A CULTURA INDÍGENA KAINGANG COMO REFERÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DE JÓIAS

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1 UINJUÍ UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DELAC DEPARTAMENTO DE ESTUDOS DE LINGUAGEM, ARTE E COMUNICAÇÃO CURSO DE DESIGN HABILITAÇÃO PRODUTO A CULTURA INDÍGENA KAINGANG COMO REFERÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DE JÓIAS ANDRÉ HENRIQUE SPILMANN FRIEDRICH IJUÍ (RS) 2010

2 1 ANDRÉ HENRIQUE SPILMANN FRIEDRICH A CULTURA INDÍGENA KAINGANG COMO REFERÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DE JÓIAS Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Design Habilitação Produto da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design. Orientadora: Natália Isaia da Costa IJUÍ (RS) 2010

3 2 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me iluminado e dado forças nas situações de dificuldade e também nas conquistas que tive até aqui. A minha família, principalmente aos meus pais Flávio e Valduzi, por estarem sempre presentes durante toda esta caminhada, dando conselhos, total apoio e conforto em todos os momentos. Pessoas importantes como a família foram fundamentais nas horas de desânimo e cansaço, fazendo-me percebesse a importância de enfrentar as dificuldades que surgiram e que ainda irão surgir no percurso que tenho pela frente. Agradeço também a minha professora orientadora Natália Isaia da Costa pelo esclarecimento, dedicação, atenção e paciência.

4 3 A CULTURA INDÍGENA KAINGANG COMO REFERÊCIA PARA A CRIAÇÃO DE JÓIAS ANDRÉ HENRIQUE SPILMANN FRIEDRICH Orientadora: Natália Isaia da Costa RESUMO Tendo em vista a problemática envolvendo a cultura dos índios Kaingangs, partindo de tempos antigos até a atualidade, abrangendo preconceitos relacionados aos costumes e valores da sua etnia, percebe-se que este povo vem perdendo a sua identidade cultural. Muitas vezes esta perda de identidade parte dos próprios membros deste grupo, geralmente envolvendo questões de sobrevivência e adaptação aos dias de hoje. Este estudo monográfico se constitui uma tentativa de resgatar a identidade cultural dos índios Kaingangs, tendo o etnodesign como ferramenta de criação de novos produtos. Desenvolveu-se, pois, um conjunto de jóias baseado no artesanato dos índios Kaingangs, mais especificamente na sua cestaria, visando contribuir para a valorização e o resgate cultural deste povo, mostrando possibilidades de criação de produtos interessantes baseados na cultura indígena. Palavras-chave: etnodesign, índios Kaingangs, identidade cultural, conjunto de jóias.

5 4 INDIGENOUS CULTURE AS KAINGANG REFERENCING FOR THE CREATION OF JEWELRY ABSTRACT In view of the problems involving the culture of the Indians Kaingangs, from ancient times until today, covering prejudices related to the customs and values of their ethnic background, one sees that this people has been losing its cultural identity. Often this loss of identity from their own members of this group, often involving issues of survival and adaptation to today. This monographic study constitutes an attempt to rescue the cultural identity of Indians Kaingangs, taking etnodesign as a tool for creating new products. Developed, a set of jewelry based on Indian crafts Kaingangs, more specifically in its basket, to contribute to cultural appreciation and rescue these people, showing possibilities of creating interesting products based on indigenous culture. Key-words: etnodesign, Indians Kaingangs, cultural identity, jewels.

6 5 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Metodologia da monografia Figura 02 Colar inspirado na cultura indígena e africana Figura 03 Pulseira e brincos texturizados da coleção Purãngaw, H. Stern Figura 04 Cabana de palha do índio Kaingang Figura 05 Casas construídas na aldeia Kaingang Figura 06 Mapa das áreas habitadas pelos Kaingang Figura 07 Atividades femininas Kaingang (recolher alimentos e lavar roupas) Figura 08 Mulher Kaingang carregando o filho Figura 09 Material de caça dos índios Kaingang Figura 10 Tanga usada pelos homens Kaingangs Figura 11 Pintura corporal Kaingang Figura 12 Representação do ponto no espaço Figura 13 Diferentes formas de pontos Figura 14 Formato geral da linha Figura 15 O corpo da linha Figura 16 Extremidades da linha Figura 17 Pontos formando uma linha Figura 18 Formas planas Figura 19 Formas positivas e negativas... 54

7 6 Figura 20 Relação figura-fundo Figura 21 Tipos de distribuição de cor em preto-e-branco Figura 22 Contorno da forma Figura 23 Distribuição de cor com utilização de quatro elementos Figura 24 Inter-relação de formas circulares Figura 25 Similaridade de unidades de forma Figura 26 Rotação de plano de unidades de forma Figura 27 Progressão de planos de unidades de forma Figura 28 Rotação espacial de unidades de forma Figura 29 Progressão espacial de unidades de forma Figura 30 União ou subtração de unidades de forma Figura 31 Tensão e compressão de unidades de forma Figura 32 Anomalias em unidades de forma Figura 33 Posicionamento de unidades de forma anômalas em um desenho Figura 34 Divisão de unidades de forma regulares e anômalas Figura 35 Rompimento de regularidades de unidades de forma Figura 36 Visualização de forma com linhas Figura 37 Visualização de forma com planos Figura 38 Visualização de forma com linha e plano Figura 39 Visualização de forma com pontos Figura 40 Visualização de forma com textura Figura 41 Forma figurativa Figura 42 Forma natural Figura 43 Forma feita pelo homem Figura 44 Forma verbal Figura 45 Forma abstrata Figura 46 Cestaria Kre Téi e Kre Ror... 70

8 7 Figura 47 Cesto Kaingang com formas alongadas Figura 48 Cesto Kaingang com grafismos quadrangulares Figura 49 Cesto Kaingang sem grafismo com alças laterais Figura 50 Peneira fabricada por índios Kaingangs Figura 51 Cesta Kaingang com formato retangular Figura 52 Cesta Kaingang confeccionada com cipó Figura 53 Cesto Kaingang feito com cipó sem acabamento Figura 54 Exemplos de confecções Kaingangs com trançados Figura 55 Tendências da joalheria baseada na natureza Figura 56 Tendências da joalheria inspirada no estilo urbano Figura 57 Tendências da joalheria na religiosidade e romantismo Figura 58 Tendência da joalheria masculina Figura 59 Tendência da joalheria nas gemas e pedras Figura 60 Minérios de extração de prata Figura 61 Anéis em prata Figura 62 Pepita de ouro amarelo Figura 63 Anel de ouro amarelo 18 quilates Figura 64 Anel de ouro branco 18 quilates Figura 65 Minério de extração de titânio Figura 66 Possíveis colorações do titânio Figura 67 Jóias de ouro amarelo com detalhes em titânio Figura 68 Pedra ametista Figura 69 Pedras Citrino Figura 70 Pedra ágata Figura 71 Mocape do par de brincos Figura 72 Mocape do anel Figura 73 Mocape do pendente... 99

