Sementes de Trigo: algumas considerações sobre o setor

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1 Sementes de Trigo: algumas considerações sobre o setor Maria Helena Fagundes Fevereiro/ Introdução A produção mundial de trigo grão caiu 3,76% entre as safras 1998/99 e 2002/03, percentual mais do que proporcional à queda da produção de cereais (-1,1%). A produção mundial de oleaginosas cresceu 5,8% no mesmo período, sendo que a produção mundial de grãos (cereais e oleaginosas) permaneceu aproximadamente no mesmo nível (diminuiu 0,02%). O trigo é o segundo grão mais produzido (26,9% do total, na média das últimas cinco safras), depois do milho (27,6% do total) e seguido pelo arroz (18,3% do total). É, no entanto, o grão mais comercializado mundialmente (35,63% do total, na média das últimas cinco safras), seguido pelo milho (24,54% do total comercializado) e pela soja (17,14% do total comercializado). O Brasil, que representou 0,5% da produção mundial de trigo nas últimas cinco safras, aumentou sua produção (números estimados para 2002/03) em 87,3% nesse mesmo período. Em um período mais longo, entre as safras 1990/91 e 2002/03, o crescimento da produção foi realizado com decréscimo de área plantada e aumento de produtividade. A participação da produção nacional no abastecimento interno tem sido de 28% na média das três últimas safras (excluindo-se as safras 1999/00 quebra de safra e 2002/03 números ainda estimados). O país, em 2002, passou a recorrer a outros mercados, além do Mercosul, para abastecer o mercado interno (Estados Unidos, Ucrânia e Polônia). Argentina, Canadá e a Austrália são países que exportam em torno de 70% de suas produções internas, demonstrando grande competitividade na produção desse cereal. As produtividades médias nas últimas três safras desses países foi: Argentina (2.305,7 kg/há); Canadá (2.042,9 kg/há); e Austrália (1.554,7 kg/há). No mesmo período, a produtividade da produção nacional foi de 1.731,3 kg/há, sendo, portanto, superior à da Austrália (terceiro maior exportador mundial na média das cinco últimas safras). Os Estados Unidos (maior exportador mundial) exportam 47% de sua produção interna, auxiliado por programas governamentais de apoio à comercialização. A produção de sementes de trigo é importante para a consecução do plano estratégico nacional de produção de trigo. No entanto, a safra de trigo grão 2003/04 deverá encontrar dificuldades na disponibilidade de sementes para o

2 plantio, sendo que a oferta estimada deverá atender a 84,4% da demanda efetiva e 77,1% da demanda potencial. 2. Cenário internacional da produção de trigo grão A produção mundial de trigo (Triticum aestivum L. = Triticum sativum Lam.) diminuiu de 589,6 milhões de t na safra 1998/99 para 567,5 milhões de t em 2002/03(estimativa), ou uma queda de 3,76% entre os dois períodos. China e União Européia alternam-se como maiores produtores mundiais, sendo que, nos últimos 5 anos, caso se confirmem as estimativas de produção para 2002/03, a China será, na média das últimas 5 safras, o maior produtor mundial, com 17,52% da produção mundial total (mas a taxa de crescimento de sua produção declinou 16,2% no período); seguido pela União Européia com 17,19% do total (com uma taxa de 0,6% de crescimento da produção); Índia com 12,19% do total (taxa de crescimento de 8,5%); Estados Unidos, 9,97% do total (queda na produção de 36,5% no período); Rússia, com 6,5% do total (taxa de crescimento de 83,3%); Leste Europeu com 5,38% (queda de 9,3% na produção no período); Canadá, com 3,91% (queda de 34,8% na produção no período, devido, parcialmente, à quebra de safra em 2002/03); Austrália com 3,58% da produção mundial (produção que cai 53,4%, devido à quebra de safra em 2002/03); Paquistão com 3,31%; Turquia com 2,98%; e Argentina com 2,56% do total da produção mundial. O Brasil é um produtor marginal de trigo, participando ao longo do período 1998/99 a 2002/03, com 0,5%, em média, da produção mundial (quadro e gráfico a seguir). A se confirmarem as informações para a safra 2002/03, esta será a menor dos últimos 5 anos, com uma queda adicional de 1,8% em relação à safra anterior de 2001/02, devido à queda de produção na Austrália, Canadá, Estados Unidos e países do leste europeu. Trigo: Produção mundial, do Brasil e dos principais países 1998/99 a 2002/03 Em mil t Participação na produção Tx de cresc País 1998/ / / / /03 ¹ total (média 5 anos)-em % 02/03 s/ 98/99 % % União Européia , , , , ,00 17,19% 0,6% China , , , , ,00 17,52% -16,2% India , , , , ,00 12,19% 8,5% Russia , , , , ,00 6,50% 83,3% USA , , , , ,00 9,97% -36,5% Leste Europeu ¹ , , , , ,00 5,38% -9,3% Ucrânia , , , , ,00 2,79% 40,6% Paquistão , , , , ,00 3,31% 4,3% Turquia , , , , ,00 2,98% 2,8% Canadá , , , , ,00 3,91% -34,8% Argentina , , , , ,00 2,56% -2,3% Austrália , , , , ,00 3,58% -53,4% Brasil 2.402, , , , ,10 0,50% 87,3% Países acima , , , , ,10 88,38% -5,4% Outros países , , , , ,90 11,62% 8,8% Total , , , , ,00 100,00% -3,8% Fonte: USDA (jan/2003), Conab(dez/2002). * Estimativa. ¹ Leste Europeu: Albania,Bosnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, República Checa, Hungria, Macedonia, Polônia, Romania, Sérvia, Eslováquia e Eslovênia. 2

3 Trigo: Produção do Brasil e dos principais países produtores 198/99 a 2002/03 E m m il t , , ,00 Em 1000 t , ,00 União Européia Índia Estados Unidos Ucrânia Turquia Argentina China Rússia Leste Europeu Paquistão Canadá Austrália ,00 0, / / / / /03 ¹ Fonte: USD A. O trigo é o segundo grão mais cultivado depois do milho: a participação média da produção de trigo na produção mundial de grãos nas últimas cinco safras foi de 26,9% do total (ou 31,3% do total produzido de cereais), com queda de 3,8% entre 1998/99 e 2002/03; logo após a de milho que participou com 27,6% do total (e queda de 2,5% no mesmo período). O arroz é o terceiro grão mais cultivado (18,3% na média), seguido pela soja (8,0% do total de grãos produzidos). Produção mundial de grãos 1998/99 a 2002/03 Em milhões de t Grão 1998/ / / / /03 ¹ Média das 5 safras Tx.de Valor Partic. % cresc (%) Trigo 589, ,7 579,5 567,5 581,3 26,90% -3,8% Arroz 394,1 409,3 397,8 397,3 380,3 395,8 18,30% -3,5% Milho 605,6 606,4 587,3 597,2 590,5 597,4 27,60% -2,5% Cevada 135,6 127,7 133,7 140,6 132,2 133,9 6,20% -2,5% Sorgo 59,9 58, ,5 51,5 55,9 2,60% -14,0% Aveia 25, ,2 26, ,8 1,20% 1,2% Centeio 20,1 19,3 19,1 22,9 20,6 20,4 0,90% 2,5% Total de forrageiras 889,7 876,4 859,6 887,7 859,9 874,7 40,40% -3,3% TOTAL CEREAIS 1.873, , , , , ,70 85,60% -3,5% Soja 159,8 159,9 175,1 184, ,00% 19,5% Colza 35,9 42,5 37,6 35,9 32,1 36,8 1,70% -10,6% Girassol 26,6 27,2 23,3 21,2 23,5 24,4 1,10% -11,7% TOTAL OLEAGINOSAS ² 294,7 303,4 313,4 323,5 323,9 311,8 14,40% 9,9% TOTAL GRÃOS 2.168, , , , , ,50 100,00% -1,7% Fonte: USDA (jan/2003). ¹ Estimativa. ² Soja, algodão, amendoim, girassol, colza, copra e óleo de palma. O quadro a seguir mostra a evolução do comércio internacional de grãos (cereais e oleaginosas) entre as safras 1998/99 e 2002/03: 3

