O ESPAÇO DE RELAÇÃO ENTRE TEMPLO E CIDADE

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1 O ESPAÇO DE RELAÇÃO ENTRE TEMPLO E CIDADE 3 MOMENTOS NA ARQUITECTURA RELIGIOSA PORTUGUESA DOS ÚLTIMOS 100 ANOS João André Gonçalo Cardoso Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Arquitectura Júri Presidente: Professor Pedro Filipe Pinheiro de Serpa Brandão Orientador: Arquitecto Nuno José Ribeiro Lourenço Fonseca Vogal: Professor Doutor Antoní Remesar Maio 2010

2 O ESPAÇO DE RELAÇÃO ENTRE TEMPLO E CIDADE 3 MOMENTOS DA ARQUITECTURA RELIGIOSA PORTUGUESA DOS ÚLTIMOS 100 ANOS RESUMO ALARGADO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO OBJECTIVOS O principal objectivo deste trabalho assenta na relação entre o espaço Templo e o espaço Cidade traçados e desenhados ao longo do Século XX português, procurando desta forma reflectir acerca dos projectos de âmbito religioso desenvolvidos numa área urbana caracterizada por certa especificidade e a sua consequente incidência e influência no espaço envolvente, alterado pelas novas estruturas aí edificadas. Nesta reflexão, que permitirá descobrir o valor e a importância do sagrado feito templo, num espaço laico animado pelo tempo humano, analisar-se-ão três projectos da Arquitectura Portuguesa, que exploram e sintetizam importantes questões ao nível da sua relação com a cidade. Os casos expostos apresentam-se, do ponto de vista formal, com formas bem diferenciadas, uma vez que serão analisados projectos de templos e de espaços envolventes às mesmas com a especificidade que os caracterizam. Aquilo que se pretende, em termos genéricos, é a possibilidade de uma visão de conjunto, a partir da análise de cada situação, que nos há-de permitir a reflexão acerca das influências no espaço público, deixadas e marcadas pela presença do investimento de estruturas religiosas, que jamais passarão indiferentes ao indivíduo e à sociedade, enquanto entidades e seres coexistente. É também pretendido efectuar a leitura do espaço de relação entre cada templo e respectivo tecido urbano envolvente, de modo a poder cruzar a informação e resultados entre objectos de estudo, evidenciando traços comuns e os pontos em que se distinguem. Por último, este trabalho pretende analisar o papel das estruturas religiosas na cidade contemporânea, de modo a perceber qual o comportamento e atitude destas construções no espaço urbano, tendo como base teórica e de investigação, registos históricos que permitam entender a evolução da relação entre o edifício templo e a cidade. ESTADO DA ARTE No que diz respeito ao desenvolvimento do trabalho, teve particular importância o estudo realizado no âmbito da Prova Final da Licenciatura em Arquitectura, de Cidália Silva, a qual elabora uma análise sobre a Arquitectura Religiosa do século XX em Portugal. Esta autora definiu a estrutura com base em três momentos: a arquitectura do Estado Novo; o manifesto Arquitectura Cristã Contemporânea, criado e liderado pelo Arquitecto Nuno Teotónio Pereira e o último momento da análise, representado pela Igreja de Santa Maria de Marco de Canavezes, sob a orientação do Arquitecto Álvaro Siza Vieira, onde se restabelece, segundo a autora, a ponte com a história da arquitectura religiosa, através dum projecto que se inspira nas formas do passado, o qual reclama a «intemporalidade intrínseca à arquitectura sacra do passado» 1. Este 1 SILVA, Cidália Três momentos na arquitectura religiosa do século XX em Portugal. Coimbra: Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 1999, p. 179.

