USUÁRIO REVOLUCIONÁRIO: TWITTER COMO UM ESPAÇO DE MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS

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1 Práticas Interacionais em Rede Salvador - 10 e 11 de outubro de 2012 USUÁRIO REVOLUCIONÁRIO: TWITTER COMO UM ESPAÇO DE MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS Janaina de Holanda Costa Calazans 1 José Flank Bekemball 2 Resumo: O poder da democracia se efetiva mais eficazmente quando a sociedade tem voz representativa sem intermédio de outros. A transmissão de poder faz com que interesses de quem estão representando seja agregado fazendo perder a essência inicial da vontade de quem os denominou no poder. As mídias de massas tradicionais tem este viés de intermediar a vontade da população em relação ao poder público agregando interesses particulares. Vamos encontrar na internet um espaço propício para formação de uma arena de posicionamento democrática devido as suas infinitas propriedades que privilegiam a criação particular de conteúdos, tornando-se assim um ambiente propício para formações de manifestações públicas. O Twitter vai potencializar estas características devido ao seu manuseio rápido e prático tornando-se um imenso potencial revolucionário de mobilização, organização e manifestações públicas, sendo uma ferramenta para um ciberativismo que ultrapasse o ambiente virtual se aproximando mais da realidade física. Palavras-chave: redes sociais, mobilização, ciberativismo, democracia, virtual. Abstract: The power of democracy is realized more effectively when the society has representative voice without intermediate of the others. The transmission of the power makes interests of whom they are representing be added, making them lose the essence of the original desires from the ones who put them on power. The traditional mass media has this bias of intermediating the will of the population in relation to the public power by adding particular interests. We are going to find on the internet an space propitious to the formation of an arena with democratic attitude due to the infinite properties which emphasize the creation of particular contents, thus making a propitious place to the formation of public demonstrations. Keywords: social networks, mobilization, cyber activism, democracy, virtual. 1 Janaina Calazans é Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco. Coordenadora do curso de Comunicação Social da Faculdade Boa Viagem e professora do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Boa Viagem e Universidade Católica de Pernambuco. 2 José Flank Bekemball é graduado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Boa Viagem.

2 UMA SOCIEDADE EM QUE A DEMOCRACIA ESTÁ EM CRISE A democracia moderna se configura pela escolha de representantes, por parte da população, através de votos nas eleições. Porém, apenas o ato de votar não designa uma democracia em sua forma mais ampla, pois como defendia Jean Jacques Rosseau ninguém pode querer por um outro e assim o filósofo não admite a representação no nível da soberania, uma vontade não pode ser representada. Já Habermas (1997) acredita na necessidade de deliberação para que haja legitimidade nas decisões tomadas no âmbito de uma democracia, pois é através dos fluxos comunicacionais que emanam opiniões do espaço público para o poder administrativo. O autor entende como espaço público a arena na qual se forma a opinião pública Assim, de acordo com as ideias de Habermas (1984), a esfera pública é um domínio da sociedade em que a opinião pública é formada e fundada com conversas, discussões, interações, no âmbito da vida cotidiana. Porém, é relevante destacar nas ponderações de Habermas (1984), que a massificação dos meios provocou uma mudança estrutural na esfera pública, pois na medida em que ganharam um número incomparável de audiência, eles também passaram a ser mais vulneráveis a interesses particulares e: Tanto esta [a mídia ou a imprensa] é a instituição da esfera pública, enquanto passa a intermediar o raciocínio das pessoas privadas reunidas num público, quanto instrumento da construção e reunião de públicos, nesse sentido substituindo ou complementando os cafés, salões e comunidades de comensais (GOMES 1998, p.155). As mídias de massa se apresentam como mediadoras entre o público e o poder e neste processo de mediação, as informações, bem como as opiniões, são deturpadas favorecendo a classe no qual a mídia se origina, pois ao contrário de outrora - quando a informação partia de forma direta do seu emissor para um receptor - as mídias de massa vão representar o papel de intermediador, publicando um ponto de vista da totalidade das informações. Quando os interesses privados passam a tomar conta dos veículos de comunicação, estes passam uma ideia de que os espectadores são responsáveis por uma opinião pública, quando na verdade o que existe é uma falsa opinião, ou como Habermas (1984) relatou uma opinião pública encenada. Esta sensação pode ser observada pela grande quantidade de informações que as mídias de massa produzem atacando os poderes em prol da sociedade em geral, mas isto não resolve os interesses intrínsecos que as mídias têm diante dos conteúdos produzidos e de como elas são dispostas.