4 Comércio internacional de grãos 1998/99 a 2002/03 ¹ Em milhões t Grão 1998/ / / / /03 Participação últimas 5 safras Tx.de Média % cresc. (%) Trigo 102,02 112,78 103,48 109,99 105,65 106,78 35,63% 3,6% Arroz 24,94 22,85 24,44 27,1 26,75 25,22 8,41% 7,3% Milho 68,66 73,25 76,41 74,14 75,3 73,55 24,54% 9,7% Cevada 17,79 18,79 16,57 17,18 15,63 17,19 5,74% -12,1% Sorgo 6,46 8,04 7,45 7,05 5,65 6,93 2,31% -12,5% Aveia 1,98 2,1 2,35 1,94 2,24 2,12 0,71% 13,1% Centeio 1,68 2,33 1,1 1,22 1,3 1,53 0,51% -22,6% Total de forrageiras 96,57 104,51 103,87 101,53 100,1 101,32 33,81% 3,7% TOTAL CEREAIS 223,53 240,13 231,79 238,62 232,5 233,31 77,85% 4,0% Soja 38,72 46,68 55, ,4 51,38 17,14% 58,6% Colza 9,34 11,26 9,86 7,53 6,02 8,80 2,94% -35,5% Girassol 4,45 3,39 3,48 2,22 2,44 3,20 1,07% -45,2% TOTAL OLEAGINOSAS 55,12 64,64 71,45 68,03 72,67 66,38 22,15% 31,8% TOTAL GRÃOS 278,65 304,77 303,24 306,65 305,16 299,69 100,00% 9,5% Fonte: USDA (jan/2003). ¹ Estimativa. O trigo grão participou com 35,63%, na média das últimas 5 safras, do comércio total de grãos (essa participação sobe para 45,76% do comércio total se for considerado apenas o comércio de cereais), com um crescimento de 3,6% no comércio no período. Constitui-se, portanto, no grão mais comercializado no mercado mundial, seguido pelo milho (24,54% e 9,7% de crescimento do comércio) e pela soja (17,14%do total e 58,6% de crescimento do comércio no período). O quadro a seguir apresenta o percentual comercializado no mercado mundial da produção de cada grão (cereais e oleaginosas). Percentual com ercializado da produção m undial de grãos 1998/99 a 2002/03 M édia das 5 safras G rão Produção Com ercializado % Trigo 581,28 106,78 18,37% Arroz 395,75 25,22 6,37% M ilho 597,41 73,55 12,31% Cevada 133,95 17,19 12,83% Sorgo 55,92 6,93 12,39% Aveia 25,77 2,12 8,23% Centeio 20,41 1,53 7,50% T o ta l d e fo rra g e ira s 874,67 101,32 11,58% TOTAL CEREAIS 1851,7 233,32 12,60% Soja 174,02 51,38 29,53% Colza 36,79 8,8 23,92% G irassol 24,38 3,2 13,13% TOTAL OLEAGINOSAS 311,79 66,38 21,29% TOTAL GRÃOS 2.163,50 299,7 13,85% Fonte: U SDA (jan/2003). O trigo é o terceiro grão mais comercializado em relação à produção no mercado mundial, com 18,37% da sua produção comercializada (45,7% da produção total de cereais). O grão cuja produção é mais comercializada é a soja (29,52%); seguido pela colza (23,92% do total produzido). Os seis principais países exportadores são: Estados Unidos, representando 25,84% das exportações médias mundiais no período 1998 a 2002 (país que exportou 47,59% da sua produção interna na média das safras 1998/99 a 2002/03), havendo decrescido suas exportações em 12,2% no período; Canadá, com 14,31% do total no mesmo período (país que exportou em média 67,14% da sua produção); União Européia com 13,81% (país que exportou, na média das últimas 5 safras, 14,75% da sua produção interna), e que cresceu suas exportações em 2,7% no período; Austrália com 14,12% do total médio 4

5 comercializado mundialmente (país que exportou 72,51%, em média, da sua produção interna), com quebra da safra 2002/03; Argentina com 9,58% do total das exportações mundiais (país que exportou, em média, 68,73% da sua produção interna), cuja produção entrou em crise em 2002/03; Kasakstan com 3,98% das exportações mundiais (aumento de 117,9% nas exportações; e Ucrânia com 3,97% do total médio mundial (país que exportou em média 26,18% da sua produção interna no período analisado) e que aumentou suas exportações em 91,7% no período. Os principais países/regiões importadores são: Norte da África (Algéria, Egito, Líbia, Marrocos e Tunísia) com 16,14% do total médio das importações mundiais entre 1998/99 e 2002/03, e que crescem suas importações em 2,3% no período; o Brasil, com 6,73% do total das importações mundiais no mesmo período, as quais decresceram 9,3%; a União Européia, com importações médias que representaram 5,7% do total das importações mundiais, importações que cresceram 152,6% no período; Japão com 5,51% do total das importações mundiais, cujas importações caem 2,7% no período; a ex-união Soviética, com 5,14%, cujas importações caem 39,4%; Iran com 4,64% do total; Coréia do Sul com 3,63% das importações médias mundiais; Indonésia com 3,49% do total médio das importações; seguido por México com 2,75% do total; Filipinas com 2,73% do total; Iraque com 2,62%; e China, com 0,77% das importações médias totais. Nos últimos 10 anos, o Brasil esteve entre os três principais importadores mundiais desse cereal, sendo que nos últimos 5 anos, foi o maior importador (se excetuar-se a região Norte da África - ver quadro a seguir). Trigo: Principais países exportadores e importadores ¹ 1998/99 a 2002/03 (estimativa) Em milhões de toneladas País/Região 1998/ / / / /03 ³ Média (5 anos) Tx. de V alor Partic.no total (%) cresc. % EXPORTADORES Estados Unidos 29,03 29,45 27,85 26,14 25,50 27,59 25,84% -12,2% União Européia 14,60 17,40 15,23 11,49 15,00 14,74 13,81% 2,7% Ucrânia 4,70 1,95 0,08 5,49 9,00 4,24 3,97% 91,7% Argentina 9,20 11,08 11,40 11,48 8,00 10,23 9,58% -13,0% Canadá 14,39 19,37 17,35 16,76 8,50 15,28 14,31% -40,9% Rússia 1,65 0,52 0,70 4,37 9,50 3,35 3,13% 475,1% Austrália 16,10 17,12 16,68 16,49 9,00 15,08 14,12% -44,1% Kasakstan 2,30 6,51 3,67 3,78 5,00 4,25 3,98% 117,9% Países acima 91,97 103,41 92,94 96,00 89,50 94,76 88,75% -2,7% Outros países 10,06 9,36 10,54 13,99 16,15 12,02 11,25% 60,6% Mundo 102,02 112,78 103,48 109,99 105,65 106,78 100,00% 3,6% IMPO RT ADO RES Norte da África ² 16,82 16,48 18,28 17,41 17,20 17,24 16,14% 2,3% União Européia 3,76 4,18 3,16 9,82 9,50 6,08 5,70% 152,6% Brasil 7,39 7,30 7,45 7,11 6,70 7,19 6,73% -9,3% Japão 5,96 5,96 5,89 5,84 5,80 5,89 5,51% -2,7% Antiga União Soviética ³ 5,46 9,80 5,12 3,79 3,31 5,49 5,14% -39,4% Iran 2,59 7,36 6,25 5,60 3,00 4,96 4,64% 16,1% Indonésia 3,12 3,74 4,07 3,68 4,00 3,72 3,49% 28,3% Coréia do Sul 4,69 3,81 3,13 3,98 3,80 3,88 3,63% -19,0% México 2,49 2,63 3,07 3,20 3,30 2,94 2,75% 32,8% Filipinas 2,33 2,98 3,05 2,92 3,30 2,92 2,73% 41,8% Iraque 2,03 2,65 3,30 3,00 3,00 2,80 2,62% 47,9% China 0,83 1,01 0,20 1,09 1,00 0,83 0,77% 20,6% Países acima 57,44 67,91 62,94 67,44 63,91 63,93 59,87% 11,2% Outros países 44,58 44,86 40,54 42,55 41,75 42,85 40,13% -6,4% Mundo 102,02 112,78 103,48 109,99 105,65 106,78 100,00% 3,6% Fonte: USDA (jan/2003). ¹ Os dados de comércio incluem farinha de trigo. ² Norte da África (Algéria, Egito, Líbia, Marrocos e Tunísia). ³ Armênia, Azerbaijan, Belarus, Georgia, Kazakstan, Jyrgyzstan, Moldova, Russia, Tajikistan, Turkmenistan, Ukraine, Uzbekistan, Estonia, Latvia e Lituânia. 5

