IMAGENS DA VIOLÊNCIA COMO PROBLEMA PÚBLICO NA REDEMOCRATIZAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "IMAGENS DA VIOLÊNCIA COMO PROBLEMA PÚBLICO NA REDEMOCRATIZAÇÃO"

Transcrição

1 III SEMINÁRIO INTERNACIONAL VIOLÊNCIA E CONFLITOS SOCIAIS: ILEGALISMOS E LUGARES MORAIS 6 a 09 de dezembro de 2011, Laboratório de Estudos da Violência, UFC, Fortaleza- CE 09- Narrativas e Imaginários sobre as Violências e suas Vítimas IMAGENS DA VIOLÊNCIA COMO PROBLEMA PÚBLICO NA REDEMOCRATIZAÇÃO Resumo: O presente trabalho aborda o percurso de construção da violência como problema público no Brasil durante o processo de transição democrática. O objetivo é analisar como determinados sujeitos, situações e relações são eleitos como centro de um problema social e são disputados no seio da vida intelectual e política, no sentido de torná-lo um problema público, a direcionar medidas e ações do Estado. O período da redemocratização é considerado de especial importância por oferecer um cenário em que se articulam, de um lado, as diferentes estratégias de transição democrática e suas resistências e, de outro, a apropriação das violências como preocupação por parte de políticos, jornalistas, radialistas e cientistas sociais. O desempregado, o migrante nordestino, a criança de rua, os quebra-quebras, os grupos de extermínio, os justiceiros, os linchamentos, os presos políticos, os presos comuns e o crime organizado, serão tomados como exemplos do feixe de relações e disputas pela eleição das violências e suas vítimas, informados pelos diferentes momentos do processo de transição. Francisco Thiago Rocha Vasconcelos Doutorando em Sociologia - USP

2 1. Introdução A história recente da sociedade brasileira apresenta uma série de complexas questões que ainda desafiam a nossa imaginação sociológica e política. No âmbito das Ciências Sociais temos a peculiaridade de um pujante desenvolvimento institucional em plena vigência de uma ditadura militar. Esta, ao mesmo tempo em que responsável pela perseguição à dissidência crítica no seio das universidades, incentivou a expansão contínua da formação superior, com a reforma universitária de 1968 e a criação dos programas de pósgraduação em ciência política e antropologia. Paradoxalmente, a maior maturidade do sistema científico coincidiu com novos arranjos associativos e políticos, fomentadores da crítica ao regime militar e das estratégias de luta pela restauração democrática e construção de um Estado de Direito. Neste contexto, em meio a disputas pela definição das ligações ou fronteiras entre a profissionalização acadêmica e as tarefas políticas, são incorporados novos temas, abordagens e especialidades (Miceli, 1995; 2001; Keinert, 2011). A emergência da preocupação com o tema da violência ganhou então destaque, posto que encerrava uma outra questão desafiadora: no contexto de transformação decorrente do processo de abertura do regime militar, os avanços no campo político coincidem com o fim da tranqüilidade e com o alarde em torno do crime. O crescimento da violência urbana acompanha a transição democrática e dá ensejo a duros embates interpretativos entre defensores do regime, que enxergam na democracia nascente as raízes dos novos males, e militantes em direitos humanos, envolvidos nas campanhas mais amplas pela Anistia e pelas Diretas, assim como em projetos de reforma da justiça criminal implementados pelos governos Montoro ( ), em São Paulo, e Brizola ( ), no Rio de Janeiro - duas experiências com intenções progressistas que ocupam um lugar importante na discussão sobre as relações entre democracia e violência 1. 1 Até hoje há uma divisão da opinião pública e que envolve também cientistas sociais, a respeito do papel destes dois governos. O estudo, ainda por se fazer, das relações dos intelectuais com as forças políticas desta época teria muito a iluminar as clivagens do debate público sobre o crescimento da criminalidade, as políticas de direitos humanos e o fortalecimento da democracia, assim como poderia discutir a tese da conversão da intelligentsia em espécie de anel burocrático no período da redemocratização (Lahuerta, 2001)