3 Quase 20 anos depois do fim da ditadura, em plena democracia, continuamos a ignorar, no Brasil, a evidência de que, junto com outras atividades anteriormente consideradas como exclusivas do Estado, a censura também está sendo privatizada (LIMA, 2010, p.105). As informações, as pressões, os manifestos dispostos pelas mídias de massa clássicas são muitas, mas que de nada adiantam se servirem apenas para um interesse particular, seja ele para uma instituição, um determinado grupo, ou até mesmo um indivíduo. Na verdade, a sobrecarga de informações pode acarretar uma consequência contrária; a de instigar uma opinião pública, pois são através das ideias acumuladas que as pessoas vão receber novas mensagens midiáticas e assim, tornam-se suscetíveis a observar de formas distorcidas provenientes da bagagem adquirida, como defende van Dijk (2008). O autor ainda defende o risco da manipulação por onde se espalham os discursos políticos por parte dos detentores de veículos, pois estes utilizam do poder que tem através do alcance de suas empresas para favorecem determinados interesses que ora vão a favor, ora vão contra os manipulados. O fato não implica em favorecer ou apoiar determinada ação política, desde que seja feita com argumentação e não com manipulação. Assim, não é difícil compreender a internet como um espaço importante para formação de uma arena de posicionamento das manifestações públicas, pois ela abriga todas as propriedades pertinentes ao favorecimento de uma democracia mais atuante em que não apenas apresenta a vontade de um grupo que se sobressai em detrimento de outro menos favorecido, mas todos têm o mesmo direito sem distinção de classe, gênero, raça, ou posição social e econômica. As mídias sociais vão intensificar este poder da internet por agrupar interesses distintos pessoas, que acarretará discussões mediadas pelas ferramentas que esta proporciona. Esta interação pode provocar uma maior participação política por parte dos cidadãos, não havendo uma separação entre a esfera política e a esfera civil, predominado a ideia central da democracia como um governo do povo, com o povo e para o povo. A internet uniria as esferas política e civil, possibilitando uma relação sem intermédios de influências da esfera econômica e, sobretudo, das indústrias do entretenimento, da cultura e da informação de massa, que nesse momento controla o fluxo de informação política (GOMES, 2005, p. 35). O usuário passaria de consumidor de informação para produtor, divulgador e propagador de informações políticas, pondo em prática seu direito democrático, antes interpolado pelas mídias de massa clássicas. Gomes (2005) ainda descreve graus possíveis da democracia digital de forma hierárquica. Na base estaria o acesso do cidadão aos serviços realizado pelo estado; acima

4 estaria a possibilidade do Estado consultar a opinião da sociedade quanto às ações públicas. No terceiro nível estas ações seriam plenas num total estado de transparência das ações. No quarto nível, as tomadas decisões não seriam intermediadas por representantes, mas o próprio cidadão, através da internet, escolheria o destino das ações públicas. Não é o fato apenas de controlar a esfera política, mas de produzir decisões em prol de negócios públicos. Por último, haveria uma deliberação pública em que os cidadãos estariam conectados entre si possibilitando a tomada de decisão nos negócios públicos. Porém, apenas a disposição dos utensílios tecnológicos não proporciona a execução da democracia em sua atividade plena. A internet com a potencialização das redes sociais favorece apenas uma maior igualdade entre os atuantes, não fazendo distinções dos fatores excludentes que os separam normalmente, mas é necessário que outros fatores, de viés econômico, social e cultural, contribuam por uma democracia em que a sociedade seja mais ativa. O poder que a vida em rede nos proporciona, de compartilhamento de ideias, pensamentos e conteúdos possibilita um ambiente muito mais democrático que um espaço onde apenas pequenas formas de interação são possíveis. Ora, as mídias digitais nos possibilitam uma maior liberdade de expressão do que as mídias de massa e com isso as possibilidades de manifestações se configuram como instantes para exposição do o ideário de opinião pública. Este quadro é caracterizado não apenas pelos avanços tecnológicos, mas pelas atitudes culturais humanas deste período e pelo ambiente pós-moderno, que favorece estas atitudes nunca presenciadas antes na história da humanidade. Para compreendermos melhor é necessário entendermos cada um destes aspectos: tecnologia, pós-modernidade e cibercultura. TECNOLOGIA O fenômeno da comunicação na pós-modernidade, atrelado a série de novos artefatos proporcionados pela tecnologia gera um movimento altamente forte de virtualização que apesar de está intrinsecamente aliado a uma era de digitalização da informação é um movimento que vai além dos computadores. Traçando um estudo etimológico, o termo virtual vem do latim virtus que significa força, potência, sendo assim, algo que é potencialmente possível de se concretizar. Levy (1999) desenha um guia importantíssimo para nossas discussões e entendimento do que venha ser virtual. Logo de início, o autor apresenta um exemplo esclarecedor do que venha ser o

5 virtual. Ele exemplifica uma semente, que nada mais é que um grão de alguma fruta, e que se transformará em uma da mesma espécie no futuro. Ou seja, é algo que ainda não existe mais que potencialmente pode se tornar real, estando assim na ordem do será e não de ser como uma semente que potencialmente será uma maçã no futuro. Em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real, mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneira de ser diferentes. (LEVY, 1999, p.15) Assim, ficam claras duas distinções importantes da compreensão filosófica do virtual. A primeira diz respeito ao possível e o real, onde o possível é o real só que ainda não concretizado. E a segunda é o virtual e o atual, que seguem a mesma lógica, no que o virtual não vem ser algo oposto ao real e sim ao atual Assim, quando uma pessoa se virtualiza ela sai de seu tempo, de seu espaço, ela se desterritorializa, não está presente, como bem explica o autor: Uma comunidade virtual pode, por exemplo, organiza-se sobre uma base de afinidade por intermédio de sistemas de comunicação telemáticos. Seus membros estão reunidos pelos mesmos núcleos de interesses, pelos mesmos problemas: a geografia, o contingente, não e mais um ponto de partida nem uma coerção. Apesar de não-presente, essa comunidade está repleta de paixões e de projetos, de conflitos e de amizades. (LEVY, 1999 p.20) Ainda segundo o autor, houve três processos de virtualização que fizeram possível a existência humana: o desenvolvimento das linguagens, a multiplicação das técnicas e a complexificação das instituições. Para este estudo serão enfatizadas as duas primeiras manifestações. É com a linguagem que o homem inaugura o espaço virtual e através dela que a noção do passado, do presente e do futuro começa a existir. Existência esta que não esta no campo do real, o tempo é de ordem psíquica. Por isso vivemos o tempo como um problema. Em sua conexão viva, o passado herdado, rememorado, reinterpretado, o presente ativo e o futuro esperado, temido ou simplesmente imaginado, são de ordem psíquica, existenciais. O tempo como extensão completa não existe a não ser virtualmente. (LEVY, 1999, p.22) Graças à linguagem, temos acesso ao passado através das memórias e das lembranças do que presenciamos em narrativas anteriores, além de imaginarmos ações futuras. A memória vai além de um jogo estímulo-resposta, fortemente presente nos animais racionais, indo mais além de uma subjetividade. O homem pode construir histórias, sair de seu tempo e território através de imagens recordativas, indo além do aqui e do agora, ultrapassando a territorialização e a aceleração dos fatos. Esta velocidade que é inerente à linguagem, proporciona ao homem evoluir, acelerando seu processo de aprendizagem para acompanhar o ritmo, causando então um processo de evolução cultural. Junto a isto se percebe também a passagem do privado ao público e a

