DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA GERENCIAMENTO DA ALOCAÇÃO DE ÁGUA-SIGA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA GERENCIAMENTO DA ALOCAÇÃO DE ÁGUA-SIGA"

Transcrição

1 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA GERENCIAMENTO DA ALOCAÇÃO DE ÁGUA-SIGA Conceição de Maria A. Alves 1 ; Francisco Venicius Fernandes Barros 2 & Glaudiney Moreira Mendonça Junior 3 RESUMO --- O uso de modelos matemáticos para dar suporte ao processo de tomada de decisões em recursos hídricos tem sido facilitado pelo uso sistemas computacionais que auxiliam os usuários durante os exercícios de simulação. Recentes avanços em tecnologias de aquisição, manuseio e aplicação de dados, o aumento da capacidade computacional e a facilidade de acesso a computadores são fatores que impulsionam o uso e aplicação de sistemas de informação para a gestão de recursos hídricos. Este artigo descreve a concepção do Sistema de Informação para o Gerenciamento da Alocação de Água-SIGA, em desenvolvimento pela Funceme. Composto por oito módulos integrados utilizando a filosofia da programação orientada a objeto, o SIGA apresenta interfaces que permitem uma fácil interação computador-usuário. A partir da representação do sistema hídrico através de redes de fluxo, o SIGA disponibiliza modelos para simulação hidrológica (SMAP e GWLF), modelos de qualidade da água (poluição pontual e difusa), algoritmos de calibração automática, e irá também incorporar módulos para previsão de alfluências, otimização de reservatórios e projeção de demandas. Todos os resultados gerados pelo sistema podem ser visualizados através do módulo de apresentação e análise de resultados. ABSTRACT --- The use of mathematical models during the decision making process in water resources has been facilitated upon the use of computational systems that help the users to develop simulation exercises. Recent technological advances in data acquisition, manipulation and use of data, the increase in computational capacity and the easy access to computers has intensified the use and application of information systems in water resources management. This paper describe the conception of the Sistema de Informação para o Gerenciamento da Alocação de Água-SIGA, been developed by Funceme. The system is comprised of eight integrated modules and has been developed using the object oriented programming approach. SIGA has graphical user-friendly interfaces that help the computer-user communication and uses a network of nodes and links to represent the water resources system. The system offers hydrological models (SMAP and GWLF), water quality models (point and non-point sources of pollution), algorithms for automatic calibration and a module for presentation and analysis of results. The following components will also be available in a near future: streamflow forecast module, reservoir optimization module and demand forecast module. Palavras-chave: sistema de informações, simulação hidrológica, qualidade da água 1) Pesquisadora da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, Av Rui Barbosa, 1246 Fortaleza-CE CEP: conceicao@funceme.br 2) Bolsista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, Av Rui Barbosa, 1246 Fortaleza-CE CEP: veniciusfb@yahoo.com.br 3) Universidade Federal do Ceará-Departamento de Ciências da Computação (CRAb-Computação Gráfica) glaudiney@gmail.com VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 1

2 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento de sistemas computacionais aplicados ao gerenciamento de recursos hídricos iniciou-se na década de 50 e vem evoluindo rapidamente. Avanços tecnológicos que resultaram numa maior capacidade computacional a custos menores, juntamente com o crescente acesso a computadores, têm facilitado essa evolução. Durante os últimos anos, uma vasta literatura relata o desenvolvimento de ferramentas computacionais para o suporte a decisões em gestão de recursos hídricos (Loucks, 1995; Dai and Labadie, 2001; Jamieson and Fedra, 1996; Andreu et al. 1996; Azevedo et al. 2000, Porto & Azevedo, 1997). Um sistema de informação em recursos hídricos é definido como uma ferramenta computacional projetada para representar os componentes de uma bacia hidrográfica e suas interações. Os elementos de uma bacia hidrográfica a serem representados num sistema de informações são os solos, rios, lagos, aqüíferos, usos do solo, vegetação, topografia, clima e qualquer outro componente que caracterize a bacia. As interações entre esses elementos são comandadas por processos físicos, químicos e biológicos que acontecem no âmbito da bacia. Os componentes mais comuns num sistema de informações em recursos hídricos são banco de dados, Interfaces Gráficas com Usuários (GUI), modelos matemáticos e sistemas de informações geográficas. As funcionalidades de sistemas de informações em recursos hídricos variam de acordo com as aplicações a eles associadas e o ambiente de concepção em que os mesmos são desenvolvidos. Mais recentemente, têm sido desenvolvidos sistemas para otimização e operação de reservatórios, sistemas para monitoramento da qualidade da água, sistemas para alocação da água, sistema para simulação da influência de mudanças climáticas em sistemas hídricos, sistema para monitoramento ecológico, sistema para outorga e/ou cobrança pelo uso da água, sistemas para controle de cheias e muitos outros. Muitos desses sistemas incorporam propriedades que facilitam o desempenho de tarefas complexas inerentes ao gerenciamento de recursos hídricos. Como exemplos dessas propriedades podemos citar: interfaces amigáveis (para entrada de dados e apresentação de resultados), alta capacidade de processamento de informações, representação gráfica de elementos de uma bacia, representação geográfica de cenários de simulação, plataformas de apresentação e gerenciamento de resultados e módulos para guiar discussões e consensos entre usuários de água e/ou gerentes, compartilhamento de dados e comunicação pela Internet. Além do mais, recentes avanços em tecnologias de aquisição, manuseio e aplicação de dados (sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas) têm facilitado o uso de modelos matemáticos para obtenção de informações essenciais para um planejamento mais acertado e para a tomada de decisões mais VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 2

3 eficientes. Na medida em que se torna possível mensurar com melhor precisão riscos e custos relacionados à tomada de decisões errôneas ou tardias o uso de sistemas capazes de elaborar e apresentar cenários de alternativas de gestão cresce em aplicabilidade e importância. Ao longo desse capítulo, estaremos falando sobre sistemas de informações aplicados a sistemas de recursos hídricos de uma maneira geral. Partindo da concepção de sistemas de informações, são citados seus principais componentes, os ambientes de desenvolvimento e as estratégias de implementação. Finalmente, apresenta-se o sistema de informação em desenvolvimento na FUNCEME, o SIGA - Sistema de Informação para o Gerenciamento da Alocação de Água. 2. A PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Ao longo da evolução do desenvolvimento de sistemas computacionais, a estruturação das linguagens de programação vem se modificando sobremaneira. No início, o uso de linguagens estruturadas era unanimidade e atendia as necessidades de aplicação pensadas na época. Linguagens como FORTRAN, Pascal, C e outras seguiam a filosofia de programação algorítmica que apesar de sua reconhecida versatilidade, muitas vezes impunham dificuldades extras para re-aproveitamento de códigos, atualização de versões e desenvolvimento modular. Com a crescente demanda por aplicações cada vez mais complexas, surgiu a necessidade de um paradigma de programação mais modular e que permitisse um re-aproveitamento de código fácil e flexível. O grande número de funções inseridas em sistemas complexos torna difícil a organização e a atualização destes sistemas. Fez-se necessário o surgimento de um novo paradigma para que essas funções fossem mais bem organizadas e que a concepção de sistemas complexos se tornasse mais intuitiva. Atualmente, novos métodos de engenharia de software têm sido aplicados para o desenvolvimento de sistemas de informações. A Programação Orientada a Objeto (POO) apresentase como a corrente principal desses esforços de inovação e tem oferecido uma metodologia de desenvolvimento de software bastante promissora. Nos últimos anos, uma grande quantidade de artigos acadêmicos e técnicos tem discutido e demonstrado o uso de POO para o desenvolvimento de sistemas de informações para aplicações em sistemas hídricos (Wilson e Droste, 2000; Miller et al. 2004; Belkhouch et al. 1999; Yang et al. 2002; Viegas Filho e Lanna, 2003; Alves, 2005). A base da modelagem orientada a objeto constitui-se na representação do mundo real em termos de objetos, incluindo sua estrutura, comportamentos e inter-relações. A programação orientada objeto (POO) permite a visualização do sistema hídrico como algo concreto, composto de diferentes elementos físicos (objetos) interagindo de forma integrada. Uma vez definido esse sistema, a POO identifica os processos envolvidos (comportamentos) e dá-lhes representação VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 3