6 3. Cenário nacional da produção de trigo grão 3.1 Produção De acordo com os dados da Conab, a produção de trigo no Brasil cresceu de 2,62 milhões de toneladas na média das safras 1990/91 a 1992/93 para 2,83 milhões de toneladas na média das safras 98/99, 00/01 e 01/02, ou seja, um acréscimo de 7,90% na produção nacional de trigo 1 (se a comparação for com a média das safras 2000/01, 2001/02 e 2002/03, a produção terá crescido 24,7%). No mesmo período, a área decresceu 12,65%, passando de uma área média de 1,92 milhões de hectares no início da década para 1,68 milhões de hectares na média das safras 98/99, 00/01 e 01/02(se a comparação for com a média das safras 2000/01, 2001/02 e 2002/03, a área terá aumentado 21,03%). Constata-se, na comparação da média dos dois períodos, um aumento de 27,48% na produtividade desse cereal (de 28,09% se for considerada a safra 2000/01, 2001/02 e 2002/03), que passou de uma média de 1.351,65 kg/ha na média dos primeiros três anos da década para 1.723,12 kg/ha na média das safras 1998/99, 2000/01 e 2001/02 (ou para 1.731,39 kg/ha se for considerada a média das safras 2000/01, 2001/02 e 2002/03), conforme quadro e gráfico a seguir. Trigo: Produção, área e produtividade 1990/91 a 2001/02 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 ² Produção (Em 1000 t) 3.077, , , , , , , , , , , , ,10 Área (Em 1000 ha) 2.145, , , , , , , , , , , , ,50 Produtividade ( Em kg/ha) 1.434, , , , , , , , , , , , ,31 Fonte: Conab. ¹ Excluiu-se do limite superior a safra 99/00 dada a frustração de colheita devido à geada e seca. ² Estimativa Conab (dez/2002). Média safras Taxas de crescimento 90/91, 91/92 e 92/93 (A) 98/99, 00/01 e 01/02 (B) 00/01,01/02 e 02/03 (C) B/A (%) C/A (%) Produção 2.622, , ,37 7,90% 24,70% Área 1.928, , ,80-12,65% 21,03% Produtividade 1.351, , ,39 27,48% 0,48% 1 Optou-se por excluir a safra 1999/00 devido à quebra de produção causada pela geada e seca ocorrida naquele ano e a safra 2003/03 devido aos números ainda estimados de sua produção. 6

7 5.000,00 Trigo: Produção, área e produtividade 1990/91 a 2002/03 Em 1000 t, 1000 ha e kg/ha 4.500,00 Em 1000 t, 1000 ha e kg/ha 4.000, , , , , ,00 Produção (Em 1000 t) Área (Em 1000 ha) Produtividade (Em kg/a) 1.000,00 500,00 0,00 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 Fonte: Conab O quadro a seguir mostra a distribuição da produção nacional por estado, entre as safras 1993/94 e 2002/03: Produção de trigo por Estado 1993/94 a 2002/03 Em t Safra Minas Gerais Sao Paulo Parana Rio Grande do Sul Santa Catarina Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal TOTAL Partic. Média na prod, Paraná RS 1993/ ,88% 38,62% 1994/ ,74% 21,65% 1995/ ,17% 31,02% 1996/ ,60% 25,36% 1997/ ,29% 25,38% 1998/ ,36% 28,95% 1999/ ,68% 53,74% 2000/ ,87% 32,02% 2001/ ,04% 33,78% 2002/03 ¹ ,92% 35,56% Média ,6% 32,6% Fonte: Conab. ¹ Estimativa (dez/2002). Na média das últimas dez safras, o estado do Paraná participou com 58,6% e o Rio Grande do Sul com 32,6% da produção total do país. Merece menção a evolução da produção de trigo em Goiás que passou de 10,1 mil t na safra 2000/01 para 45,1 mil t na safra 2001/02, um crescimento de 346,5%, (ou de 323,76% se for considerada a estimativa de safra para 2002/03). No caso de se confirmarem as estimativas para a safra 2002/03, a Região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal) deverá aumentar sua produção em 87,5% entre as safras 2001/02 e 2002/03, passando de uma produção de 126,2 mil t (4,3% da produção nacional) para 236,6 mil t (5,2% da produção nacional). A região Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) deverá aumentar a sua produção em 40,4% em 2002/03 em relação à safra anterior, reduzindo sua participação na produção total do país, passando de 86,2 mil t (2,9% da produção nacional) para 121,0 mil t (2,6% da produção nacional). 7