6 transformação recíproca do interior em exterior onde o homem externa o que até então só lhe era consciente: Uma emoção posta em palavras ou em desenhos pode ser mais facilmente compartilhada. O que era interno e privado torna-se externo e público. Mas isto é igualmente verdade no outro sentido: quando escutamos música, olhamos um quadro ou lemos um poema, internalizamos ou privatizamos um item público. (LEVY, 1999 p. 73) Em suma, na concepção filosófica, virtual é aquilo que existe apenas em potência e não em ato. É uma oposição ao atual (e não ao real), onde tende a resolver-se na atualização. A virtualidade e a atualidade são apenas duas maneiras distintas da realidade, enquanto uma é, a outra irá ser. Se a produção de uma árvore esta na essência do grão, então a virtualidade da árvore é bastante real (sem que seja, ainda, atual). (LEVY, 1999, p. 47) Assim virtual é o real sem que possamos fixá-lo em um espaço e em um tempo, além de ser uma fonte indefinida de atualizações, pois cada pronunciamento, do ponto de vista semântico e também acústico nunca será igual às outras vezes. A Cibercultura estará ligada a este processo de duas maneiras, para Levy (1999), a primeira de forma direta e a outra, não menos provável, de forma indireta. Diretamente, a digitalização da informação pode se aproximada a virtualização. Os códigos de computadores inscritos nos disquetes ou discos rígidos dos computadores invisíveis, facilmente copiáveis ou transferíveis de um nó a outro da rede- são quase virtuais, visto que são quase independentes de coordenadas espaços-temporais determinadas, No centro das redes digitais, a informação certamente se encontra fisicamente situada em algum lugar, em determinado suporte, mas ela também está virtualmente presente em cada ponto da rede onde seja pedida. (LEVY, 1999, p.48) E indiretamente porque a digitalização e a interação em rede favorecem a outros movimentos em rede. O ciberespaço contempla a um estilo de relação independente dos lugares geográficos e do tempo. Isso ocorria já com as cartas e os telefones, com os quais já nos comunicávamos de forma recíproca, interativa. Contudo, apenas particularidades técnicas do ciberespaço permitem que membros de um grupo humano (que podem ser tantos quantos se quiser) se coordenem, cooperem, alimentem e consultem uma memória comum, e isto é quase em tempo real, apesar da distribuição geográfica e da diferença de horários. Estas características que são marcantes do ciberespaço, associadas à desterritorialização e virtualização faz dele o vetor de um universo aberto. Este novo espaço faz surgir um campo de ação dos processos de virtualização.

7 A REVOLUÇÃO EM REDE Não queremos afirmar que o que é produzido na internet seja para apenas fins benéficos, ao contrário, a internet se fundamenta em sua evolução pelos fins supérfluos, ao contrário de sua criação que visava o educacional ou militar. Mas o que afirmamos é que a diferença entre a mídia de massa clássica e ela se dá pelo fato de que é algo produzido por quem consome. Pensar no hoje é principalmente pensar em como as mudanças sociais tem sido alteradas de forma gradativa e como o homem tem se relacionado com o outro. O Onde vai caracterizar o espaço em que o homem vem se relacionando que com o advento da internet proporciona uma nova cultura neste tempo pós-moderno caracterizado como ciberespaço. E o ciberespaço não diz respeito apenas aos movimentos originados pelo recente artefato tecnológico dos computadores e da internet, ele engloba todas as outras mídias que juntas concluem este modo de vida diferente no qual o homem tem transitado. O ciberespaço é muito mais que um meio de comunicação ou mídia, ele reúne, integra e redimensiona uma infinidade de mídias (SANTOS, 2010, p. 34). Assim, um programa de TV hoje pode continuar suas discussões nas redes sociais como as redes sociais fazerem parte de um debate no rádio, ou vídeos produzidos para a Internet podem parar em um programa dominical da TV. As redes sociais vão se caracterizar por estas relações dadas por um grupo unido por um interesse particular conectado através de em determinado software, normalmente desenvolvida por alguma empresa. Levy (2010, p. 45) afirma que mídias como o Orkut ou o Facebook são agregadores de instrumentos de relacionamento social que incluem chats, fóruns, blogs, fotos, vídeos etc. Estas ferramentas são utilizadas para potencializar a interação entre as pessoas. Porém as redes não se fundamentam nestes aplicativos e sim nas pessoas. E não há mais que duvidar da magnitude das redes sociais na vida da sociedade no mundo. O número de usuários já ultrapassa o de um bilhão e no Brasil mais de 80% possuí alguma conta em uma rede social: Facebook, Twitter, Orkut. (FERRARI, 2010) Uma em cada sete pessoas no planeta frequenta as redes sociais da internet. Essas imensas comunidades virtuais, organizadas por sites como Facebook, Orkut e Twitter, já abrigam quase 1 bilhão de habitantes, segundo a Insights Consulting. Juntos, estamos criando laços que superam distâncias físicas e sociais. Ganhamos um poder inédito para nos associar e trocar informações. Daí surgem astros, militantes ou simplesmente cidadãos mais ativos. (FERRARI, 2010, p. 87) A citação acima se destaca, além da informação dos dados do poder das redes sociais,

