PARASITOSES GASTRINTESTINAIS DOS OVINOS E CAPRINOS: ALTERNATIVAS DE CONTROLE

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2 PARASITOSES GASTRINTESTINAIS DOS OVINOS E CAPRINOS: ALTERNATIVAS DE CONTROLE Cristina Santos Sotomaior 1 Fernanda Rosalinski Moraes 2 Felipe Pohl de Souza 3 Viviane Milczewski 4 Cezar Amin Pasqualin 5 Curitiba, Médica Veterinária, MSc, Doutor - Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR 2 Médica Veterinária, MSc, Doutor - Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR 3 Médico Veterinário, MSc, Membro do Conselho Consultivo da AVEPER 4 Médica Veterinária, MSc, Doutor - Faculdade Integradas Espírita 5 Médico Veterinário, Esp. Agronegócio Instituto Emater

3 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná Série Informação Técnica nº 080, 2009 Elaboração Técnica: Médica Veterinária, MSc, Doutor Cristina Santos Sotomaior, Pontefícia Universidade Católica do Paraná Médica Veterinária, MSc, Doutor Fernanda Rosalinski Moraes, Pontefícia Universidade Católica do Paraná Médico Veterinário, MSc Felipe Pohl de Souza, Membro do Conselho Consultivo da AVEPER Médica Veterinária, MSc Viviane Milczewski, Faculdade Integradas Espírita Médico Veterinário, Especialista Agronegócio Cezar Amin Pasqualin, Instituto Emater Executores do Projeto: Cristina Santos Sotomaior - PUC-PR Fernanda Rosalinski Moraes - PUC-PR José Antonio Garcia Baena - SEAB-PR Cezar Amin Pasqualin - Instituto Emater Colaboradores Técnicos: Ana Carolina de Souza Chagas - EMBRAPA Pecuária Sudeste Angelo Garbossa Neto - Instituto EMATER Demétrio Reva - Iniciativa Privada Elza Maria Galvão Ciffoni - Universidade TUIUTI Jannifer Silva Caldas - Autônoma - DUOVET - Medicina e Produção de Ovinos e Caprinos João Ari Gualberto Hill - IAPAR-PR Luiz Augusto Pfau - Instituto EMATER Luiz Danilo Muehlmann - Instituto EMATER Marcelo Molento - UFPR Maria da Graça Schwartz - Autônoma - DUOVET - Medicina e Produção de Ovinos e Caprinos Odilei Rogério Prado - Iniciativa Privada Tarcísio Nicolau Bartmeyer - Cooperativa CASTROLANDA Valéria Camacho - Instituto EMATER Willis Adolfo Amatneeks Junior - Instituto EMATER Revisão Instituto EMATER: José Renato Rodrigues de Carvalho Designer/Diagramação Arte Final - Instituto EMATER: Marlene Suely Ribeiro Chaves e Roseli Rozalim Silva Tiragem: exemplares Exemplares desta publicação podem ser adquiridos junto ao: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC sac@emater.pr.gov.br Rua da Bandeira, 500 Cabral - CEP Caixa Postal 1662 Telefone(041) Curitiba - Paraná - Brasil I59 INSTITUTO EMATER Parasitoses gastrintestinais dos Ovinos e Caprinos: alternativas de controle / Cristina dos Santos Sotomaior, Fernanda Rosalinski Moraes, Felipe Pohl Souza, Viviane Milczewski e Cezar Amin Pasqualin - Curitiba: Instituto Emater, p. : il. (Informação Técnica, 080). 1. Caprinos. 2. Ovinos. 3. Vermifugos. 4. Controle Parasitose. 5. Alimentação Adequada I. Sotomaior, Cristina dos Santos. II. Moraes, Fernando Rosalinski. III. Souza, Felipe Pohl. IV. Milczewski, Viviane. V. Pasqualin, Cezar Amin. VI. Título. CDU 636.3: Maria Sueli da Silva Rodrigues, CRB 9/1.464

4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO AS PARASITOSES DOS OVINOS E CAPRINOS SÃO UM PROBLEMA? PRINCIPAIS PARASITAS DOS OVINOS E CAPRINOS E O QUE ELES CAUSAM CICLO DE VIDA DOS PARASITAS Fase de vida livre Fase parasitária FATORES QUE INTERFEREM NAS PARASITOSES Clima Suscetibilidade do hospedeiro Sistemas de produção Vermífugos RESISTÊNCIA DOS PARASITAS AOS VERMÍFUGOS População refúgio FORMAS DE CONTROLE DAS PARASITOSES EM OVINOS E CAPRINOS Controle nas pastagens Controle nos animais Adequada alimentação e condição sanitária Divisão em categorias Seleção de animais resistentes aos parasitas Manejo de vermífugos Tratamento seletivo

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6 1. APRESENTAÇÃO Em 2009, teve início o projeto Treinamento de pequenos produtores de ovinos e caprinos na utilização do método FAMACHA como auxiliar no controle da verminose gastrintestinal, projeto este financiado pela Fundação Araucária, dentro do Programa Universidade Sem Fronteiras - Extensão Tecnológica Empresarial da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Paraná (SETI). Ao se estabelecerem as parcerias entre os executores do projeto (Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR, Instituto EMATER, Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná - SEAB e Associação dos Especialistas em Pequenos Ruminantes do Paraná - AVEPER), optou-se pela ampliação do projeto original, que previa somente o treinamento do método FAMACHA, passando a englobar ações gerais de controle das parasitoses gastrintestinais. O projeto atual prevê a realização de seminários nas diferentes regiões do Estado do Paraná sobre o tema Parasitoses Gastrintestinais dos Ovinos e Caprinos: Alternativas de Controle e treinamento do método FAMACHA para criadores de ovinos e caprinos. Esses encontros serão compostos por aulas teóricas e pela aula prática do treinamento do método FAMACHA, totalizando 12 horas. A proposta é buscar a adesão da classe produtora às novas técnicas de controle da parasitose gastrintestinal, visando à obtenção de um alto padrão sanitário, impulsionando ganhos para a atividade de ovinocultura e caprinocultura. 5