3 trabalho debruça-se ainda sobre a análise e interpretação das diferentes concepções do espaço religioso do século XX em Portugal, estabelecendo as características mais marcantes de cada projecto e reforçando as diferenças formais e conceptuais que estão associadas a cada um, bem como à época ou aos movimentos a que cada Igreja está associada. CAPÍTULO 2 A CIDADE E O TEMPLO QUE CONCEITO DE ESPAÇO DE RELAÇÃO? As estruturas de carácter espiritual (Templos), sempre tiveram um papel central, quer na fundação e no desenvolvimento do espaço urbano, quer no estabelecimento de sucessivas referências estilísticas ocorridas ao nível do objecto arquitectónico. Deste modo, estas construções ocupam uma posição de elevado destaque na História da Arquitectura e do Urbanismo, sendo mesmo difícil, em determinadas épocas, dissociar o processo histórico da criação arquitectónica e artística. Durante todo esse processo foram concebidas inúmeras igrejas, catedrais, mesquitas e outros templos que, em cada momento representaram uma atitude de consciência coerente com a sua época, oferecendo um contributo fundamental para a compreensão da evolução e do conhecimento da arte de cada contexto histórico. Segundo o actual estado de conhecimentos não é possível estabelecer e referenciar tipologias de urbanismo em todos os momentos históricos. Também nem sempre é fácil definir a existência de espaços de relação com estruturas de carácter espiritual. Assim sendo, este breve retrato da relação entre a Cidade e o Templo não se debruçará sobre as fases da pré e proto-história. Apenas nos reportaremos a um levantamento das situações particulares mais relevantes e mais sensíveis ao tema e, numa fase posterior, centrar-nos-emos na análise dos três casos muito significativos escolhidos para o trabalho: a cidade islâmica, a cidade medieval e a cidade barroca, representadas respectivamente por Fez, Veneza e Roma. CAPÍTULO 3 ARQUITECTURA RELIGIOSA DOS ÚLTIMOS CEM ANOS EM PORTUGAL E A SUA RELAÇÃO COM A CIDADE ENQUADRAMENTO TEMÁTICO O presente capítulo procura definir e explicar os três momentos da arquitectura religiosa portuguesa nos últimos cem anos e consequentemente perceber, em cada um desses momentos, de que modo é que cada concepção arquitectónica se relacionou com cada contexto urbano. Este capítulo estrutura-se em quatro subcapítulos. No primeiro subcapítulo, é pretendido efectuar uma breve apresentação e justificação dos três momentos da arquitectura religiosa dos últimos cem anos, com o apoio de uma tabela cronológica que sintetiza os principais projectos, movimentos e acontecimentos, referentes à concepção de edifícios de carácter religioso. Nos três restantes subcapítulos, efectua-se a explicação de cada um dos momentos definidos, do ponto de vista histórico e teórico, mas sobretudo, com recurso aos exemplares construídos mais significativos em cada momento e respectivas relações com cada local de inserção. Destaca-se a importância do presente capítulo, por constituir uma base teórica de contextualização, para a interpretação, análise e a própria justificação dos casos de estudo escolhidos. JUSTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DOS TRÊS MOMENTOS Em primeiro lugar, é fundamental relembrar a importância do artigo de Cidália Silva, anteriormente referido, Apontamentos sobre a arquitectura religiosa do século XX, como elemento síntese da arquitectura religiosa do século XX em Portugal.