9 8 Figura 74 Teste dos mocapes com relação ao conforto na usabilidade Figura 75 Teste com relação à aparência das peças em conjunto

10 9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Porcentagem de votos da peça brinco Gráfico 02 Porcentagem de votos da peça anel Gráfico 03 Porcentagem de votos na peça pendente... 96

11 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ESTUDO DO ETNODESIGN E DA CULTURA KAINGANG Etnodesign Cultura Brasileira e Design Etnodesign Como Forma de Criação Cultura Indígena Kaingang Os Séculos XVI, XVII e XVIII O Século XIX O Século XX O Grupo Kaingang e o Ambiente em Que Vivem Características e Personalidades Diferenciação Social Identificação Pessoal e Matrimônio do Kaingang Aproveitamento dos Recursos Naturais, Vestuário e Adornos A Religiosidade Kaingang ANÁLISES DO ARTESANATO KAINGANG Análise Formal Forma Enquanto Ponto Forma Enquanto Linha Forma Enquanto Plano Formas Positivas e Negativas Forma e Distribuição de Cor As Inter-Relações das Formas Efeitos Espaciais em Inter-Relação de Formas Unidades de Forma Gradação de Unidades de Forma Anomalias entre Unidades de Forma A Visualização da Forma Tipos de Formas Análise da Cestaria Kaingang... 70

12 11 3 CONJUNTO DE JÓIAS Preparação Análise das Tendências da Joalheria Atual Pesquisa de Materiais Elaboração Geração de Alternativas Seleção parcial Redesenho das Alternativas Selecionadas Seleção Final Desenvolvimento de um Mocape Testes dos Mocapes Finalização Desenho Operacional Ilustrativo Desenho Operacional Técnico Construtivo CONCLUSÃO REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

13 12 INTRODUÇÃO O estudo monográfico aqui proposto baseou-se na cultura de uma determinada etnia indígena da região sul do nosso país, possibilitando o surgimento de idéias e o desenvolvimento criativo de conjunto de jóias. Como referencial teórico foi realizado um breve estudo da cultura dos povos indígenas brasileiros de uma forma geral, desde antes do descobrimento do Brasil até os dias atuais. O foco do trabalho foi direcionado e aprofundado para a cultura dos índios Kaingangs. As análises feitas a partir do referencial teórico abrangeram costumes, crenças e principalmente o artesanato (criação e uso dos produtos e instrumentos), embasando o estudo monográfico especificamente na forma, textura, material e cor. Outro fator importante para o desenvolvimento deste projeto foi a realização do estudo do etnodesign, mostrando o entendimento daquilo que é realizado e criado pelas diferentes culturas de diferentes povos, contribuindo para a criação dos produtos que fazem parte do nosso dia-a-dia. Através deste projeto procurou-se evidenciar a possibilidade de confeccionar jóias baseadas nas formas, cores e detalhes utilizados pelos indígenas em seus trabalhos, sendo uma maneira de valorização dos mesmos. O projeto em questão se refere à criação de um conjunto de jóias (par de brincos, anel e pendente) baseado na cultura dos índios Kaingangs, mais especificamente no seu artesanato. Com a criação este produto, o público direcionado foram mulheres de classe média alta, com idade entre 25 e 35 anos, bem como proprietários de joalherias e estabelecimentos do gênero. O objetivo principal deste projeto foi incentivar a valorização da cultura indígena Kaingang através do desenvolvimento de jóias. Já como objetivos

14 13 secundários, salientou-se a possibilidade de criar jóias a partir do artesanato indígena, bem como a interpretação deste artesanato na criação de jóias, representando criativamente o artesanato Kaingang como forma de valorizar e resgatar a identidade cultural indígena da nossa região apresentando uma nova vertente na confecção de jóias. Constatou-se, através da interpretação dos usos e costumes que integram a cultura indígena, a possibilidade de criar jóias como formas de valorizar e colaborar na continuidade da cultura destes povos. Em todas as épocas a jóia sempre foi objeto de consumo de todos os povos. Temos exemplo das maravilhosas jóias utilizadas pelos povos da Antiguidade, como o povo Hebreu (na Arca da Aliança), além dos Egípcios e demais povos. Na Idade Média as jóias de propriedades da realeza eram de um valor inestimável. Da mesma forma na Idade Moderna, os grandes reinos possuíam imensos valores em jóias. Hoje a jóia continua sendo cobiçada por todos, de modo especial pelo público feminino que busca sempre novidades num consumismo crescente. Levando em consideração o permanente fascínio das pessoas pela jóia, optou-se por inovar na criação das mesmas, inspirada na cultura indígena brasileira. Desse modo pretende-se divulgar e valorizar os usos e costumes desses povos através da apresentação de novos produtos, como forma de resgate de sua identidade. Dentre diferentes possibilidades de opções de estudos para a realização deste projeto, foi escolhida a cultura indígena por se tratar de povos da nossa região que, com sua forma de vida, criam e desenvolvem objetos utilizados para sua sobrevivência. Para esclarecer a situação vivida pelos povos nativos na atualidade foi introduzida a história dos povos indígenas brasileiros de uma forma geral e sintetizada, desde o descobrimento até os dias de hoje, possibilitando maior entendimento da situação destes povos. Em seguida, o estudo foi direcionando para a cultura dos índios Kaingangs, mostrando seus costumes, crenças, dando ênfase para seu artesanato como forma de resgatar os valores dos povos da nossa região. Considerando esta problemática cultural, percebe-se que atualmente os povos indígenas estão perdendo cada vez mais a sua identidade étnica. Este fato iniciou há mais de 500 anos com a chegada dos europeus à América. As tribos indígenas foram dizimadas, sendo reduzidas significativamente. Por isso o incentivo

