RECICLAGEM VERSUS INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS DE EMBALAGENS: REVISÃO DA LITERATURA E POLÍTICAS EM PORTUGAL
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1 as RECICLAGEM VERSUS INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS DE EMBALAGENS: REVISÃO DA LITERATURA E POLÍTICAS EM PORTUGAL Porto, 25 Outubro 2011 Rui Cunha Marques Nuno Cruz Sandra Ferreira Tânia Correia Marta Cabral
2 Enquadramento EIMPack: Economic Impact of the Packaging and Packaging Waste Directive (Impacto Económico da Directiva das Embalagens e Resíduos de Embalagens) Instituição Preponente Instituto Superior Técnico Universidade Técnica de Lisboa (IST/UTL) Unidade de Investigação Centro de Estudos de Gestão, IST Instituições participantes Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos Agência Portuguesa do Ambiente Universidade de Barcelona Universidade da Florida Investigador Responsável Rui Cunha Marques 2
3 Enquadramento EIMPack: Economic Impact of the Packaging and Packaging Waste Directive (Impacto Económico da Directiva das Embalagens e Resíduos de Embalagens) Objectivos Estudar a distribuição dos custos de gestão entre os vários intervenientes na cadeia de valor; Determinar a taxa económica de retorno de protecção ambiental através de uma análise custo-benefício. 3
4 Estrutura Revisão da Literatura Situação Nacional Metodologia Resultados Preliminares Hierarquização dos resíduos Metas impostas pela directiva Estudos mais relevantes Análise económica Análise ambiental Conclusões 4
5 REVISÃO DA LITERATURA
6 Directiva 94/62/CE Hierarquia dos Resíduos (Directiva 75/442/CEE de 15 Julho sobre os resíduos) Prevenção Reutilização Reciclagem/compostagem Valorização energética Deposição em aterro Sustentabilidade 6
7 Directiva 94/62/CE Hierarquia dos Resíduos (Directiva 75/442/CEE de 15 Julho sobre os resíduos) Metas de Reciclagem e Valorização (% em peso) Metas Valorização Reciclagem Vidro Plástico Directiva 94/62/CE (para 2001) Directiva 2004/12/CE (para 2008) Papel/ cartão Metal Madeira 50 a a a ,
8 Directiva 94/62/CE Especificidades 2011 Metas Directiva 2004/12/CE (para 2008) França Reino Unido Alemanha Roménia Portugal Valorização (%) 60 65,2 65,5 94,8 40,7 66 Reciclagem (%) 55 a 80 55,2 61,5 70,5 33,5 61 Vidro (%) 60 62,7 61,3 82,2 34,7 51,8 Plástico (%) 22,5 22,5 23,7 47,3 15,5 19,1 Papel/Cartão (%) 60 86,9 79,7 87,7 61,6 87,8 Metal (%) 50 60,2 56,9 91,7 51,0 64,8 Madeira (%) 15 18,9 76,5 28,8 8,3 64,5 Fonte: Eurostat,
9 Reciclagem VERSUS Incineração Opção de tratamento preferível Produção de matérias-primas secundárias Redução dos impactos ambientais (quanto?) Depende da consciencialização e participação dos cidadãos Alternativa à deposição em aterro Menor volume e peso dos sub-produtos Diminuição na produção de lixiviados Processo rigorosamente controlado Sistema Integrado Usa energia no processo Produz energia 9
10 Reciclagem VERSUS Incineração RCD & Pira, 2003 Custos sociais = custos financeiros + externalidades Materiais de embalagem Taxas de reciclagem alcançáveis (%) Baixa densidade populacional Elevada densidade populacional Aterro Incineração Aterro Incineração PET Aço Alumínio Papel/Cartão ECAL Plásticos mistos
11 Reciclagem VERSUS Incineração Walker et al., 2004 Integração das estratégias de gestão vs deposição em aterro Custos financeiros Benefícios ambientais 11
12 Reciclagem VERSUS Incineração Massaruto et al., % de separação Nível crítico de reciclagem Custos financeiros Benefícios ambientais 12
13 SITUAÇÃO NACIONAL
14 Em Portugal Decreto-lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva 94/62/CE Decreto-lei n.º 407/98, de 21 de Dezembro, que estabelece as regras respeitantes aos requisitos essenciais da composição das embalagens Decreto-lei n.º 92/2006, de 25 de Maio, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva 2004/12/CE Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro, que aprova o Regulamento de Funcionamento do Sistema Integrado do Registo Electrónico de Resíduos 14
15 Em Portugal No final dos anos 90 Erradicação das lixeiras Constituição da Sociedade Ponto Verde Criação de Sistemas Multimunicipais e Intermunicipais Recolha selectiva multimaterial Infra-estruturas de valorização energética (incineração) 15
16 Evolução da taxa de reciclagem de valorização 16
17 METODOLOGIA
18 Análise Custo-Benefício Análise económica Análise ambiental Custos Proveitos Análise do ciclo de vida Valoração monetária 18
19 Análise Económica % de grau de recuperação de custos (GRC) Custo de oportunidade (com o desvio do circuito da recolha indiferenciada, tratamento e destino final) Subsídios de investimento afectos às actividades de recolha selectiva e triagem Outros proveitos operacionais (venda de madeira e papel/cartão não embalagem) % de margem de cobertura financeira de custos (MCF) Remuneração capital (próprio e alheio) empregue no financiamento dos activos fixos afectos às actividades de recolha selectiva e triagem Amortizações dos activos fixos afectos às actividades de recolha selectiva e triagem Proveitos da retoma dos materiais (contrapartidas pagas pela Sociedade Ponto Verde) Custos de exploração incorridos com as actividades de recolha selectiva e triagem /tonelada retomada Proveitos Custos 19
20 RESULTADOS PRELIMINARES E CONCLUSÕES
21 Reciclagem versus Incineração 350,00 /tonelada retomada /tonelada incinerada 114% 100,00 300,00 113,48 18,75 250,00 75% 56,40 80,00 200,00 14,79 7,51 60,00 24,70 133% 150,00 100,00 199,80 219,76 40,00 11,20 88% 5,47 23,34 50,00 20,00 38,29 27,14 0,00 0,00 Custo de oportunidade Subsídio de investimento Outros proveitos Proveitos SPV Remuneração capital empregue Amortizações Custos de exploração Custo de oportunidade Subsídio de investimento Proveitos energia Remuneração capital empregue Amortizações Custos de exploração 21
22 Reciclagem Influência da densidade populacional 350,00 < 250 hab/km 2 > 250 hab/km 2 400,00 300,00 250,00 200,00 120,30 98% 58% 12,56 31,22 350,00 300,00 250,00 133% 111,91 15,62 91% 17,59 5,29 52,26 3,33 12,99 200,00 150,00 261,79 150,00 100,00 161,96 100,00 219,14 198,89 50,00 50,00 0,00 /tonelada retomada Custo de oportunidade Subsídio de investimento Outros proveitos Proveitos SPV 0,00 Remuneração capital empregue Amortizações Custos de exploração 22
23 Primeiras conclusões Amostra inicial pouco representativa Caracterização dos resíduos incinerados (diferenciação do poder calorífico dos materiais recicláveis) Análise custo-benefício por tipo de material e por opção de tratamento Valoração dos impactos ambientais é fundamental Densidade populacional influencia o equilíbrio económico-financeiro das entidades gestoras 23
24 Obrigada pela atenção! Visite o nosso site em: 24
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