Política Agrícola Comum Medidas Agro-ambientais

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1 Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Políticas do Ambiente 2ºsemestre 2008/2009 Política Agrícola Comum Medidas Agro-ambientais Patrícia Ramos nº53367 Ana Rita Morais nº53368 Maio 2009

2 Índice A agricultura na União Europeia... 2 A agricultura e as principais questões ambientais... 2 Alterações climáticas... 2 A poluição por nitratos e pesticidas... 3 Protecção do solo... 4 Gestão da água... 5 Conservação da biodiversidade... 5 A PAC original... 6 Introdução de medidas ambientais... 6 Pagamentos... 7 Condicionalidade... 7 Modulação... 7 Zonas desfavorecidas e regiões com condicionantes ambientais... 8 Zonas florestais... 8 Princípios básicos das medidas agro-ambientais... 8 As medidas e os seus objectivos... 9 Medidas relacionadas com a gestão de terras produtivas... 9 Medidas relacionadas com a gestão de terras não produtivas Programação das medidas Medição da eficácia das medidas ambientais Custos Anexos Bibliografia

3 A agricultura na União Europeia A União Europeia (UE) tem cerca de metade da sua área ocupada por terrenos agrícolas. Esta actividade criou paisagens semi-naturais, que constituem habitats de muitas espécies, quer animais quer de plantas, fortemente dependentes da agricultura e das práticas agrícolas. É também uma actividade com um peso económico significativo, principalmente nos meios rurais. A sua importância levou à criação de uma política própria, a Política Agrícola Comum (PAC), que tinha como objectivo inicial, entre outros, a auto-suficiência alimentar. Estando associada directamente ao meio ambiente, a agricultura pode ter efeitos negativos preocupantes, ou seja, a contaminação de águas, a erosão do solo e a produção de gases com efeito de estufa, que estão ligados à sobrexploração agrícola, mas também ao abandono das terras. Com o surgimento de preocupações deste género, realizaram-se algumas reformas à PAC, onde introduziram medidas ambientais, com o objectivo de diminuir os impactos negativos da actividade agrícola, respeitando o conceito de desenvolvimento sustentável. A agricultura e as principais questões ambientais Alterações climáticas Embora a agricultura possa estar associada a problemas relacionados com os gases com efeito de estufa, também pode conter soluções para os desafios encarados pela UE relativamente às alterações climáticas. O programa europeu para as alterações climáticas tiveram inicio pela Comissão em Março de em que recomenda as medidas a aplicar pela UE, tendo em vista o compromisso assumido no âmbito do Protocolo de Quioto, de reduzir cerca de 8% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até As três principais fontes de emissão de GEE de origem agrícola são: i. Emissões de N 2 O (óxido nitroso) provenientes dos solos devido às fertilizações azotadas; ii. Emissões de CH 4 (metano) provenientes da fermentação intestinal: 41% da totalidade das emissões de metano na UE provêm da agricultura; iii. Emissões de CH 4 e N 2 O provenientes dos dejectos animais. De forma a solucionar os problemas dos GEE e também aproveitando a agricultura para solucionar outros problemas, os grupos de trabalho da Comissão sobre a agricultura e sumidouros de carbono, ou seja ligados aos solos agrícolas e às florestas, estudaram algumas medidas, tais como: i. Incentivo ao uso de fertilizantes mais eficientes a fim de reduzir a sua utilização global, tendo este processo sido iniciado no âmbito da directiva relativa aos nitratos 2 ; ii. Compostagem e melhoramento dos sistemas de digestão anaeróbia, para valorizar os resíduos biodegradáveis; 1 COM (2000). 2 Directiva 91/676/CE do Conselho de 12 de Dezembro de 1991 (JO L 375 de ). 2