3 As Ciências Sociais não escapam a estes embates. Na medida em que era colocada na pauta das grandes preocupações da sociedade e do Estado, a violência, antes tema circunscrito aos estudiosos do Direito e da Medicina, passa a envolver também cientistas sociais. Seja por demanda estatal ou de movimentos sociais, esta inquietação mobiliza parlamentares, juristas, intelectuais, meios de comunicação e sociedade civil organizada em reuniões, seminários, debates e congressos 2, que incentivam, ao longo do tempo, a formação de linhas e grupos de pesquisa em universidades, não sendo incomum a associação entre conhecimento e prática (crítica ou aplicada). Nesse sentido, consideraremos a preocupação com a violência como objeto estratégico para a compreensão de alguns dos aspectos envolvidos nas transformações que afetam as Ciências Sociais e o seu papel político. Por meio das variações presentes no debate público e acadêmico sobre os usos, incentivos e/ou condenações da violência, almejamos perceber o crescimento de uma área de pesquisa, que se dá em paralelo às disputas políticas em torno da (re)construção da democracia e do Estado, especialmente no âmbito do sistema de justiça criminal (polícias, penitenciárias e judiciário). 2. Notas conceituais para a definição da violência como problema público Até o momento falamos de violência no singular. Contudo, só é possível falar de violência no plural. Noção de senso comum, ela não delimita rigorosamente um objeto científico ou uma realidade concreta unívoca. Ela apenas indica a tradução, para o debate público, de mudanças dos sentidos, das interpretações e percepções dos grupos sociais em adaptação às mudanças em processo ou em luta pela sua direção política. Mas, justamente 2 Acontecimento de destaque foi a convocação de juristas e cientistas sociais, feita pelo Ministério da Justiça, para discutir o tema da violência urbana, em Além deste poderiam ser indicados: a criação do GT Direito e Sociedade na ANPOCS, também em 1979; o Seminário sobre criminalidade violenta, promovido pela OAB, no Rio de Janeiro; no mesmo local, o I Congresso Brasileiro de Violência Urbana; a reunião da ANPOCS com o tema Violência urbana no Brasil; a formação de uma CPI sobre as causas da violência - todos em 1980; o XII Congresso Mundial da Associação Internacional de Ciência Política, no Rio de Janeiro, cujo tema era Violência social em cidades latino-americanas e européias e o Seminário Crime, Violência e Poder, na UNICAMP, ambos em 1982; o Seminário O Rio contra o Crime, promovido por O Globo, em 1984, que foi acompanhada de uma ampla pesquisa de opinião; as pesquisas individuais e coletivas desenvolvidas no âmbito de instituições de maior ou menor prestígio e de perfis político-institucionais diferenciados como o SOCII, o IUPERJ, o Museu Nacional e o ISER, no Rio de Janeiro; na Fundação João Pinheiro e na UFMG, em Minas Gerais; e no CEBRAP, no CEDEC, na PUC/SP e no NEV/USP, em São Paulo (Benevides, 1983; Carvalho, 1999; Misse, 2006; Vasconcelos, 2011).

4 por seu caráter abrangente, ela nos serve de entrada para um universo complexo, de ações e reações, em que se articulam a construção de sujeitos e identidades coletivas, de especialidades acadêmicas e de estruturas e procedimentos estatais para dar conta dos novos fenômenos de um social reconfigurado pelas transformações da sociedade brasileira ao longo das décadas posteriores ao golpe militar. Nesse sentido, não se poderia falar de um percurso de construção da violência como problema público. São vários os momentos e caminhos através dos quais foram definidos ou representados os fenômenos e sujeitos considerados problema, questionadas as suas causas e discutidas as suas soluções. Mas, antes de descrever alguns destes percursos, cabe definir o que é problema público como conceito e suas implicações para o recorte das dimensões de análise e para a seleção do corpus de textos considerado. Ao falarmos em problema público nos inserimos no âmbito das discussões sobre análise da atuação estatal em sistemas políticos democráticos. Trata-se de entender como, em determinadas conjunturas, grupos sociais se organizam no espaço público no sentido de chamar atenção para o que consideram problema, entrando em conflito, negociação e/ou colaboração para definir os seus contornos e os atores autorizados e responsáveis pela adoção de medidas para sua solução. Em geral, a literatura que trabalha este tema o entende como um processo seqüencial: 1) identificação do problema e ordenação da agenda pública, a partir do que afeta um conjunto mais ou menos localizado de pessoas e que disputam a atenção de autoridades públicas; 2) formulação de uma política na agenda governamental, a partir de algum consenso entre as demandas e definição da terapêutica adequada; 3) implementação das medidas por parte dos atores responsáveis, em geral, instituições estatais e 4) avaliação, pelo próprio Estado ou grupos organizados (Cobb & Elder, 1971; Gusfield, 1981) 3 3 Esta é uma seqüência concebida em termos ideais. A definição de uma agenda pública não significa a necessária incorporação na agenda governamental e, no mesmo sentido, esta não significa nem sua implementação ou muito menos sua avaliação. Todo este encadeamento de ações depende da pressão política organizada de médio/longo prazo por parte dos atores interessados. Há possibilidade inclusive da agenda pública não convergir com a agenda política, o que possibilitaria a ocasião de aumento dos conflitos no sistema político, com o sufocamento de demandas sociais antes que estas consigam visibilidade. Ou seja, apesar de inter-relacionadas, as agendas são resultantes de disputa entre grupos com capacidades de mobilização e estratégia, não sendo possível ler os processos de construção de agenda

