CURSO AGRICULTURA PAULISTA NA BRASILEIRA: TRANSFORMAÇÃO, ESTRUTURA E POLÍTICAS PÚBLICAS

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1 CURSO AGRICULTURA PAULISTA NA BRASILEIRA: TRANSFORMAÇÃO, ESTRUTURA E POLÍTICAS PÚBLICAS JOSÉ SIDNEI GONÇALVES Pesquisador Científico INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (IEA-APTA) SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO AGOSTO

2 MÓDULO 1 Agricultura e geração de riqueza no processo de desenvolvimento: o equívoco da lei de tendência secular à insignificância 2

3 A abordagem tradicional da agricultura baseia-se na capacidade setorial de dar sustentação à transformação da economia, desde que fossem cumpridas adequadamente suas funções no processo de desenvolvimento. Mantendo uma similaridade entre agricultura e agropecuária, para JOHNSTON & MELLOR (1961), essas funções seriam: a) produzir alimentos e matéria-primas para toda economia; b) liberar mão-de-obra para os demais setores; c) criar poupança para inversão em outros setores; d) alavancar a poupança interna via exportações, de forma a propiciar importações; e e) abrir mercados para produtos dos demais setores. 3

4 TEORIA TRADICIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: AGRICULTURA CONDENADA À TENDÊNCIA SECULAR À INSIGNIFICÂNCIA QUEDA DA PARTICIPAÇÃO RELATIVA DA AGRICULTURA NA RENDA E NO EMPREGO COMO INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO AGRICULTURA: DESENVOLVER PARA DEIXAR DE SER IMPORTANTE NÃO HAVERIA POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL NUMA REALIDADE DE PREÇOS CRESCENTES DOS ALIMENTOS 4

5 30 Queda persistente da contribuição da agropecuária para o produto nacional Figura. Participação da Agropecuária no Produto Interno bruto (PIB), Brasil, % Fonte: IBGE 5

6 Preços da agricultura crescem menos que preços em geral, comida e vestuário mais baratos sustentam desenvolvimento IPCA-IBGE junho 1994= Paridade entre IPCA Alimentos e Bebidas e IPCA Vestuário com IPCA Total, 07/1994 a 02/ Alimentos e Bebidas Vestuário 6

7 AGRICULTURA CUMPRE SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO Teoria tradicional de desenvolvimento econômico centrada no conceito de agricultura restrita à agropecuária parece ter consistência empírica pois há queda expressiva do PIB agropecuário no PIB total estadual. MAS ISSO DÁ CONTA DE EXPLICAR A DINÂMICA SETORIAL E TERRITORIAL DA AGRICULTURA BRASILEIRA? COM CERTEZA A RESPOSTA É NÃO, POIS A TEORIA TRADICIONAL QUE REDUZ A AGRICULTURA AOS LIMITES DA AGROPECUÁRIA NÃO DÁ CONTA DE EXPLICAR DINÂMICAS DE ECONOMIAS CONTINENTAIS COMO A BRASILEIRA 7

8 O DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA PRODUZ TRANSFORMAÇÕES NA AGRICULTURA: PRINCIPAL SETOR ECONÔMICO DAS ECONOMIAS CONTINENTAIS EXEMPLOS SÃO AS AGRICULTURAS DESENVOLVIDAS COMO PRINCIPAL QUESTÃO COMERCIAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC): DISPUTAS ENTRE AGRICULTURA NORTE- AMERICANA, DA UNIÃO EUROPÉIA E DOS NEW AGRICULTURAL COUNTRIES (NACs) SE A AGRICULTURA NÃO FOSSE RELEVANTE, POR QUE TANTA DIFICULDADE DE ACORDO NA RODADA DOHA? 8

9 MÓDULO 2 Agricultura no processo de desenvolvimento econômico: papel desempenhado e sentido das mudanças 9

10 INDUSTRIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA As tarefas de elaboração dos produtos primários são realizadas em unidades especializadas (fábricas), o que implica em criar um setor novo, fora da agropecuária mas dentro do país. Esse setor é a manufatura ou, no sentido corrente, a indústria. É a criação desse setor que muda toda dinâmica da economia." (RANGEL, 1954). 10

11 Agricultura moderna: uma leitura técnico-produtiva gera nova matriz intersetorial Bens de capital e insumo (cerca de 20% da renda setorial); Agropecuária (10% da renda setorial); Processamento e distribuição (70% da renda setorial). Matriz insumo-produto de W. Leontief 11

12 AGRICULTURA MODERNA: NUMA LEITURA ESPACIAL HÁ A SUPERAÇÃO DA SEPARAÇÃO ENTRE O RURAL E URBANO, FORMANDO UMA AGRICULTURA RURURBANA e, em função disso: parcela expressiva da população economicamente ativa (PEA) da agropecuária mora nas cidades, é urbana; há atividades executadas no campo que não são típicas da agropecuária, mas são da agricultura como serviços ambientais, serviços de ecoturismo, turismo rural e turismo produtivo (acesso a valores rurais); as lavouras e criações, realizadas no campo, representam um décimo da renda setorial. UM AXIOMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AGRICULTURA MODERNA: TRATA-SE DE SETOR MUITO MAIOR QUE A AGROPECUÁRIA E MUITO MAIS AMPLO QUE SUA BASE RURAL SENDO UMA AGRICULTURA RURURBANA 12

13 Agricultura no capitalismo desenvolvido: superando os limites da estrutura técnico produtiva: Agroindústrias de bens de capital da agricultura; Agropecuária; Agroindustrias de processamento; Agroserviços de preparação e logística; Agroserviços de aprimoramento e ampliação dos negócios; Agroserviços transacionais e de distribuição. 13

