Aplicação de filtros de partículas em veículos pesados
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- Maria de Lourdes Azeredo Filipe
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1 Resultados dos testes realizados Francisco Ferreira, Hugo Tente, Pedro Gomes FCT-UNL Luísa Nogueira CCDR-LVT Carlos Borrego, Ana Isabel Miranda, Jorge H. Amorim, Pedro Cascão, Anabela Carvalho UAVR-CESAM Sofia Sousa CCDR-N
2 Tópicos a abordar 1. Metodologia / O processo completo dos Testes com Filtros de Partículas 2. Resultados e Discussão 3. Recomendações futuras 4. Parceiros
3 Testes com Filtros PM em Pesados Fases do processo 1. Selecção das viaturas 2. Adequação dos sistemas às especificidades próprias das viaturas seleccionadas
4 Testes com Filtros PM em Pesados Fases do processo 3. Produção dos sistemas de filtros 4. Fase de medições de opacidade e indicadores complementares sem o filtro instalado
5 Testes com Filtros PM em Pesados Fases do processo 5. Instalação dos sistemas de filtros 6. Fase de medições de opacidade e indicadores complementares com o filtro instalado
6 Testes com Filtros PM em Pesados Fases do processo 7. Compilação e tratamento de dados 8. Produção de relatório e conclusões
7 Resultados e Discussão As perguntas fundamentais 1. Servem os filtros em frotas de pesados o objectivo de com um bom custo-benefício reduzir as emissões de Partículas? a) Os filtros prejudicam o desempenho operacional das viaturas? b) Os filtros aumentam os custos operacionais? c) Os filtros são soluções credíveis? Existem limites à sua instalação (p.ex. viaturas nas quais são desaconselhados)? 2. Existem formas expeditas de monitorizar a existência e funcionamento dos filtros em pesados? a) Se sim, como? b) Existem formas de melhorar esses eventuais processos? 3. De que forma o Estado poderá contribuir para uma eventual estratégia que promova a instalação e utilização de filtros PM? De que formas?
8 Resultados e Discussão Os filtros reduzem PM com custo-eficácia? Dados da viatura e do filtro SEM filtro COM filtro Entidade Tipo Veículo Filtro N K (m-1) N K (m-1) Redução Rod. de Lisboa Bus Pirelli 24 0, ,02 94% TST Bus Dinex 16 0,14 8 0,01 91% CM Lisboa 1 CM Lisboa 2 Limpeza urbana Pirelli 6 0, ,04 93% Limpeza urbana Camprovis 9 3, ,34 60% TIBA HDuty Pirelli 6 0,82 8 0,03 96% TAS Portugal HDuty Dinex 4 0,54 7 0,02 96% Resultados obtidos para a Região de LISBOA e VALE DO TEJO
9 Resultados e Discussão Os filtros reduzem PM com custo-eficácia? Dados da viatura e do filtro SEM filtro COM filtro Entidade Tipo Veículo Filtro N K (m-1) N K (m-1) Redução STCP 1 Bus Pirelli 4 0,41 2 0,02 95% STCP 2 Bus Camprovis 4 0,35 9 0,03 90% Maiambiente 1 Maiambiente 2 Limpeza urbana Pirelli 4 2,03 5 0,00 100% Limpeza urbana Dinex 4 0,56 7 0,00 100% Tracar HDuty Pirelli 4 1,41 5 0,12 92% Transportes Sardão HDuty Dinex 5 1,11 8 0,01 99% Resultados obtidos para a Região NORTE
10 Resultados e Discussão Os filtros reduzem PM aos níveis requeridos? Viaturas de Limpeza Urbana
11 Resultados e Discussão Os filtros reduzem PM aos níveis requeridos? Pesados de Passageiros
12 Resultados e Discussão Os filtros reduzem PM aos níveis requeridos? Pesados de Mercadorias
13 Resultados e Discussão A instalação de filtros permite atingir níveis requeridos de PM com bom custo-eficácia? > n.º medições conclusões com > grau de confiança Verificou-se uma diminuição significativa dos valores de opacidade (cumprimento do EURO V após FP, sendo a fasquia do EURO III assegurada pela totalidade dos filtros testados dados homologação Suíça, Itália, Alemanha,...) excepção: viatura da CML com filtro Camprovis sofreu perdas de aditivo durante os testes redução da eficiência do FP e obrigou à sua remoção, limpeza e reinstalação Nem todas as viaturas estarão a priori preparadas para instalação (1 exemplo com opacidade > 3 m -1 só após intervenções mecânicas) mas a maioria dos pesados apresentou melhores emissões PM do que o esperado para a norma EURO do motor
