A RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA COMO REFERÊNCIA NA INSTITUIÇÃO E ZONEAMENTO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO VACACAÍ MIRIM/RS

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1 235 A RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA COMO REFERÊNCIA NA INSTITUIÇÃO E ZONEAMENTO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO VACACAÍ MIRIM/RS Dalvana Brasil do Nascimento¹ Eliane Maria Foleto² Introdução A instituição de áreas protegidas é uma das estratégias adotadas a nível mundial visando proteger, preservar, conservar e restaurar ambientes que ainda apresentam significativa importância na manutenção da vida e no resguardo das paisagens³. No Brasil, temos o Plano Nacional de Áreas Protegidas PNAP (Decreto nº 5.758/2006), possuindo entre seus objetivos e estratégias a imprescindível consolidação de um sistema abrangente de áreas protegidas no país até o ano de 2015, salientando a criação dessas áreas no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC (Lei nº 9.985/2000). Dentre as categorias de Unidades de Conservação (UCs) que tal sistema estabelece a Área de Proteção Ambiental (APA) faz parte do grupo de UCs de Desenvolvimento Sustentável, objetivando proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (BRASIL, 2000). Além das categorias de UCs, o SNUC versa sobre as Reservas da Biosfera reconhecidas pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), como modelos de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais. Nesse contexto, destaca se a realidade local quanto à temática, pois em meados do ano de 2005, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) apresentou através de seus representantes do Escritório Regional de Santa Maria um projeto visando à criação da APA do Vacacaí Mirim, na bacia hidrográfica do Rio Vacacaí Mirim à montante da Barragem do DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento), nos municípios de Santa Maria e Itaara. Esta proposta é retomada em 2009, por conseguinte, as discussões no meio político, social e acadêmico também, parecendo que desta vez a APA será instituída e passará a ¹ Mestranda em Geografia PPGGEO/UFSM: dbngeo@hotmail.com ² Orientadora, Profª. do Departamento de Geociências/UFSM: efoleto@smail.ufsm.br ³ Tomando como referência Bertrand (1972, p. 02) entende se por paisagem não apenas a adição de elementos geográficos em uma determinada porção do espaço, mas o resultado da combinação dinâmica e instável de elementos físicos, biológicos e antrópicos. Portanto, não se trata de uma paisagem natural e sim de uma paisagem total, integrando todas as implicações da ação humana.

2 236 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... existir no espaço e não apenas nos discursos e projetos. A partir de pesquisas em referenciais sobre os temas apresentados, o presente trabalho visa utilizar o argumento da existência da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como referência na instituição e zoneamento da possível APA. O contexto do objeto de estudo As propostas existentes para a abrangência da APA do Vacacaí Mirim compreendem parte dos territórios municipais de Santa Maria e Itaara, estes, pertencentes à mesorregião geográfica Centro Ocidental Rio Grandense (IBGE, 2009). Inicialmente propunha se como APA a bacia hidrográfica do Rio Vacacaí Mirim à montante da barragem do DNOS, responsável por 40% da água que é tratada para o consumo de Santa Maria (RODRIGUES, 2006, p. 23). Esta primeira projeção lançada em 2005 pelo IBAMA, que em 2009 participou da retomada das discussões referentes à efetiva criação desta UC, sugerindo a ampliação de sua área levando em consideração a importância de seus remanescentes florestais. Diante disto, Nascimento (2010) traz uma sugestão de ampliação da área a ser protegida, baseada em critérios que privilegiam os atributos naturais existentes, como a vegetação, o relevo e os recursos hídricos. Esta proposição está em redefinição, apontando para outra provável ampliação da APA. Na figura 1, a localização do objeto de estudo. Situado na zona de transição entre o Planalto das Araucárias e a Depressão Central Gaúcha (IBGE, 2006), encontra se no contato entre essas unidades de relevo, no Rebordo do Planalto, caracterizado por derrames basálticos fissurais, por possuir solos rasos em declividades acentuadas, apresentando escarpas e morros testemunhos, como por ser originalmente coberto por florestas subtropicais de grande porte (NASCIMENTO, 2009, p. 103). A cobertura vegetal está inserida nos biomas Mata Atlântica e Pampa (ou Campos Sulinos). O primeiro com formações florestais subtropicais na encosta sul do planalto, ocorrendo em áreas de acentuada declividade (Rebordo do Planalto), com grande concentração de umidade no ar, onde ocorrem nevoeiros frequentes e menor insolação devido à posição voltada para o sul. O segundo predominante na depressão, com formações herbáceas rentes ao solo e arbustos. Estes campos são herança de um clima mais seco e hoje estariam sujeitos ao avanço da selva e do pinhal, não fosse a intervenção humana (RAMBO, 1956 apud COSTA; MOREIRA, 1995, p. 51).