14 AGRICULTURA NO PROCESSO DE FINANCEIRIZAÇÃO DA RIQUEZA: Profundas mudanças na estrutura de mercado e formação de preços; Em economias continentais como a brasileira, industrializar significa agroindustrializar; Obtenção de lucro é objetivo da agricultura e não alimentar o mundo; Não faz mais sentido diferenciar agronegócios por tamanho das propriedade rurais mas sim pelo tamanho da renda e do emprego gerado; Diversificação produtiva substituída pela complementarização produtiva. 14

15 AGRICULTURA FINANCEIRA E NOVO PAPEL DO ESTADO Financiamento do custeio a mercado, com cada vez menos recursos do crédito oficial; Regulação da qualidade de produtos e processos; Orquestração de interesses buscando harmonia do fluxo produção-consumo (não se é competitivo pela parte); Gestão para a orquestração de interesses estruturando economia de contratos; Financiamento do investimento (BNDES); Infraestrutura operada por concessões: parceiras público-privadas e privatização das ferrovias. 15

16 AGRICULTURA BRASILEIRA NOS ANOS 1980 E 1990: DINHEIRO ESCASSO E CARO GERANDO SUPERSAFRAS? No final dos anos 1970, com o fim do crédito rural subsidiado (dinheiro farto e barato), fez emergir previsões de intensa e insuperável crise agropecuária. Nos anos 1980 e 1990 com dinheiro caro e escasso (redução do volume de recursos oficiais do crédito rural e taxas de juros positivas), ao invés de se configurar a realidade de crise agropecuária ocorreu o inverso, após um período de ajuste, emergiram as supersafras. A que se deveu isso? Mudanças estruturais dos anos 1970 explicam esse fato pois: a) a agropecuária havia se modernizado; b) o II PND havia internalizado as agroindústrias de bens de capital e insumos; c) as agroindústrias haviam se ampliado em número e diversidade de plantas industriais; d) havia se operado intensa mudança na estrutura dos agromercados com a presença das grandes tradings companies de commodities para exportação e o domínio dos supermercados no fluxo produção-consumo do abastecimento interno. AS GRANDES EMPRESAS ESTRUTURARAM O FINANCIAMENTO DO CUSTEIO DOS AGROPECUARISTAS: a) as agroindústrias de bens de capital e insumos para seus clientes; b) as agroindustrias agroprocessadoras; c) as tradings companies para seus fornecedores. Isso explica as supersafras. 16

17 MÓDULO 3 ANOS 1970 NÃO VOLTAM MAIS: CRÉDITO RURAL E ESGOTAMENTO DO VELHO PADRÃO DE FINANCIAMENTO Baseado em PÍNTO, Luis Carlos Guedes Crédito rural no Brasil: presente e futuro. REUNIÃO CONSELHO DOS AGRONEGÓCIOS. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo- FIESP. 03 de novembro de transparências. 17

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21 Escalada vertiginosa da dívida rural Evolução dos Saldos Devedores Mensais do Crédito Rural de Custeio e Investimento [em milhões de R$ de junho de 2006, Deflator IPCA] jan-02 jul-02 jan-03 jul-03 jan-04 jul-04 jan-05 jul-05 jan-06 Fonte: Banco Central do Brasil. Investimento Custeio 21

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23 CRIAÇÃO DO NOVO PADRÃO DE FINANCIAMENTO SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA DOS AGROPECUARISTAS PARA TORNÁ-LOS APTOS A ATUAREM NO MERCADO FINANCEIRO (1995); DEFINIÇÃO DO BNDES COMO BANCO DE INVESTIMENTO NA MODERNIZAÇÃO (MODERFROTA E MODER-INFRA) (1995); CRIAÇÃO DA CÉDULA DE PRODUTO RURAL (CPR) (1995), TORNADA FINANCEIRA (2000); LEGISLAÇÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL (1997); LEI DE RESPONSABILIDADE DA GESTÃO FISCAL (2000) SEPULTA ANTIGO PADRÃO DE FINANCIAMENTO VIA DÍVIDA PÚBLICA; LEI DE SUBVENÇÃO DO PREMIO DO SEGURO RURAL (2003); DOS NOVOS TÍTULOS FINANCEIROS (2004); LEIS DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (2004)- Investimento em infra-estrutura e logística; LEIS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (2004)- parceria público-privada em C&T. 23

24 R$ Milhões de 2005 (IPCA) Custeio da safra financiado por títulos financeiros Número EVOLUÇÃO DOS CONTRATOS DE CPR R$ Milhões Operações 24

25 ALTERNATIVA DE SAÍDA PARA O IMBRÓGLIO DA DÍVIDA DO CRÉDITO RURAL unaminidade da dívida e aposta no perdão amplia inadimplência sendo ponto de convergência absoluta nas reivindicações de todos os segmentos da agropecuária brasileira; rompimento da política populista de sucessivas renegociações das dívidas rurais que revigoram modelo de crédito rural ultrapassado. Edificação de novo padrão de financiamento e garantia da renda agropecuária. financiamento da produção agropecuária não se sustenta dada a dependência de recursos oficiais; formalização agropecuária com base na empresa rural. possibilidade da empresa constituída renegociar sua dívida a partir da apresentação de seu balanço patrimonial. Em complemento, poderia ser realizado o refinanciamento dos débitos com base num programa de recuperação das empresas equivalente ao existente para empresas urbanas; ocorrência de territorialidades específicas que conformam a necessidade de criar e aplicar instrumentos de políticas compatíveis com cada desenho territorial da produção; na esteira do aperfeiçoamento dos títulos financeiros deveria ser criado um ou mais títulos lastreados na propriedade, endossáveis e com execução extra-judicial, que poderiam ser transacionados para mobilizar recursos para investimento criando um mercado secundário de terras no Brasil; criação de um modelo integrado, que consistiria na criação de um cadastro único para o produtor, permitindo que todos os bancos, tradings e seguradoras tivessem acesso às mesmas informações de cada produtor rural. 25

