Descentralização estatal, política pública e arranjo familiar As mudanças na saúde são exemplares para nossa demonstração sobre os limites da descentralização e sobre os desafios crescentes conhecidos pelos gestores públicos para dar conta tanto da heterogeneidade das situações sociais do mundo da vida bem como da insuficiência da matriz teórico-metodológica utilizada para assegurar a redistribuição dos bens públicos neste plano das sociabilidades primárias. Reconhece-se que, antes, a política pública era mais simples pelo fato de que o público a que ela se dirigia respondia a certo padrão cultural uniforme: o trabalhador vinculado ao mercado formal de trabalho e que cotizava para manter o fundo público que, por sua vez, era direcionado para políticas públicas para esse mesmo assalariado, assegurando a lógica produtiva e reprodutiva da sociedade industrial (Rosanvallon, 1981). Por outro lado, a pressão sobre a ação estatal era limitada por modelos de sociedades agraristas, isto é, que mantinham larga parcela de suas populações no campo, reduzindo a pressão política dos trabalhadores sobre a gestão pública. Ora, com a diminuição do número de indivíduos cotizadores, por um lado, e com o aumento da exclusão social nas cidades, por outro, a capacidade do Estado de responder a novas demandas a partir de um planejamento centralizado se torna crescentemente improdutiva e ineficaz, sobretudo quando este Estado, como é o caso do Brasil, obedece tradicionalmente a uma lógica oligárquica pouco tolerante com relação à pressão popular por participação (Martins, 2002). Neste sentido, a descentralização do poder central com vistas a mobilizar os poderes e vontades locais e permitir a institucionalização de novos mecanismos de participação como os conselhos e os fóruns, é a única saída para o Estado se adaptar à nova demanda por participação cidadã (Teixeira, 2002) e reconhecimento que nasce de grupos de indivíduos que nunca entraram no mercado formal (Pochmann e Amorim, 2003) e, ao mesmo tempo, favorecer a democratização da ação pública. 28

18 O novo planejamento público na saúde deve ser entendido, por conseguinte, como uma adaptação institucional necessária à ampliação das responsabilidades sociais do Estado (Carvalho, 1997), para conter a ameaça do caos social derivada de um sistema político que busca exercer tradicionalmente controle estreito sobre os cidadãos. A implantação de ações descentralizadas de redistribuição de recursos e de responsabilidades de ações e de serviços com fortalecimento do plano municipal, mas, sobretudo, do plano comunitário e associativo aparece como uma solução imperativa para se conceber ações que sejam ao mesmo tempo preventivas e reparativas (Castel, 1997: 39). Parte-se da idéia de que quanto mais perto a decisão fica do fato, mais a decisão a ser tomada é legítima, mais chances haverá de acerto. Mas, para isso, faz-se mister criar mecanismos e instrumentos que motivem as populações locais a participarem das iniciativas de interesse comum, condição necessária ao surgimento de uma esfera pública democrática e de participação cidadã (Teixeira, 2002). Ou seja, nossa intenção é demonstrar que o avanço de programas que se referenciam na família (como é diretamente o caso daqueles voltados para a saúde, no Brasil), para promover a democratização de decisões e de apoio à participação efetiva da população na criação de uma cidadania ativa e uma nova política de cuidados (Luz, 2005), embora importante ainda é precário. Sua sustentabilidade, a médio e longo prazo, depende diretamente, no nosso entender, da possibilidade de as políticas públicas adotarem uma nova perspectiva teórica pela qual o usuário não seja visto apenas como público-alvo mas como co-autor da ação pública, como sujeito-alvo. Mas a passagem de um entendimento do usuário como público-alvo para sujeito-alvo não pode ser obtida por uma mera operação administrativa ou jurídica. Faz-se necessário abandonar uma posição funcional do usuário - visto como engrenagem passiva da ação de planejamento no Estado moderno - para se adotar uma compreensão ativa e política deste usuário. Tal compreensão nos é sugerida pela noção de público do filósofo norte-americano John Dewey. Para ele, o público envolve todos aqueles que são afetados pelas conseqüências de certas ações que ultrapassam os diretamente envolvidos, levando a que se valorize uma experiência de interesse comum que é superior aos interesses individuais (Dewey, 1997). No meu entender, esta conceituação de Dewey de público pode ser útil para reconceituarmos o usuário como sujeito-alvo, o usuário como expressão viva do público. Ou seja, tal mudança de perspectiva não depende apenas da adoção de métodos estatísticos mais avançados, como já foi dito, mas, diferentemente, de um método compreensivo que revele a presença de um sujeito supra-individual, mesmo que tal sujeito não tenha 29