4 Neste artigo, resumo do trabalho efectuado no âmbito da Cadeira de Projecto Final, realizado pela referida autora, são estudados três projectos de igrejas de referência do século XX português, de diferentes contextos temporais. As igrejas estudadas são a de Nossa Senhora de Fátima e a do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa e a igreja de Santa Maria, situada em Marco de Canaveses. Pela sua importância e singularidade, posteriormente explicadas, estes templos reclamaram, de forma natural, o estatuto de casos de estudo, pela forma como as suas relações com a cidade se destacam dos restantes edifícios de carácter religioso, pertencentes ao mesmo contexto. Assim sendo, cada contexto define um momento da arquitectura religiosa dos últimos cem anos. O primeiro destes momentos diz respeito ao Estado Novo, seguido pelo conjunto de movimentos de Arquitectura Cristã e o de Renovação das Artes Religiosas (MRAR), de onde o arquitecto Nuno Teotónio Pereira naturalmente se distingue. O último momento de análise foi estabelecido a partir do templo de Marco de Canaveses, definindo assim um período contextual que não se associa a qualquer movimento político ou ideológico. Assim, este momento, centrado em torno da igreja de Santa Maria, de Marco de Canaveses, tenta retratar a produção de edifícios religiosos dos últimos trinta anos, focando um conjunto de encomendas desse tipo de edifícios, como elementos fundamentais de urbanização em zonas periféricas, carentes de uma nova identidade urbana ou social. Paralelamente à encomenda de novos edifícios religiosos e também englobado na descrição do terceiro momento, é referenciado o crescente protagonismo do desenho e projecto urbano, como ferramentas de criação ou clarificação do espaço de relação do edifício templo com a cidade. Por último, resta apenas referenciar, que estes três momentos escolhidos para análise, definem aquilo que de mais significativo se passou na concepção do espaço religioso em Portugal. Antes do primeiro momento de análise, o Estado Novo, e sobretudo antes da construção da igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa, registou-se a inexistência de uma reflexão significativa em torno da concepção de estruturas religiosas de grande escala no nosso país, observada sobretudo desde o período da Revolução Industrial. De referir ainda que a presente dissertação não se pretende constituir como um levantamento completo da produção arquitectónica religiosa dos últimos 100 anos. Todos os casos referenciados e estudados constituem uma base, por se terem destacado em cada momento, servindo como complemento prático ao estudo teórico do tema. CAPÍTULO 4 CASOS DE ESTUDO Neste capítulo é pretendido efectuar a análise dos casos de estudo escolhidos, que será dividida em três momentos. Num primeiro momento será realizada uma apresentação geral dos casos estudados, apoiada de fichas individuais, que sintetizam algumas questões relevantes de interesse histórico e contextualização. Num segundo momento, serão explicados os critérios definidos para elaboração da metodologia de análise. Por último, no terceiro momento deste capítulo, e recorrendo à metodologia e critérios definidos, serão descritos os diferentes casos de estudo, procedendo-se também à redacção das considerações relevantes a cada caso.

5 APRESENTAÇÃO GERAL DOS CASOS DE ESTUDO Os objectos de estudo particular são projectos que se distinguiram em cada um dos momentos da arquitectura religiosa portuguesa dos últimos cem anos, anteriormente definidos e explicados no segundo capítulo da investigação. O processo de escolha revelou-se natural, dadas as características únicas e particulares associadas a cada projecto. São apresentados três objectos de estudo. A sua apresentação é organizada em função da data de concepção e construção de cada projecto, de modo a garantir a coerência da contextualização efectuada no capítulo segundo, não conferindo qualquer tipo de protagonismo a nenhum caso em específico. O primeiro caso de estudo é a igreja de Nossa Senhora de Fátima, representando o momento do Estado Novo, seguindo-se a igreja do Sagrado Coração de Jesus, templo edificado segundo as novas concepções definidas e discutidas no seio do Movimento de Renovação das Artes Religiosas. Como estrutura referência da arquitectura religiosa dos últimos quarenta anos será analisada a igreja de Santa Maria de Marco de Canaveses. Nos três projectos é analisado o espaço de relação que cada templo estabelece com o tecido urbano envolvente, como resultado das sucessivas ocupações, até à configuração espacial que hoje em dia reconhecemos, em cada um dos contextos apresentados. Critérios de análise De modo a efectuar uma leitura e análise dos objectos de estudo foi estabelecido um conjunto de critérios de análise de modo a abordar os aspectos mais importantes no diálogo de cada templo com o seu tecido urbano. A uniformização desses critérios permitirá salientar as diferenças entre cada caso, bem como revisitar