26 SEGURO NA AGRICULTURA: INSTRUMENTO AINDA INCIPIENTE seguro somente como um instrumento mitigador dos efeitos dos riscos climáticos das atividades agropecuárias; O seguro agropecuário vem crescendo nos últimos anos, mas garante somente cerca de 1% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros; Estão assegurados menos de 10% da área de lavouras e parcela ainda menor da renda agropecuária bruta. 26

27 Histórico do Seguro Agrícola no Brasil Congresso Agrícola do Recife; Lei de 11/01/54 cria o Seguro Agrário; Lei 4829 regulamenta o Seguro Agrícola; Decreto Lei 73, de 21/11/66 cria o FESR (Fundo de Estabilidade do Seguro Rural); Entra em operação a Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (COSESP); Lei aprova s subvenção econômica ao prêmio do seguro na agropecuária paulista; Lei , de 19/12/2003 (anexo 1) Dispõe sobre a subvenção financeira ao prêmio do Seguro Rural; LC 126 quebra o monopólio do resseguro no Brasil. 27

28 1960 COSESP BEMGE UNIÃO Enorme rotatividade de seguradoras gera falta de tradição no seguro agropecuário PORTO SEGURO UBF NOBRE ALIANÇA DO BRASIL MAFRE RAIN - HAIL MINAS SRB BRASIL AGF 28

29 DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA CONSISTENTE DE SEGURO AGRÍCOLA NO BRASIL evoluir para seguro da renda agropecuária e transformar-se na única política pública vertical e genérica para a agricultura, subvencionando o prêmio; estruturar mecanismos que alterem a atual lógica de uso do zoneamento agroclimático e não individualizado passando ao uso do zoneamento econômico baseado no histórico de ocorrência de sinistro de propriedades georeferenciadas, possibilitando o seguro de perfil (mais barato para menores riscos, inclusive os riscos morais); redução de custos de informações com cadastro consistente e de alta credibilidade desse histórico por propriedade da ocorrência de sinistro (questão: quem gerencia esse cadastro?); eliminação do princípio da origem nos tributos incidentes sobre a agropecuária terá papel relevante na construção desse cadastro consistente. 29

30 MÓDULO 4 SUSTENTABILIDADE DO ATUAL PADRÃO AGRÁRIO BRASILEIRO O SUCESSO DA AGRICULTURA BRASILEIRA NÃO PERMITE QUE DEITADOS EM BERÇO EXPLENDIDO NÃO SEJAM PRODUZIDAS AS CONDIÇÕES PARA CONSTRUIR O NOVO FUTURO 30

31 No período , na agropecuária brasileira, o consumo de fertilizantes cresceu mais que o produto. E houve mais incorporação de terra que de trabalho. 31

32 Produtividade do trabalho cresceu mais que a produtividade da terra. Nos últimos anos a produtividade do trabalho vem sendo aumentada pela produtividade operacional. ÍNDICES (1) EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES DO TRABALHO, OPERACIONAL E DA TERRA NA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA, ANO Prod Trabalho Prod Operacional Prod Terra 32

33 ÍNDICES (1) E a produtividade da terra vem sendo aumentada pelo uso mais intenso de insumos (fertilizantes) pois produtividade Biológica cai no período EVOLUÇÃO DAS PRODUTIVIDADES DA TERRA E BIOLÓGICA E DA INTENSIDADE DO USO DE FERTILIZANTES NA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA, ANO Prod Biologica Intens. Fertilizantes Prod Terra 33

34 Exemplo dessa intensificação do uso de insumos e de máquinas pode ser dado no caso do algodão com produtividade da terra crescente kg/ha anos Evolução da produtividade do algodão no Estado de São Paulo, Fonte: dados básicos do Instituto de Economia Agrícola (IEA)

35 MAS O TETO DE PRODUTIVIDADE DO ALGODÃO NÃO CRESCE DESDE OS ANOS 1980 Evolução da produtividade do algodão em caroço, Estado de São Paulo, segundo os padrões tecnológicos, safras 1983/1984 a 2003/2004, em kg/ha. Estratos 1983/ / / / /2004 menos mais Estado Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA). Assim, as médias de produtividade aumentam não pela incorporação de inovação tecnológica decisiva, mas pela eliminação dos pequenos. 35

36 Mas por que os ganhos em escala pela mecanização e os custos das lavouras insumo-intensivas levou à eliminação progressiva dos pequenos algodoais? Evolução dos percentuais da área plantada com algodão, Estado de São Paulo, segundo os estratos de produtividade, safras 1983/1984 a 2003/2004, em %. Estratos 1983/ / / / /2004 Menos ,72 87,87 61,82 23,41 8, ,60 7,16 29,53 26,56 29, ,44 2,52 4,06 18,27 26, ,85 1,61 2,48 16,96 19, ,57 0,45 1,42 10,71 10,45 mais ,82 0,39 0,68 4,09 5,83 Estado 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA). 36

37 Há que se discutir a sustentabilidade desse padrão agrário de lavouras mecanizadas e insumo-intensivas: petróleo e fertilizantes são matérias primas cada vez mais escassas e têm preços crescentes no mercado internacional, com reflexos nos custos de produção internos; exatamente nos espaços de agropecuária mecanizada e insumointensiva está concentrada uma divida rural enorme e recorrente que consome somas elevadas de recursos públicos a cada renegociação; essa agropecuária mecanizada e insumo- intensiva amplia o problema estrutural do emprego ao produzir desemprego, exatamente de um perfil de trabalho que não encontra emprego fora do campo, aprofundando o problema social. 37

