DECRETO N 6611de 10 de Setembro de 2015.
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1 DECRETO N 6611de 10 de Setembro de Ementa: Estabelece medidas administrativas de racionalização, controle orçamentário e contenção de despesas no que se refere aos gastos com pessoal no âmbito da Administração Municipal de Coaraci, e dá outras providências. A PREFEITA MUNICIPAL DE COARACI, Estado da Bahia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal - LOM, e tendo em vista o que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal - LC n 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de Finanças Públicas relativas à responsabilidade na Gestão Fiscal e o superior interesse público, e CONSIDERANDOque em decorrência da crise econômica e do ajuste fiscal em curso do Governo Federal, o Brasil vive um momento de dificuldades, de cortes de despesas, paralisação de obras e redução de serviços e de um provável aumento de impostos, cujos reflexos atingem as finanças municipais por meio do decréscimo de receitas pela redução na arrecadação dos impostos federais, estaduais e municipais, quadro que se agrava se, por outro lado, mantidas as despesas nos níveis atuais, com reflexos orçamentários inevitáveis, a comprometer, destarte, a execução de diversas políticas voltadas a acudir a comunidade assistida; ; CONSIDERANDOque as medidas, mesmo aquelas de pequeno impacto, serão de fundamental importância para adequação à nova realidade financeira e orçamentária do Município e para atingir os objetivos previstos no presente ato; CONSIDERANDOa necessidade de manter o equilíbrio econômicofinanceiro do Município e de ajuste do fluxo de gastos com o pessoal, nos moldes dos artigos 22 e 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme orientação da Consultoria Técnica da Administração, e nesse caso compete ao Executivo limitar os gastos públicos, bem como executar um rígido controle dos mesmos com exceção das despesas obrigatórias de caráter continuado, previstas em Lei; CONSIDERANDOque o atual cenário financeiro do município acaretará o descumprimento das disposições contidas no art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal ao longo da gestão, implicando na impossibilidade do cumprimentos das obrigações com fornecedores e com a folha de pagamento, levando a administração ao descredito; CONSIDERANDOque através das notificações mensais do ano de 2015, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia cientificou que esse Ente Público Municipal, no mes de Março/2015 (ultimo mes de notificação),ultrapassou
2 o limite definido no art. 20, III da Lei Federalnº 101/2000 Lei de Responsabilidade Fiscal, com despesas com pessoal, com índice de 59,18%, enquanto não poderia ultrapassar o índice de 54%; CONSIDERANDO que a administração pública municipal já enxugou seus quadros, limitando a contratação de temporários, possuindo quadro de servidores efetivos, e que a obediência ao índice de gastos com pessoal sofre alteração intertemporal em razão da redução da arrecadação e das receitas como o Fundo de Participação dos Municípios, atingido pela crise nacional e queda da atividade econômica; CONSIDERANDOa necessidade de adoção de medidas de caráter preventivo, de modo a evitar a prática de atos lesivos ao patrimônio público, evitando a suspensão dos repasses federais e estaduais, nos moldes previstos no art. 169, 2º da Constituição Federal; CONSIDERANDO que o 1º do artigo 5º da Lei Federal nº /00, além depenalidades institucionais, prevê a aplicação de multa equivalente a 30% (trinta porcento) dos subsídios anuais do Gestor, na hipótese de omissão na execução de medidaspara a redução de eventuais excessos e que a reincidência omissiva poderá repercutir negativamenteno mérito das contas; CONSIDERANDO finalmente a necessidade de manter a responsabilidade na gestão fiscal do Município, que se dá, entre outras ações, com o equilíbrio entre a receita e a despesa públicas, DECRETA: Art.1º.Ficam instituidas as medidasdeste Decreto, lastreadas na racionalização,controle orçamentário e contenção de despesas no que se refere aos gastos com pessoal no âmbito da Administração Municipal de Coaraci. Parágrafo único - Excetuam-se no disposto neste artigo os gastos com despesas cuja receita seja oriunda de Convênio. Art. 2º. Ficam reduzidos, pelo período de um ano, os subsídios mensais atribuídos aos cargos de Prefeito, VicePrefeito e Secretários Municipais com redução de 20% (vinte por cento), respeitado o inciso IV do art. 7º da Constituição Federal e mediante termo de autorização de desconto. Parágrafo Primeiro -O período acima declinado poderá ser reduzido ou prorrogado, de forma fundamentada, tendo em vista o comportamento dos índices legais. Parágrafo Segundo -Fica concedido prazo de 7(sete) dias a partir da publicação deste