15 14 e a valorização da cultura indígena são fatores importantes no resgate de sua identidade. Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava a cinco milhões de nativos. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com a língua utilizada e caracterizando cada grupo, sendo eles os Tupi-guaranis (região do litoral), Macro-jê ou Tapuias (região do Planalto Central), Aruaques (Amazônia) e os Caraíbas (Amazônia). Atualmente, segundo dados obtidos pela FUNAI, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos europeus. O contato com o homem branco e as mudanças ocorridas a partir daí fizeram com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural. Com relação às línguas faladas pelos índios no Brasil, a maioria parte do tronco lingüístico Tupi. Segundo Manuela Carneiro da Cunha (1998, pg. 22): O termo tupi remete a grupos indígenas cuja linguagem pertence ao tronco lingüístico Tupi, tronco este que abrange diversas línguas das populações indígenas que ocupavam terras brasileiras. Alguns estudiosos lingüísticos a cerca das línguas Tupi descobriram que existia certa homogeneidade quanto à fala da língua no litoral brasileiro, falando da área que atualmente corresponde ao estado do Rio Grande do Norte como território de dialeto Potiguar. Podemos dividir o estudo da língua Tupi em três categorias: o Tupi propriamente dito ou Tupi antigo, o Tupi colonial, denominado língua geral, e as múltiplas línguas tupis vivamente exercidas pelos índios brasileiros pertencentes à grande família Tupi-Guarani. Na época do descobrimento do Brasil os índios viviam da caça, da pesca, da agricultura rudimentar e domesticavam pequenos animais. As tribos indígenas tinham uma relação social baseada em regras políticas e religiosas. O contato com outras tribos acontecia nas guerras, casamentos, enterros e em alianças contra um inimigo comum. Os índios faziam objetos retirando a matéria prima da natureza. Os primeiros contatos com os portugueses foram de estranheza e de certa admiração e respeito, em razão de suas culturas tão diferentes.

16 15 As principais etnias indígenas brasileiras na atualidade são: Ticuna, Guarani, Kaingang, Macuxi, Terena, Aguajajara, Xavante, Ianomâmi, Patachó e Potiguara, de acordo com dados fornecidos pela FUNAI. O foco deste estudo se direciona para a cultura Kaingang, que é um povo pertencente à família lingüística Jê. Esta cultura desenvolveu-se à sombra dos pinheirais, ocupando a região do atual território brasileiro entre o Rio Tietê (SP) e o Rio Ijuí (norte do RS). Os Kaingangs correspondem a quase 50% da população dos povos de língua Jê, sendo um dos cinco povos indígenas mais populosos do Brasil. Com relação à economia Kaingang, segundo Maybury-Lewis (1990, pg. 93) em sua obra O Selvagem e o Inocente, a agricultura Kaingang constituia-se do cultivo do milho, feijão, moranga, tendo a pesca como a terceira mais importante contribuição à alimentação de seu povo. Entre os muitos objetos fabricados pelos Kaingangs estão os artefatos de caça, guerra, coleta e agricultura (arco e flecha, lança, bastões envoltos em trançado decorados com gravação a fogo). A produção de cestaria (utilizada para guardar e transportar produtos) é arte presente na cultura destas tribos, bem como a prática da tecelagem. Embasada na arte deste povo as análises foram aprofundadas servindo como ferramentas fundamentais para o desenvolvimento deste projeto. A metodologia utilizada para a realização deste estudo monográfico, bem como o projeto, foi desenvolvida a partir das necessidades de conhecimento auxiliando no rendimento e organização das fases e etapas. A sua estrutura se divide em três grandes fases, como mostra a figura 01.

17 16 Figura 01 Metodologia da monografia Fonte Criação própria Como primeira grande fase foi realizado um estudo mostrando a realidade dos índios no Brasil, desde antigamente até os dias atuais. O estudo do etnodesign surge com uma forma de resgatar os processos e o entendimento daquilo que é produzido por etnias que contribuíram através de seu meio de produção para a formação do universo simbólico dos materiais e produtos que fazem parte do cotidiano. O estudo do etnodesign foi focado nas jóias. Em seguida esta pesquisa foi direcionada e aprofundada na cultura da etnia indígena Kaingang, mostrando seus costumes, religião, rituais, cerimônias, alimentação e principalmente o artesanato de seu povo. Como segunda grande fase apresenta-se o artesanato Kaingang, cuja análise envolveu formas, texturas, cores, materiais, bem como o modo que é produzido. A realização da análise formal permitiu estabelecer de que maneira seria analisado o

18 17 artesanato indígena. Em seguida foi detalhada a sua cestaria, seu trançado e grafismos, servindo como base para a criação do projeto. Para o desenvolvimento do conjunto de jóias, primeiramente foi desenvolvida a fase de preparação para a criação do produto, onde foi realizada a análise das tendências da joalheria atual, ampliando o conhecimento sobre as novidades dos produtos, envolvendo formas, tamanhos, materiais, percebendo o que está se usando nos dias de hoje, uma vez que a tendência muda a cada ano. Também foi feita uma pesquisa dos possíveis materiais a serem utilizados no desenvolvimento deste projeto, tendo como prioridade facilidade de obtenção, custo e características físicas. Na fase de elaboração realizou-se a geração de alternativas através de desenhos manuais de rafis/esboços, criando possíveis formas para o produto a ser projetado. Depois de criadas as alternativas, foram selecionadas as mais interessantes através de votação, envolvendo o público pré-determinado. As alternativas selecionadas foram redesenhadas, sofrendo pequenas modificações, dando os devidos acabamentos e melhoramentos. Em seguida realizou-se a seleção final dentre as formas redesenhadas, destacando aquela que melhor se encaixa no projeto. Por se tratar de um conjunto de jóias foi selecionada uma forma para os brincos, outra para o anel e outra para o pendente. Esta seleção final foi feita individualmente. Após terem sido selecionadas as formas finais do produto, foram construídos modelos reais de baixa fidelidade utilizando materiais diferentes, porém, semelhantes aos reais. Através destes modelos fizeram-se os devidos testes em relação à forma, resistência, conforto para somente depois de aprovado partir para a fase de finalização do produto. A fase de finalização envolveu primeiramente o desenho operacional ilustrativo, realizado manualmente visando à melhor representação do produto finalizado. O desenho está em perspectiva, colorido, dando o maior grau de realidade possível. A última etapa do projeto foi o desenho técnico/construtivo, representando o produto final em 2D, construído também manualmente, mostrando suas vistas frontal, lateral e superior, informando todos os dados detalhadamente para facilitar na construção do mesmo.

