A ÁFRICA NA ANTIGUIDADE: EGITO E NÚBIA

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1 CAPÍTULO 4 A ÁFRICA NA ANTIGUIDADE: EGITO E NÚBIA

2 O Egito: formação n 7000 a.c.: populações ocuparam as margens férteis do Rio Nilo. Cheias periódicas Húmus Solo fértil Agricultura n A civilização egípcia formou-se em decorrência do crescimento das aldeias agrícolas (nomos). n O manejo dos recursos naturais (entendimento dos regimes de cheias) e o desenvolvimento de tecnologias possibilitaram: o transporte de água para locais não atingidos pelas inundações; a drenagem dos terrenos encharcados e pantanosos. Aumento dos campos cultiváveis.

3 n Por volta de 4000 a.c.: Egito antigo Contato com os povos do Mediterrâneo. MAR MEDITERRÂNEO BAIXO EGITO Gizé Aquetáton Heliópolis Mênfis ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL Contato com os povos da Núbia. TRÓPICO DE CÂNCER Tínis Abidos ALTO EGITO Rio Nilo 1 a Catarata Karnak Tebas Assuã MAR VERMELHO Fonte: MOKHTAR, Gamal (Ed.). História geral da África: África antiga. 3. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, p v. 2. Foto: Goddard Space Flight Center/Nasa. 140 km Abu Simbel 2 a Catarata n Por volta de 3200 a.c.: reino unificado por Narmer (Nemés). Egito unificado Início do governo dos faraós n Estado teocrático: o faraó era considerado um deus.

4 O Egito unificado: os três impérios n Três grandes fases, separadas por períodos intermediários: Antigo Império ( a.c.) Paz interna e prosperidade econômica. Construção das pirâmides de Gizé. Médio Império ( a.c.) Restabelecimento da unidade política. Expansão em direção à Núbia. Expansão das áreas agrícolas e da vida cultural. Novo Império ( a.c.) Expulsão dos hicsos. Retomada da Núbia. Conquista da Palestina, da Síria e da Fenícia. Incorporação pelo Império Persa (525 a.c.) Primeiro Período Intermediário ( a.c.) Estabelecimento dos nomarcas no poder e criação de Estados independentes. Segundo Período Intermediário ( a.c.) Domínio do Egito pelos hicsos, que fundam dinastias. Terceiro Período Intermediário ( a.c.) Fragmentação política e conquista do Egito pelos núbios e depois pelos assírios.

5 A sociedade egípcia n Divisão social: O faraó personificava o Estado e se impunha como soberano divino. Sacerdotes Altos funcionários do Estado Grupo privilegiado que organizava o trabalho e decidia por todos. CECÍLIA IWASHITA Comerciantes Escribas Pequenos e médios servidores do Estado, formavam um grupo que prestava serviços ao faraó e aos palácios e templos. Artesãos Fonte: CASSON, Lionel (Org.). O antigo Egito. Rio de Janeiro: José Olympio, (Biblioteca de História Universal Life) Escravos Camponeses Conhecidos como felás, representavam a maioria da população. Trabalhavam nas atividades agropecuárias, eram obrigados a entregar parte da produção ao faraó, como pagamento de tributos, além de serem recrutados periodicamente para o trabalho nas obras públicas. Prisioneiros de guerra, filhos de escravos ou provenientes de tributos pagos pelas regiões conquistadas. Na sociedade egípcia, as mulheres tinham o mesmo status que os homens.

6 A religião no Egito antigo n Era politeísta: os egípcios acreditavam em diversos deuses. n Envolvia a crença na vida após a morte: No Antigo Império somente para os faraós. No Médio Império para todos os egípcios. Suas tumbas eram abrigadas em pirâmides. O corpo dos mais ricos era mumificado e o dos mais pobres era envolto em uma mortalha e depositado nas areias do deserto. n Os deuses podiam ter forma humana (antropomórfica), animal (zoomórfica) ou a combinação das duas (antropozoomórfica).

7 O conhecimento desenvolvido pelos egípcios n Desenvolvimento da escrita: IN GREEN/SHUTTERSTOCK MUSEU BRITÂNICO, LONDRES MUSEU BRITÂNICO, LONDRES Hieroglífica Hierática Demótica Textos sagrados Textos oficiais Uso cotidiano n Confecção da folha de papiro. n Criação dos relógios de água e de sol. n Desenvolvimento da aritmética e da geometria.

8 Núbia (Cuxe) Núbia antiga n Desenvolveu-se ao sul do Egito (região do atual Sudão). n Localizava-se em uma região estratégica: rota segura que possibilitava o intercâmbio comercial entre os territórios ao sul do Deserto do Saara e o Mediterrâneo. TRÓPICO DE CÂNCER MAR MEDITERRÂNEO EGITO Rio Nilo 1 a catarata 2 a catarata MAR VERMELHO FERNANDO JOSÉ FERREIRA 3 a catarata NÚBIA Kerma 4 a catarata 5 a Djebel Barkal catarata Napata Grande centro comercial n Foi dominada pelo Egito durante o Novo Império, fornecendo- -lhe alimentos, produtos comercializáveis, escravos e ouro. 170 km Branco Nilo Rio Méroe 6 a catarata Rio Nilo Azul Fonte: MOKHTAR, Gamal (Ed.). História geral da África: África antiga. 3. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, p v. 2. Foto: Goddard Space Flight Center/Nasa.

9 n 1560 a.c.: o Reino de Kerma, inicialmente independente, foi dominado pelos egípcios. n 800 a.c.: os cuxitas dominaram o Egito e inauguraram a dinastia cuxita (etiópica). n Século VII a.c.: a invasão assíria pôs fim ao domínio cuxita no Egito. Permanência forte da cultura egípcia. n Século VI a.c. (período meroíta): os núbios retomaram suas antigas práticas e tradições. n Século II a.c.: instituiu-se em Méroe um regime matriarcal.

10 Cronologia política do Egito e de Cuxe EGITO Instalação dos primeiros grupos humanos no Vale do Rio Nilo. Unificação dos reinos do Baixo e do Alto Egito. Antigo Império Construção das pirâmides de Gizé a.c a.c a.c. REINO DE CUXE 3200 a.c. Produção dos primeiros relatos egípcios sobre o comércio com comunidades agropastoris dispersas na região da Núbia. Médio Império Construção de grandes obras públicas de irrigação e florescimento da vida cultural. A cidade de Kerma torna-se o centro da civilização cuxita. Novo Império Período de maior expansão territorial do Egito. Cuxe transforma-se em província após a invasão egípcia. O faraó Tutmés III funda Napata, uma nova capital. Inicia-se um longo período de declínio da civilização egípcia a.c a.c. c a.c. ANTES DE CRISTO 1800 a.c a.c. c a.c. c. 800 a.c. c. 600 a.c. Fonte: MOKHTAR, Gamal (Ed.). História geral da África: África antiga. 3. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, v. 2. Monarquia independente de Cuxe conquista o Egito. A capital ANO 1 desloca-se para Méroe e o reino atinge o apogeu. Nascimento de Jesus Cristo DEPOIS DE CRISTO Linha do tempo ilustrativa. Os acontecimentos não foram representados em escala temporal.