XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual

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1 SSOCIÇÃO PULIST D PROPRIEDDE INTELECTUL v. Prof. scendino Reis, São Paulo / SP - Tels.: (11) Fax: Boletim SPI n o 42 - Março a Junho de 2014 XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual Da esq. para a dir.: José Carlos Tinoco Soares, lberto Luis Camelier da Silva e Marcelo ntunes Nemer Da esq. para a dir.: Marcelo ntunes Nemer, Fabiano de Bem da Rocha e Juan Eduardo Vanrell SUMÁRIO Editorial - driana Gomes Brunner...02 conteceu na spi: XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual SPI 2014 Propriedade Intelectual Transfronteiras: Jogando com o Futuro...03 gendas Internacional...08 Cultural...09 Internacional Enquanto Isso... Benny Spiewak...09 rtigos: STJ Profere Relevante Decisão Envolvendo os Limites de Vedação à Importação Paralela José Eduardo Pieri Diego Mattos Osegueda...10 Propaganda na Copa e o Marketing de Emboscada por ssociação Eduardo Dietrich e Trigueiros O no da Privacidade no Brasil Gustavo rtese...13 Marco Civil da Internet Prelúdio da Normatização Nacional Sobre Direitos e Deveres no mbiente Virtual Luiz Ricardo de lmeida...14 Soberania e Segurança Nacional: questão das Patentes mericanas e os Caças Suecos ri Magalhães Neto...17 spectos da Proteção do Conhecimento na quicultura Brasileira na Maria Ferreira Lucia Regina M. V. Fernandes...21 O Fenômeno do Big Data e a Proteção de Dados Camila Gurgel Fasano de Guglielmo Douglas Cohen Moreira...24 Jurisprudência: Jurisprudência dos Tribunais - ndré Zonaro Giachetta...27 Jurisprudência dministrativa - Luiz Ricardo Marinello...35 Fotos: Congresso...36

2 Boletim SPI n o 42 Março a Junho de 2014 Uma publicação trimestral da ssociação Paulista da Propriedade Intelectual SPI Diretoria e Conselho para o biênio 2013/2015 Presidente Marcelo ntunes Nemer Brunner dvogados ssociados 1 Vice-Presidente Marcello do Nascimento David do Nascimento dvogados ssociados 2 Vice-Presidente Daniel densohn de Souza Camelier dvogados ssociados Diretora Secretária Patrícia Silveira C&S Interpatents Diretora Tesoureira Soraya Imbassahy de Mello David do Nascimento dvogados ssociados Diretoria Jurídica José Carlos Tinoco Soares Tinoco Soares & Filho Ltda. Diretoria Social Fernanda Vilela Coelho VilelaCoelho Sociedade de dvogados Carina Souza Rodrigues Daniel dvogados César Peduti Filho Peduti Socied. de dvogados- Propriedade Intelectual Diretoria de Ética Mauro J.G. rruda Gonçalves, rruda & ragão dvogados Brasília e São Paulo Diretoria de Planejamento Estratégico ntonio Carlos Siqueira da Silva Ricci & ssociados Propriedade Intelectual Diretoria de Relações Institucionais João Marcos Silveira (SP) Jm Silveira & ssociados Propriedade Intelectual Ricardo Pernold Vieira de Mello (RJ) Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello dvogados Diretoria da Biblioteca Ismênia de Barros Wallace Barros Wallace dvogados Diretoria Editorial driana Gomes Brunner Nemer Brunner dvogados ssociados Diretoria Cultural *Coordenadoras ndré Zonaro Giacchetta Pinheiro Neto dvogados ndrea Garbelini Queiroz Brunner dvogados ssociados Denise Naimara Santos Tavares Vale S/ Ingrid Sguassabia Ferreira Viacom Networks Brasil Programação Televisiva e Publicidade Ltda Karin Klempp* Karin Klempp & Rogério Emilio De ndrade dvogados Leticia Provedel* Provedel dvogados Luana Leticia Brazileiro Pepsico do Brasil Ltda / JURIDICO Neide Bueno Ricci & ssociados Propriedade Intelectual S/S Ltda Kassia Reis de Paula Natura Cosméticos S/ João Vieira da Cunha Gusmão & Labrunie Marcelo Manoel Barbosa Sul mércica Marcas e Patentes Diretoria de Relações cadêmicas Eduardo Conrado Silveira Cruzeiro/Newmarc Patentes e Marcas Ltda. Nancy Satiko Caigawa Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual Diretoria de Relações Internacionais Carlos Henrique de Carvalho Fróes Fróes dvogados Kenneth René Ouchana Wallace Barros Wallace dvogados Rodolfo Humberto Martinez Y Pell Jr Martinez ssociados Simone Villaça Remer Consultores ssessoria Empresarial Ltda Wilfrido Fernandez Zacarias & Fernandez Diretoria de Comunicação Fabrício Vilela Coelho VilelaCoelho Sociedade de dvogados Mauricio Serino Lia Lia e Barbosa Sociedade de dvogados Diretoria Patrimonial Marilisa C. Tinoco Soares Tinoco Soares & Filho Ltda. Rogerio Brunner Rbrunner & ssociados Ltda Conselho Fiscal e Consultivo Gabriel Pedras rnaud Pinheiro, Nunes, rnaud e Scatamburlo dvogados Juliana Laura Bruna Viegas J L Viegas Ltda Leonardo Barém Leite Roger de Castro Kneblewski Lynch & Kneblewski Ltda. Wilson Pinheiro Jabur Salusse Marangoni dvogados Conselho Nato lberto Luis Camelier da Silva Camelier dvogados ssociados Clovis Silveira C&S Interpatents Constante B. Bazzon (in Memorian) Henrique Steuer I. de Mello Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira José Carlos Tinoco Soares Tinoco Soares & Filho Ltda. Lanir Orlando dvocacia Lanir Orlando S/C Luiz rmando Lippel Braga Sul mércica Marcas e Patentes Milton de Mello Junqueira Leite Junqueira Leite - Propriedade Intelectual Newton Silveira Cruzeiro/Newmarc Patentes e Marcas Ltda. Projeto e Produção Gráfica C&D - Editora & Gráfica Ltda. Boletim SPI Todos os direitos reservados. Reprodução autorizada, desde que citada a fonte. EDITORIL realização do XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual da SPI foi um sucesso. O evento ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de março de 2014, no Mercure Grand Hotel Parque do Ibirapuera, com o título PROPRIEDDE INTELECTUL TRNSFRONTEIRS: JOGNDO COM O FUTURO. O XIV Congresso Internacional contou com a presença de 215 participantes e representantes de vários países, dentre os quais rgentina, Colômbia, Portugal, Bélgica, Venezuela, Chile, México, Equador, Guatemala, Espanha, Paraguai, Uruguai e Estados Unidos. Nesta ocasião foram discutidos temas atuais de alta relevância para a Propriedade Intelectual como a integração internacional da propriedade intelectual, espionagem internacional e seus reflexos anti-concorrenciais, biotecnologia moderna e agronegócio, entre outros. Queria, em nome da SPI, homenagear o presidente, José Carlos Tinoco Soares, bem como os integrantes das duas comissões de trabalho que organizaram o XIV Congresso Internacional SPI comissão científica, composta pelos colegas lberto Camelier, ndré Giaccheta, ntonio Carlos Siqueira da Silva, Clóvis Silveira, Daniel densohn de Souza, Denise Naimara Santos Tavares, Ingrid Sguassabia Ferreira, Ismênia Barros, João Vieira da Cunha, João Vieira da Cunha, José Carlos Tinoco Soares, Karin Klempp, Kassia Reis de Paula, Kenneth René Ouchana Wallace, Leonardo Barém Leite, Letícia Provedel, Marcello do Nascimento, Marcelo Nemer, Maurício Serino Lia, Neide Bueno, Newton Silveira, Patricia Silveira, Ricardo P. Vieira de Mello e Rogério Brunner. comissão executiva, integrada pelos colegas lexandre Fragoso Machado, Daniel densohn de Souza, Fabrício Vilela Coelho, Marcello do Nascimento, Marcelo Nemer, Patricia Silveira e Soraya Imbassahy de Mello. Neste boletim, além dos costumeiros artigos e seções, demos especial destaque a esse importante evento, que além de propiciar atualização profissional e troca de experiências com os profissionais mais experientes do país, foi uma ótima oportunidade para novos negócios e parcerias. driana Brunner Jun/2013 Os artigos publicados neste Boletim são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião quer da Editoria quer da SPI. 2 v. Prof. scendino Reis, 1548 CEP São Paulo - SP - Brasil Fone: / Fax: aspi@aspi.org.br -