19 18 1 ESTUDO DO ETNODESIGN E DA CULTURA KAINGANG Neste primeiro capítulo pode-se inicialmente entender o significado do termo etnodesign, seu surgimento e preocupação, como intenção de auxiliar, de forma positiva, no estudo realizado. Surge como forma de resgatar os processos, a tecnologia e o entendimento daquilo que é produzido por etnias contribuindo para a formação do universo simbólico de materiais e produtos que fazem parte do cotidiano. No presente estudo, retrata a cultura do povo indígena Kaingang, desde os tempos antigos em suas primeiras formações até os dias atuais. O Etnodesign é importante para o entendimento da Cultura indígena e suas transformações, auxiliando como forma de ferramenta projetual na criação de jóias, tendo como referência a contextualização histórica da cultura deste povo. 1.1 Etnodesign No Brasil o etnodesign propõe novas e infinitas possibilidades para pesquisas em design, sempre em relação à arte ou à cultura material das etnias que habitavam originalmente o país, assim como daquelas que aqui se estabeleceram. O etnodesign abre espaço para pesquisas a serem apresentadas em congressos e publicações, entre outras atividades de estudo Cultura Brasileira e Design O Brasil, por suas grandes dimensões territoriais, tem como conseqüência uma ampla diversidade étnica e dinamismo cultural, se caracterizando como o país cuja identidade é resultado da construção das várias identidades étnicas.

20 19 As diferentes etnias que chegaram ao Brasil foram aos poucos se adaptando ao novo meio, ao mesmo tempo em que também o influenciavam com sua cultura de origem, resultando, desse modo, a cultura brasileira. Isso se reflete em todos os aspectos a começar pelos artefatos de uso doméstico. Nota-se que os mesmos têm profunda relação com as etnias das quais se originaram e muitas vezes servem de objetos de decoração. Podemos citar como exemplo de artefato utilitário o cesto para colocar roupas, objeto de origem indígena que se adaptou ao modo de vida urbano e que hoje é produzido em diferentes materiais e até mesmo no seu material de origem, a taquara. Muitas vezes modifica-se o uso para o qual aquele artefato foi projetado, conferindo ao objeto uma nova função (NOGUEIRA, 2007). Alguns desses utensílios são considerados apenas objetos decorativos por falta de informação sobre a riqueza de sua linguagem, sua importância nos ritos da etnia que lhe deu origem, bem como o seu significado. Contudo não perdem suas características construtivas e visuais. O design deve contribuir justamente para a reflexão sobre as formas com que tais objetos se apresentam, sobre a maneira como se constroem, sobre os recursos tecnológicos utilizados, sobre sua linguagem não verbal, permitindo interpretar as narrativas visuais integradas aos objetos. Entende-se aqui o termo design como desígnio, ou seja, correspondência com a ação e com a intenção de se fazer algo. Assim, o design se constitui em uma importante ferramenta para o resgate de memória de um povo. O termo design é definido por Vilém Flusser (1999, pg. 27): Em inglês, a palavra design é substantivo e também verbo (ambos dizem muito a respeito da natureza da língua inglesa). Como substantivo, significa entre outras coisas propósito, plano, intenção, objetivo, esquema, enredo, motivo, estrutura básica, todos esses (e outros significados) estão ligados a esperteza e ilusão. Como verbo (to design: projetar), significa inventar alguma coisa, simular, desenhar, dar forma, ter desenhos em alguma coisa. A palavra deriva do latim signum, significando sinal e dividem a mesma raiz antiga. Assim, etimologicamente, design significa design (desinal). Assim surge a questão: como a palavra design veio vindo através do mundo para completar seu significado até a presente data? Esta não é uma questão histórica, não necessita que se envie alguém para examinar textos e constatar quando e onde a palavra se estabeleceu com o atual significado. É sim, uma questão semântica, e necessita fazer alguém considerar precisamente porque a palavra tem tal significado ligado ao discurso contemporâneo sobre cultura. É possível perceber que a origem do emprego atual da palavra design está na língua inglesa e se refere tanto à idéia de plano e de intenção quanto à idéia de

21 20 configuração e estrutura, trazendo desde suas origens uma ambigüidade entre o aspecto abstrato de conceber e projetar e o aspecto concreto de registrar e formar (DENIS, 2000). Alargando o emprego do conceito, Victor Papanek (1995, pg. 27), renomado designer e educador austríaco, sustenta que: Todos os homens são designers. Tudo que fazemos, quase todo o tempo, é design. O design é básico em todas as atividades humanas. Planejar e programar qualquer ato visando um fim específico, desejado e previsto, isto constitui o processo de design [...] design é compor um poema étnico, executar um mural, pintar uma obra de arte, escrever um concerto. Mas design é também limpar e organizar uma escrivaninha, arrancar um dente quebrado, fazer uma torta de maçã, escolher os lados de um campo de futebol e educar uma criança. O design, portanto, possibilita considerar como produtos seus os artefatos executados por pessoas de culturas não determinadas pela industrialização, mesmo que tais pessoas nunca tenham ouvido falar no termo. Basta que esses objetos exerçam uma função social, que comuniquem idéias e impressões, que sejam frutos de um processo intelectual e um trabalho manual. Nesse sentido, o design executado por grupos étnicos poderia receber a designação de etnodesign Etnodesign Como Forma de Criação Inspirado na forma e na função de diferentes produtos já existentes em outras etnias, pelo etnodesign surgem novos produtos, como por exemplo, a Cadeira Tripé criada na década de 40 por Lina Bobardi, baseada na rede de dormir indígena. No Brasil, o etnodesign envolve, não apenas a cultura indígena, mas também os costumes e as histórias do caipira, caiçara, do negro, do sertanejo e das demais etnias que formam a cultura brasileira (NOGUEIRA, 2007). Outro exemplo da influência do etnodesign é a peça criada pela designer Heliana Lages de Belo Horizonte, a qual desenvolveu um colar baseado na cultura indígena e africana, sendo bastante utilizado em figurinos de novelas da Rede Globo. Esse utensílio dispõe de plumagens negras e do uso discreto de couro, servindo como suporte para as pedras brasileiras. Os cristais são de cores típicas africana, todos lapidados e polidos, bem como a cor das plumas utilizadas pela influência indígena brasileira como os cocares dos pajés, com a intenção de transmitir a idéia de poder transformado em glamour, como mostra a figura 02.

