UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE ORÇAMENTO EMPRESARIAL Por: Andréa dos Santos Gomes Orientador Professora Emília Maria Mendonça Parentoni Rio de Janeiro 2007

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE ORÇAMENTO EMPRESARIAL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa Por: Andréa dos Santos Gomes

3 3 AGRADECIMENTOS...Ao meu marido, filhos e a amiga Maria Emília por ter cuidado dos meus filhos nas minhas ausências para fazer o curso de pós-graduação.

4 4 RESUMO O presente trabalho aborda o uso do orçamento empresarial como um instrumento fundamental de administração, demonstrando os benefícios que uma empresa obtém utilizando essa ferramenta. Tem por objetivo abordar o planejamento estratégico e o orçamento como sendo parte dele. Apresento um panorama do processo orçamentário, bem como sua definição, objetivo e diversos tipos de orçamento, mostrando ao final, suas vantagens e desvantagens. Conclui-se que as vantagens de um orçamento empresarial superam suas desvantagens, não só com relação ao aspecto financeiro, mas em razão do envolvimento e comprometimento com a empresa em prol de um objetivo. O tema analisado é extremamente atual e oportuno, em face de um ambiente globalizado e altamente competitivo no qual as organizações estão envolvidas.

5 5 METODOLOGIA A metodologia utilizada neste estudo consiste em uma pesquisa, uma vez que relata dados descritivos sobre Planejamento e Orçamento empresarial. O estudo quanto aos meios é bibliográfico. Foi desenvolvida pesquisa em livros para garantir a consistência do referencial teórico, bem como coleta telematizada, ou seja, via Internet, com o objetivo de estar utilizando diversas fontes de informação com dados atualizados.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...7 CAPÍTULO I Estratégia e Planejamento Empresarial Tipos de Planejamento Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Conceitos de Planejamento...12 CAPÍTULO II Orçamento Empresarial Conceito Objetivos Estrutura do plano orçamentário Orçamento Operacional Orçamento de Investimentos Projeção dos Demonstrativos Contábeis Tipos de orçamento Estratégia e Orçamento...24 CAPÍTULO III Vantagens e Limitações do Controle Orçamentário Planejamento e controle orçamentário na organização Vantagens do orçamento Limitações do orçamento...30 CONCLUSÃO...35 BIBLIOGRAFIA...37

7 7 INTRODUÇÃO As empresas bem organizadas sabem da importância e das vantagens de um bom planejamento de suas atividades em busca de seus objetivos. As constantes mudanças que estão ocorrendo no ambiente de negócios, muitas delas produzidas pela globalização dos mercados, estão exigindo das empresas cada vez mais o aprimoramento de seus processos de planejamento, avaliação e controle, tendo em vista a tomada de decisões rápidas e de melhor qualidade que lhe assegurem o atendimento de seus objetivos de continuidade, expansão e lucratividade. A grande maioria das empresas de grande porte e multinacionais têm entre suas responsabilidades desenvolver orçamentos para seus períodos de operação. Um orçamento empresarial deve detalhar quais serão as receitas e despesas da companhia dentro de períodos futuros. A capacidade de previsão de uma empresa está na competência de gerenciar cenários futuros de forma dinâmica e eficaz. Uma das ferramentas para atingir esse objetivo é o Orçamento. Mas existem somente vantagens ou limitações em um orçamento empresarial? Existe algo que possa ser feito para minimizar as limitações e tornar o orçamento mais eficaz, de modo que seja cumprido com mais exatidão? Atualmente existe a necessidade de fazer com que os diversos setores de uma empresa façam seus orçamentos com mais comprometimento e cumpram com o que foi previsto, visando maior produtividade e planejamento. Esse trabalho tem o objetivo de identificar se existem vantagens, para as empresas, de um orçamento feito com planejamento e comprometimento, bem como analisar e avaliar as limitações dos orçamentos empresariais e as forma com que as pessoas fazem suas previsões orçamentárias, ou seja, se são

8 8 baseadas nos acontecimentos dos anos anteriores ou no planejamento de ações para o futuro. O presente trabalho teve como tema o Orçamento empresarial com objetivo de alinhar ao planejamento estratégico e mostrar suas vantagens e limitações. organização. No primeiro capítulo conceitua-se planejamento, missão e visão de uma No segundo capítulo conceitua-se orçamento, sob diversos aspectos, fala-se sobre seus objetivos e propósitos gerais, sobre o controle orçamentário na organização, estrutura do plano orçamentário e a estratégia ligada ao orçamento. No terceiro capítulo expõem-se as vantagens e limitações de um orçamento sob o ponto de vista de diversos autores. CAPÍTULO I

9 9 ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO EMPRESARIAL As empresas não funcionam na base da pura improvisação. A formulação da estratégia empresarial é basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das oportunidades e as ameaças do ambiente onde opera a empresa, bem como a inclusão de alguma estimativa de risco em relação às alternativas identificadas. A escolha estratégica envolve também a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessidades e demandas do mercado ou em competir sob condições de risco com os concorrentes. Quando estamos fazendo um plano, estamos olhando para o amanhã e antecipando, hoje, decisões a respeito de ações que executaremos ao longo do tempo, de modo atingir determinados objetivos em certas épocas futuras. Portanto, um plano compreende a definição de objetivos e de ações. A maioria das pessoas chama de objetivos, ou metas, as situações ou os resultados futuros que se comprometem a atingir. As ações necessárias para atingi-los fazem parte do que habitualmente são chamados: tática ou estratégia. Numa organização com fim lucrativo, o objetivo predominante será o de obter certo retorno mínimo sobre o investimento do empresário, condizente com o grau de risco envolvido e respeitados os aspectos éticos e de responsabilidade social. Já num órgão público, o objetivo fundamental deve ser o de otimizar a relação entre o dispêndio de recursos e o nível de serviços que a sociedade espera do governo. Todavia, a estratégia se preocupa basicamente com "o que fazer" e não com "como fazer". Em outros termos, a estratégia exige toda uma implementação dos meios necessários para a sua execução. Como esses meios envolvem a empresa como um todo, trata-se aqui de atribuir incumbências a todos os níveis (ou subsistemas) da empresa: o "nível institucional, o nível intermediário e o nível operacional".