3 CONTECEU N SPI XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual SPI 2014 Propriedade Intelectual Transfronteiras: Jogando com o Futuro Em 2014, o mundo estará olhando para o Brasil. O evento que será aqui sediado atrairá, como tem atraído, a atenção de importantes agentes econômicos internacionais. Neste contexto, a SPI orgulhosamente promoveu seu Congresso Internacional com um tema de enorme relevância para o empresariado: PROPRIEDDE INTELECTUL TRNSFRONTEIRS: JOGNDO COM O FUTURO. O XIV Congresso Internacional da Propriedade Intelectual SPI 2014 tratou de assuntos notáveis como a integração internacional da propriedade intelectual, espionagem internacional e seus reflexos anticoncorrenciais, biotecnologia moderna e agronegócio, entre outros. O evento ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de Março de 2014, nas instalações do Mercure Grand Hotel Parque do Ibirapuera, localizado no Ibirapuera, uma das regiões mais privilegiadas de São Paulo. Veja, a seguir, resumo elaborado pelos moderadores de cada um dos painéis: PLESTR DE BERTUR Palestrante: ntônio Márcio Buainain - UNICMP 3

4 CONTECEU N SPI PINEL 1 Propriedade Intelectual no Mundo Globalizado BRSIL E INTEGRÇÃO INTERNCIONL DOS SISTEMS DE PROPRIEDDE INDUSTRIL internacionalização dos sistemas de proteção da Propriedade Industrial permite uma combinação de instrumentos estratégicos que resultam em verdadeiras vantagens competitivas para as empresas. Entenda o dinamismo dos sistemas de proteção e seus benefícios para empresas e clientes, com dicas estratégicas de proteção em nível global. Palestrante: James. Larson - Hamre, Schumann, Mueller & Larson, P.C. Palestrante: lbert Keyack - USPTO Debatedor: Fernando de Castro Sá - Petrobrás Moderadora: Leticia Provedel - Provedel dvogados O painel de abertura do evento contou palestrantes internacionais e a Petrobrás para explorar o tema. Integração Internacional dos Sistemas de Propriedade Industrial, revelando como o dinamismo da integração dos sistemas de Propriedade Intelectual vem garantindo mecanismos de incremento na proteção dos bens intangíveis, permitindo a agilização da concessão de registros e facilitando sua defesa em escala global. Os palestrantes James Larson (HSM&L), lbert Kayack (USPTO) e Fernando Sá (Petrobrás S..) demonstraram como instrumentos tais como a opção pelo patent highway tem beneficiado titulares de direitos da propriedade intelectual e discutiram os avanços e atrasos do atual sistema brasileiro, abrindo portas para um debate nacional quanto à incorporação desses mecanismos às práticas brasileiras. PINEL 2 CONCORRÊNCI DESLEL: SEGREDOS E ESPIONGEM INTERNCIONL O painel debateu o uso de conhecimentos, informações e segredos comerciais de empresas de outro país, obtidos por meio da espionagem internacional praticada por agências secretas; ou seja, o impacto econômico da espionagem internacional, verdadeira prática de concorrência desleal. Debateu também as medidas que estão sendo tomadas para a proteção das informações sensíveis, no Brasil e em outros países. Palestrante: José-Manuel Diogo - genda Setting e autor de s Grandes gências Secretas Palestrante: Demi Getschko - NIC.br Moderador: Clovis Silveira - C&S InterPatents O Painel 2 abordou o tema geral CONCORRÊNCI DESLEL: SEGREDOS E ESPIONGEM INTERNCIONL, que foi dedicado à polêmica questão do uso de conhecimentos, informações e segredos comerciais de empresas de outro país, obtidos por meio da espionagem internacional. O conferencista português José-Manuel Diogo, autor do livro. s Grandes gências Secretas, lançado no ano passado, discorreu sobre. Os novos desafios da Inteligência e da Informação comentando os recentes acontecimentos de espionagem internacional, em especial contra o Brasil. Segundo ele, contudo, as próximas décadas serão de perda de poder na Europa e nos países do norte, o qual passará para o sul e para as novas economias, entre elas o Brasil. Diogo analisou o Novo Mundo das informações, com as ações dos hacktivistas, e comentou o programa Prism, imposto pelos Estados Unidos através da National Security gency, para escutar e manter sob controle todo tipo de informações no mundo, encerrando com comentários sobre a Era Pós-segredos. Em seguida, Demi Getschko, diretor presidente do Nic.br, conhecido como o papa da Internet no Brasil, abordou a questão da segurança física das informações e comentou a inviabilidade da sugestão do governo para a proteção das informações sensíveis, no Brasil, exibindo um mapa da infraestrutura global de mais de 300 cabos de fibra óptica submarinos que interligam a Internet mundial, a qual é controlada por um pequeno número de organizações. 4

