A EVASÃO ESCOLAR NO SEGUNDO ANO DA UNIDADE ESCOLAR MÁRIO MARTINS
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- Diego Osório Desconhecida
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ CAMPUS PROFESSOR BARROS ARAÚJO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS PORTUGUÊS A EVASÃO ESCOLAR NO SEGUNDO ANO DA UNIDADE ESCOLAR MÁRIO MARTINS Gutembergson Martins Feitosa Picos - PI
2 GUTEMBERGSON MARTINS FEITOSA A EVASÃO ESCOLAR NO SEGUNDO ANO DA UNIDADE ESCOLAR MÁRIO MARTINS Projeto de Pesquisa apresentado IV Fórum Internacional de Pedagogia - FIPED. Prof. Dr. Orientador: Ronaldo de Sousa Almeida Picos - PI
3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Contextualização do tema Delimitação do assunto Formulação do problema Hipóteses Objetivos Objetivo geral Objetivo específico Justificativa REFERENCIAL TEÓRICO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Caracterização da pesquisa Campo e sujeito da pesquisa Técnica da coleta de dados Análise de dados CRONOGRAMA RECURSOS Recursos Humanos Recursos Materiais / Financeiros CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO - ENTREVISTA FEITA AOS ALUNOS
4 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização do tema Evasão escolar é o afastamento do aluno da escola. Esse desvio se dá por vários motivos, tais como: situação econômica da família; falta de vagas nas escolas; distância da escola; problema de relacionamento entre professor e aluno; gravidez precoce; falta de interesse e de incentivo dos pais e da própria escola, entre outros. A evasão escolar está dentre os temas que historicamente faz parte dos debates e reflexões no âmbito da educação pública brasileira e que infelizmente, ainda ocupa até os dias atuais, espaço de relevância no cenário das políticas públicas e da educação em particular. Em face disto, as discussões acerca da evasão escolar, em parte, têm tomado como ponto central de debate o papel tanto da família quanto da escola em relação à vida escolar da criança. 1.2 Delimitação do assunto Onde quer que se olhe em todo o Brasil você vê o que a falta do ensino e da oportunidade fazem com alguns cidadãos. Pessoas passando fome, a violência cada vez aumentando mais e isso tudo sem sombra de dúvida está relacionada à educação no Brasil. O mais grave nisso tudo é percebermos que o descaso das autoridades competentes para esse assunto é um absurdo. Cada vez mais fica claro que o Governo, a elite, quer manter esse padrão de controle sobre os ignorantes e sobre um povo sem voz, sem educação para poder sim ter suas próprias opiniões e se extinguir da submissão total. Para os governantes a falta de educação na população é na verdade um controle remoto, e através dele controla seu próprio poder. Portanto o problema da evasão escolar que como já foi citado pode ser observado em todo o Brasil, aqui no nosso município muito das vezes vem acontecendo com freqüência, tomo como base a Unidade Escolar Mario Martins, no município de Picos - Piauí, que aqui 4
5 nesse projeto de pesquisa será meu referencial de análise, de onde irei tirar a amostra a ser analisada nesta pesquisa. 5
6 1.3 Formulação do problema Quais as causas que vêm contribuindo para o aumento da evasão escolar na Unidade Escolar Mario Martins? 1.4 Hipóteses a) Mudança de endereço; b) O aluno é afastado da sala de aula por ter que trabalhar; c) A distância da escola; e d) Falta de material escolar. 1.5 Objetivos Objetivo geral Analisar as possibilidades de acabar ou ao menos diminuir a evasão escolar na Unidade Escolar Mario Martins Objetivo específico Listar estratégias para evitar a evasão escolar; Buscar uma maior aproximação da realidade educacional e da situação de evasão; e Fazer com que os alunos se sintam motivados a virem à escola. 6
7 1.6 Justificativa A educação, segundo estabelece a Constituição (arts. 205 e 227), é um direito público subjetivo 1 que deve ser assegurada a todos, através de ações desenvolvidas pelo Estado e pela família, com a colaboração da sociedade. A educação segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 4º) o descreve como um dever da família, comunidade, sociedade em geral e do Poder Público. A lei é bastante clara ao afirmar que toda criança tem direito a escola. Portanto a educação deve ser trabalhada mutuamente por diversos setores da sociedade, que por força da constituição e do ECA são parceiros nesta missão, Família, Escola, Conselho Tutelar, Conselho da Criança e do Adolescente, Diretoria de Ensino, Secretarias de Educação, Assistência social e Saúde, Universidades, Policia Militar e Civil, Ministério Público e Judiciário. Portanto esta pesquisa é de suma importância por isso aqui analisaremos as principais causas da evasão escolar, e procuraremos soluções dentro da nossa realidade, sendo assim a grande relevância social desta pesquisa. 1 Entendendo direito público subjetivo como a faculdade de se exigir a prestação prometida pelo Estado. 7