8 mas também pela sua última frase, na qual Ferrari relata: "daí surgem astros, militantes ou simplesmente cidadãos mais ativos", não porque só agora a sociedade se apropriou de uma vontade de expor seus conceitos, mas porque agora, num meio tão democrático, pode-se exercer nosso poder de revolucionar. Esta afirmação resume bem o poder transformador que as mídias sociais oferecem, nos mostrando um caminho diferente, onde somos tantos autores quanto espectadores. Se a voz comunicativa antes era possível apenas para quem detinha o poder, agora qualquer indivíduo pode ter voz e, sendo assim, todos unidos por um único objetivo podem gerar verdadeiras revoluções. Os resultados ainda são tímidos quanto ao real poder que o usuário tem em uma mídia tão democrática quanto às redes sociais. Essa parcialidade de omissão pode ser explicada pelo fato de que ainda, mesmo em um ambiente menos opressor, carrega-se uma bagagem construída por séculos de toda uma cultura de consumo de mídia de massa. Fica claro o que Lemos (2009) denominou como esfera comunicacional de primeiro grau, em que se configura uma comunicação de todos para todos de forma multidirecional, diferentemente das proporcionadas pelas mídias de massa, em que a transmissão se dá de um campo isolado para todos de forma unidirecional numa conversação denominada pelo autor como de segundo grau. Este movimento subsidiado não apenas em um interesse comum, mas nas vontades de todos é que vai eclodir na multidiversidade deste espaço, proporcionando uma maior aceitação das diferenças, pois só em um campo diverso, as diferenças podem ser mais compreendidas: É precisamente devido a sua diversificação, multimodalidade e versatilidade que o novo sistema de comunicação é capaz de abarcar e integrar todas as formas de expressão bem como a diversidade de interesses, valores e imaginações, inclusive a expressão de conflitos sociais (CASTELLS, 1999, p. 461). Neste novo campo comunicacional, a vida em rede tornou todos com o mesmo poder de comunicação, não havendo distinção entre quem emite e quem recebe. Quando todos tem o mesmo direito, exercemos a essência da democracia, não apenas atribuindo poder a outros que possam tomar decisões por nós. Entendemos que quanto à utilização das mídias sociais para manifestações revolucionárias públicas ainda estamos bastante longe, sendo hoje ainda a internet um campo muito mais utilizado para as superficialidades. Mas é aí que a fórmula se incorpora, é por estar no meio de entretenimento, em que todos falam para todos que a mídia se torna tão forte.

9 Se fosse isolada com objetivo apenas de gerar discussões políticas essas mídias não se fundamentariam. É em meio às superficialidades que ações políticas são realizadas e o povo vai ganhando força de opinante importante. Mas não podemos apenas ficar nas contestações dos traços positivos e negativos da internet, é necessário que idealizemos, como sugere o autor Gomes (2008, p.326): que se saia o mais rapidamente possível da retórica do diagnóstico (positivo ou negativo) para uma perspectiva de responsabilidade e tarefa. Gomes (2008) ainda critica os entusiasmados com a internet como um meio mais democrático, sugerindo que a maioria das respostas residam nas circunstâncias sociais, mais que na própria internet e elenca sete críticas, sendo elas: 1º Qualidade das informações; 2º; desigualdade de acesso; 3º incapacidade dos meios de modificarem a cultura política; 4º Predominância dos meios de massa; 5º Fechamento do sistema político; 6º Falta de controle sobre os discursos antidemocráticos; 7º Controle das ações virtuais. Concordamos quanto ao fato de que partamos para um estudo mais aprofundado da perspectiva da responsabilidade do meio, mas nunca sem desviar dos aprofundamentos, dos traços característicos da internet, pois são justamente estes que nos sugerem a razão da responsabilidade. ANÁLISES DE MAFISTAÇÕES EM 130 CARACTERES Twitter, de acordo com as informações do próprio site, é uma página da internet surgida em 2006 como ferramenta de facilitar a troca de informações de forma rápida. É um ambiente de concentração de mensagens que Com milhares de perfis novos todos os dias, um dos benefícios imediato do uso da ferramenta é a concentração dos dados em um só lugar. (LEAL, 2009, p. 32). Com uma linguagem arrojada e a pergunta O que você está fazendo? (What s happening?), os usuários perceberam que ali era um espaço de criar informações múltiplas em poucos caracteres. Outro fator é que a ferramenta interliga pessoas dos mais variados lugares através de interesses comuns. E por fim houve uma grande aderência de pessoas famosas, por acharem ali um espaço de falar de sua vida e manter contato com os fãs de forma rápida. Isto foi suficiente para que o Twitter em alguns anos tomasse proporções mundiais, com mais de 105 milhões de contas criadas e 65 milhões de conteúdos sendo produzidos diariamente. Por mês são 190 milhões de visitas únicas, o que faz do Twitter a segunda maior rede social do planeta, perdendo apenas do Facebook.