8 A região Sul deverá aumentar a sua produção em 54,5% entre 2001/02 e 2002/03, mantendo aproximadamente a sua participação na produção total do pais, passando de 2.681,4 mil t (92,6% da produção nacional) para 4.142,5 mil t (92,0% da produção nacional. A produtividade alcançada, por estado, está detalhada no quadro e gráfico a seguir. Produtividade do trigo nos principais estados produtores e média nacional Em kg/ha (1990/91 a 2002/03) Estado 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 Média 5 últimas safras¹ PR ,00 SC ,80 RS ,00 MG ,60 SP ,20 MS ,20 GO ,60 DF ,80 BRASIL ,20 Fonte: Conab. ¹ Média das 5 últimas safras (excluída a safra 1999/00) Produtividade da lavoura de trigo, por estado 1990/91 a 2002/03 Em kg/ha PR SC RS MG Em kg/ha SP MS GO DF /91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 Fonte: Conab. A produtividade da produção de trigo irrigado em Minas Gerais e Distrito Federal situou-se em kg/ha, nas últimas 5 safras, representando aproximadamente 1% da produção nacional. A produção de trigo irrigado concentra-se principalmente no triângulo mineiro (municípios de Presidente Olegário, Patos de Minas, São Gotardo, Patrocínio, Perdizes, Unaí e Paracatú); no sudoeste goiano (Rio Verde, Montevidiu e Mineiros); e Distrito Federal e entorno (Cristalina, Planaltina, Lusiânia e Formosa). As cultivares mais utilizadas nesse tipo de cultivo são a Embrapa 42, a Embrapa 22 e a BRS 207. A média da produtividade nos demais estados produtores, nas últimas 5 safras (excluída a safra 1999/00), situa-se em: kg/ha no Paraná; 1601,80 kg/ha em Santa Catarina; kg/ha no Rio Grande do Sul; 1.927,20 8

9 kg/ha em São Paulo; 1.550,20 kg/ha em Mato Grosso do Sul; e 1.631,60 kg/há em Goiás. O quadro a seguir apresenta as produtividades mundiais da lavoura de trigo. Trigo: Produtividades mundiais Em kg/há 1995/96 a 2002/03 País/Região 1995/ / / / / / / /03 Média nos períodos Tx.cresc 95, 96 e 97 00,01 e 02 % União Européia 5.278, , , , , , , , , ,6 0,3% China 3.541, , , , , , , , , ,8-0,4% Índia 2.559, , , , , , , , , ,8 4,5% Rússia 1.394, , , , , , , , , ,8 17,6% Estados Unidos 2.406, , , , , , , , , ,8-0,5% Leste Europeu 3.546, , , , , , , , , ,3-1,0% Ucrânia 2.969, , , , , , , , , ,7 2,3% Paquistão 2.081, , , , , , , , , ,8 7,5% Turquia 1.916, , , , , , , , , ,8 3,7% Canadá 2.250, , , , , , , , , ,9-8,1% Argentina 1.934, , , , , , , , , ,7-0,3% Austrália 1.796, , , , , , ,9 983, , ,7-12,9% Brasil 1.745, , , , , , , , , ,3 5,0% Países acima 2.570, , , , , , , , , ,8 1,0% Total Mundo 2.508, , , , , , , , , ,9 1,0% Fonte: FAO e Conab. A região de maior produtividade é a União Européia (quarto maior exportador mundial), com uma média de 5.702,6 kg/há no período recente, e cuja produtividade cresceu 0,3% entre a média das safras 1995, 1996 e 1997 e as safras 2000/01, 2001/02 e 2002/03. Segue-se a China com produtividade de 3.774,8 kg/há e o Leste Europeu com 3.304,3 kg/há. Os Estados Unidos, maior exportador mundial, teve uma produtividade de 2.634,8 kg/há, sendo esta a sexta mais alta produtividade na média das três últimas safras. O Canadá, segundo maior exportador mundial, teve uma produtividade média de 2.042,9 kg/ha no período recente, a qual decresceu 8,1% entre os períodos citados. A Austrália, terceiro maior exportador, teve uma produtividade de 1.554,7 kg/ha no período recente (taxa de queda de produtividade de 12,9% entre os dois períodos citados), sendo inferior à média do Brasil no mesmo período que foi de 1.731,3 kg/ha (caso se confirmem as estimativas para a safra 2002/03). Merece menção o crescimento da produtividade média na Rússia (oitavo maior exportador mundial na média das cinco últimas safras), que passou de 1.725,6 kg/ha para 2.029,8 kg/ha entre os períodos citados, um crescimento de 17,6%. A produtividade da produção nacional é equivalente a 63,5% da produção mundial média do último período. O quadro a seguir apresenta o calendário agrícola da produção de trigo nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. 9

10 Calendário agrícola do Trigo Região/Estado Plantio Colheita Região Sul Paraná abril, maio e junho setembro e outubro Rio Grande do Sul maio, junho e julho outubro, novembro e dezembro Santa Catarina junho e julho novembro e dezembro Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul abril e maio agosto e setembro Goiás e DF sequeiro janeiro e fevereiro maio e junho Goiás e DF irrigado maio setembro Região Sudeste São Paulo março e abril agosto, setembro e outubro Minas Gerais sequeiro janeiro, fevereiro e março maio, junho e julho Minas Gerais irrigado abril, maio e junho agosto, setembro e outubro Fonte: Conab. O plantio, se for considerado o ano calendário, inicia-se em Minas Gerais, Goiás e DF (sequeiro) nos meses de janeiro, fevereiro e março. O plantio do trigo irrigado é realizado em abril, maio e junho em Goiás, DF e Minas Gerais; continua com o estado do Paraná, com plantio a partir de abril até junho; e finalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina com plantio entre maio e julho. 3.2 Estratégia de produção O quadro e o gráfico a seguir mostram o comportamento da produção, das importações (dados até dezembro/2002) e do consumo de trigo no país nas últimas treze safras. Trigo: produção, importações e consumo 1990/91 a 2001/02 Safra Produção Importações Consumo Prod/consumo (mil ton.) (mil ton.) (mil ton.) (%) 1990/ , , ,00 40,54% 1991/ , , ,00 35,07% 1992/ , , ,00 26,51% 1993/ , , ,00 25,95% 1994/ , , ,00 18,47% 1995/ , , ,00 39,72% 1996/ , , ,00 27,84% 1997/ , , ,00 23,83% 1998/ , , ,00 23,91% 1999/ , , ,00 16,47% 2000/ , , ,00 31,63% 2001/ , , ,00 28,37% 2002/03 ¹ ² 4.500, , ,00 44,12% Média 2.611, , ,92 29,42% Fonte: CONAB;MDIC/Alice, Embrapa. ¹ Importações grão até 22/12/02. ² Produção (estimativa dez/2002). 10

11 12.000,00 Trigo: Produção, importações e consumo Em 1000 t 1990/91 a 2002/ , ,00 Em 1000 t 6.000, ,00 Produção Importações Consumo 2.000,00 0, / / / / / / / / / / / / /03 ¹ ² Fonte: MDIC, Conab. A produção nacional tem sido capaz de atender a 29,42% do consumo interno na média das últimas treze (ou 27,1% se forem consideradas as últimas 5 safras -excluídas as safras 1999/00 e 2002/03), sendo as importações necessárias para atender a aproximadamente 70% do consumo. A partir de 1994, com o aumento do poder de compra derivado do Plano Real, cresce o consumo interno e consequentemente as importações de trigo, dada a insuficiência da produção interna. 2 No que se refere à origem das importações, constata-se que, a partir da assinatura dos primeiros acordos entre Argentina e Brasil em 1986, anteriores à formação do Mercosul, a Argentina passa a deslocar os EUA (que contavam com programas subsidiados de exportação) como principal fornecedor de trigo ao Brasil. O Canadá permanece com sua parte de comércio no abastecimento do mercado brasileiro até A partir de 1997 e até 2001, a Argentina passa a ser a origem de aproximadamente 95% das importações de trigo do país. Em 2001, os EUA e Canadá participaram com 1,47% e 0,48%, respectivamente, no total das importações brasileiras. No entanto, em 2002, devido à crise econômica da Argentina, com queda na produção de trigo naquele país (de 15,5 milhões de t na safra 2001/02 para 13,0 milhões de t em 2002/03), a participação daquele país nas importações brasileiras se reduziu para 83,03% do total (valores até 29/12/2002). Os Estados Unidos representaram 10,24%, a Ucrânia 1,90%, a Polônia 1,47% e o Paraguai 1,2% no total das importações brasileiras de trigo em É consenso entre os pesquisadores do setor 3 que o país tem condições de clima, solo, materiais genéticos, tradição agrícola e tecnologia disponível para atingir uma produção que atenda a 60% da demanda nacional, recuperando a triticultura nacional e reduzindo a dependência nacional por 2 Entre 1986 e 1989 o Brasil produziu 5.614,4 mil t (1986); 6200,9 mil t (1987); 5.745,6 mil t (1988); e 5.505,8 mil t em Esses níveis de produção representam em torno de 60% do consumo atual e demonstram a viabilidade da produção nacional. A partir de 1990/91 e até 2002/03, a produção brasileira cai para uma média de 2.611,28 mil de t ao longo do período. 3 Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, Indicações Técnicas da Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo 2002, FEPAGRO, Porto Alegre, Segundo esta Comissão, o Brasil cultivou nos últimos anos apenas 14% da área apta disponível para esse cereal. 11

