Capacitar educadores e envolver as famílias são algumas maneiras de combater as agressões e proteger as vítimas

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1 Educação Digital Mais do que uma opção: uma ação inadiável para o desenvolvimento PUBLICAÇÃO MENSAL DO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO NO ESTADO DE SÃO PAULO * ANO 16 - Nº JANEIRO DE 2013 COMO PREVENIR O BULLYING Capacitar educadores e envolver as famílias são algumas maneiras de combater as agressões e proteger as vítimas ENTREVISTA Sandra Durazzo explica como trabalhar o ensino de idiomas de maneira eficaz e a importância do planejamento pedagógico

2 DIRETORIA Presidente Benjamin Ribeiro da Silva Colégio Albert Einstein 1º Vice-presidente José Augusto de Mattos Lourenço Colégio São João Gualberto 2º Vice-presidente Waldman Biolcati Curso Cidade de Araçatuba 1º Tesoureiro José Antonio Figueiredo Antiório Colégio Padre Anchieta 2º Tesoureiro Antonio Batista Grosso Colégio Átomo 1º Secretário Itamar Heráclio Góes Silva Educ Empreendimentos Educacionais 2º Secretário Antonio Francisco dos Santos Colégio Novo Acadêmico ABCDMR Diretora - Oswana M. F. Fameli (11) Araçatuba Diretor - Waldman Biolcati (18) Bauru Diretor - Gerson Trevizani (14) Campinas Diretor - Antonio F. dos Santos (19) Marília Diretor - Luiz Carlos Lopes (14) Ribeirão Preto Diretor - João A. A. Velloso (16) Osasco Diretor - José Antonio F. Antiório (11) Presidente Prudente Diretor - Antonio Batista Grosso (18) Santos Diretor - Ermenegildo P. Miranda (13) São José dos Campos Diretora - Maria Helena Baeza (12) São José do Rio Preto Diretor - Antonio Carlos Tozzo (17) Sorocaba Diretor - Edgar Delbem (15) Editor Adhemar Oricchio - MTB Repórteres Alex de Souza - MTB Gisele Carmona Assessoria de Imprensa e Produção Editorial Editor-chefe Adhemar Oricchio Editor gráfico Alex de Souza Site e Redes Sociais Gisele Carmona Impressão: Companygraf Colaboradores Antonio Higa * Carlos Alberto Nonino Jocelin de Oliveira * José Maria Tomazela José Rodrigues * Ivaci de Oliveira Ulisses de Souza * Ana Paula Saab Clemente de Sousa Lemes Av. das Carinás, 525 CEP São Paulo - SP (11) Índice Capa: sxc.hu O conhecimento é a melhor defesa Para prevenir o bullying, não bastam apenas um bom discurso e palavras de efeito. Uma das soluções é capacitar educadores para enfrentar 4 o problema Ninguém consegue suportar isso sozinho A história de Isabela Nicastro exemplifica uma triste realidade Entrevista Os saberes se integram A especialista Sandra Durazzo vê um processo de globalização de conteúdos nas escolas, que inclui o ensino de línguas estrangeiras 14 Educação Sexual O fantasma da virgindade 20 Saúde Transtorno Desafiador Opositivo: um comportamento comum Cursos de fevereiro Obrigações para fevereiro 22 Gestão Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 24 Saber Pesquisa mostra que os educadores aprovam o evento escolaparticular@sieeesp.com.br Cidadania Vem Com a Gente prepara atividades para 2013 Oftalmologia 36 Síndrome Visual pelo computador: mito ou verdade? Educação Digital Uma ação inadiável 38 para o Brasil Passo-a-passo Monstrinhos Divertidos 40 Nutrição Você sabe interpretar um rótulo? 42 Jurídico 43 Vigência dos benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho Sociedade Este é o ano de 44 mudança: seja feliz Comunicação Jornal impresso não sobrevive cinco anos Mérito Instituto Jesus Maria José completa 100 anos 51 Motivação Nem sempre filho de peixe, peixinho é

3 Editorial Enem: polêmica mais uma vez O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e mais uma vez confirma-se a tendência verificada nos últimos anos, não só em São Paulo, como em todo o Brasil. As escolas particulares são protagonistas na lista das melhores notas do exame de Entre as 50 melhores, apenas três são escolas públicas todas elas federais. No ano passado, eram seis. O MEC apresentou duas alterações na divulgação deste ano, aparecendo na lista somente as escolas em que mais da metade dos alunos do 3º ano fizeram o exame. Com isso, 55% dos estabelecimentos públicos e privados que participaram do Enem desapareceram da relação. Outra alteração diz respeito à média geral, que considera apenas as provas objetivas, sem considerar a redação, fato que está causando muita polêmica. Em princípio, não concordamos com a forma com que são divulgadas as notas, pois o MEC acaba promovendo o ranqueamento das escolas com base em indicadores equivocados. Neste ano, o percentual de escolas públicas colocadas no topo da lista caiu ainda mais, evidenciando a esmagadora superioridade das particulares, fato que é admitido pelas autoridades educacionais do país, embora tenham investido mais no setor. O Ministério da Educação está sendo alvo de críticas por parte das escolas, pois não cumpriu o que havia anunciado aos estabelecimentos de ensino sobre a divulgação das médias do Enem de Em outubro, ao liberar os resultados antecipadamente para os diretores, os responsáveis pelo Ministério afirmaram que não calculariam a média por escola, de modo a evitar rankings. Mas a pasta manteve a divulgação de médias por estabelecimentos, apesar de ter ignorado nessa conta a nota de redação. Não concordamos com a forma com que são divulgadas as notas, pois o MEC acaba promovendo o ranqueamento das escolas com base em indicadores equivocados. Neste ano, o percentual de escolas públicas colocadas no topo da lista caiu ainda mais, evidenciando a esmagadora superioridade das particulares, fato que é admitido pelas autoridades educacionais Com os resultados apresentados, é forçoso entender que as escolas privadas têm muito a colaborar com a educação do país e com o próprio desenvolvimento da rede pública de ensino e não podem ser discriminadas nem tratadas como elite por alguns setores do governo, meramente por questões ideológicas. Nós, da escola particular, não somos contra a aplicação do Enem, mas sim pela forma como ele é conduzido e divulgado. Para corrigir essas distorções, defendemos uma reforma no ensino médio, para que o aluno saia realmente melhor preparado para enfrentar o ensino superior. Entendo que o ideal seria um curso médio de quatro anos, ao invés dos três atuais, para impedir que houvesse tantas desistências nas universidades, como acontece atualmente tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, causando um grande prejuízo aos alunos e principalmente ao país. Os resultados demonstram que é flagrante a superioridade da escola particular, graças ao acerto da orientação pedagógica ministrada, os investimentos em tecnologia que são empregados e a capacitação oferecida ao corpo docente. É lógico que os resultados nos dão uma satisfação muito grande, mas, ao mesmo tempo, nos causa preocupação, pois entendemos que a nossa missão é dar um ensino de qualidade a todas as camadas da população, pois almejamos o pleno desenvolvimento do país. Benjamin Ribeiro da Silva Presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo) benjamin@einstein24h.com.br 3