5 tualidades e Desenvolvimento Nacional CONTECEU N SPI PINEL 3 Biotecnologia Moderna - DN, Genoma, Cultivares, Patentes e gronegócio Biotecnologia por ser a mais alta tecnologia da vida não tem limites. Nossa missão foi enfocar apenas alguns aspectos como: DN, GENOM, CULTIVRES, visando sua proteção como patente e chegando ao agronegócio. Palestrante: Roberto Barbosa de lmeida - EMBRP Debatedora: na Claudia Mamede - Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira Moderador: José Carlos Tinoco Soares Tinoco Soares & Filho Ltda Não obstante o longo âmbito do tema, e a Biotecnologia envolver os organismos vivos ou parte deles para fabricar ou modificar produtos, aperfeiçoar plantas e animais ou para desenvolver microorganismos para usos específicos. E, também por alcançar a maioria das ciências da vida, através da química, enzimologia, virologia, bacteriologia e imunologia, o certo é que se norteou pelo agronegócio posto que foi apresentada uma visão da importância que tem para o Brasil e quiçá o mundo a EMBRP. Sim, Embrapa que contribui e sobremaneira para a pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura. Embrapa que se dedica aos grãos e sementes oleaginosas, à produção da carne bovina, suína e aves, à produção do leite, com, inclusive, um considerável número de patentes nacionais e também no estrangeiro, dentre estas as que dizem respeito à nanotecnologia aplicada à fertilizantes. Enfim, aquela empresa que tira tudo da terra para modificar, aperfeiçoar, encontrar e inovar novos produtos destinados à nossa e a muitas outras terras. PINEL 4 Inovação, Transferência de Tecnologia e Parcerias P&D O governo brasileiro já adotou a inovação como meta maior de sua política industrial. O lema do Plano Brasil Maior é Inovar para Competir. Competir para Crescer. Como estimular a inovação, a transferência de tecnologia entre universidades e empresas e como desburocratizar as parcerias entre entidades públicas e empresas privadas para atingir essa meta foi o tema que foi debatido neste painel. Palestrante: lexandre Venturini Lima gência de Inovação da USP Palestrante: Carlos lberto Teixeira Instituto Nacional de Tecnologia - INT Moderadora: Juliana Viegas - J L Viegas Ltda O Dr. lexandre Venturini Lima fez uma apresentação abrangente sobre a Universidade de São Paulo, responsável por cerca de 30% da produção científica do Brasil, sendo considerada a mais produtiva Universidade do país. De fato, a USP apresenta números importantes: é titular de 843 pedidos de patentes, dos quais 105 concedidos, 47 registros de software, 242 registros de marcas, 2 registros de desenhos industriais e 15 registros de direitos autorais. De maneira geral, o Estado de São Paulo é bem servido de infraestrutura para novas empresas de base tecnológica: conta com uma série de incubadoras, entre as quais: ParkTec, Esalq, Cietec, Supera, Habits e UNItec. E a USP oferece também 3 grandes parques tecnológicos: São Carlos, Jaguaré e Parque Tecnológico de Ribeirão Preto. partir da Lei de Inovação, de 2004, a USPpropõe-se a atualizar as suas diretrizes internas que regulam as atividades de pesquisa e inovação, para: I estimular o desenvolvimento e fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação; II estender à sociedade os resultados da pesquisa desenvolvida; III estimular a transformação do conhecimento científico e tecnológico em inovações, contribuindo, dessa forma, com o desenvolvimento científico, cultural, tecnológico, econômico e social do Estado de São Paulo e do país; IV apoiar o uso social das criações desenvolvidas no âmbito das atividades universitárias, por licenciamento ou cessão, ou mediante transferência de tecnologia, de forma gratuita ou onerosa, respeitados os interesses legítimos dos pesquisadores e protegido, em qualquer caso, o patrimônio material e imaterial da Universidade; V garantir o reconhecimento da autoria de qualquer produto intelectual gerado no âmbito de suas Unidades e Órgãos, da forma que melhor reflita as contribuições de todos os participantes; 5

6 CONTECEU N SPI VI partilhar com os criadores os ganhos econômicos obtidos com a exploração comercial das criações desenvolvidas, segundo critérios previamente fixados; VII observar, em qualquer caso, a prevalência do interesse público e social sobre os retornos patrimoniais eventualmente obtidos na exploração comercial de suas criações. O Dr. Carlos lberto M. Teixeira apresentou o Instituto Nacional de Tecnologia - NT, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, criado em 1921, cuja missão é Participar do desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio da pesquisa tecnológica, da transferência do conhecimento e da promoção da inovação. O foco principal do INT é Promover o desenvolvimento de soluções completas por meio da agilidade e transversalidade das suas competências em Química, Materiais e Engenharia de Produtos e Processos, com foco nos seguintes temas estratégicos: Petróleo, Gás e Petroquímica, Energias Renováveis, Química Verde, Complexo Industrial da Saúde, Complexo Industrial da Defesa e Tecnologias Sociais. Em 2013, o INT conta com setecentos funcionários de alto nível, dos quais 88 doutores, 108 mestres e 174 com especialização. Segundo o Dr. Teixeira, não faltam recursos para investimentos em inovação, para elevar a produtividade e a competitividade da economia brasileira. Computando-se todas as fontes de recursos disponíveis, há um potencial de investimentos de R$ 32.9 bilhões para as várias atividades de P&D, sendo R$ 1 bilhão da EMBRPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, R$ 300 milhões para infraestrutura laboratorial, R$ 470 milhões do Plano Brasil Maior / Pronatec, R$ 100 milhões do Programa Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas PNI, R$ 250 milhões do Fundo Tecnológico para poio de Projetos Tecnológicos em ssociação com Empresas FUNTEC, e R$ 100 milhões para formação de recursos humanos. EMBRPII, Organização Social OS, que inaugura um novo modelo para inovação industrial no Brasil, tem por objetivo promover estratégias de inovação decorrentes das necessidades empresariais, fortalecendo a produtividade e competitividade da indústria nacional; estimular instituições de PD&I a prospectar projetos empresariais e arranjos cooperativos para inovação e estabelecer um ambiente favorável à formação e capacitação de recursos humanos por meio da implantação dos Polos de Inovação. Em seguida, o Dr. Teixeira esclareceu os objetivos da Lei do Bem, que criou incentivos fiscais para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e cujos objetivos são: conceder incentivos fiscais de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovação nas empresas, a fim de promover o desenvolvimento tecnológico do País; criar um ambiente favorável para que as empresas se sintamestimuladas a investir em PD&I; diminuir os custos e compartilhar os riscos da atividade inovadora, de forma a atender ao interesse público de autonomia tecnológica e aumento de competitividade nacional;e induzir a atuação dos agentes econômicos privados na direção das necessidades de inovação identificadas e manifestadas como de especial interesse para o País. Os resultados esperados são um aumento do número de empresas nacionais que efetivamente realizam atividades próprias de P&D; a adoção de mecanismos de pesquisas cooperativas, por parte dos atores, procurando associar competências e a partilha dos custos e dos riscos inerentes ao processo de inovação tecnológica; o surgimento de novos modelos de interações, tais como: open innovation, parcerias tecnológicas,venture capital, dentre outras alternativas de parcerias; e tornar as empresas nacionais eficientes e competitivas para enfrentar a acirrada competição do mercado internacional. Instâncias Especializadas PINEL 5 Propriedade Intelectual na Justiça Especializada Este painel abordou a experiência adquirida pelos magistrados dos Tribunais Especializados, nas esferas estadual e federal, nos julgamentos de ações envolvendo direito de propriedade industrial, especialmente marcas, concorrência desleal, patentes, desenhos industriais, entre outros. Enfocou, ainda, as vantagens da justiça especializada, com o aumento gradual do conhecimento concentrado na matéria e a consequente melhora das decisões. Palestrante: Desembargador Federal ndré Fontes - TRF2 Palestrante: Ministro Massami Uyeda ex - Ministro do STJ Debatedor: Fabiano de Bem da Rocha Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual Moderador: lberto Camelier Camelier dvogados ssociados O Painel 5 abordou o tema Propriedade Intelectual na Justiça Especializada e contou com as palestras do Ministro do STJ, Massami Uyeda; Desembargador Federal do TRF2, ndré Fontes e do dvogado Fabiano de Bem da Rocha, os quais discorreram acerca de suas experiências no trato da matéria, assim como as vantagens e desvantagens da adoção, por alguns entes federativos, da especialização de varas, câmara e turmas. O estudo da propriedade intelectual, por ser escasso na sua origem (faculdades de direito) em todo o Brasil, causa aos futuros operadores do direito, em especial, os magistrados, séria deficiência de formação, dificultando o entendimento da matéria e, não raro, a má distribuição da justiça. Nesse particular, houve consenso entre os participantes do painel de que a especialização da justiça promoveria, pelo menos na matéria em discussão, um constante crescimento do conhecimento pelo julgador, aumentando assim a segurança jurídica do jurisdicionado. 6