12 importações para aproximadamente 40% do consumo interno em 2005 (quadro a seguir). Com exceção da produção da safra 2001/02, onde a meta alcançada significou 96,33% da meta projetada, o país tem conseguido alcançar as produções previstas. Trigo: Estratégia brasileira de produção 2000/01 a 2004/05 Período Meta projetada % da Demanda Demanda estimada Meta alcançada Meta alcançada/ Ano Safra (em milhões de t) (em milhões de t) (em milhões de t) meta projetada (%) 1º ano 2000/01 2,50 25% 3,19 127,60% 2º ano 2001/02 3,00 30% 10,20 2,89 96,33% 3º ano 2002/03 ¹ 4,20 40% 10,50 4,50 107,14% 4º ano 2003/04 5,40 50% 11,00 5º ano 2004/05 6,70 60% 11,40 Fonte: Embrapa Trigo e Conab. ¹Aumento de 10,8% da área; 55,5% da produção; e 40,3% da produtividade (estimativa Conab, dez/2002). A produção de sementes apropriadas para os diferentes climas e solos dos diversos estados produtores (os que produzem tradicionalmente e as áreas novas de cultivo) torna-se imprescindível para a consecução da estratégia de produção proposta para o setor. 4. Sementes de trigo 4.1 Cultivares O quadro a seguir mostra a quantidade de cultivares de trigo registradas e para as quais foi concedida proteção (15 anos) a partir de 1998, ano seguinte ao de aprovação da Lei de Proteção de Cultivares 4. Em 1998 foram registradas 64 cultivares; 22 em 1999; 10 em 2000; 9 em 2001; e 8 em No que se refere à concessão de proteção, foram protegidas 7 cultivares por ano entre 1998 e 2000; 10 em 2001; e 8 em Ao todo são 113 cultivares que estão aptas a serem produzidas e/ou comercializadas no país e 39 cultivares com certificado de proteção. 5 Sementes de trigo: cultivares registradas e protegidas 1998 a Total Registradas Protegidas Fonte: MAPA/SNPC. O quadro a seguir apresenta as cultivares protegidas e as registradas, por titular da proteção e responsável pela manutenção 6 : 4 A espécie Triticum durum Desf. possui 4 cultivares registradas no MAPA/SNPC (IAC 1002/Graal, IAC 1003/Gallareta, IEPD 9408 e IPR 90) e o trigo mourisco/trigo sarraceno (Fagopyrum esculentum Moench.) possui 2 cultivares registradas (IPR 91-BAILI e IPR 92-ALTAR). Não existem cultivares protegidas dessas duas espécies de trigo. 5 Os Estados Unidos comercializam em torno de 300 cultivares de trigo. 6 Não necessariamente o titular da proteção é o responsável pela manutenção da cultivar. 12

13 Sementes de trigo: Cultivares protegidas e cultivares registradas Cultivares protegidas Titulares da proteção Cultivares Embrapa/Brasília (12) BRS 119, 120, 176,177, 179, 192, 193, 194, 207, 208, 201 e 49 OR Melhoramento de Sementes Ltda/Passo Fundo (7) Alcover, Avante, Granito, JASPE, Ônix, Rubi e Taurum Coop.Central Agropec. De Des. Tecnológico e Eco. Ltda -COODETEC/Cascavel (7) CD 101, 102, 103, 104, 105, 106 e 107 FEPAGRO/Porto Alegre (1) Fepagro 15 FECOTRIGO/FUNDACEP (7) Fundacep 15, 30, 31, 32, 36, 37 e 40 ICA Melhoramento Genético Ltda (2) ICA 1 e IAC 2 Instituo Agronômico do Paraná/Londrina (2) IPR 85 e IPR 87 Milenia Biotecnologia e Genética Ltda/Londrina (1) Manitoba 97 Cultivares registradas Responsáveis pela manutenção Cultivares Embrapa/Brasília (46) BR 15, 17(Caiuá), 18 (Terena), 23, 26(São Gotardo), 31 (Miriti), 33 (Guará), 35, 40 (Tuiúca), BRS 119, 120,176, 177, 179,192, 193, 194, 207,208, 209, 210, 220, 49, Angico, Figueira, Timbaúva, CPAC 9183, CPAC 9186, Embrapa 10 (Guajá), Embrapa 16, 21, 22, 24, 27, 40, 41, 42, 52, Peladinho, PF 88437, PF 92231, PF93167, PF 93188, , PF , WT OR Melhoramento de Sementes/Passo Fundo (9) Alcover, Avante, Granito, Jaspe, Ônix, OR 1, OR Juanito, Rubi, Taurum Mauro Emílio Biesek/Paraná (1) Biesek Coodetec/Paraná (11) CD 101,102, 103, 104, 105, 106, 107, OCEPAR 14, 16, 21,22 FECOTRIGO/FUNDACEP (11) CEP 11, 14 (Tapes), 24 (Industrial), 27 (Missões), Fundacep 29, 30, 31, 32, 36, 37, 40 Fundação Estadual de Pesq.Agropec/Porto Alegre (3) Fepagro 15, RS 1 (Fênix), RS 8 (Westphalen) Instituto Agronômico-IAC/Campinas (11) IAC 120 (Curumi), IAC 231 (Kalypso), 24 (Tucuruí), 287 (Yaco), 289 (Marruá), 350 (Goiapá), 362 (Tucuruí II), 364 (Tucuruí III), 370 (Armageddon), 5 (Maringá), 60 (Centenário) Instituto Agronômico - Paraná (10) IAPAR 17 (Caeté), 28 ( Igapó), 29(Cacatu), 53, 6 (Tapejara), 60, 78, IPR 84, 85, 87 ICA Melhoramento Genético Ltda (2) ICA 1 e 2 Rudiger Boye /Paraná (1) Manitoba 97 INDUSEM- Indústria e Comércio de Sementes Ltda/Paraná (1) Panda Centro Federal de Educação Tecnológica/Paraná (1) UTF 1010 Não disponível (6) Anahuac, Anahuac 75, BH 1146, EP 9122, MS 911, MS 9129 Fonte: MAPA/SNPC. A Embrapa possui 12 cultivares protegidas e 46 registradas; a OR Melhoramentos possui 7 cultivares protegidas e 9 registradas; a Coodetec possui 7 cultivares protegidas e 11 registradas; a FEPAGRO 1 protegida e 3 registradas; a FECOTRIGO/FUNDACEP 7 protegidas e 11 registradas; a ICA Melhoramentos 2 protegidas e 2 registradas; o Inst. Agronômico do Paraná 2 protegidas e 10 registradas; a Milênia Biotecnologia 1 protegida; Mauro Emilio Biesek 1 registrada; a Fundação Estadual de Pesquisa/Porto Alegre 3 registradas; Rudiger Boye 1 registrada; Indústria e Comércio de Sementes/Paraná 1 registrada; o Centro Federal de Educação Tecnológica/Paraná 1 registrada; e são 6 as cultivares onde o responsável pela manutenção não é conhecido. Em 2002, o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares/MAPA concedeu proteção com base na lei 9.456/97 (Lei de Proteção de Cultivares) às seguintes cultivares/obtentores: BRS 207 (registrada em 2001, da Embrapa 7 ); BRS 209 (registrada em 2001, da Embrapa); CD 107 (Coodetec/Coop.Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico Ltda); Fundacep 40 (Fundacep/Fecotrigo); ICA 1 (registrada em 2000, da ICA Melhoramento Genético 7 A Embrapa Trigo foi a primeira unidade da Embrapa, instalada em 1974, e tem como missão gerar conhecimento e viabilizar tecnologias para a sustentabilidade do agronegócio do trigo e outros cereais de inverno. Em outubro /2002 a Embrapa trigo lançou as cultivares BRS Figueira, BRS Angico e BRS Timbaúva para atender a indústria de fabricação de pães, biscoitos, massas e pizzas. Os genótipos de trigo brasileiros são conhecidos por apresentarem os melhores genes para tolerância à acidez do solo, resistência de planta adulta à ferrugem da folha e outras doenças. Sendo originário de regiões ecologicamente muito distintas, o trigo de panificação exige da pesquisa agronômica um esforço superior ao dos países do hemisfério norte ou da Argentina, cujas condições de clima e solo são semelhantes às dos centros de origem desse cereal (Embrapa Trigo, Documento Online nº 4, dez/2000). 13