22 21 Figura 02 Colar inspirado na cultura indígena e africana Fonte Site: Temos também a coleção de jóias lançada pela empresa H. Stern, no ano de 2004, a qual foi inspirada na arte indígena como grafismos encontrados na plumária, cestaria, pintura corporal e na cerâmica dos índios das diferentes tribos brasileiras. Esta coleção recebeu o nome de Purãngaw, que em tupi-guarani significa beleza. A empresa desenvolveu 57 peças dentre pulseiras, colares, anéis e brincos, todas trançadas em um processo artesanal e exclusivo, utilizando diversos tipos de ouro e pedras brasileiras como berilos, citrinos e safiras. Como afirma Cristian Hallot, embaixador da loja H. Stern no Brasil: Usamos pedras brasileiras porque apostamos no sucesso do que é nosso. Peças desta coleção estão representadas na figura 03. Figura 03 Pulseira e brincos texturizados da coleção Purãngaw, H. Stern Fonte Site:

23 22 Através destas colocações percebe-se a importância do etnodesign na criação de novos produtos, sendo meio de resgate da memória e da identidade das diversas etnias que compõem a cultura brasileira, bem como a cultura universal. O etnodesign possibilita o alargamento de espaços para novos estudos, novas pesquisas e ampliação no campo de desenvolvimento de diferentes linhas de produtos tanto utilitários quanto decorativos, fazendo com que o Brasil deixe de olhar apenas para os países industrializados, destacando o simbolismo e a tecnologia a serem descobertos e explorados na nossa região. O ser humano, por sua própria natureza criativa e inovadora, é considerado designer, pois mesmo sem conhecer o termo design, constantemente está inovando seu modo de viver através de atividades variadas como pintura, desenhos, artesanatos, arranjos florais, decorações da sua própria casa e desta forma, comunicando seu modo de ser, exercendo uma função social na família, no seu grupo e na sociedade. 1.2 Cultura Indígena Kaingang A história decorrente, envolvendo as modificações com relação ao grupo Kaingang, concretizou-se em três épocas distintas sendo elas os séculos XVI, XVII e XVIII. Este foi reconhecido como o período mais antigo, ou seja, a época em que o grupo vivia em um estado de isolamento, iniciando contato com o bandeirante português. Desta forma, neste grupo não se estabeleceu a influência jesuítica. O século XIX é colocado como período de intermédio, servindo como transição relacionada aos ensinamentos, dando início à ação missionária especificamente de catequese nos grupos e aldeias presentes. A partir daí nota-se um maior contato com o branco, envolvido na forma de assistência atuando em relação ao processo de colonização que se instalava no Rio Grande do Sul (RIBEIRO, 1970). O século XX é conhecido como o século do Kaingang contemporâneo e aculturado, ou seja, influenciado pela cultura e ensinamentos dos brancos, relacionados ao século anterior, mas sem muita assimilação, mantendo ainda suas características próprias. Em conseqüência da grande escassez de dados com relação ao primeiro período histórico do grupo Kaingang, se tentou realizar uma reconstituição sintética

24 23 do seu passado cultural, abordando a transformação de sua cultura influenciada pelos diferentes elementos e costumes do povo branco Os Séculos XVI, XVII e XVIII No período do século XVI os Guaianás, índios que deram origem aos chamados Kaingangs localizavam-se na região entre Angra dos Reis e Cananéia (que correspondem as proximidades da costa de São Paulo). Eram descritos como índios que se contentavam com a simplicidade, não maliciosos nem falsos, vivendo da caça, da pesca e frutos silvestres. Não utilizavam da prática de canibalismo, sendo assim, não matavam os que eram mantidos em cativeiro e sim os escravizavam. Nesta escravidão não exigiam trabalho pesado, uma vez que eles mesmos desconheciam. Estes nativos nunca abandonavam seus territórios para guerrear outras tribos e nem as procuravam em suas aldeias, pois não tinham conhecimento para combater no mato, mas sim em lugares abertos onde moravam. Este grupo não vivia em cabanas, mas em cavernas do campo nas quais mantinham fogo dia e noite, dormindo no chão ou, algumas vezes, sobre peles. Ao encontrarem com o povo branco, não os hostilizavam, mas faziam-lhes companhia. Os Guaianás se estendiam a várias tribos de índios que tinham relações entre si e cujo gênio, costumes e língua se diferenciavam do Guarani (TESCHAUER, 1929). Os Kaingangs também eram chamados pelo apelido de coroados pelo fato de terem como características o corte de cabelo de maneira que formava uma coroa. Segundo Simão de Vasconcellos, em uma de suas crônicas observa que, obrigado pelos portugueses, os nativos se retiraram para o sul do país, encontrandose, pouco antes de meados do século XVII, na região superior do Rio Uruguai, ao norte do estado do Rio Grande do Sul, onde houve um grande número de mortes no seu povo decorrente de uma epidemia. Um século mais tarde (XVIII), os Guaianás são identificados pelo historiador Lozano. Segundo este, sua alimentação baseava-se na caça e na pesca, não permanecendo mais de dois anos no mesmo território. Dividiam-se em pequenos grupos separados por grandes distâncias para que dessa forma facilitassem a prática da pesca e da caça. Os Kaingang dos séculos XVII e XVIII, que ainda vivem no sul do Brasil, têm nos Guaianás os seus ancestrais diretos. De acordo com mapas atuais e