10 Em alguns anos de existência, mais que números as ações já mostraram o poder que a ferramenta tem sobre a sociedade, com impactos na política, nos negócios, nos meios de comunicações tradicionais em todo o mundo. Alguns casos tiveram grandes destaques como a campanha do presidente dos Estados Unidos, que teve grande parcela de sua vitória devida aos movimentos realizados pelas mídias sociais; além da chamada Revolução do Twitter, que expôs o repúdio nas eleições iranianas ao presidente Mahmound Ahmadeinejad que analisaremos a seguir. A seguir, iremos analisar três casos, uma de abrangência local e outros dois de nível mundial, para obsevarmos o poder transformador que esta mídia social representa, analisando comportamentos, atitudes linguísticas e ações dos usuários dentro e fora da mídia. Tais análises se concentram nas estruturas linguísticas com desdobramentos para as manifestações públicas e sociais. As orações utilizadas para análise foram descritas de forma integral da maneira que foram utilizadas nos meios, inclusive possíveis erros de digitação ou ortográficos. Para manter a privacidade optamos por não divulgar o perfil dos usuários substituindo por códigos. As utilizações das frases não foram previamente sugeridas aos usuários para que não houvesse influência no conteúdo produzido. CASO DO CAIS JOSÉ ESTELITA PERNAMBUCO Imagem retira do site em 12 de abril de 2012 No Recife, existe um projeto, motivo de muito debate entre as pessoas que participam da movimentação política da cidade, intitulada de Recife Novo, que consiste num conjunto de ações encabeçadas por construtoras poderosas nordestinas com o objetivo de reformar,

11 estruturar e urbanizar a cidade em parceria com os órgãos públicos. O movimento ainda é motivo de muita discussão, devido aos impactos que pode ocasionar no patrimônio cultural e ambiental da cidade, e nada ainda pode ser feito enquanto os órgãos públicos não se decidirem e derem o aval para o início das obras. Uma delas é a de reestruturação do cais José Estelita comprado em meados de 2008, segundo o site Direitos Urbanos Recife, pelo novo consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvção, GL Empreendimentos e Ara Empreendimentos. A região faz parte do início do Recife antigo dominada por Galpões antigos, que serviam de depósitos das embarcações, estações de trens mortos e a segunda linha ferroviária mais antiga do Brasil. No projeto, tudo será demolido para a construção de um complexo empresarial, residencial e hoteleiro que está embargado judicialmente com a alegação do valor cultural e histórico que o cais representa. São 10,1 hectares, que de acordo com a construtora que encabeça a obra, Moura Dubeax, serão divididos em 70% para construção de prédios entre eles residenciais, empresariais e dois hotéis; e os restantes serão para construções públicas com preservação do verde, ciclovias e revitalização das estradas que circulam o cais. Hoje, o ambiente é abandonado sendo habitado constantemente por moradores de ruas. Em oposição, estão aqueles contra o desenvolvimento vertical justificado apenas pela modernidade e ignorando a importância cultural e histórica que o ambiente pode representar, além dos impactos ambientais que a construção pode ocasionar. O processo vem em tramitação desde 2008, mas só agora, com a evolução do processo e também pela popularidade que o caso ganhou nas redes sociais, ganhou força política entre a população. Tudo isto, não só pelo valor sentimental e cultural como afirmado antes, mas ganhou força porque o projeto atual se restringe ao benefício de uma pequena parte da elite pernambucana, quando a área poderia ser um enorme espaço público para usufruto da população. Assim, se formou nas redes sociais um movimento guiado principalmente pelo Twitter, na forma de protesto contra esta construção, intitulado com #OcupeEstelita. Em uma semana, de acordo com o Portal de notícias G1 PE foram milhares de assinaturas e menções que acarretaram na lotação da audiência que discutia os rumos do projeto. Além disso, foram contados em forma regressiva nestas mídias os dias para um manifesto no local que ocupou toda a área com músicas, grafitagens, danças e discussões. O dia do manifesto era um Domingo, 13 de abril de 2012, e independente do que aconteceu no dia o ato em si nos revela o poder que a mídia proporcionou de comover um

12 grande público para um fim que mal foi discutido pelas mídias clássicas, na verdade, o que virou notícia foi o poder das mídias sociais em prol da causa. Analisando o movimento, percebe-se essencialmente no nome que dá voz ao manifesto (#OcupeEstelita) um sentimento de posse das pessoas. O substantivo que nomeia o local está em inferência ao verbo que designa o ato de tomar, de ocupar. Lembrando que o local foi comprado e pertence a um grupo de construtoras que, mesmo só podendo realizar obras com liberação do município, tem direito judicial sobre o local. Percebe-se que o manifesto é intitulado de forma incomum aos padrões linguísticos de uma língua. As palavras Estelita e Ocupe estão juntas e ligadas ao jogo da velha (#) símbolo utilizado no Twitter para agrupar em uma só página as citações referentes a este enunciado. A etiqueta (tag) é uma palavra chave que pode ser atribuída por um usuário aos conteúdos digitais para classificá-los dentro de um sistema particular de classificação e, portanto, fora de um sistema formal. Na Web 2.0, a linguagem estruturada de maneira convencional não é mais utilizada. A hierarquia é hoje obtida a partir de uma lista de etiquetas que se movem a partir de uma dinâmica de marcação social. Esse tipo de marcação, a "social bookmarking" (etiqueta social) pode ser classificada como a prática de classificar os recursos por meio do uso informal de etiquetas ou palavras chave. É um convite ao usuário para que ele aponte seus assuntos favoritos em um aplicativo online, de modo que essas informações fiquem à disposição de outros usuários. O objetivo é o princípio básico da Web 2.0, compartilhar informações. Como esse sistema não obedece a uma forma linear de linguagem (taxonomia), os usuários podem proceder as buscas por formas diversas de classificação, entre elas as etiquetas. Essa sistematização permite que os usuários busquem informações relacionadas a seu tópico de investigação em locais que, não necessariamente, guardem relação com o tema inicial, proporcionando assim novas conexões, fazendo com que o sistema de etiquetagem individual esteja em constante mudança. As etiquetas podem ser consideradas, assim, um dispositivo de criação de redes de interesses comuns, como a utilizada no manifesto contra as construções no Cais Estelita. A partir daí, as redes criadas podem ampliar sua existência com a utilização de outros recursos da Web 2.0, como as redes sociais. De acordo com López (2007), a forma de etiquetar informalmente permite a descoberta da informação colaborativa das seguintes maneiras: 1. Como uma memória externa: armazena e organiza um grande número de informação em