14 Ltda); ICA 2 (registrada em 2000, idem); IPR 87 (Instituto Agronômico do Paraná); e JASPE (OR Melhoramento de Sementes Ltda), em um total de oito novas cultivares. Foram registradas em 2002 as seguintes cultivares: BRS 220 (Embrapa); BRS Angico (Embrapa); BRS Figueira (Embrapa); BRS Timbaúva (Embrapa); CD 107 (Coodetec); Fundacep 40 (Fundacep/Fecotrigo); IPR 87 (Instituto Agronômico do Paraná); e Jaspe (OR Melhoramento de Sementes Ltda). O Paraná deverá ofertar as sementes das seguintes novas cultivares para a safra 2003/04 (com participações inferiores ainda à 1% do total ofertado): IPR-87 (0,6%) e CD-107 (0,2%). Estima-se que 63,52% da produção de trigo no Paraná na safra 2003/04 deverá ser produzido com a utilização de 5 cultivares: CD-104 (22,06%); IAPAR-78 (14,31%); IPR-85 (9,71%); Avante (7,93%) e BRS-208 (7,22%) (quadro a seguir). Para o estado do Rio Grande do Sul, 65,08% da produção de trigo na safra 2003/04 deverá ser produzido com as seguintes cultivares: BRS ,21%; CEP 30 13,95%; CEP 27(Missões) 9,06%; Rubi 7,77%; e BR 23 5,57%. O quadro a seguir mostra, para os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul (responsáveis por 91,2% da produção nacional de trigo grão nas últimas 10 safras), um comparativo da produção das 5 principais cultivares (proxy para as 5 cultivares mais utilizadas no plantio da safra seguinte) nas safras 1993/94 e 2002/03: Número de cultivares de trigo utilizadas Safras 1993/94 e 2002/03 Em % Paraná Rio Grande do Sul Cultivar 1993/ /03 Cultivar 1993/ /03 BR 23 29,15 0,09 BR 23 42,90 5,57 BR 35 11,26 0 BR 35 14,41 0 BR 18 (Terena) 9,15 2,09 BR 43 12,96 0 IAPAR 17 Caeté 8,83 0,11 CEP-24 Industrial 7,15 3,52 IAPAR 29 CACATU 8,14 0 BR 37 5,10 0 IAPAR ,31 RUBI 0 7,77 CD ,06 CEP-27 Missões 0,08 9,06 BRS ,22 BRS ,21 Avante 0 7,93 CEP ,95 IPR ,71 5 mais utilizadas 66,53 63,52 5 mais utilizadas 82,60 65,08 Fonte: SAA/RS, SEAB/PR. Com exceção da cultivar BR 23 no Rio Grande do Sul, nenhuma das cultivares que estavam entre as 5 cultivares mais produzidas/utilizadas na safra 1993/94, nos dois Estados, estão entre as cultivares mais produzidas/utilizadas na safra 2002/03. Com exceção da BR 35, BR 43, BR 37 e a IAPAR 29 que não foram produzidas na safra 2002/03 nos dois estados, as demais continuaram em produção mesmo sendo menor a sua participação no cultivo do trigo grão. Outro aspecto apresentado no quadro, é o aumento de cultivares utilizadas no plantio do trigo grão entre os dois períodos: na safra 1993/94 as 5 cultivares mais utilizadas respondiam por 66,53% e 82,6% do total, nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente. Na safra 2002/03, as 5 cultivares 14

15 mais produzidas respondem por 63,52% e 65,08% do total produzido no Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente. Constata-se que o Rio Grande do Sul experimentou um movimento maior de desconcentração das cultivares utilizadas (de 82,6% para 65,08%) do que o Paraná onde a desconcentração (percentual representado pelas 5 cultivares mais utilizadas) passou de 66,53% para 63,52%. 8 As cultivares atualmente disponíveis são, de maneira crescente, indicadas para estados/ municípios específicos, de acordo com características de clima e solo, destinação da produção, etc havendo períodos determinados para a sua semeadura. A inclusão no PROAGRO irá depender da obediência às indicações de cultivo conforme estabelecidas no Zoneamento Agrícola, que incluem as cultivares recomendadas/adaptadas para determinada região, as quais são divulgadas anualmente antes do plantio pela Secretaria Executiva do MAPA/PROAGRO Produção O quadro e o gráfico a seguir apresentam a evolução da produção nacional de sementes de trigo e de outros grãos, entre 1996/97 e 2001/02. Se for considerado o total de produção de sementes dos seis principais grãos (algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo) as sementes de trigo são a segunda semente mais produzida, na média das últimas seis safras no país, com 15,1% do total, após as sementes de soja que participaram com 63,1% do total médio produzido no período. A produção de sementes de trigo aumentou 35,77% entre 1996/97 e 2001/02 (arroz diminuiu 20,94%, feijão diminuiu 56,16%, enquanto algodão aumentou 49,84%, milho aumentou 82,6% e soja aumentou 42,76%) O quadro a seguir mostra a evolução do número de cultivares produzidas, por safra, no período 1990/91 a 2001/02. Este número após uma queda entre 1993/94 e 1999/00, tem aumentado nas duas últimas safras, atingindo valores similares aos do início da década. Número de cultivares produzidas 1990/ / / / / / / / / / / /02 Nº de cultivares produzidas na safra Fonte: BIS/Embrapa/Mapa/Abrasem e MAPA/Proagro (safra 2001/02). 9 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (MAPA/PROAGRO)/Secretaria Executiva, diversas portarias. 10 Dada a crescente entrada de novas cultivares no mercado, com diferentes características e produtividades, esses valores das taxas de crescimento tomadas sem considerar-se a especificidade das cultivares produzidas, devem ser melhor analisados para se avaliar se houve perda de potencial produtivo com a queda das quantidades produzidas. 15

