Econ. Darcy Francisco Carvalho dos Santos Setembro/2013
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- Natália Castel-Branco Fraga
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1 Econ. Darcy Francisco Carvalho dos Santos Setembro/2013
2 Observação inicial A dívida não é o maior problema financeiro do Estado, mas é o que permite uma economia de recursos imediata e significativa, dependendo das condições estabelecidas em nova renegociação.
3 3.000 Evolução da dívida em contratos, em relativos Relativo
4 Causas do endividamento Altos déficits primários. Facilidades de endividamento. Reforma bancária que institucionalizou o mercado de capitais a partir de Títulos da dívida pública. Lei Estadual nº 6.465, de , autorizou o lançamento de TDP estadual (LTE-RS). Operações extralimites da década de Crise dos anos 80. Juros altos, especialmente na década de 1990.
5 Resultado primário e investimentos por período governamental 29,2 29,4 27,4 27,9 19,7 20,4 13,0 8,1 8,0 6,58,6 1,7 4,8 4,7-9,6-13,7-19,6-20,9-15,4-13,0-14,6-6,3 Investim. Primário
6 Causas dos altos déficits primários Alta despesa de custeio. Investimentos além da capacidade financeira do Estado. Receita tributária concentrada na União Pacto federativo inadequado Desonerações tributárias feitas pelo Governo Federal. Perda da receita inflacionária a partir de 1994
7 Receita tributária disponível por nível de governo, ANO União Estados Municípios Total União Estados Municípios Total Em % do PIB Em % do total ,40 5,90 1,10 17,40 59,4 34,0 6,6 100, ,00 5,50 2,10 24,60 69,2 22,2 8,6 100, ,00 6,00 2,40 22,40 62,3 26,9 10,8 100, ,01 7,96 5,02 29,99 56,7 26,5 16,7 100, ,35 8,58 6,26 34,19 56,6 25,1 18,3 100, ,46 8,84 6,52 35,83 57,1 24,7 18,2 100,0 Fonte: Khair, Amir; Araújo, Erika Amorim; Afonso, José Roberto. Carga Tributária - mensuração e impaco sobre o crescimento, até : Receita Federal do Brasil 2010/2011- Carga Tributária Global no Brasil em Afonso, José Roberto e Castro, Kleber. Da parcela da União, 2% do PIB ou 5,6% do total pertencem ao FGTS e ao Sistema S. (*) Após as transferências constitucionais.
8 Participação dos Estados na Carga tributária nacional 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5, PIB - % 5,9 5,5 6,0 8,0 8,6 8,8 Total % 34,0 22,2 26,9 26,5 25,1 24,7
9 Distribuição do FPE entre regiões População Arrecadação FPE NO, NE, CO SD, SU
10 Arrecadação do IPI e IR por região e distribuição do FPE, em 2012 Valores em R$ milhões REGIÕES IR +IPI FPE FPE/(IR+IPI) NO,NE,CO ,0% SUL E SUD ,3% TOTAL ,2% RS ,6% Fonte: Dados brutos Secretaria da Receita Federal e Lei Complementar 62/1989.
11 Transferências Lei Kandir R$ 1.000,00 constantes Ano Valor % Fonte: Balanços do Estado
12 Transferências federais em % da receita corrente total, ,0 12,7 12,0 10,0 11,1 11,3 10,0 10,8 9,1 8,0 6,0 7,6 6,3 Com SUS Sem SUS 4,0 2,
13 Tabela 2.2. Alienação de bens e rendimentos financeiros, Valores em R$ 1.000,00 atualizados pelo I GP-DI médio para Alienação Rendimentos Receitas Rec.extras/ Períodos de bens financeiros extras RCL Inflação anual média 1 2 3=1+2 4 IGP-DI IPCA ,7% 21,3% ,3% 38,8% ,4% 95,6% ,9% 183,7% 175,3% ,9% 1187,6% 1234,4% ,1% 1359,3% 1246,4% ,4% 8,3% 9,7% ,8% 16,6% 8,8% ,9% 6,2% 6,4% ,1% 6,7% 5,1% Elaboração própria com base em dados dos Balanços do Estado do RS. (**) Em alienação de bens, em 1999 inclui anulação de restos a pagar com recursos de privatização ( mil). A contar de 2001 foi considerado o balanço consolidado.
