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1 ! Sugestões de medidas para superação dos obstáculos econômicos, técnicos e regulatórios à meta de redução de emissões, com avaliação dos benefícios sócio-ambientais. #$%&'()%*!+,!-!./$)(*!01"2 Nota Técnica referente à letra (e) do estudo técnico 1 do Termo de Referência do contrato 49, do ano de 2013, entre CGEE e SDP/MDIC, para subsídios em: Modernização da produção de carvão vegetal! "!!

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3 Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Presidente Mariano Francisco Laplane Diretor Executivo Marcio de Miranda Santos Diretores Antonio Carlos Filgueira Galvão Gerson Gomes Nota Técnica da letra (e) do TR: Sugestões de medidas para superação dos obstáculos econômicos, técnicos e regulatórios à meta de redução de emissões, com avaliação dos benefícios sócio- ambientais. Subsídios 2014 ao Plano Siderurgia do MDIC: Modernização da produção de carvão vegetal. Contrato Administrativo CGEE/MDIC 49/2013. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, p. 1. Política incremento carvão vegetal. 2. Redução de emissões GEE I. CGEE. II. Título. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE SCS Qd 9, Lote C, Torre C Ed. Parque Cidade Corporate - salas 401 a Brasília, DF Telefone: (61) Fax. (61) Este relatório é parte integrante das atividades desenvolvidas no âmbito do Contrato Administrativo CGEE/MDIC 49/2013/Ação: Subsídios para Revisão do Plano Siderurgia (Carvão Vegetal) Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos neste relatório NÃO poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. 3

4 MODERNIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL Nota Técnica Sugestões de medidas para superação dos obstáculos econômicos, técnicos e regulatórios à meta de redução de emissões, com avaliação dos benefícios sócio- ambientais. Consultor Túlio Jardim Raad Vamberto Ferreira de Melo Equipe Técnica do CGEE Elyas Ferreira de Medeiros (Liderança do Estudo) Cristiano Hugo Cggnin (Apoio Metodológico) Marina Brasil (Apoio Administrativo) Esta NT aguarda revisão do texto pela equipe técnica do CGEE 4

5 CONTEÚDO 1 Introdução Desenvolvimento O consumo de florestas nativas e plantadas para a produção 9 de carvão vegetal siderúrgico Potenciais de ganhos para tornar a indústria siderúrgica a carvão 10 vegetal auto sustentável em florestas plantadas 3 Conclusões Avaliação do Plano Setorial de Redução de Emissões da Siderurgia Objetivo 1 - Promover a redução das emissões de CO Objetivo 2 Evitar desmatamento de mata nativa Objetivo 3 Incrementar a competividade brasileira da indústria de ferro e aço no contexto da economia de baixo carbono 15 4 Recomendações 19 5 Referências 20 5

6 RESUMO EXECUTIVO O processo de produção de carvão vegetal vem se mantendo de forma empírica e sem controle eficiente ao longo da sua história de uso industrial. Como consequências têm aumento das emissões, perdas de produto e falta de estabilidade físico- químico- metalúrgico. Esta nota técnica relata os ganhos que o controle do processo de carbonização trazem para a redução das emissões e estabilidade do produto carvão, via melhoria do rendimento gravimétrico. Analisa- se ainda a melhoria da competitividade da cadeia ferro gusa a carvão vegetal em função do aumento da produtividade das florestas, da melhoria do rendimento gravimétrico na conversão madeira para carvão e suas interferências no custo do ferro gusa e consumo nos altos fornos. Por fim pode- se afirmar que barreiras tecnológicas de décadas passadas já podem ser consideradas superadas, pois metodologias de controle de processo, acessíveis a qualquer produtor, já estão disponíveis sem a necessidade de grandes investimentos e totalmente adaptadas para o uso no parque industrial de produção de carvão vegetal atual. Nos dias atuais, muitas empresas siderúrgicas integradas e mesmo empresas produtoras de carvão vegetal, já praticam e têm a consciência da busca pelos melhores rendimentos de conversão da madeira em carvão vegetal. Assim, o desafio a partir de agora é encontrar os meios multiplicadores das melhores práticas para que elas se alastrem em larga escala por todas as regiões produtoras do Brasil. Entende- se que o caminho mais curto para o atingimento desta meta seria através da participação mais intensa das associações de empresas do setor como ABRAF, ABM, IABr e AMS. 6

