CULTURA AMAZÔNICA. NO INÍCIO ERA O NADA. Os deuses esconderam as tintas nas árvores, nos animais

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1 CULTURA AMAZÔNICA 5 NO INÍCIO ERA O NADA. Os deuses esconderam as tintas nas árvores, nos animais e na terra, e guardaram para si o encantamento da tapiragem nas aves. E esperaram... Ainda era tudo escuro, e ao mesmo tempo que foi criado o Sol e a Lua, Kúat e Iaê, os deuses da sabedoria mostraram a natureza como horizonte do homem, para que, convivendo com ela, o homem aprendesse a amá-la e a respeitá-la. A pele pintada era para dar vida à vida, cor às cores, para mostrar a alegria do existir e a razão do viver. Através da mutação das penas, um pouco da incomparável beleza da aves saiu do céu. O sonho dos homens de voar nunca se realizou materialmente, mas em espírito eles alçaram vôo junto aos deuses, e os deuses sorriam, acreditando no homem...

2 SINOPSE DO VÍDEO seres encantados como o mapinguari e o uirapuru, um pássaro com um canto muito especial. sentido de irmandade presente na Marujada. Dentro do teatro os integrantes dançam os três ritmos característicos Senhora de Nazaré e da importância desta festa para as famílias paraenses. No dia da festa, as famílias se reúnem Do canto do uirapuru, vamos para outros cantos: Belém do da festa: retumbão, mazurca e o xote. para celebrar com um farto banquete de comidas típicas. Nosso apresentador Almir Gabriel, um artista que canta e Pará e o som do Carimbó. Grande parte das danças amazôni- Um jovem aprendiz da arte de confeccionar rabecas conta Nosso apresentador nos leva para a cozinha e a mesa de nos encanta com a força da cultura amazônica, viaja pela cas é uma mistura das tradições indígenas e africanas. O sobre o processo de trabalho e tem seu produto aprovado uma dessas famílias, e nos revela os segredos da mandioca região nos revelando seus sons, suas lendas, danças e músico Nilson Chaves e o nosso apresentador nos contam e por um experiente músico da Marujada, garantindo a e do preparo do pato no tucupi. tradições que fazem parte desse rico universo cultural. cantam, enquanto um grupo dança, as origens, histórias e continuação dessa tradição através da transmissão de No Espaço Cultural São José Liberto Casa do Artesão, Almir Gabriel apresenta a importância do barro na cultura passos de várias dessas danças como o Bangüê conhecido como a dança do engenho; a Ciranda do Norte de origem saberes entre diferentes gerações. Junho é um mês especial na região. A Amazônia fica pare- CONTEÚDOS DO VÍDEO amazônica, com destaque para a cerâmica marajoara. portuguesa e muito popular em Tefé (AM); o Lundu uma cida com o Nordeste: fogueiras, fogos, quadrilhas, comidas Mestre Arlindo conta a lenda do Muiraquitã e os segredos da confecção deste e outros símbolo culturais regionais em balata látex extraído da balateira, árvore da família da seringueira. A maioria das lendas Amazônicas nasceu da dança bastante sensual; o Siriá que lembra os movimentos do siri; e o Marabaixo, ritmo mais representativo da cultura negra. Os grupos de danças folclóricas ajudam a manter viva essas tradições e a divulgar a cultura amazônica. típicas e muitas festas nas ruas. Neste período acontecem as festas juninas e o Boi-bumba, que em Parintins ganhou até bumbódromo um estádio construído especialmente para esta festa que é uma das mais famosas da região. > MISCIGENAÇÃO CULTURAL > ARTESANATO > LENDAS REGIONAIS tradição indígena. Elas procuram explicar a origem da vida e No segundo bloco, vamos até Bragança, no Pará, conhe- As festas religiosas são uma forte expressão do domínio > DANÇAS E RITMOS REGIONAIS da natureza através dos mitos de transformação, nos quais o herói morre para se transformar em um elemento da natureza. A lenda do guaraná contada no programa é um exemplo dessas lendas. Uma amazônida nos conta sobre os cer a Marujada. É no Teatro Museu da Marujada que o presidente da festa nos explica o significado das roupas utilizadas, do trabalho dos organizadores o capitão e a capitoa dos instrumentos utilizados violino, banjo e tambor e do do catolicismo na Amazônia. A devoção nordestina conquistou feriados e grandes festas, a mais popular e que atrai o maior número de pessoas é a do Círio de Nazaré. Almir Gabriel nos conta a lenda da imagem da Santa de Nossa > TRANSMISSÃO DE SABERES > FESTAS RELIGIOSAS > CULINÁRIA REGIONAL

3 MERGULHANDO NO TEMA Diante da enorme diversidade, de paisagem e visões, existe uma unidade natural produzida pela floresta e pela água, onde está a camada mais profunda da formação cultural, em que se assenta uma possível identidade amazônida. Subsiste um mesmo espírito e uma mesma atitude nos nativos desta vasta região: o encantamento diante da natureza. É ele quem marca o desenho de um vaso, a trama da tecelagem, o formato de uma canoa, o ritmo da fala, da música e da dança, a força das lendas, a veracidade das histórias. Falar em poucas páginas sobre a cultura amazônica é como aparar a chuva com uma cuia. Iniciaremos destacando os diferentes olhares lançados sobre a floresta, tanto a partir de quem nela originalmente habitava, passando pelos que chegavam de fora, para percebermos as diferentes visões de mundo que ali coexistiram, deixando marcos culturais em uma Amazônia que se constituiu, depois, na Amazônia que, afinal, existe hoje: brasileira em sua maior parte. H ERANÇAS CULTURAIS OS POVOS ANTIGOS Os povos nativos são a matriz cultural primeira, a base de todos os saberes mais tarde herdados pelos imigrantes que se adaptaram à floresta. Deles vem o conhecimento das técnicas e dos materiais básicos para a habitação e transporte, a tecelagem, a cerâmica, os cuidados com a saúde, a alimentação. É impossível calcular a perda de conhecimentos decorrente da dizimação em massa que resultou na extinção de muitos povos indígenas. PARA SABER MAIS Para saber mais sobre herança cultural, mergulhe no Capítulo 4, História da Ocupação da Amazônia, neste Caderno. OS EUROPEUS Os europeus deixaram sua marca na floresta e ao mesmo tempo ficaram marcados por ela. Causaram profundas modificações na cultura dos povos indígenas à medida que tentaram catequi- CASA FLUTUANTE, Japurá, Na pagina à esquerda, fronstispício alegórico de Viagem filosófica, no qual supostamente, Alexandre Rodrigues Ferreira aponta o mapa do rio Amazonas. 109