38 MÓDULO 5 Agropecuária e especialização produtiva e os impactos territoriais diferenciados das transformações da agricultura 38

39 NÃO É A MAIOR RENDA POR HECTARE QUE DETERMINA O PROCESSO: TOMANDO O EXEMPLO DE SÃO PAULO NO PERÍODO Crescimento da produção de matérias primas (103%), grãos e fibras (91%), alimentos básicos(70%), café (73%), cana (57%) e carnes (52%); Na contramão da maior renda líquida por hectare, diminui o VPA das olerícolas (-21%), frutas (-12 %) e leite (-3%); Isso porque as frutas e olerícolas apresentam maior renda por hectare que cana (5,5 milhões de hectares) e pecuária (9,0 milhões de hectares). E tais diferenças são expressadas em regiões diferentes. Maior renda por unidade de área agropecuária ocorre nas regiões Metropolitanas da Baixada Santista e de São Paulo (Banana), que é maior que a de Ribeirão Preto (cana). Menor renda por hectare ocorre em regiões de pecuária como a de Presidente Prudente. A substituição das pastagens por lavoura eleva a renda média. 39

40 Frutas e olerícolas apresentam maior renda por hectare As regiões metropolitanas focam a agropecuária de frutas e olerícolas para elevar renda de terra de alto valor imobiliário. 40

41 Maior renda por unidade de área agropecuária ocorre nas regiões metropolitanas da Baixada Santista e de São Paulo Menor renda por hectare ocorre em regiões de pecuária como a de Presidente Prudente 41

42 Não basta ser moderno. Há os impactos no emprego da intensificação do uso de insumos e de máquinas. E perde-se espaço mesmo com produtividades crescentes da terra como do algodão paulista; TETO DE PRODUTIVIDADE NÃO VEM CRESCENDO DESDE O FINAL DOS ANOS No algodão, como na cana, soja e milho, não foi a inovação biológica que aumentou produtividade média; Os ganhos em escala pela mecanização e os elevados custos das lavouras insumo-intensivas levou à eliminação progressiva dos pequenos algodoais; Nas lavouras de escala, a mesma tecnologia que aumenta produtividade reduz o emprego agropecuário pela eliminação de produtores. 42

43 Impactos das transformações: Regiões de agropecuária mesmo com maior renda por hectare nem sempre são as de maior renda e emprego da agricultura; Regiões com complexos agroindustriais mais desenvolvidos multiplicam a renda e o emprego na agricultura e são mais desenvolvidas; Atividades de intenso ritmo de inovação não necessariamente estão imunes à decadência; Agropecuária desenvolvida pode até aumentar emprego, mas reduz trabalho ao multiplicar o efeito escala eliminando produtores; Articulação da produção nos diversos espaços determinada pelas estruturas agroprocessadoras e de agrosserviços(distribuição e financeiro). 43

44 MÓDULO 6 Agropecuária e mercado de trabalho rural: aumento da escala e o emprego no campo 44

45 Área brasileira de lavouras cresceu 9 mi de hectares no período , sendo que as lavouras permanentes (maior emprego por hectare) recuaram 1 mi de hectares e lavouras temporárias (mecanizadas) aumentaram em 10 mi de hectares; No período , fruto das políticas regionais de incentivos fiscais, a área de lavouras cresceu na região Norte (1 mi de hectares) e na região Centro-oeste (8 mi de hectares) tendo se mantido estável nas demais regiões; No período para o Brasil, o valor da produção agropecuária cresceu de R$ 96 bilhões para R$ 145 bilhões. Nas lavouras o avanço foi de R$ 81 bilhões para R$ 123 bilhões e na pecuária de R$ 14 bilhões para R$ 21 bilhões; No período , à exceção da Região Norte (VPA estagnado em R$ 6 bilhões), em todas as regiões brasileiras ocorreu aumento do VPA, com maior percentual (+150%) no Centro Oeste que aumentou de R$ 10 bilhões para R$ 25 bilhões. 45

46 Modernização Agropecuária e mercado de trabalho rural: aumento da escala e redução das oportunidades de trabalho no campo: até final dos anos 1970, aumento do uso de insumos e mecanização do preparo do solo, plantio e tratos culturais: aumento da sazonalidade do trabalho com concentração na colheita (fenômenos bóias- frias e migrações sazonais); - Especialização regional acirra progressivamente a sazonalidade gerando migrações sazonais mais intensas. depois dos anos 1990, tratores de maior potência e insumos mais concentrados elevando escala de operações e a mecanização da colheita das lavouras de commodities: -redução progressiva da sazonalidade da mão de obra, perda de poder de barganha dos bóias-frias; -explosão das lavouras de escala e lógica inter-regional da mecanização de processos com máquinas pesadas. 46

47 A agropecuária é fundamental para as oportunidades de trabalho. Ainda que tenha havido intensa mecanização de processos, a participação da agropecuária na PEA é sempre maior que sua representatividade no PIB. Na região NE isso se mostra mais decisivo; Expansão das grandes lavouras de escala. Frota de tratores que tinham aumentado de 62,6 mil em 1960 para 551,0 mil em 1985, recua para 336,6 mil em Mas isso significa mais mecanização e substituição de trabalho; Ainda que a frota tenha se reduzido, ocorreu intenso aumento da potência dos tratores. No início da década de 1970, os pequenos tratores que representavam 28,4% das vendas no período eram apenas 0,9%. Os grandes tratores que eram 5,3% agora são 45,2% das máquinas vendidas; Esse indicador implica em maior escala das lavouras concentrando estrutura produtiva (maiores lavouras e menos produtores) e substituindo postos de trabalho. 47