4 iii. Realçar a produção de biomassa, nas mobilizações de conservação e na agricultura biológica; A progressão da biomassa agrícola, renovável, poderá contribuir para uma redução das emissões da energia e dos transportes, favorecendo ao mesmo tempo o sector agrícola. São já produzidas culturas energéticas em terras em pousio, mas foram ponderadas medidas adicionais, tendo a reforma da PAC de 2003 introduzido um sistema de «créditos de carbono» que dá origem a incentivos financeiros aos agricultores para produção de biomassa. A poluição por nitratos e pesticidas A directiva da UE relativa aos nitratos foi seguida a partir de 1991com dois objectivos principais: reduzir a poluição das águas causada ou induzida por nitratos de origem agrícola e impedir a propagação dessa poluição. A gestão desta directiva compete aos Estados-Membros e envolve o controlo da qualidade da água em relação com a agricultura, a designação de zonas vulneráveis aos nitratos, a elaboração voluntaria de códigos de boas práticas agrícolas de medidas obrigatórias a aplicar no âmbito de programas de acção para as zonas vulneráveis aos nitratos. Para estas zonas, a directiva estabelece um limite máximo de azoto que pode ser aplicado por hectare através do estrume animal, sendo 170 kg N/ha por ano. As zonas vulneráveis aos nitratos ocupam cerca de 37% da superfície total da UE dos 15 (ver mapa 1 em anexo). A aplicação da directiva pelos Estados-Membros é um processo complexo visto que até agora apenas uma minoria a aplicou plenamente, o que fez com que a Comissão desenvolvesse procedimentos de maneira a combater estas infracções. A ligação entre as boas práticas agrícolas e o respeito de disposições ambientais em vigor, contribui de algum modo para uma melhor aplicação por parte dos Estados-Membros. Com a reforma da PAC de 2003, o respeito de requisitos legais decorrentes da aplicação da directiva relativa aos nitratos integrase no âmbito das medidas de condicionalidade reforçadas. De um modo geral, os programas de acção nos códigos de boas práticas agrícolas devem envolver medidas obrigatórias relativamente: aos períodos em que é proibida a aplicação de determinados tipos de fertilizantes, à capacidade dos depósitos de estrume animal e às limitações de aplicação de fertilizantes (em terrenos de forte declive, em terrenos saturados de água, inundados, gelados ou cobertos de neve e nas proximidades de cursos de água). Os pesticidas utilizados na agricultura, que se designam fitofarmacêuticos, permitem proteger as plantas de parasitas de uma maneira eficaz e são extensamente utilizados devido aos seus benefícios económicos porque combatem as pragas das culturas, melhorando os seus rendimentos de maneira a garantir a qualidade e os preços dos produtos. Em contrapartida, a maior parte destes pesticidas têm na sua constituição propriedades que podem vir a prejudicar a saúde humana e o ambiente quando não são devidamente utilizados. De um modo geral a saúde quer humana quer animal pode ser afectada devido à exposição directa ou indirecta, nomeadamente através dos seus resíduos nos produtos agrícolas e na água potável ou da exposição de pessoas ou animais aquando da sua pulverização. O solo e a água também 3

5 podem ser afectados durante a pulverização, a dispersão dos pesticidas no solo e o escorrimento durante ou após a limpeza do equipamento ou da eliminação não controlada. A UE pretendeu regulamentar a sua aplicação, com o objectivo de minimizar os impactes negativos sobre o meio ambiente e informar o público sobre como os usar e os problemas a eles associados. A regulamentação existente baseia-se na colocação dos pesticidas e produtos biocidas no mercado, na fixação de teores máximos de resíduos alimentares e na protecção da qualidade da água em relação aos pesticidas. Em relação à água, existe uma Directiva-quadro 3,que prevê um enquadramento para a avaliação, monitorização e gestão de todas as águas de superfície e subterrâneas com base no seu estado ecológico e químico, com o objectivo de reduzir ou eliminar as emissões, descargas e fugas de elementos perigosos para as águas subterrâneas. A existência de medidas agro-ambientais de apoio permite que os agricultores se comprometam a registar e reduzir a utilização de pesticidas para proteger o solo, água, ar e a biodiversidade, utilizando técnicas para uma gestão integrada das pragas e vocacionando-se mais para a agricultura biológica. Com a reforma da PAC de 2003 passou haver um respeito de requisitos legais resultantes da aplicação do regulamento comunitário relativo à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado. Protecção do solo A degradação do solo pode ter origem em vários processos tais como a desertificação, a erosão, a diminuição acentuada do teor de matéria orgânica, contaminações por elementos perigosos, a impermeabilização e a compactação, podendo levar à diminuição parcial ou total da biodiversidade assim como a redução das funções do solo. Esta degradação pode ter origem em más práticas agrícolas com uma fertilização inadequada assim como no uso excessivo de pesticidas, sobrepastoreio ou ainda do abandono dos solos ou de certas práticas agrícolas. Um bom exemplo para a conservação do solo é o do caso das culturas arvenses em que existe sistemas de abandonos tradicionais associado à plantação de leguminosas que permite reconstituir o teor em matéria orgânica do solo. Com as medidas agro-ambientais, prevê-se um melhoramento na protecção dos solos na medida em que se combate o que anteriormente foi dito sobre os processos de degradação, incluindo também o apoio à agricultura biológica, à mobilização para a protecção e conservação, gestão de sistemas de pastagens extensivos, assim como a utilização de composto certificado. Na reforma da PAC de 2003 foi incluído o respeito de normas de boas práticas agrícolas e de condições ambientais relativamente à protecção dos solos contra a erosão e à conservação da matéria orgânica e da estrutura dos solos. 3 Directiva 2000/60/CE do Conselho e do Parlamento Europeu de 23 de Outubro de 2000 (JO L 327 de ). 4

