Assim, e para o ano vindouro, serão estas as nossas linhas orientadoras:

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2 INTRODUÇÃO 2014, o ano que se avizinha e prenuncia o reforço da austeridade imposta pelas Troikas, nacional e estrangeira, que se traduz em cortes nos salários, nas reformas, nas pensões e nos suplementos; em aumentos na carga fiscal, nos descontos para a ADSE e no horário de trabalho, o que para além de representar menos tempo para a família, lazer e descanso significa também o embaratecimento da mão-de-obra. Para o próximo ano não se adivinha um abrandamento na espoliação do erário público. Os cortes previstos no O.E nas várias funções do estado, com o suposto intuito de alcançar o sonho do défice ideal, são inadmissíveis porquanto lesam os mais elementares direitos dos cidadãos e atropelam reiteradamente a Constituição da República Portuguesa; acresce ainda que esta poupança/matança resulta em posteriores apoios ao grande capital, nomeadamente através de selváticas privatizações. A privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e dos CTT Correios de Portugal, por parte deste Governo, são exemplos de mais um desvio (mais um!) de bens que pertencem a todos para os bolsos de alguns. Este Governo PSD/CDS-PP há muito perdeu a legitimidade para governar; aliás, e como é do conhecimento comum, o termo irrevogável adquiriu um novo significado para Paulo Portas e Passos Coelho: abandono do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e assumpção a Vice Primeiro-Ministro e é neste novo papel que Paulo Portas chama a si a produção/direcção/realização do Guião para a Reforma do Estado, que não é mais do que a destruição completa do Estado Social. É imperioso contrariar este cenário que nos apresentam, e se vem repetindo e agravando; para isso e nunca será demais, deixamos aqui um excerto da Introdução do ano transacto: Para tal, é necessário e imperioso ter um Sindicato coeso e forte, onde TODOS dirigentes, delegados, funcionários e colaboradores -, vistam uma única camisola a do STFPSN, e que TODOS se revejam e tenham honra em integrar este colectivo. Assim, e para o ano vindouro, serão estas as nossas linhas orientadoras: a) Continuar a aposta na Formação Sindical para Dirigentes, Delegados e Activistas Sindicais; b) Procurar diminuir a dessindicalização e reforçar a sindicalização; c) Aumentar e melhorar a rede de Activistas e Delegados Sindicais; d) Reforçar a prestação de serviços aos associados, com a realização de protocolos de várias áreas de serviços e na formação profissional; e) Continuação da oferta do seguro de saúde; f) Reforçar o trabalho sindical com vista a uma intensa participação nas iniciativas do Movimento Sindical e nos locais de trabalho. g) Exigir a nomeação de todos os trabalhadores da A.P.. Neste momento em que a conturbação social é grande e em crescendo, o papel do STFPSN assume relevante e também crescente importância, tornando-se imprescindível uma efectiva e sincera participação de todos no sentido de prosseguirmos os propósitos nos quais o Sindicato foi fundado: Servir os associados! 2

3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Abertura de concursos para integração de todos os trabalhadores não-docentes que terminaram os seus contratos, bem como os trabalhadores em situação precária tais como: CEI s e contratados a termo certo parcial. Definição de critérios para a mobilidade do pessoal não-docente dentro dos agrupamentos e autarquias. Abertura de concursos para Coordenadores de Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos. Lutar por carreiras específicas para os trabalhadores não-docentes das escolas públicas. Formação contínua do pessoal não-docente. Revogação da Portaria nº 1049-A/2008, de 16 de Setembro (Portaria de rácios). MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE, DO EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL ISS-IP Abertura de procedimentos concursais para recrutamento de Trabalhadores em RCTFP acabando com o trabalho precário no ISS (os Contratos de Emprego e Inserção); Abertura de procedimentos concursais para Chefes de Equipa; 3