4 sá-los ou submetê-los aos ditames de uma nova ordem. Sobre a diversidade de línguas amazônicas, prevaleceu uma nova linguagem falada, de origem Tupi, que auxiliava na incorporação dos índios à empresa colonial: nova língua, novos costumes: o uso obrigatório de roupas, a substituição dos rituais tradicionais pelos da nova religião, o trabalho organizado e dirigido, a produção para exportação. Tem início o processo de mestiçagem que deu origem a uma nova população e aà cultura cabocla. FAMÍLIA DE CABOCLOS em frente à casa com telhado de palha....e OS EUROPEUS TROUXERAM OS AFRICANOS Na região do Pará e Amapá, os negros formaram quilombos ou mocambos (comunidades formadas por negros que fugiam da escravidão embrenhando-se na floresta), que exerceram especial importância na formação cultural da Amazônia. Algumas dessas comunidades foram assimiladas pelo crescimento das vilas e cidades e se misturaram às populações urbanas. Outras buscaram o isolamento e o contato com os índios. BRASIL CABOCLO Na metade do século XIX, temos uma nova base cultural estabelecida. A parte leste da região amazônica começa a ser aquilo que Darcy Ribeiro chamaria de Brasil caboclo. O índio fornecia uma base étnica sobre a qual mestiçavam-se colonos europeus e escravos africanos. A língua geral de origem Tupi, ensinada pelos jesuítas, foi substituída pelo português, língua do povo colonizador. O LEITE DAS ENTRANHAS O ciclo da borracha trouxe, principalmente, os sírio-libaneses, mas vieram também italianos, franceses, portugueses e ingleses em grande número, e todos diversificaram os serviços nas cidades, trazendo para elas os ares da modernidade. São bem conhecidas as narrativas de exibição da riqueza e ostentação pelos seringalistas, os quais queimavam dinheiro para acender charutos importados, em Manaus e Belém. As cidades fervilhavam de novidades e construções suntuosas. O luxuoso Teatro Amazonas é o símbolo desta época. Nele se apresentavam artistas europeus: companhias teatrais da França e cantores líricos da Itália. Em direta oposição social viviam os seringueiros, em condições bastante precárias. Na crise da borracha, nas décadas de 1920 e 30, as cidades viram o luxo dar lugar à decadência. Os seringueiros e extrativistas em geral, que se adaptaram à vida na floresta, ampliaram consideravelmente o conhecimento da biodiversidade amazônica. Recuperaram-se práticas e conhecimentos que os seringueiros traziam do Nordeste, além de incorporar os conhecimentos da agricultura indígena. A FLORESTA E O MILAGRE ECONÔMICO Para as atividades empreendedoras, financiadas pelo governo militar, a floresta era um empecilho. Os povos que a habitavam, suas culturas e modos de vida, eram considerados parte de um atraso que devia ser superado. Nessa lógica, a região precisava de outro povo, que não quisesse se adaptar à natureza, mas modificá-la. O resultado foi uma urbanização acelerada e a perda de parte da diversidade biológica e cultural. A MAZÔNIA: IDENTIDADE B RASILEIRA Entre a formação do Grão-Pará e a conquista do Acre se formou uma identidade brasileira, cheia de contradições e lacunas. Mas foi nos períodos de paz, de estagnação econômica, de estancamento das migrações, períodos em que predominava o isolamento das comunidades nos ermos da floresta, que a diversidade cultural se assentou e compôs os traços específicos de cada lugar. Formou-se, assim, uma identidade amazônida forte e capaz de resistir. VIVER NA FLORESTA Sendo a essência da cultura amazônica a identificação com a floresta, a adaptação física ao ambiente e o imaginário que nele se elabora, os povos nativos são a matriz cultural primeira. Os índios sabiam construir, navegar, plantar, fabricar tudo de que necessitavam. Sabiam onde encontrar comida e remédio. Conheciam a floresta e seus segredos. E tinham suas histórias do começo do mundo e da origem de cada coisa que nele existe. Desenvolveram a chamada cultura de floresta tropical. O saber nativo foi colocado a serviço da colonização. Ao longo dos séculos, os novos povos amazônicos foram adaptando e recriando não só a tecnologia mas também a mitologia. Vamos ver um pouco dessas formas de morar, navegar, plantar, pescar, festejar

5 EXEMPLOS DE HABITAÇÕES ribeirinhas presentes na região amazônica. M ORAR Na floresta não há proteção sólida, a família humana está sujeita às intempéries e aos ciclos da natureza. As soluções encontradas na construção das moradas revelam o desenvolvimento de uma arquitetura e uma engenharia cabocla de grande inventividade. CASA FLUTUANTE Nas cidades em rápido crescimento, como Manaus, em que o comércio é intenso nas margens de rios largos e profundos, desenvolveu-se a casa flutuante. Construída sobre grossos troncos e amarrada em árvores ou estacas fincadas no barranco, esse misto de casa e barco em geral é também um misto de moradia e comércio, para aproveitar o fluxo e os serviços junto ao rio. CASA FLUTUANTE, um tipo de habitação da Amazônia e uma grande embarcação normalmente utilizada paa transportes de passageiros HABITAÇÃO INDÍGENA Cada povo tem a sua forma de morar, pode ser num tapiri, para abrigo rápido, ou a maloca, com muitas famílias ou outras estruturas. A paxiúba, a palha, a amarração de envira são alguns exemplos de matérias e técnicas utilizadas pelos indígenas. Hoje algumas tribos da Amazônia moram em casas de alvenaria. N AVEGAR À antiga sabedoria de navegar e fazer barcos juntaram-se a experiência indígena a que os nordestinos traziam da Europa, numa longa linhagem que remonta aos fenícios. Na graduação por tamanho está a hierarquia do saber necessário à construção do ubá, barco leve, para viagens rápidas e pescarias, feito pelo caboclo com a técnica indígena de escavar as PARA SABER MAIS Para saber um pouco mais sobre a habitação indígena, mergulhe no Capítulo 6, Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Caderno 3. CASA RIBEIRINHA Elevadas bem acima do solo, para escapar da umidade e proteger dos insetos e animais peçonhentos, erguem-se as casas em altas palafitas, que exigem assoalho durável e firme. Nem toda madeira é adequada a esse fim, mas as que são, dependem de instrumentos de corte, serragem e encaixe, tecnologia que só foi chegando aos poucos, com a regularização do transporte e a expansão do comércio. árvores ou dobrar-lhes a casca. As canoas maiores, utilizadas para o transporte da produção e da família, geralmente precisam ser encomendadas aos mais habilidosos na carpintaria. O batelão é para o comércio, tem armação mais intrincada e é feito por mestres artesãos e seus aprendizes em grandes oficinas. De ordem diversa são as chatas, os gaiolas e os navios, grandes embarcações para o transporte de passageiros e grande quantidade de carga, fabricados nos estaleiros de grandes empresas. CASARÃO NORDESTINO Reproduziu-se o casarão nordestino: varanda, telhado de quatro águas, beiral, pé-direito elevado. Foram construídas inicialmente nas sedes dos seringais, depois nos entrepostos comerciais, mais tarde transformados em cidades. F AZER UM MUNDO DE COISAS Brota das mãos amazônidas uma infinidade de objetos e instrumentos, feitos de palha, cipó e madeira: remo, pilão, cestos, potes, caixas, espremedor, flecha, arado