3 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 237 Figura 1 Localização da APA do Vacacaí Mirim. Proposta com 6.415,50 ha de área Fonte: NASCIMENTO, 2010 (modificado). Sobre a devastação das matas, Costa e Moreira (1995) apontam que nas primeiras décadas do século XIX Santa Maria chegou a exportar madeira para Montevidéu, no Uruguai. Neste início do século XXI nota se a regeneração desta mata no Rebordo do Planalto, sendo tão significativa que é tombada como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela UNESCO. A figura 2 demonstra parte da érea sugerida para integrar a APA do Vacacaí Mirim.

4 238 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... Figura 2 Vista da Barragem do DNOS, em Santa Maria, a partir do Monumento ao Ferroviário. Tal monumento encontra se em um morro testemunho 4 também pertencente à área proposta para a APA. Fonte: Trabalho de campo, em agosto de Devido às características ambientais existentes, os planos diretores de Santa Maria e o de Itaara apresentam artigos e políticas municipais dedicadas à proteção ambiental, principalmente pela presença da Mata Atlântica. Citando o caso de Santa Maria, existe uma política urbana municipal que objetiva o manejo sustentável da área de influência da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, promovendo a cidade com o Portal Sul da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (SANTA MARIA, 2005). Além das questões referentes à APA, em 2009 também se tratou sobre Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), outra categoria presente no SNUC. Em Santa Maria foi aprovado um projeto de lei motivado pela manifestação da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em criar uma RPPN numa propriedade ao sul da Barragem do DNOS, próxima ao território sugerido para a APA do Vacacaí Mirim. Em Itaara também existe a discussão sobre RPPNs, que foi lançada pelo desejo de uma organização não governamental em instituir a RPPN da Fundação MO Ã em sua propriedade neste município. A Fundação MO Ã Estudos e Pesquisas para a Proteção e o Desenvolvimento Ambiental recebeu auxílio financeiro do Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica, coordenado pelas ONGs Fundação SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional e The Nature Conservancy, sendo o seu projeto o único aprovado no Rio Grande do Sul, em dezembro de 2009 (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2010). A área a ser criada faz parte da zona núcleo 5 da Reserva da Biosfera, somando ao anseio da fundação à verdadeira necessidade de conservação do local. 4 Conforme Costa e Moreira (1995, p. 31), morros testemunhos são produtos da erosão e indicam que a linha de escarpa estendia se bem mais para o sul. 5 As zonas da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica serão tratadas com maior detalhamento nesse trabalho em um item posterior.

5 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 239 Conceituando... áreas protegidas O termo áreas protegidas é utilizado muitas vezes de modo ambíguo, seja em discussões primárias na academia, em eventos sobre o meio ambiente para público diverso e até mesmo em publicações científicas. Isto acaba dificultando o diálogo no meio político, por exemplo, como o entendimento dos interessados sobre a temática. Essa persistente confusão existe no âmbito mundial a tempo, pois cada país criava diversos tipos de áreas protegidas e não havia padronização de definições e conceitos, então foi necessário organizar e homogeneizar as diversas tipologias existentes. Em 1948, na França, 130 delegados de 18 países criaram a União Internacional para a Proteção da Natureza UIPN, atual IUCN, que tem como atribuição fundamental orientar a criação de tais áreas em todo o mundo e assistir os países em desenvolvimento no planejamento e administração dessas áreas (UNESCO, 2003, p. 34). Desde então, estas orientações têm sido seguidas na formulação das políticas para o meio ambiente, inclusive no Brasil. Medeiros (2006) contribui para nosso esclarecimento quando escreve que as áreas protegidas não devem ser equivocadamente reduzidas à terminologia Unidade de Conservação. O referido autor não menospreza as Unidades de Conservação e sim demonstra que a terminologia áreas protegidas é abrangente, abarcando outras categorias e tipologias, como as Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal, previstas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei n 4.771/1965), as Terras Indígenas, tipologia presente no Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973), e as próprias Unidades de Conservação, estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC Lei nº 9.985/2000). Nesse trabalho adota se a conceituação de área protegida da União Mundial para a Natureza (The World Conservation Union IUCN): Uma superfície de terra ou mar especialmente consagrada à proteção e preservação da diversidade biológica, assim como dos recursos naturais e culturais associados, e gerenciada através de meios legais ou outros meios eficazes (SCHERL, 2006, p. 7). O conceito é atual e contempla não apenas os recursos naturais, a beleza cênica das paisagens e a diversidade biológica, mas também os recursos culturais associados ao ser humano. A partir dessa exposição abarcamos as Reservas da Biosfera e a Área de Proteção Ambiental como áreas protegidas.