6 Gestão da água A utilização de recursos hídricos na Europa em agricultura ocupa cerca de 30% dos recursos totais disponíveis, tendo o Sul um gasto de 60% e os países de Norte uma utilização que varia de 0 a 30 %. A utilização de água para irrigação está dependente de vários factores, nomeadamente o tipo de clima e cultura, características do solo e práticas de cultivo. Independentemente do fim a que se destina a utilização da água, a irrigação permite aumentar a produtividade das culturas assim como diminuir os riscos associados a épocas de secas, nunca esquecendo os impactes aliados à intensificação de produção agrícola permitida pela irrigação. Com o intuito de promover a utilização sustentável dos recursos hídricos, a Comissão a implementou «a tarifação como modo de reforçar a utilização sustentável dos recursos hídricos» 4, em 2000, de maneira a reflectir todos os diferentes tipos de custos aliados ao abastecimento e utilização de água. Este princípio assenta na Directiva-quadro sobre a água, que exige que os Estados-Membros, até 2010, incentivem as políticas de tarifação, por uma utilização eficiente dos recursos hídricos e que várias áreas económicas colaborem para a recuperação dos custos de serviços hídricos. Aliados às medidas de desenvolvimento rural, a PAC e os regimes agro-ambientais auxiliam investimentos com objectivo de melhorar as infra-estruturas de irrigação e permitem que os agricultores utilizem técnicas mais avançadas de maneira a diminuir a captação de volumes de água. Com a reforma da PAC de 2003, o respeito dos requisitos legais decorrentes da aplicação da directiva relativa às águas subterrâneas 5 integrou-se no âmbito da condicionalidade reforçada. Conservação da biodiversidade A preservação da biodiversidade é um factor importante para a agricultura sustentável a longo prazo. No âmbito da PAC, para reforçar a conservação da biodiversidade na agricultura, em Março de 2001, a Comissão a adoptou um plano de acção 6, lançado oficialmente pela UE em Este plano contempla medidas para a preservação da biodiversidade e um uso sustentável, como apoios aos métodos de produção extensivos, desenvolvimento de práticas agrícolas que tenham em conta a biodiversidade, gestão sustentável dos recursos naturais, incluindo os seus elementos lineares (sebes, corredores para os animais selvagens), acções para preservar raças de gado ou variedades de plantas locais ou ameaçadas e acções destinadas a conservar a agro-biodiversidade nos futuros Estados-Membros, tudo isto acompanhado de investigação, formação e educação. 4 COM (2000). 5 Directiva 80/68/CEE do Conselho relativa à protecção das águas subterrâneas contra a poluição causada por certas substâncias perigosas (JO L 20 de ) 6 COM (2001). 5