10 Tipos de Planejamento Existem três tipos de planejamento: Estratégico, Tático e Operacional Planejamento Estratégico O planejamento no nível institucional recebe o nome de "planejamento estratégico" e apresenta três características principais: é projetado a longo prazo, está voltado para as relações entre a empresa e seu ambiente de tarefa e envolve a empresa como uma totalidade. Assim, é genérico, direcionado a longo prazo e macroorientado, e exige a participação integrada dos demais níveis da empresa. O planejamento estratégico envolve cinco etapas principais: a determinação dos objetivos empresariais, a análise ambiental, a análise interna da organização e de seus recursos, a geração, avaliação e seleção de alternativas estratégicas e a implementação da estratégia escolhida através de planos táticos e operacionais. Vale a pena destacar que as decisões tomadas ao nível estratégico são de difícil reversibilidade, já que envolvem decisões complexas e que comprometem grande volume de recursos, além de um expressivo grau de risco. São exemplos de decisões estratégicas a compra de uma fábrica, o lançamento de novas linhas de produtos, a conquista de novos mercados, etc Planejamento Tático O planejamento no nível intermediário da empresa é denominado "planejamento tático" e representa a ligação entre o planejamento estratégico e os planos operacionais voltados para a execução das tarefas e operações. As principais características do planejamento tático são: é projetado para o futuro

11 11 próximo ou atividades atuais da empresa ao nível de departamentos, relacionado com o controle e integração das operações atuais da empresa, focalizando a alocação de recursos. O planejamento tático é um processo permanente e contínuo, isto é, não se esgota na simples montagem de um plano de ação. O planejamento pode ser aplicado a qualquer tipo de atividade. Existe o planejamento físico (para lidar com arranjos espaciais ou físicos como localização de fábricas ou de equipamentos, arranjos de escritórios etc.), o planejamento organizacional (relacionado com o desenvolvimento de padrões ou estrutura de relações de trabalho entre pessoas dentro da empresa, estabelecendo linhas de autoridade e responsabilidade), o planejamento financeiro, o planejamento orçamentário, etc Planejamento Operacional O planejamento no nível hierárquico mais baixo (operacional), se preocupa basicamente com "o que fazer" e "como fazer". Diante disso, o planejamento operacional se caracteriza pelo detalhamento com que estabelece as tarefas e operações, pelo caráter imediatista focalizando apenas o curto prazo e pela abrangência local abordando apenas uma tarefa ou uma operação. O planejamento operacional é constituído de uma infinidade de planos operacionais que proliferam nas diversas áreas e funções dentro da empresa: produção ou operações, finanças, marketing, recursos humanos, etc. Os planos operacionais estão voltados para a eficiência (ênfase nos meios), pois a eficácia (ênfase nos fins) é problema dos níveis institucional e intermediário. 1.3 Conceitos de Planejamento

12 12 Frezzatti (2000) diz que planejar é quase uma necessidade intrínseca, como o alimentar-se para o ser humano. Não se alimentar significa enfraquecimento e o mesmo ocorre com a organização, caso o planejamento não afete o seu dia-a-dia dentro do seu horizonte de longo prazo. Um planejamento orientado para a criação de valor se inicia com a definição da missão e visão da organização e a proposição de valor de seus produtos e serviços. A missão define algumas variáveis importantes a tratar no processo de planejamento. Explicita por que a organização existe e qual a sua contribuição para o ambiente. É a primeira diretriz estratégica a ser tratada e, segundo Frezzatti (2000), requer como características fundamentais: a) ser imposta à entidade pelos acionistas; b) ser suficientemente simples e clara para ser entendida tanto para clientes como colaboradores, fornecedores etc.; c) deve ter vida útil de longo prazo, ou seja, não se altera a missão de uma empresa com freqüência. Frezzatti (2000) diz que a missão põe o foco sobre o que se espera da organização, delimitando expectativas de longo prazo e orientando as operações. Ela tem utilidade não apenas para as organizações com fins lucrativos, mas também para outros tipos de organizações. Para alcançar a visão proposta, uma companhia vislumbra várias estratégias destinadas a atender suas áreas chave. Os objetivos estratégicos devem ser convertidos em ações tangíveis e mensuráveis que melhorem a performance da organização.

13 13 Segundo Lunkes (2003b), o planejamento estratégico analisa o ambiente organizacional e os possíveis cenários, e elabora as estratégias para alcançar o objetivo pretendido, indicando o caminho que a organização deve seguir. Com base nas hipóteses consideradas, nas oportunidades e ameaças identificadas, nas diretrizes acordadas e tudo o que ficar estabelecido no plano estratégico, a organização passará a desenvolver seu plano operacional, cujo componente final é o orçamento. Das funções clássicas tratadas por Fayol, temos: organizar, formar equipe, dirigir, controlar e planejar. Planejar significa decidir antecipadamente (Ackoff et al. 1984). Decidir implica optar por uma alternativa de ação em detrimento de outras disponíveis, em função de preferências, disponibilidades, grau de aceitação do risco etc. Nessa visão, decidir antecipadamente constituise em controlar o seu próprio futuro. Essa é uma visão bastante proativa no que se refere ao processo de gestão de certa organização. Ansoff (1977) considera que as empresas têm que tomar três tipos de decisões distintas: a) Estratégicas Voltadas para os problemas externos. O conceito de estratégico diz respeito a tudo que se refere ás relações entre a empresa e seu ambiente, tendo por objetivo otimizar a função definida, que pode ser o retorno sobre o investimento, EVA (Economic Value Added), distribuição de lucros etc. b) Administrativas Preocupam-se com a estruturação dos recursos da empresa de modo a criar possibilidade de execução com os melhores resultados (Ansoff, 1977). O seu grande problema consiste em estruturar os recursos da empresa para obter desempenho otimizado. Decisões sobre organização, estrutura de conversão de recursos, obtenção e desenvolvimento de recursos, conflitos entre estratégias e operações,

14 14 conflitos entre objetivos pessoais e institucionais fazem parte dessa categoria de decisão. c) Operacionais Estão ligados diretamente à obtenção dos indicadores desejados Segundo Frezzatti (2000), as decisões denominadas estratégicas são as únicas que podem realmente ser tratadas distintamente, as demais podem ser mescladas. A decisão estratégica exige a eficácia das organizações, enquanto as duas últimas têm grande preocupação com o aumento da eficiência. De acordo com Frezzatti (2000), as organizações decidem o que devem fazer dentro de certo ambiente. Entretanto, o que as distingue é o fato de que parte delas o faz antecipadamente, ou seja, antes de o fato requerer a decisão.

15 15 CAPÍTULO II ORÇAMENTO EMPRESARIAL Orçamento empresarial é parte integrante do sistema de planejamento e controle e pode ser definido como sendo a quantificação e apresentação de forma antecipada dos planos, projetos e estratégias de uma empresa. 2.1 Conceito O orçamento é um valioso instrumento de planejamento e controle das operações da empresa, qualquer que seja seu ramo de atividade, natureza ou porte. Das grandes companhias multinacionais, até as mais modestas, o orçamento pode ser utilizado, com as devidas adaptações, como ferramenta para controle e avaliação de desempenho das atividades empresariais visando alcançar seus objetivos (Passarelli & Bonfim, 2003 p.12). As empresas que contam com a possibilidade de prever, com algum grau de certeza, os acontecimentos futuros, podem se preparar melhor para aproveitar oportunidades de negócios ou minimizar os riscos de uma eventual crise. Conforme Horngren et al (1997), o orçamento pode contribuir para trazer essa possibilidade, uma vez que permite quantificar, para um determinado período, os recursos e níveis de atividade necessários para obtenção de seus objetivos. O orçamento empresarial consiste numa série de apostas que as companhias fazem com base no que esperam acontecer em cada setor interno, bem como, no mercado em geral.