48 PEA ocupada total cresce de 79,0 mi em 2002 para 90,8 mi em 2007, mas PEA agropecuária praticamente se mantêm em 16,4 mi; Queda da participação da PEA agropecuária na PEA total de 20,61% em 2002 para 18,26% em Apesar disso, a agropecuária tem participação relevante; Entretanto, há uma distribuição espacial desigual com região NE detendo 48,36% da PEA agropecuária em 2002 e ainda 46,31% em 2007; Área plantada com lavouras no Brasil cresce de 54,5 mi de hectares em 2002 para 62,4 mi de hectares em Essa expansão dá-se quase que somente no Centro-Oeste, que passa de 11,4 mi de hectares para 15,2 mi de hectares; No NE onde está quase metade da PEA agropecuária, o crescimento é pouco expressivo. 48

49 Valor da produção agropecuária brasileira cresce de R$ 131,2 bilhões em 2002 para R$ 144,8 bilhões em Todas as regiões tem alto aumento do VPA, à exceção do NE, que detém quase a metade da PEA agropecuária, mas cujo VPA cresce muito pouco; Valor da produção da pecuária cresceu mais que o das lavouras. O VP das lavouras cresceu de R$ 114,4 bilhões em 2002 para R$ 123,4 bilhões, enquanto que o da pecuária saltou de R$ 16,8 bilhões em 2002 para R$ 21,4 bilhões em 2007; Região NE tem queda da participação no VPA de 16,16% em 2002, para 15,10% em Isso significa que mesmo tendo a maior PEA da agropecuária brasileira (quase a metade), a região NE tem queda na área de lavouras e também na renda gerada; A questão do trabalho no campo tem dimensão nacional, pois o NE tendo a maior PEA agropecuária e o menor VPA acaba tendo a menor renda por pessoa na agropecuária brasileira. Isso acirra os desequilíbrios regionais. 49

50 IMPACTOS DA DINÂMICA RECENTE DA AGROPECUÁRIA: Cresce áreas de lavouras, mas tal crescimento está localizado nos cerrados, dadas as mega-lavouras de soja, algodão e milho. Lógica primário-exportadora reforçada pela Lei Kandir; Significativo aumento da renda bruta (VPA) em todas as regiões, menos o NE, com maior percentual no Centro-Oeste; Anos 1990 em diante, ocorre a mecanização da colheita eliminando as travas a ganhos de escala no campo, ampliando a área e a riqueza com pouca intensidade em trabalho (menos bóia fria porém mais formalização); Agropecuária ainda consiste num setor estratégico para as oportunidades de trabalho. Participação no PIB maior que a da PEA. 50

51 Mais tratores porém de maior potência dentro da lógica de mais mecanização, mais lavoura com menos trabalho. Isso resulta do MODERFROTA, que curiosamente tem no FAT, um fundo de amparo aos trabalhadores, uma das fontes dos recursos que financiam a substituição de trabalho; Quase a metade da PEA agropecuária está no NE, revelando enorme desequilíbrio regional. E novas lavouras dos cerrados nordestinos (Oeste da BA, sul do MA e Sudoeste do PI) são incentivadas na lógica das grandes lavouras dos cerrados; Nesse NE, a área plantada e o VPA crescem pouco, piorando a desigualdade regional da distribuição da riqueza. 51

52 MÓDULO 7 Trabalho na Agropecuária: PEA agropecuária é muito maior que o Emprego agropecuário 52

53 PEA agropecuária (16,6 mi) representa em torno de quatro vezes o emprego agropecuário (4,3 mi); No período (de boom agropecuário), há redução tanto da PEA agropecuária (-1,1 mi) como do em emprego agropecuário (-250 mil), enquanto a PEA total cresce de 84,6 mi para 90,8 mi; Queda de participação da PEA agropecuária. 53

54 Queda de 250 mil vagas de emprego agropecuário, principalmente nas lavouras (de 2,9 milhões em 2004 para 2,7 milhões em 2007), com relativa estabilidade na pecuária (-25 mil); Na agropecuária, redução do emprego no período sendo nos empregos temporários (-248 mil), dada a relativa estabilidade do emprego permanente (-4 mil); Na agropecuária relativa estabilidade do emprego permanente (-5 mil) se dá com pequena elevação nas lavouras (+25 mil) e reduzida queda da pecuária (-29 mil); O emprego temporário na agropecuária, no período , sofre redução tanto nas lavouras (-200 mil) como na pecuária (-50 mil). 54

55 Nas agropecuárias regionais, o emprego agropecuário se mantém no CO, recua pouco no NE e com mais profundidade nas demais regiões; Seqüência de supersafras não sustentaram o emprego agropecuário no período ; No período , o emprego agropecuário permanente cresce 66 mil vagas no SE, 24 mil no CO e 10 mil vagas no Sul. Mas caem 19 mil no NE e 8 mil no Norte. Mecanização de todas as etapas do ciclo produtivo das lavouras e modernização da pecuária explicam esse aumento; Empregos temporários da agropecuária recuam em todo Brasil, embora pouco no NE. Verifica-se piora da qualidade do emprego agropecuário no Norte e NE com redução dos permanentes e estabilidade dos temporários 55