6 240 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... As reservas da biosfera e a mata atlântica Da Conferência sobre a Biosfera, que ocorreu em Paris França no ano de 1968 patrocinada pela UNESCO, resultou o programa O Homem e a Biosfera (MaB), lançado em 1971 como um programa mundial de cooperação científica internacional sobre as interações do humano e seu meio. A partir de 1976 foram criadas as Reservas da Biosfera, desempenhando um importante papel na conservação de ecossistemas e buscando estancar o ritmo cada vez mais rápido da extinção de espécies. Também, almejando solucionar problemas cotidianos das populações residentes e circunvizinhas de áreas protegidas, assim, sem desprezar a presença humana (CORRÊA, 1996, p. 30). As reservas possuem três funções básicas: a conservação da biodiversidade do ecossistema; a promoção do desenvolvimento sustentado em suas áreas de abrangência; a pesquisa científica, educação e monitoramento permanente. Em 1993 o MaB efetua o tombamento completo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no Brasil. Atualmente, o território brasileiro possui Reservas da Biosfera nos ecossistemas da Mata Atlântica, do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia, totalizando km² de área ou 15 % do território nacional (CONSELHO NACIONAL RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, 2004). O domínio da Mata Atlântica sofreu grande interferência do processo de ocupação do território brasileiro. Darcy Ribeiro (1995 apud MELO; FURTADO, 2006, p. 18) afirma que o Brasil já nasceu como uma civilização urbana, cabendo complementar: Como a ocupação urbana no Brasil se deu inicialmente no mesmo território de domínio da Mata Atlântica, esse processo desencadeou paulatinas formas de destruição desse bioma em proporções mais velozes e graves na medida em que as técnicas e a tecnologia assim o proporcionaram (MELO; FURTADO, 2006, p. 18). A industrialização fez a urbanização acentuar se em nosso país na segunda metade do século XX, na atualidade, a maior concentração urbana encontra se na faixa litorânea, onde se encontra (ou encontrava se) o domínio da Mata Atlântica. Em 2000 foi publicado um estudo intitulado Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos, pelo Ministério do Meio Ambiente, versando sobre a necessidade de um fortalecimento do controle ambiental e do estímulo à adoção de práticas sustentáveis pela sociedade, como da criação e consolidação de uma rede de áreas protegidas. Segundo este, o Brasil é detentor de 15 a 20% do número total das espécies do planeta Terra. A figura 3 demonstra as áreas prioritárias para a conservação com destaque

7 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 241 para o estado do Rio Grande do Sul. Os Campos Sulinos também ganham destaque nessa discussão porque assim como a Mata Atlântica, possui altos índices de endemismo. Observando a região central do estado nesta figura, entende se o porquê do tombamento como Reserva da Biosfera, pois são muitas as áreas com extrema, muito alta e alta importância na prioridade para a conservação. A área da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica sofreu alterações desde o seu tombamento, isto devido ao caráter dinâmico das reservas, sempre revisadas, adquirindo novas delimitações. No caso desta, as revisões foram feitas em seis fases, realizadas entre 1992 e A figura 4 mostra a abrangência da reserva em sua fase V (2002), como a ampliação gerada na fase VI (2008), a delimitação mais atual da mesma. Figura 3- Áreas prioritárias para a conservação na Mata Atlântica e Campos Sulinos. Observar a região central do Rio Grande do Sul. Fonte: NASCIMENTO, 2010.