16 16 sendo: O sistema orçamentário, do ponto de vista global, é definido como... um conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos e expressos em resultados financeiros, permite à administração conhecer, a priori, os resultados operacionais da empresa e, em seguida, executar os acompanhamentos necessários para que esses resultados sejam alcançados e os possíveis desvios sejam analisados, avaliados e corrigidos (Moreira, 1992 p. 15). Para Padoveze (2000), orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício. O orçamento não deixa de ser uma pura repetição dos relatórios gerenciais atuais, só que com os dados previstos. Portanto, não há basicamente nada especial para se fazer orçamento, bastando apenas colocar no sistema de informação contábil gerencial os dados que deverão acontecer no futuro.(padovese, 2000 p. 369) Para Figueiredo & Caggiano (1997), Os orçamentos, além de serem parâmetros para a avaliação dos planos, permitem a apuração do resultado por área de responsabilidade, desempenhando o papel de controle por meio dos sistemas de custos e contabilidade. Corroborando com essa idéia, Horngren et al (1997), afirmam que a criação de parâmetros de referência, para avaliação de desempenho, de cada área da empresa é outro fator importante proporcionado pelos orçamentos como parte do controle gerencial. O feedback oferecido pelos orçamentos

17 17 possibilita a revisão, melhoria, ou até a reformulação total, dos aspectos estratégicos do planejamento empresarial. O orçamento sozinho não é suficiente para fazer a empresa atingir seus objetivos, mas quando acompanhado de controle, avaliação permanente e distribuição de responsabilidades com os gerentes executores, convencendoos de que o orçamento está ali para auxiliar, identificando e corrigindo distorções eventuais, torna-se ferramenta indispensável para obtenção das metas empresariais. 2.2 Objetivos O orçamento tem vários objetivos e estes devem ser buscados dentro de seu conjunto, sendo ferramenta ideal para o processo de congruência de diversos objetivos corporativos e setoriais. O orçamento pode e deve reunir diversos objetivos empresariais, na busca da expressão do plano e controle de resultados. Portanto, convém ressaltar que o plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. O ponto fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros. Segundo Padovese (2003), exemplos de propósitos gerais que devem estar contidos no plano orçamentário podem ser: a) Orçamento como sistema de autorização: O orçamento aprovado não deixa de ser um meio de liberação de recursos para todos os setores da empresa, minimizando o processo de controle. b) Um meio para projeções e planejamento: O conjunto das peças orçamentárias será utilizado para o processo de projeções, permitindo, inclusive, estudos para períodos posteriores.

18 18 c) Um canal de comunicação e coordenação: Incorporando os dados do cenário aprovado e das premissas orçamentárias, é instrumento para comunicar e coordenar os objetivos corporativos e setoriais. d) Um instrumento de motivação: Na linha de que o orçamento é um sistema de autorização, ele permite um grau de liberdade de atuação dentro das linhas aprovadas, sendo instrumento importante pra o processo motivacional dos gestores operacionais. e) Um instrumento de avaliação e controle: Considerando também os aspectos de motivação e autorização, é lógica a utilização do orçamento como meio de avaliação de desempenho dos gestores e controle dos objetivos setoriais e corporativos. f) Uma fonte de informação para tomada de decisão: Contendo os dados previstos e esperados, bem como os objetivos setoriais e corporativos, é uma ferramenta essencial para decisões diárias sobre os eventos econômicos de responsabilidade dos gestores operacionais. Os objetivos genéricos de uma empresa direcionam os objetivos das diversas áreas ou funções, que são os objetivos específicos. Desta maneira, o processo de estabelecer objetivo deve ser interativo, que coordena os objetivos gerais com os específicos. Nessa linha de atuação, o processo orçamentário deve permitir a participação de toda a estrutura hierárquica com responsabilidade orçamentária, não devendo ser um processo ditatorial com uma única direção, de cima para baixo. O envolvimento das pessoas permite uma gestão participativa, compatível com a estrutura da delegação de responsabilidades e permitirá o comprometimento de todos os gestores de setores específicos. Só assim será possível a gestão adequada da etapa final do plano orçamentário, que é o controle orçamentário, com a análise das variações e do desempenho individual dos gestores.

19 Estrutura do Plano Orçamentário O plano orçamentário contempla três grandes segmentos: O orçamento operacional O orçamento de investimentos e financiamentos A projeção dos demonstrativos contábeis (também chamado de orçamento de caixa) Orçamento Operacional É o que contém a maior parte das peças orçamentárias, pois engloba todos os orçamentos específicos que atingem a estrutura hierárquica da empresa, englobando as áreas administrativa, comercial e de produção. O orçamento operacional equivale, na demonstração de resultados da empresa, ás informações que evidenciam o Lucro Operacional, ou seja: vendas, custos dos produtos, despesas administrativas e comerciais. O orçamento operacional compreende as seguintes peças orçamentárias: Orçamento de vendas O orçamento de vendas constitui um plano das vendas da empresa, para determinado período de tempo, pois será a mola propulsora do orçamento global da empresa. É uma das peças mais importantes, pois está diretamente relacionada com a capacidade do mercado de absorver produtos e/ ou serviços, o nível de demanda futura, o potencial da equipe de vendas, bem como o dimensionamento da produção. Sua função principal é a determinação do nível de atividades futuras da empresa. Todos os demais orçamentos parciais são desenvolvidos em função do orçamento de vendas,

20 20 ou seja, tendo-se determinado o que será vendido, em que quantidade e quando, e conta-se com as informações principais para a determinação dos recursos necessários para o atendimento dessas vendas em quantidade, qualidade e por período de tempo. Orçamento de Produção É feito após a elaboração do orçamento de vendas e das receitas correspondentes, é preciso estimar o quanto será gasto para obtenção dessas receitas, haja vista a necessidade de prévio conhecimento de sua estimativa para evitar excessos ou escassez de produtos. O orçamento de produção é o principal instrumento par a determinação dessas despesas. Consiste basicamente em um plano de produção para o período considerado, visando atender às vendas orçadas e aos estoques preestabelecidos. Orçamento de compras de materiais e estoques Matérias-primas são bens adquiridos que, no processo industrial, por transformação ou por contagem, se integram nos produtos acabados. Cumpre destacar que o orçamento de compras representará papel relevante no processo de planejamento de matérias-primas, não apenas pela ótica operacional, mas também pelos aspectos financeiros, em termos de liquidez e capital de giro, com reflexos econômicos sobre a empresa. Essa preocupação estará relacionada ao fato de que uma boa venda do produto ao cliente, começa com uma boa compra de matériaprima pela empresa. O passo seguinte consiste em preparar o orçamento para materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF. Ele é