5 Indo direto ao ponto que nos interessa, vale indicar a seguinte concepção do tema: Crime, acidentes de trânsito ou delinquência de menores são problemas sociais, mas como eles tornam-se problemas públicos? Isto é algo que envolve uma atuação mais moralmente empreendedora por parte do Estado, além do envolvimento de diversas instituições às quais cabem a responsabilidade de apresentar múltiplas possibilidades de resolução. Assim, responder à questão do crime como um problema público, remete-nos à discussão acerca das dimensões culturais e estruturais envolvidas. Isto implica necessariamente em atribuirmos responsabilidade a quem cabe resolvê-lo: significa decidirmos quem é seu "proprietário". Quem exerce autoridade no encaminhamento de soluções? Governantes, Legisladores, Policiais, Sociólogos, o Judiciário? São questões a respeito do consenso existente sobre o crime como um problema público e sobre as causas e "terapêuticas" adequadas, e a existência de diferentes instituições e pessoas encarregadas da resolução do problema (Gusfield, 1981). Como o problema deve ser atacado? Preventivamente ou em seus sintomas? Quais as variáveis relevantes a serem arroladas para a resolução do problema? Quais, enfim, os fatores determinantes tomados em consideração? (Beato, 1999) A citação acima expressa um dos pontos de vista no debate sobre violência nas Ciências Sociais, que a toma em sua dimensão criminal e como objeto de políticas públicas. Ela destaca, no interior do processo de construção de um problema público, além da atuação de movimentos sociais e políticos, o lugar dos técnicos construtores da oferta pública ou dos especialistas, aqueles que são legitimados como autoridades capazes de definir problemas e soluções. Isto se dá na medida em que as ideias, seja como afirmação de valores, definição de relações causais, soluções para problemas, símbolos ou imagens que expressam identidades e concepções de mundo, são centrais no processo político. Por isso, a qualificação técnica e política é uma questão de suma importância para que segmentos organizados da sociedade civil possam garantir a condução de suas propostas nas arenas de discussão e deliberação do espaço público 4. O papel do conhecimento e dos locus e procedimentos de pública apenas como consenso produzido na tomada de decisões, mas também como conflito e situações de violência. A depender do regime ou conjuntura, portanto, há maior ou menor abertura para a condução negociada de conflitos sobre que tipos de problemas devem constar na agenda governamental. 4 O domínio de um saber técnico especializado num embate político entre os representantes governamentais e não- governamentais faz diferença num processo de discussão e deliberação. Uma das implicações dessa qualificação está relacionada diretamente à rotatividade da representação. Uma vez que se adquire essa competência, a tendência é a permanência ou manutenção das pessoas como representantes, implicando na centralização das informações ou de poder. Outra implicação é que o não-domínio da qualificação técnica e

6 legitimação do conhecimento qualificado - quais sejam: as universidades e centros de pesquisa e o diploma ocupam, portanto, um lugar estratégico como lugar de articulação entre Estado e sociedade civil. 3. Interfaces entre agenda acadêmica e agenda pública Em uma das primeiras revisões da literatura sociológica sobre o tema emergente da violência urbana, Maria Celia Paoli (1982) afirma que os primeiros estudos no Brasil desembocaram na questão da ausência da cidadania e os mecanismos que reproduziriam as dificuldades de sua construção 5. Em acréscimo ao debate, para a autora, a violência urbana apontaria para um contingente populacional variado, formado por grupos sociais desprovidos de poder e de uma identidade coletiva reconhecida. Seriam os trabalhadores pobres sem atividade fixa, os velhos, as crianças, os negros, os homossexuais, as mulheres, os loucos, os criminosos, cujos mundos de significação estariam ocultos na dimensão privada e local do cotidiano. Nesse sentido, a questão política trazida pela violência urbana seria a da construção de um espaço civil de mobilização e reconhecimento de diferenças, demandas e direitos. No diagnóstico da autora, interessa indicar a influência da atuação de diversos movimentos sociais que, articulando-se à luta pela Anistia e pelo voto direto, pareciam indicar a existência ou possibilidade de uma sociedade civil autônoma e democrática como antes não existira na história brasileira. Mas, no decorrer da redemocratização, este debate sofre uma inflexão importante: dos anos 1970 até metade dos anos 1980, haveria predomínio de estudos sobre a violência vinda do povo e da sociedade movimentos messiânicos, cangaço no campo, quebra-quebras urbanos, entendida como confronto entre uma violência legitima dos movimentos populares contra o política pode ser utilizado para que haja uma desqualificação política, de forma que os representantes governamentais controlem as decisões políticas (Dagnino, 2002). Mas há ainda outro aspecto - o esvaziamento do sentido de ação política que fica submerso nesse processo de tecnificação. Nessa arena permeada por conflitos entre diferentes grupos de interesse, os temas emergem e são (ou não) incluídos na agenda política, que poderá resultar (ou não) na formulação de políticas públicas. 5 Estes estudos se consolidariam em três perspectivas: 1) os impedimentos aos direitos de organização autônoma para a defesa de interesses, por conta da Lei de Segurança Nacional; 2) a cultura política da sociedade brasileira, marcada pelas praticas relativas ao favor, ao clientelismo, a subordinação direta a autoridade e ao recurso a violência e 3) a incapacidade da ordem jurídica, seja pelo arbítrio policial, seja pela impunidade e privilégios, em se tornar um efetivo mediador dos conflitos da sociedade. A cada uma dessas interpretações decorreriam sentidos de atuação diferentes e articuladas, como a luta político-partidária, a mobilização ideológica ou a reforma do sistema de justiça.

7 Estado ilegítimo e ilegal. A partir deste período, as práticas de linchamento entre a população pobre e o apoio social as ações policiais repressivas ilegais, teria criado uma fissura nesta antes nítida separação. A essas práticas não se podia mais considerar indicio de uma cidadania adormecida e, ao mesmo tempo, obrigavam a refletir sobre o aumento da criminalidade (Zaluar, 1999) 6. O esforço de pesquisa se dirige, então, a fenômenos como a evolução das taxas criminais, a discussão sobre a legitimidade da violência do Estado, as reações populares, os linchamentos, a formação de grupos de extermínio e a organização social e política da criminalidade. Ocorre, nesse sentido, um direcionamento da ênfase da violência estrutural à violência criminal em conexão com a criminalização operacionalizada pelo Estado, em que o sentido político positivo da reação popular violenta perde sua hegemonia para a defesa da legalidade em uma ordem democrática em construção. Com esta mudança de perspectiva, e embora ambas convivam como possibilidades analíticas até hoje, a ótica da violência dos atores sociais como expressão de luta contra uma violência estrutural e política perde sua hegemonia para a violência entendida como violação à lei e aos direitos humanos. As questões institucionais o funcionamento do sistema de justiça criminal e as questões culturais o apoio da população a práticas autoritárias são postas em relação no sentido de entender as resistências à mudança no quadro de uma nova ordem política, após a redemocratização. E é nesse novo momento que se observa a apropriação, pelo Estado, das demandas relativas às violências, ao mesmo tempo em que se dá de maneira mais freqüente a participação de cientistas sociais em consultorias, avaliações e na formulação de planos de ação. Contudo, a amplitude de problemas envolvidos na questão da violência urbana, suscita diversas maneiras de formular a agenda pública e, por sua vez, a transformação desta em agenda governamental, segue dinâmicas e ritmos próprios, específicos de cada questão. No intuito de analisar a variedade destas dinâmicas, segue abaixo um esboço de periodização, que articula as representações sobre as situações ou agentes entendidos como problema e o processo político. 6 Para Zaluar (1999), a falta de apoio da população a política de direitos humanos expressaria com bastante forca esta decepção com o popular, que poderia ser atribuída a uma concepção idealizada do povo entre os intelectuais, embora nem sempre explícita em seus textos.