7 A PAC original A Política Agrícola Comum surgiu nos anos 50, como medida para reestruturar a actividade agrícola, que tinha sido devastada pela 2ª Guerra Mundial. Os seus principais objectivos eram assegurar o fornecimento de produtos alimentares à população europeia, viabilizando também o sector agrícola comunitário e tornar a Europa auto-suficiente. Esta política previa também a estabilização do mercado, não permitindo grandes variações de preço dos produtos alimentares. Estes objectivos seriam cumpridos através de medidas de apoio e subsídios à produção, de modo a que os níveis de produção fossem aumentados e os preços se mantivessem acessíveis aos consumidores, assegurando ao mesmo tempo rendimentos elevados aos produtores. Interessava a introdução das inovações tecnológicas e a formação profissional dos trabalhadores, de modo a actualizar esta actividade. Foram também prestados auxílios sob a forma de reformas antecipadas e benefícios a regiões mais desfavorecidas. Estas políticas atingiram os objectivos de auto-suficiência, na década de 80, mas tiveram outras consequências, resultado da relação directa entre os subsídios atribuídos e o nível de produção. Frequentemente, atingiam-se níveis de produção que excediam a procura, o que criou distorções nos mercados mundiais. Estes excedentes podiam ser armazenados ou eliminados, mas também podiam ser exportados, havendo subsídios para esta opção, que tinha o objectivo de não permitir uma queda dos preços. A sobreprodução e a exportação representavam custos elevados que eram suportados pelos Estados, logo, pelos contribuintes. Estas situações criaram uma imagem negativa dos produtores junto dos consumidores e contribuintes. Introdução de medidas ambientais As primeiras medidas ambientais introduzidas na agricultura datam dos anos 80, surgindo a par de uma tomada de consciência da necessidade de uma agricultura mais sustentável e são resultantes da iniciativa própria de alguns Estados-membros. Em 1985 foram introduzidas em regulamentos comunitários, mas de carácter opcional. A reforma MacSharry, de 1992, inclui pela primeira vez na PAC medidas de carácter ambiental, tais como a extensificação de produções de vegetais e da criação de bovinos e de ovinos, mas também a retirada de terras agrícolas e a exploração agrícola que tenha em conta aspectos ambientais, como a protecção de recursos naturais, de solos, da paisagem e da diversidade genética. Estas medidas estão incluídas no regulamento 2078/92, da então Comunidade Económica Europeia. Foram tomadas outras medidas, de carácter mais económico, como a imposição de limites à produção de alguns produtos, de forma a diminuir o excedente de produção, a redução dos preços garantidos para os cereais e a carne de bovino e o pagamento directo aos produtores. De notar que estas decisões foram precedidas de grande pressão internacional, por parte de países produtores afectados pela PAC original e a distorção dos mercados mundiais por ela provocados. 6

8 A reforma Agenda 2000 reorganiza a PAC em duas áreas: política de mercado e desenvolvimento sustentável. O regulamento 1257/99 obriga os Estados-membros a incluir medidas agro-ambientais, para a totalidade do território, nos planos de desenvolvimento rural. Têm também que redigir códigos de boas práticas agrícolas, a nível regional ou nacional, que se definem por práticas que um agricultor com bom senso praticaria na região em causa 7. Possibilita a concessão de apoios a agricultores que assumam um compromisso em prestar serviços ambientais, que sejam mais do que apenas boas práticas agrícolas. Em 2003, introduzem-se os pagamentos dissociados da produção, com o objectivo de diminuir a produção intensiva e diminuir os danos associados a esse tipo de produção. A condicionalidade e a modulação tornam-se obrigatórias e os agricultores são obrigados a manter os seus terrenos agrícolas em boas condições, quer agronómicas quer ambientais. Esta reforma está incluída nos regulamentos 1783/2003 e 1782/2003. Pagamentos Com o esquema de pagamento único, a maioria dos apoios directos passou a ser feito apenas num pagamento. Este sistema é um sistema dissociado da produção, não havendo relação directa entre a quantidade produzida e o montante a receber, com a excepção de alguns sectores, que poderiam ser abandonados. Para terem direito a esta ajuda, os agricultores são obrigados a manter as suas terras em boas condições agronómicas e ambientais. Os montantes pagos serão baseados em valores históricos de referência. Os Estados-Membros têm que criar reservas nacionais, a partir de uma redução dos pagamentos efectuados, que poderá ir até 3% do montante recebido e servirá para ajudar agricultores que se encontre em situações particularmente difíceis. As actividades agrícolas que sejam consideradas necessárias para a protecção e melhoramento ambiental têm direito a pagamentos de auxílio, nos quais os Estados-Membros podem utilizar até 10% do financiamento disponível. Condicionalidade A condicionalidade, que se tornou obrigatória com a reforma de 2003, refere-se ao princípio de que, para terem direito a ajudas, os agricultores têm que cumprir requisitos de protecção ambiental. O incumprimento desta condição é sancionável. Modulação Os Estados-Membros podem transferir uma parte dos pagamentos directos, como medida de apoio à política de mercado, para medidas agro-ambientais, aumentando assim 7 Agricultura e Ambiente,