os variados conceitos de espaço de relação, concebidos em diferentes épocas históricas, identificados e explicados no primeiro capítulo. Este processo permitiu um permanente avanço e recuo do estudo, em termos cronológicos, que fortaleceu a unidade do estudo do espaço de relação, através das diferentes escalas observadas e em épocas distintas, renegando um modelo de investigação sectorial ou individualizado entre capítulos. Foram estabelecidos os seguintes critérios de análise: (a) singularidade, (b) inserção urbana, (c) aproximação e o (d) recinto do templo (subdividido em duas partes: à chegada e à saída do mesmo). Cada caso de estudo é acompanhado por uma referência bibliográfica, correspondente, sempre que possível, à data ou época de construção da estrutura religiosa. (a) A singularidade pretende explicar quais as particularidades de cada projecto, de modo a justificar o seu estudo particular. Essas particularidades podem estar relacionadas com o pensamento ou doutrina associados ao projecto, sua presença, comportamento e forma urbana ou então, e por último, assegurando que não é o principal factor de escolha, a singularidade do edifício no que diz respeito à sua linguagem e concepção arquitectónica. (b) A inserção urbana explica o contexto de implantação de cada objecto de estudo. Neste item de análise interessa perceber a morfologia urbana envolvente à igreja, bem como identificar possíveis relações espaciais existentes, posteriormente confirmadas e analisadas através dos restantes critérios. É também efectuada uma descrição das estruturas viárias e pedonais que permitem a conexão e ligação de cada templo à cidade. Como complemento desta análise é efectuado um mapa de cheios/vazios, onde se procede a caracterização da massa edificada envolvente a cada estrutura religiosa, definida a cinzento-claro, e a o do templo marcada a cinzento-escuro. Neste mapa não se encontra representada a distinção entre espaço público, espaço pedonal e estruturas viárias, a distinção entre os diferentes usos da massa edificada envolvente, nem se destaca aqueles que poderiam ser classificados edifícios de excepção ou referência. Apenas

6 é conferida importância, através da variação cromática, ao edifício templo, bem como os seus edifícios de apoio. (c) O item aproximação implica perceber, em cada contexto urbano, o modo mais significativo de reconhecimento e posteriormente alcance de cada estrutura religiosa, definindo um trajecto primordial. Interessa também relatar os diferentes acontecimentos urbanos presentes aquando da fruição do espaço público até à chegada ao templo, tais como cruzamentos, edifícios referência, ou patrimoniais, variação do tráfego automóvel ou vazios urbanos de estada e lazer. Também poderão ser referenciadas outras aproximações, que permitam o reconhecimento da presença da estrutura religiosa, através da presença iconográfica, sem que exista a necessidade do seu alcance. (d) O recinto do templo, quarto parâmetro de análise, pretende fazer uma leitura da vivência da área circundante mais próxima do edifício. Deste modo encontra-se dividido em duas subcategorias, a chegada e a saída do templo. A chegada ao recinto do templo surge no culminar da aproximação ao mesmo. Aqui pretende-se avaliar o desempenho e influência espacial do edifício sobre o seu espaço directo de relação, seja traduzido em adros, praças ou jardins. Interessa também identificar, a partir desse conjunto de espaços que antecedem a entrada do templo, a relação visual, ou ausência dela, com toda a envolvente edificada. A exploração da envolvente mais próxima ao templo tornou-se imperativa, dadas as variações de geometria desse tipo de espaços, que por vezes não se conformam exclusivamente com a entrada principal. Após exploração do recinto do templo, é efectuada a entrada no mesmo. O tempo permanecido no seu interior é indefinido e serve fundamentalmente para abstracção de todo o processo anterior à entrada. À saída do templo é pretendido capturar a relação imediata com a envolvente, fazendo a leitura inversa à da entrada e registada fotograficamente numa única imagem. Os dois últimos critérios (aproximação e recinto do templo), foram adaptados a partir da obra Design Cities 2, onde é efectuada a leitura e explicação das questões mais pertinentes relevantes à acessibilidade e vivência da praça medieval, recorrendo ao exemplo da Praça de Popolo, situada na cidade de Todi, Itália (ver figura 1.9). Apesar dos casos de estudo não se encontrarem em contextos urbanos medievais, o método foi adoptado e adaptado para a presente investigação. Para cada caso são também descritas algumas considerações relevantes a cada objecto de estudo. É pretendido neste critério de análise, efectuar-se alguns comentários ou ideias que não estão relacionadas com os restantes critérios, bem como reforçar algumas das ideias mais importantes, resultantes da análise descritiva de cada caso de estudo. 2 BACON, Edmund N. Design Cities- New York, M.I.T press, 1969, pp