8 242 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... Figura 4- Ampliação e abrangência da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no RS. Fonte: Montagem realizada a partir do material publicado sobre a Fase VI da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, 2008, p. 122). As alterações realizadas justificam se por alguns critérios, como os listados a seguir, segundo consta na publicação sobre a Fase VI da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, 2008, p. 123): Refinamento da delimitação a partir da elaboração de cartografia digitalizada e do mapeamento de áreas definidas como prioritárias para a conservação pelo estado e pelo Ministério do Meio Ambiente; Criação de novas UCs de Proteção Integral, terrestres e costeiras marinhas, consideradas como zonas núcleo, com suas respectivas zonas de amortecimento e transição; Criação de novas zonas núcleo em áreas de preservação permanente e de alta restrição de uso como topos de morros, matas ciliares, estuários e remanescentes florestais em estágio avançado de recuperação; Ampliação significativa de zonas de amortecimento em terras indígenas, em áreas delimitadas e priorizadas para formação de corredores de matas ciliares e costeirosmarinhos, em campos de altitude e em áreas definidas como de extrema prioridade para conservação pelo estado e Ministério do Meio Ambiente;

9 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 243 Ampliação significativa de área na região costeira e marinha incluindo zonas núcleo, de amortecimento e de transição em áreas consideradas de alta e extrema prioridade para conservação; Inclusão de remanescentes, como zonas de amortecimento e transição, visando à conectividade e a formação de corredores ecológicos entre UCs e na divisa do estado de Santa Catarina; Ampliação de zona de amortecimento e transição em área de interação dos biomas Mata Atlântica e Pampa. Perante todas as informações apresentadas certifica se a expressiva importância da criação de áreas protegidas, como UCs, para garantir a conservação da riqueza dos atributos bióticos e abióticos presentes na região. A Reserva da Biosfera identifica áreas importantes e estimula o cuidado com o meio ambiente, sendo que as UCs podem consolidá lo. Área de Proteção Ambiental APA A categoria APA foi criada através da Lei nº 6.902, em 1981, para assegurar o bemestar das populações humanas e conservar ou melhorar as condições ecológicas locais. Restrições à implantação de loteamentos eram um grande empecilho para a aprovação desta lei, porém, houve uma alteração em sua redação que tirou a referência explícita a essa proibição, impedindo qualquer movimentação de terra que pudesse causar erosão, assoreamento e alteração das condições ecológicas existentes no local. Dessa forma ocorreu a aprovação da lei e na ocasião os grupos favoráveis à criação de APAs entenderam que elas propiciariam a conservação da natureza e a melhoria da qualidade de vida. Tais fatores valorizariam a terra (IBAMA, 2001, p. 17). O Art. 15 do SNUC, atual legislação que versa sobre APA, define: A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (BRASIL, 2000). A APA é uma UC de Uso Sustentável, que busca compatibilizar a conservação da natureza com o uso direto e sustentável de parcela de seus recursos naturais. No Art. 2º do