56 No período , dentre as atividades agropecuárias, o maior empregador consiste na pecuária bovina (1,1 milhão em 2007), seguido da cana (520 mil), café (366 mil), milho (260 mil). Maiores quedas são da pecuária bovina (-144 mil), do café (-86 mil), da mandioca (-80 mil) e da soja (-56 mil). Aumentos na cana (26 mil), aves (13 mil), citros (10 mil), fumo e milho (7 mil). Algodão, outrora grande empregador nos anos 1970, tem presença inexpressiva; Emprego agropecuário temporário se dá na pecuária bovina (312 mil), na cana (251 mil), no milho (196 mil), no café (172 mil) e na mandioca (124 mil). Maiores quedas no período se dá na pecuária bovina (-98 mil), no café (-89 mil), na mandioca (-70 mil), no arroz (-20 mil), na soja (-20 mil) e no algodão (-8 mil); Em 2007, o emprego agropecuário permanente concentrava-se na pecuária bovina (781 mil), na cana (268 mil), no café (194 mil) e na soja (82 mil). Maiores quedas na pecuária bovina (-46 mil), na soja (-36 mil), no cacau (-14mil), e na mandioca (-10 mil). Maiores aumentos na cana (17 mil), aves (13 mil), citros e milho (11 mil). 56

57 Tendências do mercado de trabalho na agropecuária: Continuidade da queda da PEA agropecuária tanto em termos relativos como absolutos, a não ser que políticas sociais (previdência rural, PRONAF b e Bolsa Família sustentem a enorme PEA agropecuária nordestina; Intensificação da mecanização de processos, em especial da colheita, gerando redução do emprego temporário e aumento menor do emprego permanente. Na cana isso será dramático com a proibição da queima da palha que deve ser plena em 201; Equacionada a dívida rural acumulada (R$ 170 bilhões que equivalem a 100 anos do orçamento da EMBRAPA) e edificado novo padrão de financiamento, sob preços externos favoráveis, resposta da oferta se dará pela ampliação da escala das lavouras de commodities, amplificando o uso de máquinas de maior potência; Lavouras intensivas em trabalho (frutas e olerícolas) tem enormes restrições da demanda(interna pela dimensão do mercado) e poucas possibilidades externas por ausência de políticas nacionais consistentes. 57

58 MÓDULO 8 A AGENDA QUE NÃO ESTÁ NA PAUTA ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA REVELADOS NO COMÉRCIO EXTERIOR 58

59 Exportações brasileiras em função do comportamento do câmbio Bilhões (US$ ou R$) EXPORTAÇÕES EM US$ e R$, BRASIL ,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0, BR DOLAR 53,0 51,1 48,0 55,1 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3 137,8 160,6 197,9 153,0 BR REAL 137,4 137,7 176,5 208,4 239,9 342,7 298,3 334,8 337,7 338,5 315,1 483,9 266,3 Em dólar: regime cambial esgotado e queda das exportações novo regime cambial e crescimento expressivo 2009 crise mundial e recuo das vendas externas Fonte: Dados da SECEX/MDIC elaborados pelo IEA/APTA Em real: crescimento significativo das exportações estagnação e queda das vendas externas 2008 um ano fora da tendência 59

60 MITO DA HEGEMONIA DA AGRICULTURA: EXPORTAÇÕES DOS DEMAIS SETORES SÃO MAIORES QUE AS DA AGRICULTURA R$ BILHÕES EXPORTAÇÕES DA AGRICULTURA E DEMAIS SETORES, BRASIL, ,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0, AGRO 64,7 62,1 79,6 82,4 103,1 148,0 132,4 144,1 132,2 127,8 121,4 186,2 117,6 DEMAIS 72,7 75,7 96,8 126,0 136,9 194,7 165,9 190,8 205,6 210,7 193,7 297,8 148,7 Fonte: Dados da SECEX/MDIC elaborados pelo IEA/APTA Na geração de renda interna, exportações da agricultura contribuem menos que as dos demais setores 60

61 R$ bilhão SALDOS DA AGRICULTURA SEMPRE POSITIVOS SALDOS COMERCIAIS, BRASIL E SETORES, ,0 120,0 90,0 60,0 30,0 0,0-30,0-60,0-90, GERAL -17,5-17,7-4,4-2,6 10,9 74,5 101,2 116,8 127,6 114,1 78,5 61,0 44,1 AGRO 31,8 29,0 46,2 46,6 67,8 104,4 97,6 108,7 103,4 98,7 87,6 121,7 85,3 DEMAIS -49,3-46,7-50,6-49,2-56,9-29,9 3,6 8,1 24,2 15,4-9,1-60,7-41,2 Agricultura explica saldos positivos Fonte: Dados do MDIC elaborados pelo IEA/APTA Demais setores oscilam saldos negativos (99-02 e 07-09) com positivos ( ). Sofre efeito direto do câmbio. 61

62 R$ Bilhões AGRICULTURA E INTERIORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO AGRICULTURA,EXPORTAÇÕES PARANÁ, SÃO PAULO E OUTROS ESTADOS, ,0 90,0 60,0 30,0 0, SP 16,5 16,7 22,8 20,7 25,5 37,1 31,3 34,8 33,5 36,2 30,5 41,5 27,8 PR 10,8 9,8 12,0 11,5 15,5 22,9 21,3 23,8 17,8 15,8 16,3 26,7 14,7 OE 37,4 35,6 44,8 50,2 62,0 87,9 79,8 85,4 80,8 75,8 74,6 117,9 75,1 Fonte:Dados da SECEX/MDIC elaborados pelo IEA/APTA DESCENTRALIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA : EXPORTAÇÕES DE SÃO PAULO E PARANÁ CRESCEM MENOS QUE DE OUTROS ESTADOS 62