9 o orçamento disponível para este fim. Esta medida foi introduzida inicialmente na Agenda 2000, como opcional, mas tornou-se obrigatória na reforma de Zonas desfavorecidas e regiões com condicionantes ambientais As zonas desfavorecidas são definidas como aquelas em que a produtividade agrícola é mais baixa, resultado das condições físicas e naturais locais. Para preservar a paisagem e os habitats importantes do ponto de vista ambiental, é necessário que as práticas agrícolas não sejam abandonadas nessas zonas. Para tal, a Agenda 2000 reforçou os pagamentos compensatórios, no quadro do desenvolvimento rural, que são concedidos não em função da produção, mas da área. Neste regulamento, estão associadas a estas zonas as zonas com condicionantes ambientais, que estão incluídas na rede NATURA Zonas florestais A Agenda 2000 reforçou os incentivos financeiros à arborização de terras agrícolas. Apoia também a melhoria das florestas, a protecção contra os incêndios florestais e a implantação de cortinas de abrigo, que têm um papel importante no combate à erosão do solo. As florestas têm um papel importante na paisagem e na biodiversidade, tal como na regularização climática e na compensação do efeito de estufa. Princípios básicos das medidas agro-ambientais Os princípios pelos quais as medidas se regem são os seguintes: i. As medidas são opcionais para os agricultores. Estes podem escolher assinar um contrato para prestar serviço ambiental. A natureza opcional das medidas tem como objectivo a cooperação e uma atitude positiva em relação ao ambiente, por parte dos agricultores, por oposição a medidas obrigatórias, que não têm esta vantagem. ii. As políticas são específicas de um sítio em particular, de acordo com as necessidades desse local, o que torna as medidas numa ferramenta altamente refinada para a integração ambiental. iii. A diversidade de medidas e situações ambientais, bem como o tempo que demoram algumas medidas a ser perceptíveis, requerem uma abordagem de monitorização e avaliação a longo prazo. iv. Os contratos agro-ambientais competem economicamente com usos do solo mais lucrativos, pelo que os níveis de pagamento devem ser tais que consigam atrair os agricultores, evitando a sobrecompensação. v. Os pagamentos só devem ser feitos a agricultores que cumpram boas práticas agrícolas, de modo a que se respeite o princípio do poluidor pagador. vi. Os Estados-membros têm um elevado grau de liberdade na implementação das medidas agro-ambientais, o que significa que questões institucionais e contextuais 8

10 vii. mais abrangentes têm uma grande influência na escolha dessas medidas e, consequentemente, na sua eficácia. Alguns factores são a qualidade das bases científicas que fundamentam as escolhas feitas, o grau de adequação das medidas para o sítio em questão, a formação dada aos agricultores e o cuidado com que os agricultores executam esses conhecimentos. Os pagamentos são aceites pela Organização Mundial do Comércio se se limitarem a cobrir as perdas de rendimento ou os custos extra associados à prática agrícola que inclua as medidas ambientais. As medidas e os seus objectivos Medidas relacionadas com a gestão de terras produtivas i. Redução de inputs. Inclui a redução de fertilizantes e pesticidas. Pode fazer parte de uma abordagem de agricultura integrada, podendo ser combinada com medidas de rotação. Esta medida pode também ser resultado de outras medidas, como a agricultura biológica. Tem como objectivo manter a qualidade da água e do solo e a riqueza na biodiversidade. ii. Agricultura biológica. Inclui um largo conjunto de medidas, como a redução de inputs, a rotação e a extensificação da produção. Os impactos esperados são melhorias na qualidade do solo e na biodiversidade e a preservação da qualidade da água. iii. Extensificação. Inclui os objectivos anteriores e também a preservação da paisagem. iv. Conversão da terra arável em pasto e rotação. Estas medidas podem aumentar quer a qualidade quer a quantidade da água, bem como a qualidade do solo, a biodiversidade e a paisagem. v. Colheitas cobertas e faixas de contorno 8. A primeira medida tem como objectivo a melhoria da qualidade da água, do solo e da biodiversidade. As faixas de contorno são positivas para a biodiversidade, a qualidade da água e na prevenção da erosão do solo. vi. Acções em áreas de interesse especial em biodiversidade/natureza. Incluem a protecção de ninhos e a redução de inputs. Poderão haver efeitos positivos na qualidade e quantidade da água. vii. Diversidade genética. Contempla a plantação de plantas indígenas na zona, em risco de ser substituídas por plantações agrícolas, bem como a preservação de plantas geneticamente adaptadas às condições locais, que podem estar em risco. Para além do impacto na diversidade genética, obtêm-se também impactos positivos na paisagem. viii. Manutenção de sistemas extensivos e sustentáveis já existentes. Os efeitos serão sobre a biodiversidade, paisagem e qualidade do solo e da água. ix. Paisagem agrícola. A manutenção de certos sistemas agrícolas origina paisagens características, tendo também efeitos na biodiversidade, que pode estar dependente desses sistemas agrícolas. x. Redução da água utilizada. O objectivo é preservar recursos hídricos, através da redução da irrigação e das perdas de água no solo. 8 Faixas de vegetação perene alternadas com faixas mais largas de terra cultivada. 9