13 um só lugar; 2. Permite localizar pessoas com interesses comuns; 3. Pode revelar padrões não detectados na taxonomia tradicional; 4. A possibilidade de criar páginas de favoritos com o aporte de informações de múltiplas fontes; 5. Conhecer as áreas de interesse dos usuários. Assim, as etiquetas vão formando o que os funcionalistas vão chamar de marcadores. Além de agrupar determinado grupo por um assunto comum, a palavra fica em destaque dando ênfase ao tópico da conversa. É como se no discurso oral esta palavra fosse falada com maior entonação, ou escrita em maiúsculo, ou inda em negrito. Um prova de que as hashtags são utilizadas como marcadores de entonação é que mesmo no Facebook, espaço que não existe esta ferramenta, as pessoas utilizam deste utensílio para destacar algo. Outra propriedade das hashtags é que elas são resumidoras. Elas normalmente servem como o tema de um enunciado que irá ser falado após ou anteriormente. Vejamos, por exemplo, um dos Twittes utilizado na campanha #OcupeEstelita. Identificaremos os usuários, a partir daqui, por códigos para manter a privacidade que lhe são de (o arroba designa o dona da conta) Ocupem Recife ele é de todos, ocupem a cidade, os bairros #OcupeEstelita Percebe-se que o autor utiliza o mote da campanha como resumo de seu enunciado, ele ainda intuitivamente, talvez, faz uma construção decrescente de acordo com o tamanho geográfico que ele sugere que devem ocupar Recife, bairro, Estelita. O movimento como característica da web 2.0 se expande para outros meios, sendo o hipertexto importante na construção do manifesto. Nos twittes publicados observa-se uma grande quantidade de links com imagens, blogs, sites e fóruns que adotam o movimento descentralizado do conteúdo. Percebe-se que, diversas vezes, as discussões dos mesmos usuários, com o mesmo tópico tomam mídias diferentes. Eles perguntam no Facebook, são respondidos no twitter e discutem nos comentários dos blogs e dos fóruns. Estas pluralizações dos meios da conversa fazem com que muitas das características iniciais dos conteúdos sejam perdidas, além de que em cada espaço vão sendo acrescentadas mais pessoas, desviando o rumo da conversa em diferentes tópicos. Forma-se uma propriedade característica da cibercultura, o hipertexto, um conjunto de texto formado através da navegação do usuário através de vários links. A escolha sempre se

14 dá a partir de sequências associativas com outros textos, sem que ocorra necessariamente encadeamento linear único. Característica comum ao ambiente cibercultural que quebra a sistematização linear tradicional estudada pelos teóricos de comunicação entre emissor e receptor, pois muitas vezes essas trocas tornam implícitas se fundindo em si como no exemplo a seguir. Pesquisando no Twitter o termo #OcupeEstelita, provavelmente sairá como relevante este comentário de um quem puxou a denuncia foi a tal juventude do #ocupeestelita. Por que essa insistência em criticar sem saber e sem colaborar? Esta é uma resposta do V1 a uma imagem publicada em outra mídia, o Facebook, mostrando uma foto de uma praça interditada devido os estragos feitos em uma das manifestações do movimento. O texto acompanhado de uma imagem diz o seguinte: Mutilaram a praça. E cadê a juventude atuante do #ocupeestelita? Pra q se preocupar com os possíveis espaços se ñ cuidamos dos que já temos? a indagação do V2 desencadeou uma série de comentários como E a marcha das vadias? A soma de é 2! :P Da-lhe JC! Há também uma postagem de um link de um blog, o Confraria Malunga, em que o autor tece suas análise sobre o movimento e nos comentários surgem novas discussões. Assim a comunicação vai se desenrolando numa forma não linear, de forma implícita quanto quem é emissor e receptor, pois o tema vai se modificando a cada enunciado. Percebe-se em um dos enunciados citados acima, o A soma de é 2! :P Da-lhe JC! a presença do elemento peculiar da linguagem cibercultural, o chamado internetês, ou o uma forma de linguagem originada da internet que se fundamenta na redução de palavras, eliminação parcial ou total de vogais ou das consoantes. O número de letras é o mínimo possível para compreensão como o vc tbm. Essa adaptação visa também uma redução no grau de formalidade. Sua plasticidade fica evidente nos símbolos criados por combinação de caracteres, nos símbolos gráficos próprios e numa grande diversidade de recursos de comunicação como a carinha utilizada pelo o usuário : p. O evento tomou tamanha proporção por nascer principalmente nas redes sociais, prova que o que virou notícia foi o fato de ter ganhado repercussão desta forma, mas cabe ressaltar que a dianteira não foi tomada pela população em massa, mas por um grupo individualizado de estudantes e burgueses do Recife. Mas atribuímos isto ao sistema que envolve a sociedade, que não possibilita que todos tenham acesso à internet, que não possibilita à educação e que os afastas socialmente. Mas observamos que luta não é para um grupo comum em detrimento a uma classe