21 21 baseado na quantidade de materiais necessários para a produção e para os estoques de materiais diretos. O consumo direto esperado de materiais diretos é determinado pelo relacionamento de entradas-saídas. A quantidade de materiais diretos em estoque é determinada pela política de estoque da empresa. Orçamento de despesas departamentais O orçamento de despesas departamentais, ou por centro de custos, inclui as despesas de cada setor com um responsável dentro da empresa por gastos controláveis e inclui: consumo de materiais indiretos pelo centro de custos; despesas com mão-deobra direta e indireta; gastos gerais do centro de custos e depreciações do centro de custos Orçamento de Investimentos Este segmento fica restrito a algumas pessoas, em geral a direção, o responsável pela Tesouraria e o controller. Ele é o segmento do plano orçamentário responsável pelos orçamentos de investimentos, financiamentos e amortizações e despesas financeiras Projeção dos Demonstrativos Contábeis Ele é o segmento que consolida todos os orçamentos. 2.4 Tipos de orçamento Há dois tipos de orçamento: o estático e o flexível. a) Orçamento estático É o mais comum. Elaboram-se todas as peças orçamentárias a partir da fixação de determinado volume de produção ou vendas. Estes volumes, por

22 22 sua vez, também determinarão o volume das demais atividades e setores da empresa. O orçamento é considerado estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração nas peças orçamentárias. Caso a empresa, durante o período, considere que tais volumes não serão atingidos, parcela significativa das peças orçamentárias tende a perder valor para o processo de acompanhamento, controle e análise das variações, bem como base para projeções e simulações com os dados orçamentários. Apesar de conter um elemento crítico, que é a sua estaticidade e, portanto, sem flexibilidade, este tipo de orçamento é muito utilizado, principalmente para grandes corporações, notadamente as que operam em vários países. O motivo desta utilização é a grande necessidade de consolidação dos orçamentos de todas as suas unidades dispersas geograficamente em um orçamento mestre e único da corporação. Este orçamento consolidado é vital para que a organização tenha uma visão geral de seus negócios e resultados econômicos esperados para o próximo ano, para aprovação de sua diretoria máxima. Neste sentido, o orçamento estático é importante, já que eventuais alterações de volume em alguma de suas divisões não necessariamente impactarão de forma significativa no total dos orçamentos. Obviamente, quando os impactos de alterações de volumes em todas as unidades da corporação forem significativos, não há por que manter um orçamento estático que não tenha validade para o processo decisorial. b) Orçamento flexível Segundo Padovese (2003), para solucionar o problema do orçamento estático, surgiu o conceito de orçamento flexível. Neste caso, em vez de um único número determinado de volume de produção ou vendas, ou volume de

23 23 atividade setorial, a empresa admite uma faixa de nível de atividade, onde tendencialmente se situarão tais volumes de produção ou vendas. O orçamento flexível é um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a qualquer nível de atividades. A base para elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e variáveis. Estes seguirão o volume de atividade, enquanto os custos fixos terão o tratamento tradicional. Um outro enfoque do orçamento flexível é não assumir nenhuma faixa de quantidades ou nível de atividade esperado. É feito apenas o orçamento dos dados unitários, e as quantidades a serem assumidas seriam as que realmente acontecem. Apesar de ser um conceito com alguma aplicação, foge ao fundamento do orçamento, que é prever o que vai acontecer. Esse conceito dificulta a continuidade do processo orçamentário, que são as projeções dos demonstrativos contábeis. O orçamento flexível tem duas vertentes: 1. Orçamento ajustado É um conceito derivado do orçamento flexível, é um segundo orçamento, que passa a vigorar quando se modifica o volume ou nível de volume ou de atividade, decorrente de um ajuste de plano. Em outras palavras, ele é o ajuste efetuado nos volumes planejados dentro do conceito de orçamento estático ou inicial. É obvio que sempre poderão ser feitos quantos orçamentos ajustados forem necessários. Em suma, sempre que houver necessidade de ajustar os volumes planejados para outro nível de volume, convém refazer o orçamento com as novas quantidades, o qual é chamado de orçamento ajustado.

24 24 2. Orçamento corrigido O conceito de orçamento corrigido é o ajuste do orçamento original, de forma automática, sempre que houver alteração de preços em função da inflação. É importante ressaltar que nem todas as empresas aceitam pacificamente este conceito, já que, para muitas delas, as alterações de preços são de responsabilidade dos gestores setoriais, e elas devem fazer parte das variações orçamentárias e justificadas, mesmo que ocasionadas por fenômeno inflacionário. Outrossim, a correção automática de orçamento por outras variações de preços, que não decorrentes de cláusulas de reajustes ou preços impostos, onde cabe atuação e, portanto, controlabilidade do gestor, não deve ser incorporada automaticamente ao orçamento. 2.5 Estratégia e orçamento As premissas orçamentárias fazem parte do conjunto de informações do planejamento operacional. Os cenários fazem parte do conjunto de informações do Planejamento estratégico. As premissas fundamentarão a construção do orçamento. Concluídas todas as peças orçamentárias, estas deverão ser incorporadas ao sistema de informação contábil, para que, no próximo período, tenhamos os relatórios de controle através de comparação com os dados reais. Desta maneira, podemos evidenciar esse processo unindo o Planejamento Estratégico e o Planejamento Operacional, considerando os principais instrumentos informacionais que suportam esses processos dentro da empresa.

25 25 CAPÍLULO III VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO. Não resta dúvida que planejamento e controle orçamentário são importantes ferramentas em uma organização. Existem inúmeras vantagens para uma empresa em ter um orçamento bem planejado, mas também podemos detectar algumas desvantagens. 3.1 Planejamento e controle orçamentário na organização. Através do planejamento é que se realiza uma gestão eficaz. Se não planejar suas atividades, o gestor corre o risco de ser surpreendido por imprevistos e colocar a empresa em grandes dificuldades, ou até mesmo levála à falência. O planejamento se faz necessário em todas as atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da área financeira. O planejamento financeiro determina as diretrizes de uma mudança numa empresa. É necessário porque (1) faz com que sejam estabelecidas as metas da empresa para motivar a organização e gerar marcos de referência para a avaliação de desempenho, (2) as decisões de investimento e financiamento da empresa não são independentes, sendo necessário identificar sua interação, e (3) num mundo incerto a empresa deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas (Ross et al, 1995 p. 522). De acordo com Frezatti (2000), uma abordagem adequada do planejamento de negócios é aquela que considera o orçamento como a forma de controle do resultado futuro. Planejar sem controlar é desperdício de tempo