4 Bullying Foto: sxc.hu PERSEGUIÇÃO Ao contrário do ato de indisciplina e do ato infracional, o bullying é uma agressão repetitiva praticada contra a vítima sem que ela tenha dado qualquer motivação para ocorrer O conhecimento é a melhor defesa Mais do que um assunto da moda, o bullying deve ser encarado como um problema a ser combatido constantemente, o que só é possível com a capacitação dos educadores e o envolvimento das famílias Gisele Carmona O bullying, apesar de constantemente debatido, ainda é muito presente na vida de crianças e adolescentes. O que antes era considerado apenas brincadeira, hoje é percebido como um verdadeiro golpe emocional na vida daqueles que ainda estão aprendendo a se defender. É apropriado questionar se, depois de tantos casos divulgados constantemente na mídia e de tantos debates voltados ao assunto, as escolas estão preparadas para agir corretamente. O que é bullying, afinal? A palavra é recente, mas o ato é antigo. A violência, infelizmente, faz parte da comunicação do homem há muito tempo. Por isso, o bullying tomou grandes proporções e tornouse um assunto sério, a ser tratado constantemente, principalmente nas escolas. No entanto, nem todos sabem identificá-lo corretamente e corre-se o risco de banalizar o tema, tornando-o algo sem sentido, o que leva algumas pessoas a julgar tudo como bullying. Para Soraya Escorel, promotora de justiça e coordenadora estadual do CAOP (Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente), a banalização pode ocorrer e, por isso, identificar as diferenças é o primeiro passo. Para saber quando uma atitude agressiva se trata de bullying é preciso identificar se há o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la em situações de tensão. Isso acontece de forma intencional e repetitiva, sem uma motivação evidente, causando dor e angústia à vítima. Também é comum que a ação seja executada dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima. É preciso se atentar, porque nem tudo que acontece na escola, no trabalho ou num ambiente social, pode ser considerado bullying. Sendo a ação identificada corretamente, começa o trabalho de correção e controle. É importante saber que crianças e adolescentes devem ser encarados como sujeitos aos direitos e deveres, obrigações e proibições, devendo ser contidos no ordenamento jurídico e regimentos escolares. Eles podem ser praticantes não apenas de bullying, mas também de atos infracionais ou 4

5 Foto: sxc.hu atos indisciplinares, quando não se atentam para as normas. É importante saber a diferença entre as três possibilidades. Para a promotora, a diferença entre bullying, ato infracional e ato de indisciplina é fundamental para entender como identificar a violência praticada. Ela nos explica que o Art. 103 da Lei 8.069/1990 considera ato infracional a conduta descrita na lei como crime ou contravenção penal. O Dicionário Aurélio, por sua vez, define indisciplina como procedimento ou ato contrário à disciplina, ou seja, desobediência, desordem, rebelião e revolta contra as normas contidas no Regimento Escolar. Já o bullying, ao contrário do ato de indisciplina e do ato infracional, é uma agressão repetitiva praticada contra a vítima sem que ela tenha dado qualquer motivação para ocorrer. Nem todo ato de indisciplina corresponde a um ato infracional, mas um mesmo ato pode ser considerado como de indisciplina ou ato infracional dependendo do contexto em que foi praticado, a exemplo de uma ofensa verbal dirigida ao professor, que pode ser caracterizada como ato de indisciplina, e, dependendo do contexto e do tipo de ofensa, bem como da forma como foi dirigida, ser caracterizada também como ato infracional ameaça, injúria ou difamação. Soraya afirma ser importante diferenciar, pois cada caso deve ser tratado de uma forma particular. O ato infracional está previsto na legislação penal PROTAGONISTAS Os agressores gostam de plateia. Eles sentem necessidade de serem observados quando estão em ação. Os que assistem a esse triste espetáculo e não fazem nada para impedir, tornam-se cúmplices das agressões vigente, devendo ser encaminhado para o Juizado da Infância e Juventude, enquanto o ato indisciplinar, que está previsto no regimento escolar, vai ser encaminhado e resolvido administrativamente dentro da própria escola. É fato que o bullying, a indisciplina e o ato infracional transitam indistintamente nas escolas públicas e privadas, sendo necessário enfrentálos e superá-los. Eis um grande desafio. Mas é preciso enfrentar o problema, não fugir dele. Silenciar é fingir que o bullying não existe e que está tudo bem. E isso não vai resolver. Na opinião de Maria Tereza Maldonado, psicóloga e escritora, as pessoas estão mudando seu olhar em relação a esses atos, que antes pareciam normais. Agora o bullying é considerado um padrão de violência, coisa séria. Omissão ou atitude Nem sempre as escolas estão preparadas para enfrentar os casos, o que leva à omissão e falta de capacitação aos educadores, para que realizem um trabalho condizente com o problema. Alguns educadores se omitem por não saberem como trabalhar com a rede de relações e nem como promover >>> os valores básicos de convivência, especialmente o respeito pelo outro. Na verdade, os programas de prevenção ao bullying precisam fazer parte do 5