63 Recuo da participação do Paraná e de São Paulo e avanço dos outros estados nas exportações da agricultura % PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NAS EXPORTAÇÕES DA AGRICULTURA, ,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0, SP 25,5 26,9 28,7 25,1 24,8 25,1 23,6 24,2 25,4 28,3 25,1 22,3 23,7 PR 16,7 15,8 15,1 14,0 15,0 15,5 16,1 16,5 13,5 12,4 13,5 14,3 12,5 OE 57,8 57,3 56,2 61,0 60,2 59,4 60,3 59,3 61,1 59,3 61,5 63,3 63,9 Fonte:Dados da SECEX/MDIC elaborados pelo IEA/APTA Liderança paulista nas exportações da agricultura brasileira 63

64 % Queda da participação da agricultura nas exportações PARTICIPAÇÃO DA AGRICULTURA NAS EXPORTAÇÕES, BRASIL E ESTADOS, ,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0, BR 47,1 45,1 45,1 39,5 43,0 43,2 44,4 43,0 39,1 37,8 38,5 38,5 44,2 SP 35,1 34,0 35,4 27,6 30,0 32,5 33,2 32,3 30,9 32,0 30,0 29,6 37,6 PR 86,1 86,0 83,2 69,2 70,6 70,9 72,9 73,0 62,3 64,2 67,4 71,7 75,0 OE 48,0 46,1 45,9 43,0 46,6 44,8 45,6 43,9 40,3 37,8 39,4 38,5 43,5 Fonte:Dados da SECEX/MDIC elaborados pelo IEA/APTA Exportações do Paraná são predominantemente da agricultura; São Paulo - persistência da participação da agricultura nas exportações de um estado industrial. 64

65 % Diferenças estruturais da agricultura brasileira reveladas nas exportações PARTICIPAÇÃO DOS PRODUTOS BÁSICOS NAS EXPORTAÇÕES DA AGRICULTURA, BRASIL E ESTADOS, ,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0, BR 44,9 40,2 39,8 40,5 44,7 44,9 46,0 48,7 47,4 43,9 48,2 52,3 55,7 SP 20,4 15,2 18,0 18,7 18,3 20,1 21,5 27,6 23,1 17,4 19,8 21,2 17,8 PR 60,4 52,8 53,0 54,6 60,7 59,0 57,1 56,9 52,7 45,6 50,8 53,0 59,1 OE 51,1 48,5 47,4 46,2 51,6 51,6 52,7 55,0 56,3 56,2 59,2 63,1 69,1 ANO São Paulo agroindustrial-exportador num Brasil primário-exportador 65

66 Agricultura industrializada e dimensão setorial Capital agroindustrial subordina capital agrário; Capitães da agroindústria ao invés de ruralistas; Representação distinta: FIESP e ABAG e não FAESP; Conflitos típicos da coordenação de cadeias agroindustriais; Empregados agroindustriais qualificados e fim dos bóias-frias. Agropecuária e a dimensão territorial Agenda ainda voltada para a produção no campo; Questão da terra ainda presente no debate; Crédito e preços na agenda das políticas públicas; Força das representações tradicionais (Federações da agricultura); Importância política da assim chamada agricultura familiar. 66

67 MÓDULO 9 Especialização produtiva na agricultura brasileira: a lógica da abordagem territorial 67

68 AGRICULTURAS REGIONAIS ESPECIALIZADAS Agropecuária formando espaços de monocultura localizada; Expansão para a agropecuária dos cerrados com elevada dependência da importação de fertilizantes; Agropecuária de grãos com reduzida agregação de valor, contrastando com agropecuária das lavouras agroindustriais; Diferenças relevantes dos mecanismos de coordenação vertical do fluxo produção-consumo; Agricultura com predominância do capital agroindustrial em alguns espaços e predomínio do capital agrário em outros (ainda que elevada inserção o mercado financeiro). 68

69 AGRICULTURA BRASILEIRA DEPENDENTE DE INSUMOS EXTERNOS R$ Bilhões DETALHANDO SALDOS COMERCIAIS DA AGRICULTUA BRASILEIRA: CADEIAS E BENS DE CAPITAL E INSUMOS, ,0 120,0 90,0 60,0 30,0 0,0-30, AGRO 31,8 29,0 46,2 46,6 67,8 104,4 97,6 108,7 103,4 98,7 87,6 121,7 85,3 CAD 38,2 35,1 53,7 55,5 77,8 115,2 105,9 119,3 110,3 105,0 97,6 146,6 95,2 BCI -6,3-6,1-7,6-9,0-10,0-10,9-8,3-10,6-6,9-6,3-10,0-24,9-9,9 FERT -2,3-2,4-3,0-4,6-4,8-6,6-6,6-8,5-6,0-5,4-8,4-21,9-6,4 Fonte: Dados do MDIC elaborados pelo IEA/APTA Persistente saldo negativo nas transações com fertilizantes 69

70 Liderança da agroindústria canavieira nas exportações de São Paulo, com predominância de produtos processados Exportações dos 5 principais Grupo de Mercadorias, Paraná, 1997 a 2009 (R$ bilhões de 2009) Grupo de Mercadorias CANA E SACARÍDEAS 2,7 3,4 5,1 3,0 6,6 8,9 6,2 7,5 9,3 13,9 9,0 12,8 11,6 BOVÍDEOS - BOVINOS 1,6 1,8 2,8 3,3 4,2 7,0 6,6 8,6 7,5 6,8 6,2 8,1 3,9 PRODUTOS FLORESTAIS 2,6 2,6 3,6 3,8 3,8 4,9 4,5 4,1 4,0 3,8 3,4 4,7 3,1 FRUTAS 2,8 3,5 4,7 4,1 3,8 6,2 5,3 4,0 3,4 3,9 4,6 5,2 3,1 AGRONEGÓCIOS ESPECIAIS 0,8 0,7 1,0 1,1 1,2 2,2 1,9 1,9 1,7 1,6 1,6 2,2 1,4 SUBTOTAL 10,5 12,0 17,2 15,2 19,7 29,2 24,4 26,1 25,9 29,9 24,8 33,0 23,1 PART (%) 63,6 72,0 75,4 73,8 77,1 78,7 78,0 74,8 77,3 82,6 81,5 79,5 82,9 AGRICULTURA 16,5 16,7 22,8 20,7 25,5 37,1 31,3 34,8 33,5 36,2 30,5 41,5 27,8 ÁLCOOL 0,1 0,1 0,2 0,1 0,3 0,7 0,4 1,2 1,5 3,0 1,9 4,1 1,6 AÇÚCAR 2,6 3,3 4,9 2,9 6,2 8,2 5,9 6,3 7,8 10,9 7,1 8,7 10,0 Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. Exportações da agricultura de São Paulo deriva do desenvolvimento agroindustrial 70