4 matemática através de algoritmos apropriados. Busca-se, através da POO, tratar de forma integrada os dados e os processos envolvidos num sistema hídrico utilizando-se para tal das propriedades das linguagens orientadas a objetos (C++, Object Pascal, Delphi, Java, VisualBasic, etc). A utilização de POO permite a modelagem de problemas em recursos hídricos com visão integrada de processos, facilitando ainda o trabalho em equipe através da modularidade dos componentes desenvolvidos. A POO define alguns conceitos básicos para a representação do domínio do problema ou da realidade a ser simulada, por exemplo, a representação de sistemas hídricos. São exemplos desses conceitos os objetos, as classes, as mensagens e os métodos. A compreensão da funcionalidade desses conceitos básicos em POO é fundamental para a construção de sistemas computacionais que realmente incorporem as vantagens da programação orientada a objeto, a saber: modularidade, facilidade de atualização de códigos e ampliação do sistema, maior eficiência de trabalhos em equipes. Objetos são definidos como entes ativos dotados de certas características ou atributos que o tornam inteligente, uma vez que possuem a capacidade de desempenhar tarefas (comportamentos) quando devidamente solicitadas. Para representação de sistemas hídricos, os elementos que podem ser definidos como objetos são: rios, reservatórios, bacias e sub-bacias hidrográficas, aqüíferos, lagos naturais, canais e adutoras, pontos de coleta de dados, pontos de demanda de água ou de despejo de efluentes, etc. Uma classe de objetos descreve um grupo de objetos com propriedades, comportamentos, relacionamentos e semânticas semelhantes. As classes definem a forma como os objetos são criados, seus comportamentos e quais atributos devem ter. Elas também guardam os algoritmos e códigos dos métodos que são acessados pelos objetos quando da execução de suas tarefas (comportamentos). As mensagens ou eventos são sinais transmitidos entre os objetos para indicar a execução de métodos. Ou seja, através de mensagens (eventos) os objetos comunicam-se para solicitar a execução de terminadas ações, definidas através dos métodos. Dentro do contexto dos sistemas de recursos hídricos, o objeto reservatório poderia ter métodos (definidos como funções e/ou procedimentos) do tipo Cálculo de Vazão Afluente, Obter Evaporação, Obter Demanda, etc. Ou no caso do objeto bacia hidrográfica, os métodos poderiam ser exemplificados como Definir Declividade, Obter Vazão Jusante, Obter Infiltração, etc. Ademais, os conceitos de hereditariedade, polimorfismo, encapsulamento e abstração caracterizam e viabilizam a modularidade das linguagens orientadas a objetos (Coad & Yourdon, 1991; Graham, 1994; Hutt, 1994). Hereditariedade consiste no mecanismo de transferência de características, propriedades, funções e procedimentos de um objeto para outros (seus descendentes). Novas classes ou objetos herdam todos os membros (propriedade e métodos) da classe-mãe. Através da hereditariedade, a POO permite maior eficiência na construção, organização VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 4

5 e reutilização de códigos. Por exemplo, a classe PoçoTubular herda características e métodos da classe-mãe, Nó Padrão. Já o polimorfismo caracteriza o código que pode ser aplicado a várias classes e objetos. Por exemplo, o método Obter Evaporação desempenha a mesma função para diferentes objetos, mas o cálculo da evaporação pode ser feito de forma diferenciada para cada objeto que o execute (reservatório, sub-bacia, etc) ou dependendo do método a ser escolhido para o cálculo da evaporação. Um método polifórmico é aquele que pode ser aplicado a várias classes de objetos sem que haja qualquer incompatibilidade ou inconveniência. O encapsulamento é um dos conceitos mais importantes da programação orientada a objeto. Através do encapsulamento, protege-se um dado ou informação da interferência externa permitindo acesso aos mesmos apenas por procedimentos colocados dentro do objeto e acionados através do envio de mensagens. Quando um código ou dado está encapsulado, ele está envolvido por um código de forma que só é visível na rotina onde o mesmo foi criado. Da mesma forma, uma rotina encapsulada possui operações internas que são invisíveis a outras rotinas. Essa característica permite que as classes possam evoluir, com aumento de tecnologia, e os programas que utilizam essas classes continuam compatíveis. A abstração é a habilidade de representar características do mundo real do sistema que o programador está tentando modelar ou do problema a ser resolvido. Pode ser também entendida como um mecanismo através do qual simplificamos o mundo real e suas interações a um universo de análise que contém informações, variáveis e constantes que realmente interessam à análise ou ao problema a ser resolvido. Todos os detalhes que não têm interferência no problema são deixados de lado, pois não terão influência para a modelagem desejada. Com essas características, a filosofia de programação orientada objeto oferece a possibilidade de manutenção e atualização de softwares de forma bem mais fácil e rápida quando comparada à programação estruturada. Dada a dinâmica dos sistemas de informação em recursos hídricos preconiza-se que a utilização de POO para seu desenvolvimento é uma realidade em expansão que promete diminuir custos e tempo de desenvolvimento, de implementação e de manutenção de sistemas Desenho e construção de interfaces A implementação de interfaces amigáveis é parte importante na construção de um sistema de informação. Toda interação usuário-sistema é comandada através de interfaces, cujo design determinará o uso mais eficiente dos recursos disponibilizados pelo sistema. Se a comunicação entre usuário e sistema não é adequadamente conduzida através de boas interfaces, os objetivos para os quais o sistema tenha sido implementado estarão ameaçados, mesmo que a informação gerada pelo sistema seja correta e tempestiva. De maneira que a eficiência (ou ineficiência) de sistemas de VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 5

6 informação interativos é fortemente influenciada pela facilidade (ou dificuldade) de aprendizado e aplicação do mesmo. Uma boa interface prevê e incorpora reações dos usuários sinalizando para uma melhor aplicação e maior produtividade do sistema permitindo, dentre outras facilidades, consistência na entrada de dados e parâmetros de modelos; fácil visualização dos resultados das simulações; aprendizagem e uso do sistema em tempo mínimo; flexibilidade na aplicação do sistema diante da variedade de demandas dos usuários. Um sistema de informações deve ter flexibilidade para atender a necessidade de diferentes usuários, com diferentes habilidades, interesses e preferências. A variedade de perfis de usuários e tarefas a serem desenvolvidas impõe desafios para projetos de sistemas computacionais interativos. Algumas pesquisas têm procurado identificar gráficos, formas e objetos computacionais que incorporem facilidades de habilidades humanas quando se comunicam com computadores. A identificação de percepções e habilidades cognitivas dos usuários tais como visão periférica, sensibilidade a cores, leitura e percepção de textos e mensagens, é fundamental para um projeto de boas interfaces em sistemas de informação. De maneira geral, alguns tópicos podem ser listados como premissas para a implementação de interfaces eficientes, a saber: - Manter consistência de regras e ações ao longo do sistema em resposta a interação com o usuário; - Permitir atalhos e caminhos diferenciados para usuários experientes e familiarizados com o sistema; - Minimização de entrada de dados; - Apresentação de feedbacks do sistema para tarefas finalizadas ou em processamento; - Fácil (ou automática) correção de erros com reversão de ações incorretas. Os avanços atuais da ciência de computação gráfica têm permitido a construção de sistemas com interfaces dinâmicas que interagem com o usuário de forma mais clara e interativa. É indiscutívelmente mais fácil trabalhar com icones, janelas e caixas de diálogos do que escrever comandos textuais para rodar programas ou sistemas. Os elementos oferecidos pelo ambiente de programação orientada a objeto tornaram a comunicação entre usuário e computador algo muito mais amigável. Por tanto, a utilização desses objetos, tais como botões, menus, caixas de diálogo, gráficos etc é imprescindível ao projeto de interfaces. Finalmente, um importante aspecto para o desenvolvimento de interfaces é a necessidade de submetê-la a testes através da aplicação por parte de um leque o mais variado possível de usuários. Durante os testes, não apenas os erros deverão ser anotados, mas também as reações, impressões, dificuldades e opiniões emitidas pelos usuários. Essas anotações serão insumos para atualização de versões posteriores e melhoramentos das interfaces. VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 6