25 24 informações de outras épocas, temos que os Guaianás ocupavam uma área florestada do Alto Rio Uruguai, tendo como limite para oeste o Rio Piratini, para leste as nascentes do Rio Uruguai (Rio Pelotas) e para o sul a Bacia do Caí (SERRANO, 1936). Viviam em pequenos grupos organizados em aldeias, tendo cada uma cerca de 20 a 25 famílias. Cada grupo tinha seu chefe, mas todas as aldeias estavam subordinadas a um cacique que liderava as quinhentas famílias nas margens do Levi. Construíam suas casas partindo de um tronco de árvore cuja ponta descia quatro paus em forma de cruz. Para as outras divisões que era feitas levantavam-se folhas de palmeiras e fixavam as mesmas na armação de pau (SERRANO, 1936). Um exemplo destas casas esta ilustrado na figura 04. Figura 04 Cabana de palha do índio Kaingang Fonte BECKER, 1995, pg O Século XIX No período do século XIX considerado como a época de transição dos Kaingangs, aconteceram duas grandes mudanças no território e na organização do grupo. Primeiramente se deu a colonização alemã e italiana a partir de 1824 e 1875, respectivamente, sendo a segunda grande mudança, os ensinamentos da catequese, instalada entre eles pelos jesuítas por volta de Estes dois fatos exerceram uma grande influência sobre o grupo indígena em questão, pressionando-os em seu território, fazendo com que desencadeassem reações hostis e violentas, sendo a única forma que conheciam para sua auto

26 25 defesa. Deste modo, esta transformação nos padrões sócio-cultural afetou estes indígenas a ponto de levá-los à quase desintegração de seu povo. Os denominados Kaingangs do século XIX são encontrados na mesma área em que viviam os Guaianás nos séculos XVII e XVIII, sendo estes conhecidos como seus ancestrais. A denominação direta dos Kaingangs do Rio Grande do Sul de antigos Guaianás da mesma região fica em dúvida, pois, segundo os próprios Kaingangs eles teriam vindo de São Paulo e migrado recentemente para o estado do sul (TESCHAUER, 1929). A real comprovação de seu movimento migratório se dá através dos seguintes termos descritos por João Cezimbra Jacques: quando há mais de cem anos passaram os índios Kaingangs ou Coroados, o Rio Uruguai, para a Terra Sul-Rio- Grandense, era um dos seus grandes capitães o notável cacique Nonoai (1912 in 1957, VIII pg. 65). Neste século, estes índios viviam em pequenos grupos formados por família entrelaçadas e parentes próximos, seus alojamentos e cabanas eram de chão de terra batido coberto com folhas de palmeira com diferentes tamanhos, de acordo com o número de ocupantes. O seu ambiente natural eram as matas situadas nos lugares mais altos do planalto Rio Grandense junto de pinheirais, podendo assim, dominar com a vista seus alojamentos (MABILDE, 1897). A economia do grupo era baseada na colheita, especialmente de pinhões e na caça que lhe era garantida, respeitando o limite de caça de cada grupo. A sua alimentação envolvia carne de caça e peixe, mel, frutos silvestres, abóbora e milho. A única bebida alcoólica era a chicha, fabricada pelos próprios índios. Com relação ao trabalho, este era dividido por sexo (MABILDE, 1897). O grupo tinha o costume de andar nu, até o contato com o povo jesuíta, passando então a usar um tipo de vestimenta de fibra de caraguatá fabricado pelas mulheres da aldeia nas suas horas de lazer, sendo que para os homens usavam apenas uma tanga feita com fibra vegetal. (TESCHAUER, 1929). Cerca de quarenta anos mais tarde, os índios mudaram o modo como se vestiam. Com a influência do povo branco começaram a usar vestidos e roupas como a gente civilizada. Mas isso teve conseqüências negativas causando doenças, entre elas dores reumáticas e epidemia de varíola, em função das vestimentas (SERRANO, 1957).

27 26 Deste modo, os nativos passaram a despir-se sempre que podiam, cobrindose somente na presença dos brancos, que deveriam esperar do lado de fora das cabanas até que todos estivessem devidamente cobertos. O convívio com os brancos resultou também no conhecimento e uso do ferro e do aço, obtido por troca ou furto nos assaltos aos colonizadores durante grande parte do século XIX. Apesar de terem contato com o ferro, por volta de 1850 a 1853, ainda assim preferiam seus instrumentos com pedras e madeiras, mostrando neste caso uma acentuada forma de conservadorismo. A ação dos missionários tinha como objetivo agir como um poder moderador na luta entre índios e brancos, mas em outros casos causava revoltas na tentativa de impor novos valores relacionados à religião como, por exemplo, a posição contra a poligamia bastante praticada pelo cacique da tribo. Os colonizadores, por sua vez, acabam empurrando os índios de seu território e conseqüentemente reduzindo o espaço onde vivem, em função de toda a modificação ocasionada por esta nova situação. A ação colonizadora na tentativa de tirar os índios Kaingangs do mato resultou em aldeamentos de Nonoai, no Alto Rio Uruguai, Campo do Meio e Colônia Militar, no Mato Português. Apesar dos aldeamentos, muitos índios optaram por não ficar nas aldeias levando uma vida completamente selvagem nas bacias do Rio Taquari e Caí, diferenciando-se de seus irmãos denominados mansos (HENSEL, 1928). Por sua vez os nativos dificultavam a colonização das terras de uma forma hostil, pela ação repressiva e contrária a elas. Segundo Schaden (1963, pg. 69): Uns e outros dificultavam os trabalhos de colonização, assaltando as moradas dos lavradores para obter utensílios de ferro e peças de vestuário. Aldeados na proximidade das novas colônias e do posto militar de Caseros, os Kaingangs tinham facilidade de obter estes objetos, mas havia sempre entre eles alguns indivíduos que preferiam recorrer à violência e ao roubo. Estes Kaingang eram chefiados pelo Cacique Doble, personalidade excepcional, que, sem renunciar aos seus tradicionais modos de vida, tratou de tirar para os seus homens todas as vantagens que, em sua opinião, lhes pudessem advir do contato com o mundo civilizado. Por ser considerada uma personalidade sábia, o Cacique Doble, líder dos Kaingangs aldeados, reuniu um grupo de índios conhecedores dos modos de ação e reação de seu grupo e juntos prestaram auxílio eficiente e necessário à ação punitiva contra os seus irmãos descontentes e inconformados com a ação colonizadora.