7 1 INTRODUÇÃO A cobertura de área do Brasil é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e como pode ser visto na figura 1, atualmente apenas 0,8% desta área é ocupada por florestas plantadas, que tem a agricultura e pecuária como mandatários do uso comercial da terra superando os 30% da área. Figura 1 Distribuição percentual da área de cobertura do Brasil As florestas plantadas de eucaliptos e pinus no Brasil para uso comercial datam do início do século 20, porém o plantio em larga escala teve início a partir de 1949 com o eucalipto pela Cia Siderúrgica Belgo Mineira, no município de Santa Bárbara, MG, e em 1959 com o pinus no Estado de São Paulo já dentro de uma política de exploração racional de madeiras visando a preservação das matas nativas. Os plantios em larga escala no Brasil foram impulsionados a partir da década de 60 devido ao programa de incentivo fiscal aos plantios florestais associados aos grandes investimentos das industrias de celulose e papel e das siderúrgicas que usavam o carvão vegetal como termo redutor. Em 1990 a área estimada com florestas plantadas no país totalizava cerca de 6 milhões de hectares. Entretanto, durante a década de 1990 houve uma significativa redução passando em 2000 para 5,1 milhões de hectares (ABRAF, 2006). O principal motivo foi a conversão da terra para outros usos como agricultura e pecuária, que na época apresentava maior retorno econômico de curto prazo. Foi a partir de 2005 que as florestas plantadas saíram de um quadro de estagnação e passaram a um histórico crescimento médio de 3,9%, chegando em 2013 a cerca de 6,7 milhões de hectares (ABRAF, 2013). Apesar de ter havido uma freada brusca em 2011 devido à crise financeira mundial, onde se registrou um crescimento de apenas 0,1%, estimativas do mercado indicam um novo retorno aos investimentos florestais que podem atingir a marca de 500 mil hectares/ano, crescimento anual de 7

8 8%, principalmente pelo aumento da demanda da indústria de papel e celulose e painéis de madeira industrializada (Painel Florestal, nov.2012). Como destaque pode- se observar nos últimos sete anos o crescimento vigoroso de florestas plantadas no Estado do Mato Grosso do Sul, que saiu de 148 mil hectares em 2006 para quase 600 mil hectares em 2012, graças a grande expansão da indústria de papel e celulose (Fíbria e Eldorado Florestal) e da crescente expansão da demanda por carvão vegetal que deverá responder pela necessidade em torno de 100 mil hectares de área de eucalipto plantado nos próximos 5 anos (Grupo Vetorial), figura 2. Figura 2 Área de floresta plantada por estado brasileiro (x1000 ha), ABRAF 2013 Em termos de consumo, 51% das florestas plantadas vem de uso industrial para lenha na geração de energia doméstica, pellets, cavaco, maravalha para avicultura, serragem, briquetes, postes e mourões e mais recentemente para usos de geração de energia elétrica via termoelétrica a biomassa plantada (ABRAF, 2013), 37% para a indústria de papel e celulose e 12% para uso siderúrgico e energético na forma de carvão vegetal, figura 3. Estima- se um consumo anual de madeira proveniente de floresta plantada em torno de 163 milhões de metros cúbicos sólidos ou seja 83 Mm 3 para madeira industrial, 60 Mm 3 para a celulose e 20 Mm 3 para o carvão vegetal. Figura 3 Consumo de Floresta Plantada por setor, AMS

9 2 - DESENVOLVIMENTO O consumo de florestas nativas e plantadas para a produção de carvão vegetal siderúrgico Focando na questão do uso do carvão vegetal na indústria siderúrgica brasileira, que historicamente vem flutuando entre 25 a 30% de participação na produção total de aço no Brasil, consumiu- se em média nos últimos dez anos 6,9 milhões de toneladas por ano, chegando a patamares em torno de 8 milhões de toneladas no período de alta demanda do aço nos anos de 2004 a 2007 (AMS 2013). Importante neste ponto entender que estes quase 7 milhões de toneladas anuais impacta na necessidade exclusiva de madeira, seja eucaliptos, pinus ou nativa, como matéria prima do carvão vegetal (produzido tanto para uso nos altos fornos de ferro gusa quanto para os fornos elétricos do ferro ligas), uma vez que diversas outras biomassas como a cana de açúcar, capim elefante, coco de babaçu, entre outros não se mostraram ainda viáveis do ponto de vista técnico para uso nos altos fornos em forma de briquetes de carvão vegetal devido à sua baixa resistência mecânica. A figura 4 apresenta uma evolução do uso de florestas plantadas e nativas para suprir a demanda de carvão vegetal ao longo dos últimos 20 anos. Conforme pode ser observado, nos anos de maior demanda de ferro gusa (2004 a 2008) a participação de mata nativa na produção de carvão vegetal subiu drasticamente de patamar saindo de uma faixa entre 30% e 35% para a faixa de 51% a 56%. Figura 4 Consumo de floresta plantada x floresta nativa para carvão vegetal, AMS 2013 O carvão vegetal no Brasil é produzido predominantemente em fornos circulares de alvenaria e, em sua maioria, o controle de processo é feito via metodologias empíricas como a cor das fumaças ou o tato nas paredes. Sem um controle tecnológico das reações térmicas de transformação da madeira em carvão vegetal, ocorrem inevitavelmente muitas perdas no processo como, por exemplo, processo sob elevadas temperaturas de carbonização que em 9