11 Medidas relacionadas com a gestão de terras não produtivas i. Retirada de terras agrícolas. Esta medida deve ser acompanhada de gestão apropriada, uma vez que o simples abandono pode provocar danos ambientais. Os objectivos pretendidos estão relacionados com a biodiversidade, qualidade da água e erosão do solo. A implementação desta medida depende das características do local, podendo incluir grandes áreas ou pequenas zonas de terra não cultivada. ii. Manutenção de terras abandonadas, agrícolas ou florestais. Mantém certos habitats semi-agrícolas, de que dependem certas espécies animais e de plantas, mantendo a biodiversidade. Pode evitar incêndios que poriam em risco a biodiversidade e poderiam provocar erosão dos solos. iii. Manutenção de características paisagísticas e rurais. Pretende proteger características como vedações e muros de pedra, tal como árvores isoladas e lagoas. Pode ter efeitos na biodiversidade. iv. Acesso público. Permite o acesso do público a terras agrícolas de interesse ambiental. Programação das medidas As medidas agro-ambientais são estabelecidas pelos Estados-Membros ou Regiões e submetidas à Comissão para aprovação, como parte dos Planos de Desenvolvimento Rural. Poderá haver novas medidas ou correcções submetidas durante o período de programação. As propostas são examinadas em detalhe pela Comissão para verificar a sua conformidade com os Regulamentos. Poderá haver discussões entre os Estados-Membros e a Comissão, no sentido de melhorar as medidas propostas. As medidas podem ser implementadas depois de terem sido positivamente avaliadas pelo Comité de Estruturas Agrícolas e Desenvolvimento Rural (STAR). Medição da eficácia das medidas ambientais Com o objectivo de melhorar as condições ambientais a nível agrícola, a UE pretende desenvolver indicadores, ou seja, meios que avaliem as condições e permitam medir a sua eficácia de maneira a determinar as iniciativas necessárias para alcançar o objectivo maioritariamente a nível regional e local. Um exemplo difícil de avaliar é a ligação entre a gestão da água e a actividade agrícola devido à falta de dados, relativamente à drenagem e a secagem em zonas húmidas. A importância de indicadores ambientais foi salientada pelos concelhos europeus Cardiff e Viena (1998). Os indicadores ambientais possibilitam a transformação de dados físicos e monetários incidentes nas actividades humanas em informação auxiliar sobre o estado do ambiente de maneira a facilitar as decisões e ainda a compreensão de questões agro-ambientais complexas. De maneira a garantir informações significativas, os indicadores têm que reproduzir características específicas dos locais em estudo. 10