19 consciência de seu poder real. De fato, a vontade de potência dos atores locais é inibida devido aos membros da comunidade estarem freqüentemente prisioneiros de emaranhados sistêmicos complexos (Hellinger, 1999). Ou seja, a compreensão do usuário como público é obstruída facilmente pelos conflitos que atravessam suas redes de relacionamentos sejam elas de parentesco ou de associação. Isto prejudica, igualmente, o entendimento dos conflitos psíquicos e culturais subjacentes ao tecido social, os quais são fenômenos relevantes para a produção de alianças e pactos associativos. Nosso propósito neste texto é, assim, demonstrar que apesar dos avanços importantes obtidos com a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), nos últimos quinze anos, o processo descentralizador com vistas ao empoderamento da sociedade civil parece encontrar obstáculos crescentes à sua viabilização (Heimann, Ibanhes e Barboza, 2005). As dificuldades que têm os agentes sociais para integrarem a lógica da ação democrática (redistribuição de responsabilidades e incremento da participação) e os princípios da ação descentralizadora (universalidade, integralidade e interdisciplinaridade), revelam a confusão existente na definição conceitual do público-usuário e as dificuldades de se conceber a esfera pública a partir da Sociedade Civil 14. A limitação do planejamento estatal pode ser entendida a partir de alguns pontos: a complexidade dos arranjos familiares que servem como suporte para a formatação da idéia de público-usuário não pode ser acessada por modelos estatísticos; a mobilização dos atores locais com vistas a definição de modelos dinâmicos e participativos não pode ser resultado da mera vontade do gestor estatal. Semelhante mobilização deve resultar não de um poder central superior mas da valorização da experiência e da liberdade da vontade humana, segundo enfatiza filósofo pragmatista norte-americano William James (1981) e da existência de mecanismos de trocas (Mauss, 2003) e de reciprocidades (Simmel, 1939) que favoreçam a experiência do bem comum como algo resultante do esforço coletivo e supra individual. O modelo funcional do público-alvo tende a aparecer, para sermos mais claros, como um instrumento de desumanização das políticas públicas (Martins, 2003) na medida em que 14 A noção de público-alvo, devemos insistir, constitui uma categoria de fácil manejo estatístico, mas que reduz enormemente a complexidade da trama social. Os programas governamentais ainda se apóiam sobre uma noção abstrata de indivíduo (conveniente para a organização do trabalho e dos modelos de proteção social no capitalismo industrial), mas que é insuficiente para responder à complexidade sistêmica da sociedade civil. Este modelo estatístico pode responder satisfatoriamente às hipóteses causais produzidas pelo planejador para definir a política pública (nível de renda, gênero, condições de moradia e de saúde entre outras), mas responde muito insatisfatoriamente a condição dialógica exigida pela trama da descentralização com exigência de participação e de formação de uma esfera pública ativa. 30

20 desconsidera as tramas subjetivas e as conexões subterrâneas da vida social local, enfatizando indicadores superficiais e inadequados para detectar a mudança social. Por outro lado, as possibilidades de superação dos limites deste método funcional adotado pelo planejamento oficial dependem diretamente da possibilidade de explorarmos o potencial sistêmico e complexo das redes sociais primárias que atravessa o que genericamente e abstratamente designamos de família. De fato, para além, do excesso de abstração desta noção clássica da antropologia, que é a família, o que verificamos no mundo concreto são teias de relacionamentos criadas pela experiência vivida, que sugerem constituir as relações entre grupos de indivíduos - vivendo em proximidade física e/ou emocional - como uma ecologia profunda (Capra, 1998). Ou seja, a idéia de família como rede social em movimento e não como uma substância sugere possibilidades teóricas inéditas para se entender os rumos que a política pública deve adotar com vista a apoiar a criação de movimentos de solidariedades a partir de programas territorializados (que transcendam o âmbito familiar e favoreçam a vida associativa e comunitária). Família como rede social: uma saída para a descentralização Como já dissemos, é necessário ressignificar a noção de família de modo a superarmos a visão estreita da família -domicílio para integrarmos uma visão relacional de família -rede. Mas esta visão mais ampla apenas pode ser apreciada na sua complexidade se compreendermos o arranjo familiar a partir de um duplo enfoque crítico: um, o da teoria da rede, permite visualizar o grupo familiar não como uma soma de unidades mas como uma totalidade que se distribui e se afirma pelos seus membros; o outro, o da teoria da dádiva, que permite entender a lógica própria do vinculo social que é aquela das obrigações mútuas geradas pelas ações de doação, recepção e retribuição (Mauss, 2003) 15. Avançemos alguns elementos para tentar esclarecer esta base conceitual, alertando, porém, o leitor que esta tarefa constitui um desafio à parte que apenas pode ser respondido parcialmente neste artigo. 15 Não é possível se explicar aqui a teoria da dádiva. Para os que acharem necessário mais informações sobre o assunto já existe em português um material adequado para esta compreensão. A começar pelo próprio texto de Marcel Mauss Ensaio sobre a dádiva (citado na bibliografia), o texto de Jacques Godbout em colaboração com Alain Caillé, O espírito da dádiva (Rio, FGV, 1998); o livro do Alain Caillé intitulado Antropologia do dom: o terceiro paradigma (Petrópolis, Vozes, 2002) e a coletânea organizada por Paulo Henrique Martins cujo título é A dádiva entre os modernos: discussão sobre os fundamentos e as regras do social (Petrópolis, Vozes, 2002); 31

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