7 CONTECEU N SPI PINEL 6 Condutas Empresariais - O Novo Cade O Conselho dministrativo de Defesa Econômica (CDE), em função da nova lei e dos novos critérios para análise das condutas e dos atos de concentração, tem como desafio avaliar e punir eventuais abusos de poder econômico cometidos por empresas, através de práticas que possam restringir ou eliminar a concorrência, tais como contratos e arranjos empresariais, incluindo licenças de uso e outros abusos de direito de propriedade intelectual. Nesse painel, portanto, foram debatidos o alcance, em profundidade e extensão, da atuação do CDE em relação às operações na área da propriedade intelectual. Palestrante: na de Oliveira Frazão - Conselheira do CDE Debatedor: Celso Campilongo Campilongo dvogados ssociados Moderador: Leonardo Leite - lmeida dvogados idealização e a realização do painel comprovam o pioneirismo da SPI e o seu poder de inovação em prol da propriedade intelectual, tendo ocorrido em um momento extremamente importante e oportuno, em função das novas atribuições e formato do CDE. O conselho já se vem dedicando com maior afinco e atenção à análise das condutas empresariais e acordos, de forma que contratos recentes envolvendo a propriedade intelectual e seus diversos formatos de licenciamento e de parcerias, têm sido avaliados não apenas do ponto de vista específico e original, mas também sob a ótica da concorrência. Decisões recentes e polêmicas motivaram o painel que foi muitissimo presitigiado e elogiado pelos presentes. Sugerido e moderado pelo advogado especializado em negócios e direito empresarial, e conselheiro da SPI, Leonardo Barém Leite, o painel contou com a participação de dois dos maiores especialistas no assunto, tendo a Conselheira do CDE Dra. na Frazão realizado brilhante apresentação e o renomado professor Dr Celso Campilongo trazido importantes pontos para reflexão, fomentando o debate. palestra da Conselheira na tratou fundamentalmente da relação entre a propriedade industrial e o Direito da Concorrência tanto sob a perspectiva das condutas, como sob a perspectiva das estruturas. Quanto a condutas, procurou mostrar que a propriedade intelectual exige uma adaptação da metodologia antitruste, inclusive no tocante ao mercado relevante, para considerar os reais efeitos da sua utilização nos mercados. Daí a necessidade de se observar aspectos como a eficiência dinâmica, a interconexão entre mercados e as devidas relações entre os mercados de pesquisa e desenvolvimento, os mercados de tecnologia e os mercados de bens e serviços. Quanto às estruturas, a palestra mostrou como os contratos de transferência de tecnologia, por exemplo, podem se revelar importantes formas de cooperação diferenciada entre os contratantes, com importantes impactos na ordem concorrencial, inclusive para efeitos da necessidade de notificação obrigatória de tais acordos. O Professor Celso, por sua vez destacou a tendência de aproximação entre o ntitruste e a propriedade intelectual, reforçando que não se trata de confundir esferas de competências bem definidas em Lei (do CDE e do INPI), mas de se reconhecer que, muitas vezes, a aplicação do Direito da Concorrência depende da prévia delimitação do alcance de determinado direito de propriedade intelectual. Não seria possível, assim, que a análise antitruste examinasse apenas a potencialidade de produção de efeitos anticoncorrenciais da conduta. Quando direitos de PI estiverem em jogo, primeiramente, o CDE deverá demonstrar a existência de um abuso daquele direito. penas depois disso abrir-se-á a possibilidade para examinar se, desse primeiro abuso, decorreria outra espécie de abuso de direito: o abuso de poder econômico. O legítimo uso de um direito de PI e do poder econômico a ele inerente é muito diverso de seu abuso específico (PI) e do abuso subsequente de poder econômico (ntitruste). Sem fazer a distinção, pode-se sacrificar um dos principais objetivos tanto do antitruste quanto da propriedade intelectual: a tutela da inovação. s Novas Dimensões da Propriedade Intelectual PINEL 7 Naming Rights, Copa do Mundo e Infraestrutura proximidade da realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, com as reformas e construções de novos estádios e arenas traz à tona a questão dos chamados naming rights. Este painel abordou a nova dimensão da propriedade intelectual e também a sua possível extensão ou aplicabilidade para outros espaços e elementos de infraestrutura, relacionados ou não aos esportes e outros grandes eventos. Palestrante: Luis Eduardo Goffi e Dix - Grupo llianz Palestrante: Carlos ri Sundfeld - GVLaw Moderador: João Marcos Silveira - Jm Silveira & ssociados Propriedade Intelectual 7

8 CONTECEU N SPI O Painel 7 abordou o tema Naming Rights, Copa do Mudo e Infraestrutura e contou com as palestras de Luis Eduardo Goffi e Dix, Superintendente de Marca e ções de Relacionamento do Grupo llianz no Brasil, que trouxe interessantes informações acerca de aspectos dos contratos de naming rights sob ponto de vista empresarial, com base na vasta experiência do Grupo llianz nesta área, tanto internacionalmente quanto, também agora, no Brasil, onde está prestes a ser inaugurada, em São Paulo, a rena llianz, e do Dr. Carlos ri Sundfeld, professor fundador da Escola de Direito da FGV-SP, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público - SBDP, Doutor e Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, que nos brindou com uma excelente análise das questões jurídicas que se colocam para a utilização desse instituto com relação a bens públicos e contratos administrativos, apontando, de um lado, os benefícios que os contratos de naming rights podem (ou poderiam) trazer à dministração e à sociedade em geral e, de outro, os entraves ou dificuldades que dificultam ou, em alguns casos, inviabilizam a sua utilização na área pública. PINEL 8 Novas Facetas do Direito utoral O painel debateu as novas formas de arte na sociedade moderna: na moda (vestuário e perfume) e na gastronomia (procedimentos, sabor e aparência dos pratos). Pode o direito autoral albergar essas novas formas? Palestrante: Mônica Guise Rosina - FGV Palestrante: Raphael Despirite - Restaurante Marcel Debatedor: Guilherme Carboni - Cesnik, Quintino e Salinas dvogados em São Paulo Moderador: Newton Silveira - Cruzeiro/Newmarc Patentes e Marcas Ltda Prof. da FGV - Fundação Getúlio Vargas, Mônica Guise, apresentou uma rica palestra acerca das questões que envolvem a aplicação do Direito utoral às criações de moda, matéria em que a palestrante tem larga experiência. Seguiu-se a apresentação do chef Raphael Despirite, do tradicional Restaurante Marcel. Raphael é um jovem e inovador chef que aplica a sua criatividade sobre o tradicionalismo do conhecido restaurante Marcel. mbas as palestras, por sua atualidade, despertaram o maior interesse do público presente. Completou o quadro do painel, como debatedor, o advogado Guilherme Carboni, que tem se dedicado às questões atuais do direito de autor. pesar de o Painel VIII ser o último do Congresso SPI, o público não arredou o pé interessado que estava nessas novas facetas do Direito utoral. 10-pr-14 12pr-14 FICPI Kyoto JP FICPI Japan Symposium 07-May May-14 ICC Hong Kong CN ICC nnual Spring Conference 10-May May-14 INT Hong Kong HK 136th nnual Meeting 15-May May-14 IPL Philadelphia US IPL Spring Meeting 16-May May-14 LESI Moscow RU Delegates Meeting 18-May May-14 LESI Moscow RU LESI nnual Conference 18-Jun Jun-14 ECT licante ES ECT nnual Conference 05-ug ug-14 CHIPI Santiago CL VII Jornadas chipi 07-ug ug-14 B Boston US B nnual Meeting 24-ug ug-14 BPI S. Paulo BR XXXIV Congresso Internacional 28-ug ug-14 PI Bs. ires R nnual Meeting 8