28 27 O gosto pelas armas e pelos utensílios dos brancos era outro resultado desse contato com as diferentes culturas. Apesar de que, por volta do século XIX, permaneçam ainda com o uso de armas tipicamente indígenas, começa a ter uma maior aceitação ao metal e utensílios de metal, para a fabricação de seus instrumentos de caça (HENSEL, 1928). Quando o utensílio era de seu agrado ou cobiçado, a sua valorização era muito alta ao ponto de ceder sua mulher como empréstimo, ao branco que possui o valioso objeto (SERRANO, 1957) O Século XX A situação do Kaingang do século XX segue semelhante a mesma que a dos dois períodos anteriores, tendo como o principal problema a colonização da área indígena. Neste período iniciou-se o trabalho desenvolvido pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI). O SPI foi um órgão de administração federal, criado pelo Decreto nº 8072, de 20 de julho de 1910 e inaugurado em 07 de setembro do mesmo ano. Atualmente o cuidado dos postos indígenas está sobre a responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), instituída pela lei nº 5371, de 05 de dezembro de 1967, que uniu resultando em uma fusão dos antigos órgãos de Serviço de Proteção aos Índios (SPI), Conselho Nacional de Pesquisa Indígena (CNPI) e Parque Nacional do Xingu (RIBEIRO, 1970). O Kaingang do presente século teve o seu número populacional reduzido consideravelmente, tentando dar continuidade à sua sobrevivência como um grupo conservador a vários dos seus antigos traços culturais. No ano de 1953 a população Kaingang do Rio Grande do Sul era representada por indivíduos os quais estavam distribuídos por 10 postos de ocupação. Estes postos estavam localizados na margem esquerda do Rio Uruguai, aproximadamente entre o atual distrito de Machadinho (antigo distrito de Lagoa Vermelha sobre o Rio Inhandava) até o município de Três Passos (Revista de Erexim, 1957). A proteção dos índios é responsabilidade do Governo Federal o qual apresenta atenção e cuidados com relação à grande reserva indígena que encontrase no município de Tenente Portela. Mas no Rio Grande do Sul desenvolveram-se

29 28 mais outras cinco reservas que, por motivos financeiros, até hoje ainda não puderam ser assumidas pelo Governo Federal, mobilizando o Governo do Estado para responsabilizar-se por estas reservas, já que a terra, na qual se encontram é propriedade do estado (FISCHER, 1959). Sobre as características dos atuais Kaingangs, sabe-se que não seriam ciumentos com relação as suas mulheres. Em função do trabalho da catequese, teriam tornado-se bastante humildes, obedientes e dóceis, sabendo também ser cruéis quando provocados, revidando vingativamente pelos antigos hábitos tribais. Segundo Fischer (1959, pg. 12): Em contato com a civilização, principalmente em relação com os brancos, eram cuidadosos e reservados, mantendo sua dignidade pessoal, conservando seu idioma nativo junto com o português mal falado, e cultuando a memória de seus antepassados. Apesar da grande influência das outras culturas, a preferência matrimonial deste povo nativo permanecia sobre indivíduos da mesma etnia, ou seja, homem Kaingang casa com mulher Kaingang e de preferência com nascidos no mesmo posto ou reserva (SALZANO, 1960). A vida familiar no grupo se desenvolvia em aldeias de tamanhos regulares, onde as famílias viviam de um modo sedentário, o qual aderiram no final do século XIX. Rambo (1947, pg. 82): Suas casas são cada vez mais substituídas por simples ranchos de madeira feitos de tábuas fornecidas pelos postos, cobertas de palha ou de lascão também de pinho conforme outros. Não tem divisões internas e o fogo é aceso no chão, onde, ao redor do mesmo passam grande parte do tempo e aí mesmo dormem, conservando um hábito do passado. Influenciados pelo posto, alguns aldeados aderiram ao uso de beliches ou redes de fibra para dormir. Segundo dados da FUNAI, no ano de 1972 as casas colocadas pela própria fundação sofreram algumas modificações relacionadas às que os índios costumavam ter, mostrando mais uma vez a transformação cultural sofrida pelos indígenas através da influência dos brancos. As moradas são feitas de madeira retirada da própria reserva e cortadas pela serraria dos postos. São construídas de acordo com a aprovação das famílias, sendo cobertas com telhas e tendo uma divisão interna de 3 a 4 peças. Não eram montadas diretamente no chão, mas

30 29 recebiam assoalhos de madeira. As casas eram próximas umas das outras e formavam aldeias conforme mostra figura 05. Figura 05 Casas construídas na aldeia Kaingang Fonte BECKER, 1995, pg Apesar das famílias indígenas estarem sob a responsabilidade do Governo Estadual ou Federal e FUNAI, mesmo assim prestam obediência máxima ao cacique, costumes que trazem de seus antepassados, sendo ele muitas vezes o maior colaborador da administração civil do próprio posto. Desta forma, o poder de governar dentro da tribo é exercido pelo cacique e praticamente de modo irrestrito. Só em alguns casos, que por sua vez são muito raros, há reuniões da tribo, mas geralmente é o cacique, em virtude de sua autoridade, que impõem sua vontade (FISCHER, 1959). No presente século, os casos de furto são raros e só ocorrem de forma a saciar estrema necessidade. Segundo Gonçalves (1910 in 1957, VIII pg. 73): A acusação freqüentemente feita aos índios como sendo dados ao furto não é verdadeira. Além de que eles não têm da propriedade a mesma noção dos ocidentais, em regra, eles furtam somente pequenas coisas nos casos de grande necessidade. A economia do grupo estava baseada parcialmente na coleta, na caça, na pesca e na agricultura simples e principiante, os quais foram se desenvolvendo com a ajuda do posto. O cultivo passou a ser mais diversificado, plantando milho, feijão, batata doce e também na criação de algumas galinhas. Entretanto não tinham o