6 Nos seringais desenvolveram-se técnicas bastante elaboradas de impermeabilização dos tecidos. O saco encauchado ou emborrachado, ou seja, recoberto por uma fina camada de caucho ou borracha para impedir a passagem da água, é o antecessor do que hoje se conhece como couro vegetal. Era usado principalmente como sacola de viagem, para guardar roupas, objetos ou mercadorias que não podiam sofrer a ação da água: documentos, lanterna e rádio de pilhas, tabaco, etc. E STRANHOS SABORES A primeira adaptação à floresta, por ser necessidade primária de sobrevivência, deu-se na alimentação. O que comer? Como obter o alimento? Como prepará-lo? A base é a mesma: costumes indígenas transformados pelas influências de portugueses, árabes e, principalmente, brasileiros do Nordeste. Os sabores são variadíssimos. A floresta fornece tudo FRUTOS Cupuaçu, graviola, bacuri, pupunha, cajá, a lista é enorme. Domesticadas, essas frutas estão localizadas onde vivem os seringueiros, no roçado das aldeias indígenas e nos quintais das periferias urbanas. As frutas amazônicas, em geral, são ácidas e suculentas. Boa parte delas só pode ser consumida na forma de suco ou creme, com açucar ou outro tipo de adoçante. FIQUE POR DENTRO Influência árabe. Pratos como quibe, tabule, esfiha, cafta podem ser encontrados em qualquer residência, nos botecos ou tabuleiros nas ruas. A esfiha ganhou recheios variados: galinha, camarão e palmito. No Acre, ela é vendida nas ruas, junto com o quibe frito, o quibe de arroz que o povo chama de quebe. ARTESANATO de Capim Dourado realizado por uma ribeirinha da Comunidade Mumbuca, na região de Jalapão, em Tocantins. OBJETOS DE USO Adornos: colares, pulseiras, chapéus, enfeites para o cabelo... a mão é movida pela paciência para lidar com material mais miúdo: sementes, dentes, ossos, plumas. O inverno ajuda com longas tardes de chuva em que não se pode sair para o roçado, caçada ou pescaria e a melhor opção é sentar no chão da casa e dedicar-se a esses pequenos luxos. CERÂMICA A argila domina o solo da região, está oculta sob a floresta, e adquire formas e cores exuberantes nas mãos de índios e caboclos. É bastante conhecida a cerâmica da Ilha de Marajó, mas os povos ceramistas já se espalhavam pela região toda há centenas de anos. Ainda se encontram nos sítios arqueológicos urnas mortuárias e objetos rituais dos povos antigos. Herdada deles ou trazida pelos imigrantes, a cerâmica utilitária está em toda parte: nos potes para armazenar água, pratos, panelas, vasilhas para guardar frutas e outros alimentos, cinzeiros, castiçais etc. Há também uma rudimentar cerâmica de construção. TECELAGEM Disseminado entre os povos indígenas, ainda hoje muitos plantam o algodão; e extraem tinturas da floresta para fabricar redes, roupas, sacolas, adornos para os braços e cabelos, tipóia para carregar crianças. As técnicas de fiação e fabricação de tecidos ficaram restritas às populações indígenas; os imigrantes, de todas as épocas, limitaram-se ao tratamento de tecidos comprados no comércio. ÍNDIA CARAJÁ tecendo um tapete. Artesanato típico da Amazônia

7 PARA SABER MAIS Para saber mais sobre os produtos extraídos da floresta, mergulhe no Capítulo 8, Desenvolvimento sustentável, Caderno 3. PALMEIRAS As palmeiras são a segunda principal fonte de alimentação da Amazônia contam mais de cem espécies nativas, entre as quais o açaí-de-touceira (conhecido por açaí), o babaçu, a pupunha, o buriti, a bacaba e o tucumã. Os vinhos formam um capítulo especial. A maioria provém de palmeiras: bacaba, patoá, buriti, mais conhecido de todos é o açaí. A pasta roxa extraída dos seus caroços maduros serve de base para o suco consumido de diversas formas doces e salgadas. COCO Os óleos, muitas vezes chamados de leite, são usados como tempero ou molho. Provêm dos diversos tipos de coco, como o ouricuri e o babaçu. Dentre todos destaca-se o da castanha, comercialmente denominada castanha-do-pará. CAÇA Com a urbanização e a disseminação da pecuária, o hábito de caçar e o consumo da carne de animais da mata restringiram-se às comunidades rurais mais isoladas. Para estas, animais como a paca, o veado e a anta, aves como a nambu e o jacu, quelônios como o jabuti e o tracajá são ainda o alimento preferido e, no seu preparo, concentra-se toda a sua arte culinária. PESCA No sertão das águas que é a Amazônia, mesmo nas grandes cidades a tradição culinária expressa-se no pescado o peixe é o prato amazônico. São milhares de espécies diferentes e incontáveis as maneiras de levá-las à mesa. No litoral, Pará e Amapá tem-se a opção do peixe de água salgada e outras iguarias, especialmente o camarão e o caranguejo. PARA DAR ÁGUA NA BOCA O café da manhã, mais conhecido como quebra-jejum, sempre tem derivados da macaxeira (mandioca). O destaque é a tapioca, feita da goma, fina, enroladinha, com manteiga e leite de castanha. Tem também o péde-moleque: farinha de tapioca, açúcar, ovos, manteiga, sal, cravo, erva-doce. A massa assim preparada é enrolada em folha de bananeira e levada ao forno para assar. O almoço é peixe assado. Tucunaré ou tambaqui na brasa. No estado do Amazonas há fartura de pirarucu, conhecido como o bacalhau amazônico pelo processo de conservação utilizando o sal. Outro prato comum é o jaraqui com farinha e molho de pimenta, por ser um peixe mais acessível. No Amapá é o gurijuba, um peixe robusto do litoral que os amapenses preparam de diversas maneiras, inclusive defumado ou salgado como o pirarucu. O jantar é peixe cozido, de preferência a caldeirada: pedaços grandes de peixe, em muito caldo com cebola, tomate, pimentão e cheiro-verde. Acompanhamento obrigatório é o pirão, feito com o próprio caldo e farinha de mandioca. Um lanche ao final da tarde? Só pode ser um tacacá, uma espécie de sopa que dizem ser fortemente afrodisíaca: caldo de tucupi, folhas e flores de jambu, goma de macaxeira e um punhado de camarões. Com sal e, claro, muita pimenta. O tacacá está nas ruas de qualquer cidade, vendido em bancas e barraquinhas. É servido em cuias (cabaças) de coité, raspadas e pintadas com cores fortes e desenhos que lembram motivos indígenas. Nas festas, pratos especiais: pato no tucupi acompanhado com a farinha d água. Também no tucupi, a rabada de boi com arroz. Pirarucu de casaca, com farofa de ovos e banana comprida. Jabuti no leite da castanha, com os miúdos separados em forma de farofa, servida no próprio casco. TABUS ALIMENTARES Em toda parte, na Amazônia, há interdições do tipo mulher grávida não deve comer carne de animal morto em tais ou quais condições, ou alertas sobre as conseqüências de caçar fêmeas que estejam prenhas ou amamentando, ou ainda os perigos de negar um pedaço da caça ao compadre ou parente que esteja necessitando etc. etc. Todos esses tabus revelam, no fundo, uma ética das relações sociais: o que é certo, o que é errado nos relacionamentos entre vizinhos, parentes e povos distintos. Revelam ainda os códigos de relacionamento com a natureza, o manejo da fauna, ANTA, um dos animais da Amazônia mais caçados para alimentação. o respeito aos ciclos da vida. AGRICULTURA O que se come como acompanhamento chamado de mistura vem da agricultura, principalmente das raízes. Há vários tipos de raízes, mas a rainha delas é a mandioca, que, cozida ou assada, com ela se faz de tudo: caldo, goma, doces, bolo e, é claro, a farinha. Motivo de orgulho dos amazônidas, as farinhas da mandioca são especialidades locais. No Pará, a farinha d água, grossa e azeda; no Acre a farinha fina, seca, temperada em algumas regiões com cocão e safroa. O milho faz o encontro da ancestralidade indígena com a tradição nordestina: come-se com sal, assado na fogueira ou cozido. Mas usa-se também para fazer mingau, farinha, bolo, canjica, pamonha (doce ou salgada). Assim como a mandioca e o amendoim, pode ser transformado em caiçuma, bebida de leve teor alcoólico dependendo do tempo de fermentação. Cocão e safroa Cocão > coco comprido e pequeno, fruto de uma palmeira. Pode ser ralado e torrado junto com a farinha, ou usado como óleo. É altamente combustível e utilizado, por exemplo, na defumação do couro vegetal. Safroa > variação regional de açafrão (urucum). Pó avermelhado extraído da polpa do urucum, utilizado como tempero culinário

