Entendendo o setor de Saneamento
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- Filipe Vieira da Conceição
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1 SECRETARIA DE SANEAMENTO E ENERGIA Entendendo o setor de Saneamento Um seminário para jornalistas Desafios da Política Estadual de Saneamento Ricardo Toledo Silva Secretário Adjunto de Saneamento e Energia 23 de novembro de 2009 São Paulo
2 2 Entendendo o setor de Saneamento: desafios da Política Estadual de Saneamento Sumário da Apresentação 1. Novo Ciclo de Saneamento no País 2. Desafios Atuais / Principais Gargalos 3. Situação do Estado de São Paulo 4. Diretrizes da Política Estadual de Saneamento 5. Fortalecimento Institucional 6. Desafios institucionais a superar 7. Previsão de Investimentos / Ações em Andamento 8. Novas escalas de planejamento: a expansão macrometropolitana
3 Saneamento Novo Ciclo do Saneamento no País 3 Ambiente legal:leis /05 (Consórcios Públicos) e /07 (Diretrizes gerais para o saneamento) Grandes Marcos Planasa: Contrato de concessão Atual: Contrato de programa Auto-regulação (liberdade para planejar e executar sem fiscalização) Financiamentos a prazos e custos compatíveis assegurados Foco em obras Monopólio natural Água como bem livre Agência reguladora (desagregação da regulação e fiscalização do planejamento e da prestação serviços) Financiamento de mercado Foco na prestação do serviço Ambiente competitivo Escassez de recursos hídricos
4 Saneamento Situação do Estado de São Paulo 4 Tem a melhor cobertura dos serviços de saneamento do país, liderando com 84 %, à frente do Distrito Federal (79,8 %), e de Minas Gerais (73,4 %); Dos 50 municípios do Brasil com maior acesso a rede geral de esgoto, 44 estão no estado de São Paulo; Os 10 municípios com índices acima de 96,5% estão todos no estado de São Paulo; Na área de atuação da Sabesp, o abastecimento de água está praticamente universalizado. A coleta de esgotos evoluiu, nos últimos 10 anos, de 68 % para 79 % e o tratamento de 29 % para 63 % dos volumes coletados; Nos últimos 12 anos, o Governo do Estado investiu R$ 15,5 bilhões, sendo R$ 9 bilhões em esgotamento sanitário; De 2007 a 2010 o Governo do Estado terá investido cerca de R$ 8,7 bilhões em saneamento, dos quais a Sabesp participará com aproximadamente R$ 6 bilhões; O objetivo é elevar o índice de cobertura em todos os municípios do Estado. Especificamente nos 367 municípios atendidos pela Sabesp, a meta é ampliar para 84 % a coleta e para 82 % o tratamento de esgoto; Buscar a maior eficiência na alocação de recursos segundo a lógica das bacias hidrográficas, recuperando os mananciais de montante para jusante.
5 Saneamento Desafios Atuais 5 Universalizar o atendimento em água e esgoto com perenidade nos investimentos. Prover segurança, qualidade e transparência na prestação de serviços públicos. Fortalecer institucionalmente o setor: Regular o setor, criando um ambiente institucional e legal adequado aos investimentos; Aumentar a eficiência e a profissionalização na prestação dos serviços. Promover o uso eficiente da água e da infra-estrutura.
6 Fortalecimento Institucional A Ação do Regulador Idealmente a Agência deveria contar com servidores com suficiente experiência para entender os três pontos de vista (CLT) Consumidores/Sociedade Modicidade Tarifária Qualidade do serviço No entanto, a contratação é dirigida para profissionais em início de carreira (RJU) 6 Prestadores de serviço AGÊNCIA Governo Remuneração adequada Cumprimento dos contratos Regras claras e estáveis Fonte: ANEEL Controle da Inflação Universalização
7 São Paulo Fortalecimento Institucional 7 Regulamentação do Setor: Lei Complementar 1025 Modernização e adequação da Política Estadual de Saneamento: foco no planejamento e nas ações integradas. Fortalecimento do papel regulador do Estado: competência para regular e fiscalizar os serviços de saneamento (água, esgoto, lixo e drenagem), gás canalizado e distribuição de energia elétrica, de competência própria ou delegada. Criação da ARSESP a partir da CSPE: racionalidade administrativa, aproveitamento da experiência anterior. Criação de dois Conselhos de Orientação: saneamento e energia Controle social - audiências públicas e ouvidoria.