31 30 costume de armazenagem dos produtos cultivados, do mesmo modo como antigamente, consumiam suas colheitas à medida que as mesmas amadureciam, sem guardarem nada para os meses de maior necessidade, retirando da roça somente o que é necessário para o consumo cotidiano (FISCHER, 1959). Referente à caça, ainda faziam o uso do arco e flecha, mas a carne da caça era feita em fornos. Para auxiliar nesta atividade contavam coma a ajuda de cães adestrados, especialmente se tratando da caça em grupo. Quanto à pesca, um dos alimentos mais importantes para o grupo, ainda eram muito atrasados, pois caçavam o peixe com flechas e dardos. Este costume mudou a partir da metade do presente século, passando a pescar de uma forma mais fácil e eficaz (MÉTRAUX, 1963). Devido ao contato constante com o povo branco instalados nos séculos anteriores, muitos valores antigos foram deixados para trás e caíram totalmente em desuso, embora alguns permaneçam com algumas modificações. Dos hábitos artesanais, pode-se dizer que ficaram reduzidos à confecção de chapéus de palha e cestos de taquara que são utilizados como elementos comerciais, trocando com o branco por bebidas, fumo, erva-mate, fazendas ou roupas. Outro hábito que resultou deste contato entre as diferentes etnias foi o uso do vestuário à moda ocidental. Apesar de suas vestimentas serem, muitas vezes, bastante esfarrapadas, as mulheres passaram a usar roupas não mais utilizadas pelos brancos por serem já ultrapassadas como, por exemplo, os babadouros, principalmente com cores vivas. Alem do vestuário, as mulheres gostavam de pintar os seus rostos e usar bijuterias. Devido às atividades de catequese, realizadas com os nativos, as suas idéias religiosas foram alteradas de forma forçada tornando difícil caracterizar o Kaingang moderno como ligado à sua própria religião. O povo indígena está integrado no cristianismo. Quanto ao tratamento dos mortos, os Kaingang enterravam seus mortos com os joelhos dobrados num cerimonial seguido de um longo período de luto. Hoje o enterro é realizado à moda civilizada, colocando-se sobre a sepultura uma cruz, tendo a sepultura a forma de um monte de terra e pedras como nos séculos anteriores (RAMBO, 1947).

32 31 Observam-se dois feriados religiosos que são comemorados nos grupos indígenas, a Sexta-Feira Santa e o Dia de Finados. Estas datas são comemoradas com um cerimonial religioso e uma festa típica de seu povo, festa considerada profana, pois não segue ou respeita a tradição dos povos civilizados. A crença dos índios Kaingang parece continuar fortemente apoiada no passado, onde o velho Xamã Kaingang continua como mediador entre os espíritos que consulta e o homem que ao velho recorre, tanto para respostas envolvendo o lado pessoal como para fatos referentes à situação do grupo. O Xamã é conhecido por ter a função de médico da tribo. Acrescenta-se ainda, aos resultados desta mistura entre culturas de índios e brancos, o hábito da música presente em suas festas, não se restringindo somente aos velhos instrumentos indígenas, sendo que outros instrumentos mais modernos foram adotados, como a gaita de boca, de fole e até mesmo o rádio. Podemos ressaltar também como elementos de lazer o jogo de cartas, de bola e o acentuado consumo de cachaça (FISCHER, 1959) O Grupo Kaingang e o Ambiente em Que Vivem Os nativos Kaingang estão concentrados na região dos estados do sul do país e em áreas envolvendo o planalto de São Paulo e parte de Missiones Argentinas. No presente estudo, iremos tratar somente de informações sobre os índios da região sul, sendo esta a principal intenção do mesmo. A região sul é formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ou seja, ocupam a área do Planalto Meridional do Brasil, como está representada na figura 06.

33 32 Figura 06 Mapa das áreas habitadas pelos Kaingang Fonte BECKER, 1995, pg.31. Considerando as regiões geográficas do Rio Grande do Sul, as áreas habitadas pelos Kaingangs abrangem o Litoral Norte, Campos de Cima da Serra, Encosta Superior e inferior do Nordeste, Planalto Médio, Alto Uruguai, Missões e Depressão Central, ocupando sempre as áreas mais altas. Segundo Fortes (1959, pg ): No Rio Grande do Sul a hidrografia é representada por rios de regime pluvial e esta distribuída por duas grandes bacias, a Bacia do Rio Uruguai e a Bacia do Sudeste. Conta também com grande número de lagoas e lagunas; destacam-se as lagoas dos Patos e Mirim ligadas ao oceano. A região sul localiza-se, quase totalmente, abaixo do Trópico de Capricórnio. Fatores como relevo de planaltos elevados e os fortes ventos do oeste, fazem com que esta região seja classificada como tendo um clima subtropical, sendo assim, sua temperatura é mais baixa do que na faixa litorânea que, por sua vez, tem clima mais quente permitindo o desenvolvimento da flora e agricultura tropicais (MAGNANINI, 1959). As matas que antigamente abrangiam quase toda a região sul, chegando a alcançar parte do norte do Rio Grande do Sul, podem ser divididas em dois grandes

34 33 tipos: a mata de araucária (pinheiro-do-paraná) e das latifoliadas, sendo esta composta por vegetação de folhas largas. A mata de araucária é a que mais se distingue na vegetação do sul do Brasil, estendendo-se do norte do Rio Grande do Sul até o Paraná e aparece recobrindo uma grande área desta região. Seu surgimento esta determinado a condições de clima, relacionados com relevo e altitude. Por ser uma mata predominante a áreas de clima mesotérmico, ou seja, verões frescos, a araucária evita os vales dos grandes rios escolhendo as áreas de planalto como seu habitat. Deste modo, no Rio Grande do Sul a araucária é encontrada a partir das altitudes de 300 a 400 metros. Com relação à mata latifoliada, ocupa grande área dentro da região sul, a qual recobre até os dias de hoje. Em muitas áreas ela aparece intercalada com a mata de araucária, ocupando os solos mais férteis bem como os vales, preenchendo as partes que não favorecem ao crescimento e desenvolvimento da araucária (ROMARIZ, 1959). Neste ambiente, as regiões mais elevadas eram dominadas pelos Kaingang, tendo como suas preferências as extensões do planalto, onde o clima é relativamente frio e o que predomina é a mata de araucária, irrigada por numerosos córregos de água, proporcionando assim recursos vegetais e animais satisfatórios Características e Personalidades As diferentes formas da personalidade e característica dos Kaingang podem ser observadas em diferentes aspectos. Tendo em vista os diferentes fatos responsáveis pela transformação dos grupos indígenas, pode-se concluir que os Kaingangs são indivíduos bons por natureza, mas sujeitos a atitudes contrárias dependendo da situação em que são colocados, tanto dentro de seu próprio grupo como com relação aos brancos. Segundo Gay (1863, pg. 54 e 59): Poderíamos, em síntese, caracterizar o Kaingang dos séculos XVII e XVIII como sendo um índio de natural dócil, pacífico por natureza, e dado ao trabalho, contrapondo-se aos bugres caracterizados como bárbaros e numerosos. Já no século XIX, teríamos dois modos diferentes de nos referirmos aos índios. Sobre alguns aspectos temos um índio de caráter sóbrio, calmo, mas observador entre estranhos, cuidadoso na forma de falar dentro de seu grupo e

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