8 De tudo se planta na várzea, na agricultura cíclica que aproveita a fertilização feita pela enchente do rio. Mas a fartura nas casas e nos mercados, nos meses do verão amazônico, vem da melancia e do feijão-de-praia, um feijão branco e macio com muitas variedades, de acordo com o tamanho. Para completar: o tempero. Muita pimenta: de cheiro, murupi, malagueta... os amazônidas gostam da comida ardendo. Em cima da mesa há sempre um frasco com molho de pimenta, misturando de vários tipos (e cores) na acidez do tucupi. A lista da farmácia verde é interminável, e ainda assim é apenas uma mínima parte revelada de um tesouro ainda maior. MEDICAMENTOS Alguns já são consagrados, como o óleo da copaíba, potente antibiótico natural, e o chá da quina-quina, utilizado no tratamento da malária. Outros só agora estão se tornando conhecidos, como a resina extraída do sapo campu pelos caboclos do alto Juruá, um purgativo de aplicação múltipla. FIQUE POR DENTRO O tucupi é o sumo azedo da mandioca, em que ela revela seu passado de planta venenosa antes da domesticação. Sua coloração varia de verde-amarelado a cinza-escuro e o cheiro, fortíssimo, é inconfundível. É usado em vários pratos pelo seu sabor forte, geralmente associado às folhas de jambu, que também têm gosto levemente apimentado. COSMÉTICOS E PRODUTOS PARA HIGIENE São tinturas para a pele, como as do urucum e do jenipapo; óleos para cabelo com essências diversas; perfumes, sabonetes, cremes, todo tipo de produtos que encontram uso numa região difusa entre a saúde e a beleza. O JEITO DE FALAR Embora subsistam várias línguas indígenas, o português é dominante, e as variações de sotaque não chegam a criar grandes dificuldades de comunicação. Este domínio guarda uma clara matriz nordestina. A fala rústica dos sertanejos, resultado de quatro séculos de adaptação da língua portuguesa ao contato com índios e escravos africanos, ao mesmo tempo cheia de palavras e expressões arcaicas, penetrou nos ermos da floresta e nos vilarejos à beira d água, tornando-se mais macia e úmida no ritmo lento da vida cabocla. O falar amazônida é descansado, com vogais abertas e alongadas. ALGUNS PRODUTOS feitos a partir de plantas e ervas consideradas medicinais DA PALAVRA FALADA À PALAVRA CANTADA A matriz nordestina sobrepôs-se às demais, disseminando o forró, o xote e outros ritmos marcados pela batida do tambor e a harmonia da sanfona. Mas, no Pará e Amapá, pela proximidade com o Caribe e a presença dos negros, fixaram-se outros ritmos, igualmente quentes e sensuais, como o carimbó e seus semelhantes ou derivados. A FARMÁCIA VERDE Um elemento essencial na adaptação das populações à floresta e na formação cultural amazônica é o manejo da biodiversidade nos cuidados com a saúde. Os povos da floresta desenvolveram um saber especial no cultivo e uso das plantas medicinais. Os pajés indígenas conheciam os segredos das ervas e das práticas, dietas e rituais de cura. No contato com eles, atualizou-se no ambiente amazônico a tradição dos rezadores e raizeiros nordestinos. Na floresta, eles eram os médicos e farmacêuticos. Mas os cuidados do dia-a-dia, a administração da saúde na família, foram tarefas assumidas pelas mulheres. Elas desenvolveram a arte sutil da resistência em condições adversas. As mais velhas e sábias assumiam a condição de parteiras e rezadeiras. O RÁDIO Meio de comunicação e entretenimento, mas também de expansão cultural e domínio político, o rádio tornou-se onipresente na Amazônia. É o correio popular pelo qual as pessoas mandam recados aos seus parentes, é por onde o povo se informa sobre o preço das mercadorias, sobre as mudanças na política, sobre as modas. O rádio trouxe o mundo para perto de todos. BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA Pelas brincadeiras de criança as influências das matrizes se espalharam. Mesmo que sucessivas gerações permanecessem sem escola, a manja seca e a manja d água, o 31 alerta, a bandeirinha, o baleado, todos esses inventivos jogos fizeram e fazem parte do universo infantil amazônico