10 muitos casos chegam a 600 o C (desejável <400 o C), combustão do carvão já formado devido a ocorrência de trincas nas paredes dos fornos e consequente indesejada entrada de ar, etc Potenciais de ganhos para tornar a indústria siderúrgica a carvão vegetal auto sustentável em florestas plantadas. Levantamentos de rendimentos da conversão da madeira em carvão vegetal feitos por várias siderúrgicas integradas através de empresas especializadas independentes, denominado rendimento gravimétrico de linha de base (madeira e carvão na base seca), apontaram para resultados variando suas médias por empresa entre 24% até 29%. Estes valores estão evidenciados em projetos de MDL aprovados pela UNFCCC das empresas Plantar e Queiroz Galvão, onde o foco é a redução de emissão de metano pela aumento do rendimento gravimétrico. Se considerarmos uma média geral de 26% de rendimento gravimétrico, para se produzir 7 milhões de toneladas de carvão (base seca) são necessárias cerca de 27 milhões de toneladas de madeira processada por ano (base seca). Tendo como referência a densidade básica das florestas de 550 kg/m 3 sólido, este consumo seria equivalente a 49 milhões de metros cúbicos sólidos de madeira. Conforme dados da AMS, tendo como base o ano de 2010, tinha- se disponível apenas 20 milhões de metros cúbicos anuais de floresta plantada para fins siderúrgicos. Este valor foi calculado tendo como referência a produtividade florestal média de 25 m 3 /hectare/ano vezes os 6,5 milhões de hectares plantados em 2010 vezes 12% de participação do carvão vegetal (= 19,5 milhões de metros cúbicos). Neste cenário o déficit anual de florestas plantadas seria de quase 29,5 milhões de metros cúbicos sólidos (cerca de 1,2 milhão de hectares), significando a necessidade de uso recorde de 60% de matas, caso a demanda de ferro gusa volte ao patamar da década de 2000 antes da crise mundial, figura 5. Figura 5 Evolução da produção de ferro gusa a carvão vegetal no Brasil 10

11 Felizmente, a partir dos dias atuais, o quadro deste déficit de floresta plantada poderá ser bastante reduzido e em um médio prazo (10 anos) ele poderá até zerar com os impactos da implantação imediata dos bons resultados já alcançados por diversas empresas como segue: O aumento da produtividade do plantio florestal de 25 m3/ha/ano para 40 m3/ha/ano já é uma realidade atual para mais de 50% dos produtores de eucalipto e pinus no Brasil (ABRAF, 2013). A maioria das empresas siderúrgicas integradas já tem implantado em escala industrial modernos sistemas de controle da carbonização da madeira, de baixo custo de investimento e de fácil operação, e vem conseguindo aumentar de forma significativa seus rendimentos na conversão de madeira em carvão. Como exemplo já existem empresas que são benchmark no mercado, saindo de uma linha de base de 29% para um patamar estável de 36% de rendimento. Isto representa produzir quase 25% a mais de carvão vegetal com a mesma quantidade de floresta plantada. Novas tecnologias de carbonização estão em fase avançada de desenvolvimento e quando consolidadas poderão contribuir não só para o aumento do rendimento gravimétrico mas também com a melhoria da qualidade do carvão vegetal, impactando diretamente no menor consumo específico dos altos fornos e fornos elétricos. Entre as opções que apresentam maior possibilidade de sucesso temos: o Forno DPC: onde ocorrem a queima das fumaças da produção do carvão vegetal para suprimento energético da secagem e carbonização da madeira; o Sistema ONDATEC: que utiliza energia dos micro- ondas para todo o processo, também queima as fumaças e pretende gerar energia elétrica via motores de combustão interna (projeto de parceria entre CEMIG- UFOP- ONDATEC); o Sistema Convencional Misto: e também podemos citar os esforços das grandes empresas siderúrgicas integradas na solução mista de fornos de alvenaria acoplados a queimadores de gases e secadores de madeira (Grupo G6 e outras como Vetorial, Saint Gobain, Viena e SD Florestal); o Sistema Retorta Contínua: forno metálico vertical equipado com queimador de gases para suprimento da energia do processo, que já opera na Europa há mais de 50 anos e que vem sendo testado desde 11