10 244 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... SNUC o uso direto é aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não dos recursos naturais; já que o uso sustentável permite exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável (BRASIL, 2000). É válido destacar a existência de APAs municipais no Rio Grande do Sul, pois em 1992 o governo do estado criou o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), que é implementado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) por meio do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (DEFAP), sendo que a Divisão de Unidades de Conservação (DUC) administra estas unidades (SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, 2009). Em janeiro de 2009 a DUC organizou e divulgou o cadastro das UCs municipais integrantes do SEUC, elaborado com a cooperação dos demais órgãos públicos federais, estaduais e municipais, bem como com a coletividade (RIO GRANDE DO SUL, 1998). Neste cadastro encontram se seis APAs que possuem como órgão responsável as prefeituras municipais, são elas: APA Osório, em Osório, criada em 1994, possui 6.896,75 ha; APA de Caraá, em Caraá, criada em 1998, possui 8.932,00 ha; APA Riozinho, em Riozinho, criada em 1998, possui ,00 ha; APA Lagoa Itapeva, em Torres, criada em 1999, 436,99 ha; APA dos Arroios Doze e Dezenove, em Carlos Barbosa, criada em 2000, possui 2.500,00 ha; APA Guajuviras, em Canoas, criada em 2005, possui 558,46 ha. Uma grande vantagem da categoria APA é aliar o desenvolvimento à conservação, para tanto, trabalha se sim com o conceito de recurso, admitindo o elemento natural como fonte de matéria para o homem (SANTOS, 2004, p. 28). Esta vantagem também se configura como um grande desafio, já que a proteção ambiental deve estar à frente dos interesses econômicos. A reserva da biosfera da mata atlântica como referência ao zoneamento da APA do Vacacaí Mirim Como percebemos no decorrer desse trabalho, a área tombada como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica mostra se como justificativa à criação de uma APA em Santa Maria e Itaara. Tanto na fase de planejamento anterior a sua instituição, quanto após estabelecimento da mesma, necessita se pensar no Plano de Manejo, documento técnico fundamentado nos objetivos da UC, que estabelece normas de uso da área, assim como o seu zoneamento (BRASIL, 2000). Enfocamos aqui o zoneamento, que conforme Santos e Silva (2004) é:

11 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto a identificação e a delimitação de unidades ambientais em um determinado espaço físico, segundo suas vocações e fragilidades, acertos e conflitos, determinadas a partir dos elementos que compõem o meio planejado. Seu resultado é a apresentação de um conjunto de unidades, cada qual sujeita a normas específicas para o desenvolvimento de atividades e para a conservação do meio (SANTOS; SILVA, 2004, p ). Especificamente sobre a APA do Vacacaí Mirim, lançamos como proposta ao seu zoneamento ambiental 6 tomar as zonas da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como referencial. Isto, devido à própria existência da reserva, fornecendo como base os critérios de delimitação de suas zonas ao planejamento das unidades ambientais que poderão compor o território interno à APA. Referente às citadas zonas, todas as Reservas da Biosfera tombadas pela UNESCO devem possuir três, denominadas zona núcleo, zona de amortecimento e zona de transição. Estas são especificadas na sequência, onde se destaca apenas os critérios de demarcação que podem ser utilizados no zoneamento do objeto de estudo, em consonância ao estabelecido na publicação do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 2008: Zona Núcleo (ZN) tem por objetivo a conservação da biodiversidade e dos demais recursos naturais. As zonas núcleo são áreas legalmente protegidas e claramente delimitadas no território, como: Áreas de Preservação Permanente efetivamente conservadas e com limites oficialmente reconhecidos, por zoneamento, projeto, ou normativa de conservação; Áreas de nascentes ou mananciais quando efetivamente conservadas, devidamente protegidos pela legislação (Código Florestal, Lei da Mata Atlântica, Lei de Mananciais ou Zoneamento Municipal) e claramente identificados através de memoriais descritivos. Zona de Amortecimento (ZA) o objetivo é minimizar os impactos ambientais negativos sobre as zonas núcleo e promover a qualidade de vida das populações que nelas habitam, especialmente as comunidades tradicionais. As zonas de amortecimento são estabelecidas no entorno das zonas núcleo ou entre elas, promovendo sua conectividade. Toda zona núcleo deve ser envolta por uma zona de amortecimento. No entanto, nem toda zona de amortecimento deve obrigatoriamente ter uma zona núcleo em seu centro, desde que contorne ou conecte outras zonas núcleo. As zonas de amortecimento são constituídas, entre outros, por: áreas naturais tombadas (quando não incluídas como zonas núcleo); áreas de mananciais oficiais que não se enquadrarem como zona núcleo; áreas prioritárias para conservação da Mata Atlântica que sejam oficialmente consideradas de prioridade "muito alta" ou "extremamente 6 Santos (2004) explica que o zoneamento ambiental foi estabelecido pela Lei nº 6.938/1981, prevendo a preservação, reabilitação e recuperação da qualidade ambiental, visando o desenvolvimento socioeconômico condicionado à manutenção dos recursos naturais, como a melhoria das condições de vida do ser humano.