9 C OISAS DO OUTRO MUNDO Os mitos indígenas explicam a origem das coisas, o surgimento do mundo, do dia e da noite, do rio e das gentes. São, em sua maioria, mitos de transformação: o herói morre para transformarse em alimento ou remédio, como no caso da macaxeira e várias ervas medicinais. Ou se transmuta em pássaro, peixe, onça, povoando a terra com a variedade de seres vivos. Em muitos casos, após transformado, é responsável pela aquisição de um conhecimento: cerâmica, tecelagem, canções, etc. Os mitos europeus narram as histórias de heróis vencedores, que passam por dificuldades e voltam triunfantes. A mistura desses mitos com o cristianismo gerou histórias que permaneceram na fronteira entre a crença e a superstição, alimentando o sincretismo religioso e, às vezes, tornando-se folclore, gerando a grande variedade de causos e lendas de um povo que gosta de contar histórias. ILUSTRAÇÕES de animais encantados feitas pelos índios Ticuna. PARA SABER MAIS > As lendas são desdobramentos dos mitos originais, sua forma mais comum de disseminação. Superficialmente parecem crendices, mas em seu conjunto e combinadas entre si, tecem uma rede de significados que compõem uma visão de mundo e orientam o comportamento. Revelam, no fundo, uma ética das relações sociais: o que é certo, o que é errado nos relacionamentos entre vizinhos, parentes, povos distintos e com a natureza o manejo da fauna, o respeito aos ciclos da vida. ordinários. Pode desaparecer e aparecer em outro local, brilhar com uma luz estranha, socorrer uma pessoa em perigo, mostrar o caminho, confundir seus perseguidores, curar um ferimento ou doença e até falar ou transmitir com o pensamento uma mensagem importante. De todos os encantados, o mais conhecido, admirado e temido é o boto. A quantidade de lendas existentes nesta região é enorme. Vamos mencionar aqui apenas algumas delas. ANIMAIS ENCANTADOS Onça, veado, anta, alguns tipos de pássaros ou de macacos podem encantar-se ou ser a forma provisoriamente assumida por um encantado. Nessas ocasiões, o animal revela poderes extra- > O Boto Apresenta-se nas noites de festa, como um cavalheiro elegante e bem vestido, que fala pouco mas dança muito bem e seduz as moças com seu olhar intenso. Não tira jamais o chapéu, para não revelar o furo que tem no alto da cabeça, única parte animal que não consegue transformar em humana. Pode levar uma moça à loucura a ponto de fazê-la atirar-se no rio. Pode deixá-la grávida e sumir; o filho terá o poder de transformar-se em boto, ou ter habilidades especiais na dança, ou nas artes da sedução. PARA SABER MAIS Para saber mais sobre outras lendas, mergulhe nas páginas de abertura dos capítulos. > O Mapinguari É o mais assustador dos seres da mata. Muito temido pelos caçadores, pode aturdi-los com gritos ou pedidos de ajuda e atacam os que se aproximam. Parece um macaco gigante, ereto sobre duas pernas. Tem só um olho, no meio da testa, e uma boca gigantesca que se estende até a barriga. É mais fácil escapar dele se o vento estiver soprando de forma favorável, pois tem um cheiro horrível, que dizem sair de um buraco no ventre e pode ser sentido a grande distância. ILUSTRAÇÕES feitas pelos índios Ticuna sobre a lenda do Curupira, o dono da mata, que mora na sumaúma. OBJETOS ENCANTADOS Estes objetos servem para dar sorte, tirar feitiço, provocar sonhos, etc. Um desses amuletos é o muiraquitã, em referência às histórias de índias guerreiras, as Icamiabas, que fabricavam com o barro verde do fundo do lago amuletos em forma de animais, especialmente o sapo. No Pará, a lenda se propaga na forma de artesanato, comércio e atração turística. Sem deixar de ser, para a população local, um sinal de sorte

10 FESTA DO BOI-BUMBÁ realizada no mês de junho em Parintins/AM. FESTAS JUNINAS É quando a tradição nordestina mostra-se mais forte. Nos dias dos santos, há uma fogueira na frente de cada casa. Por toda parte organizam-se arraiais e quadrilhas. Encena-se o casamento caipira, legítimo teatro popular, com suas falas em versos, seus personagens caricatos e seu humor escrachado em que se disfarça a crítica aos poderes do Estado, da Igreja e dos coronéis. MARABAIXO É mais que uma festa, um calendário festivo e religioso criado pelos negros no Amapá. As festas homenageiam o Divino Espírito Santo e foram trazidas pelos escravos para Macapá no século XVIII, quando da construção da fortaleza de São José. A tradição, passada aos descendentes, fixou-se na Vila de Curiaú, a 8 km de Macapá. N A BATIDA DO TAMBOR Mitos e lendas, originados numa relação de mágico encantamento com a natureza, foram aos poucos sendo banidos pela religião dominante. Algumas vezes, os rituais pagãos da fertilidade ou dos ciclos da natureza, da colheita e do pescado encostaram-se às festas religiosas e se perpetuaram sob a forma de comida, dança e cantos. Os que não foram incorporados como parte de alguma tradição religiosa, mesmo minoritária e perseguida como os ritos afro-brasileiros, refugiaramse nas festas populares. Algumas festas e danças típicas da Amazônia têm origem nas tradições e costumes indígenas, porém apropriados e reinterpretados pelas populações urbanas. Outras remontam à colonização portuguesa, são mais formais em suas vestimentas e regulamentos, guardam alguns arcaísmos na língua e na musicalidade, que remontam às tradições ibéricas. No Pará, e sobretudo no Amapá, sobrevive a tradição dos negros, com fortes laços religiosos. E por toda a parte os nordestinos deixaram sua marca. Cavalhada, Festa de São Tiago, Marujada, Boi-Bumbá, são algumas das festas realizadas nos diferentes cantos da Amazônia. Cada uma com sua história, umas sobrevivem às mudanças do tempo, outras incorporam as mudanças e se modificam dentro de um processo natural. Em Parintins, no interior do Amazonas, o boi-bumbá ganhou um desdobramento inusitado, transformando-se numa atração turística que reúne milhares de pessoas. Nos últimos três dias de junho, ocorrem as apresentações dos bois que dividem a cidade: o Garantido e o Caprichoso, ambos fundados em No ano de 1988, foi construído um bumbódromo e a festa ganhou características de grande espetáculo, semelhante aos desfiles de carnaval no Rio de Janeiro. D EUS NA FLORESTA Durante a gênese cultural da Amazônia, a religião católica foi a dominante, praticamente uma religião oficial. O catolicismo popular trazido do Nordeste, com seu gosto por grandes festas, procissões, velas acesas, promessas e ex-votos, alcançou grande espaço entre o povo. O calendário é pontuado pelos santos: padroeiros das cidades, milagrosos, íntimos de seus devotos, eles conquistaram feriados oficiais e longos festejos com caráter oficial. Além dos santos juninos, o povo venera os que lhe socorrem nas aflições: São José, São Sebastião, São Francisco e Maria que, com suas diversas denominações de Nazaré, da Glória, da Conceição, das Dores tornou-se a padroeira de toda a Amazônia. SANTOS NATIVOS São mártires das diversas guerras e conflitos ou vítimas de injustiças. São líderes messiânicos, curadores e até líderes religiosos regulares, que se tornaram venerados como os santos católicos. Muitos vilarejos veneraram velhos padres católicos que se tornaram líderes espirituais e foram considerados santos após a morte. A MARUJADA, dança típica do Pará, ao vivo e em representação pictórica