6 Bullying Ninguém consegue suportar isso sozinho Lamentavelmente, a escola serve de palco aos agressores e vítimas do bullying, e o que era para ser um lugar de aprendizado e acolhimento, traz sofrimento e exclusão Gisele Carmona Isabela Nicastro sofreu na pele a sensação de ser excluída por seus colegas de classe. Aos 13 anos descobriu uma comunidade nas redes sociais, criada para ofendê-la. O grupo era ilustrado com uma foto sua e levava o nome de Odiamos a Naja. Além da comparação com o animal, conhecido por ser peçonhento e perigoso, seu retrato ainda trazia um x vermelho, deixando clara a antipatia dos colegas por ela. Na época, a situação foi resolvida e todas as partes acabaram se entendendo, mas aquilo que aconteceu jamais saiu da memória da garota. Hoje, aos 19 anos e estudando Jornalismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Isabela tem noção de que foi vítima de cyberbullying e nos conta como foi sua experiência. TRAUMA Durante algum tempo, tudo que Isabela queria era ficar em casa, sem ver ninguém EP Quando você percebeu que estava sofrendo bullying? IN Bom, eu ficava sozinha na aula. Como eu gostava muito de estudar, acabava fazendo amizade com poucos colegas e também com alguns professores. Só descobri que estava sofrendo bullying quando fizeram a comunidade na internet. Aí realmente me dei conta. EP Antes de saber sobre a comunidade criada para ofendê-la, você notava atitudes estranhas entre seus colegas de classe? Sentia-se incomodada de alguma forma em ficar na sala de aula? IN As atitudes que eu notava antes da comunidade eram cochichos, pessoas comentando coisas ruins sobre mim, me evitando algumas vezes, mas nada muito declarado. Era uma coisa meio indireta e que, mesmo assim, me fazia sentir mal, excluída. EP Isso atrapalhou a sua vida pessoal e os seus estudos? IN Os meus estudos não. Como eu me dedicava bastante, passei a focar ainda mais, o que acabou prejudicando um pouco a vida pessoal. Eu não queria mais confiar nas pessoas, então eu ia ao colégio para estudar, e apenas isso. A minha vida pessoal foi bastante afetada na época. EP Quanto tempo levou para que a sua vida voltasse a se estabilizar depois do ocorrido? IN No começo eu não queria voltar para minha sala, só voltei porque realmente gostava demais dos meus professores. Fiquei bem reclusa no início, bem quieta. Depois as pessoas foram se aproximando, me pedindo perdão, e eu voltei a conversar com algumas delas. Mas, infelizmente, eu cheguei à conclusão que não podia confiar em boa parte delas. Continuei mantendo poucos amigos e passei a ser mais desconfiada e ressabiada com os outros. EP Você acredita que os praticantes de bullying, baseando-se em sua experiência, sentem um pouco de inveja de algo que o outro possui? Por exemplo, em seu caso havia boas notas e concentração para os estudos. IN Acho que pode ser inveja sim, mas não é só isso. Acredito que algumas pessoas têm o prazer de ver os outros sofrendo. Algumas fazem porque acham que não vai dar em nada; outras, eu acredito que seja realmente por maldade. É uma pena que a escola, um lugar que deveria ser de aprendizado e acolhimento, provoque tanto sofrimento e exclusão. EP De que forma a escola reagiu ao acontecimento? Eles estavam preparados para te dar suporte e penalizar os culpados? IN Na época, o bullying não era muito conhecido e nem comentado como é hoje. Então o colégio, apesar de toda a estrutura, não estava preparado para uma situação dessas. Haveria um passeio alguns dias depois do ocorrido e as pessoas que estavam na comunidade da internet foram proibidas de ir. Além disso, foi feita uma reunião com a turma para resolver a questão. Mas nada muito concreto, afinal, eles também estavam surpresos e perdidos sobre o que fazer com a situação. EP E os seus pais? Ficaram sabendo no mesmo momento ou você só contou para eles depois? Qual foi a reação deles? IN Meus pais não tinham muita ideia da situação antes do ocorrido. Eles perceberam que algo tinha acontecido porque me encontraram chorando loucamente e sabiam que algo estava errado. Conversaram comigo, com a coordenação do colégio, e até pensaram em processar o aluno responsável pela comunidade e seus pais pelo ocorrido. Mas, com medo de me exporem ainda mais, decidiram deixar pra lá. Eu acho que foi melhor assim. EP Você sentiu vergonha de ser quem era? Pensou em tomar alguma atitude drástica, como tirar a própria vida ou se vingar de forma cruel? IN Eu me sentia muito culpada pelo que aconteceu. Culpava os outros também, mas achava que o principal problema estava comigo. Afinal, por que todos me odiavam tanto? Pensei em me fechar em casa, em não querer ver mais ninguém e até mesmo me matar. Mas é claro, nunca tentei nada e sei que não teria coragem para isso. Só que foi um sofrimento tão grande que eu queria fugir! EP Muito tempo se passou desde então, você sentiu ter ficado com alguma sequela emocional do ocorrido? Precisou de algum tipo de acompanhamento médico/ terapêutico ou conseguiu superar sozinha? IN Depois de algum tempo passei a fazer terapia. Fiz esse acompanhamento durante um ano. Eu já era uma adolescente quieta na escola e, com o ocorrido, tudo piorou. Passei a não confiar em ninguém que não fosse da minha família. Até hoje prefiro os bons e poucos amigos. No entanto, superei bem a situação e hoje não guardo mágoas das pessoas que estavam na comunidade. EP Hoje em dia como você aconselharia pessoas que passam pela mesma situação, sendo pelas redes sociais ou nos corredores das escolas? IN Para as pessoas que sofrem bullying meu conselho é se abrir. Procurar ajuda na escola, com os pais, com algum profissional. O errado não é quem sofre, mas quem o faz sofrer. Essa pessoa sim deveria ter vergonha do que faz e do que é. Quem sofre bullying não pode se calar, nem tentar revidar ou prejudicar a si mesmo. O ideal é procurar ajuda e falar. Ninguém consegue suportar isso sozinho e quieto. 6