12 246 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... alta" e que não se enquadrem nos critérios de zona núcleo; na sua delimitação deve se procurar a coincidência com outros zoneamentos já existentes (Planos Diretores dos Municípios, etc.) e preferencialmente seguindo referências permanentes e de fácil identificação (rios, divisores de água, estradas, linhas de transmissão de energia elétrica, dutos, etc.). Zona de Transição (ZT): as zonas de transição envolvem todas as zonas de amortecimento e, consequentemente, todas as zonas núcleo. São elas que definem o limite externo da Reserva da Biosfera e suas dimensões. Embora na definição do zoneamento da UNESCO as ZTs não têm necessariamente limites fixos, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica estabeleceu que, elas também devem ser delimitadas com precisão. As ZTs destinam se prioritariamente ao monitoramento, à educação ambiental e à integração da reserva com seu entorno, onde predominam áreas urbanas, agrícolas e industriais de uso e ocupação intensos. Tais zonas podem ser constituídas por: áreas que contenham remanescentes florestais de alta ou muito alta prioridade para conservação, que tenham proximidade física e influência ambiental nas demais zonas da reserva; assentamentos humanos dispersos e de baixo impacto socioambiental, bem como sítios turísticos em iguais condições; áreas agrícolas consolidadas, de baixo impacto ambiental. As zonas núcleo e de amortecimento predominam na área indicada para a criação da APA (ver figura 4), porém há ocupação urbana e rural na mesma, o que é compatível ao previsto para esta categoria de UC, mas seria adequada apenas para a zona de transição da Reserva da Biosfera. Este fato é um exemplo que traz a tona um ponto que tem sido discutido no âmbito da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: incluir ou não áreas de intensa ocupação urbana na reserva? Pode se inferir que a resposta está no caminho da flexibilidade, pois já existe um projeto chamado Florestas Urbanas, aprofundando a questão em algumas áreas piloto, buscando implementar o conceito de Reserva de Biosfera nas cidades: A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (SP), a Ilha de Santa Catarina (Florianópolis/SC), a cidade do Rio de Janeiro (RJ) e o conjunto de áreas protegidas (Colar de UCs) na Região Metropolitana de Recife (PE). Tais áreas irão contribuir com conceitos e critérios a serem estendidos para os demais casos no país (CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, 2008, p. 53). Destaca se que o propósito da demarcação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica na APA do Vacacaí Mirim não busca somente mapear esta no território da UC, mas utilizar essa informação no planejamento da APA, principalmente em se tratando da classificação de zonas de proteção mais restritivas, que provavelmente coincidam com as zonas núcleo da Reserva da Biosfera, no Rebordo do Planalto e seus remanescentes florestais.

13 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 247 Considerações Finais A instituição da APA do Vacacaí Mirim é coerente às políticas que incentivam e orientam a criação de áreas protegidas no Brasil, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Na última vimos o destaque das legislações municipais de Santa Maria e Itaara ao tratarem da presença da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em seus territórios. Essas municipalidades possuem vocações que seriam beneficiadas com o efetivo estabelecimento de uma APA, como a promoção da educação ambiental, da pesquisa científica e do ecoturismo. A primeira, contribuindo para a melhor qualidade de vida da sociedade local. A segunda e a terceira, colaborando com as atividades que movem os municípios: o setor de ensino em Santa Maria e o turismo de balneários em Itaara. Sobre a utilização das zonas da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como referência no zoneamento da APA do Vacacaí Mirim, acreditamos ser uma proposta capaz de orientar adequadamente às discussões que surgirão a respeito dos critérios a serem utilizados no mesmo. Deste modo, as zonas da APA poderão ser planejadas prezando pela conservação dos remanescentes de Mata Atlântica, além de fornecer maior detalhamento sobre a abrangência da Reserva da Biosfera na região. Referências BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esbôço metodológico. 13º Cadernos de Ciências da Terra, São Paulo, p. 1 27, BRASIL. Lei n , de 18 de julho de Regulamenta o art. 225, 1º, inciso I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília, DF, 18 jul Disponível em: < Acesso em: 05 ag Decreto n , de 13 de abril de Institui o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas. Presidência da República, Casa Civil, Brasília, DF, 13 de abril Disponível em: < 2006/2006/Decreto/D5758.htm> Acesso em: 09 jun CONSELHO NACIONAL RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 02 set CONSELHO NACIONAL RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA. Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Fase VI/2008: revisão e atualização dos limites e zoneamento da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em base cartográfica digitalizada. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, p. Disponível em: < Acesso em: 06 jun