11 PARA SABER MAIS O CÍRIO DE NAZARÉ De todas as manifestações religiosas da Amazônia, a mais antiga e tradicional, e que atrai maior número de pessoas é a do Círio de Nazaré. O círio tem origem em Conta-se que um caboclo chamado Plácido encontrou a imagem da santa às margens do igarapé Murutucu e instalou-a num altar em sua casa. No dia seguinte, a imagem havia retornado, misteriosamente, às margens do igarapé. Depois disso, até as tentativas do governador de mantê-la no palácio sob severa vigilância foram frustradas: a santa sempre retornava ao local onde fora encontrada. Ali, construiu-se uma primeira capela e nasceu a devoção. DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O VINHO DOS ESPÍRITOS Uma religiosidade nova, profundamente identificada com a Amazônia, nasceu em sua porção mais ocidental. São as doutrinas religiosas da ayahuasca. A palavra é de origem quéchua e significa vinho dos espíritos, uma bebida sagrada usada pelos sacerdotes do império Inca em seus rituais e capaz de proporcionar visões e uma intensa experiência mística. Feita com um cipó (jagube) e as folhas de um arbusto da floresta (chacrona), a bebida disseminou-se entre os povos indígenas do Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela e até do Equador. No Brasil, gerou um fenômeno religioso de grandes proporções. Na convivência com os índios, os seringueiros do Acre aprenderam a preparar a ayahuasca e a usavam principalmente para curar suas enfermidades. Em 1912, chegou ao Acre um jovem negro nascido no interior do Maranhão chamado Raimundo Irineu Serra e ele conheceu um pequeno grupo que se reunia para tomar a ayahuasca com intenção de obter experiências religiosas mais avançadas. Na floresta, Irineu teve uma visão com a Virgem Maria, que se apresentou como Rainha da Floresta e lhe transmitiu uma doutrina baseada em hinos. Durante várias décadas, o Mestre Irineu, como passou a ser conhecido, desenvolveu os elementos da doutrina: cânticos, bailado, fardamentos, símbolos, regras de comportamento etc. Fundou uma congregação no lugar conhecido como Alto Santo, em Rio Branco, e batizou a bebida com o nome de Santo Daime (derivado do pedido feito pelos ayahuasqueiros: dai-me amor, dai-me saúde). PARA SABER MAIS > Outros dois mestres fundadores do Santo Daime organizaram irmandades e desenvolveram outras linhas doutrinárias. Em 1960, o baiano José Gabriel da Costa fundou a União do Vegetal, em Porto Velho, Rondônia. Desses centros originais, a UDV (União do Vegetal) foi o primeiro a ganhar caráter nacional... e internacional. As doutrinas da ayahuasca são cristãs, mas trazem evidentes influências culturais de seus fundadores negros e recuperam aspectos importantes da religiosidade indígena. Constituem-se, assim, numa síntese original das principais vertentes da cultura amazônica. A população da Amazônia é hoje majoritariamente urbana. Pouco mais de 20% dela permanecem na floresta. Essa mudança brusca alterou significativamente as bases culturais, o modo de pensar, os valores, a relação com a natureza. Muitas das tradições e conhecimentos elaborados em quase cinco séculos estão hoje desaparecendo ou se modificando. Nessas cidades, a ruralidade não tem lugar. Os saberes longamente acumulados na floresta são praticamente esquecidos. Diante da televisão, o contador de causos cala sua voz. O artesão fabricante de barcos vende CDs piratas na esquina. O pajé vende picolé na porta da farmácia. A cidade velha é empurrada para a periferia, faveliza-se. Quando muito, é conservada como curiosidade turística para servir à cidade nova, moderna, extensão da civilização global do consumo. O que cresce, na cidade amazônica, é o que a assemelha às outras: shopping, supermercado, asfalto. Trava-se, na Amazônia, a batalha decisiva da identidade. PALAFITAS, exemplo de uma ocupação desordenada, em Manaus/AM

12 AÇÕES PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL MULHERES extrativistas desempenham importante papel na economia amazônica, através da produção de castanha em Rio Branco/AC. ALGUMAS AÇÕES Projeto Saúde e Alegria PSA: o programa Mulher Cabola desenvolve-se no baixo Tapajós e médio Amazonas, oferecendo educação e saúde materna e infantil, educação para a cidadania e geração de renda através de artesanato, recuperação do uso de pigmentos naturais, produção de frutas secas, xaropes, sabão e xampu com materiais locais. Agentes locais multiplicadoras são formadas para garantir a continuidade dos trabalhos. Este programa foi o ganhador do prêmio Desenvolvimento Sustentável, oferecido pelo Banco Mundial, em junho de Natureza WWF (AM): projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais e produtos afins das mulheres de Silves. Trabalham mulheres entre 16 e 70 anos, na sua maioria até ali sem nunca terem exercido atividades profissionais. Estão preparadas profissionalmente para produzir até cinco mil sabonetes/mês. OAEYRG (Organização de Agricultores e Extrativistas Yawanawa): em parceria com o governo do Acre, o projeto foi realizado a partir de um evento que teve como objetivo identificar os ricos conhecimentos da arte manifestada através de desenhos e pinturas corporais criados por mulheres e idosos Yawanawa. Esses desenhos foram transformados em estampas que compõem a grife Yawanawa, uma linha de ecoprodutos que busca unir a tradição com o design contemporâneo da moda. São peças exclusivas lançadas no mercado nacional e internacional. PARA SABER MAIS Para saber mais sobre alternativas de sustentabilidade, mergulhe no Capítulo 8, Desenvolvimento sustentável, Caderno 3. Os saberes tradicionais dos povos amazônicos podem, bem geridos, garantir a continuidade de sua transmissão, preservando-os, e a garantindo a sustentabilidade de algumas comunidades. As mulheres da Amazônia têm papel fundamental neste processo. São mulheres de diferentes etnias e raças, de diferentes categorias de trabalho extrativistas, coletoras, quebradeiras de coco-babaçu, pescadoras, artesãs, agricultoras, parteiras, rezadeiras e curandeiras, pesquisadoras que com suas diversas vivências estão se organizando em associações e instituições que buscam discutir questões como o Desenvolvimento Humano e Sustentável na Amazônia. O artesanato é o grande negócio que pode crescer cada vez mais na região graças às parcerias que vêm se formando. Grandes empresas de cosméticos estão investindo nas matérias-primas amazônicas, organizações não governamentais (ONGs) também estão estruturando e incentivando cooperativas e o Ministério de Meio Ambiente vem apoiando projetos que visam o desenvolvimento sustentável através do PNF (Programa Nacional de Floresta). Outra parceria que vem crescendo é a do artesanato com designers. Os produtos resultantes têm alcançado cada vez mais o interesse do mercado interno e externo. COOPERATIVA de manufatura de cupuaçu, no Acre. Nota-se a presença marcante de mulheres na economia extrativista da Amazônia