9 INTERNCIONL Enquanto isso Benny Spiewak Em Washington, D.C, EU.Em 22 de abril, a Suprema Corte Norte mericana realizou sessão de sustentação oral no caso merican Broadcasting Company, Inc. v. ereo, Inc., U.S., No No caso, a autora, a ssociação Norte-mericana de Radiodifusores e a ré, a empresa norte-americana ereo, discutem se o sistema da ero, que prevê a recepção, via internet, de retransmissões de programação televisiva infringe direitos autorais dos radiodifusores. decisão da Suprema Corte é aguardada para Junho. Inapelável, a avaliação final da Suprema Corte, se favorável a ero, poderá alterar o modelo de negócio globalmente comum aos radiodifusores, ao permitir que novos agentes e empresas atuem no setor. Discute a ação se o conceito de execução pública, conforme determinado pela Lei de Direitos utorais Norte mericana, seria aplicável ao sistema da ero. Corte se mostrou dividida, com Juízes concordando com alegações dos radiodifusores, mas com outros tendendo a concluir que o sistema da ero não conduz a execução pública, tampouco que sua existência transmitiria publicamente conteúdo oriundo da radiodifusão. guardemos... Em Genebra, Suíça.Em 11 de abril o Escritório Regional fricano para Propriedade Intelectual (RIPO) obteve decisão positiva no nível internacional ao aprovar novo projeto de lei para proteção de variedades vegetais. Como próximo passo, o escritório planeja organizar, ainda em 2014, Conferência Diplomática, que funciona como instância legislativa final para a aprovação de normas vinculando diversos Estados. Se aprovada, a norma que poderá vincular todos os países membros da RIPO, quais sejam, Botswana, Gambia, Gana, Quênia, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Serra Leone, Libéria, Ruanda, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe. O intuito principal do tratado é o de garantir a proteção dos cultivadores, assegurando que haja o desenvolvimento sustentável de novas variedades no território africano. proteção às variedades se estenderá pelo prazo de 20 anos, contados da concessão do direito, sendo de 25 para variedades arbóreas e vinhas. Em Nova Deli, Índia. Permanecem tensas as relações entre o Governo indiano e as multinacionais farmacêuticas. O leitor dessa coluna lembrará que, em 2013, relatamos a decisão da Suprema Corte indiana que confirmou a não patenteabilidade de determinada invenção de multinacional suíça, a partir do entendimento de que a invenção não atenderia a critério de eficácia. Desde então, há o sentimento entre as multinacionais farmacêuticas de que a Índia está incorporando obstáculos à inovação farmacêutica. O entendimento da Suprema Corte, em síntese, questiona a patenteabilidade do chamado uso incremental de medicamentos, ou seja, a possibilidade de patenteamento de determinada invenção que já esteja patenteada, se identificada nova aplicação, formulação ou finalidade. Na última semana de abril, gigante farmacêutica norte-americana, em encontro com o Embaixador da Índia nos EU reportou que a série de medidas regulatórias e legislativas contrárias às inovações farmacêuticas afeta o interesse da indústria de investir na Índia. Também em abril, o Governo norte-americano iniciou procedimento que, no limite, suspenderá privilégios no comércio bilateral com a Índia, se finalmente determinado que o País desrespeita normas internacionais afetas à Propriedade Intelectual. O Governo brasileiro acompanha atentamente a discussão, já que medidas legislativas e regulatórias sobremaneira assemelhadas àquelas indianas estão em discussão por aqui. 9

10 RTIGO STJ Profere Relevante Decisão Envolvendo os Limites de Vedação à Importação Paralela José Eduardo Pieri - jvp@bmapi.com.br Diego Mattos Osegueda - dom@bmalaw.com.br Em Recurso Especial (REsp /CE) relatado pelo Exmo. Ministro Sidnei Beneti, a 3ª Turma do STJ proferiu importante acórdão, que tende a ser um marco nas questões envolvendo a ocorrência da chamada Importação Paralela, regulada no Brasil através do rt. 132, III, da Lei de Propriedade Industrial (LPI). importação paralela é caracterizada quando terceiros não detentores de direitos de propriedade industrial ingressam com produto no mercado nacional sem o consentimento do titular desses direitos ou de seu licenciado autorizado. O caso concreto envolvia a disputa entre o titular de famosas marcas de bebidas alcoólicas e sua licenciada no Brasil, contra empresa nacional que por diversos anos importou seus produtos sem autorização expressa, mas também sem sofrer qualquer resistência. O litígio se instaurou após a contratação pela titular da marca de uma distribuidora exclusiva de seus produtos no Brasil, que, conjuntamente, ingressaram na via judicial visando impedir a importação, por qualquer meio, de suas bebidas de forma alheia à sua rede de exclusividade, recusando-se, ainda, ao fornecimento destas à importadora não autorizada. Por sua vez, a importadora não autorizada contraatacou também pela via judicial através de demanda que visava restabelecer seu acesso à importação das bebidas, além de reparação por lucros cessantes, decorrentes dos prejuízos amargados com a recusa do fornecimento. Sob o ponto a vista do direito marcário, o acórdão do STJ culminou por afastar equívocos que vinham sendo incorridos pelos Tribunais de Justiça Estaduais em matéria de importação paralela. Merece destaque o reconhecimento expresso da exaustão nacional dos direitos de exclusividade do titular da marca, opção do legislador no momento final da definição do texto definitivo da LPI. Segundo este princípio, o titular da marca poderá impedir a comercialização ou o ingresso de qualquer produto identificado por seu sinal no mercado brasileiro, havido sem sua atuação direta ou consentimento (tácito ou expresso). Com isso, terceiro que adquirir produtos no exterior para revenda no Brasil poderá ser impedido de comercializá-los em nosso mercado, desde que a transação estrangeira não tenha envolvido diretamente o titular da marca naquele país ou um de seus distribuidores autorizados. Nesses casos ficará entendido que a titular da marca obteve benefícios com a comercialização no exterior, esgotando-se seus direitos de exclusividade e desconsiderando-se a necessidade de sua autorização expressa para ingresso dos produtos no Brasil. Destaca-se também o afastamento do tratamento dado pelos Tribunais na aplicação do rt. 132, III, da LPI, no que se refere à originalidade dos produtos importados. importação paralela pressupõe o debate sobre produtos lícitos adquiridos de forma alheia ao consentimento do titular da marca, não havendo sequer a necessidade de perquirir se tratam de produtos contrafeitos. O caso das bebidas terminou com julgamento parcialmente favorável às partes envolvidas. titular dos direitos marcários logrou impedir a importação paralela de seus produtos. Já a importadora não autorizada teve acolhida a indenização, cobrindo o período entre a primeira e última recusa do fornecimento, sob o fundamento de que a negativa havida seria contraditória ao consentimento tácito dado pela titular da marca durante o longo período em que foram adquiridas suas bebidas junto às suas distribuidoras autorizadas no exterior, sem qualquer resistência, aplicando-se as regras antitruste previstas nos rt. 20 e 21 da Lei ntitruste (Lei 8.884/94). 10