14 248 A reserva da biosfera da mata atlântica como referência na instituição e zoneamento da área de proteção ambiental... CORRÊA, F. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: roteiro para o entendimento de seus objetivos e seu sistema de gestão. 2. ed. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, p. Disponível em: < Acesso em: 02 jul COSTA, R. H. da; MOREIRA, I. A. G. Espaço e sociedade no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, p. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasília, Disponível em: < Acesso em: 06 nov INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA. Roteiro metodológico para gestão de Área de Proteção Ambiental, APA. Brasília: Ed. IBAMA, 2001, p ITAARA. Projeto de Lei complementar n. 01/2008 de 30 de março de Estabelece os princípios, diretrizes, políticas e instrumentos do Desenvolvimento Municipal e dá outras providências. Prefeitura Municipal de Itaara, Itaara, RS, 30 mar FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA Fundação SOS Mata Atlântica. São Paulo, Disponível em: < > Acesso em: 28 jun MEDEIROS, R.. Evolução das tipologias e categorias de Áreas Protegidas no Brasil. Ambiente & Sociedade, Campinas, n. 1, jan./jun., p , Disponível em: < Acesso em: 17 abr MAPA de unidades de relevo do Brasil. Brasília, DF: IBGE, ed. Escala 1: Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/relevo_2006.pdf> Acesso em: 27 abril MELO, M. das D. de V. C.; FURTADO, M. de F. de G. Florestas urbanas: estudo sobre as representações sociais da Mata Atlântica de Dois Irmãos, na cidade do Recife PE. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, p. Disponível em: < Acesso em: 02 set MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA. Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos. Brasília: MMA/SBF, p. Disponível em: < Acesso em: 12 ag NASCIMENTO, M. D. do. Fragilidade Ambiental e Expansão Urbana da Região Administrativa Nordeste da Sede do Município de Santa Maria RS f. Dissertação (Mestrado em Geografia) Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, NASCIMENTO, D. B. do. Proposta de Unidade de Conservação: Área de Proteção Ambiental (APA) do Vacacaí Mirim/RS f. Trabalho de Graduação (Licenciatura em Geografia) Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010.

15 Dalvana Brasil do Nascimento; Eliane Maria Foleto 249 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO A CIÊNCIA E A CULTURA UNESCO. Subsídios ao zoneamento da APA Gama Cabeça de Veado e Reserva da Biosfera do Cerrado: caracterização e conflitos socioambientais. Brasília, DF: UNESCO, p. Disponível em: < Acesso em: 23 out RIO GRANDE DO SUL. Decreto n , de 26 de agosto de O Sistema Estadual de Unidades de Conservação integrará o Sistema Estadual de Proteção Ambiental. Assembléia Legislativa, Gabinete de Consultoria Legislativa, Porto Alegre, RS, 26 ag Disponível em: < Acesso em: 16 dez RODRIGUES, B. R. C. Levantamento de Uso e Conflitos da Terra da Área de Captação da Barragem do DNOS na Área de Proteção Ambiental (APA) no Rio Vacacaí Mirim/RS. 101 f. Monografia (Especialização em Geociências) Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, SANTA MARIA. Lei complementar municipal n. 034 de 29 de dezembro de Dispõe sobre a Política de Desenvolvimento Urbano e sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do Município de Santa Maria. Prefeitura Municipal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 29 dez Disponível em: < Acesso em: 25 jun SANTOS, R. F. dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004, p SANTOS, R. F. dos; SILVA, J. S. V. da. Zoneamento para Planejamento Ambiental: vantagens e restrições de métodos e técnicas. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 21, n. 2, p , maio/ago Disponível em: < Acesso em: 16 abril SCHERL, L. M., et al. As áreas protegidas podem contribuir para a redução da pobreza? Oportunidades e limitações. Reino Unido: IUCN, p. SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. SEMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Porto Alegre, Disponível em: < Acesso em: 26 ag

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