4 Continuamos a exigir do C.D. do ISS-IP uma resposta quanto ao futuro dos equipamentos sociais, não aceitando a entrega ao sector privado, nem qualquer tentativa de desrespeito pelos direitos dos seus trabalhadores; Fim da privatização de serviços dentro do ISS-IP; Cumprimento do ACEEP nº 9/2011; Lutar pela integração na carreira de Assistente Técnico das ex-ajudantes de Acção Sócio-Educativa, garantindo a sua especificidade técnica e funcional; Cumprimento dos horários de trabalho quanto aos períodos de atendimento/funcionamento. Instituições Particulares de Solidariedade Social e Misericórdias Continuamos a exigir a dignificação dos Salários dos trabalhadores das IPSS e Misericórdias. Continuaremos a exigir à C.N.I.S. o reconhecimento da carreira profissional de Director Técnico de Estabelecimento, garantindo a estes trabalhadores uma revalorização salarial e reconhecimento do seu conteúdo funcional; Continuaremos a negociação com a União das Misericórdias Portuguesas do ACT - Acordo Colectivo de Trabalho para ser aplicado aos Trabalhadores da Misericórdias; Instituto de Emprego e Formação Profissional Exigir ao CD do IEFP a correcta aplicação do SIADAP, repudiando qualquer atropelo à legislação visando penalizar, por essa via, os trabalhadores; Exigir a negociação de um AE com o IEFP; Regime de transição das carreiras do regime geral da AP e criação de carreiras específicas; Fim dos regulamentos internos unilaterais. Centros Protocolares Conclusão do Acordo de Empresa para o CICCOPN - Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte, contemplando direitos, salários e carreiras que traduzam as expectativas dos trabalhadores; Intentaremos propostas de negociações com outros Centros, para obter Acordos de Empresa que garantam os direitos dos trabalhadores de forma inequívoca; 4

5 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Instituto da Mobilidade e dos Transportes No quadro da reforma do Estado que o Governo pretende impor, caracterizado pela desconfiguração constitucional da Administração Pública, de destruição das funções sociais do Estado e de redução drástica do número de trabalhadores, importa acompanhar os processos relativos à reestruturação, fusão e extinção de serviços e aplicação da legislação sobre requalificação/despedimento, nomeadamente, na Entidade Regional de Turismo do Norte, no Instituto da Mobilidade e Transportes, IP. PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Secretaria de Estado da Cultura Conclusão do processo negocial do ACEEP para a Cultura; Aplicação da legislação sobre higiene e segurança no trabalho; Exigir a imediata negociação dum ACT para os trabalhadores do CPF Centro Português de Fotografia; Situação dos CEI s, acabando com o uso abusivo deste tipo de contratos; MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA Acompanhamento dos diversos Serviços tendo em conta a salvaguarda dos direitos, e a não identificação de quaisquer trabalhadores no âmbito da mobilidade especial, designadamente, no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, cuja tutela cabe simultaneamente ao MAOTE e ao MAM. 5

6 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Autoridade Tributária e Aduaneira A negociação, sobre o processo das carreiras e remunerações, tendo em conta a especificidade do sector fiscal e aduaneiro, sem destruição dos direitos e manutenção do sistema remuneratório, com a integração dos suplementos remuneratórios; Conservação da especificidade da intervenção da Autoridade Tributária e Aduaneira na gestão e controlo da fronteira externa da União Europeia e na regulação do comércio internacional por ela promovida e com os princípios do direito aduaneiro comunitário; Por um SIADAP adequado às funções da Autoridade Tributária e Aduaneira, que valorize os seus profissionais, em respeito pelas mais elementares regras da gestão de recursos humanos; Exigir a negociação dum regulamento de mobilidade interna; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR DGAV Exigência da Direcção Regional do Norte da Direcção Geral de Veterinária o cumprimento da legislação em vigor e o respeito pelos direitos dos trabalhadores, acabando duma vez por todas com práticas ilegais e um clima de terror, a roçar a escravatura, no que toca a horários de trabalho, pagamento do trabalho nocturno, pagamento de ajudas de custo bem como a regularização do trabalho precário; Acompanhamento do processo de reestruturação dos serviços desconcentrados do MAM, designadamente, das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas, dos serviços regionais da DGAV, do ICNF e do LNIV. 6