26 26 e energia. Significaria que energia foi despendida pelos executivos decidindo o futuro, sem que se possa saber se os objetivo estão sendo atingidos. O controle é fundamental para o entendimento do grau de desempenho atingido e quão próximo o resultado almejado se situou em relação ao planejado. Uma vez atingida tal etapa, é possível redirecionar, enfatizar, ajustar as ações para tingir os objetivos previamente traçados. De maneira geral, embora os enfoques dos processos de planejamento e controle possam ser distintos em termos de ênfase e mesmo foco, o planejamento precede o controle em termos de desenvolvimento dentro das organizações. Significa que uma organização sem um complexo e detalhado processo de planejamento pode desenvolver controle adequado; contudo, os dois processos, por estarem inevitavelmente ligados, têm impactos mútuos, fazendo com que o desenvolvimento do planejamento traga o próprio aperfeiçoamento do controle e vice-versa (Frezzatti, 2000 p. 37). Controle orçamentário deve ser um instrumento que permita à organização entender quão próximos estão seus resultados em relação ao que planejou para dado período. Nessa abordagem, é importante definir e acompanhar o todo e as partes. Ou seja, significa que as metas da empresa podem ou não ter sido atingidas. Tais metas são entendidas como macro no sentido de que dependem do desempenho de todas as áreas da organização. Por outro lado, é fundamental entender como foram atingidas, o que só se pode entender com detalhamento de indicadores específicos de cada áreas da organização. A realimentação do sistema de planejamento corresponde a uma etapa importante, já que o entendimento das variações permite aprimorar o

27 27 processo de planejamento. Tomar conhecimento sem devolver ação corretiva, quando necessário, é pura perda de tempo e energia. Para que o sistema de orçamento sempre tenha sucesso, é preciso a criação de uma cultura orçamentária, dentro da cultura maior da empresa. Nas organizações onde o sistema de orçamento já está consolidado, poucas dúvidas existem, e os objetivos, o plano e o controle orçamentário são aceitos normalmente, sendo o resultado eficaz para a entidade. Em outras empresas, onde é necessário fazer a implantação do sistema orçamentário, seja por se tratar de um novo empreendimento, seja pelo fato de a empresa não ter um sistema orçamentário já desenvolvido, o sucesso deste sistema dependerá de como o processo será conduzido, bem como do tempo transcorrido e da prática orçamentária. Segundo Padovese (2003), é esperado que no primeiro ano da implantação de um sistema orçamentário surjam muitos problemas e dificuldades, tanto de ordem técnica de valores etc., como de ordem de motivação e desempenho dos gestores setoriais. Cada um dos problemas e das dificuldades deve ser analisado, para que sejam eliminados ou minimizados para o próximo ano. No segundo ano, novas dificuldades e problemas ainda surgirão, ainda que menores. Depois de passado essa fase, o sistema orçamentário deverá estar praticamente consolidado e passando a fazer parte da cultura da empresa. 3.2 Vantagens do orçamento orçamento: Segundo Padovese (2003), podemos resumir as maiores vantagens do

28 28 A orçamentação compele os administradores a pensar à frente pela formalização de suas responsabilidades para planejamento. A orçamentação fornece expectativas definidas que representam a melhor estrutura para julgamento de desempenho. Ajuda os administradores na coordenação de seus esforços, de tal forma que os objetivos da organização como um todo sejam confrontados com os objetivos de suas partes. Exame prévio dos fatores que influenciam a tomada de decisão. Atenção aos efeitos causados pelo ambiente externo. Força todos os colaboradores da empresa a fazerem planos. Melhora o compromisso e conteúdo das decisões empresariais, através do uso mais racional dos recursos. Já, Sanvicente e Santos (2000) consideram inúmeras as vantagens do orçamento. Dentre as mais significantes, pode mencionar: a) A existência e a utilização do sistema que sejam corretamente fixados objetivos e políticas para a empresa e suas unidades. Para Welsch (1973) e Zdanowicz (1989), o orçamento obriga a empresa à análise antecipada das políticas básicas. Frezzatti (2000) diz que as atividades de uma empresa podem ser coordenadas de maneira apropriada com base no processo de planejamento; b) Por meio de uma integração de diversos orçamentos parciais num orçamento global, este sistema de planejamento força todos os membros da administração a fazerem planos de acordo com os planos de outras unidades da empresa, aumentando o seu grau de participação e fixação de objetivos. Para Welsch (1973) e Zdanowicz (1989), isso exige uma estrutura administrativa adequada, isto é, um sistema definido de atribuição de responsabilidades a cada função da empresa. Nesse sentido, Tung (1994) complementa descrevendo que o orçamento

29 29 fortalece a administração, através do aperfeiçoamento dos seus sistemas de registro, análise, relatórios, entre outros; c) Obriga os gestores a quantificarem e datarem as atividades pelas quais serão responsáveis, em lugar de se limitarem a compromissos com metas ou alvos vagos e imprecisos. Para Welsch (1973), o orçamento obriga todos os membros da administração a participar do processo de estabelecimento dos objetivos e preparação dos planos. Além de obrigar os gestores dos diversos setores a fazer planos em harmonia com os planos dos outros setores e de toda a empresa. Frezzatti (2000) adiciona que sem a definição de responsabilidades, tanto a autoridade como a cobrança de resultados não podem ser exercidos, deve haver um comprometimento. d) Reduz o envolvimento dos altos administradores com as operações diárias através de delegação de poderes e de autoridade que se refletem nos orçamentos das diferentes unidades operacionais. Para Welsch (1983), isso liberta os executivos de muitos problemas internos rotineiros, graças a políticas predeterminantes e relações de autoridade, bem definidas, dando-lhes mais tempo para planejar e usar sua criatividade. e) Identifica os pontos de eficiência ou ineficiência no desempenho das unidades da empresa e permite acompanhar em que termos está havendo progresso no sentido da consecução dos objetivos gerais e parciais da empresa. Welsch (1983) assevera que nesse aspecto o orçamento obriga os gestores a planejar o uso mais econômico de matéria-prima, mão-de-obra, instalações e capital. Reduz custos, bem como, destaca áreas de eficiência e ineficiência. Zdanowicz (1989) afirma que a elaboração do orçamento obriga a empresa a planejar economicamente.

30 30 f) Finalmente, a preparação de um orçamento para toda a empresa tende a melhorar a utilização dos recursos a ela disponíveis, bem como ajustálos às atividades consideradas prioritárias, para que sejam alcançados os seus objetivos. O orçamento permite a verificação de progresso em relação aos objetivos da empresa. Frezzatti (2000) afirma que quando dada área da empresa vislumbra o plano de negócios, pode autoavaliar-se frente aos desafios que pretende superar no futuro. Para Horngren, Foster e Datar (1997), os orçamentos são as partes principais da maioria dos sistemas de controle gerencial. Administrados de forma inteligente, os orçamentos impelem ao planejamento, incluindo a implementação de planos, fornecem critérios de desempenho e promovem a comunicação e coordenação dentro da empresa. 3.3 Limitações do Orçamento Apesar das vantagens e contribuições do orçamento, ele pode também apresentar algumas limitações. Os valores contidos nos orçamentos não passam de estimativas, estando assim sujeitos aos eventos internos e externos, que podem afetar o processo de previsão inviabilizando sua concretização, Frezzatti (2000) descreve que o plano de negócios considera movimentos da clientela, patamar de juros, nível de aceitação dos sindicatos, etc; dados bastante difíceis de serem estimados. Nesse sentido, Welsch (1983) descreve que o sucesso ou fracasso depende bastante da previsão correta das estimativas. Para Cokins (1999), o processo orçamentário leva um tempo extraordinariamente longo, às vezes excedendo um ano, dificultando ainda mais as previsões. Além de, freqüentemente, não poder acomodar reações e mudanças no comportamento de clientes e competidores que ocorrem durante este processo. Segundo a firma PriceWaterhouseCooper, as grandes