7 projeto pedagógico das escolas, comenta Maria Tereza. Soraya também concorda que algumas escolas se tornam omissas. Há certa resistência das escolas sobre o tema, apesar das evidências de que o bullying está presente na comunidade escolar. O medo de diretores para admitir a existência de bullying proporciona o crescimento do fenômeno. Daí, o silêncio impera na escola e cala a voz de muitos estudantes. Eles, por medo ou vergonha, preferem se omitir a denunciar. Acontece que o silêncio pode ganhar vida em algum momento. O silêncio também fala e pode se transformar em ações com ares de catástrofe. A promotora ainda compara a escola com uma espécie de palco, onde os atores/estudantes, representam, encenam e, ao mesmo tempo, participam do espetáculo que constroem. A escola é palco de conflitos, mas também é local de socialização e de aprendizado. A instituição em que eles estudam é formadora de conhecimentos, valores, atitudes e hábitos, assim como a família. Ela complementa comentando que um ser humano se constrói em vários cenários da vida. Começa na família e continua essa construção na escola e na vida adulta. Infelizmente, a educação ainda não mudou. É preciso mudar, sobretudo o seu discurso. É preciso mudar sua maneira de ver e enxergar os seus alunos na escola. Eles não são ouvidos e a educação é de fachada. A reversão da situação passa pelo resgate da cidadania e pelo direito à voz, palavra e reivindicações, passando também pela criação de espaços Foto: sxc.hu VÁLVULA DE ESCAPE Para evitar situações vexatórias, muitas vítimas veem nos estudos uma forma de distração, o que não diminui os impactos negativos das agressões sofridas coletivos de discussão, diálogo sadio entre os pares e pelo respeito à diferença. Tudo isso por meio de um trabalho permanente. >>> Obstáculos que podem ser vencidos Segundo Maria Tereza, o cotidiano da escola oferece inúmeras oportunidades de trabalhar os valores fundamentais do convívio: respeito, solidariedade, colaboração, 7

8 Bullying Foto: sxc.hu gentileza. Os autores do bullying agem nas salas de aula, nos corredores, nos banheiros, no pátio, no ônibus escolar. Pensar que isso é brincadeira de crianças e achar que as vítimas não sabem brincar é negar o problema. As escolas que fizeram campanhas antibullying bem sucedidas trabalharam com toda a equipe escolar e buscaram a parceria das famílias, no sentido de criar uma cultura de não tolerância às ações do bullying e do cyberbullying, colocando os limites devidos e as consequências cabíveis às condutas de agressão, estimulando a expansão dos recursos para fortalecer as vítimas, propiciando aos agressores o bom uso de suas capacidades de liderança e o aumento da empatia, estimulando a ação eficaz das testemunhas. O resultado é a melhoria da qualidade dos relacionamentos e o uso responsável da tecnologia, comenta a psicóloga. Soraya diz que a desinformação generalizada é um dos principais obstáculos para que o docente trabalhe as situações de bullying. Ainda hoje, o tema desafia pais, educadores e profissionais das demais áreas do conhecimento, que se sentem impotentes para lidar com a situação. Falta capacitação sobre o tema e, por isso, há equívocos na intervenção. Para enfrentar a violência no ambiente escolar, sobretudo o bullying, as escolas brasileiras se utilizam de formas ameaçadoras, numa lógica repressiva, quando na verdade 8 >>> deveriam desenvolver trabalhos educacionais mais produtivos e interessantes, e até mesmo desafiadores para os estudantes. Em outras situações, alguns educadores também estão envoltos em sua própria teia de preconceitos e reforçam, mesmo sem intenção, esse sentimento entre seus alunos. Para a promotora, uma forma de fortalecer o respeito ao próximo seria preparar docentes, já nas universidades, para trabalharem temas polêmicos como homossexualidade, homofobia, mudanças na construção familiar e outras situações que podem ser colocadas como diferentes do habitual. Atualmente existe uma preocupação em se estudar esses temas, mas ela ainda ocorre de forma muito tímida. Refletir sobre essas questões é fundamental. É o caminho. No entanto, ainda não conquistou espaço visível na formação docente, lamenta Soraya. Segundo Maria Tereza, a faixa etária em que mais ocorrem os casos está entre os 10 e 15 anos, com diferenças entre as formas de se praticar o bullying entre meninos e meninas. Os meninos tendem a ser mais explícitos, com agressões físicas, xingamentos e destruição de pertences, enquanto as meninas tendem a espalhar fofocas e boatos, além de excluir e isolar a vítima do convívio social. Soraya foi ainda mais específica nas informações, ao afirmar que o Brasil não está alheio DESNORTEADOS Alguns educadores se omitem da responsabilidade de combater o bullying por não saber como trabalhar. Programas de prevenção precisam fazer parte do projeto pedagógico das escolas Foto: Divulgação ARTICULAÇÃO Para a promotora Soraya Escorel, a minimização do bullying depende de uma conjugação de esforços e envolvimento de toda a comunidade escolar ao problema. Ela menciona que uma das primeiras investigações realizadas no país, em 1997, foi da Dra. Marta Canfield, professora da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ela observou o comportamento agressivo das crianças de quatro escolas públicas. Entre o ano 2000 e 2001, outros professores seguiram seus passos e foi possível iniciar o mapeamento da violência no país. Ela lembra que os dados ainda não são ideais, mas há uma estimativa de que o bullying praticado no país já atinja 45% dos estudantes do ensino fundamental. Essas informações são do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying na Escola Cemeobes (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que acompanha o fenômeno em pelo menos oito cidades do país. Soraya também cita o trabalho de Cléo Fante, doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Ilhas Baleares, na Espanha, e criadora do Programa Educar para a Paz. A pesquisa foi realizada em São José do Rio Preto, nos anos 2002 e 2003, envolvendo dois mil alunos de escolas públicas e privadas, revelando que 49% dos estudantes estavam envolvidos