7 3. O USO DA MODELAGEM MATEMÁTICA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Na área de conhecimento em recursos hídricos, a modelagem matemática é a atividade que tenta expressar ou representar o mundo real e seu funcionamento através de expressões matemáticas resultantes de conceitos físicos, biológicos e químicos. Um modelo nada mais é do que a representação matemática da realidade. Avanços mais recentes em tecnologia computacional têm permitido e acelerado o uso e a integração de modelos em sistemas de informações em recursos hídricos. A integração de modelos matemáticos em uma única ferramenta computacional permite o desenvolvimento de uma visão integrada dos processos que acontecem numa bacia hidrográfica através de uma melhor compreensão das interações entre os componentes físicos, biológicos e químicos da bacia. A integração de modelos matemáticos é essencial para a criação de estratégias de gerenciamento de recursos hídricos mais efetivas. Embora a literatura ilustre um crescente uso de modelos como base para tomada de decisões e gestão de águas, suas aplicações continuam restritas a pequenos grupos de profissionais especializados ou que estejam diretamente envolvidos com o desenvolvimento desses modelos. Tomadores de decisões e usuários geralmente são excluídos do processo de modelagem, o que ameaça a aceitação e a implementação das recomendações sugeridas como resultado da aplicação dos modelos. Numa revisão de literatura sobre modelagem, Thomann (1998) concluiu que a interpretação de resultados de modelos e o controle da qualidade desses resultados vão tornar-se progressivamente mais importantes devido à relevância das conseqüências econômicas e políticas de decisões gerenciais e devido à crescente complexidade dos problemas ligados a recursos hídricos. Quase sempre, a complexidade dos modelos, o grande número de parâmetros e a utilização de interfaces não amigáveis são obstáculos para uma efetiva aplicação de modelos com a apropriada interpretação de seus resultados. E ainda a pouca compreensão do funcionamento desses modelos, de suas hipóteses de formação e condições de contorno têm reduzido sobremaneira a utilização dos mesmos nos processos decisórios de gestão de águas. Segundo Loucks (1995), existe atualmente uma distância entre as informações que modelos e ferramentas computacionais podem oferecer e o que projetistas, planejadores e técnicos acreditam ser útil e relevante em suas tarefas cotidianas. É preciso que sejam implementados sistemas computacionais que facilitem a aplicação de modelos matemáticos e suas informações no suporte ao gerenciamento de sistemas hídricos. Somente quando esses sistemas estiverem disponíveis, será possível reduzir o tempo necessário para que novas idéias e conhecimentos em recursos hídricos sejam aplicados na prática gerencial. VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 7

8 4. SIGA: CONCEPÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em meados de 2005, a FUNCEME iniciou o projeto de desenvolvimento de um sistema de informações em recursos hídricos para representar os processos hidrológicos atuantes numa bacia hidrográfica e oferecer ferramentas computacionais para auxiliar a operação e a gestão de sistemas hídricos. Concebido inicialmente como um Sistema de Informação para o Gerenciamento da Alocação de Água - SIGA, essa ferramenta é composta por oito módulos ou componentes computacionais integrados através do compartilhamento de dados e de informações geradas internamente. A comunicação entre os módulos e entre sistema e o usuário se dará a partir de interfaces amigáveis projetadas para facilitar o aprendizado e uso do sistema em suas diversas aplicações. A integração dos oito módulos do SIGA deverá oferecer as seguintes funcionalidades: - ser capaz de representar os elementos que compõem o sistema hídrico, seus comportamentos e propriedades; - incorporar modelos para representação de processos físicos, químicos e biológicos atuantes na área de estudo; - utilizar técnicas de análise de sistemas (simulação, otimização, arbitragem de conflitos, etc); - apresentar de forma clara e objetiva os resultados de simulações e análises. Para oferecer as funcionalidades acima, o SIGA estará composto pelos seguintes módulos: Módulo para Desenho de Rede de Fluxo; Módulo para Simulação Hidrológica; Módulo para Operação e Otimização de Reservatórios; Módulo para Calibração Automática de Modelos Hidrológicos; Módulo de Simulação da Qualidade da Água; Módulo para Estudo de Demandas e Cobrança sobre o Uso da Água; Módulo para Previsão de Afluências; Módulo de Apresentação e Análise de Resultados. Nas seções a seguir, estão apresentados os módulos do SIGA que já foram implementados, com ênfase em suas interfaces, entradas de dados e saídas. A Figura 1 é uma representação do SIGA e seus componentes integrados. Hidrologia Previsão de Afluência Otimização Reservatório Rede de Fluxo S I G A Qualidade Apresentação Resultado Cobrança e Demanda Calibração Figura 1 Componentes do SIGA e suas interações VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 8

9 4.1. Módulo para desenho de rede de fluxo O Módulo para Desenho de Rede de Fluxo é responsável pela representação do sistema hídrico objeto da análise a ser desenvolvida pelo SIGA. Essa representação é feita utilizando-se dois tipos básicos de elementos de rede: nós e trechos. Todo elemento do sistema hídrico que tenha alguma influência nos processos a serem simulados deve constar na rede de fluxo definida pelo usuário. Os Nós são definidos como elementos com ou sem capacidade de acumulação de água. Os Nós representam início de um trecho de rede, junção de dois trechos, pontos de captação (demanda) ou lançamentos (águas de retorno), áreas de drenagem ou sub-bacias, reservatórios, lagos naturais, aqüíferos, etc. Os trechos representam linhas de fluxo do sistema hídrico, definidos no sentido do escoamento de montante a jusante, e sempre possuem capacidade de acumulação de água. A interface para desenho da rede de fluxo apresenta funcionalidades que facilitam a operação do módulo e conseqüente desenho da rede. São exemplos dessas funções: apagar e mover elementos ou um grupo de elementos, inserir e apagar mapas, alterar labels ou títulos de elementos, abrir e salvar rede de fluxo em desenvolvimento, etc. Informações básicas de caracterização dos elementos também são introduzidas no sistema a partir do módulo de desenho de rede de fluxo. Essas são informações que serão utilizadas por diferentes módulos do SIGA e que não estão associadas a um ou outro módulo exclusivamente. Para o caso dos nós, o sistema requer informações como tipo de nó (reservatório, lago, junções, ponto de despejo, etc), declividade, latitude, capacidade de armazenamento, área de drenagem. Enquanto que para trechos, são solicitadas informações referentes a comprimento, declividade, profundidade, volume. A Figura 2 ilustra um exemplo de aplicação do módulo de rede de fluxo. VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 9

10 Figura 2 Interface do módulo para desenho de rede de fluxo do SIGA 4.2. Módulo para simulação hidrológica O módulo para Simulação Hidrológica é responsável pela representação através de modelos matemáticos dos processos físicos que compõem o ciclo da água no âmbito de uma bacia hidrográfica, tais como, precipitação, evapotranspiração, infiltração, percolação, escoamento superficial, vazão. O SIGA disponibiliza vários modelos hidrológicos com diferentes concepções e escalas temporais e espaciais. Inicialmente, foi dada prioridade a modelos conceituais, concentrados e diários. Dessa forma, estão implementados no SIGA o modelo GWLF (Haith et al., 1996) e o modelo SMAP diário (Lopes et al, 1981). O modelo GWLF utiliza a metodologia do U.S. Soil Conservation Service (SCS) para transformação da precipitação em vazão. Essa metodologia considera a umidade antecedente do solo, o uso e ocupação do solo, o tipo de solo e técnicas de manejo do solo para definir o parâmetro de número de curva CN ( Curve Number ) para cálculo do escoamento superficial quando da ocorrência de eventos de precipitação. A simulação de valores de evapotranspiração potencial é definida por Hamon (1961) e corrigida por um fator de cobertura vegetal para obter valores de evapotranspiracao real. Variações no conteúdo de água na zona não saturada e na zona saturada são comandadas por um cálculo diário de balanço hídrico no solo para definir a contribuição do escoamento subterrâneo que somado ao escoamento superficial define o valor total de vazão VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 10