8 4. Quadro de temas ou horizontes político-intelectuais de seleção dos problemas públicos no Brasil 7 A A construção da ordem autoritária A.1. - Trabalho, urbanização, pobreza e ordem higienista ( ): transição do regime escravista para uma sociedade de classes e da Monarquia à República. Organização dos centros urbanos segundo os valores funcionais ao sistema fabril. Combate à vadiagem e às manifestações de cultura popular e negra; combate violento às manifestações políticas da classe trabalhadora. Campanhas contra o consumo do álcool. Os loucos, as mulheres e os menores como problema da ordem. Crítica ao idealismo jurídico do direito penal e ênfase no estudo das causas do crime e da figura do criminoso pela incorporação da criminologia de Lombroso; construção e reforma do sistema penitenciário e de instituições manicomiais. Emergência das favelas como problema da pobreza violenta. A.2. Desenvolvimento econômico e Segurança Nacional ( ): O bom malandro e o homem cordial no senso comum e a cidadania regulada (Santos, 1979). Implementação de políticas de remoção de favelas. O migrante nordestino. A política de combate ao criminoso político. B. A transição democrática, a violência urbana e a continuidade autoritária B.1 A violência do povo contra a violência do Estado ( ): Combate à associação entre crime e pobreza. Investigação do sentido político dos atos de violência vindos do povo (conflitos de terra e de classe, os quebraquebras, a construção de identidades coletivas do movimento negro, gay e de mulheres; a luta pelos direitos dos presos políticos), contraposto à violência do Estado associada à de uma ordem social perversa (violência da estrutura socioeconômica e política, ligadas às rápidas transformações do mundo urbano). 7 A demarcação temporal utilizada não é inequívoca, sendo é passível de revisão.

9 B.2 Lutas políticas e direitos humanos ( ): A investigação do sentido político autoritário dos atos de violência vindos do povo (práticas populares de justiça: linchamentos, grupos de extermínio) como explicação para a continuidade da violência do Estado apesar da transição democrática (violência policial, grupos de extermínio, tortura e maus-tratos nas prisões e delegacias). O crescimento da criminalidade urbana violenta. As facções criminosas. O narcotraficante. Impunidade e desigualdade na distribuição de justiça como atraso no processo civilizador. C. A construção da ordem democrática, as novas formas de controle social e a busca dos elos perdidos da política Conjunção entre o combate à continuidade autoritária, ao crescimento da criminalidade urbana violenta e a tese da desorganização do aparelho de Estado para dar conta dos novos fenômenos criminais. Ênfase pragmática em direitos humanos e sua associação à eficiência em segurança pública. Estruturação da segurança pública como campo político-estatal. Intensificação dos processos de modernização cultural e urbana advindos da globalização: a evolução do mercado de trocas, das informalidades, desestruturação das antigas referências, reorganização da vida pelo medo ou pelo fluxo de mercadorias através de redes informais/ilegais. Expansão do sistema carcerário e das facções criminosas na regulação da vida social. 5. Direções de pesquisa Este trabalho consistiu em uma aproximação das relações complexas entre pensamento acadêmico, representações coletivas e processos decisórios relativos ao problema da ordem e da violência ao longo da história brasileira. A expectativa é, a partir deste quadro, conseguir percorrer os processos que entrelaçam a consolidação de uma agenda acadêmica sobre crime e violência e as agendas políticas de direitos humanos e de segurança pública no final do século XX e neste alguns aspectos específicos como: o lugar, na memória coletiva, das crises e mobilizações ligadas à segurança pública; as imbricações entre ativismo jurídico e o approach sociológico; e a construção do conhecimento sociológico frente ao papel político dos seus agentes.