7 2. INTRODUÇÃO A verminose gastrintestinal é considerada o principal problema enfrentado pelos criadores de ovinos e caprinos. Mesmo com a existência de inúmeros tratados técnicos sobre o assunto, o conhecimento disponível é pouco aplicado na prática para o controle eficaz dos parasitas. A utilização de métodos inadequados no combate à verminose vem gerando a resistência dos parasitas aos vermífugos. Nessa luta travada todos os dias no campo, o criador ainda está perdendo para um adversário que ele mal consegue ver, seja do ponto de vista econômico ou ambiental. Diante desse quadro, quais os rumos que o controle parasitário está tomando na atualidade? Cada vez são mais frequentes questões relacionadas ao bem estar animal e às possibilidades de existência de resíduos de vermífugos nos subprodutos dos animais, como carne, leite e derivados, bem como no ambiente. As criações orgânicas estão ganhando espaço em função de uma população consumidora mais exigente e se veem carentes de tecnologias relacionadas ao controle de doenças para sua sustentabilidade. O controle parasitário por meio de vermífugos comerciais é a forma mais comum de tratamento dos animais infectados. Na atualidade, observa-se a realização intensa de pesquisas que buscam alternativas de controle como avaliação de fitoterápicos ou da ação de substâncias isoladas de plantas, além de estudos com homeopatia e fungos nematófagos. Novos vermífugos surgirão no mercado e, mesmo que alternativas a esse controle químico também sejam disponibilizadas, seu uso inadequado fará com que em pouco tempo perca-se a eficácia no controle parasitário. Portanto, é importante entender que o sucesso do controle dependerá de um conjunto de ações dentro da propriedade e, para que esse sucesso de fato ocorra, a informação é a melhor ferramenta de trabalho. Este manual, elaborado por um grupo de profissionais especializados na área oferece, à classe produtora e aos técnicos, alguns caminhos alternativos, visando a reversão desta situação. O objetivo é fazer com que o criador consiga melhores resultados no manejo do rebanho, com ganhos na atividade produtiva, melhoria na qualidade da carne e leite e preservação ambiental. Para que isso ocorra efetivamente, é importante que se tenha acesso às informações técnicas e que se percebam as particularidades de cada propriedade relacionadas ao sistema de produção, à raça, ao clima e à infraestrutura. Vale ressaltar que o presente trabalho propõe substituir o termo verminose por parasitose. A razão está no mercado. Não é raro ouvir comentários de consumidores afirmando que as ovelhas e os cabritos têm muitos vermes, comprometendo parte do crescimento do consumo das carnes. Portanto, utilizar o 6

8 termo parasitose quebra o estigma da terminologia verminose, que remete a uma falsa idéia de contaminação dos vermes dos ovinos e caprinos para os humanos. A criação de ovinos e caprinos só pode se expandir com o comércio de carnes com nome, isto é, com uma marca forte e a garantia de qualidade ao consumidor. Este tem sido o escopo da ação das instituições e da Câmara Setorial que orientam a organização das cadeias produtivas dos ovinos e caprinos. Este manual não pretende encerrar a discussão sobre os procedimentos adotados para combater as parasitoses gastrintestinais, mas espera despertar a atenção de criadores e técnicos para a importância do problema. 3. AS PARASITOSES DOS OVINOS E CAPRINOS SÃO UM PROBLEMA? Todos os criadores de ovinos e caprinos já devem ter enfrentado problemas importantes em sua criação devido aos parasitas gastrintestinais. Normalmente, estes problemas são mais visíveis quando o animal está doente ou morre. Porém, outras perdas importantes podem ser calculadas quando se observa com cuidado os índices produtivos e reprodutivos: as parasitoses causam diminuição no ganho de peso, baixas taxas reprodutivas, menor aproveitamento dos alimentos, entre tantos outros problemas, e ainda aumentam os custos com o tratamento dos animais doentes e as constantes desverminações. Para entender por que ovinos e caprinos são tão sensíveis às parasitoses, é preciso voltar um pouco no tempo e olhar de onde vieram estas duas espécies e há quanto tempo convivem com o homem. Ovinos e caprinos surgiram em uma região desértica da Ásia Central e foram as primeiras espécies de produção a serem domesticadas pelo homem. Portanto, na sua origem, viviam em um ambiente desfavorável para os parasitas, pela falta de umidade e porque pastavam mais arbustos (no caso dos caprinos) do que gramas. Estes fatos determinaram que os ovinos e caprinos não desenvolvessem defesas naturais (imunidade) muito embora os ovinos sejam mais tolerantes contra as infecções parasitárias do que os caprinos. Na natureza, estes animais tinham comportamento migratório, ou seja, percorriam grandes áreas em busca da melhor pastagem e raramente pastejavam no mesmo local (uma ovelha caminha entre 6 e 15 quilômetros por dia). Quando surgiram os sistemas mais intensivos de criação, os parasitas foram beneficiados, pois os ovinos e caprinos passaram a pastar nos mesmos locais, o que permite maior contaminação do meio e maior nível de infecção dos animais. 7

9 Esta situação é pior no Paraná, que tem um clima quente e úmido e onde ovinos e caprinos são criados em pequenas áreas de pastagem, principalmente de gramíneas, que ficam repletas de fezes e, consequentemente, de larvas infectantes. Esta condição ambiental levou ao surgimento de graves problemas com as parasitoses, resultando no uso excessivo de vermífugos, em alguns casos com mais de 15 tratamentos por ano. Isto deveria ter acabado com o problema das parasitoses, mas infelizmente para ovinos, caprinos e produtores, os parasitas adquiriram resistência aos vermífugos. Atualmente convive-se com a seguinte situação: as condições ambientais (temperatura, umidade e característica das pastagens) são muito favoráveis aos parasitas, o que acarreta grande contaminação das pastagens, e os vermífugos são parcialmente eficientes no controle das parasitoses. É necessário que o produtor tenha consciência de que não é mais possível controlar as parasitoses somente usando vermífugos. Portanto, para diminuir o impacto deste problema sobre a produção, não há uma solução pronta, e sim, propõe-se uma série de ações que devem ser desenvolvidas para controle das parasitoses gastrintestinais. 8