8 2 REFERENCIAL TEÓRICO No que tange à educação, a legislação brasileira determina a responsabilidade da família e do Estado no dever de orientar a criança em seu percurso sócio educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB (1997:2), é bastante clara a esse respeito. Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A despeito disto, o que se observa é que, a educação não tem sido plena no que se refere ao alcance de todos os cidadãos, assim como no que se refere à conclusão de todos os níveis de escolaridade. Em seu lugar, o que se vê é que cada vez mais a evasão escolar vem adquirindo espaço nas discussões e reflexões realizadas pelo Estado e pela sociedade civil, em particular, pelas organizações e movimentos relacionados à educação no âmbito da pesquisa científica e das políticas públicas. A evasão escolar que, não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com as crianças que chegam à escola, mas, que nela não permanecem. De maneira geral, os estudos analisam o fracasso escolar, a partir de duas diferentes abordagens: a primeira, que busca explicações a partir dos fatores externos à escola, e a segunda, a partir de fatores internos. Dentre os fatores externos relacionados à questão do 8
9 fracasso escolar são apontados o trabalho, as desigualdades sociais, a criança e a família. E dentre os fatores intra-escolares são apontados à própria escola, a linguagem e o professor. Assim, a família foi apontada como um dos determinantes do fracasso escolar da criança, seja pelas suas condições de vida, seja por não acompanhar o aluno em suas atividades escolares. Existe um grande abismo entres as classes sociais no nosso piais que acentuam as desigualdades sociais, desigualdades sociais também presentes na sociedade brasileira, são resultantes das "diferenças de classe", e são elas que "marcam" o fracasso escolar nas camadas populares, por que: "É essa escola das classes trabalhadoras que vem fracassando em todo lugar. Não são as diferenças de clima ou de região que marcam as grandes diferenças entre escola possível ou impossível, mas as diferenças de classe. As políticas oficiais tentam ocultar esse caráter de classe no fracasso escolar, apresentando os problemas e as soluções com políticas regionais e locais. ARROYO (1991:21) Autores como BOURDIEU, CUNHA, FUKUI e outros, apontam a escola como responsável pelo sucesso ou fracasso dos alunos das escolas públicas, tomando como base explicações que variam desde o seu caráter reprodutor até o papel e a prática pedagógica do professor. Diferentemente dos autores que apontam a criança e a família como responsáveis pelo fracasso escolar, FUKUI (in BRANDÃO et al, 1983) ressalta a responsabilidade da escola afirmando que "o fenômeno da evasão e repetência longe está de ser fruto de características individuais dos alunos e suas famílias. Ao contrário, refletem a forma como a escola recebe e exerce ação sobre os membros destes diferentes segmentos da sociedade". E dentro da escola, o professor é apontado como produtor do fracasso escolar. Para ROSENTHAL e JACOBSON (in GOMES, 1994:114) a responsabilidade do professor pelo fracasso escolar do aluno se deve às expectativas negativas que este tem em relação aos seus 9
10 alunos considerados como "deficientes", os quais, muitas vezes, apresentam comportamentos de acordo com o que o professor espera deles. Estes teóricos mostraram através de seus estudos, que as expectativas, em geral, podem influenciar os fatos da vida cotidiana, e que geralmente, as pessoas parecem ter a tendência a se comportar de acordo com o que se espera delas. Assim, a expectativa que uma pessoa tem sobre o comportamento de outra, acaba por se converter em realidade. Para CHARLOT (2000), não existe o fracasso escolar, ou seja, não existe o objeto fracasso escolar, mas sim, alunos em situações de fracasso, alunos que não conseguem aprender o que se quer que eles aprendam que não constroem certos conhecimentos ou competências, que naufragam e reagem com condutas de retração, desordem e agressão, enfim histórias escolares não bem sucedidas, e são essas situações e essas histórias denominadas pelos educadores e pela mídia de fracasso escolar é que devem ser estudadas, analisadas, e não algum objeto misterioso, ou algum vírus resistente, chamado fracasso escolar. Assim, ao identificar os aspectos que colaboram pra evasão escolar, entendem-se que é preciso se debruçar sobre eles, para que a escola conheça e reflita sobre os diferentes aspectos que permeiam no decorrer de suas atividades político-pedagógicas na tentativa de oferecer uma educação que venha atender, de fato, às necessidades do indivíduo e da sociedade e, principalmente superar o processo de evasão escolar que exclui principalmente as crianças desfavorecidas socialmente. 10