10 Contudo, como antecipado, a novidade do problema da violência urbana é relativa, caso voltemos nosso olhar para o início do século passado. Seja pela definição estrita do crime, ou pelos critérios deterministas ligados à biologia ou ao meio social, bacharéis, criminólogos e médicos estiveram ligados na construção de uma agenda acadêmica e de uma agenda pública e governamental sobre o problema da criminalidade. Reformas legais, novas instituições penais e corretivas, procedimentos e técnicas de avaliação do criminoso foram implementadas. Se o fim do século XIX foi marcado pelas lutas de libertação, o início do XX foi o cenário da naturalização das diferenças. A pergunta que se coloca no momento presente é se as transformações decorrentes da redemocratização foram suficientes para implementar uma nova cultura política, inversa à naturalização das diferenças e à legitimação das desigualdades sociais. No horizonte se destacariam ao menos três tendências, nem sempre divorciadas: demandas por punição, populismo penal e encarceramento em massa; reivindicações por reconhecimento; e projetos por descriminalização e desencarceramento. É na tessitura entre tais projetos que as agendas acadêmica e pública se traduzem como implementação política, lançando os dados do desafio da superação do legado histórico da sociedade brasileira. 6. Bibliografia ALVAREZ, Marcos César; SALLA, Fernando; SOUZA, Luís Antonio Francisco de. (2004) "Políticas de Segurança Pública em São Paulo: uma perspectiva histórica". Justiça & História, Porto Alegre, v. 4, n. 8, p , ALVAREZ, Marcos César.. Bacharéis, Criminologistas e Juristas: saber jurídico e nova escola penal no Brasil ( ). 1. ed. São Paulo: IBCCRIM, v p., BATTIBUGLI, Thaís. "Democracia e segurança pública em São Paulo ( )". Doutorado em Ciência Política, FFLCH-USP, BEATO FILHO, Cláudio. Políticas Públicas de Segurança e a Questão Policial: Eficiência, equidade e accountability. In: Marcus André Melo. (Org.). Reforma do Estado e Mudança Institucional no Brasil. Recife: Fundação Joaquim nabuco e Edistora massangano, v. 1, p , 1999.

11 BENEVIDES, Maria Victoria, Violência, povo e polícia: violência urbana no noticiário de imprensa. São Paulo: Brasiliense, CARVALHO, Glauber Silva de, Abordagens teóricas da violência criminal: respostas das Ciências Sociais a um momento político. Dissertação de Mestrado em Sociologia, São Paulo, FFLCH, USP, COBB, Roger W. & ELDER, Charles D. The politics of agenda-building: an alternative perspective for modern democratic theory. The Journal of Politics v.33. p FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano: a criminalidade em São Paulo, / São Paulo: Brasiliense, 1984 GUSFIELD, Joseph R. (1981) The Culture of Public Problems: Drinking-Driving and the Simbolic Order. The University of Chicago Press, Chicago/London, KEINERT, Fabio Cardoso. Ciências sociais entre ciência e política ( ). Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia, LAHUERTA, M. Intelectuais e resistência democrática: vida acadêmica, marxismo e política no Brasil. Cadernos Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP), v. 8, p , MICELI, Sergio (Org.), História das Ciências Sociais no Brasil. São Paulo: Editora Sumaré,1995 (Org.), História das Ciências Sociais no Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora Sumaré, 571 p., MISSE, Michel, Crime e Violência no Brasil Contemporâneo: estudos de Sociologia do Crime e da Violência Urbana. Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, PAOLI, Maria Célia. Violência e espaço civil. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio; DA MATTA, Roberto; PAOLI, Maria Célia. BENEVIDES, Maria Victoria. Violência brasileira. São Paulo: Editora Brasiliense, SCHOLLHAMMER, K. E.. From the Malandro (Rogue) to the Traficante (Drugtrafficker) - two constellations of violence and culture in Brazil. Dialogos Latinoamericanos, Aarhus, v. 4, p , 2001 SANTOS, Wanderley Guilherme. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro, Campus, 1979.

12 VALLADARES, Licia do Prado. A Invenção da Favela. 1. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora. v p., VASCONCELOS, Francisco Thiago Rocha, A sociologia da violência em São Paulo: a formação de um campo em meio à fragmentação de uma intelligentsia na transição democrática. Contemporânea Revista de Sociologia da UFSCar. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, n. 1, p , 2011.

ANEXO 01. CURSO: Tecnólogo em Segurança Pública e Social UFF

ANEXO 01. CURSO: Tecnólogo em Segurança Pública e Social UFF ANEXO 01 CURSO: Tecnólogo em e Social UFF SELEÇÃO DE VAGAS REMANESCENTES DISCIPLINAS / FUNÇÕES - PROGRAMAS / ATIVIDADES - PERFIS DOS CANDIDATOS - NÚMEROS DE VAGAS DISCIPLINA/FUNÇÃO PROGRAMA/ATIVIDADES

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO LINHA DE PESQUISA: POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA JUSTIFICATIVA O campo de pesquisa em Políticas Públicas de

Leia mais

Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação. Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP

Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação. Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP Indisciplina escolar: um breve balanço da pesquisa em educação Juliana Ap. M. Zechi FCT/UNESP Complexidade do assunto e multiplicidade de interpretações que o tema encerra. Ações mais assemelhadas à indisciplina

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Brasília,12 de Dezembro de 2012. O Comitê Brasileiro de Defensoras/es

Leia mais

Comunicação e informação: desafios para a participação social no SUS

Comunicação e informação: desafios para a participação social no SUS Comunicação e informação: desafios para a participação social no SUS Valdir de Castro Oliveira PPGICS/FIOCRUZ Rio de janeiro, 29 de setembro de 2015 O Sistema Único de Saúde pressupõe - Inclusão e participação

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br Apresentação preparada para: I Congresso de Captação de Recursos e Sustentabilidade. Promovido

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Escola de Políticas Públicas

Escola de Políticas Públicas Escola de Políticas Públicas Política pública na prática A construção de políticas públicas tem desafios em todas as suas etapas. Para resolver essas situações do dia a dia, é necessário ter conhecimentos

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil. Salvador, 08 de abril de 2013

Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil. Salvador, 08 de abril de 2013 Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil Salvador, 08 de abril de 2013 Fundada em 1919 (Tratado de Versalhes) Mandato: promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos direitos humanos e

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Reforma do Sistema Político

Reforma do Sistema Político Reforma do Sistema Político Texto preparatório e questões norteadoras Data: 17/07/2013 Local: Centro de Estudos Helênicos, Areté. Roda de Conversa: Reforma do Sistema Político Data: 17.07.2013 Espaço Areté

Leia mais

Diretrizes para Implementação dos Serviços de Responsabilização e Educação dos Agressores

Diretrizes para Implementação dos Serviços de Responsabilização e Educação dos Agressores PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA MULHERES SECRETRIA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES Diretrizes para Implementação dos Serviços de Responsabilização e Educação dos Agressores

Leia mais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Lei n o 9.795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso

Leia mais

Por que Projetos Sociais?

Por que Projetos Sociais? PROJETOS SOCIAIS Por que Projetos Sociais? Projetos são resultado de uma nova relação entre Estado e Sociedade Civil; Mudanças no que se relaciona à implantação de políticas sociais; Projetos se constroem

Leia mais

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO Autor (unidade 1 e 2): Prof. Dr. Emerson Izidoro dos Santos Colaboração: Paula Teixeira Araujo, Bernardo Gonzalez Cepeda Alvarez, Lívia Sousa Anjos Objetivos:

Leia mais

Políticas Publicas de Ressocialização

Políticas Publicas de Ressocialização Primeiro Encontro Mato Grossense de Conselhos da Comunidade Políticas Publicas de Ressocialização ão Rosangela Peixoto Santa Rita 26 de junho de 2008. O Brasil já tem mais de 423 mil presos em seus cárceres;

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

A Introdução dos Domínios Adicionais no Departamento de Ciências Sociais

A Introdução dos Domínios Adicionais no Departamento de Ciências Sociais A Introdução dos Domínios Adicionais no A implantação de Domínios Adicionais em diversos cursos de graduação da PUC-Rio tem como objetivo estimular a formação interdisciplinar, capacitando os estudantes

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias C/H Memória Social 45 Cultura 45 Seminários de Pesquisa 45 Oficinas de Produção e Gestão Cultural 45 Orientação

Leia mais

Linha 2- Desenvolvimento e Conflitos Sociais:

Linha 2- Desenvolvimento e Conflitos Sociais: UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL Edital 01/2014 CREDENCIAMENTO DE DOCENTES 1. PREÂMBULO A Coordenação do Programa

Leia mais

e-mail: simoneperes2@yahoo.com.br 1 CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO e-mail: simoneperes2@yahoo.com.br 2 CONVERSANDO SOBRE CURRÍCULO Diferentes concepções Conteúdos e competências Sobre aprendizagens Projetos alternativos

Leia mais

ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO Andrelisa Goulart de Mello Universidade Federal de Santa Maria andrelaizes@gmail.com Ticiane

Leia mais

Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis

Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis Ciclo de Cursos de Educação Ambiental Ano 4 Secretaria de Estado do Meio Ambiente Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico

Leia mais

MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA MODERNA

MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA MODERNA MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA MODERNA Professor, nós, da Editora Moderna, temos como propósito uma educação de qualidade, que respeita as particularidades de todo o país. Desta maneira, o apoio ao

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO GRUPOS EXCLUÍDOS, MOVIMENTOS SOCIAIS E DIREITOS HUMANOS PROFESSOR: MARCUS ORIONE GONÇALVES CORREIA

Leia mais

Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social

Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social Proposta para Implementação de Serviço de Responsabilização e Educação de Agressores Grupo Paz em Casa

Leia mais

Módulo I. DISCIPLINA Estado, Direito e Cidadania, em perspectiva comparada. DISCIPLINA Introdução aos Estudos sobre Segurança Pública

Módulo I. DISCIPLINA Estado, Direito e Cidadania, em perspectiva comparada. DISCIPLINA Introdução aos Estudos sobre Segurança Pública Módulo I Estado, Direito e Cidadania, em perspectiva comparada Ementa: Liberalismo, individualismo e cidadania na Europa Ocidental dos séculos XVII- XIX. Mecanismos de repressão e de controle da emergente

Leia mais

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO

O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO Soraya Hissa Hojrom de Siqueira Diretora da Superintendência de Modalidades e Temáticas

Leia mais

Terapia Comunitária como metodologia de Desenvolvimento Comunitário

Terapia Comunitária como metodologia de Desenvolvimento Comunitário Terapia Comunitária como metodologia de Desenvolvimento Comunitário Cecília Galvani* Colaboração: Coletivo Pontos de Encontro A Terapia Comunitária (TC) Há cerca de 20 anos, em Fortaleza (CE), na Favela

Leia mais

Políticas Públicas I. Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011

Políticas Públicas I. Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Políticas Públicas I Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Temas Classificações de Welfare State (Titmuss e Esping-Andersen).