11 simulada. Os dados de entrada do modelo são valores diários de Precipitação e Temperatura. A Tabela 1 apresenta os principais parâmetros e informações utilizadas pelo modelo GWLF para simulação hidrológica. Tabela 1 Principais parâmetros para simulação do componente hidrológico do GWLF Símbolo Un Descrição Parâmetros Hidrológicos Valor Categorias CN Número de Curva 70 Floresta decídua 70 Floresta conífera 71 Arbusto 71 Grama 83 Milho 77.2 Alfafa 92 Água ETCV Coeficiente de Evapotranspiração 0.68 Novembro a Abril 1 Maio a Outubro Estação Meses p/ Estação de Cultivo Maio a Outubro DLHours Horas Diárias de luz a cada mês Jan-Fev-Mar-Abr Maio-Jun-Jul-Ago Set-Out-Nov-Dez Km cm/ºc Fator de Temperatura p/ Degelo 0.48 SWCap cm Capacidade de campo 10.9 IniUnsSto cm Profundidade inicial da Zona Não Saturada 10 IniSatSto cm Profundidade inicial da Zona Saturada 0 GWRecCoef 1/day Coeficiente de recesso de Água Subterrânea 0.1 GWSeepCoef 1/day Coeficiente de vazamento do Aquífero 0 UnsLeakCoef - Coef de vazamento da zona não saturada 0.06 IniSD cm Profundidade inicial da neve acumulada 0 O outro modelo hidrológico disponibilizado no SIGA é o SMAP Soil Moisture Accounting Procedure (Lopes et al. 1981). Esse modelo classifica-se como conceitual, determinístico, e concentrado com escala temporal diária. Utilizando-se de três reservatórios para representar o armazenamento e o fluxo de água numa bacia, o modelo computa um balanço hídrico diário. Os três reservatórios representam o armazenamento de água superficial, sub-superficial e subterrâneo. Da mesma forma que o GWLF, o modelo SMAP utiliza a metodologia do Soil Conservation Service (SCS) para cálculo do escoamento superficial. Outros processos representados pelo modelo são evaporação, escoamento subterrâneo, escoamento superficial e vazão total. O SMAP utiliza-se de seis parâmetros, quais sejam: capacidade de saturação do solo; constante de recessão do escoamento; parâmetro de recarga subterrânea; abstração inicial; capacidade de campo; constante de recessão do escoamento subterrâneo. Como dados para inicialização do modelo, o usuário precisa definir o teor de umidade inicial do solo, a vazão de base inicial, séries de Evaporação e Precipitação diárias e a área superficial da bacia. Maiores detalhes sobre o modelo SMAP podem ser encontrados em Lopes, et al A simulação dos modelos hidrológicos é feita para o nó que esteja selecionado na rede de fluxo e segue a mesma seqüência de operação tanto para o SMAP como para o GWLF. A interface para o módulo de simulação hidrológica utilizando o modelo GWLF está apresentada na Figura 3 VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 11

12 que mostra um exemplo de apresentação dos dados de Temperatura e Precipitação lidos pelo sistema a partir de arquivo texto. Todas as operações de entrada de dados e definição de valores para os parâmetros são realizadas através da coluna lateral da interface. Os botões ressaltados no círculo da Figura 3 comandam respectivamente da esquerda para direita, a leitura de arquivo contendo valores iniciais para os parâmetros, a execução do modelo, e a apresentação dos resultados. O usuário deve selecionar o modelo a ser utilizado, definir o período de simulação, fazer a leitura dos dados de entrada (séries) e definir valores dos parâmetros a serem utilizados. Os resultados podem ser visualizados em gráficos ou planilhas contendo as principais séries simuladas. Figura 3 Interface do SIGA para o modelo GWLF do módulo de Simulação Hidrológica 4.3. Módulo para calibração automática de modelos hidrológicos O Módulo para Calibração Automática de Modelos Hidrológicos é responsável pela calibração paramétrica de modelos que compõem o Módulo de Simulação Hidrológica do SIGA, tais como: os modelos SMAP e GWLF, já implementados, e outros modelos a serem incorporados ao sistema. O Modulo de Calibração também será integrado ao Módulo de Qualidade da Água para calibração de parâmetros dos modelos ali disponibilizados. O módulo de calibração do SIGA utiliza o algoritmo de otimização multi-objetivo MOPSO ( Multiobjective Particle Swarm Optimization ), que através da avaliação de diferentes funçõesobjetivo encontra um conjunto de soluções não-dominadas (pertencentes à fronte de Pareto). Com VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 12

13 base na importância relativa das funções objetivo, pode ser escolhida a solução mais apropriada ao problema da otimização em questão. O algoritmo MOPSO está apto a encontrar soluções não-dominadas para diversas combinações de funções objetivo, dentre as equações implementadas, podemos citar: a equação de Nash & Suttclife, a equação de Nash & Suttclife modificada para a curva de permanência, a equação do erro quadrático médio. Futuramente, outros algoritmos de otimização, como aqueles baseados em busca local, poderão ser incorporados ao módulo de calibração. A interface do módulo foi desenvolvida de forma a facilitar ao máximo a utilização pelo usuário, apresentando-se bastante intuitiva. A Figura 4 a seguir mostra a interface do Módulo de Calibração Automática do SIGA aplicada ao Modelo Hidrológico SMAP. Figura 4 Interfaces para o Módulo de Calibração Automática do SIGA A interface deve ser operada da seguinte forma: 1. Inicialmente, o usuário deve escolher o período de simulação a ser utilizado para a calibração e dar entrada da série de dados observados através do Botão Série Observada ; 2. Em seguida, são apresentados os modelos disponíveis, seus parâmetros calibráveis, seus valores de inicialização e botões para entrada de séries requeridas pelos modelos (Temperatura, Evaporação, Precipitação, etc); 3. Mais abaixo na coluna de entrada de dados interativa do SIGA,são mostrados os algoritmos disponíveis, com seus parâmetros, variáveis e demais opções Módulo de apresentação e análise de resultados Os resultados gerados pelos diversos módulos de simulação podem ser visualizados e analisados através do Módulo de Apresentação e Análise de Resultados. Esse módulo apresenta séries temporais resultantes de simulações através de gráficos ou planilhas. O usuário pode escolher quais resultados ele deseja visualizar para cada um dos módulos do SIGA e para cada um dos nós da rede de fluxo que representa o sistema hídrico. Estatísticas básicas, tais como média, desvio padrão, coeficiente de variação, valores máximo e mínimo, são disponibilizados para as séries selecionadas pelo usuário. Na Figura 5 a seguir, está ilustrada a interface do módulo de VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 13

14 Apresentação e Análise de Resultados com foco nos resultados gerados pelo modelo GLWF. Seguindo a mesma formatação de interfaces dos demais módulos, o usuário deve utilizar os recursos constantes na barra lateral para escolher o módulo, o modelo, e as séries a serem apresentadas. Os resultados são apresentados em formato de planilha e em gráficos, conforme ilustrado na Figura 5. Ao selecionar a série de interesse através de um click, o usuário pode visualizar as estatísticas calculadas automaticamente para essa série na caixa de edição com o título Estatísticas. Está em fase de implementação a disponibilização do cálculo de indicadores de vulnerabilidade, resiliência e confiabilidade do sistema hídrico, bem como a apresentação da distribuição espacial dos resultados ao longo do rede de fluxo que representa o sistema hídrico. Figura 5: Interface do módulo de Apresentação e Análise de Resultados do SIGA Módulos em desenvolvimento Os módulos apresentados nas seções 4.1 a 4.4 já estão implementados e encontram-se em fase de testes. O desenvolvimento do SIGA continua com a implementação dos seguintes módulos: Operação e Otimização de Reservatórios; Módulo de Simulação da Qualidade da Água; Módulo para Estudo de Demandas e Cobrança sobre o Uso da água; e Módulo para Previsão de Afluências. O Módulo de Operação e Otimização de Reservatórios estará fortemente integrado aos módulos de Simulação Hidrológica e de Desenho de Rede de Fluxo. Para definição da operação dos VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 14

15 reservatórios serão utilizadas regras de operação fornecidas pelos usuários ou técnicas de otimização. O Módulo de Simulação da Qualidade da Água vai integrar modelos para simulação da qualidade da água considerando a existência de fontes pontuais e não pontuais de poluição. Esse módulo utiliza os resultados de simulação do módulo de hidrologia que define a vazão disponível no sistema hídrico ou recebe esses valores através da leitura de arquivos textos. Os principais elementos químicos a serem simulados são: oxigênio dissolvido, DBO, nitrogênio orgânico, amônia, nitrato, fosfato, algas e componentes tóxicos. O Módulo para Estudo de Demandas e Cobrança sobre o Uso da Água será concebido no intuito de auxiliar discussões e argumentos entre usuários de água com interesses diversos no âmbito de bacias hidrográficas. Esse módulo vai dispor de técnicas para projeção de demandas futuras, modelos ou metodologias para definição de valores de tarifas de uso da água para diferentes categorias de usuários e técnicas de negociação (arbitragem). O Módulo para Previsão de Afluências utiliza-se de técnicas estocásticas para a definição de afluências futuras no âmbito de uma bacia hidrográfica ou área de drenagem. Previsões estocásticas incorporam incertezas às variáveis que influenciam vazões futuras. A análise de variáveis climáticas e suas interações com a hidrologia é uma das abordagens para o estudo de previsões de afluência a ser incorporado nesse módulo. 5. TENDÊNCIAS EM SISTEMAS DE RECURSOS HÍDRICOS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO 5.1. Sistemas de Informações Geográficas Desde meados da década de 80, a tecnologia de SIG vem se firmando como ferramenta computacional imprescindível a análises nas áreas de geociências, de hidrologia, meio ambiente e outras ciências afins. Especificamente, o acoplamento das funcionalidades e potencialidades dos SIGs a sistemas de informação em recursos hídricos tem favorecido o uso de modelos matemáticos para a geração de informações essenciais à operação e gestão de sistemas hídricos. Por exemplo, o uso de modelos hidrológicos distribuídos vem se tornando mais viável a partir da utilização de recursos de SIG para preparação da imensa gama de informações e parâmetros espacialmente distribuídos requeridos para entrada de dados desses modelos. Da mesma forma, a representação espacial através de SIGs das simulações geradas por modelos hidrológicos facilitou sobremaneira a visualização e a análise desses resultados. A tecnologia de sistema de informações geográficas SIG oferece esse recurso através da versatilidade em obter, armazenar, apresentar e gerenciar informações geo-referrenciadas. A VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 15