16 Brasil: Produção de sementes das principais lavouras 1996/97 a 2001/02 Espécie Produção (t) Partic. no Tx de cres. (%) 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 ¹ Média total (%) 01/02 s 96/97 Algodão 6.616, , , , , , ,1 0,8% 49,84% Arroz , , , , , , ,0 7,5% -20,94% Feijão , , , , , , ,7 1,1% -56,16% Milho , , , , , , ,9 12,3% 82,60% Soja , , , , , , ,0 63,1% 42,76% Trigo , , , , , , ,1 15,1% 35,77% TOTAL , , , , , , ,7 100,0% 38,79% Fonte: Abrasem, Conab e MAPA/Proagro. ¹ Os dados para a produção de sementes na safra 2001/02 são do MAPA/Proagro. Produção brasileira de sementes de trigo e outros grãos 1996/97 a 2001/02 Em t , , , ,0 Em t ,0 Algodão Feijão Soja Arroz Milho Trigo , ,0 0,0 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 ¹ Fonte:ABRASEM e ¹ MAPA/PROAGRO/Portaria nº 8, de 13/02/2002. O quadro a seguir mostra que a disponibilidade de sementes por hectare cultivado nos dois períodos (1996/97 e 2001/02) aumentou para o trigo; para o algodão (mesmo que ainda insuficiente), para o milho e para a soja. A disponibilidade de sementes de arroz e feijão diminuiu entre os dois períodos. Disponibilidade interna de sementes de trigo: área cultivada e produção de sementes 1996/97 e 2001/02 Espécie Área (mil há) Produção (t) Disponibilidade kg/há Quant utilizada Disp.1996/97 s/ Disp.2001/02 s/ 1996/ / / / / /02 kg/há (média) Quant.utiliz.média Quant.utiliz.média Algodão 657,5 750, , ,4 10, , ,9% 82,6% Arroz 3.494, , , ,0 34, , ,4% 23,1% Feijão 4.919, , , ,0 3, , ,0% 3,6% Milho , , , ,5 9, , ,6% 101,6% Soja , , , ,9 75, , ,6% 130,4% Trigo 1.500, , , ,3 157, , ,8% 143,9% TOTAL , , , ,1 38, , ,2% 75,9% Fonte: Conab e Abrasem O quadro a seguir mostra a evolução da produção de sementes de trigo entre 1996/97 e 2002/03 (estimativa). Depois de um aumento de 35,7% na produção de sementes entre 1996/97 e 2001/02, prevê-se, para a safra 2002/03 (para plantio da safra de trigo 2003/04), uma queda de 20,4% na produção de sementes em relação à safra anterior. 16

17 Brasil: Produção de sementes de trigo Safras 1996/97 a 2002/03 Espécie Produção (t) 1996/ / / / / /02 ¹ 2002/03² Trigo , , , , , , ,0 Fonte: Abrasem. ¹ Os dados para a produção de sementes na safra 2001/02 são do MAPA/Proagro. ² Estimativa da Abrasem. Tal fato deve-se à queda na produção dos campos de sementes devido à geada no Paraná e Rio Grande do Sul em setembro/outubro e excesso de chuva por ocasião da colheita no Rio Grande do Sul. Adicionalmente, devido ao aumento da farinha para panificação 11 em torno de 61% entre janeiro e dezembro/2002, o produtor de semente integrado passou a direcionar a sua produção para os moinhos de farinha, colocando em risco a disponibilidade de sementes para plantio da safra 2003/04. O Voto CMN nº 137/2002 procura impedir esse comportamento do produtor de semente de trigo, por meio da concessão de uma bonificação a ser agregada ao preço mínimo vigente da semente, nas operações de EGF/SOV que forem contratadas até 30/04/2003. Dessa forma o preço mínimo da semente de trigo fiscalizada/certificada passa a ser de R$ 650,00/t. 12 Com a bonificação, espera-se que as empresas de sementes disponham de capital de giro para remunerar o produtor integrado a preços de mercado. 4.3 Comércio exterior O quadro a seguir apresenta o comércio exterior de sementes de trigo e de trigo duro entre 1997 e 2002 (até novembro): 11 O preço futuro do trigo duro em Kansas (paridade de importação) aumentou 45,5% entre janeiro e dezembro/2002 (tipo de trigo importado pelo país); o Soft Red Winter (Chicago) aumentou de US$ 108,90/t em janeiro/2002 para US$ 144,69/t em dezembro/2002 (ou + 32,8%), enquanto o câmbio desvalorizou-se em 52,47% (impacto potencial de 102,48% no preço interno). O preço do trigo grão disponível Argentina passou de R$ 366,25/t (janeiro/2002) para R$ 817,83/t (dezembro/2002), ou + 123,29%. Em 20/janeiro/2003, o preço do trigo grão no atacado Paraná estava em torno de R$ 484,16/t e no Rio Grande do Sul em torno de R$ 566,66/t (trigo nacional). 12 O preço mínimo fixado pelo Voto CMN nº 16/2002 era de R$ 459,10/t (semente fiscalizada) e R$ 496,50/t (semente certificada). 17

18 Comércio exterior de semente de trigo, exceto trigo duro (NCM ) Quantidade (Q) em kg, valor (V) em US$ Fob Países V/Q 1997 % 1998 % 1999 % 2000 % 2001 % 2002 (nov) % Total % total total total total total total no período total Exportações totais V ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% Q ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% Bolívia V ,10% 173 0,10% 75 0,04% 31 0,03% 740 Q ,00% 350 0,00% 160 0,02% 60 0,01% Paraguai V ,00% ,80% ,70% ,96% ,28% ,10% ,60% Q ,00% ,90% ,20% ,98% ,31% ,20% ,60% Uruguai V ,10% ,10% ,69% ,85% Q ,10% ,70% ,68% ,95% Estados Unidos V ,03% Q ,01% Argentina V ,90% ,50% Q ,80% ,40% Importações totais V ,00% ,00% Q ,00% ,00% Argentina V ,61% ,61% Q ,13% ,13% Paraguai V ,39% ,39% Q ,87% ,87% Fonte: MDIC/Alice. Comércio exterior de semente de trigo duro (NCM ) Q em kg, valor em US$ Fob Países V/Q 1997 % 1998 % 1999 % 2000 % 2001 % 2002(nov) % Total tot exp tot exp tot exp tot exp tot exp tot exp 1997a 02(nov) Exportações totais V ,00% ,00% Q ,00% ,00% Bolívia V ,00% Q ,00% Paraguai V ,00% Q ,00% Importações totais V Q Fonte: MDIC. Entre 1997 e 2002 (até novembro), o país exportou um total de US$ 1.340,2 mil (5.528,9 mil toneladas) em sementes de trigo (exceto trigo duro), NCM , sendo que 96% do total foram destinadas ao Paraguai, com quantidades residuais destinadas à Bolívia e Uruguai ao longo do período. Em 1999 houve uma pequena exportação para os Estados Unidos e em 2002 uma pequena exportação para a Argentina. Adicionalmente, em 2002, houve exportações de semente de trigo duro, NCM , no valor de US$ (10.000t) para o Paraguai. No que se refere às importações, elas somente ocorrem em abril/2002, no valor de US$ 1.087,7 mil (9.704,0 t) originadas da Argentina (98,6 % do total) e quantidades residuais provenientes do Paraguai. 13 Essas importações foram equivalentes a 3,03% da produção interna na safra 2002/03 de sementes de trigo de ,3 t (segundo informações do PROAGRO/MAPA). 4.4 Quadro de oferta e demanda de semente de trigo O quadro a seguir apresenta o quadro de oferta e demanda de sementes de trigo para a safra de trigo grão 2003/04: 13 Desde 1997 não existe comércio exterior de semente de trigo mourisco (NCM ) sendo que as últimas importações desse tipo de semente ocorreram em