8 Fortalecimento Institucional Controle e Participação Social na ARSESP 8 Controle social e atendimento aos usuários: Principais decisões serão precedidas de consultas ou audiências públicas; Disponibilidade de informações na internet; Ouvidoria. Representatividade nos Conselhos de Orientação: Energia: representantes dos prestadores de serviços, trabalhadores, consumidores e sociedade civil; Saneamento: (idem energia) + participação significativa dos municípios.
9 Saneamento Desafios institucionais a superar 9 Titularidade dos serviços nas RMs Fórmulas transitórias de titularidade compartilhada Nítida separação entre competências reguladoras e gestão / organização dos serviços Separação de responsabilidades em relação ao uso dos recursos hídricos Plano Diretor de Aproveitamento Múltiplo de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista uma visão regional de integração entre medidas estruturais e não estruturais.
10 Saneamento Previsão de Investimentos FONTE TOTAL COMPROMISSADO ALOCADO 1 -OGU TESOURO DO ESTADO FINANCIAMENTOS PRÓPRIOS DE EMPRESAS CONTRAPARTIDAS TOTAL
11 Saneamento Programas e Ações em Andamento 11 Elaboração de Planos Municipais de Saneamento (SSE) Objetivo: promover o fortalecimento institucional (planejamento e regulação) dos municípios paulistas ; Investimento: R$ 20,9 milhões ( ); Principais ações: apoiar 22 UGRHI do Estado e seus municípios na elaboração de planos de saneamento. Córrego Limpo (Sabesp / PMSP): Objetivo: Despoluir 300 córregos urbanos na Região Metropolitana de São Paulo; Investimento: R$ 200 milhões em 2007/2008 (R$ 163,7 milhões da Sabesp -1 a etapa. Recuperação das Águas Paulistas Reágua (SSE): Objetivo: recuperação de capacidade dos mananciais por meio de ações de redução de perdas, reuso de águas, tratamento de esgotos; Investimento: U$ 130 milhões (Financiamento do Banco Mundial); Foco: unidades hidrográficas (UGRHI) com maior escassez hídrica (relação demanda / disponibilidade > 80%): Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Alto Tietê, Sapucaí/Grande, Mogi-Guaçu e Tietê/Sorocaba.
12 Saneamento Programas e Ações em Andamento 12 Programa Mananciais - Vida Nova (SSE / CDHU / PMSP / Sabesp): Objetivo: preservação de mananciais para abastecimento da Região Metropolitana; Intervenções: Urbanização de favelas, implantação da infraestrutura e regularização fundiária (correlação índices urbanísticos / carga poluente). Investimento: R$ 1,17 bilhão, de 2008 a 2012, oriundo do Banco Mundial, GESP, SABESP, PMSP, OGU, e JBIC. Recuperação Ambiental da Baixada Santista e do Litoral Norte (Sabesp): Objetivo: ampliar, de 53% para 95%, a cobertura de esgotamento sanitário na Baixada Santista, recuperando a balneabilidade das praias do litoral paulista; Investimento: R$ 2,2 bilhões até 2012 (R$ 1,179 bilhão financiado pelo JBIC); Principais ações: implantar 1100 km de rede coletora, interceptores e linhas tronco; construir 101 estações elevatórias, 7 estações de tratamento e um emissário submarino; realizar 120 mil ligações domiciliares; População beneficiada: 3,1 milhões.
13 Saneamento Programas e Ações em Andamento 13 Projeto Tietê III (Sabesp): Objetivo: despoluição, recuperação e proteção do Rio Tietê: recuperação da área de várzeas, tratamento de esgotos, desassoreamento e implantação de equipamentos de uso público (parques, bosques, quadras de esporte e outros); Investimentos: US$ 1,1 bilhão (BID e recursos próprios do Estado). PPP Taiaçupeba (Sabesp): Objetivo: ampliar em 15 m³/s a produção de água para abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo; Principais ações: ampliação da Estação de Tratamento de Água de 10 para 15 m³/s, construção de 17,7 km de adutoras, construção de quatro reservatórios de 70 mil m³, além de outras obras acessórias; Investimento: R$ 300 milhões.