11 Propaganda na Copa e o Marketing de Emboscada por ssociação Eduardo Dietrich e Trigueiros Nascido em Santos, SP, em 1967, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) em Possui mestrado em Direito mbiental pela Universidade Católica de Santos (PUC). É membro da Ordem dos dvogados do Brasil - OB/SP. Sua atuação profissional concentra-se nas áreas de propriedade intelectual, direito ambiental, direito civil e representações junto ao CONR - Conselho de uto-regulamentação Publicitária. Fluente em inglês e tem boa desenvoltura em alemão, francês, italiano e espanhol. Dada a proximidade da copa do mundo de futebol muito tem se discutido acerca do que se pode ou não veicular como propaganda de produto ou serviço sem que se incorra em ilícito. É que a Lei Geral da Copa (12.663/12) traz proteção especial a um conjunto de marcas da FIF, que tiveram tramitação relâmpago no INPI e estão concedidas e em pleno vigor, oponíveis contra quem quer que faça uso das expressões protegidas. Mais que o próprio trâmite acelerado, que não se coaduna com o tempo normal de concessão de uma marca pelo INPI, que é muito mais moroso, o que chama a atenção é que as marcas foram concedidas RTIGO como de alto renome,o que significa que gozam de proteção não apenas quando aplicadas a evento esportivo, mas em qualquer categoria de produtos ou serviços em todo o território nacional. Vale dizer que as marcas concedidas pela Fifa o foram quase instantaneamente e em seu grau máximo de proteção, abrangendo todas as categorias de produtos e serviços. Some-se a esse fato o de que a LGC conceitua o marketing de emboscada que é figura legal que traz as consequências potencialmente mais danosas ao anunciante e à qual se dedica esse artigo, de maneira muito abrangente. É que, com a amplitude de proteção dada às marcas registradas pela FIF no INPI e dado o texto da própria LGC a respeito do marketing de emboscada tem-se que o anunciante se depara com o seguinte dilema imposto pela lei: Marketing de Emboscada por ssociação rt. 32. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econô- 11

12 RTIGO mica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os Eventos ou Símbolos Oficiais, sem autorização da FIF ou de pessoa por ela indicada, induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pela FIF: Pena detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, sem autorização da FIF ou de pessoa por ela indicada, vincular o uso de Ingressos, convites ou qualquer espécie de autorização de acesso aos Eventos a ações de publicidade ou atividade comerciais, com o intuito de obter vantagem econômica. Esse artigo de lei é reforçado pelas Diretrizes FIF, que é uma cartilha distribuída pela própria, que basicamente ilustra situações de isso pode / isso não pode. cartilha é um bom indicativo de como a própria FIF interpretará as situações potencialmente conflituosas. É assim que o titular de uma marca ou aquele que quiser divulgar seu produto ou serviço pode ficar deveras receoso de, ao usar o verde e amarelo, ou sua marca, em um produto, em um website, em um aplicativo de smartphone, ou em uma propaganda, por não saber quais os limites impostos pela lei. Críticas e agruras da lei postas às parte, porque já deveras debatidas com propriedade e profundidade, cabe sua leitura em busca de uma solução que pacifique interesses e entregue maior certeza jurídica ao anunciante. solução vem da leitura atenta do artigo de lei, que contém condicionante implícita, que é a chave da questão. Propõe-se que o anunciante responda às seguintes questões: haverá divulgação de marcas e/ou produtos e serviços? o fim dessa divulgação é a obtenção de vantagem econômica direta ou indireta? haverá referência à Copa do Mundo de futebol? Respondidas a essas perguntas, o resultado pode ser confrontado com o texto da lei, em especial ao que dispõe o artigo 32, na parte final. O efeito condicionante para que se verifique a ilicitude do ato vem assim descrito: induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pela FIF. Caso haja o risco de restar caracterizada a associação porque terceiros seriam induzidos a acreditar, então esses terceiros devem ser informados expressamente que tal associação não existe porque as marcas, produtos e serviços do anunciante não são aprovados, autorizados ou endossados pela FIF. ssim seria afastada a condicionante de tipicidade do ilícito previsto no artigo 32, através de um viso Legal, para esclarecer que patrocinadores/ anunciantes não têm relação de patrocínio com as partidas de futebol ou com o evento esportivo, seus patrocinadores e suas marcas registradas oficiais, respectivas entidades, federações e confederações. figura do viso Legal, em seu sentido de menor rigor técnico conhecido como Disclaimer, funcionaria como uma excludente de tipicidade, por expressamente informar ao público alvo do anunciante a não associação do objeto do anúncio com o evento e suas ramificações legais. Veja-se como o aviso é conceituado no Vocabulário Jurídico de De Plácido e Silva: Em acepção geral, é a palavra aplicada para significar toda e qualquer espécie de comunicação, declaração, informação ou conselho, prestados por uma pessoa a outrem. Tais avisos podem ser verbais, por escrito, em carta-missiva ou por comunicação inserta na imprensa, em quaisquer dos casos, sempre, neste sentido de levar a alguém, interessado em certo assunto, a comunicação, a declaração, a informação ou o conselho, sobre fato que lhe deva ser comunicado. Normalmente esse viso legal é aposto na primeira página, ou frame, ou em evidência ao pé de uma fotografia ou gráfico de propaganda e visa comunicar. Por meio dele o anunciante declara a negativa de intenção expressa de associar-se ao que a lei veda, comunicando esse fato ao público. 12

13 Gustavo rtese 2014: O no da Privacidade no Brasil Líder da Prática de Direito Digital, Privacidade e PI de Vella, Pugliese, Buosi e Guidoni dvogados Graduado em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Mestre em Direito de Telecomunicações e Propriedade Intelectual (LL.M) pela University of Chicago (EU); Professor de Direito Digital da Politécnica da USP (PECE Poli); Membro do Comitê de Propriedade Intelectual da CM-CCBC; Árbitro do CSD-BPI; Leading Individual Chambers and Partners TMT /2014. Omer Tene, Professor do Stanford Center for Internet and Society e Fellow do Future of Privacy Forum, é um dos principais especialistas em privacidade no mundo. Segundo ele, 2013 foi o ano da privacidade. 1 Discordo de Omer. Não porque esteja enganado, mas sim porque ele não vive e trabalha no Brasil. Para nós, asseguro, o ano da privacidade será Conta Omer que, nos Estados Unidos, o ano de 2013 terminou com o site dictionary.com elegendo a palavra privacidade como a palavra do ano. Que o tema privacidade fez as manchetes do The New York Times e do The Washington Post. Que chefes de Estado se viram ora assombrados, ora embaraçados pelo tema, o que resultou na aprovação, pela Organização das Nações Unidas, de Resolução regulando a matéria. 2 Para Omer, ainda, sem esconder um breve suspiro de alívio, 2013 foi o ano de alforria dos profissionais de privacidade, já que foi o ano em que passou a ser possível dizer trabalho com privacidade sem gerar semblantes de interrogação em uma conversa informal. lgo muito diferente do que aconteceu no Brasil? Não. Então, por que eleger 2014 como o ano da privacidade no Brasil? O motivo é simples: 2014 será o ano em que seremos regulados. O Brasil é o único país membro do G20 que ainda não promulgou leis especificas para tutelar o direito à privacidade de dados pessoais. Em termos genéricos, a matéria é regulada por disposições contidas na Constituição Federal (art. 5º, incisos X e XII) e no Código Civil (art. 21). Referidos dispositivos, seja por se limitarem ao estabelecimento de princípios, seja por restringiremse à tutela de direitos individuais, são dotados de eficácia jurídica limitada. Em outras palavras, valem de pouca coisa na prática. Verdade que há outras leis e regulamentos que tratam da privacidade, mas o fazem em contextos específicos, e.g. quanto ao sigilo fiscal e bancário, às comunicações, bases de dados de consumidores e prontuários médicos. Este cenário institucional vinha se modificando a passos lentos. Contudo, pelo mesmo motivo que levou Omer Tene a eleger 2013 como o ano da privacidade, RTIGO qual seja, as denúncias de espionagem americana feitas por Edward Snowden, o processo de regulamentação se acelerou. qui, dentre outras medidas tomadas pelo Poder Executivo, solicitou-se ao Legislativo a promulgação de leis asseguradoras do direito à privacidade. resposta dada pelo Congresso foi incluir no, já célebre, Marco Civil da Internet (Projeto de Lei nº 2.126/11) uma série de dispositivos sobre o tema. Referidos dispositivos foram transpostos ipsis litteris do anteprojeto de Lei de Privacidade de Dados Pessoais que se encontrava ainda em fase de estudos no Ministério da Justiça. Segundo declarações da Presidência da Câmara dos Deputados, o Marco Civil da Internet poderá ser aprovado ainda em fevereiro. Resulta disso que o Brasil está à beira de importante mudança institucional em matéria de privacidade. o longo de 2014, o País passará a contar com marco regulatório de privacidade de dados pessoais que rivaliza em rigidez com aqueles dos Estados Unidos e Europa. Dentre as mudanças esperadas, a mais significativa será a criação de órgão regulador específico para fiscalizar a conduta das empresas e instituições que processam dados pessoais. Destas, passará a ser exigido, durante a coleta, processamento e transferência de dados pessoais, o cumprimento de normas de conduta e segurança específicas. Praticamente qualquer companhia que possua um website, fan page em redes sociais e/ou colete dados pessoais por meios eletrônicos será obrigada a observar tais requisitos. penas a título exemplificativo, as punições em caso de violação podem incluir a suspensão das atividades de coleta e/ou processamento de dados e a aplicação de multas que podem chegar a 10% da receita anual do infrator. Neste cenário, todas ou quase todas as empresas que lidam direta ou indiretamente com o público deverão iniciar ou dar novo fôlego aos seus procedimentos de compliance em matéria de privacidade e segurança da informação. O grau de complexidade desses procedimentos será significativo, envolvendo profissionais de Tecnologia da Informação, marketing (incluindo marketing social), auditoria, dvocacia, dentre outros. Por tudo isso é que fica fácil discordar de uma autoridade mundial em matéria de privacidade foi o ano deles será o nosso ano da privacidade. 1 Disponível em: < perspectives/post/2013_the_year_of_privacy>. 2 Disponível em: < 13