19 Sementes de trigo: Quadro de oferta e demanda para a safra 2003/04 de trigo grão Estado Safra 2002/03 Tx.Utilização Quant.média Área 2003/04 Demanda Demanda Produção/ Produção/ Em t (%) de sementes (1000 ha) ¹ potencial (t) efetiva (t) demanda potencial demanda efetiva kg/há Em % Em % Paraná ,8 0, , , ,5 77,6% 86,2% São Paulo 4.050,0 0, , , ,0 74,2% 78,1% Rio Grande do Sul ,0 0, , , ,3 75,3% 79,3% Santa Catarina ,0 0, , , ,5 112,6% 118,5% Goiás 4.322,0 0, , , ,5 147,8% 164,2% Minas Gerais 757,1 0, , , ,0 49,5% 55,0% Mato Grosso do Sul ,0 0, , , ,0 71,6% 89,5% Distrito Federal 17,1 0, ,5 62,5 56,3 27,4% 30,4% Brasil ,0 0,89 138, , , ,0 78,0% 85,4% Fonte: DFAs/MAPA, ABRASEM e Conab (área plantada). ¹ Considerou-se que a safra de trigo grão 2003/04 deverá repetir a área plantada conforme ocorreu na safra 2002/03. Com base nas informações disponíveis em janeiro/2003, e conforme já comentado na seção 4.2 acima, com exceção dos estados de Santa Catarina e Goiás, onde a produção local de sementes atende mais do que suficientemente à demanda do próprio estado, as dos demais estados apresentam, para a safra de trigo grão de 2003/04, um quadro de escassez importante de sementes. No Paraná a produção estadual atende a 77,6% da demanda potencial e 86,2% da demanda efetiva; em São Paulo, atende a 74,2% da demanda potencial e a 78,1% da demanda efetiva; no Rio Grande do Sul, atende a 75,3% da demanda potencial e a 79,3% da demanda efetiva; em Minas Gerais atende a 49,5% da demanda potencial e a 55,0% da demanda efetiva; no Distrito Federal deverá atender a 27,4% da demanda potencial e a 30,4% da demanda efetiva; e no Mato Grosso do Sul, atende a 71,6% da demanda potencial e a 89,5% da demanda efetiva estimada. A oferta mais do que suficiente em Santa Catarina e Goiás, não o é, no entanto, em quantidade necessária para atender à demanda efetiva de sementes de trigo nos demais estados, o que se reflete na escassez de sementes de trigo em nível Brasil como um todo. 14 A se confirmarem os pressupostos que orientaram a elaboração do quadro de oferta e demanda acima, prevê-se uma oferta insuficiente de sementes de trigo em nível nacional para o plantio do trigo grão 2003/04, a qual deverá atender a 77,1% da demanda potencial e a 84,4% da demanda efetiva. 5 Preços 5.1 Preços praticados nos estados produtores O quadro e os gráficos a seguir mostram o comportamento dos preços nominais e reais das sementes de trigo, para os diferentes estados produtores, entre novembro/1997 e novembro/2002: 14 Devido à crescente diferenciação das sementes, que são destinadas a específicos climas e solos, a produção de sementes em uma região para plantio em outra torna-se mais difícil (ver MAPA/PROAGRO, Zoneamento Agrícola). 19

20 Sementes de trigo: taxa de crescimento dos preços nominais e reais (IGP-DI de novembro/02), da taxa de câmbio, do IGP-DI e do IPP - Novembro/1997 a novembro/2002 Em R$/kg e % Semente de trigo Item GO MG MS PR RS SC SP Média Tx de câmbio IGP-DI IPP Preços nominais (média em R$/kg) 0,64 0,53 0,52 0,44 0,30 0,51 0,40 0,48 Nov/97 a nov/02 Tx de crescimento (%) 79,2% 61,8% 91,5% 146,2% 110,0% 194,2% 287,1% 138,6% 223,0% 83,3% 89,0% Preços reais (média em R$/kg) 0,88 0,72 0,72 0,60 0,41 0,69 0,53 0,65 Tx de crescimento (%) -2,2% -11,8% 4,4% 34,3% 14,5% 60,4% 111,1% 30,1% Preços nominais (média em R$/kg) 0,78 0,63 0,62 0,58 0,37 0,72 0,56 0,61 Nov/01 a nov/02 Tx de crescimento (%) 35,1% 30,0% 76,5% 74,4% 70,6% 76,5% 207,7% 81,5% 40,6% 23,5% 28,1% Preços reais (média em R$/kg) 0,85 0,69 0,67 0,63 0,41 0,78 0,61 0,66 Tx de crescimento (%) 9,5% 5,4% 43,1% 41,4% 38,4% 43,1% 149,5% 47,2% Novembro/2002 Preços nominais observados 0,93 0,73 0,90 0,84 0,55 1,06 1,20 0,89 Fonte: FGV e Conab. Nota: Os percentuais foram calculados sobre os números originais com seis decimais. Semente de trigo: Preços nominais e reais (IGP-DI novembro/02) em novembro/97, novembro/01 e novembro/02 Mês GO MG MS PR RS SC SP nov/97 0,52 0,45 0,47 0,34 0,26 0,36 0,31 NOMINAIS nov/01 0,69 0,56 0,51 0,48 0,32 0,60 0,39 PREÇOS nov/02 0,93 0,73 0,90 0,84 0,55 1,06 1,20 (Em R$/kg) nov/97 0,90 0,78 0,81 0,59 0,45 0,62 0,54 REAIS nov/01 0,80 0,65 0,59 0,56 0,37 0,70 0,45 nov/02 0,88 0,69 0,85 0,79 0,52 1,00 1,13 Fonte: FGV e Conab. 1,4 Sementes de trigo: Preços nominais nos estados produtores Novembro/1997 a novembro/2002 Em R$/kg 1,2 1 Goiás Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul São Paulo Minas Gerais Paraná Santa Catarina Em R$/kg 0,8 0,6 0,4 0,2 0 01/11/97 01/01/98 01/03/98 01/05/98 01/07/98 01/09/98 01/11/98 Fonte: FGV/Conab. 01/01/99 01/03/99 01/05/99 01/07/99 01/09/99 01/11/99 01/01/00 01/03/00 01/05/00 01/07/00 01/09/00 01/11/00 01/01/01 01/03/01 01/05/01 01/07/01 01/09/01 01/11/01 01/01/02 01/03/02 01/05/02 01/07/02 01/09/02 01/11/02 20

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