3 decreto para que servidores ou agentes políticos discordantes dos fundamentos do mesmo, apresentem contrarazões jurídicas a serem apresentadas na Procuradoria do Município, visando a preservação de seu mais amplo contraditório. Art.3º. Ficam estabelecidas, por um ano as seguintes medidas administrativas básicas para racionalização, controle orçamentário e contenção de despesas no que se refere aos gastos com pessoal. I - Suspensão de pagamento de ajuda de custo, hora extra, extensão de carga horária e dos seguintes adicionais: noturno, exceto os que ensejam situações emergenciais de risco ou de prejuizo para a sociedade nos termos do art. 4 deste Decreto, bem como as concedidas pela via judicial; II Extensão de Carga horária em período de recesso escolar, bem como em situações onde não haja a correta caracterização de interesse público para tal concessão, especialmente quando tal concessão não atenda aos requisitos previstos em Lei Municipal; III - Proibição de concessão de gratificações; IV- Suspensão da concessão de falta abonada onde houver necessidade de contratação de pessoal em substituição; V Proibição de pagamento de indenização ao servidor de férias não gozadas, salvo por determinação judicial; VI concessão de licença remunerada para tratar de interesses particulares, quando estas implicarem em nomeações ou contratações temporárias para substituição do servidor afastado; VII - concessão de férias ou pagamento de 1/3 de férias, considerando que as férias podem ser concedidas até um ano após a aquisição do direito de gozo pelo servidor; VIII - cessão de servidores com ônus para o município, para órgãos federais, estaduais e municipais, bem como para representantes de órgãos sindicais; IX concessão de licenças-prêmio, considerando que as licençasprêmio dos servidores que preencheram os requisitos podem ser gozadas a qualquer tempo até a data da aposentadoria; X - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação para mais de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial;
4 Art.4º. Suspensão de contratação a qualquer título, que acarrete aumento da despesa com pessoal, nos quadrimestres subsequentes a edição deste decreto, salvo nos casos previstos em Lei de excepcional necessidade pública; Art.5º. As medidas tomadas nos artigos 2 e 3 poderão ser prorrogadas até a adequação do total de despesas com pessoal, podendo ainda a administração adotar as demais instituidas nos 2º e 3º do artigo 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Art.6º.Caso haja necessidade, a Prefeita Municipal por ato administrativo poderá fazer qualquer concessão suspensa nos artigos 2 e 3, para o bom andamento do serviço público, devidamente fundamentada e motivadapelas secretarias. Art.7º.Para o alcance dos objetivos propostos neste Decreto devem os Secretários Municipais: a) zelar pelo cumprimento destas medidas; b) executar as ações programadas em sua área de atuação; c) apresentar proposta de ajuste das despesas com pessoal de cada órgão da Administração Municipal, dentro do limite estabelecido pelo artigo 22 da Lei Complementar nº 101/2000. Art.8º.Cabe à Secretaria de Saúde, mesmo com as reduções das contratações aqui previstas zelarcumprimento das normas emanadas do art. 196 da C.F e do art 2ª da Lei nº 8.080/90, devendo manter somente as contratações de servidores abaixo que visem a garantia do acesso à Saúde pela população: Art.9º.Visando a concretização das disposições constantes na LOAS, Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), de 1998, e das Normas Operacionais Básicas NOB/97 e NOB/98, deve a Secretaria de Assistência Social manter contratações de servidores, que asseguram os direitos à cidadânia mediante a continuidade dos serviços socioassistencias de Proteção Social Básica e Especial. Art. 10º. Todos os Secretários Municipais deverão repactuar os contratos em suas respectivas pastas, em ordem a reduzir as obrigações do Município em no mínimo 20% (vinte por cento). Art. 11. Fica estabelecido que a partir de segunda-feira, dia 14 de setembro, a Prefeitura Municipal de Coaraci passará a funcionar das 08h às 13h de segunda a sexta-feira.
5 Parágrafo único. Excetuam-se do cumprimento do horário definido no caput do artigo, as Secretarias Municipais de Administração, da Saúde, Assistência Social e de Obras, cujos titulares estão autorizados a promover as adequações necessárias nos horários de expediente, dado as especificidades de cada secretaria Art.12. Os casos omissos no presente ato serão resolvidos pela Chefe do Poder Executivo, mediante parecer da Procuradoria Jurídica do Município. Art. 13.Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário., em 10 de Setembrode 2015 JOSEFINA MARIA CASTRO DOS SANTOS Prefeita
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