12 2008 em uma das unidades da Vallourec Florestal na tentativa de validação do custo- benefício visando sua expansão. A tabela 1 exemplifica o enorme potencial de ganhos que o setor siderúrgico e os produtores de carvão vegetal podem obter com tecnologias já disponíveis ou muito perto de se tornarem viáveis em larga escala. Em síntese, a combinação dos ganhos poderá zerar o déficit de madeira, o que significa preservar toda a mata nativa hoje utilizada no processo e também reduzir drasticamente as emissões de metano para a atmosfera. Tabela 1 Ganhos na produção de carvão vegetal x redução do déficit de florestas plantadas 12

13 3 CONCLUSÕES Avaliação do Plano Setorial de Redução de Emissões da Siderurgia O Plano Setorial de redução de emissões da siderurgia foi fundamentado em discussões técnicas e econômicas sobre o aumento da competitividade da indústria siderúrgica de forma sustentável, sendo debatidas em fóruns patrocinados pelo MDIC (Ministério de Desenvolvimento de Indústria e Comércio) a partir de 2008 e como consequência formando a base, entre outras ações impactantes da redução de emissões de CO 2, para a aprovação da lei , de 29 de novembro de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre a Mudança do Clima PNMC. Os principais objetivos deste plano setorial são: (i) promover a redução das emissões de CO 2 ; (ii) evitar o desmatamento de floresta nativa e (iii) incrementar a competividade brasileira da indústria de ferro e aço no contexto da economia de baixo carbono. Três cenários foram projetados para balizamento quantitativo do atingimento das metas traçadas, tabela 2 e figura 6: Tabela 2 Cenários para redução de emissões de CO 2 na siderurgia a carvão vegetal Cenário de Cenário de Cenário de Cenário de Base Intervenção 1 Intervenção 2 Intervenção 3 (MtCO 2 eq.) (MtCO 2 eq.) (MtCO 2 eq.) (MtCO 2 eq.) 15,97 13,32 5,60 2,94 Figura 6 Projeção de Emissões Plano Setorial de Redução de Emissões na Siderurgia O cenário de Intervenção 3 foi eleito como cenário- alvo e combinado com as restrições impostas pelos requisitos de mensuração, reportabilidade e verificabilidade (MRV) das reduções de emissões, adotou- se como meta estimativa mais conservadora 13

14 o intervalo de 8 a 10 milhões de toneladas de CO 2 equivalentes, consignada no Acordo de Copenhague OBJETIVO 1 - Promover a redução das emissões de CO 2 Dentro do que foi pontuado na presente nota técnica, ficou demonstrado o potencial de redução das emissões no caso do aumento de rendimento gravimétrico (RG) na conversão de madeira em carvão e utilizando- se a equação advinda da metodologia aprovada para créditos de carbono MDL AM0041, equação (1), pode- se pontuar: Ao passar do RG de 26% como linha média de base nacional para um RG de 35% via controles mais eficientes e modernos do processo de produção do carvão vegetal (monitoramentos da temperatura e modelos matemáticos da cinética de secagem da madeira e carbonização), obtém- se uma mudança no patamar de emissões de metano de 78 kg CH 4 / t. carvão para 30 kg CH 4 / t. carvão, um delta de redução de 48 kg CH 4 / t. carvão. Considerando- se uma produção anual de 6,9 milhões de toneladas, a redução potencial seria de cerca de 7 milhões de CO 2 equivalentes. Considerando- se que o controle de processo sugerido como mitigador das emissões, de fornos pequenos (tipo rabo quente) até fornos retangulares de grande porte, são de fácil acesso, de baixo investimento e de alto retorno financeiro, avalia- se que o atingimento deste potencial de redução até 2020 é factível e de alto índice de sucesso, principalmente porque já existem empresas benchmark no mercado que podem ser multiplicadores de resultado. (1) No caso da substituição dos sistemas convencionais de produção de metano por novas tecnologias que permitam a queima dos gases, o potencial passará a ser de 11,3 milhões de CO 2 equivalentes. Nesta situação avalia- se que, em vista de uma série de barreiras como: o substituição do parque industrial atual, onde já foram feitos altos investimentos e que ainda não foram depreciados (grandes fornos retangulares de alvenaria); o dificuldade de se implementar tecnologias de ponta em pequenos fazendeiros florestais devido à baixa escala de produção, o que acaba por exigir tempos muito longos do retorno de investimento (CAPEX) e/ou custos operacionais elevados (OPEX); A obtenção deste potencial de redução de emissões em larga escala é de difícil sucesso, principalmente no prazo pré- estabelecido de Contudo é 14