10 4. PRINCIPAIS PARASITAS DOS OVINOS E CAPRINOS E O QUE ELES CAUSAM Parasitas internos (endoparasitas) são os que se desenvolvem nos órgãos internos dos ovinos e caprinos (estômago, intestinos, pulmão, fígado e outros). Parasitas externos (ectoparasitas) se distribuem sobre a pele. Os mais comuns sãos os piolhos, bernes e sarna. Devido à maior importância dos endoparasitas, esta cartilha tratará apenas das parasitoses gastrintestinais. O grupo de endoparasitas que mais ocorre em ovinos e caprinos são os estrongilídeos. Existem estrongilídeos que podem causar diferentes lesões e quadros clínicos (Quadro 1). O Haemonchus é o mais frequente durante o verão paranaense e também causa a doença mais grave, por ser o único parasita que se alimenta diretamente de sangue. Estes parasitas não podem ser diferenciados no exame de fezes porque os ovos deles são iguais. Por isso, para saber quais são os estrongilídeos mais frequentes no rebanho é necessário completar o exame de fezes com uma cultura de larvas (coprocultura). Como alguns estrongilídeos são mais resistentes ao frio, à seca e aos vermífugos do que os outros, é importante solicitar ao veterinário que acompanha a propriedade uma coprocultura periódica, a fim de saber se a proporção de parasitas estrongilídeos está modificando. Figura 1 Presença de vários Haemonchus na mucosa do abomaso. 9

11 Quadro 1 - Principais parasitas estrongilídeos de ovinos e caprinos que afetam os rebanhos paranaenses Haemonchus sugador de sangue Parasita de abomaso (estômago verdadeiro ou coagulador) que se alimenta de sangue (desenho), causando anemia, edema submandibular ( papeira ), emagrecimento, e morte. É mais comum durante o verão e outono. Além de ser o mais perigoso dos parasitas, pois pode levar o animal à morte, é o que está mais resistente aos vermífugos nas propriedades do Paraná. Parasitas não sugadores de sangue Existem vários outros tipos de parasitas estrongilídeos que não se alimentam de sangue. Estes parasitas se alimentam da parede do abomaso (estômago ou coagulador) e intestino, causando úlceras. Com isso, diminui a digestão e a absorção do alimento e da água, ocasionando emagrecimento, papeira e diarreia. 10

12 Além dos estrongilídeos, podem estar presentes outros parasitas de menor importância, pois dificilmente se associa a sua presença ao desenvolvimento de doenças (Quadro 2). Estes parasitas devem ser controlados quando presentes em grandes quantidades. Quadro 2 Outros parasitas de ovinos e caprinos Strongyloides É o único parasita capaz de se multiplicar por reprodução sexuada no meio ambiente (pastagem). Porém, isso somente ocorre quando as condições do meio são adequadas, com alta temperatura e umidade. No Paraná, essas condições ocorrem no verão. É capaz de infectar os animais por penetração pela pele, e da mãe para o filho (via leite ou placenta). Pode causar diarreia intensa nos animais jovens, mas normalmente é bem tolerado. Moniezia É parasita de intestino. Normalmente não causa lesão, pois se alimenta apenas do quimo (resíduo do alimento do ovino ou caprino). Pode atingir até 30 cm de comprimento e a presença de muitos parasitas pode causar obstrução no intestino e raramente morte. O parasita adulto elimina pedaços de seu corpo, os proglotes, cheios de ovos nas fezes. Estes proglotes parecem grãos de arroz e podem ser vistos a olho nu (Figura 1). Ácaros microscópicos das pastagens se alimentam dos ovos deste parasita e desenvolvem uma larva no seu interior. Para o ovino se infectar, precisa ingerir pastagem com ácaros contaminados. Figura 1 Proglotes de Moniezia, visíveis a olho nu, nas fezes de um ovino. 11

13 Fasciola hepatica É um parasita de fígado. Em sua forma adulta é pouco patogênico, mas pode ser associado à presença de icterícia (amarelão). O maior problema da Fasciola ocorre devido à ação da forma jovem, que se alimenta de fígado e sangue. Por este motivo, pode levar a um quadro de anemia e hipoproteinemia (com papeira) e morte. A Fasciola está presente em poucas regiões do Paraná, sendo mais comum em áreas com banhado ou alagadas. Ela depende da presença de um caramujo (Lymnea), que se desenvolve em regiões alagadiças, açudes e poças d água. O animal se infecta ao ingerir pastagem contaminada com a larva da Fasciola em locais próximos àqueles que permitem o desenvolvimento dos caramujos. É muito importante diagnosticar a presença deste parasita porque, além dos prejuízos por ele causados, a doença clínica é muito semelhante à do Haemonchus e a forma de controle destes parasitas é diferente. Para saber quais são os parasitas que estão infectando os animais em uma propriedade, é necessário fazer o exame de fezes. Para realizá-lo, é preciso coletar fezes do animal, com auxílio de saco plástico flexível, conforme demostrado nas Figuras 2, 3 e 4. Este material deve ser mantido sob refrigeração até realizar o exame ou enviar para o laboratório. O grau de infecção pode ser medido pelo número de ovos de parasitas por grama de fezes (OPG). Quanto maior o OPG, maior o grau de infecção parasitária. 12 Figura 2 Coleta de fezes diretamente do reto com auxílio de saco plástico.

14 Figura 3 Após a coleta, inverte-se o saco plástico. Figura 4 Identificação da amostra. Como os estrongilídeos são os parasitas que mais causam prejuízos à pecuária paranaense, tudo o que será discutido a seguir fará referência a este grupo. Caso o exame de fezes mostre a presença de outros parasitas em sua propriedade, aconselha-se que o produtor consulte um médico veterinário. Dependendo de quais parasitas estão acometendo seu rebanho, os prejuízos serão distintos. Porém, na maioria das vezes, há vários tipos diferentes de estrongilídeos ao mesmo tempo, o que faz com que, em geral, estes sejam os principais sinais da parasitose gastrintestinal em ovinos e caprinos: 13

15 Figura 5a e 5b - Edema submandibular - conhecido como papeira 5a 5b Figura 6 - Anemia - a mucosa do olho fica branca Figura 7a e 7b - Emagrecimento 7a 7b 14

16 Figura 8a e 8b - Diarreia 8a 8b Normalmente, quando os animais apresentam estes sinais, se não forem tratados, podem morrer. Nestes casos, é fácil perceber que as perdas são decorrentes das parasitoses. Porém, a maior parte dos animais não tem parasitas suficientes para causar estes sinais. Quando em menores quantidades, estes parasitas podem provocar uma absorção incompleta dos nutrientes da dieta. Com isso, há maior consumo de alimento, mas, menor ganho de peso, retardo da idade de cobertura ou abate, maior intervalo entre partos e menor índice de partos gemelares. Em outras palavras, o animal não tem condições de expressar o seu potencial genético para maximizar a produção. Por isso, de nada adianta investir em animais de alto potencial genético sem realizar o controle das parasitoses. 5. CICLO DE VIDA DOS PARASITAS Para que se possa encontrar alternativas de controle das parasitoses, é preciso conhecer muito bem os parasitas e como eles vivem. Os parasitas estrongilídeos passam por duas fases de desenvolvimento (Figura 9) - uma no meio ambiente (fase de vida livre) e outra dentro do animal (fase parasitária). 15