31 31 empresas levam em média 110dias para elaborar o orçamento. Adicionalmente, Frezzatti (2000) diz que as expectativas dos interesses externos pressionam os agentes internos. O processo orçamentário deve ser acompanhado e revisado permanentemente o que demanda tempo e dinheiro, além de considerar que os resultados podem ser a longo prazo. Wood e Sangster (1996) descrevem que provavelmente em nenhuma outra parte da contabilidade seja tão necessário envolver as pessoas quanto no processo orçamentário. Orçamentos são preparados para guiar a empresa a atingir seus objetivos e para propósitos de controle, ou seja, é uma forma dos gestores controlarem a empresa. Porém, muitas pessoas os vêem, não como um guia, mas como uma camisa de força. Cokins (1999) acrescenta que para muitas empresas o orçamento é uma vaca sagrada e geralmente os esforços de elaboração quase não excedem os benefícios. Segundo Wood e Sangster (1996), pode-se observar algumas ações ou reações indesejáveis das pessoas em relação ao orçamento. a) O gerente de vendas recusou o pedido de passagem do vendedor para ir à Argentina para atender um pedido urgente e inesperado de uma empresa do Mercosul. A razão: o orçamento de despesas de vendas ultrapassou os gastos orçados. O resultado: a venda mais lucrativa que a empresa teria recebido por muitos anos foi perdida para o concorrente. Conforme Cokins (1999), orçamentos são úteis para negócios estáveis e para gestores que não confiam na organização para gastar o dinheiro inteligentemente. Ambas as condições são inválidas na atual conjuntura. b) As horas extras pedidas pelo gerente não puderam ser atendidas, porque os valores orçados já foram excedidos. O resultado: o trabalho não foi completado na hora certa e a empresa teve que pagar uma penalidade por não atender uma cláusula do contrato. Para Cokins (1999), depois que o orçamento é elaborado, as atenções se voltam para o controle. Este controle inclui: orçamento x previsão, última

32 32 previsão x atual previsão, atual x orçamento, atual x previsão, sem parar. c) No final do ano o gerente percebe que não gastou todo o orçamento. Ele então sai gastando em insumos completamente desnecessários, pois, caso não gaste todos os recursos orçados, será reduzido o valor para o próximo período. O resultado: muito insumo e equipamento desnecessário. Neste sentido, Cokins (1999) afirma que os gerentes enganam a empresa fazendo um acolchoado orçamentário. d) O orçamento de treinamento já foi gasto, então o gerente não deixará ninguém fazer cursos pelo resto do ano. O resultado: a empresa começa a ficar atrasada tecnologicamente, o pessoal começa a procurar trabalho em outras empresas, que são mais receptivas as suas necessidades de profissionalização e qualificação. Consegue mais recursos orçamentários aquele gestor que tem mais voz, maior poder político. Para Cokins (1999), as empresas confundem orçamento com planejamento financeiro. Na verdade, esse orçamento é inadequado para revisão de políticas e planos, ele apenas quantifica os recursos a serem gastos conforme plano de contas, sem detalhá-los no nível hoje recomendado. Assim elaborado, o orçamento pouco contribui para a gestão, pois não identifica as atividades essenciais, não reflete como precisão os custos dos recursos usados pelas atividades porque partem de sistemas de previsão limitados e inadequados. Os orçamentos em geral não permitem identificar as variáveis que influenciam na atuação do gestor e da área de responsabilidade, não evidenciando o resultado do esforço despendido pelo gestor, seja na adaptação às condições que se apresentarem quando da execução dos planos, seja na eficiência com que suas atividades são executadas. Por basear-se no controle dos custos de acordo com padrões predeterminados,

33 33 não direciona a empresa na busca de melhorias contínuas na qualidade, no tempo do ciclo e nos custos reais. Para Kaplan e Cooper (1998), nas empresas a prática empresarial de orçamentos é um processo de negociação envolvendo os chefes dos centros de responsabilidade e os executivos. Os gerentes dos centros de responsabilidade estão sempre em busca de mais recursos, enquanto os executivos tentam continuamente controlar os aumentos nos dispêndios autorizados para suas unidades. Resultado: o orçamento para próximo ano baseia-se no do ano anterior, mais ou menos alguns pontos percentuais, dependendo do resultado das negociações entre executivos e a gerência. Drury (1996) assevera que o orçamento aloca os recursos, como pessoal, materiais, telefones, energia elétrica entre outros para cada centro de responsabilidade sem medir ou ter critérios de eficiência para esses gastos. Os orçamentos em geral podem falhar por vários motivos. Enumeram-se alguns a seguir: Uma estrutura organizacional inadequada; Sistema de custeio inadequado; Falta de apoio da cúpula da empresa; Falta de flexibilidade suficiente para reformular estimativas; Técnica rudimentar de previsão; Papeladas com detalhes excessivos; Esses problemas são completados por Boisvert (1999): O uso excessivo das tendências históricas para o estabelecimento dos objetivos; Aplicação de percentuais de cortes gerais nos custos, sem análise prévia do contexto de cada área ou setor; Análise dos resultados muito tempo depois, desperdiçando assim a correção imediata da anomalia; A excessiva associação dos custos na preparação do orçamento;

34 34 A incapacidade de adaptar-se ao ambiente em constantes mudanças e à modificação das metas orçamentárias conseqüentemente. Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas na implementação do orçamento, segundo Mason (1996), é modelar e opera os softwares existentes no mercado. Segundo as equipes responsáveis pelo orçamento, nenhum software é capaz de satisfazer completamente todas as exigências das empresas. A decisão tem sido de desenvolver sistemas próprios mais adaptados à realidade de cada situação. O uso de softwares prontos ajusta-se melhor a uma dada filosofia e a um certo estilo de administração que talvez não sejam aceitáveis em outras empresas. As limitações podem ser maiores ou menores dependendo do modelo orçamentário utilizado pela empresa. As recentes evoluções dos processos orçamentários tendem a resolver muito dos problemas anteriormente citados.