11 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 3.1 Caracterização da pesquisa O projeto de pesquisa tem como preocupação central identificar os fatores que determinam e que contribuirão para a evasão escolar, visando explicar os motivos que agravam está situação. Será realizado visitas a escola e entrevistas a fim de conhecer a realidade melhor dos alunos e professores da Unidade Escolar Mario Martins, alem de uma analise na frequência dos alunos. 3.2 Campo e sujeito da pesquisa O projeto terá como amostra 10% dos alunos da 2 ano da Unidade Escolar Mario Martins, e 10% dos professores da referida série. 3.3 Técnica da coleta de dados Foi feito questionários e entrevistas para os alunos e professores, bem como anotação sistemática das observações. 3.4 Análise de dados Os foram coletados e serão analisados e interpretados, e a partir dessa interpretação será elaborado o resultado da pesquisa. 11
12 4 CRONOGRAMA ETAPAS MAIO JUNHO JULHO AGOSTO 1. Elaboração do projeto X X X 2. Revisão bibliográfica X X 3. Coleta de dados X X X X 4. Tabulação de dados X 5. Análise de dados X X 6. Redação preliminar de trabalhos X 7. Redação final X 8. Digitação e encadernação X X 9. Entrega final X 12
13 5 RECURSOS 5.1 Recursos Humanos ORDEM RECURSO QUANTIDADE 01 Pesquisador Digitador Recursos Materiais / Financeiros ORDEM RECURSO ESPÉCIE QUANTIDADE CUSTO R$ 01 Caneta Unidade 01 0,75 02 Xerox Unidade 90 9,00 03 Digitação Unidade 15 15,00 04 Impressão Unidade 16 24,00 13
14 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegando ao fim deste projeto me proponho como prometido no item 3.4 analisar os dados obtidos nas entrevistas com o grupo de amostra que foi selecionado. As entrevistas foram feitas através de questionários pré-elaborados que procuram sintetizar a real situação do objeto analisado. Segundo Rauen (1999, p. 141), é a parte que apresenta os resultados obtidos na pesquisa e analisa-os sob o crivo dos objetivos e/ou das hipóteses. Assim, a apresentação dos dados é a evidência das conclusões e a interpretação consiste no contrabalanço dos dados com a teoria. O tema central que foi abordado por mim neste projeto de pesquisa foi à questão da evasão escolar, a grande vilã do sistema de ensino no Brasil. De acordo com os alunos os professores e todos os profissionais da escola trabalham pra diminuir os índices de evasão. No município de Picos, embora os alunos tenham na escola um ambiente familiar, pois muita das vezes ou na maioria delas estudam na mesma escola parentes e amigos, o que mais dificulta a freqüência dos alunos na escola, são as condições sociais que a maioria deles estão inseridos, com baixa renda, muito deles tem que trabalhar pra ajudar no sustendo de casa, o que acaba muita das vezes fazendo com que esses alunos por cansaço ou ate mesmo por terem que trabalhar abandonem a escola. Muito dos alunos analisados afirmam que gostam de vir a escola e que o fato deles terem se afastado da escola acaba por influenciar em seu rendimento escolar. Os professores analisado na pesquisa afirma que trabalham com a equipe pedagógica da escola pra diminuir esses índices de evasão, procuram ao máximo fazer do ambiente escolar um ambiente familiar, e conversam com os alunos pra saber o motivo das faltas, quando tem um aluno que falta muito eles informa a equipe pedagógica da escola que visita esse aluno. 14
15 Só com políticas públicas de inclusão social, uma redistribuição de renda, e programas sociais que incentivem os alunos a estarem em sala de aula é que se pode diminuir a evasão. Por todo lugar existe pobreza e miséria, porem só com a educação é que se pode melhorar o país. 15
16 7 REFERÊNCIAS BRANDÃO, Zaia et alii. O estado da arte da pesquisa sobre evasão e repetência no ensino de 1º grau no Brasil. In Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 64, nº 147, maio/agosto 1983, p CHARLOT, Bernard. Da Relação com o Saber. Elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, FERREIRA, Luiz. Evasão Escolar. Disponível em C3%A3o.doc>. Acesso em: 08 maio GOMES, Candido Alberto. A Educação em Perspectiva Sociológica. 3ª ed., São Paulo: EPU, LEI Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1997/2, Brasília. QUEIROZ, Lucileide. Um estudo sobre a evasão escolar: Para se pensar na inclusão escolar. Disponível em:< Acesso em: 07 maio RANGEL, Leonardo. Evasão Escolar a vilã do ensino. Disponível em:< Acesso em: 08 maio
17 8 ANEXO - ENTREVISTA FEITA AOS ALUNOS 01. Como a evasão escolar vem sendo trabalhada no cotidiano da sua escola? 02. Você ver a escola como a sua casa? 03. O que dificulta a sua vinda à escola? 04. O fato de você ter se afastado da escola por um longo período trouxe que conseqüências boas ou ruins para você? 05. Você gosta de vir a escola? Se sente motivado para isso? ENTREVISTA FEITA AOS PROFESSORES 01. Como trabalha a freqüência dos alunos de sua sala? 02. Costuma conversar pra saber o motivo das faltas ou desistências? 03. O ambiente escolar é um ambiente familiar? 04. O que pode ser feito em sua opinião para fazer o aluno ser mais frequente em sala? 17
PÚBLICO-ALVO Assistentes sociais que trabalham na área da educação e estudantes do curso de Serviço Social.
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