17 Figura 9 Ciclo dos parasitas estrongilídeos L4 L5 L3 Machos e Fêmeas No Hospedeiro penodo pré-patente de 18 a 21 dias. Estádio infectante (L3) na pastagem No Ambiente 5 a 15 dias OVO L3 L2 Eclosão de L1 L1 5.1 Fase de vida livre Os parasitas eliminam seus ovos nas fezes do animal. Em condições adequadas de oxigênio, umidade e temperatura, em 24 horas é formada uma larva dentro do ovo. Esta larva eclode e necessita de microorganismos para se alimentar. É chamada de larva de primeiro estádio ou L 1. Se as condições do meio permanecerem favoráveis ao desenvolvimento da larva, a L 1 realizará duas mudas (trocas de cutícula), para L 2 e L 3. Isto pode variar em cinco a 10 dias normalmente. A L 3 não mais se alimenta, é mais resistente às condições do meio e mais móvel, movimentando-se para fora das fezes. Esta mobilidade permite que ela se localize nas porções mais sombreadas da pastagem e nas gotículas de orvalho. Estas larvas são muito pequenas, 16

18 não sendo possível visualizá-las a olho nu, somente com o auxílio de um microscópio. Somente a L 3 pode se desenvolver quando ingerida pelo animal na pastagem. Por isso é considerada a fase infectante. A evolução do ovo até L 3 pode demorar de cinco a sete dias em condições ideais; ou até 30 dias na ausência de temperatura ou umidade adequadas. Em geral, são consideradas condições ideais de desenvolvimento uma temperatura de 18 a 30 o C, com umidade acima de 70%. Existem parasitas que são mais sensíveis ao frio e à seca que os outros, e por isso ocorre uma variação nos tipos de parasitas conforme a região do Estado e a estação do ano. Haemonchus é o estrongilídeo mais sensível ao frio e à falta de umidade. Seu desenvolvimento é inibido em temperaturas abaixo de 10 o C. O sombreamento também é um fator importante. Além de preservar um microambiente de maior umidade, impede a ação dos raios ultra-violeta do sol que podem eliminar os parasitas. Por este motivo as porções da pastagem mais próximas ao solo, bem como espécies forrageiras com mais ramificações permitem a presença de uma maior quantidade de larvas de parasitas. O tempo de sobrevivência da L 3 na pastagem depende das condições do meio ambiente. Quando a umidade é alta (maior que 85%), até 40% das larvas podem ficar viáveis por até 150 dias. No entanto, se a umidade é baixa (igual ou menor que 35%), mais de 60% das larvas morrem em menos de um mês. Portanto, atenção: LARVAS DE PARASITAS FICAM VIVAS NAS PASTAGENS POR CERCA DE 60 A 90 DIAS, MAS PODEM SOBREVIVER ATÉ MAIS DE UM ANO. Mais de 90% dos parasitas de uma propriedade se encontram na pastagem, na forma de ovos e larvas. Apenas um pequeno número se encontra no interior dos animais. Por isso é importante compreender a fase de vida livre dos parasitas para instalar medidas de controle. 5.2 Fase parasitária Inicia quando o animal ingere a L 3 na pastagem ou, menos frequentemente, na água de bebida. A larva é carregada junto com o alimento ao abomaso (coagulador, estômago verdadeiro) ou intestino, quando penetra na parede do órgão para se alimentar. Neste momento, o animal já pode demonstrar alguns sinais de parasitose. Após nova muda, a larva volta à luz do órgão onde se 17

19 transforma em parasita adulto e inicia a postura dos ovos. O período desde aingestão da larva até o início da eliminação dos ovos nas fezes pode demorar de 18 a 21 dias. Alguns fatores podem alterar o tempo de ocorrência deste ciclo e a viabilidade dos parasitas e serão discutidos a seguir. 6. FATORES QUE INTERFEREM NAS PARASITOSES Quando se observa diferentes rebanhos de ovinos e caprinos nota-se que em alguns deles o problema da parasitose é mais grave, enquanto em outros, os animais aparentam estar sadios e produtivos. Estas diferenças acontecem porque existem vários fatores que interferem com o aumento ou a diminuição da infecção dos animais pelos parasitas. 6.1 Clima Conforme já foi explicado, o parasita passa uma parte da vida no ambiente (principalmente pastagens, água ou solo). Durante esta fase da vida, os parasitas estão na forma de ovos ou larvas, aguardando o momento de serem ingeridos por um ovino ou caprino. Porém, quando o ambiente não apresenta boas condições, estas larvas morrem e não infectam um novo animal. Pensando desta forma, pode-se criar condições no ambiente para eliminar o maior número de larvas possível, ou saber quais são os lugares ou épocas do ano em que aumenta ou diminui a contaminação do rebanho. As larvas dos parasitas precisam de oxigênio, boa umidade e temperaturas amenas para sobreviver por vários meses nas pastagens. Por exemplo, quando se faz silagem, feno ou pré-secado de uma pastagem que estava contaminada, elimina-se ou diminui-se grandemente o número de larvas vivas no alimento que será servido aos animais (porque o oxigênio ou a água são tirados do pasto) o que se refletirá em uma menor infecção do rebanho. Também se sabe que secas prolongadas ou condições extremas, como clima desértico ou neve, também diminuem muito o tempo de sobrevivência das larvas no pasto. Quando se cria pequenos ruminantes em áreas muito úmidas (baixadas, banhados etc.) já se sabe com antecedência que as larvas sobreviverão mais tempo neste ambiente e que o rebanho estará sujeito a maior taxa de parasitismo. Portanto, o tipo de solo, a topografia e o clima da região são fatores que influenciam no tipo de parasitos e na sua sobrevivência. Portanto, é importante analisar cuida- 18