15 menos inferior #ocupeestelita #recifeedetodos são gritos de posse, de libertação diante um sistema dominador. É a libertação dos oprimidos da política pública envolvente, ao sistema privado ditador e aos meios de comunicação que silenciam aos interesses da população. MANIFESTAÇÕES PRÓ-MOUSAVI APÓS AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO IRÃ O tempo na cibercultura tem um valor distinto quando comparamos com outros momentos, a diferença entre uma tecnologia de hoje e de cinco anos atrás são realmente préhistóricas. Este caso que iremos estudar é antigo apesar de ter ocorrido a pouco menos de três anos atrás. Cabe ressaltar a importância deste caso pelo fato de que o usuário ainda não estava inserido totalmente na então recente mídia Twitter, não havia um número agregador tão grande, as ferramentas ainda eram novas, o país contava com a repressão quanto aos meios de comunicação, mesmo assim o movimento ganhou proporções mundiais. Tudo começou com um blogueiro ativista em meados de junho do ano de 2009, chamando a atenção de milhares de twitteiros com a mensagem Não vamos permanecer em silêncio. Vamos reagir. Crime, crime, crime. Resposta à primeira morte do protesto póseleitorais do Irã daquele ano. Segundo Pereira (2009), a eleição daquele ano no país contava por dois candidatos favoritos a se tornar presidente, o Mir Hossein Mousavi, um reformista de esquerda e Mahmoud Ahmadinejad, um conservador. A disputa estava acirrada, mas com a divulgação do resultado da vitória esmagadora de Mahmoud com mais de 60% de votos a mais que Mousavi, o que caracteriza mais de 11 milhões de votos, a população foi às ruas e às redes sociais, pelos fortes indícios de fraudes nas eleições. O candidato derrotado também utilizou a internet para mobilizar a população "Pedimos aos americanos que digam para Obama não confirmar o governo de Ahmadinejad e apoiar o povo do Irã.. Assim uma onda de protesto contra o resultado se configurou naquele estado em que boa parte da população foi convocada pelo Twitter. Diante do poder que a mídia representava para formação de grupos manifestantes, o governo adotou a medida drástica de opressão contra os meios de comunicação, como a proibição dos jornalistas, mesmo os credenciados, de realizarem a cobertura das manifestações; o cancelamento do acesso às redes sociais e a alguns blogs e sites e a proibição de protestos nas ruas. A população, no entanto, encontrou no Twitter uma forma de se organizar para burlar

16 o corte das conexões a internet e da represália do governo contra as mídias sociais. As mensagens mencionadas na rede eram retwittadas por todo o mundo e durante o evento a hashtags #iranewelection se tornou a mais mencionada em todo o planeta, uma resposta de apoio da população mundial às manifestações ocorridas naquele país. Diante disto o governo ainda tentou um bloqueio geral da rede, mas os usuários dos outros países começaram a divulgar ferramentas que possibilitassem o desbloqueio. Além do Twitter, , blogs, mensagens de celular e sites também ajudaram na configuração do protesto as eleições presidenciais do Irã. Vídeos de opressão da polícia em combate as manifestações circularam o mundo causando revolta e dando mais gravidade aos acontecimentos. Assim, logo ganhou a mídia de massa, este foi um dos primeiros casos em que o fato ganhou dimensão na internet para só depois ganhar as mídias tradicionais. Foi também um dos primeiros casos que uma ação numa rede social ganha proporção ao ponto de se tornar notícia não o acontecido, mas a proporção na mídia. Rafael Pereira na coluna Bombou na Web noticiou o episódio da seguinte forma: As eleições presidenciais no Irã são um marco histórico nas possibilidades das mídias sociais em coberturas jornalísticas importantes. A vitória de Mahmoud Ahmadinejad sobre o candidato de esquerda Mir-Houssein Mousavi inflamou o país e até alguns lugares do mundo. Protestos violentos, acusações de fraude e prisões arbitrárias. Está tendo de tudo. E nenhum lugar se mostra melhor do que Twitter, blogs e outras mídias como YouTube (vídeos) e Flickr (fotos) para acompanhar os fatos no momento em que acontecem. Os grandes sites de notícia do mundo tiveram que correr atrás. Mesmo os que se saem bem, como o The New York Times, tiveram a nata da cobertura pelos canais oficiais que mantém no Twitter (PEREIRA, 2009, Web). Percebe-se o poder do Twitter de agregar informação num tempo mais hábil que as mídias de massas, mesmo diante de todas as tecnologias que estas suportam atualmente. As mídias sócias carregam consigo esta característica de que como todos são autorizados a gerar informação, logo o número delas será maior e se disseminará mais rapidamente. Por conta das manifestações, o governo se tornou obrigado a reconhecer que houve indícios de fraudes e cancelou mais de três milhões de votos em 50 cidades. Insuficientes para garantir uma nova eleição, mas suficientes para mostrar como esta plataforma pode se caracterizar como um espaço de formação de mobilização pública em prol das necessidades gerais da população. É bem verdade que este movimento se caracteriza bem mais pelo seu papel de mobilização de encontros do que de um espaço construtivo de opinião pública, mas percebese o poder agregador que a plataforma proporcionou, possibilitando e instigando pessoas que não são ativistas a aderirem ao movimento. Além de despertar o interesse de pessoas do outro