14 Consequências dos déficits Crescimento da dívida: 27 vezes em 28 anos, entre 1970 e Extinção da Caixa Estadual. Banrisul, prejuízo em 1998 R$ 2 bilhões em valores atuais. Empréstimo Proes: R$ 10 bilhões (preços atuais). Utilização do caixa único: De 1999 a 2012: R$ 9,4 bilhões em valores atuais. Redução dos investimentos e das aplicações em educação e saúde e demais vinculações.
15 Condições do acordo de 1998 Dívida em títulos e parte da contratual (quase toda) Taxa de juros: 6% ao ano ( efetiva 6,17%) Reajuste: IGP-DI Prazo: 360 meses (30 anos) Limite: 13% da RLR (12% em 1998 e 12,5% em 1999). Abatido de operações anteriores. Amortização extraordinária: R$ milhões Subsídio em : 25% (data do corte: 31/3/96) Resíduos: Pagos quando o valor da prestação for inferior ao do limite. Saldo em 120 meses.
16 Subsídios iniciais no acordo de 1998 Diferença entre os encargos que incidiriam e os que passaram a incidir, entre a data do corte (31/03/96) e a data da assinatura do acordo. No caso do RS, a data-base é 16/11/98 ) Em valores de 1998: Total: R$ 94,3 bilhões RS: R$ 2,650 bilhões. Em valores atuais: Total: R$ 230 bilhões RS: 8,8 bilhões. Valor Econômico: 01/04/2013. Tesouro estima em R$ 230 bilhões os subsídios dados aos Estados
17 Porque não caiu o saldo devedor da divida Ficaram como intralimites, além do valor renegociado, cinco operações anteriores ( 2º, cláusula 5ª). Operação Proes (intralimite 55%). Exclusão do Fundeb da RLR em 1999, retroativa a IGP-DI, com variação igual a do IPCA em 1998 (1,7%), cresceu 38% acima da inflação até Resíduos incorporados ao saldo devedor, com reincidência de juros (anatocismo). Juros altos para os padrões atuais (1998: Selic líquida 26,5%). Crescimento da receita do RS em ritmo menor (entre , 25ª posição no País). Ausência de cláusula de equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
18 Variação do IGP-DI e IPCA, Ano IPCA IGP-DI IGP-DI/IPCA , ,9% 20,0% 110, ,0% 9,8% 114, ,7% 10,4% 117, ,5% 26,4% 131, ,3% 7,7% 129, ,6% 12,1% 134, ,7% 1,2% 129, ,1% 3,8% 130, ,5% 7,9% 134, ,9% 9,1% 138, ,3% -1,4% 130, ,9% 11,3% 137, ,5% 5,0% 135, ,8% 8,1% 138,4 Fonte: Elaboração própria. 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 - IPCA IGP-DI
19 ,8 Evolução da dívida Em bilhões atualizados pelo IPCA 31,4 43,2 0 Valor 97+novas oper. Pago Saldo em 2011
20 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 - Serviço da dívida em % da RLR Extra 1,3 3,3 5,2 4,0 5,4 5,6 4,5 6,0 4,2 3,8 3,3 2,3 1,7 1,2 1,2 Intra 10, 10, 11, 12, 12, 13, 13, 13, 13, 12, 13, 13, 13, 13, 13,
21 Passivo total do Estado em 2012 DESCRIÇÃO VALOR % UNIÃO ,1 PRECATÓRIOS JUDICIAIS ,9 DEMAIS CREDORES DE CP E LP ,5 SAQUES DO CAIXA ÚNICO ,9 DÍVIDAS NÃO INSCRITAS ,6 REMUNERAÇÕES DO SIAC 884 1,3 CRÉDITOS DOS EXPORTADORES ,3 TOTAL ,0 Fonte: Balanços do Estados e Pareceres Prév ios do TCE.