16 literatura apresenta exemplos de aplicações de SIG a tecnologias de informação (He, 2003; Martin et al. 2005) Sistemas Especialistas Sistemas de informações denominados especialistas têm a capacidade de representar o conhecimento e reconhecer quando ele possui informação suficiente para sugerir soluções ou fazer previsões diante de determinados problemas. Esses sistemas aprendem a partir de simulações anteriores para finalmente elaborar conclusões e sugestões para o problema em análise. Sistemas especialistas podem ajudar o usuário a compreender os problemas a serem analisados e conseqüentemente auxiliar para que decisões possam ser tomadas de forma mais acertada a partir das informações já processadas e do conhecimento armazenado oriundo de simulações anteriores. Os sistemas especialistas aplicados a recursos hídricos são sistemas criados com base no conhecimento, na experiência e no discernimento de profissionais e especialistas. Esses sistemas possuem dois componentes principais: 1) o banco de dados de conhecimento e informações que geralmente está organizado através de regras de formação (se transparência da água no reservatório está reduzida, então provavelmente o nível de eutrofização está elevado); 2) a ferramenta de inferência que associa o conhecimento armazenado com a situação ou problema em análise. Através da utilização de algoritmos heurísticos, os sistemas especialistas colecionam regras e fatos que reproduzem o comportamento (discernimento e julgamento) de especialistas quando abordam determinadas situações ou problema. Quando associados a sistemas de suporte a decisão (SSD), os sistemas especialistas fazem a ligação entre o usuário (tomador de decisão ou profissional) e os especialistas que armazenaram seus conhecimentos no sistema, facilitando a utilização dos modelos inseridos no SSD, o gerenciamento dos dados e a compreensão dos resultados gerados. Nesse caso, os sistemas especialistas são ferramentas importantes para comunicação entre usuário e computador, facilitando a utilização do sistema e a compreensão dos resultados gerados pelo sistema Internet A difusão e o compartilhamento de dados e sistemas através da internet têm facilitado sobremaneira a democratização de decisões e a disseminação de informações em recursos hídricos. Não somente a disponibilidade de dados, mas também sua qualidade tem melhorado bastante nas últimas décadas. Através da Internet, profissionais, pesquisadores e usuários em geral podem ter acesso a softwares, modelos e dados com relativa facilidade. Com a disponibilização desses recursos na internet, agências e instituições ligadas a recursos hídricos reconhecem a importância que elas têm em facilitar o acesso de forma ampla a seus bancos de dados e aos sistemas e ferramentas computacionais por elas desenvolvidas. VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 16

17 A disponibilização de dados e também de sistemas de informação através da internet agrega a seguintes vantagens: i) usuários não precisam possuir ou manter licenças de softwares; ii) dados não são armazenados e gerenciados localmente; iii) atualizações nos sistemas disponibilizados são permanentes e instantâneas; iv) redução de custos para desenvolvimento de estudos, projetos, programas e planos; v) democratização da informação. Com isso, existe uma tendência para que a internet seja um importante instrumento de difusão das tecnologias de sistemas de informações em recursos hídricos. A utilização da internet para divulgação de dados e informações em recursos hídricos também favorece a abordagem bottom-up para desenvolvimento de programas e planos de recursos hídricos. Essa abordagem caracteriza-se por incentivar a participação da comunidade (diversos usuários) durante todo o processo de elaboração dos programas e planos de recursos hídricos. Segundo Miller et al. (2004), abordagens bottom-up facilitam a aceitação de planos e programas por parte da comunidade, reduzem a existência de confrontos legais e os custos de implementação de medidas e decisões, tornam o planejamento mais eficiente e incentivam o senso de comunidade e a confiança em instâncias governamentais locais Visão compartilhada de prioridades e metas Os recursos oferecidos pela tecnologia da informação estão à frente do que o que tem se observado em termos de aplicação de sistemas de informação no dia-a-dia dos usuários. É comum a oferta de sistemas sofisticados, versáteis e complexos nos quais apenas uma parcela pequena de suas funcionalidades é realmente utilizada pelos usuários. Em algum momento ao longo do desenvolvimento desses sistemas, não houve comunicação ou entendimento entre projetista/analista e usuários do sistema. O resultado dessa falha de comunicação e interação reflete-se de imediato na baixa aceitação e aplicabilidade do sistema, muitas vezes percebida apenas após a finalização do projeto e até mesmo da implementação do sistema. Muito tempo e recursos (financeiros e humanos) são dedicados para a implementação de sistemas sofisticados para atender a um reduzido número de usuários com demandas específicas e incomuns, enquanto que a grande maioria dos problemas de operação e até mesmo gestão de sistemas hídricos poderia ser resolvido com soluções simples implementadas por sistemas compactos e mais amigáveis. Diversas tarefas de operação desenvolvidas em agências de gestão de águas e outras instituições responsáveis pelo acompanhamento da quantidade e qualidade da água poderiam ser efetuadas com o auxílio e suporte de sistemas de informações mais compactos e de simples aplicação. A disseminação desses sistemas depende eminentemente da facilidade de assimilação de suas funções e vantagens por parte dos usuários, quando os mesmos são colocados frente ao desafio de aprender e se familiarizar com uma nova tecnologia ou ferramenta de trabalho. Por outro lado, VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 17

18 para disponibilizar ferramentas computacionais que tenham funcionalidade compatível com as demandas existentes é imprescindível o conhecimento das reais necessidades dos usuários e da disponibilidade de informações existentes para resolução dos problemas. Essas informações podem ser obtidas através da construção do sistema seguindo a metodologia bottom-up mencionada no item anterior e que prioriza o conhecimento e a experiência dos usuários durante a definição dos elementos que irão compor o sistema e suas funcionalidades. É necessária a construção da visão compartilhada do sistema (shared-vision system) para que o mesmo atenda as necessidades para o qual está sendo criado respeitando limites de custos (Loucks, 1995). A construção de um sistema que incorpore uma visão compartilhada dos usuários no que se referem às prioridades e metas dos sistemas hídricos prevê a colocação das demandas dos diversos usuários em mesa de discussão. É a possibilidade de construir soluções a partir do conhecimento mais amplo do perfil dos usuários e de suas necessidades. Um sistema ou um programa ou um plano que seja desenvolvido e implementado com uma visão compartilhada tem mais chance de ser aceito pelo público alvo e mais amplamente aplicado. Esse imperativo tem sido enfatizado como um elemento imprescindível à ciência da tecnologia da informação sob pena de comprometer seus principais objetivos, a democratização da informação e o aperfeiçoamento de decisões de gestão e planejamento. Para reforçar esse argumento, é suficiente reconhecer que o modelo de gestão de recursos hídricos implementado no país enfatiza a participação contínua dos usuários de água no processo de planejamento e gestão das águas. A inclusão desses atores no processo decisório significa incorporar seus diferentes objetivos, interesses e realidades. A negociação e compartilhamento de informações vão ditar quão corretas e viáveis serão as decisões tomadas pelo fórum. Sistemas de informações que incorporem essa visão compartilhada têm a possibilidade de agregar valor a essas decisões, democratizá-las e torná-las mais aceitáveis. Esse sistema será então a ferramenta apropriada para fazer o link entre a ciência e a prática, será o elo de comunicação que colocará a ciência a serviço da sociedade. 6. CONCLUSÃO Esse capítulo apresentou a fundamentação teórica, a concepção e o desenvolvimento do Sistema de Informação para o Gerenciamento da Alocação da Água SIGA, em fase de implementação no âmbito do Departamento de Recursos Hídricos - DEHID da FUNCEME. O objetivo principal do sistema é disponibilizar ferramentas computacionais para auxiliar a operação e a gestão de sistemas hídricos. O SIGA compõe-se de oito módulos integrados. Encontram-se implementados e em fase de testes o Módulo de Desenho de Rede de Fluxo, o Módulo de VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 18