7 QUADRO SÍNTESE DA ANÁLISE DESCRITIVA DOS CASOS DE ESTUDO.

8 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES Comparação dos resultados A relação das três igrejas estudadas com cada tecido envolvente, revelou-se bastante diferenciada. A igreja de Nossa Senhora de Fátima, o primeiro caso de estudo, pertencente ao período do Estado Novo, constitui-se excepção, no que diz respeito às variadas estruturas religiosas construídas no mesmo contexto político. Contudo no que diz respeito à imagem que o templo impõe à cidade, existem algumas similaridades com outras obras do Estado Novo. Esta igreja assume uma relação cenográfica com a sua envolvente, impondo-se como um edifício de elevada monumentalidade, que se estabelece como o remate físico e visual da Avenida Barbosa du Bocage, tornando-se um edifício fundamental, na concepção e caracterização da imagem do tecido urbano em que está inserido. A igreja do Sagrado Coração de Jesus renega a ideia de um elevado protagonismo urbano, verificado nas igrejas construídas sob influência directa do poder político vigente, o Estado Novo. Esta igreja representa o expoente máximo da reflexão causada pelo MRAR, em paralelo com os princípios do Concílio Vaticano II. A igreja enquanto construção, perde o carácter de edifício isolado, tornando-se um equipamento urbano, aberto e articulado com a cidade, de modo a potenciar a dinâmica social da comunidade, ao mesmo tempo que se introduziram novos princípios relativos ao programa litúrgico. A igreja do Sagrado Coração de Jesus, é de todos os casos estudados, a que maior ligação estabelece com o local de inserção, uma vez que a sua configuração tridimensional resulta como resposta às condicionantes do próprio local de inserção, um lote vazio, de reduzidas dimensões, que liga duas ruas diferenciadas por 10 metros de altura. Já no caso da igreja de Santa Maria de Marco de Canaveses, parece haver uma certa semelhança com a igreja de Nossa Senhora de Fátima, dado o carácter de excepção que o edifício reclama, perante a envolvente construída. Simultaneamente, esta igreja é idealizada para ser um edifício capaz de resolver tensões urbanas, existentes no contexto em que se insere, a cidade de Marco de Canaveses. Nesta igreja observa-se um recuo à história da arquitectura religiosa, ignorando, de certa forma, a produção arquitectónica do MRAR. A igreja enquanto elemento singular, as múltiplas referências à arquitectura sacra, o recuperar do espaço do adro, enquanto elemento estruturante de todo o projecto de arquitectura, são factores marcantes da igreja de Santa Maria. Em suma, o projecto de Marco de Canaveses, pode ser caracterizado por um conjunto paroquial, constituído por dois edifícios assentes numa plataforma artificial, de granito, que permite ligar a estrutura religiosa à cidade envolvente, ao mesmo tempo que desenha espaço público. As igrejas de Nossa Senhora de Fátima e de Santa Maria apresentam uma característica que permite reconhecer algumas semelhanças do ponto de vista da relação com a cidade, que diz respeito às suas afirmações territoriais, enquanto edifícios de excepção, propiciando espaço vazio em seu torno. Contudo esta semelhança conceptual é materializada de diferentes modos. Na igreja de Nossa Senhora de Fátima observamos um lote delimitado por um muro e por arborização, que encerra e enclausura o edifício religioso. A existência deste muro identifica uma atitude de afirmação do edifício, enquanto propriedade da igreja, estabelecendo uma fronteira bem vincada com o espaço urbano envolvente. O edifício religioso enriquece a cidade sobretudo em termos visuais, não criando espaço público de verdadeira relação com a cidade. O muro, portões e arborização contribuem para uma quebra, na articulação da igreja com a cidade. No caso de Santa Maria, a atitude é inversa. A abertura para a cidade é total. O centro paroquial é edificado enquanto objecto individual, mas liga-se à cidade através do adro, capaz de redefinir a imagem de pedaço de cidade, anteriormente desqualificado. Este adro, com escala de urbanidade, remete para o imaginário das aldeias e vilas, onde o espaço adro se constitui uma centralidade