14 Resultados e Discussão Questões operacionais dos parceiros (gestores de frotas participantes) Há perda de potência do motor após a instalação do filtro? Registada uma perda ligeira de potência em algumas viaturas em operações de necessidade de plena potência (p.ex. na operação de grua numa das viaturas da CML) Há aumento de consumo de combustível com filtro? Registaram-se casos de aumento do consumo de combustível, porém outros factores parecem ter sido decisivos para esse desfecho: diferentes condutores, diferentes percursos, diferentes níveis de carga ou serviço, o que tornou a comparabilidade complexa)
15 Resultados e Discussão Questões operacionais dos parceiros (gestores de frotas participantes) Consumo específico (L/100 Km) Viatura Pré-filtro Pós-filtro Variação % Rodoviária Lisboa (Pirelli) 42,3 41,7-1,5% CM Lisboa 2 (Camprovis) 54,2 56,3 3,7% TIBA (Pirelli) 39,5 36,3-8,7% TAS Portugal (Dinex) 21,3 23,5 9,1% Maia Ambiente 1 (Pirelli) 44,3 38,6-14,8% Maia Ambiente 2 (Dinex) 70,6 71,1 0,7% STCP 2 (Camprovis) 48,1 46,5-3,5% STCP 1 (Pirelli) 50,6 54,9 7,8%
16 Resultados e Discussão Questões operacionais dos parceiros (gestores de frotas participantes) Quais são os custos de instalação envolvidos? Para todos os casos testados de cerca de 5.000,00 /filtro Há mais custos envolvidos? Sim, no caso da utilização de ADITIVO (filtros Pirelli e Camprovis) Consumo médio estimado: 0.08 L aditivo/100 Km percorridos Tendo em conta um custo de 15,00 /L e Km anuais percorridos: a) Pesados de passageiros 600,00-900,00 /ano b) Pesados de mercadorias 400,00-400,00 /ano c) Viaturas de limpeza urbana 400,00-600,00 /ano O custo com aditivo não se aplica aos filtros Dinex catalisados
17 Resultados e Discussão Formas de monitorização da instalação e/ou funcionamento dos filtros? A medição de opacidade constituiu-se como um bom método para aferir este aspecto O Teste de Aceleração Livre normalmente utilizado pode e deve ser melhorado, por forma a assegurar uma gama de rotações da leitura em teste mínima (sensibilidade do teste à aceleração mais ou menos suave) A opacidade é, todavia, um indicador expedito pelo que APENAS filtros homologados em países definidos pelo IMTT deverão ser aceites. O processo de comprovação desta certificação já existe e define normas mínimas (p.ex. 60% de redução em massa e número de PM)
18 Resultados e Discussão De que forma pode o Estado contribuir para uma eventual estratégia de promoção de instalação de filtros? O custo-eficácia desta aplicação nos pesados é citado na bibliografia e foi comprovado O Estado deverá estabelecer as regras de funcionamento do sistema e procurar apoiar a instalação Para além de reduções ou benefícios fiscais, a intervenção do Estado poderá ser baseada em instrumentos económicos e operativos como a introdução de ZERs e/ou de regimes de portagens em função do desempenho das viaturas (Alemanha desde início de 2009)
19 Recomendações Inspecção e Manutenção (I&M) de viaturas pesadas Bons regimes de I&M não só têm efeitos no consumo de combustível mas também no desempenho ambiental da viatura, sendo tão importantes como a instalação de um FP ou como a norma EURO que a priori cada motor cumpre margem de melhoria deve ser explorada porque implica boas reduções de emissões poluentes a baixo custo exemplo: GISFROT, desenvolvido para o IMTT pela Rodoviária de Lisboa e pelo Instituto Superior Técnico, sistema que gere um conjunto de indicadores de desempenho visando optimizar o funcionamento da frota
20 Recomendações Formas de fiscalização da instalação e operação de filtros de partículas? actualmente: em estrada (observação directa do FP e da pluma de gases do escape, bem como do documento único) e em centros IPO (medições de opacidade e verificação do n.º série e modelo futuramente: consulta por via telemática através do chip de matrícula (contendo informação sobre o FP) tal como actualmente na Alemanha (cobrança de portagens diferenciadas consoante o desempenho ambiental)
21 Testes com Filtros PM em Pesados Face aos objectivos propostos inicialmente Testar a eficácia e desempenho dos FP Testar formas de monitorização futura dos pesados equipados com FP Obter elementos de apoio sobre o impacto dos FP no desempenho operacional dos veículos (p.ex. consumo de combustível) Promover uma cultura de confiança nos potenciais utilizadores de FP Optimizar eventuais estratégias de apoio à instalação de FP
22 Parceiros envolvidos nos testes
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