14 RTIGO Marco Civil da Internet Prelúdio da Normatização Nacional Sobre Direitos e Deveres no mbiente Virtual Luiz Ricardo de lmeida dvogado da área de Propriedade Intelectual, com especialização em Política e Relações Internacionais pela FESP/SP. Cursando Especialização em Direito Digital e das Telecomunicações pela Universidade Mackenzie. dvogado ssociado da Ricci Propriedade Intelectual. companhamos diuturnamente pela imprensa, todo o trâmite legislativo relacionado ao chamado MRCO CIVIL D INTERNET, que culminou com a sanção pela Presidenta Dilma do PCL 21, de 2014, no dia 23 de abril de 2014, durante a abertura do congresso internacional sobre governança da internet intitulado NETMUNDIL. É inegável o cunho político que permeou o Marco Civil, cujo projeto de lei somente ganhou caráter de urgência após o vazamento de informações confidenciais do governo brasileiro pelo ex-consultor da gência de Segurança Nacional dos EU, Edward Snowden. Por outro lado, não podemos desprezar alguns aspectos positivos do Marco Civil, cujo projeto foi objeto de inúmeras audiências públicas e alvo de ampla participação popular. Por essa razão, optei por utilizar esse espaço para abordar sobre o espírito da norma, seus anseios e fundamentos que ensejaram suas disposições, em detrimento do exame aprofundado dos principais aspectos inovadores trazidos pelo texto legal, quais sejam; a implementação da chamada NEUTRLI- DDE D REDE, segundo a qual será assegurado tratamento igualitário entre os usuários da rede, assim como a PRESERVÇÃO D PRIVCIDDE e da LIBERDDE DE EXPRESSÃO dos mesmos. Para tanto, basta observarmos o que dispõe o CPÍTULO I do Marco Civil, onde estão previstos os fundamentos e princípios que, segundo o legisla- dor, deverão nortear a atuação no ambiente virtual. Vejamos os princípios e fundamentos mais relevantes: Respeito à liberdade de expressão; Exercício da cidadania em meios digitais; Finalidade social da rede; Proteção da privacidade e segurança; Preservação da natureza participativa da rede e da liberdade dos modelos de negócio; Promoção do acesso à informação; dentre outros. Com efeito, ao interpretarmos tais elementos previstos entre os arts. 2º e 6 º do Marco Civil, é possível compreendermos as razões que culminaram nos demais dispositivos legais relacionados aos direitos, garantias e deveres dos usuários, previstos a partir do art. 7º. Nesse sentido, a chamada NEUTRLIDDE D REDE, prevista no art. 9º, que veda aos fornecedores de pacotes de dados a discriminação de qualquer usuário em razão do conteúdo, origem ou destino dos dados contratados e utilizados, advém de 4 dos 6 princípios acima indicados, ou seja, de todos aqueles que propagam e disseminam a finalidade social e a natureza participativa da rede. o difundir tais princípios e fundamentos, na hipótese de se permitir eventual tratamento discriminatório no tocante ao conteúdo dos pacotes pelos usuários, estaríamos diante de um contra senso em relação a um dos principais princípios do Marco Civil, já que, nessa hipótese, não seria assegurado aos usuários o livre uso, exercício e acesso à internet em condições igualitárias e isonômicas. No entanto, reitere-se que, nesta hipótese supra, não estaríamos falando em supressão do direito ao exercício da rede pelo usuário, mas tão somente numa 14

15 RTIGO outorga desigual dos mecanismos de utilização da rede (como velocidade ou quantidade do fluxo de dados transmitidos) aos usuários. Ocorre que, se por um lado tal proposição vai de encontro a alguns dos princípios fixados pelo Marco Civil (como por exemplo, a finalidade social da rede), por outro, afronta outro preceito previsto não só no próprio Marco Civil, como também na Constituição Federal (ex.: a defesa da livre iniciativa e concorrência), já que limitará, por exemplo, a saudável concorrência entre os operadores da internet (sobretudo, dos provedores), que estarão impedidos de oferecer eventuais benefícios em prol de seus clientes ou parceiros comerciais. Outro princípio basilar difundido pelo Marco Civil é o de assegurar MPL PRIVCIDDE ao usuário e proteção dos dados trafegados na rede, cujos dispositivos previstos na lei sobre o tema são maioria, estando elencados nos capítulos II e III do Marco Civil. Somente no art. 7º, 7 dos 13 incisos dizem respeito ao presente tema, a saber: rt. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos: I inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; II inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei; III inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial; (...) VII não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei; VIII informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que: (...) IX consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais; X exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei; (...) demais, é em relação à última pilastra do Marco Civil (LIBERDDE DE EXPRESSÃO) que reside o aspecto mais controvertido da lei. O primeiro deles diz respeito ao mecanismo para a suspensão e reparação de abusos praticado na rede, o qual, na minha singela opinião, privilegia o ofensor em detrimento da vítima, particularmente quanto à imediata cessação da conduta arbitrária. Isso porque, ao assegurar a prevalência do princípio da proteção da privacidade (incluindo-se a preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem), no art. 10º o legislador condicionou a disponibilização dos registros de acesso e de conteúdo de determinada violação, à concessão de ordem judicial específica, excetuadas as hipóteses em que a violação abranger conteúdo de nudez ou pornográfico. Embora se reconheça que o tema é bastante espinhoso, especialmente quanto à aferição pelos provedores se determinado conteúdo denunciado representaria ou não uma violação de direitos, o condicionamento desta análise e respectiva decisão, exclusivamente, pelo Poder Judiciário, implicará uma série de inconvenientes, tais como: a) sobrecarga de lides submetidas ao já moroso Poder Judiciário; 15