20 dosamente estas condições em cada propriedade para melhor planejamento das medidas de controle dos fatores ambientais. 6.2 Suscetibilidade do hospedeiro Nem todos os animais do rebanho são muito afetados por verminose. Ao prestar atenção, verifica-se que algumas categorias, como fêmeas que estão amamentando ou filhotes depois do desmame são aqueles que apresentam com maior frequência sinais de verminose (anemia, emagrecimento, papeira, diarreia). Devido a uma série de fatores estas duas categorias são realmente as mais frágeis e passíveis de infecção e, por isso, é preciso ter maior cuidado no controle de verminose destes animais. As fêmeas apresentam um aumento do número de ovos de parasitas nas fezes aproximadamente três semanas após o parto e, quando vão para o pasto, depositam todos estes ovos no ambiente, fazendo com que a pastagem que seus filhotes ingerem esteja ainda mais contaminada. Portanto, atenção: FÊMEAS EM LACTAÇÃO E FILHOTES APÓS O DESMAME SÃO AS CATEGORIAS MAIS SUSCEPTÍVEIS ÀS PARASITOSES. Outros fatores que fazem com que um ovino ou um caprino seja mais sensível que outro na contaminação por parasitas estão ligados à nutrição. Rebanhos bem alimentados possuem naturalmente maior resistência à verminose, assim como os rebanhos que não possuem outras doenças como foot rot, linfadenite caseosa, ectima contagioso, mastites, pneumonias etc. Consequentemente, quando os animais são bem alimentados e há um cuidado na prevenção das diversas doenças que afetam os pequenos ruminantes, previne-se, também, as grandes infecções parasitárias. Também já foi observado que animais de raças diferentes apresentam diferente sensibilidade às parasitoses. Por exemplo, sabe-se que ovinos de raças deslanadas são mais resistentes à verminose. Mas também está comprovado que dentro de um rebanho da mesma raça existem indivíduos naturalmente mais resistentes que outros. Esta observação é importante já que esta característica pode ser transmitida de pai e mãe para os filhos. Então, é possível identificar quais são os animais mais resistentes dentro do rebanho e cruzá-los entre si, descartando os mais suscetíveis. Desta forma ao longo dos anos o rebanho todo vai se tornando cada vez mais resistente (leia mais sobre este assunto na página 27, no item Seleção de animais resistentes aos parasitas). 19

21 6.3 Sistemas de produção Os ovinos e caprinos podem ser criados em vários sistemas. Antigamente os rebanhos eram acompanhados por um pastor durante o tempo todo e mudavam o local de pastejo todos os dias, então a re-infecção dos animais por larvas de parasitas era muitíssimo pequena. Hoje, chega-se a ter mais de 30 ovelhas pastejando continuamente em um único hectare! Com o grande número de animais defecando (e depositando os ovos dos parasitas) em uma pequena área que é repastejada praticamente todos os dias ou com intervalos pequenos de 30 ou 40 dias (rotação de piquetes) é de se esperar que a re-infecção do rebanho aumente consideravelmente. Portanto, atenção: QUANTO MAIOR A LOTAÇÃO (NÚMERO DE ANIMAIS/HECTARE) MAIOR A PARASITOSE. Como a forma mais comum de infecção do animal é o pastejo em áreas muito contaminadas com larvas vivas de parasitas, é necessário criar alternativas para diminuir a contaminação da pastagem e/ou impedir que os animais ingiram este pasto contaminado. Os sistemas de produção que utilizam o fornecimento de alimento exclusivamente no cocho, por exemplo, no confinamento; o risco de infecção por parasitas diminui muito já que todo o alimento fornecido está livre de larvas como: o feno, as capineiras, o alimento concentrado ou mesmo a silagem. 6.4 Vermífugos O uso indiscriminado de anti-helmínticos levou à resistência dos parasitas aos diferentes princípios ativos (vermífugos). Atualmente, os parasitas gastrintestinais dos rebanhos ovinos e caprinos paranaenses apresentam resistência a pelo menos um tipo de vermífugo. Por isso, observa-se, às vezes, que mesmo após uma desverminação os animais ainda continuam anêmicos, magros ou com diarreia. Este problema é muito difícil de solucionar, então, é preciso desverminar os animais o menor número de vezes possível, para que os vermífugos funcionem bem por muitos anos. Por se tratar de um tema de extrema importância, o próximo capítulo inteiro é reservado para explicar como ocorre a resistência dos parasitas aos vermífugos. 20

22 7. RESISTÊNCIA DOS PARASITAS AOS VERMÍFUGOS A resistência é um fenômeno que ocorre quando os vermífugos já não funcionam mais. Ou seja, você dá o vermífugo para o animal, mas a maioria dos parasitas não morre com o vermífugo utilizado. Isto não acontece para todos os parasitas ao mesmo tempo. Na natureza já existem alguns (raros) parasitas que são naturalmente resistentes aos vermífugos. O vermífugo não consegue matar estes poucos parasitas porque eles têm, na sua genética, a capacidade de processarem ou eliminarem os efeitos tóxicos dos vermífugos. Cada vez que se utiliza o vermífugo, elimina-se os parasitas que são sensíveis (os que morrem) e deixa-se que somente os parasitas resistentes sobrevivam. Portanto, existem em todas as propriedades dois tipos de parasitas: PARASITAS RESISTENTES que não morrem com o vermífugo. Atualmente, estes são os parasitas bandidos, nossos maiores inimigos, pois quando percebemos que nossa cabra ou ovelha precisa ser desverminada e usamos o vermífugo, estes parasitas não vão morrer. PARASITAS SENSÍVEIS que morrem com o vermífugo. Atualmente, pode-se considerar estes parasitas como amigos ou parasitas bonzinhos, pois sabe-se que, ao fornecer o vermífugo, eles morrem. É possível dizer que há resistência no rebanho quando o número de parasitas resistentes for maior que o número de parasitas sensíveis. Toda a vez que o vermífugo é utilizado, morrem os parasitas sensíveis e somente os resistentes sobrevivem e vão deixando descendentes. Com o tempo, a maior parte da população de parasitas é descendente dos resistentes. Portanto, quanto mais usar o vermífugo, mais resistência haverá. Atenção para dica: EXCESSO DE DESVERMINAÇÕES RESISTÊNCIA DOS PARASITAS AO VERMÍFUGO MAIS VERMINOSE 21