17 lado do país, que talvez nem fosse sofrer consequências com a política iraniana, a tomarem para si o problema e também atuarem no movimento com frases de efeitos morais. Além de todas as outras propriedades discutidas anteriormente nos outros casos e que também se aplica neste, como a junção de palavras, a redução sintática, o intensivo uso de grafismo, a rapidez na criação, o volume de produção, a conscientização proporcionada, este caso apresenta particularmente a quebra de barreiras entre as línguas devido ao alcance conquistado pelo movimento. Talvez pelo uso de ferramentas da web para tradução ou pela utilização da língua inglesa dominada em boa parte do mundo, o movimento ganhou uma só voz. Praticamente todas as regiões ocidentais ficaram cientes e se mobilizaram de alguma forma, mostrando a capacidade de alcance que o Twitter proporcionou nos protesto de revolta contra as eleições iranianas. Mais de um mês após os inícios dos protestos, a mídia social ainda se tornou a fonte mais procurada em busca de informação das mídias clássicas que sofria com a transposição dos bloqueios do governo às informações daquele Estado. A mídia em geral percebeu na ferramenta uma aliada importante na criação, produção e propagação de notícias, sendo indispensável hoje para os grandes veículos de comunicação estar inseridos nelas. As diversas camadas da sociedade conseguiram espaço que jamais conseguiriam, levando em consideração o formato atual, numa mídia de massa tradicional. As pessoas ganharam vozes, tendo como consequência a exposição de opiniões publicamente frente as esferas organizadas da sociedade, inclusive ao poder público que, por sua vez, passa a se mostrar cada vez mais atento para ouvi-los, utilizando a própria ferramenta. O usuário tem agora uma conexão direta, sem intermédio de outros veículos, proporcionando uma maior democracia na mídia. CONCLUSÃO O Twitter apresenta-se como uma possibilidade de manifestações revolucionária, pela sua portabilidade, seu fácil acesso, sua produção acelerada de conteúdos, seu compartilhamento e sua interação democrática. Assim, o Twitter se apresenta como um espaço único de experiência inovadora de cibermilitâcia, consequências das transformações culturais que encontramos hoje com as manifestações tecnológicas da nossa época. A internet proporciona assim, o desestruturamento monopólico das grandes mídias de massas diante da produção de conteúdo, proporcionando a cada usuário um espaço livre para

18 produzir e expor suas insatisfações com o poder público. Estes, diante da conscientização do poder que a mídia tem, tornam-se atentos as opiniões que são formadas pelas arenas de posicionamento públicas oriundo deste espaço. Não podemos afirmar que já se execute, por estes meios, uma democracia mais direta já que ainda não os utilizamos como forma para decidir ações políticas públicas, mas já é perceptível um espaço responsável por manifestações que através do poder de cascata, que a mídia oferece com as informações, ganham cada vez mais dimensões imensuráveis. O fator da livre criação possibilita a descentralização do poder de produção, sendo incerto determinar quem é o receptor e quem é o emissor dentro do processo básico semiótico da estrutura de comunicação. Esta desconfiguração proporciona uma maior democracia já dentro do processo, pois o direito e a oportunidade de expressão serão os mesmos para todos culminando nas relações externas que continuará exercendo a democracia desenvolvida pelo fato de que não haverá separações, seja ela qual for de grupos produtores de conteúdo na internet. Com a possibilidade de produção democrática surge um maior respeito às opiniões e as atitudes não padrões da sociedade proporcionando um maior respeito às diferenças. Como há uma grande pluralização de indivíduos, as diferenças tendem a ser mais aceita porque além do convívio diário com as opiniões contrárias as exposições de um tom preconceituoso ou discriminatório tendem a ser repugnado pela própria população da rede mundial de computadores. Como ocorreu em 2010, de acordo com o Jornal SBT Brasil de 16 de abril de 2012, Em que a estudante de direito, Mayara Petruso, publicou em sua conta pessoal do Twitter uma declaração ofensiva aos nordestinos, quando a atual presidenta do país, Dilma Rousseff venceu o segundo turno das eleições. A estudante postou Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!. A afirmação causou uma comoção geral, todos em defesa dos direitos, da ética e da não discriminação aos nascidos na região norte do país. A menina foi detida e presa, mesmo que alguns minutos após tenha apagado a mensagem a polícia detectou os registros no seu computador. A reportagem abordou que alguns anos após a estudante teve como a pena reduzida de um ano e meio de cadeia para prestações de serviços. Ressalta-se o poder de conscientização as diferenças diante deste espaço formado por pessoas das mais diferentes características. É verdade que é extremamente difícil pensar em democracia sendo que uma pequena parcela da população ainda não tem acesso à internet, nem a inclusão digital. Porém além de

19 se tratar de um processo em andamento, assim como todos os outros avanços da história, se atribui a isto um fator externo proporcionado pelo próprio sistema que move a sociedade. Os atos de manifestações e as formações de arenas de posicionamento público ainda se dão na base do entretenimento e das utilizações fúteis que a mídia carrega consigo intrinsecamente, mas é desta forma que a conscientização vai nascendo, não se aplicando apenas a uma diretriz da sociedade. Se a internet servisse apenas para isto, possivelmente seria enfadonha e desinteressante. Mas é através de todas as esferas da vida social; políticas, artísticas; comerciais que a noção de atuante num processo democrático é intensificada e pouco a pouco, as decisões vão sendo tomadas de acordo com as opiniões públicas. Os resultados ainda são tímidos quanto ao poder que temos de revolucionar com uma mídia tão democrática. Isso se deve que mesmo em um meio não passivo ainda carregamos a visão distorcida construída por séculos de toda uma sociedade de cultura de massa. Mas ao passo que a rede vai se expandido chegando aos níveis menos desfavorecidos e evoluímos quanto à utilização deste meio, vamos utilizando formas mais políticas lutando pelos interesses particulares e gerais, quebrando os jugos dos que antes nos oprimiam. Apena o ambiente cibercultural poderia nos proporcionar isto, a liberação de polos de emissão, (Lemos 2009) e a velocidade com que reproduzimos as ideias, atreladas a vida em social das redes permitem a emergência de novos fluxos comunicacionais diferentes do campo oferecido pelas grandes mídias de massas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, Perry. As Origens da pós-modernidade. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1998, p. 01 a 58. BOAL, Augusto. A poética do Oprimido. Ática, São Paulo, BOBBIO, N. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 2000; BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 3, São Paulo: Paz e terra, Direitos Urbanos. Resposta à matéria publicada na Folha de Sã Paulo em sobre o projeto Novo Recife e o #Ocupeestelita. Acessado pela primeira vez em 02 de fevereiro de Proveniente da

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