Leia mais

Regulamento de Criação e Funcionamento dos Grupos de Trabalho da Sopcom

Regulamento de Criação e Funcionamento dos Grupos de Trabalho da Sopcom Anexo Regulamento de Criação e Funcionamento dos Grupos de Trabalho da Sopcom Preâmbulo Os Estatutos da Sopcom são omissos relativamente à criação e funcionamento de Grupos de Trabalho, doravante designados

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local 1 Por: Evandro Prestes Guerreiro 1 A questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 Marta Luz Sisson de Castro PUCRS O Banco de Dados Produção do conhecimento na área de Administração da Educação: Periódicos Nacionais 1982-2000

Leia mais

INTRODUÇÃO. Sobre o Sou da Paz: Sobre os Festivais Esportivos:

INTRODUÇÃO. Sobre o Sou da Paz: Sobre os Festivais Esportivos: 1 INTRODUÇÃO Sobre o Sou da Paz: O Sou da Paz é uma organização que há mais de 10 anos trabalha para a prevenção da violência e promoção da cultura de paz no Brasil, atuando nas seguintes áreas complementares:

Leia mais

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional A Capes abrirá, nos próximos dias, uma chamada para proposição de cursos de Mestrado Profissional, em várias áreas do conhecimento. Os requisitos

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Re s p o n s a b i l i z a ç ã o e

Re s p o n s a b i l i z a ç ã o e Anexo II Di r e t r i z e s Ge r a i s d o s Se rv i ç o s d e Re s p o n s a b i l i z a ç ã o e Educação do Agressor SERVIÇO DE RESPONSABILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DO AGRESSOR Ap r e s e n ta ç ã o A presente

Leia mais

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação O artigo fala sobre os vários aspectos e desafios que devem ser levados em consideração quando se deseja transformar ou fortalecer uma cultura organizacional, visando a implementação de uma cultura duradoura

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

!"#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.%

!#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.% !"#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.%! https://sites.google.com/site/grupouabpeti/ ISBN: 978-972-674-744-4! "! DIRETORES DE CURSO: PERSPETIVAS E CARACTERIZAÇÃO

Leia mais

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org CARTA DE PRINCÍPIOS DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL O Comitê de entidades brasileiras que idealizou e organizou

Leia mais

Movimentos sociais - tentando uma definição

Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais - tentando uma definição Analogicamente podemos dizer que os movimentos sociais são como vulcões em erupção; Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais ocorrem quando

Leia mais

A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas. José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas. José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO A indissociabilidade entre ensino/produção/difusão do conhecimento

Leia mais

PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau

PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau XII CONGRESSO BRASILEIRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MEIO AMBIENTE PROTEÇÃO DOS BENS AMBIENTAIS: PELA CRIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (OME). Brasília, 20/04/2012 Sandra Cureau FUNDAMENTOS

Leia mais

Os Catadores de Materiais Recicláveis e a atuação do Ministério Público

Os Catadores de Materiais Recicláveis e a atuação do Ministério Público Os Catadores de Materiais Recicláveis e a atuação do Ministério Público Promotora Marina Brandão Póvoa Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais Criação

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

Política Nacional de Participação Social

Política Nacional de Participação Social Política Nacional de Participação Social Apresentação Esta cartilha é uma iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República para difundir os conceitos e diretrizes da participação social estabelecidos

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil Martina Rillo Otero 1 Sumário Objetivos da pesquisa Metodologia Quem foram as organizações que responderam à pesquisa? O que elas pensam

Leia mais

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Er REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art 1º O Fórum da Agenda 21 Local Regional de Rio Bonito formulará propostas de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável local, através

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

O significado do Ensino Médio Público na visão dos estudantes

O significado do Ensino Médio Público na visão dos estudantes *Pôster: O Significado do Ensino Médio Público na Visão dos Estudantes. Apresentado no XIV Seminário de Pesquisa do CCSA. Realizado no período de 24 a 26 de setembro de 2008, na UFRN. Autores: ; ;. O significado

Leia mais

Serviço Social e o Trabalho Social em Habitação de Interesse Social. Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz Novembro de 2015

Serviço Social e o Trabalho Social em Habitação de Interesse Social. Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz Novembro de 2015 Serviço Social e o Trabalho Social em Habitação de Interesse Social Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz Novembro de 2015 Sobre o trabalho social O trabalho social nos programas de, exercido pelo (a) assistente

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

Gestão Democrática da Educação

Gestão Democrática da Educação Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino Coordenação Geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de

Leia mais

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. Guia de orientações para a elaboração do Plano

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: a escolha do tema. Delimitação, justificativa e reflexões a cerca do tema.

Leia mais

CONSELHO DE CLASSE DICIONÁRIO

CONSELHO DE CLASSE DICIONÁRIO CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de cunho decisório, presente no interior da organização escolar, responsável pelo processo de avaliação do desempenho pedagógico do aluno.

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR

CÂMARA DOS DEPUTADOS CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR CÂMARA DOS DEPUTADOS CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR A INFLUÊNCIA DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NA FORMULÇÃO DA LEI nº 11.096/2005 PROUNI

Leia mais

Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE

Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE RELATÓRIO Oficina Cebes DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA E SAÚDE 30 de março de 2009 LOCAL: FLÓRIDA WINDSOR HOTEL No dia 30 de março de 2009, o Cebes em parceria com a Associação Brasileira de Economia da Saúde

Leia mais

Bacharelado em Humanidades

Bacharelado em Humanidades UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE CURSO Bacharelado em Humanidades 1. Perfil do Egresso Em consonância

Leia mais

PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA

PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA Em conformidade com os poderes regulamentares que lhes são atribuídos pelo artigo 241.º, da Lei Constitucional, devem os municípios

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR:

ESTRUTURA CURRICULAR: ESTRUTURA CURRICULAR: Definição dos Componentes Curriculares Os componentes curriculares do Eixo 1 Conhecimentos Científico-culturais articula conhecimentos específicos da área de história que norteiam