16 RTIGO b) oneração à vítima quanto a contratação de advogado especializado; e, principalmente, c) demora na supressão do ilícito, o que, no universo cibernético, é extremamente danoso e possivelmente irreversível; Em se tratando de um tema controvertido, uma provável solução para tal impasse consistiria, por exemplo, na criação de um procedimento administrativo de baixa complexidade em que, uma vez formulada uma denuncia, o provedor deveria notificar o ofensor e, na hipótese do mesmo permanecer silente e/ou de não discordar dos fundamentos trazidos pela vítima denunciante, o conteúdo ilícito seria definitivamente removido. Por mais que uma liminar judicial em determinadas hipóteses seja concedida rapidamente, ou seja, dentro de 48 a 72 horas, ainda assim tal medida não se compara com a vantagem temporal e econômica que um procedimento extrajudicial preliminar proporcionaria à vítima, já que qualquer minuto a menos em que um conteúdo irregular permanecer online poderá representar muito ao ofendido e ao próprio ofensor, em matéria da subsequente reparação devida. Outro elemento negativo sobre esse tema refere-se a clara limitação das responsabilidades por parte dos provedores, em especial dos provedores de conteúdo ou de aplicações, bem como a restritiva delimitação do período de guarda dos registros de acesso e conteúdo. mbas as medidas contrariaram a recente e moderna orientação jurisprudencial que vem estipulando responsabilidade solidária aos provedores de conteúdo, quando permanecem imotivadamente inertes após sua devida ciência sobre a violação, além de fixar o ônus pelo armazenamento de tais dados pelos provedores, por período bem superior ao do Marco Civil - cerca de 3 anos. É inegável que a redução de tal ônus aos provedores (6 meses aos provedores de aplicações e de 1 no aos provedores de acesso) implica numa limitação ao exercício do direito da vítima em propor as medidas que assegurem a preservação dos dados do conteúdo ilícito e de seu responsável, pouco importando se os provedores tenham sido notificados previamente, ou não, o que já vinha se consolidando nos Tribunais. Pelo exposto, por mais que o projeto tenha decorrido de um notório movimento político encampado pelo Governo, cuja tramitação legislativa que culminou em sua sanção se deu em tempo recorde, sem que tenha havido um debate mais amplo no Senado a fim de sanar algumas imperfeições aqui ilustradas, não há como negar que o saldo final de suas disposições foi positivo. Tal conclusão decorre do fato de que, até então, não havia nenhuma legislação específica que regulamentasse as ações e suas implicações praticadas especificamente no âmbito da internet, de modo que todas as decisões até aqui aplicadas pelo Poder Judiciário sobre o tema decorreram, exclusivamente, da analogia e interpretação de dispositivos legais análogos, as quais, por mais que o balanço até aqui analisado seja positivo, delimitar a análise e decisões sobre um conflito, tão somente ao crivo interpretativo do magistrado, certamente poderá criar decisões frágeis e que não reflitam a correta distribuição da justiça ao caso concreto, criando-se, assim, subsequentemente, uma orientação jurisprudencial torta e injusta. Por essa razão, não se pode negar que o pioneirismo do Marco Civil se prestará, na pior das hipóteses, em delimitar os principais e fundamentos gerais que o legislador nacional pretendeu impor à sociedade, os quais refletem, inclusive, algumas disposições de natureza constitucional. Outrossim, diante do avanço tecnológico e da sociedade em geral, nada impede que no futuro próximo, novas normas sejam discutidas e editadas pelo poder legislativo, regulamentando, inclusive, alguns dos dispositivos do próprio Marco Civil que, como já vimos nesse breve estudo, serão necessários! tinoco soares & filho ltda. marcas e patentes no brasil e exterior FILIL: Rio de Janeiro - RJ. v. Presidente Vargas, andar - sala 514 Fone: (0xx21) Fax (0xx21) INTERNET: tinoco@tinoco.com.br José Carlos Tinoco Soares José Carlos Tinoco Soares Junior MTRIZ: São Paulo. SP. v. Indianópolis, 995 Tels.: (0xx11) 5O / / / Fax (Oxx11) (Oxx11) Caixa Postal 2737 (CEP ) 16

17 Soberania e Segurança Nacional: questão das Patentes mericanas e os Caças Suecos ri Magalhães Neto Engenheiro mecânico, consultor técnico em propriedade industrial e colaborador do escritório Provedel dvogados. Recentemente, o governo federal anunciou a assinatura de um contrato de compra e venda com a sueca SB para a aquisição de 36 aviões caças, modelo Gripen NG. O referido contrato prevê um acordo de transferência de tecnologia que possibilitará a fabricação de 80% dos componentes das aludidas aeronaves em território nacional. lega-se que tal acordo de transferência de tecnologia tenha exercido peso crucial na decisão do governo de escolher a empresa sueca em detrimento da americana Boeing e da francesa Dassault na escolha dos aviões, pois a fabricante americana e a fabricante francesa não previam em suas propostas comerciais a transferência de tecnologia atrelada à venda dos aviões. Se tudo correr dentro do planejado, os aviões serão produzidos na região do BC Paulista e a primeira leva das aeronaves será entregue em meados de RTIGO De acordo com notícia publicada no jornal Estado de S. Paulo, contudo, alguns componentes dos caças estariam protegidos por patentes americanas 1. Nesse caso, a fabricação dessas aeronaves em território nacional esbarraria na proteção conferida por essas patentes, gerando grave conflito com as empresas titulares desses direitos e, ainda, muito desconforto com o governo dos EU. inda segundo o Estado de S. Paulo, o componente do caça mais protegido pelas patentes americanas é a turbina GE F414G, fabricada pela americana General Electric ironicamente, o mesmo propulsor utilizado pelo caça Super Hornet, o concorrente do Gripen NG fabricado pela Boeing, que perdeu a disputa na oferta de compra brasileira. Essa turbina da General Electric seria o calcanhar de quiles do contrato fechado com a sueca Saab. Isso porque, segundo informações Ob Cit, as patentes que protegem esse motor supostamente seriam um entrave à fabricação dos Gripen NG em território nacional. Realizamos uma breve investigação para auferir os riscos aos quais o governo Brasileiro estaria exposto ao produzir internamente o caça Gripen NG à luz das patentes da General Electric para a referida turbina. Para tanto, conduzimos uma busca de documentos de patente de titularidade da General Electric que mencionassem em seu descritivo a turbina GE F414G. Nessa busca chamada busca de infração foram encontrados nada menos de 130 documentos relativos a patentes depositadas nos Estados Unidos, Canadá, Japão, China e Europa com características similares às compreendidas pela referida turbina. De 1 [...] Já a transferência de tecnologia, se bem que favorecida pelo estágio em que o caça ainda se encontra, dificilmente deixará de enfrentar turbulências. Uma delas é o fato de os Estados Unidos deterem as patentes de vários componentes do avião. In Enfim, a compra dos caças. Estado de São Paulo, 20 de dezembro de ( PINHEIRO, NUNES, RNUD E SCTMBURLO DVOGDOS PROPRIEDDE INTELECTUL Rua José Bonifácio, 93-7º e 8º andares São Paulo - SP - Brasil Tel.: (55) (11) Fax: (55) (11) / pinheironunes@pinheironunes.com.br 17

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