15 imperativo que se busque o quanto antes a modernização do parque industrial brasileiro neste setor a fim de consolidar sua sustentabilidade e competividade, que prevê ser cada vez mais acirrada no futuro OBJETIVO 2 Evitar desmatamento de mata nativa Conforme foi demonstrado na presente nota técnica, mantendo- se a linha de base de rendimento gravimétrico no patamar de 26% e sem melhoria do incremento de produtividade florestal, estima- se a necessidade de no mínimo um adicional de 1,2 milhão de hectares de florestas plantadas para total substituição da mata nativa. Porém, se o nível de produção de gusa voltar para a alta demanda ocorrida nos anos de 2004 a 2007, valores ainda maiores e proporcionais deverão ser implantados. Entretanto, na avaliação do objetivo 1 mostrou- se que boa parte das metas de redução já podem ser alcançadas em larga escala se houver uma mudança para maior do patamar de rendimentos gravimétricos da carbonização, que dentro do estado da arte do procedimento operacional de carbonização atual, são perfeitamente acessíveis aos grandes, médios e pequenos produtores de carvão vegetal. Isto em si converte para o cenário de intervenção 3, com ganhos combinados entre os cenários de intervenção 1 e 2. Com isto as mensurações globais das médias de rendimento gravimétrico, devidamente normatizadas por sistemas de medição auditáveis, e periodicamente publicadas por instituições credenciadas pelo MDIC, deverão ditar o planejamento estratégico quantitativo de implantação de novos estoques florestais. Em adição, e para maior assertividade de planos estratégicos futuros de aumento de estoque florestal, a participação das associações de empresas do setor como ABRAF, ABM, IABr e AMS deverão em comum acordo com seus associados promover relatórios estatísticos que permitam vislumbrar os investimentos de longo prazo que irão demandar o aumento do consumo de carvão vegetal do setor, sempre em períodos de 10 anos, permitindo assim maior estabilidade e sustentabilidade na conquista da eliminação total do uso de mata nativa como termo redutor no Brasil. 15

16 3.4 - OBJETIVO 3 Incrementar a competividade brasileira da indústria de ferro e aço no contexto da economia de baixo carbono O carvão vegetal representa em média 50% do custo de produção do ferro gusa (J.Mendo, 2009). Desta forma, redução no custo do carvão associado a uma melhor qualidade como termo- redutor tem forte impacto na competividade dos produtos siderúrgicos brasileiros. No presente estudo foi evidenciado o quanto a melhoria do rendimento gravimétrico (RG) na conversão da madeira em carvão vegetal impacta na melhoria do meio ambiente em termos de redução das emissões, com foco para o gás metano. Como não poderia ser diferente, este aumento do RG tem relação inquestionável na redução do custo unitário do carvão vegetal em toda a cadeia de produção, pois é de fácil clareza como segue: Tomando como base o custo do carvão vegetal como R$400/ton e uma planta de produção de carvão vegetal processando 1000 toneladas de madeira por mês (bs), sendo o custo desta, desde o plantio, passando pela colheita, transporte e carga do forno, com custo variável equivalente a R$ 70,00/ton. de madeira (bs), simula- se o resultado do custo total, comparando- se um rendimento de 26% como linha de base e 35% como meta ideal, e tendo um custo adicional de investimento em melhores processos de transformação em torno de 30% do custo fixo de produção (fase de carbonização da madeira), obtém- se uma redução em torno de 22% do custo total final, tabela 3: Tabela 3 Impacto do rendimento gravimétrico (RG) nos custos unitários do carvão vegetal Item Unidade Base Valores Ideal Madeira Carbonizada (bs) ton mad/ mês Carvão Produzido (bs) ton cv/ mês Rendimento Gravimétrico % 25% 35% Custo da Madeira dentro do forno R$ Custo da Fase Carbonização R$ Custo Total R$ Custo do Carvão R$/ton Ganho na redução do custo do carvão % 22,3% 16