22 Dívidas em formação Tabela 3.7. Passivo trabalhista potencial pelo não pagamento do piso nacional do magistério Período: maio/ dezembro/2014 Em R$ 1.000,00 correntes. Ano Folha Pagamentos Juros Correção Total Diferença Piso Nacional Piso RS (6% a.a.) (IGP-M) passivo Total Fonte: Elaboração própria
23 Propostas A seguir gráficos representativos do comportamento do saldo devedor e do serviço da dívida com algumas propostas de renegociação da dívida estadual. OBSERVAÇÃO: Crescimento real da receita considerado em todas as simulações: 3% ao ano. Planilhas de cálculo: em meu poder, à disposição. Ver Observação importante na folha seguinte.
24 Observação importante! Os cálculos relativos à Proposta da Presidência da República, inclusive a que acresce mais dez anos, considera que os resíduos da dívida após a negociação não sofrerão mais reajustes, já que tiveram como causa principal o excesso de variação do IGP-DI. Havendo reajuste dos resíduos, o prazo deve prorrogado para Assim, e mantido o limite de 13% da RLR, o valor da prestação só começa a diminuir a partir de abril de Por isso, é fundamental a não incidência de reajustes ou então de juros ou de ambos sobre os resíduos.
25 Relação DCL/RCL, em 2012 (complicador) RS MG RJ SP AL MS GO PR AC SE PI BA RO PE SC MA CE PB MT TO RR AP AM ES PA DF RN 0,60 0,58 0,53 0,50 0,49 0,45 0,45 0,41 0,39 0,31 0,26 0,24 0,21 0,20 0,18 0,16 0,15 0,11 0,10 0,09 1,05 1,02 1,75 1,65 1,54 1,50-0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 2,18 Em 2000 eram 7 Estados com relação maior que 2.
26 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 - Saldo devedor da dívida mantidas as atuais condições, Saldo 41,8 42,3 42,1 41,5 40,3 38,7 36,3 33,3 30,8
27 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 - Saldo devedor da dívida c/ 9% da RLR, mantidas demais condições, Saldo 41,8 43,9 45,8 47,4 49,1 50,6 52,0 53,4 54,2
28 Proposta Sen.Dornelles (IPCA desde 98), juros de 3% após renegociação. (Reaj.inflação) 12,0 10,0 8,0 6,0 10,1 8,5 7,7 7,2 6,7 6,3 6,1 5,6 5,3 5,0 4,7 4,4 4,1 4,0 2,0 1, Saldo devedor 2028: 27 bilhões. Em 2038: Zero. Propostas semelhantes: Sen.Lindbergh Farias, Grupo Câmara e Unale
29 Proposta da Presidência da República 14,0 12,0 10,0 Reajuste IPCA + juros 4%, limitado à Selic a 9%. RLR 13% (Cessando a correção dos resíduos) 13,0 13,0 13,0 13,0 13,0 13,0 13,0 12,9 8,0 6,0 4,0 5,8 5,7 2,
30 Proposta da Presidência da República c/9% da RLR (cessando a correção dos resíduos) Reajuste IPCA + juros 4%, limitado à Selic 9%. RLR 9% 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0-9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 4,0 3,8 3,6 3, Economia em 2014: 900 milhões anuais.
31 Conclusão A dívida é um grande problema, não só pelo valor do serviço, como pelo crescimento do saldo devedor. A solução depende da boa vontade do Governo Federal. Mas o grande desafio do Estado é como sair do déficit estrutural. Necessita de uma visão estratégica (de longo prazo).
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