9 urbana, local de reunião e concentração da comunidade em cerimónias religiosas, ou apenas como local de ou encontro de pessoas, potenciando a vida da comunidade. A imaginativa solução do complexo paroquial do Sagrado Coração de Jesus, idealizada com o intuito de se estabelecer como um espaço público, aberto e participado, com total abertura para a cidade, revela, aos olhos do nosso tempo, alguns sinais de abandono e falta de urbanidade. O complexo paroquial, idealizado como um novo atalho urbano e espaço público, apresenta algumas características que contrariam essas intenções. O espaço interior do quarteirão tornou-se privado através da colocação de portões e a sua utilização está limitada ao horário de funcionamento da instituição religiosa. A entrada pela rua de Santa Marta acentua a ideia de uma certa desqualificação urbana, expressa na imagem de um espaço encerrado, com uso de garagens e pontuado por uma cancela que antecede o percurso interior da rua-escadatório, que preenche o lote. Não é o encerramento induzido pelos portões que se revela perturbante, mas sim a pouca utilização do recinto paroquial, ao qual terá contribuído o encerramento de alguns dos seus usos. O papel das estruturas religiosas na cidade contemporânea É notória a perda de centralismo das estruturas religiosas, ao longo do processo histórico. Na actualidade, e ao contrário do que pudemos observar em determinadas épocas do passado, o templo não tem a mesma função estruturante, na organização e desenvolvimento urbano. A cidade regista novos centros urbanos, ligados fundamentalmente às actividades económica, comercial e também à mobilidade das populações. A Igreja, enquanto instituição, atenta a estas transformações, procura estar presente nas novas centralidades, ainda que, de forma silenciosa (ex.: capelas em centros comerciais e aeroportos). O aparecimento de novas seitas e pequenos grupos religiosos, gera no âmbito de espaço urbano, novos conceitos de espaço de relação entre templo e cidade. Neste contexto, e importante voltar a referir o aparecimento de uma série de novos grupos religiosos, que se instalam em edifícios comuns de habitação, polarizados um pouco por todas as cidades. Especial referência ao Templo Maior de Chelas, da Igreja Universal do Reino de Deus, cuja presença no tecido urbano se pode comparar a uma superfície comercial. Aliada à perda de centralismo, observa-se ainda uma perda de dignidade no espaço de relação. No que diz respeito ao papel dos centros paroquiais, enquanto elementos de urbanização de cada comunidade, regista-se a importância da introdução do conceito de centro paroquial, enquanto edifício único, capaz de aglomerar todos os serviços paroquiais numa só estrutura. A igreja do Sagrado Coração de Jesus, inserida no complexo paroquial, introduz a novidade na concepção deste tipo de equipamento, fundamentada pelo seu carácter de abertura à sociedade. Contudo a abertura e elevada relação com a cidade traduziram-se, cerca de 40 anos depois, num enclausuramento propiciado pela introdução de portões, que contraria a original intenção do projecto. Levanta-se uma questão: será que este tipo de equipamentos, devem fechar-se sobre si, tal como no caso do complexo paroquial dos Olivais, verdadeiro edifício fortaleza? Não se poderá dar uma resposta definitiva. Cada caso exige uma observação crítica diferenciada, fruto das diferenças entre cada contexto. Fica no entanto a ideia da importância deste tipo de equipamentos, enquanto possíveis elementos potenciadores de espaço público e de transformações urbanas fundamentais, como no caso de Marco de Canaveses, Alcobaça e Antas.

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