17 Para o exemplo de um alto forno produzindo toneladas por ano, o impacto desta redução no custo final do ferro gusa seria de 9%, tabela 4: Tabela 4 Impacto do rendimento gravimétrico (RG) nos custos unitários do ferro gusa Item Unidade Base Valores Ideal Produção de Ferro Gusa ton fg/ano Consumo Específico de carvão kg cv/ton.gusa Carvão total consumido ton./ano Custo do Carvão R$/ton Custo do Frete até a Usina R$/ton Custo de produção além do carvão (50%) Milhões R$/ano 37,5 Custo do Carvão Vegetal no gusa Milhões R$/ano 37,5 30,8 Custo total do Ferro Gusa Milhões R$/ano 75,0 68,3 Custo unitário do Ferro Gusa R$/ton.gusa Ganho na redução do custo do gusa % 9% Considerando- se o preço do ferro gusa praticado em 2013 como U$380/ton. ou R$855/ton., a margem de lucro (antes dos impostos) passaria de 12,3% para 20% do faturamento bruto, um valor considerado por muitas indústrias como rentabilidade mínima para garantir crescimento sustentável do negócio. Somados aos resultados da tabela 4 ainda podemos pontuar um real potencial de ganhos que a produção estável de carvão vegetal trará para o processo de produção de ferro gusa, impactando diretamente na redução do consumo específico. Como considerações para reflexão tem- se: Barreiras tecnológicas de décadas passadas já podem ser consideradas superadas, pois metodologias de controle de processo, acessíveis a qualquer produtor, já estão disponíveis sem a necessidade de grandes investimentos e totalmente adaptadas para o uso no parque industrial de produção de carvão vegetal atual. Nos dias atuais, muitas empresas siderúrgicas integradas e mesmo empresas produtoras de carvão vegetal, já praticam e têm a consciência da busca pelos melhores rendimentos de conversão da madeira em carvão vegetal. Assim, o desafio a partir de agora é encontrar os meios multiplicadores das melhores práticas para que elas se alastrem em larga escala por todas as regiões 17

18 produtoras do Brasil. Entende- se que o caminho mais curto para o atingimento desta meta seria através da participação mais intensa das associações de empresas do setor como ABRAF, ABM, IABr e AMS. 18

19 4 RECOMENDAÇÕES Algumas ações pilares patrocinadas pelo governo, sob- responsabilidade do MDIC, poderão ser implementadas como: Conscientização do empresariado brasileiro sobre o enorme ganho social, ambiental e financeiro que projetos desta natureza trazem para o negócio, fazendo que ocorra uma mobilização em massa visando a mudança de paradigmas do processo de produção de carvão vegetal atual e seu rudimentar e empírico procedimento operacional; Meio de ação: mídia e organização de seminários específicos; Desburocratização do fornecimento de linhas de crédito para os pequenos produtores, (um vez que as grandes empresas do setor já vem se mobilizando para mudar seus processos) aumentando a atratividade e a quantidade dos investimentos em sistemas de controle do seus sistemas produtivos de carvão vegetal. Meio: regulamentação de práticas mais objetivas e de fácil acesso ao pequeno produtor com redução de nível de exigências de garantias de recursos, via análise de risco do empreendimento (avaliado atualmente como baixo risco devido a vários casos de sucesso hoje com resultados estáveis e auditáveis); Treinamento e reciclagem de todo o corpo técnico de toda a cadeia de transformação da madeira em carvão vegetal, desde a preparação da matéria prima (madeiras mais secas e limpas), passando pela mudança radical do procedimento operacional (aumentar rendimentos) até a melhoria da qualidade do produto obtido (visando redução do consumo específico nos Altos Fornos). Meio: já existem empresas especializadas no setor que podem fazer parceiras público- privadas. 19

20 5 Referências ABRAF, 2006 Anuário Estatístico ABRAF, 2010 Anuário Estatístico ABRAF, 2013 Anuário Estatístico WINTER, M.E.L Cadeia Produtiva do Carvão Vegetal - Implicações Econômicas, Ambientais e Sociais, AMS Associação Mineira de Silvicultura, 30/10/2013, 27 p. 20

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