14 Saneamento Programas e Ações em Andamento 14 Água Limpa DAEE (recursos SES): Objetivo: tratamento de esgotos e despoluição das águas. Na primeira etapa foram beneficiados municípios não operados pela SABESP, com até habitantes, hoje abrange populações de até habitantes; Investimento: R$ 357,7 milhões até R$ 161 milhões na primeira etapa; Execução: DAEE/Municípios. A execução da rede básica e dos coletores é de responsabilidade dos municípios. Controle de Enchentes na RMSP (DAEE) Objetivo: execução de obras de infra-estrutura hídrica, controle de enchentes e serviços de limpeza e desassoreamento de corpos d água; Principais ações: - atualização e implantação do Plano Diretor de Macrodrenagem; - manutenção dos 41 km do Rio Tietê, da Barragem de Edgard de Souza até a Barragem da Penha; - construção de piscinões; desassoreamento de 41 km do Rio Tietê; canalização do Córrego do Oratório, do Córrego Jacu, de 4,5 km do Ribeirão Vermelho (S.Paulo/Osasco) e de 3 km do Córrego Taboão (S. Bernardo do Campo).
15 Saneamento Programas e Ações 15 Apoio aos Municípios (DAEE) Objetivo: executar obras e repassar recursos para implantação de infra-estrutura hídrica e de drenagem urbana. Prestar apoio técnico aos municípios; Principais ações: em 2007 foram celebrados 47 Convênios, realizados 119 atendimentos e contratados 15 poços para assentamentos rurais no Pontal do Paranapanema. Programa de Manutenção da Infra-estrutura Hídrica da RMSP (DAEE): Objetivo: implantação do Plano Diretor de Macrodrenagem da Região Metropolitana de São Paulo; Principais ações: desassoreamento de cursos d água, limpeza e conservação de canais, canalizações e construção de reservatórios de retenção de cheias Investimentos: R$ 400 milhões Prazo: 4 anos
16 Macrodrenagem metropolitana: retardando as vazões de pico 16
17 Controle de inundações e desenvolvimento urbano sustentável: Parque Várzeas do Tietê 17 Controle de inundações e desenvolvimento urbano sustentável
18 Controle de inundações e desenvolvimento urbano sustentável: Parque Várzeas do Tietê Situação das áreas críticas de ocupação irregular - Chácara 3 Meninas e Complexo Pantanal em 20/07/2007 (sobrevôo DAEE) 18 Novo Horizonte 3 Meninas Cotovelo e Pantanal S. Marinho Jd. Romano
19 Controle de inundações e desenvolvimento urbano sustentável: Parque Várzeas do Tietê 19 Proposta Parque Jardim Pantanal Área do Parque proposto m² Aproveitamento de grandes vazios remanescentes para proteção ambiental e equipamentos para as comunidades Reassentamento de 670 unidades residenciais (estimativa por aerofoto) Implantação da Via Parque
20 Novas escalas de planejamento: a expansão macrometropolitana 20 Mais do mesmo não é uma resposta adequada para a complexidade crescente das metrópoles O espaço metropolitano excede, hoje, os limites originalmente estabelecidos a complexidade de escala O abastecimento de água e a despoluição das águas urbanas interagem cada vez mais entre si e com outros sistemas de infra-estrutura a complexidade de escopo O Estado de São Paulo tem abordado essas complexidades por meio da associação entre medidas estruturais, voltadas à ampliação da oferta, e não estruturais, associadas à gestão da demanda, em um domínio territorial mais amplo que o das UGRHI
21 21 Áreas de proteção aos mananciais na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê
22 22 Expansão urbana metropolitana de Milhões Milhões de de hab. hab. 25 Milhões Milhões de de hab. hab. de hab Projeção Projeção Seade Projeção 2009 Seade Projeção Seade Seade : 1997: ,3 16,8 milhões de de hab. hab : : 1949: 13,7 milhões de hab : 9,3 2,5 5,3 milhões de de de hab
23 23 Demanda de água em função da disponibilidade (Q7,10 )
24 24
25 Interconexões macro-metropolitanas 25
26 SECRETARIA DE SANEAMENTO E ENERGIA Contatos saneamento@sp.gov.br (11) R. Bela Cintra, º Andar São Paulo SP
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