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10 Bullying com o bullying. Estavam distribuídos em: 22%, vítimas; 15%, agressores e; 12%, vítimas agressoras (aqueles que são vítimas e reproduzem a vitimização). Segundo a promotora, foi a partir desse estudo que traçaram o perfil das vítimas brasileiras. As vítimas geralmente são pessoas tímidas, pouco sociáveis, frágeis, inseguras, de baixa autoestima, com dificuldade de se defender da agressão e de compartilhar os seus sentimentos. Uma pessoa com características diferentes do padrão exigido pela sociedade. É a garota magra demais, ou o garoto obeso, a pessoa retraída ou a exibida demais. Enfim, embora não exista um perfil único, as vítimas de bullying são diferentes, seja pela cor da pele, pela opção sexual, pelo sotaque, pela religião. O cyberbullying Não se limitando somente aos espaços físicos, o bullying também invadiu o espaço virtual e ganhou o nome de cyberbullying. Para a psicóloga Maria Tereza, essa é a forma prática de crueldade online. Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, os agressores passaram a criar outras formas de atormentar suas vítimas. É mais terrível do que o bullying, porque a perseguição é implacável, podendo chegar a 24 horas por dia nos sete dias da semana. A vítima, muitas vezes, é atacada por mensagens de celular, filmada ou fotografada secretamente em situações constrangedoras que podem ser colocadas na rede. O agressor pode criar um perfil falso em sites de relacionamento para difamá-la, ou adulterar fotos para colocá-la em situações vexatórias. O bullying e os fatos O bullying é um fenômeno mundial tão antigo quanto à escola. Porém, foi na década de 1970, na Suécia, que começaram as primeiras discussões sobre o problema Em 1982, o suicídio de três crianças norueguesas, motivadas pela perseguição que sofriam de colegas de escola, teve repercussão na mídia e motivou campanhas contra o bullying Além disso, esse tipo de ato também permite que o agressor se esconda atrás do anonimato para a prática da violência, atormentando ainda mais os seus alvos. Para a promotora Soraya, a internet tornou mais presente a violência praticada pelos meios virtuais, já que se trata de um espaço de troca de informações de grande utilidade, mas que comporta também riscos para a privacidade dos usuários. Uma vez publicados, os dados permanecem para sempre nos arquivos do sistema. E, mesmo que apagados, os serviços de arquivo conservam toda a informação. Segundo ela, pesquisas recentes indicam um crescimento considerável do cyberbullying, principalmente a partir da criação das redes sociais. Aprender começa em casa Os pais, muitas vezes céticos em relação ao bullying, acabam não se interessando pelo tema e, de certo modo, PONDERAÇÃO A escritora Maria Tereza Maldonado ressalta que o bullying sempre existiu, mas somente hoje o problema começa a ser discutido seriamente. A reflexão sobre os casos noticiados pode ajudar algumas escolas a mudar sua postura Depois de ser sistematicamente provocado por colegas de classe, Casey Heynes, um rapaz australiano de 15 anos, parte para cima de um de seus agressores. Um vídeo de 2011, que mostra a reação de Casey, se espalhou rapidamente pela internet, ganhando destaque na imprensa mundial Foto: Divulgação não acreditam que vai acontecer na sua família. A promotora lembra aos pais a importância de que estejam presentes e se informem mais também, pois não basta que os cuidados sejam apenas das escolas. A família não pode ficar de fora nunca. São eles que apresentam os motivos e as causas que terminam por contribuir para o entendimento dos casos de bullying. Por vezes, a família vê o que quer, só observa qualidades, mas nenhum problema em seus filhos. É o olhar materno/paterno que, por vezes, vê o filho sem defeitos. Mas, mesmo assim, a fala da família termina por revelar muita coisa. Em resumo, a construção da identidade das pessoas resulta da sua interação, inicialmente no ambiente familiar e, depois, no ambiente escolar e social >>> no qual está inserido. E essa interação se dá por meio dos valores transmitidos por estes grupos. Daí a importância de todos estarem envolvidos. Atento ao assunto, o Sieeesp promoveu o I Simpósio Brasileiro sobre Bullying, em maio do ano passado 10