13 TRABALHANDO COM O TEMA As atividades sugeridas a seguir estão relacionadas à proposta metodológica de educação ambiental apresentada no caderno 1 do kit. A leitura desse caderno ajudará no SUGESTÃO PASSO A PASSO > ANTES DE ASSISTIR AO PROGRAMA SENSIBILIZAÇÃO PARA O TEMA IMPORTANTE > O número de aulas ou encontros necessários para o desenvolvimento das etapas propostas no passo a passo dependerá das diferentes realidades e interações com os alunos. DICA > Caso a sua escola não tenha possibilidade de conseguir argila, esta atividade pode ser substituída por outra que incentive o contato com alguma matéria-prima (palha, semente, coco e outros) e que proporcione aos alunos a experiência concreta de confeccionar um objeto e a reflexão sobre este fazer. QUARTA ETAPA > Relembre com a turma a primeira atividade e faça um paralelo com o programa assistido. Os diferentes fazeres artesanais, a importância da continuidade desses trabalhos, as origens de cada ofício... > Proponha a realização de um levantamento de informações desenvolvimento de um projeto de educação ambiental que SEGUNDA ETAPA sobre as produções artesanais existentes na região. Para isto procura considerar, trabalhar e avaliar as particularidades de PRIMEIRA ETAPA > Assista o programa com a turma. terão que coletar informações com parentes e responsáveis na cada contexto. Questionando o porquê e para que implementar > Distribua um pouco de argila em cima de uma folha de jor- região. Divida a turma em grupos e tarefas. Cada um irá buscar uma proposta dessa natureza. nal, para cada aluno, e peça que a amassem bem, sentindo a TERCEIRA ETAPA as informações. Ex: Secretaria de Cultura, prefeitura, ONGs, É importante lembrar que as atividades que se seguem são textura, a resistência e a temperatura do material. > Reflexões sobre as imagens e conteúdos do programa. cooperativas, artesãos. apenas algumas sugestões possíveis de estruturar o modo > Incentive os alunos a lembrarem, enquanto amassam a como trabalhar no cotidiano da sala de aula com esses temas, aliados a uma prática educacional que valoriza a interdisciplinaridade, a transdisciplinaridade e a expressão dos conteúdos através de diferentes linguagens artísticas. Esperamos que essas sugestões de atividades se somem ao trabalho já desenvolvido por cada instituição e educador... que sirva como inspiração para que cada um crie e recrie da sua forma. Organizamos as sugestões de duas formas diferentes. A primeira segue passo a passo um processo de trabalho com uma proposta determinada, na qual as etapas são cuidadosamente descritas exemplificando um desencadeamento de idéias. A segunda sugestão indica outras possibilidades de trabalho com o tema que podem complementar a proposta principal, substitui-la ou somente provocar novas idéias nos professores. argila, de coisas que são produzidas com ela: objetos existentes no dia-a-dia de cada um. Que procurem lembrar se já viram alguma pessoa fabricando algum tipo de cerâmica: como era, o que produzia, os cuidados necessários... > Sugira que cada um escolha um desses objetos lembrados para tentar confeccioná-los com a argila. > Quando todos tiverem terminado e lavado as mãos, abra uma roda de conversa, quando cada um irá mostrar o seu objeto e falar um pouco da sua escolha e processo de trabalho: sensações, dificuldades, facilidades... > Conversem sobre as pessoas que realizam esse tipo de trabalho. Quem são, onde trabalham, para quem fazem, como aprenderam o ofício, quem ensina... LEITURA DE IMAGEM O vídeo de cultura está relacionado com o modo de vida dos amazônidas e revela um pouquinho dessa diversidade social. Para trabalhá-lo com os aluno, é importante contextualizá-lo à realidade local. Perguntas como: Quais profissões apareceram no vídeo? Quais são os materiais utilizados por cada uma delas? Vocês conhecem alguém que exerça alguma delas?, podem ajudar o aluno a pensar no vídeo e a estabelecer uma relação com sua própria realidade, enriquecendo a utilização do programa. Outra forma de fazer a leitura de imagem é relembrar alguns eventos mencionados no programa: Quais festas apareceram no vídeo? Qual o significado e as origens dessas festas? Alguma delas acontece na sua cidade? Quais as que você mais gosta? Vocês conhecem alguma outra festa que não foi representada no programa? Qual? QUINTA ETAPA > Quando todos tiverem terminado a pesquisa de campo, escolha com o grupo algumas das atividades realizadas na região e organize uma visita ao local ou convide alguém de lá para uma demonstração e conversa na escola. > Elabore com a turma um roteiro de perguntas a serem feitas na visita. Peça que procurem contemplar todas as etapas do ofício escolhido, desde a origem até o mercado consumidor. Caso visitem uma cooperativa, procurem saber como funciona, como foi criada, quem ajuda e quais as vantagens e dificuldades. SEXTA ETAPA > Após a visita ao local escolhido, converse com a turma sobre as impressões de cada um e as respostas dadas às perguntas elaboradas por eles

14 BIBLIOGRAFIA > Organize com turma a visita do artesão à sua escola. Decidam quem será convidado para participar do evento. Confeccionem cartazes e convites para divulgar o encontro. > Crie uma pequena comissão de alunos, a qual deverá ir de sala em sala, explicando o evento e entregando o convite para as turmas. SÉTIMA ETAPA > Crie com a turma, para afixar na escola, um cartaz com o resultado da pesquisa de campo realizada pelos alunos o levantamento das produções artesanais existentes na região. O título do cartaz pode ser algo como: Conheça algumas atividades artesanais de nossa região. OITAVA ETAPA > A visita do artesão. Procure deixar o convidado à vontade e faça com que aproveitem bem a oportunidade para vivenciar atroca de saberes tradicionais dentro da escola. Outras sugestões: > Provocar nos alunos a reflexão sobre os diferentes olhares e visões de mundo que passaram pela Amazônia. Como cada forma de olhar a região produziu uma cultura diferente. > Dividir a turma em grupos e pedir para cada um confeccionar uma miniatura de um tipo de moradia encontrada na Amazônia. > Procurar saber se existe algum santo nativo na região e pesquisar a sua história. > Elaborar um livro de culinária da região, utilizando as receitas das famílias dos alunos. > Confeccionar um calendário das festas amazônicas. > Organizar um troca-troca de brincadeiras e jogos. Cada aluno ensinará para a turma uma brincadeira que aprendeu com a sua família. > Pesquisar as danças folclóricas regionais e organizar um festival de dança. IMPORTANTE > As atividades práticas/teóricas e a proposta pedagógica sugeridas nesse capítulo mesclam conteúdos de diferentes disciplinas. Elas podem fazer parte de um projeto integrado, quando cada educador desenvolve suas especificidades ou ser desenvolvidas por um único educador. É importante elaborar um projeto de trabalho que estabeleça metas e objetivos, criando um encadeamento das atividades, passo a passo, mesmo que durante o trabalho ele seja alterado. A intenção e o profundamento do trabalho dependerá das prioridades e necessidades do grupo. Esteja aberto para as propostas e demandas dos alunos, todo planejamento pode e deve ser revisto e avaliado. BENCHIMOL, Samuel. Amazônia: formação social e cultural, Manaus: Valer / Universidade do Amazonas, CUNHA, Manuela C. e ALMEIDA, Mauro B. (orgs.). Enciclopédia da floresta O Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações, São Paulo: Companhia das Letras, FRIKEL, Protásio. Fases culturais e aculturação no Tumucumaque, Belém: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, FRÓES, Vera. História do povo Juramidam. A cultura do Santo Daime, Manaus: Suframa, O Livro da Árvores. Jussara Gomes Gruber (org.). Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngües, Benjamin Constant,