12 O desenvolvimento de indicadores agro-ambientais foi nomeado na comunicação «Indicadores da integração das preocupações de carácter ambiental na política agrícola comum» 9. Seguidamente fez-se a comunicação de Informação estatística necessária para os indicadores de acompanhamento da integração das preocupações de carácter ambiental na política agrícola comum» 10, que menciona as etapas necessárias para melhorar a compreensão e o acompanhamento do impacto das políticas aplicadas no ambiente e na biodiversidade das zonas agrícolas. Para melhorar, desenvolver e compilar os indicadores agro-ambientais identificados por essas duas comunicações ao nível geográfico adequado, foi lançado em Setembro de 2002 o projecto IRENA, acrónimo inglês de informação sobre os indicadores de integração das preocupações ambientais na política agrícola. Este projecto resulta de um esforço de colaboração entre as direcções-gerais da Agricultura e do Ambiente, o Eurostat, o Centro Comum de Investigação e a Agência Europeia do Ambiente, que é responsável pela coordenação. Os impactos das medidas agro-ambientais são de análise complexa. A abordagem clássica consiste em relacionar cada medida com os seus impactos e depois tirar algumas conclusões gerais sobre a aplicação das medidas como um todo. No entanto, a insuficiência de material empírico impossibilita muitas vezes esta abordagem, sendo particularmente difícil separar os efeitos das medidas agro-ambientais de outras medidas implementadas. Mas é mais fácil medir os efeitos em grupos de situações ambientais, como a preservação da biodiversidade ou da qualidade da água. Para além dos efeitos nas principais questões ambientais já referidas, alguns relatórios apontam outros impactos positivos noutras áreas. É referido que as medidas têm um efeito educacional e originam atitudes positivas por parte dos agricultores que aderem às medidas e também dos formadores. Os manuais de boas práticas também revelaram ser métodos educativos úteis. Custos A PAC representou uma grande parcela no orçamento e nas despesas da UE, visto que substituía as despesas e as politicas nacionais no panorama agrícola. Durante os primeiros anos de existência representou cerca 40% do orçamento total da UE, menos que 0,5% do seu PIB. Actualmente as despesas da PAC no PIB da UE tenham vindo a descer a um ritmo mais elevado do que as despesas públicas. Ao contrário de outros sectores, como a educação, os transportes ou a saúde, que são financiados pelos governos nacionais, as políticas agrícolas são decididas ao nível comunitário, assim como o seu financiamento. A quantia do orçamento disponibilizado para o apoio ao mercado (cereais, açúcar, carne de bovino e leite) e para os subsídios à exportação diminuíram, enquanto as ajudas directas aos produtores e os fundos para o desenvolvimento rural aumentaram. 9 COM (2000). 10 COM (2001). 11

13 O orçamento disponibilizado é estabelecido para controlo de despesas num determinado ano ou vários anos, havendo limitações que não permitem um aumento em termos reais das medidas de mercado da PAC e das ajudas directas para a época Estas medidas serão mais restritas cada ano, à medida que os pagamentos directos de ajudas a efectuar aos 12 novos Estados-Membros forem aumentando progressivamente nesse período, até atingirem os níveis de ajuda total já aplicáveis nos restantes 15 Estados-Membros. Ao mesmo tempo, a PAC sofreu reformas, em parte com o objectivo de orientar e controlar melhor as despesas. As despesas da PAC foram congeladas (em termos reais) até Além disso, vão ser rigorosamente controladas, tendo sido introduzido um novo mecanismo de disciplina financeira destinado a assegurar que o limite máximo de despesas não é ultrapassado. Os gastos nas medidas agro-ambientais têm aumentado rapidamente. O seu valor elevado está também relacionado com o facto de os Estados-Membros comparticiparem a 75% as medidas em zonas com atrasos económicos, descendo esta comparticipação para 50% nas restantes zonas, valores que subiram para 85% e 60%, respectivamente, com a reforma introduzida em

14 Anexos Gráfico 1- Agricultura, em percentagem do orçamento total da UE Gráfico 2 - Gastos nas medidas agro-ambientais 13

15 Gráfico 3 - Gastos em medidas agro-ambientais, por país 14

16 Mapa 1- Zonas vulneráveis aos nitratos na UE 15

17 Bibliografia Agricultura e Ambiente (2003), Comissão Europeia (consultado em A política agrícola comum explicada, Comissão Europeia (consultado em Agri-environment Measures - Overview on General Principles, Types of Measures, and Application (2005), Comissão Europeia (consultado em (consultado em Abril e Maio de 2009) 16

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