19 Simulação Hidrológica, o Módulo de Apresentação e Análise de Resultados e o Módulo de Calibração Automática. Os demais módulos estão em desenvolvimento. Ao longo do desenvolvimento do sistema foram desenvolvidas interfaces que facilitassem a comunicação do usuário com o sistema e que incorporassem características particulares para cada tipo de perfil de usuário. A filosofia de programação orientada a objeto (POO) foi escolhida para o desenvolvimento do software no intuito de facilitar o trabalho de programação em módulos e a atualização de versões com reaproveitamento. O sistema hídrico a ser simulado é representado através de uma rede de fluxo composta por nós e trechos (links). O SIGA disponibiliza modelos hidrológicos com diferentes graus de complexidades para atender a uma maior diversidade de usuários e aplicações. O sistema representa um esforço para a democratização do uso de sistemas de informação para o desenvolvimento de programas e planos em recursos hídricos. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem as valiosas contribuições dos pesquisadores da FUNCEME Eduardo Sávio Martins e Dirceu Silveira Reis Junior durante as etapas de concepção e avaliação de diversos módulos do SIGA e a colaboração dos professores Joaquim Bento Cavalcante Neto e Creto Augusto Vidal do Departamento de Computação da UFC. BIBLIOGRAFIA ALVES, C. M. A. (2005). A Watershed Information System (WIS) for Water Quality Analyses, Ph.D. Thesis, School of Civil and Environmental Engineering, Cornell University, Ithaca, New York. ANDREU, J.; CAPILLA, J; SANCHIS, E.. (1996). AQUATOOL, a generalized decision-support system for water-resources planning and operational management. Journal of Hydrology Vol.177, pp AZEVEDO, L. G. T.; GATES, T. K.; FONTANE, D. G.; LABADIE, J. W.; PORTO, R. L. (2000). Integration of water quantity and quality in strategic river basin planning. Journal of water resources planning and management, Vol. 126, No.2, pp BELKHOUCHE, B.; DEMTCHOUK, I.; STEINBERG, E. I. L. (1999). Design of Object-Oriented Water Quality Software System. Journal of water resources planning and management. Vol.125, No.5, pp COAD, P.; YOURDON, E. (1991). Object-oriented design. Prentice-Hall, New Jersey. DAI, T.; LABADIE, J. W. (2001) River basin network model for integrated water quantity/quality management. Journal of water resources planning and management, Vol.127, No.5, pp GRAHAM, I Object-oriented Methods. 2 nd ed. Addison-Wesley. Cambridge. HAITH, D.A.; MANDEL, R.; WU, R. S. (1996). Generalized Watershed Loading Functions. Version 2.0. User s Manual. Cornell University, Ithaca. HE, C., (2003). Integration of Geographic Information Systems and simulation model for watershed management. Environmental Modelling & Software, Vol. 18, pp HUTT, A.T.F., (1994). Object analysis and design. John Wiley and Sons, New York. JAMIESON, D.G.; FEDRA, K. (1996). The WaterWare decision support system for river-basin planning. 1. Conceptual design. Journal of Hydrology Vol.177, pp VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 19

20 LOUCKS, D. P. (1995) Developing and implementing decision support systems: a critique and a challenge. Water Resources Bulletin, Vol.31, No.4, pp MARTIN, P.H.; LEBOEUF, E.J.; DOBBINS, J.P.; DANIEL, E.B.; AND ABKOWITZ, M.D. (2005). Interfacing GIS with water resources models: a state of the art review. Journal of the American Water Resources Association (JAWRA), Vol. 41, No 6, pp MILLER, R. C.; GUERTIN, D. P.; HEILMAN, P. (2004). Information technology in watershed management decision making. Journal of the American Water Resources Association (JAWRA) Vol.40, No.2, pp PORTO, R.L; AZEVEDO, L.G.T. (1997) Sistemas de Suporte a Decisões Aplicados a Problemas de Recursos Hídricos; em Técnicas quantitativas para o gerenciamento de Recursos Hídricos (ed. Rubem La Laina Porto). Coleção ABRH. SCHNEIDERMAN, E. M.; PIERSON, D. C.; LOUNSBURY, D. G.; ZION, M. S. (2002). Modeling the hydrochemistry of the cannonsville watershed with Generalized Watershed Loading Functions (GWLF) Journal of the American Water Resources Association, Vol. 38, No. 5, October, pp THOMANN, R. V. (1998). The future Golden Age of predictive models for surface water quality and ecosystem management. Journal of Environmental Engineering Vol.124, No.2, pp WILSON, D.J.; DROSTE, R. L. (2000). Design considerations for watershed management decision support systems. Water Quality Research Journal Vol.35, No.2, pp Canadá. VIEGAS Fº, J.S. & LANNA, A. E. L. (2003). O paradigma da modelagem orientada a objetos aplicada a sistemas de recursos hídricos (I) Modelo básico de objetos para uma rede hidrográfica. Revista Brasileira de Recursos Hídricos Vol. 8, No. 8, pp: YANG, L.; LIN, B.; KASHEFIPOUR, S. M.; FALCONER, R. A. (2002). Integration of a 1-D river model with object-oriented methodology. Environmental Modelling and Software Vol.17, pp VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 20

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Sistemas de Informação para Apoio à Decisão Gerencial

Sistemas de Informação para Apoio à Decisão Gerencial Sistemas de Informação para Apoio à Decisão Gerencial Sistemas de Apoio à decisão (DSS) Os sistemas de apoio à decisão (Decision Support System, ou DSS) são uma das principais categorias de sistemas de

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

Como conduzir com sucesso um projeto de melhoria da qualidade

Como conduzir com sucesso um projeto de melhoria da qualidade Como conduzir com sucesso um projeto de melhoria da qualidade Maria Luiza Guerra de Toledo Coordenar e conduzir um projeto de melhoria da qualidade, seja ele baseado no Seis Sigma, Lean, ou outra metodologia

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Engenharia de Software III

Engenharia de Software III Engenharia de Software III Casos de uso http://dl.dropbox.com/u/3025380/es3/aula6.pdf (flavio.ceci@unisul.br) 09/09/2010 O que são casos de uso? Um caso de uso procura documentar as ações necessárias,

Leia mais

UML 2. Guia Prático. Gilleanes T.A. Guedes. Novatec. Obra revisada e ampliada a partir do título Guia de Consulta Rápida UML 2

UML 2. Guia Prático. Gilleanes T.A. Guedes. Novatec. Obra revisada e ampliada a partir do título Guia de Consulta Rápida UML 2 UML 2 Guia Prático Gilleanes T.A. Guedes Obra revisada e ampliada a partir do título Guia de Consulta Rápida UML 2 Novatec capítulo 1 Introdução à UML A UML (Unified Modeling Language ou Linguagem de Modelagem

Leia mais

Análise e Projeto Orientados por Objetos

Análise e Projeto Orientados por Objetos Análise e Projeto Orientados por Objetos Aula 02 Análise e Projeto OO Edirlei Soares de Lima Análise A análise modela o problema e consiste das atividades necessárias para entender

Leia mais

CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO X PROJETO BÁSICO: DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TI

CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO X PROJETO BÁSICO: DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TI CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO X PROJETO BÁSICO: DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TI 1. PI06 TI 1.1. Processos a serem Atendidos pelos APLICATIVOS DESENVOLVIDOS Os seguintes processos do MACROPROCESSO

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR Bacharelado em Ciência da Computação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR Bacharelado em Ciência da Computação SOFT DISCIPLINA: Engenharia de Software AULA NÚMERO: 10 DATA: / / PROFESSOR: Andrey APRESENTAÇÃO O objetivo desta aula é apresentar e discutir os conceitos de coesão e acoplamento. DESENVOLVIMENTO Projetar

Leia mais

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG) Sistema de Informação Gerencial (SIG) Material de Apoio Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) são sistemas ou processos que fornecem as informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações.