23 Os vermífugos somente devem ser usados quando realmente for preciso. E, mais importante ainda, os vermífugos não podem ser usados como a única forma de controlar a verminose! Deve-se usar outras estratégias, num controle integrado, conforme abordadas no item 8, adiante. Para saber se há parasitas resistentes no seu rebanho, existem várias metodologias. Porém, uma delas é bem simples e pode ser feita em qualquer propriedade. É o chamado teste de redução da contagem de ovos (OPG) nas fezes. Para cada vermífugo a ser testado, é necessário separar um grupo de 10 a 15 animais. No dia da desverminação, coletar amostras de fezes de todos os animais individualmente para realizar o exame de OPG. Depois de 10 a 14 dias, coletar novamente as fezes dos mesmos animais. Se for comparado o OPG antes e depois da desverminação, é possível calcular a porcentagem de redução (R%), por meio da seguinte fórmula: R (%) = ( ) - ( ) média de OPG antes média de OPG depois da desverminação da desverminação média de OPG depois da desverminação x 100 Por exemplo: se antes da desverminação a média de OPG era de e depois ficou em 1.500, a redução foi de 83,33%. Se a redução na contagem dos ovos foi menor que 90%, isto indica que há resistência dos parasitas àquele vermífugo testado. O produtor pode testar vários vermífugos ao mesmo tempo e até associações de vermífugos. Mas precisa prestar atenção: para cada um dos vermífugos testados, deve-se ter pelo menos 10 animais disponíveis. Por exemplo: se o plantel é de 40 animais, poderão ser testados três vermífugos ao mesmo tempo, pois um grupo deverá permanecer sem ser desverminado, como testemunha. O ideal é que este teste seja feito anualmente, para se escolher com qual vermífugo se vai trabalhar naquele ano. 7.1 População refúgio Ao tratar sobre o ciclo de vida dos parasitas (item 5, página 15), percebeuse que a maioria deles está no ambiente, na forma de larva. Lembrando também que estas larvas podem ser de parasitas bonzinhos ou bandidos, é preciso aprender outro conceito importante: POPULAÇÃO REFÚGIO. 22

24 Refúgio é a porção da população total de parasitas que não teve contato com o vermífugo, ou seja, não sofreu a chamada pressão de seleção (que seria o fato do vermífugo matar todos os parasitas bons ou sensíveis e deixar vivos somente os parasitas bandidos ou resistentes se reproduzindo, ou seja, os bandidos seriam os selecionados). A princípio, todas as larvas que estão no ambiente (nas pastagens) compõem a população em refúgio, pois somente os parasitas que estão dentro dos animais é que teriam contato com o vermífugo. É importante conhecer e preservar a população refúgio porque ela é a fonte de parasitas bons, de parasitas que ainda são sensíveis aos vermífugos. Se for para os animais se infectarem, é preferível que seja com os parasitas sensíveis, porque assim haverá a certeza de que, quando for necessário, será possível usar os vermífugos e eles realmente funcionarão. Neste sentido é importante que sejam revistos alguns conceitos antigos, tais como o de trocar os animais de piquete após a desverminação. Quando isto é feito, a nova pastagem, com pouca população em refúgio, será povoada somente por larvas de parasitas resistentes. Recomendação Antiga: Desverminar e trocar de piquete Menor população refúgio Maior resistência ao vermífugo Recomendação Atual: Trocar de piquete e desverminar Maior população refúgio Menor resistência ao vermífugo Neste raciocínio, também é importante que os animais adquiridos ou que retornem à propriedade pastejem em áreas contaminadas com parasitos sensíveis (população refúgio). 23

25 Outra forma de aumentar a população de refúgio é não desverminar todos os ovinos e caprinos do rebanho. Se alguns animais forem deixados sem desverminar, os parasitas sensíveis (parasitas bonzinhos ) que estão dentro destes ovinos ou caprinos que não foram desverminados poderão continuar se reproduzindo e também deixarão descendentes, aumentando o número de larvas de parasitas sensíveis nas pastagens. Por isso, é muito importante estar atento à condição sanitária dos animais e tratar somente aqueles que precisam ser desverminados. Agindo assim, o chamado TRATAMENTO SELETIVO estará sendo utilizado. Existem vários critérios diferentes para esta decisão, mas o assunto será tratado no capítulo Controle de verminose tratamento seletivo. 8. FORMAS DE CONTROLE DAS PARASITOSES EM OVINOS E CAPRINOS É preciso lembrar que os rebanhos de ovelhas e cabras irão conviver sempre com os parasitas. Não é possível exterminar totalmente os parasitas. Portanto, deve-se instituir manejos para que os animais permaneçam em equilíbrio com o parasitismo, não sofrendo grandes prejuízos. Há várias alternativas diferentes de controle que podem ser adotadas, sendo importante avaliar quais delas podem e devem ser usadas em cada propriedade. Não há uma fórmula única. O consenso, entretanto, está no fato de que é necessário diminuir a utilização dos vermífugos ao mínimo possível. Para ser possível diminuir o número de animais desverminados, é necessário adotar manejos que diminuam o nível de infecção dos rebanhos, assim, quando as cabras e ovelhas realmente precisarem de medicamentos eles serão utilizados com eficiência. Considerando esta linha de pensamento não se pode considerar o vermífugo como única forma de controle de verminose e um ovinocultor ou caprinocultor responsável, deve adotar o CONTROLE INTE- GRADO DE PARASITAS, que prioriza o controle dos parasitas baseado em várias medidas diferentes de manejo e não somente pelo uso de drogas. Dentre as muitas formas de auxiliar no controle das parasitoses gastrintestinais, destacam-se as seguintes práticas: 8.1 Controle nas pastagens a) Diminuir a lotação de animais nos pastos quando possível. Nas áreas mais úmidas da fazenda ou em locais que sabidamente estão mais contaminados, como por exemplo, uma pastagem da qual o lote sempre sai com anemia ou diarreia. 24

26 b) Utilizar pastoreio alternado com bovinos ou equinos adultos. Sabe-se que o uso de pastejo concomitante de pequenos ruminantes com bovinos adultos ou equinos é de grande valia no controle das parasitoses. Melhor ainda que o pastejo ao mesmo tempo, seria utilizar uma área onde inicialmente pastejasse o rebanho de ovinos e caprinos e quando a forragem já estivesse novamente em ponto de pastejo que fosse então destinada aos bovinos ou equinos. Desta forma, em cada pastejo, uma espécie animal diferente seria colocada controlando as larvas de parasitas da outra. c) Há casos em que o confinamento se torna a opção mais viável. O confinamento pode ser apenas das categorias mais sensíveis, como fêmeas em lactação e filhotes em terminação. No confinamento, o fornecimento do capim é realizado com volumoso livre de parasitas como relatado anteriormente: feno, silagem, concentrado, pré-secado etc. d) A separação das categorias também é uma prática interessante de manejo, porque cada uma delas apresenta uma diferença de susceptibilidade. Quando se deixam todos os animais do rebanho num mesmo pasto, a desverminação é feita baseando-se na necessidade dos mais sensíveis, o que aumenta a pressão de seleção de parasitas resistentes. Separar em lotes também oferece a possibilidade de destinar os melhores pastos (mais nutritivos ou menos contaminados) para as categorias mais sensíveis (fêmeas em lactação e desmamados). e) Escolher forrageiras que possam ser manejadas em pastejo alto, acima de 15 cm aproximadamente. Como a maioria das larvas se encontra até 5 cm do solo, quando se coloca o rebanho em pastagens mais altas, diminuí-se o número de larvas ingeridas pelos animais. Figura 10 25