Leia mais

Propriedade intelectual e políticas de comunicação

Propriedade intelectual e políticas de comunicação 1 Fórum Para entender os eixos focais Propriedade intelectual e políticas de comunicação Graça Caldas O texto do prof. Rebouças oferece uma importante revisão histórica sobre os conceitos que permeiam

Leia mais

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO 5 Amanda dos Santos Galeti Acadêmica de Geografia - UNESPAR/Paranavaí amanda_galeti@hotmail.com Kamily Alanis Montina Acadêmica

Leia mais

Política, Democracia e Cidadania

Política, Democracia e Cidadania Política, Democracia e Cidadania Por um jovem brasileiro atuante Por Floriano Pesaro Vereador, líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo. Natural de São Paulo, Floriano é sociólogo formado

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Desafios da Extensão Rural e dos Programas de Pós-graduação no Brasil

Desafios da Extensão Rural e dos Programas de Pós-graduação no Brasil Desafios da Extensão Rural e dos Programas de Pós-graduação no Brasil Sheila Maria Doula Ana Louise de Carvalho Fiuza Wander Torres Costa Alexandra Santos Programa de Pós-graduação e Extensão Rural UFV/Brasil

Leia mais

Oficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Oficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL RELATÓRIO Oficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 20 de dezembro de 2007 MERLIN COPACABANA HOTEL Av. Princesa Isabel, 392 Copacabana - Rio de Janeiro/RJ No dia 20 de dezembro de 2007, o

Leia mais

CHAMADA DE ARTIGOS do SUPLEMENTO TEMÁTICO A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

CHAMADA DE ARTIGOS do SUPLEMENTO TEMÁTICO A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 1 CHAMADA DE ARTIGOS do SUPLEMENTO TEMÁTICO A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE No dia 16 de novembro último, durante o 10o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizado em Porto

Leia mais

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO 1. Contextualização e finalidades A violência, a falta de segurança e o medo da criminalidade

Leia mais

Rosangela Peixoto Santa Rita. Maceió,, 05 de junho de 2008

Rosangela Peixoto Santa Rita. Maceió,, 05 de junho de 2008 A condição da criança a no espaço o penitenciário Rosangela Peixoto Santa Rita Maceió,, 05 de junho de 2008 Perfil Nacional Pesquisa 2006 Percentual de unidades femininas exclusivas e alas ou pavilhões

Leia mais

CIDADANIA: o que é isso?

CIDADANIA: o que é isso? CIDADANIA: o que é isso? Autora: RAFAELA DA COSTA GOMES Introdução A questão da cidadania no Brasil é um tema em permanente discussão, embora muitos autores discutam a respeito, entre eles: Ferreira (1993);

Leia mais

Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o email: nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o email: nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA ORIENTAÇÕES GERAIS PARA SUBMISSÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Neste ano o processo seletivo será realizado por meio de um sistema

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS

AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS Prof. Domingos Fernandes/Portugal* A avaliação é uma prática social cuja presença é cada vez mais indispensável para caracterizar, compreender, divulgar

Leia mais

REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor. Brasília, outubro de 2004

REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor. Brasília, outubro de 2004 REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor Brasília, outubro de 2004 FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS FENAJ http://www.fenaj.org.br FÓRUM NACIONAL DOS PROFESSORES DE JORNALISMO - FNPJ

Leia mais

Trilha IV Internet e Direitos Humanos

Trilha IV Internet e Direitos Humanos Trilha IV Internet e Direitos Humanos Temas e Posicionamentos Exposições das(os) Painelistas Posicionamentos Cláudio Machado (APAI-CRVS Programa Africano p/ Fortalecimento Registro Civil, terceiro setor)

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Os direitos das crianças e adolescentes no contexto das famílias contemporâneas. Ana Paula Motta Costa anapaulamottacosta@gmail.

Os direitos das crianças e adolescentes no contexto das famílias contemporâneas. Ana Paula Motta Costa anapaulamottacosta@gmail. Os direitos das crianças e adolescentes no contexto das famílias contemporâneas Ana Paula Motta Costa anapaulamottacosta@gmail.com Pressuposto: Direito à Convivência Familiar, um direito fundamental de

Leia mais

Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP

Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP Pela sua importância destacam-se aqui alguns dos seus princípios: Todos/as os/ssujeitos, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação, bem como a oportunidade

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS 1. EMENTA Paradigmas de Organização Escolar: pressupostos teóricos e práticos. Administração/gestão escolar: teorias e tendências atuais no Brasil. A escola concebida e organizada a partir das Diretrizes

Leia mais

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA 1. Criar o Fórum Metropolitano de Segurança Pública Reunir periodicamente os prefeitos dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo para discutir, propor,

Leia mais

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. História da Administração Pública no Brasil APRESENTAÇÃO

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. História da Administração Pública no Brasil APRESENTAÇÃO PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL Disciplina: História da Administração Pública no Brasil Professor(es): Wallace Moraes Período: 2013/2 Horário: 3 e 5 feiras,

Leia mais

A CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO: O CASO DO PRONATEC NA CIDADE DO RECIFE /PE

A CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO: O CASO DO PRONATEC NA CIDADE DO RECIFE /PE A CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO: O CASO DO PRONATEC NA CIDADE DO RECIFE /PE 1. INTRODUÇÃO Thayane Maria Deodato Cavalcante UFPE (thayanedc@hotmail.com) Lígia Batista de Oliveira

Leia mais