Leia mais

UML - Unified Modeling Language

UML - Unified Modeling Language UML - Unified Modeling Language Casos de Uso Marcio E. F. Maia Disciplina: Engenharia de Software Professora: Rossana M. C. Andrade Curso: Ciências da Computação Universidade Federal do Ceará 24 de abril

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Fonte: http://www.testexpert.com.br/?q=node/669 1 GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Segundo a NBR ISO 9000:2005, qualidade é o grau no qual um conjunto de características

Leia mais

MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE

MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE O modelo CMM Capability Maturity Model foi produzido pelo SEI (Software Engineering Institute) da Universidade Carnegie Mellon (CMU), em Pittsburgh, EUA, por um grupo

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

Modelagemde Software Orientadaa Objetos com UML

Modelagemde Software Orientadaa Objetos com UML Modelagemde Software Orientadaa Objetos com UML André Maués Brabo Pereira Departamento de Engenharia Civil Universidade Federal Fluminense Colaborando para a disciplina CIV 2802 Sistemas Gráficos para

Leia mais

Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA

Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA RESUMO Ricardo Della Libera Marzochi A introdução ao Service Component Architecture (SCA) diz respeito ao estudo dos principais fundamentos

Leia mais

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart.

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart. Versão 1.6 15/08/2013 Visão Resumida Data Criação 15/08/2013 Versão Documento 1.6 Projeto Responsáveis

Leia mais

3 Um Framework Orientado a Aspectos para Monitoramento e Análise de Processos de Negócio

3 Um Framework Orientado a Aspectos para Monitoramento e Análise de Processos de Negócio 32 3 Um Framework Orientado a Aspectos para Monitoramento e Análise de Processos de Negócio Este capítulo apresenta o framework orientado a aspectos para monitoramento e análise de processos de negócio

Leia mais

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE Rafael D. Ribeiro, M.Sc,PMP. rafaeldiasribeiro@gmail.com http://www.rafaeldiasribeiro.com.br Princípios da Teoria de Sistemas 1 Grupos diferentes dentro de uma organização necessitam

Leia mais

Programação Estruturada e Orientada a Objetos. Fundamentos Orientação a Objetos

Programação Estruturada e Orientada a Objetos. Fundamentos Orientação a Objetos Programação Estruturada e Orientada a Objetos Fundamentos Orientação a Objetos 2013 O que veremos hoje? Introdução aos fundamentos de Orientação a Objetos Transparências baseadas no material do Prof. Jailton

Leia mais

2 Diagrama de Caso de Uso

2 Diagrama de Caso de Uso Unified Modeling Language (UML) Universidade Federal do Maranhão UFMA Pós Graduação de Engenharia de Eletricidade Grupo de Computação Assunto: Diagrama de Caso de Uso (Use Case) Autoria:Aristófanes Corrêa

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

Fábrica de Software 29/04/2015

Fábrica de Software 29/04/2015 Fábrica de Software 29/04/2015 Crise do Software Fábrica de Software Analogias costumam ser usadas para tentar entender melhor algo ou alguma coisa. A idéia é simples: compara-se o conceito que não se

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

Introdução à Computação

Introdução à Computação Aspectos Importantes - Desenvolvimento de Software Motivação A economia de todos países dependem do uso de software. Cada vez mais, o controle dos processos tem sido feito por software. Atualmente, os

Leia mais

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR 6LPXODomR GH6LVWHPDV )HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR #5,6. Simulador voltado para análise de risco financeiro 3RQWRV IRUWHV Fácil de usar. Funciona integrado a ferramentas já bastante conhecidas,

Leia mais

BRAlarmExpert. Software para Gerenciamento de Alarmes. BENEFÍCIOS obtidos com a utilização do BRAlarmExpert:

BRAlarmExpert. Software para Gerenciamento de Alarmes. BENEFÍCIOS obtidos com a utilização do BRAlarmExpert: BRAlarmExpert Software para Gerenciamento de Alarmes A TriSolutions conta com um produto diferenciado para gerenciamento de alarmes que é totalmente flexível e amigável. O software BRAlarmExpert é uma

Leia mais

Desenvolvimento de um software de gerenciamento de projetos para utilização na Web

Desenvolvimento de um software de gerenciamento de projetos para utilização na Web Resumo. Desenvolvimento de um software de gerenciamento de projetos para utilização na Web Autor: Danilo Humberto Dias Santos Orientador: Walteno Martins Parreira Júnior Bacharelado em Engenharia da Computação

Leia mais

Prof. JUBRAN. Aula 1 - Conceitos Básicos de Sistemas de Informação

Prof. JUBRAN. Aula 1 - Conceitos Básicos de Sistemas de Informação Prof. JUBRAN Aula 1 - Conceitos Básicos de Sistemas de Informação Conhecimento em Sistemas de Informação Os filósofos tentam há séculos definir dados ou fatores, informação e conhecimento. Seus resultados

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

GIRH como Ferramenta de Adaptação às Mudanças Climáticas. Adaptação em Gestão das Águas

GIRH como Ferramenta de Adaptação às Mudanças Climáticas. Adaptação em Gestão das Águas GIRH como Ferramenta de Adaptação às Mudanças Climáticas Adaptação em Gestão das Águas Meta e objetivos da sessão Meta considerar como a adaptação às mudanças climáticas pode ser incorporada na gestão

Leia mais

Prof. Marcelo Henrique dos Santos

Prof. Marcelo Henrique dos Santos ORIENTAÇÃO A OBJETOS COM PROTOTIPAÇÃO CAPÍTULO 02 CONCEITOS FUNDAMENTAIS OBJETIVOS Definiremos alguns conceitos fundamentais de forma a não deixar dúvidas básicas ou interpretações que nos coloquem em

Leia mais

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo 1) Definições de Previsão de Demanda 2) Mercados 3) Modelo de Previsão 4) Gestão da Demanda 5) Previsão como Processo

Leia mais

Engenharia de Software

Engenharia de Software Universidade São Judas Tadeu Profª Dra. Ana Paula Gonçalves Serra Engenharia de O Processo Uma Visão Genérica Capítulo 2 (até item 2.2. inclusive) Engenharia de - Roger Pressman 6ª edição McGrawHill Capítulo

Leia mais

PRIMAVERA RISK ANALYSIS

PRIMAVERA RISK ANALYSIS PRIMAVERA RISK ANALYSIS PRINCIPAIS RECURSOS Guia de análise de risco Verificação de programação Risco rápido em modelo Assistente de registro de riscos Registro de riscos Análise de riscos PRINCIPAIS BENEFÍCIOS

Leia mais

Interatividade aliada a Análise de Negócios

Interatividade aliada a Análise de Negócios Interatividade aliada a Análise de Negócios Na era digital, a quase totalidade das organizações necessita da análise de seus negócios de forma ágil e segura - relatórios interativos, análise de gráficos,

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Gerenciamento de Níveis de Serviço

Gerenciamento de Níveis de Serviço Gerenciamento de Níveis de Serviço O processo de Gerenciamento de Níveis de Serviço fornece o contato entre a organização de TI e o cliente, para garantir que a organização de TI conhece os serviços que

Leia mais

Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s

Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s 1 Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s RESUMO EXECUTIVO Este documento visa informar, de uma forma simples e prática, sobre o que é a gestão do ciclo de vida do Produto (PLM) e quais

Leia mais

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3 Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3 A LEGO Education tem o prazer de trazer até você a edição para tablet do Software LEGO MINDSTORMS Education EV3 - um jeito divertido

Leia mais

Orientação a Objetos

Orientação a Objetos 1. Domínio e Aplicação Orientação a Objetos Um domínio é composto pelas entidades, informações e processos relacionados a um determinado contexto. Uma aplicação pode ser desenvolvida para automatizar ou

Leia mais

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01)

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Submissão de Relatórios Científicos Sumário Introdução... 2 Elaboração do Relatório Científico... 3 Submissão do Relatório Científico... 14 Operação

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE FORMA AUTOMÁTICA PELO MÉTODO DE THIESSEN

CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE FORMA AUTOMÁTICA PELO MÉTODO DE THIESSEN CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE FORMA AUTOMÁTICA PELO MÉTODO DE THIESSEN Paulo Jarbas Camurça 1, Robson Franklin Vieira Silva 2, Mosefran Barbosa Macedo Firmino 2, 3, Eduardo Sávio Passos Rodrigues Martins

Leia mais

Interface Homem-Computador

Interface Homem-Computador Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão Interface Homem-Computador Aula: Engenharia Cognitiva e Semiótica Professor: M.Sc. Flávio Barros flathbarros@gmail.com Conteúdo Engenharia Cognitiva Fundamentos

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab Projeto elaborado por Lorenzo Seguini lorenzo_seguini@yahoo.it Projeto Diálogos Setoriais União Europeia - Brasil 1 Sumário 1. Introdução...3

Leia mais

Oficina de Gestão de Portifólio

Oficina de Gestão de Portifólio Oficina de Gestão de Portifólio Alinhando ESTRATÉGIAS com PROJETOS através da GESTÃO DE PORTFÓLIO Gestão de portfólio de projetos pode ser definida como a arte e a ciência de aplicar um conjunto de conhecimentos,

Leia mais

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações Campanha Mundial "Construindo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando! Plataforma Temática sobre Risco Urbano nas Américas Chamada sobre boas práticas e inovação no uso de Sistemas de Informação

Leia mais

Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014.

Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014. Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de 2014. Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014. O Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),

Leia mais

Hardware (Nível 0) Organização. Interface de Máquina (IM) Interface Interna de Microprogramação (IIMP)

Hardware (Nível 0) Organização. Interface de Máquina (IM) Interface Interna de Microprogramação (IIMP) Hardware (Nível 0) Organização O AS/400 isola os usuários das características do hardware através de uma arquitetura de camadas. Vários modelos da família AS/400 de computadores de médio porte estão disponíveis,

Leia mais

VERSÃO 1 PRELIMINAR - 2010 MÓDULO 3 - PRESENCIAL

VERSÃO 1 PRELIMINAR - 2010 MÓDULO 3 - PRESENCIAL MÓDULO 3 - PRESENCIAL CmapTools É um software para autoria de Mapas Conceituais desenvolvido pelo Institute for Human Machine Cognition da University of West Florida1, sob a supervisão do Dr. Alberto J.

Leia mais

Sistemas Distribuídos

Sistemas Distribuídos Sistemas Distribuídos Modelo Cliente-Servidor: Introdução aos tipos de servidores e clientes Prof. MSc. Hugo Souza Iniciando o módulo 03 da primeira unidade, iremos abordar sobre o Modelo Cliente-Servidor

Leia mais

AULA 1 Iniciando o uso do TerraView

AULA 1 Iniciando o uso do TerraView 1.1 AULA 1 Iniciando o uso do TerraView Essa aula apresenta a interface principal do TerraView e sua utilização básica. Todos os arquivos de dados mencionados nesse documento são disponibilizados junto

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

ALESSANDRO RODRIGO FRANCO FERNANDO MARTINS RAFAEL ALMEIDA DE OLIVEIRA

ALESSANDRO RODRIGO FRANCO FERNANDO MARTINS RAFAEL ALMEIDA DE OLIVEIRA ALESSANDRO RODRIGO FRANCO FERNANDO MARTINS RAFAEL ALMEIDA DE OLIVEIRA INTRODUÇÃO O projeto de um banco de dados é realizado sob um processo sistemático denominado metodologia de projeto. O processo do

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA Telma Aparecida de Souza Gracias Faculdade de Tecnologia Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP telmag@ft.unicamp.br

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

ERP Enterprise Resource Planning

ERP Enterprise Resource Planning ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão Evolução dos SI s CRM OPERACIONAL TÁTICO OPERACIONAL ESTRATÉGICO TÁTICO ESTRATÉGICO OPERACIONAL TÁTICO ESTRATÉGICO SIT SIG SAE SAD ES EIS

Leia mais

PORTAL DE COMPRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

PORTAL DE COMPRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Compra Direta - Guia do Fornecedor PORTAL DE COMPRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Página As informações contidas neste documento, incluindo quaisquer URLs e outras possíveis referências a web sites, estão sujeitas

Leia mais

ARCO - Associação Recreativa dos Correios. Sistema para Gerenciamento de Associações Recreativas Plano de Desenvolvimento de Software Versão <1.

ARCO - Associação Recreativa dos Correios. Sistema para Gerenciamento de Associações Recreativas Plano de Desenvolvimento de Software Versão <1. ARCO - Associação Recreativa dos Correios Sistema para Gerenciamento de Associações Recreativas Versão Histórico da Revisão Data Versão Descrição Autor Página

Leia mais

1 http://www.google.com

1 http://www.google.com 1 Introdução A computação em grade se caracteriza pelo uso de recursos computacionais distribuídos em várias redes. Os diversos nós contribuem com capacidade de processamento, armazenamento de dados ou

Leia mais

Em 2012, a Prosoft planejou o lançamento da Versão 5 dos seus produtos.

Em 2012, a Prosoft planejou o lançamento da Versão 5 dos seus produtos. VERSÃO 5 Outubro/2012 Release Notes Não deixe de atualizar o seu sistema Planejamos a entrega ao longo do exercício de 2012 com mais de 140 melhorias. Mais segurança, agilidade e facilidade de uso, atendendo

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

softwares que cumprem a função de mediar o ensino a distância veiculado através da internet ou espaço virtual. PEREIRA (2007)

softwares que cumprem a função de mediar o ensino a distância veiculado através da internet ou espaço virtual. PEREIRA (2007) 1 Introdução Em todo mundo, a Educação a Distância (EAD) passa por um processo evolutivo principalmente após a criação da internet. Os recursos tecnológicos oferecidos pela web permitem a EAD ferramentas

Leia mais

Resumo do BABok 2.0 O Guia de Referência de Análise de Negócio Curso de Analista de Negócio 3.0

Resumo do BABok 2.0 O Guia de Referência de Análise de Negócio Curso de Analista de Negócio 3.0 O que é BABok? O BABok 2.0, Corpo de Conhecimento de Análise de Negócios, é considerado como um Guia Referência de Práticas de Análise de Negócio. Este guia é publicado e mantido pelo IIBA. O guia BABok

Leia mais

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS TERMOS DE REFERÊNCIA Versão 17/07/2012 No âmbito de um processo

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

MONTAGEM DE PROCESSO VIRTUAL

MONTAGEM DE PROCESSO VIRTUAL Manual de Procedimentos - SISPREV WEB MONTAGEM DE PROCESSO VIRTUAL 1/15 O treinamento com o Manual de Procedimentos É com muita satisfação que a Agenda Assessoria prepara este manual para você que trabalha

Leia mais

Pesquisa e organização de informação

Pesquisa e organização de informação Pesquisa e organização de informação Capítulo 3 A capacidade e a variedade de dispositivos de armazenamento que qualquer computador atual possui, tornam a pesquisa de informação um desafio cada vez maior

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

ü Curso - Bacharelado em Sistemas de Informação

ü Curso - Bacharelado em Sistemas de Informação Curso - Bacharelado em Sistemas de Informação Nome e titulação do Coordenador: Coordenador: Prof. Wender A. Silva - Mestrado em Engenharia Elétrica (Ênfase em Processamento da Informação). Universidade

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DAS CAMADAS Inference Machine e Message Service Element PARA UM SERVIDOR DE SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE Workflow HOSPITALAR

IMPLEMENTAÇÃO DAS CAMADAS Inference Machine e Message Service Element PARA UM SERVIDOR DE SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE Workflow HOSPITALAR IMPLEMENTAÇÃO DAS CAMADAS Inference Machine e Message Service Element PARA UM SERVIDOR DE SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE Workflow HOSPITALAR Jeferson J. S. Boesing 1 ; Manassés Ribeiro 2 1.Aluno do Curso

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Solitaire Interglobal

Solitaire Interglobal Solitaire Interglobal POWERLINUX OU WINDOWS PARA IMPLANTAÇÃO SAP Escolher entre as plataformas concorrentes de sistema operacional Linux e Windows para SAP pode ser uma tarefa confusa para as organizações.

Leia mais

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Elias S. Assayag eassayag@internext.com.br Universidade do Amazonas, Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade

Leia mais

CAPÍTULO I DA NATUREZA DOS LABORATÓRIOS

CAPÍTULO I DA NATUREZA DOS LABORATÓRIOS NORMAS GERAIS DOS LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ESPECIALIZADOS DOS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO, CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS E ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO DA PONTIFÍCIA

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Rafael Milani do Nascimento, Claudete Werner Universidade Paranaense (Unipar)

Leia mais

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014.

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014. A importância da comunicação no gerenciamento de projetos de softwares: reflexões teóricas Lucas Krüger lucas_kruger-@hotmail.com Resumo: Esse artigo objetiva estudar a comunicação entre cliente e desenvolvedor

Leia mais

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br

Algoritmos e Programação (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br (Prática) Profa. Andreza Leite andreza.leite@univasf.edu.br Introdução O computador como ferramenta indispensável: Faz parte das nossas vidas; Por si só não faz nada de útil; Grande capacidade de resolução

Leia mais

ESTUDO DE CASO: LeCS: Ensino a Distância

ESTUDO DE CASO: LeCS: Ensino a Distância ESTUDO DE CASO: LeCS: Ensino a Distância HERMOSILLA, Lígia Docente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais de Garça FAEG - Labienópolis - CEP 17400-000 Garça (SP) Brasil Telefone (14) 3407-8000

Leia mais