27 f) Utilizar as restevas de agricultura. Algumas áreas apresentam pasto razoável após a colheita, por exemplo, o pasto que surge após a colheita do milho para grãos. As áreas que permaneceram por longos períodos sem animais, normalmente possuem poucas larvas e podem ser utilizadas com segurança. g) Formar pastagens anuais. Quando se implanta pastagens anuais (aveia, azevém, milheto etc) especialmente quando a terra é revirada para o novo plantio, também se tem uma pastagem com baixa contaminação por larvas. h) Reservar para fenação ou silagem piquetes mais contaminados se possível. Estes processos eliminam o oxigênio do ambiente (silagem) ou diminuem muito a umidade (fenação) matando a maior parte das larvas de parasitas. i) Eliminar as áreas de concentração de animais como solários ou piquetes pequenos com pasto nos quais o rebanho permanece à noite ou nos dias em que serão manejados. Se houver a necessidade de solário ou local para os animais passarem a noite, deve-se planejar para que o piso seja ripado, de cimento, areia etc, de forma que não apresente pasto. Desta forma não haverá contaminação neste local. j) Não depositar o esterco dos ovinos ou caprinos diretamente nas pastagens ou capineiras. Este material contém milhares de larvas vivas. Para que seja aproveitado como adubo, o esterco precisa ser fermentado e estar bem curtido para eliminação dos ovos e larvas dos parasitas. Portanto, atenção: NÃO COLOQUE O ESTERCO DIRETAMENTE NO PASTO. ANTES, ELE DEVE PASSAR POR UM PROCESSO DE FERMENTAÇÃO (ESTERQUEIRA OU COMPOSTEIRA).. k) Não permitir que o esterco do aprisco escorra para os piquetes. É importante planejar as instalações de forma que as fezes fiquem contidas e possam ser retiradas para uma esterqueira sem que escorram diretamente para o pasto. 26

28 8.2 Controle nos animais Adequada alimentação e condição sanitária A adequada alimentação e sanidade são indispensáveis para um controle eficiente das parasitoses gastrintestinais. Portanto, instituir programas de controle sanitário e nutricional para o rebanho é uma medida importante. O planejamento da alimentação em todas as épocas do ano, a implementação de um calendário de vacinações, assim como o planejamento da higiene e ventilação das instalações são exemplos destas medidas a serem adotadas nas propriedades. É preciso pensar que muitas vezes o fato do animal estar magro é a causa da parasitose, não a consequência. Ou seja: NEM SEMPRE MEU ANIMAL ESTÁ MAGRO PORQUE TEM VERMINOSE!, MAS MEU ANIMAL TEM VERMINOSE PORQUE ESTÁ MAGRO! Divisão em categorias A separação dos animais em categorias é importante não somente para o manejo correto das pastagens, mas para todas as atividades do rebanho. Ao separar os animais pela idade e estado fisiológico, pode-se atender melhor às exigências nutricionais de cada fase, cuidar melhor das categorias mais sensíveis e planejar estratégias de controle específicas para estes animais Seleção de animais resistentes aos parasitas Uma importante forma de ajudar no controle da verminose dos ovinos e caprinos é trabalhar com a seleção de animais resistentes aos parasitas. Em um rebanho existem animais (ovinos ou caprinos) que não ficam doentes, que não têm parasitoses. Estes animais ingerem as larvas que estão na pastagem, mas conseguem eliminá-las; ou seja, os parasitas não chegam à fase adulta e não vão começar a sugar o sangue do animal. Diz-se que estes animais são resistentes aos parasitas e à verminose. Preste atenção: agora é de ovinos e caprinos resistentes aos parasitas que se está falando e não mais de parasitas resistentes aos vermífugos! Esta situação de maior resistência pode não ocorrer durante toda a vida do animal. Às vezes ele é muito resistente (não fica doente) e às vezes ele adoece. 27

29 Isto vai depender de muitos fatores como: - idade - se é uma fêmea em lactação ou não - se o animal está magro - se o animal está com outras doenças Nestes casos, deve-se dar mais atenção àqueles animais na fase em que estão mais propensos a ficar doentes. Porém, existem animais que SEMPRE são resistentes, que não ficam doentes nunca. Em média, há 15 a 20% dos animais com esta característica. O que se deve fazer é identificar quais são estes animais e escolhê-los para ficarem no rebanho. Ou seja, é preciso selecionar os animais mais resistentes, eliminando os que sempre estão doentes e com parasitoses. É exatamente a mesma coisa que se faz quando se seleciona os animais que ganham mais peso, produzem mais leite etc. Mas há também outro tipo de animal, o chamado RESILIENTE. Os resilientes são animais que apesar de estarem parasitados (com parasitas) continuam produzindo bastante. É como se os parasitas não conseguissem prejudicar estes animais. Ao comparar um animal resistente com um resiliente, pode-se dizer que o resistente é melhor, porque não fica doente e também não elimina ovos de parasitas pelas fezes. O animal resiliente, apesar de não ficar doente, pode estar contaminando a pastagem, pois elimina ovos de parasitas nas fezes. Mas o animal resiliente é muito melhor que o animal totalmente susceptível, porque este animal fica doente e pode até morrer. Além disso, o resiliente, por não precisar ser desverminado constantemente, ajuda a preservar a população refúgio, pois quando elimina ovos de parasitas são somente de parasitas sensíveis aos vermífugos. Então, resumindo, há três tipos de animais (ovinos e caprinos): - O RESISTENTE: não tem parasitas, não fica doente, não contamina a pastagem; não precisa ser desverminado 28