15 CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS pp. 6, 34, 60, 95, 122, 125 Juca Martins pp. 8, 30, 36, 56, 59, 64, 65, 69, 99 Acervo Eletronorte pp. 15, 26, 37, 61, 126, 127 Ricardo Azoury p. 19 Raiz Savaget pp. 32, 33 Fabio Colombini pp. 33, 43 Wagner Santos pp. 35, 37, 62, 64, 68, 69 Luiz Garrido p. 39 Werner Rudhart pp. 37, 94 Cynthia Brito p. 40 Samuel Iavelberg pp. 52, 66, 117 Leonide Principe pp. 60 Fabio Bonotti, Nair Benedicto p. 93 Nair Benedicto pp. 112, 113 Werner Rudhart p. 113, 67 Delfim Martins p. 114 Araquém Alcântara, César Barreto p. 115 Marco Antônio Fontes p. 118 Mônica Barroso Amazonia.org.br p. 121 César Barreto BANCOS DE IMAGEM UTILIZADOS OLHAR IMAGEM PULSAR IMAGENS KINO FOTOARQUIVO CRÉDITOS ICONOGRÁFICOS p. 76 BONNE, Rigobert ( ) e RAYNAL, abbé ( ). Carte de la Partie Septentrional du Brasil par Rigobert Bonne, Geneve, 1780, mapa aquarelado, 21 x 31,9 cm. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 80 HONDIUS, Jodocus ( ). Niewe caerte van het Wonderbaer ende Sondrjcke landt Guiana, Amsterdam, 1598, gravura em metal aquarelado, 37 x 52 cm. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 81 Museu de Ciências Naturais da PUC Minas p. 82 THEVET, André. As Amazonas, gravura, in La singularitez de la France Antartique autrement nommée Amerique: et plusiers terres et illes decouvertes de notre temps. Paris, Maurice de la Porte, Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 83 FREIRE, José Joaquim. Forte São José de Marabitanas, aquarela, in FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro CODINA, Joaquim José. Prospecto da Fortaleza de São Joaquim, Rio Branco, 1783, aquarela, in FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 84 Índios Caiapó civilizados no Pará, in LANGE, Algot. The lower Amazon: a narrative of explorations in the little known regions of the state of Pará, on the lower Amazon / with a record of archaeological excavations on Marajó Island at the mouth of the Amazon River, and observations on the general resources of the county, by Algot Lange... with an introduction by Frederick S. Dellenbaugh; with 109 illustrations and 6 maps, New York; London: G.P. Putnam s Sons, Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo p. 85 Tratado de limites das conquistas entre os muito altos e poderosos senhores D. João V, rey de Portugal e D. Fernando VI, rey de Espanha, pelo qual [foi] abolida a demarcação da linha meridiana ajustada no tratado de Tordesilhas de 7 de junho de 1494, se determina de huma e outra corôa na América Meridional...assinado em Madrid a 13 de janeiro de Lisboa, na Officina de Joseph da Costa Coimbra, 1750, 24 cm. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 86 Anônimo, Praça da República, Belém, c Coleção Gilberto Ferrez, Acervo Instituto Moreira Salles. p. 87 HUEBNER, George. Panorama da cidade de Manaus, c Acervo Instituto Moreira Salles p. 88 GAUTHEROT, Marcel. Preparação do látex. Acervo Instituto Moreira Salles p. 89 Anúncio de Casa Aviadora e de Comissões Ferreira Penna e Cia, in Almanach Administrativo, histórico e mercantil da Província do Amazonas, Manaus, 1884, p.12. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro Anúncio da Casa de Comissões Souza Pinheiro e Cia, in Almanach Administrativo, histórico e mercantil da Província do Amazonas, Manaus, 1884, p.22. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 90 Anúncio de G.R. Nealon, agentes de consignação, in Amazonida: atualidades, Manaus, maio 1942, ano VII, n. 63, p. 9 e 10. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro Anúncio da Casa de Comissão Ezagui, Irmão e Cia e anúncio dos concessionários Frigidaire na Amazônia, in Amazonida: atualidades, Manaus, maio 1942, ano VII, n. 63, p.11. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 91 CHABLOZ, Jean Pierre. Vida nova na Amazônia, Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará CHABLOZ, Jean Pierre. Mais borracha para a vitória, s.d. Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará CHABLOZ, Jean Pierre. Vai também para a Amazônia protegido pelo SEMTA, s.d. Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará Soldados da borracha. Acervo Jean Pierre Chabloz, Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará p. 92 Soldados da borracha. Acervo Jean Pierre Chabloz, Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará p. 104 BIAR, François Auguste. Os índios da Amazônia adorando o deus Sol, óleo sobre tela, 90,2 x 116,8 cm. Coleção Brasiliana Fundação Estudar, São Paulo p. 108 Fronstispício, in FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro p. 109 FRISCH, August. Rio Japurá, c Coleção Gilberto Ferrez, Acervo Instituto Moreira Salles p. 111 Família de caboclos em frente à casa com telhado de palha, in LANGE, Algot. The lower Amazon: a narrative of explorations in the little known regions of the state of Pará, on the lower Amazon / with a record of archaeological excavations on Marajó Island at the mouth of the Amazon River, and observations on the general resources of the county, by Algot Lange... with an introduction by Frederick S. Dellenbaugh; with 109 illustrations and 6 maps, New York; London: G.P. Putnam s Sons, Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo p. 112 GAUTHEROT, Marcel. Lago Janauacá, Manaus, AM, c Acervo Instituto Moreira Salles p. 114, 121 Museu Paraense Emílio Goeldi p. 120 Carlos Albino Santana - Ticuna; Cidberght Custódio Marques - Ticuna p. 121 Paulo Felipe Macário Olímpio -Ticuna; Xisto Batista Muratú - Ticuna

16 FICHA TÉCNICA COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO Taiamã Consultoria Ambiental Ltda. - Marcia Panno CONSULTORIA ESPECIALIZADA Adriana Rodrigues Música Ana Luisa Albernaz Ecologia dos Ecossistemas Antonio Oviedo Águas Daniel Buss Educação Guido Gelli Amazônia Urbana Helena Jacobina Campos Educação João Meirelles Geografia / Desenvolvimento Sustentável Luis Menezes Águas Marcelo Piedrafita Povos Indígenas Marcos Nogueira Música Marcos Vinicius Simplicio das Neves História Mary Helena Allegretti Comunidades Tradicionais / Áreas Legalmente Protegidas / Economia Toinho Alves Cultura CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE Vilma Guimarães e Sílvia Finguerut COORDENAÇÃO GERAL DO PROJETO Sílvia Finguerut REDAÇÃO E METODOLOGIA DO CADERNO DO PROFESSOR Ricardo Pontes Daniel Buss Consultor de Educação e Meio Ambiente Helena Jacobina Campos Consultora de Educação PROJETO EDITORIAL E EDIÇÃO DE IMAGENS 19 Design Heloisa Faria PROJETO GRÁFICO E IDENTIDADE VISUAL 19 Design Heloisa Faria Elisa Janowitzer, Hugo Rafael, Claudia Berger REVISÃO FINAL Sonia Cardoso PESQUISA ICONOGRÁFICA 19 design Fernanda Carvalho Capítulos 4 e 5 IMPRESSÃO Ipsis Gráfica e Editora

17 Este Caderno faz parte do Kit do Projeto Tom da Amazônia, desenvolvido em conjunto por Fundação Roberto Marinho, Instituto Antonio Carlos Jobim, Furnas Centrais Elétricas, Eletronorte e Eletrobrás. Fundação Roberto Marinho Rua Santa Alexandrina 336/1º andar Rio Comprido Rio de Janeiro RJ Tel (21) Fax (21) Informações: Central de Atendimento ao Telespectador Tel (21) atendimento@frm.org.br

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