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12 Bullying O praticante e a plateia Maria Tereza salienta também que os agressores gostam de plateia. Eles sentem necessidade de serem observados quando estão praticando a agressão, tanto física quanto psicológica. Por isso, nos programas de combate ao bullying, o trabalho com as testemunhas, ou plateia, é fundamental. Quando participam, tornam-se cúmplices e fortalecem o agressor, mas podem fazer o contrário: aliar-se à vítima, para mostrar ao agressor que o comportamento dele não é apreciado e nem é aceitável. Soraya também concorda, afirmando que a plateia é essencial para o praticante do bullying. Ele precisa impor o seu poder, se destacar e se reafirmar como líder. Normalmente, o praticante de bullying é o mais popular do grupo. Muito se fala, mas algo mudou? Após a tragédia de Realengo, as pessoas começaram a debater mais sobre o assunto. A psicóloga Maria Tereza ressalta que o bullying sempre existiu, e agora só passou a ser visto com mais respeito. Há casos trágicos em todo o mundo, onde pessoas com graves comprometimentos emocionais, tendo sofrido bullying, acabam praticando formas extremas de agressão, inclusive assassinatos em Livro de Maria Tereza Maldonado ganha Prêmio Jabuti 2012 Ao longo dos seus 54 anos de existência, o prêmio Jabuti enobrece a literatura contemplando com troféus as melhores obras, passando por várias categorias como tradução, ilustração, capa e projeto gráfico, além das categorias tradicionais como romance, contos e crônicas, poesia, reportagem, biografia e livro infantil. Por sua abrangência, o Jabuti é considerado o maior e mais completo prêmio do livro no Brasil. E esse foi o ano de Maria Tereza Maldonado, que ficou em segundo lugar na categoria Didáticos e Paradidáticos com o livro Bullying e Cyberbullying O que fazemos com o que fazem conosco? O livro ensina o leitor como distinguir brincadeiras saudáveis, em que todos se divertem, e o padrão de ataques repetitivos, no qual apenas alguns se divertem ou levam vantagens à custa de provocar sofrimento em outros. A autora orienta como o trabalho conjunto entre famílias, escolas e comunidades é essencial para criar uma cultura de não tolerância à prática do bullying e do cyberbullying, desenvolvendo a educação em valores que permite construir uma rede saudável de relacionamentos em que fique claro para todos que agressão não é diversão. Com a leitura deste livro, o leitor poderá descobrir como perceber as consequências do bullying em agressores, vítimas e espectadores, estimular recursos de comunicação e ação em todos os envolvidos para inibir a prática do bullying e orientar crianças e adolescentes para o uso responsável e seguro da tecnologia, além de construir um programa anti-bullying eficiente, baseado na educação em valores para promover a boa qualidade dos relacionamentos. Vale a pena uma leitura a mais para manter-se informado e garantir que o bullying mantenha-se longe dos corredores das escolas e das famílias. massa. A reflexão sobre esses casos ajuda algumas escolas a mudarem suas posturas e as motivam a começar ou a intensificar programas de combate e de prevenção ao bullying. Em alguns Estados brasileiros, criaram leis que tornam obrigatórios esses programas nas escolas, mas, infelizmente, isso ainda está longe de ser uma prática adotada pela maioria das escolas, embora esse número esteja aumentando. Sistematizar e implementar ações de enfrentamento ao bullying é uma das ações fundamentais, de acordo com Soraya Escorel. As tragédias, na grande maioria dos casos que aconteceram no Brasil e no mundo, são reações de vítimas que têm medo de denunciar seus agressores ou se sentem humilhados e com vergonha de expressar fraqueza, por isso mesmo, também são mais difíceis de serem percebidas pela escola, amigos ou familiares, afirma. O bullying desenhou cenários muito tristes na vida de algumas crianças/adolescentes. Ainda hoje, nas escolas do mundo inteiro, muitos sofrem calados. E podem continuar sofrendo, mesmo sem demonstrar, como fazem a vida inteira. Superação Falar em superação é falar sobre as marcas que vão permanecer e algumas vezes vão até machucar depois de muito tempo, diz Soraya. Muitos estudantes passam pela infância de forma tão invisível que, depois, resolvem usar da violência como resposta ao seu sofrimento. Não pela intenção de fazer mal, mas pelo simples fato de necessitar demonstrar a si próprio e ao outros que também pode ser forte, líder e que é capaz de causar temor. Uma forma de externar a revolta pelo sofrimento de anos só para chamar a atenção para o seu problema. A minimização do bullying depende de uma conjugação de esforços envolvendo toda a comunidade escolar, ou seja, pais, estudantes, professores, funcionários, diretores e membros da sociedade. Não se trata aqui de indicar culpados pelas dificuldades da vítima de bullying, simplesmente porque não há um culpado único nesse processo. Afinal, nada acontece de forma isolada; os fatos se interligam, finaliza a promotora. Fontes: Maria Tereza Maldonado, mestre em Psicologia pela PUC-RIO e autora dos livros Bullying e cyberbullying o que fazemos com o que fazem conosco? (Ed. Moderna, prêmio Jabuti, 2012) e A face oculta uma história de bullying e de cyberbullying (Ed. Saraiva). Link relacionado: Soraya Soares Nóbrega Escorel Promotora de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente, Coordenadora Estadual CAOP de Defesa da Criança e do Adolescente Ministério Público do Estado da Paraíba Link relacionado: EP 12

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14 Entrevista Sandra Durazzo Os saberes se integram A educadora e empresária Sandra Durazzo vê um processo de globalização de conteúdos nas escolas, embora mais lento quando uma das áreas envolvidas é a de ensino de línguas estrangeiras Foto: Alex de Souza NO CENTRO DA DISCUSSÃO Em palestra ministrada durante o Congresso Saber, Sandra Durazzo discutiu princípios e estratégias de recolocação do ensino de inglês e espanhol no centro da vida pedagógica, ao lado das demais disciplinas e com a mesma relevância Existe dificuldade de integrar os conteúdos das disciplinas, para que se trabalhe de modo interdisciplinar? Sandra Durazzo As escolas vêm caminhando para a ideia de globalização do ensino. Trabalhar de modo fragmentado já não é mais uma tendência, mas a dificuldade é maior quando se pensa em uma língua estrangeira. Às vezes os professores não se sentem autorizados a oferecer referências de pesquisa em outra língua, até mesmo porque vários alunos pensam que só vão usar o inglês ou o espanhol em suas respectivas aulas. Isso é um equívoco, porque todos os saberes se integram. Alex de Souza Sem lugar de destaque, frequentemente os cursos de idiomas existem à margem do projeto das instituições. As reuniões pedagógicas não incluem discussões de temas específicos dessa área. Educadora especializada no processo de ensino de línguas estrangeiras, com 30 anos atuando dentro e fora da sala de aula, Sandra Baumel Durazzo decidiu que poderia ajudar as escolas, por meio de cursos de capacitação para professores, coordenadores e gestores. Há 12 anos fundou, junto com Vera Richetti Lemos, a Target Idiomas, e desde então estende sua formação às equipes das escolas parcerias, atuando desde a educação infantil até o ensino superior. Em entrevista à Revista, durante o Congresso Saber 2012, ela explica como trabalhar o ensino de idiomas de modo interdisciplinar e afirma o melhor curso é aquele que atende às necessidades de seus alunos. 14 >>> EP Isso requer trabalho em conjunto? SD Quando um professor de inglês escolhe um texto sobre a Inglaterra do Século XIX, ele pressupõe que os alunos já conhecem alguma coisa sobre o assunto. Ele pode discutir com eles como era a sociedade daquela época, por exemplo. E o inverso também deveria acontecer. Um professor de história não precisa combinar com o professor de língua estrangeira a discussão em classe de um texto em inglês ou espanhol. Se os alunos já conhecem o suficiente, podem trabalhar um texto em outro idioma. Entretanto, ainda estamos no processo de integrar as áreas de conhecimento. EP Qual a maneira mais eficiente de ensinar outro idioma? Priorizar a gramática ou a conversação? SD Queremos que os alunos se tornem usuários do idioma. Isso significa ser capaz de compreender uma fala, de expressar o que se quer dizer, ler e escrever cor-