71 Liderança dos cereais, leguminosas e oleaginosas nas exportações do Paraná, com predominância da soja vendida como produto básico Exportações dos 5 principais Grupo de Mercadorias, Paraná, 1997 a 2009 (R$ bilhões de 2009) Grupo de Mercadorias CEREAIS/LEG/OLEAG 6,4 5,5 6,2 5,8 8,4 12,5 11,5 12,1 6,9 6,0 6,8 12,0 6,4 SUÍNOS E AVES 0,5 0,6 1,0 1,0 1,6 2,4 2,4 2,9 3,5 2,5 2,8 4,7 2,7 PRODUTOS FLORESTAIS 1,3 1,3 2,4 2,6 2,8 4,4 4,1 5,1 4,1 3,6 2,9 3,5 1,7 CANA E SACARÍDEAS 0,4 0,5 0,6 0,5 0,8 0,9 0,8 0,7 0,8 1,4 1,1 2,1 1,5 AGRONEGÓCIOS ESPECIAIS 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,6 1,1 0,7 SUBTOTAL 8,7 7,9 10,3 10,0 13,8 20,5 19,0 21,1 15,6 13,8 14,3 23,4 13,0 PART (%) 79,9 80,4 85,8 86,4 88,8 89,4 89,0 88,6 87,6 87,3 87,6 87,6 88,8 AGRICULTURA 10,8 9,8 12,0 11,5 15,5 22,9 21,3 23,8 17,8 15,8 16,3 26,7 14,7 SOJA 5,5 4,3 4,7 5,0 5,9 9,2 8,0 8,2 5,2 3,6 3,9 7,9 5,0 PRODUTO BASICO 5,5 4,3 4,7 5,0 5,9 9,2 8,0 8,2 5,2 3,6 3,9 7,9 5,0 Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. Exportações do Paraná especializa-se em grãos ainda com reduzida agregação de valor. 71

72 Liderança dos cereais, leguminosas e oleaginosas nas exportações dos Outros Estados, com predominância da soja vendida como produto básico Exportações dos 5 principais Grupo de Mercadorias, Outros Estados, 1997 a 2009 (R$ bilhões de 2009) Grupo de Mercadorias CEREAIS/LEG/OLEAG 8,0 6,9 7,2 9,6 14,7 21,5 22,4 23,9 20,0 17,8 19,1 36,6 26,3 SUÍNOS E AVES 2,3 2,1 2,9 3,1 5,8 8,7 7,6 9,0 9,9 8,1 8,9 14,7 8,8 BOVÍDEOS - BOVINOS 5,0 4,8 6,5 7,7 9,4 12,4 9,8 10,2 10,1 11,8 11,2 15,8 8,6 PRODUTOS FLORESTAIS 5,9 5,9 9,2 11,3 11,0 16,1 14,7 15,0 13,3 12,7 11,6 15,3 8,2 CAFÉ E ESTIMULANTES 6,2 5,9 7,3 5,5 5,2 7,2 5,9 6,2 7,3 7,1 6,7 10,2 6,6 SUBTOTAL 27,4 25,6 33,0 37,2 46,0 65,8 60,3 64,2 60,5 57,6 57,4 92,6 58,4 PART (%) 73,3 72,0 73,8 74,1 74,2 74,9 75,6 75,2 74,9 76,0 76,9 78,5 77,8 AGRICULTURA 37,4 35,6 44,8 50,2 62,0 87,9 79,8 85,4 80,8 75,8 74,6 117,9 75,1 SOJA 6,8 5,5 5,8 8,6 12,7 18,6 19,0 19,8 17,2 15,4 14,4 28,5 22,1 PRODUTO BASICO 6,8 5,5 5,7 8,5 12,6 18,5 18,9 19,7 17,1 15,4 14,4 28,4 22,1 Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. Cada produto origina-se de regiões que se especializaram na sua produção e logística, formando um mosaico de especializações regionais 72

73 As diferenças estruturais de desenvolvimento da agricultura ensejam a necessidade de compatibilizar a estratégia nacional (global) com as prioridades territoriais; O território é a unidade relevante porque nesse padrão agrário supera-se o arcaico conceito de diversificação para promover a existência da especialização regional, formando o imenso mosaico de oportunidades das diversas dimensões territoriais; Noutras palavras, inseridos no movimento global, os territórios com agropecuárias especializadas têm complementaridades e singularidades que lhes conferem especificidades, que devam ser consideradas nas políticas públicas para a agricultura; NA VISÃO DE TERRITORIALIDADE, IDENTIFICAR E ATUAR SOBRE AS DIFERENÇAS CONSISTE NUMA APOSTA DE QUE SE PODE TRANSFORMÁ-LAS EM OPORTUNIDADES, IMPEDINDO QUE EVOLUAM PARA DESIGUALDADES 73

74 MÓDULO 10 AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO: QUAIS AS TENDÊNCIAS FUTURAS? 74

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