35 35 CONCLUSÃO Em vista do exposto, conclui-se que a sobrevivência e o crescimento da de uma empresa são conseqüências de um trabalho contínuo de planejamento estratégico, tático e operacional, de médio a longo prazo, quantificados em um orçamento mestre que envolve todos os setores da empresa desde as previsões orçamentárias do volume de vendas às demonstrações contábeis orçadas, bem como, sua execução e controle sendo, portanto, uma peça fundamental para a gestão da empresa. O orçamento também contribui para a eficiência da estrutura organizacional uma vez que permite uma maior integração e coordenação entre os diversos setores da empresa, racionalizando procedimentos administrativos, guiando a aplicação dos recursos disponíveis em atividades que agregam valor a empresa, contribuindo, dessa forma, para a conquista de seus objetivos. Além disso, ao pré-estabelecer metas a serem atingidas, a empresa determina o que espera dos seus gestores, podendo utilizar o orçamento como uma importante ferramenta para avaliar este desempenho contribuindo para a melhoria dos processos e garantindo assim a viabilidade e a permanência da empresa no mercado. O orçamento é uma poderosa ferramenta de decisão, que permite aos gestores fixar objetivos e envolver todos os colaboradores. O sucesso de uma companhia passa, necessariamente, por um rígido controle das finanças e suas políticas de gerenciamento, onde o orçamento vai definir os rumos, quanto à administração das entradas e saídas de recursos, a fim de evitar estrangulamentos financeiros e fazer com que a organização incorra em custos desnecessários e realizados sem condições de

36 36 planejamento, que muitas vezes resultam em gastos que poderiam ser evitados. Apesar das desvantagens que alguns autores defendem, conclui-se que as vantagens superam-nas, devido a um maior planejamento de receitas e despesas da organização, tendendo a uma melhor utilização dos recursos existentes. Além do fato de obrigar os gestores a quantificarem as atividades pelas quais são responsáveis, além de envolver todos os níveis hierárquicos da organização em prol de um objetivo, promovendo o comprometimento de toda a empresa. BIBLIOGRAFIA

37 37 ACKOFF, Russel L. Planejamento Empresarial. Rio de Janeiro: Editora LTC, COKINS, Gary. New Age Accounting: Activity Based Budgeting (ABB). Revista ABC Techologies, Oregon, DRURY, Colin. Management and Cost Accouting. 4ª. Ed. London: Internacional Thonson Business Press, FIGUEIREDO, S e CAGGIANO, P.C. Controladoria: Teoria e Prática. 2 ed. São Paulo: Editora Atlas, FREZATTI, Fabio. Orçamento Empresarial Planejamento e Controle Gerencial. São Paulo: Editora Atlas, HORNGREN, Charles T., FOSTER, George, DATAR, Krikant M. Contabilidade de Custos. 9ª. Ed. Rio de janeiro: Editora LTC, KAPLAN, Robert S. COOPER, Robin. Custo & Desempenho Administre Seus Custos para ser mais competitivo. São Paulo: Editora Futura, LUNKES, Rogério João. O uso do Orçamento por Atividade para melhorar o desempenho da empresa. Revista Brasileira de Contabilidade, N. 123, mai jun/2000. MASON, Billy. Activity Based Budgeting at Scottish Courage. Revista Management Accouting. Jul Aug/ PADOVESE, Clóvis Luis. Controladoria Estratégica e Operacional. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

38 38 PASSARELLI, João, BOMFIM, Eunir de Amorim. Orçamento Empresarial: como elaborar e analisar. São Paulo:IOB Thomson, ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J.F. Administração financeira.. São Paulo: Atlas, SANVICENTE, Antonio Zoratto. SANTOS, Celso da Costa. Orçamento na Administração de Empresas Planejamento e Controle. São Paulo: Editora Atlas, TUNG, Nguyen H. Orçamento Empresarial e Custo Padrão. 4ª. Ed. São Paulo: Edições Universidade Empresa, ZDANOWICZ, José Eduardo. Orçamento Operacional. Porto Alegre: Editora Sagra, WELSCH, Glenn A. Orçamento Empresarial. São Paulo: Editora Atlas, 1973/1983. WOOD Jr., Thomaz, PICARELLI FILHO, Vicente. Remuneração Estratégica A Nova Vantagem Competitiva. 2ª. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerencial => conjunto de subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer

Leia mais

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br GESTÃO ORÇAMENTÁRIA João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br EMPRESAS OBJETIVOS INDIVIDUAIS em instituições de Saúde devido as corporações profissionais, que detém graus de autonomia diferenciados,

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

Contabilidade Financeira e Orçamentária II

Contabilidade Financeira e Orçamentária II Contabilidade Financeira e Orçamentária II Curso de Ciências Contábeis - 7º período Prof. Edenise Tópicos Iniciais Plano Orçamentário compreende: todo o processo operacional da empresa. Envolve todos os

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Módulo Contábil e Fiscal

Módulo Contábil e Fiscal Módulo Contábil e Fiscal Controle de Orçamentos Objetivo O objetivo deste artigo é dar uma visão geral sobre o Módulo Contábil e Fiscal Controle de Orçamentos. Todas informações aqui disponibilizadas foram

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Como organizar um processo de planejamento estratégico

Como organizar um processo de planejamento estratégico Como organizar um processo de planejamento estratégico Introdução Planejamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações que permitem às empresas modificar, melhorar ou fortalecer a sua

Leia mais

O O que é Orçamento Empresarial

O O que é Orçamento Empresarial Orçamento Empresarial Sumário Histórico O O que é Orçamento Empresarial Objetivos Referencial Teórico Quais os orçamentos Empresariais? Vantagens/Desvantagens Elaboração de um orçamento Implantação OE

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

ORÇAMENTO EMPRESARIAL

ORÇAMENTO EMPRESARIAL ORÇAMENTO EMPRESARIAL PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 2 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO Em linhas gerais o processo orçamentário consta de três grandes fases: Previsão (Planejamento); Execução; Controle. PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO E DESPESAS O controle de custos deve estar associado a programas

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

PLANEJAMENTO DE MARKETING

PLANEJAMENTO DE MARKETING PLANEJAMENTO DE MARKETING A análise ambiental e o planejamento beneficiam os profissionais de marketing e a empresa como um todo, ajudando os gerentes e funcionários de todos os níveis a estabelecer prioridades

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Qual a diferença entre Orçamento e Projeção?

Qual a diferença entre Orçamento e Projeção? Tipos de Orçamentos Qual a diferença entre Orçamento e Projeção? Orçamento expressão formal de planos de curto prazo (1 ano), baseado nas estruturas empresariais existentes e/ou já programadas. Projeções

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CURSO PÓS-GRADUAP GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICASP DISCIPLINA: Monitoramento, informação e avaliação de políticas sociais INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS Janice

Leia mais

A FUNÇÃO CONTROLE. Orientação do controle

A FUNÇÃO CONTROLE. Orientação do controle A FUNÇÃO CONTROLE O controle é a ultima função da administração a ser analisadas e diz respeito aos esforços exercidos para gerar e usar informações relativas a execução das atividades nas organizações

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS CONHECER A ELABORAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES UM PLANO DE NEGÓCIOS.