30 - O RESILIENTE: não fica doente, mas tem parasitas e, portanto, contamina a pastagem; porém não precisa ser desverminado e ajuda a preservar a população refúgio - O SUSCEPTÍVEL: tem parasitas, fica doente, contamina a pastagem e sempre precisa ser desverminado, aumentando o problema da resistência aos vermífugos. Este animal deve ser descartado do rebanho. Uma vez que há esses três tipos de animais (resistentes, resilientes e susceptíveis) é possível optar quais serão mantidos no rebanho e quais serão descartados. E sabe por quê? Porque estas características são herdáveis, ou seja, passam de pai para filho. Se for escolhido um animal mais resistente à verminose, os filhos deste animal serão, na média, também, mais resistentes que os filhos dos outros animais. Portanto, os mais susceptíveis devem ser descartados sempre. Mas, quem são estes animais? São aqueles que sempre estão com verminose, os que ficam doentes primeiro e os que demoram mais para se recuperarem. Os animais resistentes e resilientes devem ser os escolhidos para permanecer no rebanho. Eles quase não têm verminose e, quando têm, geralmente se recuperam rapidamente. Mas como é possível diferenciar o animal resistente do resiliente? Para isto, basta fazer o exame de fezes e contar o número de ovos nas fezes (OPG) de cada animal. 29

31 Em alguns países, como Austrália e Nova Zelândia, existem provas oficiais (como as provas de ganho de peso) para determinar quem são os animais mais resistentes à verminose. Portanto, a partir de hoje, comece a prestar atenção em seus animais e a identificar quais são os mais resistentes. E não esqueça de incluir esta característica na lista de objetivos a serem alcançados pelo seu rebanho Manejo de vermífugos Os vermífugos foram utilizados durante muito tempo como única maneira de combater a verminose. Hoje já se sabe que se os vermífugos forem usados indiscriminadamente eles não funcionarão mais. 30

32 Portanto, atenção: OS VERMÍFUGOS NÃO DEVEM SER USADOS COMO A ÚNICA FORMA DE CONTROLE DAS PARASITOSES DOS OVINOS E CAPRINOS. Os vermífugos podem ser de amplo espectro, ou seja, que têm ação sobre várias espécies de parasitas, ou de ação específica (curto espectro) que agem sobre um número menor de espécies. No mercado existe um grande número de vermífugos à disposição do criador, mas todos eles pertencem a apenas quatro grandes grupos químicos, que são: benzimidazóis, imidazotiazóis, lactonas macrocíclicas (amplo espectro) e salicilanídeos/substitutos fenólicos (curto espectro) (Quadro 3). Estas informações encontram-se na bula do vermífugo. O grupo químico representa a forma de ação da droga sobre o parasita, o que faz com que, quando os parasitas se tornem resistentes a um vermífugo de determinado grupo, fiquem resistentes a todas as outras drogas daquele mesmo grupo. Existem características do vermífugo que são inerentes ao princípio ativo e ao veículo que compõe a formulação comercial. Desta forma, um mesmo princípio ativo pode ser apresentado da forma oral ou injetável, bem como apresentar diferentes períodos de carência para a carne ou leite. Por isso, é conveniente consultar os períodos de carência diretamente na bula do medicamento utilizado. Quadro 3 - Grupos e princípios ativos dos principais vermífugos utilizados em ovinos e caprinos, com as respectivas doses recomendadas* 1 - Benzimidazóis 3 - Lactonas Macrocíclicas - Albendazol (10 mg/kg) - Ivermectin (0,2 mg/kg) - Fenbendazol (7,5 mg/kg) - Abamectin (0,2 mg/kg) - Oxfendazol (7,5 mg/kg) - Doramectin (0,2 mg/kg) - Moxidectin (0,2 mg/kg) 2 - Imidazotiazóis 4 - Salicilanilídeos - Tetramisol (8 mg/kg) - Closantel (7,5 a 10 mg/kg) - Levamisol (7,5 mg/kg) - Disofenol (7,5 mg/kg) - Nitroxinil (13 mg/kg) *doses para ovinos 31

33 Outro cuidado que se deve ter é prestar atenção ao nome do princípio ativo, não ao nome comercial do vermífugo. Para um mesmo princípio ativo, podem existir dezenas de produtos comerciais. Portanto, a escolha do vermífugo deve ser orientada por um profissional qualificado. Atualmente existem no mercado muitos produtos comerciais, que são associações de princípios ativos. Esses vermífugos devem ser utilizados com cautela, pois quando desenvolvem resistência, atingem dois ou três princípios ativos, o que pode se tornar um sério problema para os programas de controle da propriedade. Esses produtos só devem ser utilizados após um teste de vermífugos indicar que princípios isolados não são eficientes. Pode-se concluir que a utilização de um vermífugo de maneira eficiente, depende de vários fatores, entre eles: a qualidade do produto, a dose e a eficácia do produto no rebanho em que está sendo utilizado. Para que se tenha certeza de que o produto é eficaz, deve-se realizar periodicamente um teste de eficácia de vermífugos e, com base nisto, escolher o princípio a ser utilizado. O mais importante, é ter em mente que os vermífugos, quando bem utilizados, fazem parte das estratégias de controle da verminose, mas nunca devem ser utilizados como a única ferramenta de controle. Para o emprego do vermífugo de forma correta é importante considerar que: a) A forma com que se utilizam os anti-helmínticos será decisiva para prolongar o tempo de uso deste vermífugo. É necessário testar os princípios ativos antes de decidir qual será o utilizado, devido ao problema de resistência já citado. Há necessidade de que este teste seja realizado em todas as propriedades, pois nem sempre a droga que funciona em uma propriedade também funciona na outra. Deve-se somente utilizar vermífugos que apresentem redução de OPG superior a 90%. Ou seja, se antes do tratamento a média de ovos por grama de fezes era de 1.000, depois do vermífugo pode ser de, no máximo, 100. Caso isto não ocorra, deve-se testar associações de princípios ativos sob orientação técnica (usar mais de um vermífugo ao mesmo tempo). O teste de vermífugos deve ser realizado todos os anos. b) Usar a dose correta do vermífugo. As dosagens dos principais princípios ativos, recomendadas para ovinos, estão listadas no Quadro 3. Muitas vezes, utilizam-se estas mesmas dosagens para caprinos, ainda que alguns considerem que estas devem ser mais altas. O exemplo do princípio ativo levamisol ilustra esta situação. Enquanto o levamisol é indicado na dose de 7,5 mg/kg para ovinos, há citações de doses de 10 mg/kg e até 12 mg/ 32

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