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16 Entrevista Foto: sxc.hu retamente. Atingir esses objetivos demanda o conhecimento de regras gramaticais e um amplo vocabulário. Logicamente, o processo natural é que as pessoas comecem a falar antes de aprender a gramática, até mesmo pela necessidade de comunicação. Contudo, na medida em que se avança no uso do idioma, as correções precisam ser trabalhadas. Desse modo, as regras vão sendo incorporadas à fala paulatinamente. Eu acredito que essa forma seja a ideal. Porém, não se pode perder de vista o propósito, os objetivos que o estudante tem em mente ao se dedicar a outra língua. EP Pode dar algum exemplo? SD Um cursinho pré-vestibular. Nesse caso, o objetivo é realizar um tipo de prova que exige determinadas competências. O cursinho ideal é aquele que ajudará o aluno a desenvolver a competência requerida. E para o vestibular se requer a leitura de textos, principalmente informativos. Para alguns testes internacionais, como o Toefl (Teste de Inglês como uma Língua Estrangeira), o nível de exigência é maior com a gramática. Se o objetivo do curso é preparar os alunos para o Toefl, a gramática deve ser o ponto de partida para esse aluno. Nas escolas, quando se pensa o ensino de idiomas de um modo geral, o propósito é que o aluno possa participar da sociedade, o que requer habilidades comunicativas. O aluno precisa aprender como se expressar e fazê-lo de forma correta, ou seja, as duas coisas são importantes. QUAIS VALORES? A empresária Sandra Durazzo explicou que escola bilíngue é uma instituição brasileira, que segue o currículo do MEC. A escola internacional é um pedacinho de outro país aqui no nosso, pois segue o currículo do país de origem, bem como seu calendário, costumes e seus valores. Ao matricular um aluno numa escola britânica, deve-se ter em mente que os valores que ele aprenderá não serão os nossos, mas os do país de origem daquela escola. Acima, vista do parlamento britânico, em Londres EP Como uma escola sabe que seu planejamento pedagógico para o ensino de idiomas está adequado? SD Uma assessoria pode apontar as correções a serem feitas, por ter a visão de quem está de fora. Atuo há muitos anos como professora e há 12 anos uma amiga (Vera Richetti Lemos) e eu montamos a Target, que implementa projetos em escolas nos mais diversos formatos. Em algumas nós fazemos a assessoria direta, para outras nós terceirizamos toda a equipe, conforme a necessidade da escola. Contudo, no ramo da educação, sempre existe a necessidade de identificar pontos a serem trabalhados, para que se possa melhorar de modo contínuo. Em uma determinada escola com a qual trabalhei existia a intenção de trabalhar com a leitura, mas também havia alguns equívocos quanto ao ato de ler. Como eles tinham esse projeto, que visava formar novos leitores, as provas consistiam em textos, para averiguar o grau de assimilação da história por parte dos alunos. Ao sentarmos com os professores para refletir sobre esse método, chegamos à conclusão de que responder perguntas não significa desenvolver uma competência leitora. A partir disso, reformulamos completamente o projeto de leitura da escola, tendo obtido resultados bastante satisfatórios. Hoje, os alunos se comprometeram com a leitura de uma forma diferente, porque o foco não é mais o mesmo. Hoje eles querem ler mais. EP Qual a receita para ter sucesso no ensino de outra língua? SD Não existe uma única resposta e que seja ótima para todas as instituições. É necessário definir quais são os objetivos da escola em relação aos seus alunos. Na educação infantil, por exemplo, se o intento é trabalhar o vocabulário por meio de cores, frutas ou animais, as atividades devem se voltar a esses objetivos específicos. É muito comum que as crianças aprendam os nomes dos animais, por ser algo que lhes interessa. Muitas delas sabem nomes de bichos que eu não sei. E eu sou fluente em inglês! Porém, quando eles tiverem a minha idade, será que eles se lembrarão dos nomes dos animais? Provavelmente, não. E isso é algum problema? Também não, porque isso fez parte do processo de construção de um ser que é usuário daquele >>> idioma. Na época em que ele aprendeu os nomes dos bichos, aquele era o léxico que fazia sentido para ele. O método deve ser adequado ao propósito que se busca. Foto: Alex de Souza Foto: sxc.hu EXPERIÊNCIA Com o tema O inglês integrado ao projeto pedagógico da escola, Sandra Durazzo levou dezenas de educadores ao Centro de Exposições Imigrantes, em setembro de 2012, no Congresso Saber 16

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18 Entrevista EP Qual a diferença entre escolas bilíngues e internacionais? SD Escola bilíngue é uma escola brasileira, que segue o currículo brasileiro estabelecido pelo MEC, mas onde uma parte do conteúdo é ministrada em português e a outra parte no idioma estrangeiro escolhido. Escola internacional é um pedacinho de outro país aqui no nosso. Trata-se de uma escola que segue o currículo do país de origem, bem como seu calendário, costumes e seus valores. A maior parte das escolas desse tipo em São Paulo é proveniente da Europa ou dos EUA. EP O ensino de idiomas recebe a devida importância nas escolas? SD Infelizmente, muitos ainda entendem que aprender outra língua serve apenas para preencher lacunas ou cumprir uma legislação. Uma língua estrangeira serve para que o aluno possa aprender mais coisas, ela amplia seus horizontes e oportunidades. EP Para saber mais: targetidiomas.com.br Escolas buscam elevação da qualidade no ensino de línguas inglês que deve ser aprendido nas escolas não é mais de fachada. Não O basta decorar algumas expressões e regras gramaticais. É necessário saber apresentar e defender ideias com fluência e correção, negociar, dialogar, convencer, falar, ouvir, escrever. Enfim, o aluno deve se tornar um usuário competente da língua nas situações reais de uso. Mas ainda são poucas as escolas que conseguem elevar o ensino de inglês ou de outras línguas estrangeiras importantes ao mesmo patamar das outras disciplinas e os problemas passam pela falta de uma coordenação ou supervisão específica, por metodologias antiquadas, pela falta de formação continuada para os professores e pela má escolha de materiais pedagógicos. Entre as soluções mais eficazes que vêm sendo buscadas por escolas e faculdades reconhecidas de São Paulo está a adoção de uma coordenação externa ou a terceirização da área. A Target Idiomas, por exemplo, é a consultoria responsável pelo ensino de inglês em instituições como Escola da Vila, Escola Santi, Escola Maternal da Hebraica, bem como pelo treinamento para proficiência do corpo docente da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em todas as etapas, na proposta da Target Idiomas, é possível ver como as estratégias de ensino evoluíram para levar os alunos a serem usuários competentes do idioma estrangeiro. Na Escola da Vila, por exemplo, o trabalho inclui um curso que aborda temas transversais do currículo como Direitos Humanos e Meio Ambiente, totalmente em inglês, para alunos de 6 a 15 anos. Os alunos utilizam diferentes recursos pedagógicos desenvolvidos pela consultoria e aprendem de forma significativa, a partir de conexões diretas com as situações de vida real. Segundo as diretoras da Target Idiomas, Sandra Baumel Durazzo e Vera Richetti Lemos, a coordenação externa traz um resultado muito positivo por tirar as equipes de inglês do isolamento, permitindo uma interlocução diária e a integração ao projeto pedagógico da escola como um todo. Ao mesmo tempo, dá um sentido de sequência ao trabalho, ao longo das séries e das etapas escolares, tornando o ensino integrado, com objetivos e estratégias claramente definidas e avaliadas. Capacitação Quando o professor se torna aluno De acordo com a especialista Sandra Durazzo, o melhor curso de inglês é aquele que atende seus alunos em suas necessidades. Durante sua palestra, no Congresso Saber de 2012, ela respondeu perguntas dos professores que participaram de sua atividade. Entre outras coisas, Sandra afirmou que a muitos professores falta capacitação para atuar no ensino de uma língua estrangeira. Nesse caso, não basta apenas ter uma escola em que o planejamento pedagógico esteja no centro das discussões, porque o professor precisa buscar fazer algo a mais. Com uma metodologia própria, que busca a maximização dos pontos positivos e a minimização dos pontos negativos de outros métodos, a Ausländer Idiomas mescla as três metodologias mais utilizadas repetição, comunicativa e não linear para ajudar professores a atingir a proficiência necessária para melhorar seu desempenho como professores de língua estrangeira. Segundo o diretor-presidente da empresa, Andrez Bernardo, sua escola tem muitos professores de inglês e espanhol como alunos, uma vez que não obtiveram fluência durante a faculdade. O objetivo deles é adquirir total fluência escrita e falada no idioma escolhido, pois necessitam se comunicar em diversas situações de trabalho e do dia a dia, tanto de forma escrita quanto falada. PERSONALIZADO Segundo o diretor-presidente da Ausländer Idiomas, os cursos de escolas especializadas são um ótimo recurso para suprir a defazagem que alguns professores de língua estrangeira possuem ao sair da faculdade Quase todos os professores nos procuram porque não conseguiram sair com fluência da faculdade, por isso recorrem ao ensino de idiomas especializado, para suprir essa deficiência, tornando seus trabalhos muito mais eficazes, explica. Para Bernardo, o aluno da Ausländer vivencia situações diversas, para utilizar o idioma de forma intensa, não importando o quanto ele já saiba. Somente dessa forma tiramos o aluno da zona de conforto, mas sem causar frustração, diz Bernardo, que atua nesse mercado há mais de 10 anos, em Alphaville e região, ABC e Grande São Paulo, com cursos de inglês, espanhol, alemão, francês, italiano e português para estrangeiros. Quando um professor tem habilidade no idioma que escolheu para lecionar, fica mais fácil para a escola desenvolver seu projeto pedagógico, conclui. Mais: auslanderidiomas.com.br 18

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20 Educação Sexual Foto: sxc.hu SÍMBOLO Estrutura anatômica que representa a virgindade, o hímen causa dúvida, medo, insegurança e contradições entre os jovens O fantasma da virgindade * Maria Helena Vilela A honra e a dignidade de uma garota não são mais avaliadas pela inexperiência sexual, sinal de uma suposta pureza, como ocorria antigamente. No entanto, o fantasma da virgindade ainda ronda os jovens, causando dúvidas, medos, inseguranças e contradições, principalmente em relação à estrutura anatômica que representa a virgindade: o hímen. Por mais incrível que possa parecer para os adultos, inclusive professores que convivem diretamente com esta geração de jovens, as meninas temem que práticas como o uso de absorventes internos, ou mesmo a masturbação, possam romper o hímen. Há garotas que, para preservá-lo e se sentirem virgens, optam por outras formas de intimidade e prazer com o namorado, como o sexo oral. Ou pior: o sexo anal, de forma que aumentam as chances de contrair a AIDS. Há ainda aquelas que, por não resistirem ao sexo vaginal, tentam remediar a situação, buscando a cirurgia plástica para reconstruir o hímen. Mas o que amedronta mesmo é o mito da dor e a da desconfiança que pode abalar o relacionamento, caso não ocorra o sangramento. Os meninos, por sua vez, também se preocupam com o hímen. Alguns querem saber se há alguma forma de terem certeza, durante o ato sexual, de que a garota é virgem. Outros receiam machucar a namorada e querem saber como transformar a primeira vez da menina num momento agradável! E isto é muito importante. É preciso conversar com os jovens sobre o corpo da mulher, para diminuir a ansiedade gerada pelo momento e os fazer perceberem que é fundamental levar em consideração o envolvimento erótico, para a vagina se preparar para receber o pênis. Quando isto não está claro, a maioria acaba antecipando a penetração, gerando desconforto e dor na primeira relação sexual. O Hímen Uma película fina de 3 milímetros de espessura. Localizado na entrada da vagina, o hímen tem como função protegê-la, uma vez que, na infância, a menina não produz hormônios suficientes para se defender de possíveis infecções. O hímen possui abertura de vários tipos e recebe o nome de acordo com o formato do orifício: anular, bilabiado, cribriforme, septado, ou separado. Há ainda o complacente ou elástico, que por ter uma abertura maior, suporta a passagem do pênis sem se romper. Nem sempre sangra O sangramento na primeira vez depende do tipo de hímen e da localização do rompimento. Quando o hímen 20

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