7 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Exigimos o acompanhamento do processo reivindicativo dos trabalhadores dos serviços e organismos do Ministério da Justiça, consubstanciado no Caderno Reivindicativo, já entregue à Ministra da Justiça e cuja negociação se exige. MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Alargamento do quadro de pessoal da carreira de investigação e fiscalização; Implementação do piquete e respectivos subsídios de forma a dar resposta a outras instituições públicas; Formação contínua aos funcionários; Regulamento de horários de trabalho; Revisão de regulamento de colocações; Criação de condições dignas de trabalho nas fronteiras. Guardas Florestais - SEPNA/GNR Acompanhamento do processo reivindicativo dos Guardas Florestais. O MAI ainda não procedeu à abertura das negociações da Proposta Reivindicativa entregue em Abril passado, reafirmando-se, como aspectos principais: Definição inequívoca dos Guardas Florestais como orgão de polícia criminal e a sua inclusão na lei orgânica da Guarda Nacional Republicana; Revogação da parte final do nº 3 do Artº 5º, do Decreto-Lei nº 22/2006, de 2 de Fevereiro, que estabelece a extinção da carreira à medida que vagarem os lugares; Abertura de concursos de promoção para mestre-florestal e mestre-florestal principal. 7

8 Atribuição aos Guardas Florestais dos suplementos de exercício de funções em força de segurança, de patrulha, de escala e especial de serviço ; Reformulação do uniforme e revisão do respectivo regulamento; A aplicação aos Guardas Florestais do normativo legal em vigor, referente à isenção de licença de uso e porte de arma, aplicável aos outros agentes das forças de segurança; A atribuição aos guardas florestais do passe social, para utilização em transporte público, nas condições fixadas para os militares da GNR; A possibilidade de obtenção da carta de condução de viaturas, na escola de condução da GNR. Polícia Municipal Acompanhamento do processo reivindicativo, desencadeado no ano de 2013, com a apresentação de um Caderno Reivindicativo ao MAI, para a resolução de um conjunto de problemas de ordem profissional e laboral, de que se destacam a clarificação do Estatuto da Polícia Municipal, a reestruturação da carreira e a clarificação da cadeia hierárquica nas polícias municipais. MINISTÉRIO DA SAÚDE Exigimos, como trabalhadores e como utentes, uma maior fiscalização quanto às decisões tomadas, tendo em conta a realidade do Serviço Nacional de Saúde criado pelas políticas do actual governo PSD/CDS-PP que conduziram à entrega dos equipamentos públicos ao sector privado, O fim do processo de privatizações dos serviços e dos vínculos laborais, A aplicação do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas para todos os trabalhadores em Regime de Contrato Individual de Trabalho, A reorganização dos actuais Agrupamentos de Centros de Saúde considerando os interesses das populações e dos trabalhadores dos Centros de Saúde, O fim das diferenças de remunerações entre as USF s de tipo A B e que o modelo de incentivos seja aplicado a todos os trabalhadores, bem como impedir a criação de USF s tipo C que, de acordo com a legislação o Governo quer entregar a entidades estranhas aos Centros de Saúde, Aplicação do Decreto-Lei nº 503/99, aos trabalhadores das EPE s. 8

9 A resolução de todos os casos de trabalho precário, Exigir a aplicação da lei quanto ao abono para falhas, A criação da Carreira de Técnico Auxiliar de Saúde (antigas carreiras dos Serviços Gerais da Saúde), A criação de carreiras especiais em diversas áreas do INEM, Um Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública para a ARS/Norte a fim de resolver diversos conflitos em sede de horários de trabalho, nomeadamente nos Centros de Saúde, Reabertura das negociações do Acordo Colectivo de Trabalho para os trabalhadores das EPE s do SNS, Caderno Reivindicativo do sector. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL Acompanhamento do processo de reestruturação dos serviços departamentais das Forças Armadas que poderá resultar na redução de mais de 30% dos trabalhadores civis dos mesmos, através da requalificação. 9

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