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização DISCIPLINA: Introdução à Administração FONTE: BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração - Construindo Vantagem Competitiva. Atlas. São

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Modelo para elaboração do Plano de Negócios Modelo para elaboração do Plano de Negócios 1- SUMÁRIO EXECUTIVO -Apesar de este tópico aparecer em primeiro lugar no Plano de Negócio, deverá ser escrito por último, pois constitui um resumo geral do

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

Guia de Recursos e Funcionalidades

Guia de Recursos e Funcionalidades Guia de Recursos e Funcionalidades Sobre o Treasy O Treasy é uma solução completa para Planejamento e Controladoria, com o melhor custo x benefício do mercado. Confira alguns dos recursos disponíveis para

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente 4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente Saiba como melhorar a gestão financeira da sua empresa e manter o fluxo de caixa sob controle Ciclo Financeiro Introdução Uma boa gestão financeira é um dos

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É?

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É? NE- CACT O Núcleo de Empreendedorismo da UNISC existe para estimular atitudes empreendedoras e promover ações de incentivo ao empreendedorismo e ao surgimento de empreendimentos de sucesso, principalmente,

Leia mais

CONTROLADORIA NO SUPORTE A GESTÃO EMPRESARIAL

CONTROLADORIA NO SUPORTE A GESTÃO EMPRESARIAL CONTROLADORIA NO SUPORTE A GESTÃO EMPRESARIAL Cristiane de Oliveira 1 Letícia Santos Lima 2 Resumo O objetivo desse estudo consiste em apresentar uma base conceitual em que se fundamenta a Controladoria.

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

5 CCN 1 Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1

5 CCN 1 Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PROFESSOR Edmundo Tork APOSTILA 3 TURMA: EMPRESA E SISTEMA 5 CCN 1 Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1 2 EMPRESA COMO SISTEMA E SEUS SUBSISTEMAS

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Gerência de Projetos

Gerência de Projetos Gerência de Projetos Escopo Custo Qualidade Tempo CONCEITO PROJETOS: são empreendimentos com objetivo específico e ciclo de vida definido Precedem produtos, serviços e processos. São utilizados as funções

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL Índice 1. Conceitos do planejamento...3 1.1. Planejamento... 5 1.2. Conceituação de planejamento... 5 1.3.

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS http://www.administradores.com.br/artigos/ OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso: PLANO DE NEGÓCIOS Causas de Fracasso: Falta de experiência profissional Falta de competência gerencial Desconhecimento do mercado Falta de qualidade dos produtos/serviços Localização errada Dificuldades

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL Aldemar Dias de Almeida Filho Discente do 4º ano do Curso de Ciências Contábeis Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS Élica Cristina da

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

1. Estruturação da Matriz Orçamentária. O Gerenciamento Matricial de Despesas por Carlos Alexandre Sá

1. Estruturação da Matriz Orçamentária. O Gerenciamento Matricial de Despesas por Carlos Alexandre Sá O Gerenciamento Matricial de Despesas por Carlos Alexandre Sá Nos processos tradicionais, quando um executivo prepara o orçamento do departamento sob sua responsabilidade, age como somente o seu centro

Leia mais

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ Acadêmica de Administração Geral na Faculdade Metropolitana de Maringá /PR - 2005 RESUMO: A atividade comercial

Leia mais

Análise Estruturada de Sistemas

Análise Estruturada de Sistemas Análise Estruturada de Sistemas Capítulo 3 Estudo de Viabilidade Definição das Necessidades Funcionais O propósito desta etapa é produzir um documento formal que contenha uma descrição detalhada da proposta,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

Modelo Cascata ou Clássico

Modelo Cascata ou Clássico Modelo Cascata ou Clássico INTRODUÇÃO O modelo clássico ou cascata, que também é conhecido por abordagem top-down, foi proposto por Royce em 1970. Até meados da década de 1980 foi o único modelo com aceitação

Leia mais

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS Amplitude de Controle Conceito Também denominada amplitude administrativa ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número de subordinados que um

Leia mais

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS Asia Shipping Transportes Internacionais Ltda. como cópia não controlada P á g i n a 1 7 ÍNDICE NR TÓPICO PÁG. 1 Introdução & Política 2 Objetivo 3 Responsabilidade

Leia mais

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período:

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período: Encontro 30 Disciplina: Planejamento Estratégico de Marketing Unidade V: O Plano de Marketing Prof.: Mario Filho E-mail: pro@mariofilho.com.br Período: 4º. ADM Planejamento é tudo... Link: http://www.youtube.com/watch?v=dwt9ufbxluk

Leia mais

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS! Quando usá-lo e quando não usá-lo! Por que o custo de reposição é um problema financeiro e não econômico Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

3. Estratégia e Planejamento

3. Estratégia e Planejamento 3. Estratégia e Planejamento Conteúdo 1. Conceito de Estratégia 2. Vantagem Competitiva 3 Estratégias Competitivas 4. Planejamento 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Administração de Pequenas Empresas

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Organizações Nenhuma organização existe

Leia mais

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA MICROEMPRESA Laércio Dahmer 1 Vandersézar Casturino2 Resumo O atual mercado competitivo tem evidenciado as dificuldades financeiras da microempresa.

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa.

ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa. Helton Vieira ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa. Trabalho apresentado ao curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Newton Paiva, na disciplina

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio Gestão de Custos TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO Métodos de Custeio TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO Formas de Custeio TEORIA DA INFORMAÇÃO MODELOS DE INFORMAÇÃO Sistemas de acumulação A

Leia mais

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará

GUIA DO SGD. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS. Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará GUIA DO SGD Conheça mais sobre o novo Sistema de Gestão do Desempenho (SGD) que entrará em vigor em todas as empresas do Sistema Eletrobrás ainda este ano. Transformação SISTEMA ELETROBRÁS A T R A N S

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos

Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos Referência: An Introductory Overview of ITIL v2 Livros ITIL v2 Cenário de TI nas organizações Aumento da dependência da TI para alcance

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

Preparando sua empresa para o forecasting:

Preparando sua empresa para o forecasting: Preparando sua empresa para o forecasting: Critérios para escolha de indicadores. Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Embora o forecasting seja uma realidade, muitas

Leia mais

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA SILVA, Paulo Henrique Rodrigues da Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerencias E-mail: ph.rs@hotmail.com SILVA, Thiago Ferreira da Docente da Faculdade

Leia mais

Plano de Negócios. Passo a passo sobre como iniciar um Plano de Negócios para sua empresa. Modelo de Planejamento prévio

Plano de Negócios. Passo a passo sobre como iniciar um Plano de Negócios para sua empresa. Modelo de Planejamento prévio Plano de Negócios Passo a passo sobre como iniciar um Plano de Negócios para sua empresa Modelo de Planejamento prévio Fraiburgo, 2015 Plano de Negócios Um plano de negócios é uma descrição do negócio

Leia mais

Tendências em Gestão de Pessoas

Tendências em Gestão de Pessoas Tendências em Gestão de Pessoas Iniciamos um novo ano, 2011. Dois meses já se passaram, e voltamos aos artigos sobre RH estratégico, Tendências de Recursos Humanos, Novos Rumos para a área de Recursos

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Suprimentos na Gastronomia COMPREENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS 1- DEFINIÇÃO Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais