Consultoria e Assessoria Técnica de Engenharia à SEA para Elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS)

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1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE SEA Consultoria e Assessoria Técnica de Engenharia à SEA para Elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) VOLUME 2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos TOMO II Agosto, 2013 Rev. 00 1

2 ÍNDICE TOMO II RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS- GRANDES GERADORES CONTEXTUALIZAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA FIGURA DO GRANDE GERADOR CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DOS RESÍDUOS DE GG MUNICÍPIOS FLUMINENSES QUE ADOTAM A CATEGORIA DE GG RIO DE JANEIRO...10 D) CARACTERIZAÇÃO GRAVIMÉTRICA DO LIXO EXTRAORDINÁRIO OS GRÁFICOS GRÁFICO E GRÁFICO A SEGUIR ILUSTRAM ESTA CONDIÇÃO NITERÓI DEMAIS MUNICÍPIOS COMENTÁRIOS FINAIS CONCLUSÕES RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS CONTEXTUALIZAÇÃO GERAÇÃO DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DA AGRICULTURA E AGROINDÚSTRIAS RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DA PECUÁRIA RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DE INDÚSTRIAS ASSOCIADAS À PECUÁRIA RESÍDUOS INORGÂNICOS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS RESÍDUOS INORGÂNICOS EMBALAGENS VAZIAS DE FERTILIZANTES INSUMOS VETERINÁRIOS NA PECUÁRIA RESÍDUOS DOMICILIARES DE ÁREAS RURAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA RESÍDUOS DE MINERAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO ASPECTOS GERAIS RELEVÂNCIA DOS SETORES RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO X BRASIL GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO RESÍDUOS ORIUNDOS DA MINERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS NÃO ENERGÉTICAS GERAÇÃO DE ESTÉREIS GERAÇÃO DE REJEITOS CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA RESÍDUOS INDUSTRIAIS CONTEXTUALIZAÇÃO PERFIL INDUSTRIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO GERAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS CONTEXTO ATUAL ÍNDICE DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS DESTINO FINAL CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES RESÍDUOS DE SERVIÇO DE TRANSPORTE

3 5.1. CONTEXTUALIZAÇÃO O CONCEITO ATUAL OS RISCOS ASSOCIADOS ASPECTOS LEGAIS O RESPEITO ÀS NORMAS CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE TRANSPORTE GENERALIDADES CLASSIFICAÇÃO CONAMA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE TRANSPORTES RESÍDUOS DE TRANSPORTES TERRESTRES TRANSPORTE RODOVIÁRIO TRANSPORTE FERROVIÁRIO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO TRANSPORTE AÉREO CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA RESÍDUOS DE SANEAMENTO BÁSICO CONTEXTUALIZAÇÃO CONTEXTO NACIONAL CONTEXTO ESTADUAL ABRANGÊNCIA INSTITUCIONAL DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO COBERTURA ESTADUAL DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS DE SANEAMENTO GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE SANEAMENTO DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS DE SANEAMENTO PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

4 TOMO II 1. RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS- GRANDES GERADORES 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO Via de regra, os resíduos gerados pelos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços têm as mesmas características dos resíduos conhecidos como "domiciliares ou domésticos", gerados em ambientes residenciais. No entanto, enquanto a geração per capita de resíduos domiciliares ou domésticos do cidadão comum situe-se, na maioria dos casos,entre 0,5 e 1,2 Kg por dia, os grandes estabelecimentos comerciais e os prestadores de serviços não produzem menos do que 25 Kg/dia de resíduos. Com base nesta diferença de valores de geração per capita, os municípios que adotaram a figura do Grande Gerador entendem que não é justo repassar ao cidadão comum os custos de coleta, tratamento e destino final dos resíduos gerados pelos Grandes Geradores, resíduos estes inerentes às suas atividades comerciais, cabendo a estes assumir tais despesas. Assim, a Lei Federal nº Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em seu art. 13 que estabelece a classificação dos resíduos sólidos, apresentou, na alínea "d" do Inciso I, uma nova categoria para enquadrar os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, em geral. Mas, em seu art. 10 a PNRS diz que a competência da gestão integrada dos resíduos sólidos gerado em seu território é do próprio Município. Porém, na alínea "b" do Inciso II, do art. 20, associada ao caput do art. 27, é conferido ao Poder Público Municipal respaldo legal para enquadrar os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços numa categoria diferenciada, responsabilizando-os pela elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e também "pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente". O enquadramento nesta nova categoria poderá ocorrer para qualquer estabelecimento que gere "resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal". Esta nova categoria, conhecida no meio técnico como Grande Gerador - GG, pode ser definida como qualquer estabelecimento comercial ou prestador de serviço que gere uma quantidade de resíduos similares ao lixo domiciliar acima do limite estipulado pelo órgão municipal responsável pela limpeza urbana, limite este que, nos municípios que criaram esta modalidade, varia de 150 a 250 litros (ou de 30 a 50 kg) por dia de coleta. 4

5 Junto com o enquadramento nesta nova categoria, ficou estabelecido que todas as empresas classificadas como Grande Gerador passariam a se responsabilizar pelo adequado manejo de seus resíduos sólidos, desde o acondicionamento na fonte, até a correta destinação final. Porém, é de fundamental importância que se observe que as disposições da PNRS, apesar de necessárias, não são suficientes para caracterizar a figura do Grande Gerador; havendo a necessidade de se estabelecer uma lei municipal que defina, diretamente ou através de seu decreto regulamentador, os limites aplicáveis aos estabelecimentos comerciais. Mesmo que estes limites estejam definidos no Plano Municipal de Resíduos Sólidos (como determina a PNRS no Inciso IV do art.19), é conveniente que eles sejam respaldados por uma Lei Municipal específica, a menos que o próprio Plano Municipal tenha sido aprovado em forma de lei. Atualmente, apesar de todas as vantagens que o enquadramento dos estabelecimentos comerciais traz para os órgãos públicos de limpeza urbana, apenas algumas poucas capitais e cidades de porte médio se utilizam desta figura jurídica para minimizar seus custos operacionais. Como é de conhecimento geral, já é difícil a obtenção de dados quantitativos confiáveis relativos a resíduos sólidos urbanos. Quando se particulariza para um segmento mais específico, esta dificuldade aumenta muito, notadamente nos municípios de pequeno e médio porte. Assim, em lugar de se ater a números de baixa confiabilidade, o relatório em pauta, além de apresentar os números disponíveis, se preocupou em buscar as causas geradoras da não adoção da figura jurídica do Grande Gerador pela quase totalidade dos municípios fluminenses, já que a Política Nacional de Resíduos Sólidos dá respaldo legal para esta adoção FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA FIGURA DO GRANDE GERADOR O marco jurídico nacional incidente sob o tema, especialmente as Leis Federais nº e nº 445 e respectivos decretos regulamentadores, indicam os espaços para que os municípios cobrem, dos Grandes Geradores, taxas ou tarifas até um limite definido em lei específica, ou indique que estes são responsáveis pela disposição final de seus resíduos. Logo, vale destacar o seguinte trecho da Lei Federal nº : "Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos (INCLUI A FORMA DE COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL): I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e k do inciso I do art. 13; 5

6 II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; Da mesma forma, vale destacar o seguinte trecho do Decreto Federal nº (regulamentador da Lei Federal nº ): "Art. 50. Os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos serão elaborados consoante o disposto no art. 19 da Lei nº , de II - empreendimentos sujeitos à elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos. Art. 51. Os Municípios com população total inferior a vinte mil habitantes, apurada com base nos dados demográficos do censo mais recente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia Estatística IBGE poderão adotar planos municipais simplificados de gestão integrada de resíduos sólidos. 1º Os planos municipais simplificados de gestão integrada de resíduos sólidos referidos no caput deverão conter: IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao plano de gerenciamento ou ao sistema de logística reversa, conforme os arts. 20 e 33 da Lei nº , de 2010, observadas as disposições deste Decreto e as normas editadas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS; Art. 58. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos dos empreendimentos listados no art. 20 da Lei nº , de 2010, poderá prever a participação de cooperativas ou de associações de catadores de materiais recicláveis no gerenciamento dos resíduos sólidos recicláveis ou reutilizáveis, quando: I - houver cooperativas ou associações de catadores capazes técnica e operacionalmente de realizar o gerenciamento dos resíduos sólidos; II - utilização de cooperativas e associações de catadores no gerenciamento dos resíduos sólidos for economicamente viável; e III - não houver conflito com a segurança operacional do empreendimento." Nesse sentido, também cabe também destacar o Decreto Federal nº 7217: "Da Sustentabilidade Econômico-Financeira dos Serviços: 6

7 Art. 45. Os serviços públicos de saneamento básico terão sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração que permita recuperação dos custos dos serviços prestados em regime de eficiência: II - de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades; e Seção II Da Remuneração pelos Serviços Art. 46. A instituição de taxas ou tarifas e outros preços públicos observará as seguintes diretrizes: II - ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços; IV - inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos; VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços; Parágrafo único. Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços. Art. 47. A estrutura de remuneração e de cobrança dos serviços poderá levar em consideração os seguintes fatores: I - capacidade de pagamento dos consumidores; II - quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço, visando à garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção do meio ambiente; III - custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e qualidade adequadas; IV - categorias de usuários, distribuída por faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de consumo; Por fim, não se pode deixar de mencionar que a PNRS estabelece, no 2º do Art. 27, que as etapas do Plano de Gerenciamento "sob responsabilidade do gerador que forem 7

8 realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no 5º do Art. 19" CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DOS RESÍDUOS DE GG Como se disse ao início deste relatório, os resíduos gerados pelos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, também conhecidos como Lixo Extraordinário na Cidade do Rio de Janeiro, têm as mesmas características dos resíduos conhecidos como lixo domiciliar ou doméstico. Entretanto, não existem dados específicos sobre a composição gravimétrica do lixo extraordinário, e, mesmo que existissem, eles não poderiam ser extrapolados para outras localidades devido à grande variedade de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, cada um deles gerando resíduos com suas próprias particularidades. Apenas para exemplificar, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro - COMLURB, executou, no ano de 2012, a avaliação gravimétrica dos resíduos oriundos dos Grandes Geradores localizados na Área de Planejamento 1, que abrange o Centro da Cidade e a Zona Portuária, cuja composição pode ser observada no Quadro abaixo: QUADRO Caracterização Gravimétrica da Área de Planejamento 1 (Centro e Portuária) em 2012 COMPONENTES PERCENTUAL Matéria Orgânica 53,0 Papel / Papelão 16,6 Plástico 19,7 Metal 1,5 Vidro 3,0 Outros 6,2 FONTE: COMLURB, TOTAL 100,0 8

9 Ainda, de forma generalista, com base na gravimetria realizada pela COMLURB, podem ser feitas algumas considerações sobre as características do lixo extraordinário em função da natureza do estabelecimento comercial, tais como: Maior proporção de matéria orgânica: bares, restaurantes, peixarias, floriculturas, lanchonetes, padarias e outros comércios de alimentos. Maior proporção de papelão: supermercados, bares, restaurantes e comércios de eletrodomésticos e móveis, por exemplo. Maior proporção de madeira e plástico: frutarias e peixarias, por exemplo. Maior proporção de papel: bancos, repartições públicas, escritórios, instituições de ensino, entre outros. Os dados do estudo gravimétrico realizado pela COMLURB apontam para um montante superior a 40% de materiais recicláveis na composição dos resíduos oriundos dos Grandes Geradores. Esses dados corroboram o disposto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei /10) no que tange a participação de cooperativas ou de associações de catadores de materiais recicláveis no gerenciamento dos resíduos sólidos recicláveis ou reutilizáveis, a fim de promover a destinação adequada dos resíduos provenientes dos Grandes Geradores MUNICÍPIOS FLUMINENSES QUE ADOTAM A CATEGORIA DE GG Pesquisas realizadas junto aos sites das prefeituras e junto às empresas particulares que operam com Grandes Geradores, indicam que, no Estado do Rio de Janeiro, apenas a Cidade do Rio de Janeiro e o Município de Niterói possuem a figura legal do Grande Gerador. Também o município de Saquarema, através da Lei 1.055, de 19 de março de 2010 (que institui o Código Municipal de Meio Ambiente) define, no 1º do art. 19, que: "Deverá ser removido, por conta do proprietário, qualquer resíduo que não seja domiciliar (de fábricas, oficinas e quintais particulares como entulhos, resíduos da construção civil e restos vegetativos), bem como os comerciais acima de 100 kg, os industriais e os de serviço de saúde, salvo convênio". Conforme já relatado, formalmente constituída e administrada como tal, a figura do grande Gerador só acontece nos municípios da Cidade do Rio de Janeiro e de Niterói. Em outros municípios observa-se a prática, não regulamentada, da coleta e destinação dos resíduos dos grandes geradores- shoppings, supermercados, restaurantes, hotéis e outros- que contratam diretamente empresas privadas, ou utilizam os serviços locais de limpeza urbana na realização destes serviços. Como não existe a definição da figura do grande gerador em sua legislação, ou falta regulamentação, o município deixa de arrecadar um 9

10 recurso extra que poderia ser abatido de suas despesas com a gestão de seus resíduos, beneficiando a população como um todo. Também verificou-se que os municípios de Duque de Caxias e Belford Roxo estão analisando a possibilidade de adotar formalmente a figura do Grande Gerador em seus territórios. Nos tópicos a seguir estão apresentados os dados e informações inerentes aos dois únicos municípios fluminenses que efetivamente criaram a figura jurídica de Grande Gerador através de leis municipais RIO DE JANEIRO a) Aspectos Históricos A empresa pública que primeiro se utilizou desta classificação foi a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro - COMLURB, em idos de É intuitivo que o ônus gerado pela nova prática fez com que os estabelecimentos comerciais recorressem da decisão pública e, com base na própria definição da categoria, as empresas pleitearam pagar apenas pelo volume que excedesse o limite fixado na norma municipal, que, à época, era de 60 litros. Tal pleito foi acatado e, durante muitos anos, a COMLURB coletava o lixo até o volume fixado pela norma e as empresas particulares de coleta de lixo extraordinário recolhiam o volume restante. O controle desta operação era feito através de amostragens e medições realizadas periodicamente pela equipe de fiscalização da COMLURB. Esta situação durou quase 10 anos, quando, em 1998, um parecer jurídico da equipe de advogados da Companhia serviu de base para o decreto municipal que estipulou que o manejo de todo o lixo produzido pelo Grande Gerador seria de sua inteira e exclusiva responsabilidade. Este decreto serviu de base para a disseminação da categoria de Grande Gerador em todo o país, sendo utilizado como modelo para todos os decretos municipais que implantaram esta categoria em outras cidades brasileiras. b) Aspectos Legais Conforme apresentado anteriormente, o Rio de Janeiro foi o primeiro município brasileiro a adotar a figura do Grande Gerador. A primeira referência oficial, ainda incipiente, à figura do Grande Gerador se dá através do Decreto Municipal nº 9.287, de 23 de abril de 10

11 1990 (em anexo), que aprova os Regulamentos de Limpeza Urbana e de Controle de Vetores do Município do Rio de Janeiro. Neste Decreto, o Prefeito da Cidade dá à COMLURB poderes para "autorizar" quais estabelecimentos comerciais efetuem a coleta e destinação final de seus resíduos por conta própria, independentemente do pagamento da Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública (TCLLP) componente do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU. Esta indefinição de quem seria poderia ser "autorizado" a contratar a coleta de seus próprios resíduos só veio a ser sanada através da Lei Municipal nº 2.630, de 22 de maio de 1998, onde fica claramente definido o limite diário de "cento e vinte litros de volume ou de sessenta quilo gramas de peso" para os chamados Grandes Geradores. Posteriormente, a Lei de Limpeza Urbana (Lei Municipal nº 3.273, de 6 de setembro de 2001, em anexo) ratifica a definição de Grande Gerador - GG em seus artigos 7º e 8º e complementa o conceito de GG apresentando as responsabilidades dos estabelecimentos enquadrados nesta categoria através do Capítulo VI - Sistema de Remoção dos Resíduos Sólidos Especiais (artigos 61 a 70). A caracterização dos GG pela Lei de Limpeza Urbana permanece vigendo até os dias de hoje. Outro aspecto a ser considerado é que, na Cidade do Rio de Janeiro, ao contrário de outras capitais, a figura do GG está associada a um único cadastro de IPTU. Tal fato se mostrou relevante quando se tentou enquadrar como GG alguns centros comerciais com diversas lojas comerciais, cada qual com o seu proprietário e o seu IPTU. Levado à instância judicial, as lojas tiveram ganho de causa por que cada uma delas, de forma independente, não gerava acima dos limites definidos por lei, embora o somatório do centro comercial extrapolasse em muito os valores-limite. Assim, na Cidade do Rio de Janeiro, só é considerado Grande Gerador o estabelecimento comercial que, individualmente, gerar resíduos em quantidade acima do limite legalmente especificado. Entretanto, convém ressalvar que a Cidade de São Paulo considera prédios de ocupação mista como Grandes Geradores, conforme definido pela Lei Municipal /09, a saber: Também são considerados grandes geradores, condomínios de edifícios nãoresidenciais ou de uso misto, em que a soma dos resíduos sólidos tipo domiciliar (Classe 2, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas), gerados pelos condôminos, atinja o volume médio diário igual ou superior a (mil) litros. Por este conceito, prédios mistos cariocas com 12 estabelecimentos comerciais gerando 120 litros por dia, cada, seriam considerados como GG, embora, individualmente, nenhum estabelecimento exceda o limite de 120 litros de resíduos por dia. 11

12 Para finalizar esta síntese do aspecto legal, cabe mencionar que a Cidade do Rio de Janeiro, através da Lei Municipal 5.538, de 31 de outubro de 2012 (Anexo 5), tornou obrigatória a implantação de lixeiras coloridas, em concordância com a Resolução nº 275/2001 do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, nos estabelecimentos Grandes Geradores, obrigando estes estabelecimentos a efetuar a separação dos resíduos gerados em cada um de seus setores em, no mínimo, cinco tipos diferentes, a saber: papel, vidro, metal, plástico e não recicláveis. c) Quantidades Os dados fornecidos pela COMLURB abrangem o período de 1993 (início da recuperação ambiental e operacional dos aterros da COMLURB) até 2008, quando o INEA proibiu a disposição final de lixo extraordinário nos aterros da companhia (à época os aterros de Gramacho e Gericinó), tendo em vista a curta vida útil destas unidades. A partir desta data, a COMLURB parou de controlar as quantidades de GG coletadas no município, já que não havia meios de obter informações fidedignas sobre o volume de lixo extraordinário disposto nos diferentes aterros sanitários da Região Metropolitana. As quantidades medidas pela COMLURB acham-se apresentadas na tabela a seguir: QUADRO 1.4-1: DADOS DE QUANTITATIVOS DE GG MEDIDOS PELA COMLURB, Ano Domiciliar G.Gerador Total Percentual ,0% ,5% ,1% ,3% ,1% ,2% ,1% 12

13 ,6% ,0% ,5% ,6% ,5% ,6% ,3% ,3% ,9% FONTE: COMLURB - DIRETORIA TÉCNICA E INDUSTRIAL, Por outro lado, apesar de haver uma Deliberação da Comissão Estadual de Controle Ambiental - CECA (Deliberação CECA/CLF 5.071, de 11 de novembro de 2008) que obriga os Grandes Geradores a preencher o Manifesto de Resíduos, também o INEA não possui controle do volume de lixo extraordinário, tendo em vista a quantidade de informações e a falta de informatização dos dados recebidos. Para efetuar a coleta desta quantidade de lixo extraordinário, a COMLURB credencia empresas particulares, especializadas em coleta de lixo, através de uma série de exigências relacionadas na Portaria N COMLURB n 001 de 30 de agosto de 2010 (Anexo 4). Até o final do ano de 2012, haviam 34 empresas credenciadas na COMLURB para realizar a remoção do lixo extraordinário na Cidade do Rio de Janeiro. d) Caracterização Gravimétrica do Lixo Extraordinário 13

14 A COMLURB efetuou, no ano de 2010, uma análise gravimétrica do lixo extraordinário coletado em diversos bairros da cidade, cujos resultados são apresentados na tabela a seguir. COMPONENTES MÉDIA ARITMÉTICA (%) Papel 19,24 Papelão 8,54 Tetrapack 1,39 Total Papel 29,17 Plástico Duro 8,18 Plástico Filme 9,25 PET 3,25 Total Plástico 20,68 Vidro Claro 0,81 Vidro Escuro 1,76 Total Vidro 2,57 Matéria Orgânica Putrescível 29,31 Agregado Fino 8,22 Total Orgânico 37,53 Metal Ferroso 1,53 Metal Não Ferroso 1,24 Total Metais 2,77 Pedra / Areia 0,56 14

15 Louça / Cerâmica 0,01 Total Inertes 0,57 Outros 6,71 TOTAL GERAL 100,00 Peso Específico 122,72 FONTE: COMLURB, 2010 Como pode ser visto, estes resultados indicam um elevado teor de componentes recicláveis, que poderá chegar à casa dos 45 / 50% se for efetuada uma correta segregação na fonte. Os gráficos Gráfico e Gráfico a seguir ilustram esta condição. GRÁFICO GRAVIMETRIA DO LIXO EXTRAORDINÁRIO DO RIO DE JANEIRO. FONTE: COMLURB,

16 GRÁFICO TEOR DE RECICLÁVEIS NO LIXO EXTRAORDINÁRIO DO RIO DE JANEIRO. FONTE: COMLURB, 2010 e) Análise dos Dados Levantados As informações obtidas permitem afirmar que, com a implantação da categoria de Grande Gerador, a COMLURB vem economizando, em média, 17% do total anual de lixo domiciliar coletado, transportado e destinado. Isto significa, em moeda corrente e a valores presentes, a uma economia anual superior a 36 milhões de reais. Porém, como em todas as atividades que oneram as empresas, existem os problemas inerentes à fuga do compromisso formal, com diversificadas e criativas tentativas de burla da lei, não sendo diferente com os Grandes Geradores. A simples observação da queda dos números apresentados na tabela anterior evidencia esta fuga. Porém, mesmo que se considere uma certa perda pela mistura do lixo extraordinário ao lixo domiciliar, a economia verificada justifica não só a criação da categoria de Grande Gerador, como a contratação e manutenção de uma eficiente equipe de fiscalização. Por fim, cabe mencionar que, no geral, as reações negativas foram pontuais, não acarretando nenhum prejuízo político para a Prefeitura. Ao contrário, a reação da população à cobrança dos serviços de lixo extraordinário foi extremamente favorável no cômputo geral. 16

17 NITERÓI a) Aspectos Legais A adoção da categoria de Grande Gerador pelo Município de Niterói é bem mais recente que a do Rio de Janeiro, datando de dezembro de 2009, através da Lei Municipal nº 2.685, de 30 de dezembro de 2009, que altera e dá redação final à Lei Municipal n 1.212, de 21 de setembro de 1993 (Anexo 6). Através desta Lei, a figura do Grande Gerador já fica caracterizada como sendo todo e qualquer estabelecimento comercial que gere acima de 120 litros de resíduos sólidos por dia e também responsabiliza cada um destes Grandes Geradores pelo acondicionamento, coleta, transporte e destinação final de seus resíduos. Além disto, dispõe que a Companhia de Limpeza Urbana de Niterói CLIN seria a responsável por normatizar os procedimentos relativos ao correto manejo destes resíduos. Assim, em 24 de março de 2010, a CLIN publica sua Resolução n 001/2010 (Anexo 7), onde estabelece todas as condições de coleta do lixo extraordinário, ao lado de outros tipos de resíduos considerados especiais. Porém, no sentido da criação da figura do GG no Município de Niterói, a CLIN visitou os principais estabelecimentos que seriam afetados pelas novas mudanças, onde promoveu palestras de esclarecimentos junto a entidades de classe representativas dos eventuais e possíveis futuros GG e que trabalhou junto às empresas de coleta de lixo para facilitar e dar velocidade ao processo de credenciamento das mesmas, permitindo um amplo mercado de contratações que dava margem aos GG s de negociar os serviços pelo melhor preço (a uma faixa de R$15,00 por contêiner de 120 litros no ano de 2013). Observe-se, ainda, que, embora datada de março de 2010, a Resolução CLIN só passa a viger a partir de maio de 2010 para determinados estabelecimentos e a partir de julho para os restantes, dando tempo para que os estabelecimentos se adequassem à nova lei, momento em que a CLIN promoveu trabalho de conscientização junto aos grandes geradores. O resultado da estratégia adotada foi a adesão espontânea de quase todos os Grandes Geradores, com o apoio da população em geral e da mídia em particular. Poucos anos após a entrada em vigor do citado arcabouço legal e normativo que cria a figura do Grande Gerador no município de Niterói, verificou-se o pequeno índice de evasão dos GG s. b) Quantidades Os dados fornecidos pela CLIN abrangem os anos de 2011e 2012, dados estes fornecidos pelas empresas de coleta de lixo extraordinário, onde informam que no ano de 2011 foram coletados toneladas e, no ano de 2012, toneladas de resíduos 17

18 de grandes geradores foram coletados pelas empresas de coleta de lixo extraordinário, para uma geração anual média toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos no município de Niterói. Estes valores, embora sem a precisão desejável, indicam índices de 18,9% em 2011 e 21,2% em 2012, compatíveis com as informações prestadas pela COMLURB. Para efetuar a coleta desta quantidade de resíduos, a CLIN credencia empresas particulares, especializadas em coleta de lixo, através das exigências relacionadas na própria Resolução nº 001/2010, onde, até o final do ano de 2012, haviam 25 empresas credenciadas para realizar a remoção do lixo extraordinário. c) Análise dos Dados Levantados As informações obtidas nos permitem afirmar que com a implantação da categoria de Grande Gerador, a CLIN vem economizando, em média, 20% do total anual de lixo domiciliar coletado, transportado e destinado, representando, em moeda corrente e a valores presentes, a uma economia anual superior a 2 milhões de reais. Porém, a economia realizada pela CLIN não se restringe somente à quantidade de lixo que ela deixa de coletar e destinar. Valendo-se do fato de que a coleta do lixo é uma atribuição do Município, a CLIN caracteriza o credenciamento de empresas particulares como uma concessão e cobra das empresas, a título desta concessão, o valor equivalente a 10% (dez por cento) do total arrecadado com a prestação de serviços de coleta e destinação do lixo extraordinário. Supondo-se que o valor de R$15,00 por contêiner de 120 litros seja a média cobrada pelas empresas, a CLIN teria arrecadado, no ano de 2011, não menos que 1,25 milhões de reais (considerando um peso específico médio para o lixo solto igual a 0,25 t/m³). Como mencionado anteriormente, os problemas inerentes à fuga do compromisso formal, são menores do que no Rio de Janeiro, mas também existem, principalmente por parte de funcionários da contratada que aceitam propinas para levar o lixo extraordinário nos veículos de lixo domiciliar DEMAIS MUNICÍPIOS a) Aspectos Legais e Políticos Conforme informado anteriormente, no Estado do Rio de Janeiro não existem outros municípios que criaram a figura legal do Grande Gerador, ainda que existam outros municípios que permitam que empresas particulares operem em seu território municipal, porém sem a regulamentação da atividade a exemplo do Rio de Janeiro e de Niterói. 18

19 Em termos legais, após e entrada em vigor da Lei Federal nº /2010, não há mais nenhum tipo de restrição à implantação da categoria de GG. A maior parte das capitais brasileiras já adotou este conceito sem nenhum tipo de restrição ou embargo judicial. Porém, publicações da década de 1990, fazem menção a uma teoria sobre a rejeição a ideias de políticas públicas: a Teoria dos 3I s. Segundo esta teoria, uma ideia de política pública será rejeitada se ela interferir com uma destas três causas: Incômodo: se a adoção da ideia incomoda ou dá trabalho para os demais agentes envolvidos; Ignorância: se os demais agentes envolvidos ignoram os benefícios advindos da ideia adotada; Interesse: se a adoção da ideia interfere com os interesses econômico-financeiros dos demais agentes envolvidos. Uma rápida análise destas situações permite visualizar que o incômodo não é uma das causas de rejeição do conceito de GG, tendo em vista que não há acréscimo de trabalho para a população, nem para os estabelecimentos comerciais. No entanto, verificou-se que as causas que se mostraram compatíveis com a falta de adesão de quase totalidade dos municípios fluminenses à categoria de grande gerador foram: a ignorância do que a figura do GG representa e da economia que ela acarreta ao sistema de limpeza pública; e o medo da repercussão política negativa, tendo em vista que boa parte dos estabelecimentos passíveis de serem enquadrados como GG são fortes fontes de financiamento de campanhas políticas (interferência com os interesses econômicos), sobretudo nos municípios de menor porte b) Aspectos Técnico-Econômicos Como se viu ao longo do texto, as vantagens de se adotar a figura do GG são inegáveis, principalmente sob o enfoque econômico, já que a adoção do GG propicia uma redução da ordem de 20% nos custos operacionais de coleta. Sob o aspecto técnico, as vantagens recaem no fato de o poder público se desobrigar de efetuar a coleta do lixo extraordinário, permitindo que, com o mesmo nível orçamentário, a limpeza urbana seja ampliada e levada a comunidades de baixa renda. Entretanto, a maior vantagem técnica ocorre para os municípios de características eminentemente turísticas, onde a quantidade de resíduos sólidos gerada chega a triplicar na época de veraneio. 19

20 Em termos atuais, para atender a este acréscimo de demanda, as prefeituras têm que se reestruturar completamente, via de regra, através da contratação de veículos extraordinários que, se aproveitando da situação, cobram valores acima da média do mercado. E esta situação ainda retrata o melhor lado da questão, ou melhor o lado menos ruim, porque muitas vezes os proprietários dos veículos preferem alugar suas viaturas para fins mais lucrativos, como o transporte de materiais de construção, deixando a prefeitura sem condições de realizar uma coleta adequada do lixo domiciliar. Porém, quando se observa com atenção este problema, verifica-se que os agentes causadores desta elevação de demanda são, em sua maioria, Grandes Geradores, como supermercados, restaurantes, hotéis, pousadas, shoppings e outros prestadores de serviços. Assim, se a Prefeitura optar por criar a figura do GG, ela se responsabilizará somente por uma pequena fração do lixo excedente, deixando para as empresas de coleta de lixo extraordinário o problema de se adequar à demanda. Quando analisado estritamente sob o lado econômico do Grande Gerador, a criação da figura do GG tem um enorme reflexo técnico para a administração pública, pois a empresa enquadrada como GG terá o maior interesse em seguir rigorosamente as diretrizes da PNRS, ou seja, procurarão não gerar resíduos e, dos resíduos inevitavelmente gerados, procurarão reciclar e recuperar, antes de encaminhar para o aterro sanitário. Com isto, a vida útil destas unidades também será afetada, acarretando num substancial aumento. Por outro lado, não se pode deixar de levantar a questão da atratividade de mercado, ou seja, as empresas coletoras só se interessarão em criar uma infraestrutura nos municípios onde a quantidade de lixo extraordinário viabilizar esta operação. Portanto, pode-se afirmar que nos municípios de pequeno porte, a Prefeitura deverá se adequar tecnicamente para atender com qualidade aos Grandes Geradores, tendo em vista que eles estarão pagando mais que os contribuintes normais e que, por ausência de empresas coletoras, terão que contratar a própria Prefeitura para realizar sua coleta. Considerando que, nesta situação, a Prefeitura estará criando um mercado para sua própria atuação, recomenda-se que a adoção da figura do GG nos municípios de pequeno porte seja precedida de uma cuidadosa avaliação jurídica, de modo a evitar futuras impugnações por parte das empresas afetadas. Da mesma forma, recomenda-se que esta avaliação inclua a análise de uma possível bitributação, já que, na maioria dos municípios fluminenses, há a cobrança de uma taxa de coleta de lixo junto com o IPTU. c) Aspectos Ambientais Do ponto de vista técnico ambiental para a gestão dos resíduos sólidos, a adoção da figura do Grande Gerador, deve ser encarada como uma forma eficiente de garantir a 20

21 viabilidade da gestão de uma quantidade significativa de lixo extraordinário, de forma a possibilitar que a disposição final de resíduos sólidos seja reduzida, com implicações no aumento da vida útil dos aterros sanitários e consequentemente na melhoria nas condições ambientais, social e de saúde pública. É ordem prioritária a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, com a valorização de políticas para a coleta seletiva, recuperação e aproveitamento energético (quando comprovada a viabilidade técnica e ambiental), tudo com constante envolvimento social. Em que pese o fato da proporção de materiais recicláveis nesse montante de lixo extraordinário, é possível depreender que a reciclagem é o processo pelo qual os materiais oriundos de GG voltem a serem utilizados como insumo e/ou matérias primas nos processos produtivos, para obtenção de um novo produto que será novamente introduzido no mercado, o que minimiza custos de produção e impactos ambientais. d) Quantidades No quadro a seguir, apresenta-se uma estimativa da geração de lixo extraordinário a partir da geração de RSU, considerando que a geração de lixo extraordinário corresponde a 18% do total de lixo com tipologia domiciliar. Neste quadro, também se efetua uma prospecção relativa aos municípios que serão alvo do interesse das empresas de coleta de lixo extraordinário, partindo da premissa de que o mercado de coleta de lixo só se torna interessante para estas empresas a partir de uma geração de lixo extraordinário de 20 t/dia. Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Angra dos Reis 133,90 24,10 Sim Aperibé 6,84 1,23 Não Araruama 91,58 16,48 Não 21

22 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Areal 6,85 1,23 Não Armação de Búzios 31,14 5,61 Não Arraial do Cabo 26,61 4,79 Não Barra do Piraí 69,89 12,58 Não Barra Mansa 160,34 28,86 Sim Belford Roxo 525,65 94,62 Sim Bom Jardim 10,69 1,92 Não Bom Jesus de Itabapoana 21,55 3,88 Não Cabo Frio 126,44 22,76 Sim Cachoeiras de Macacu 32,86 5,91 Não Cambuci 7,23 1,30 Não Campos dos Goytacazes 368,48 66,33 Sim 22

23 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Cantagalo 9,53 1,72 Não Carapebus 8,96 1,61 Não Cardoso Moreira 6,04 1,09 Não Carmo 8,89 1,60 Não Casimiro de Abreu 20,25 3,65 Não Comendador Levy Gasparian 5,27 0,95 Não Conceição de Macabu 13,94 2,51 Não Cordeiro 14,10 2,54 Não Duas Barras 5,03 0,91 Não Duque de Caxias 1.005,52 180,99 Sim Engenheiro Paulo de Frontin 6,76 1,22 Não Guapimirim 34,82 6,27 Não 23

24 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Iguaba Grande 16,45 2,96 Não Itaboraí 165,87 29,86 Sim Itaguaí 95,87 17,26 Não Italva 7,17 1,29 Não Itaocara 11,78 2,12 Não Itaperuna 68,04 12,25 Não Itatiaia 18,63 3,35 Não Japeri 76,39 13,75 Não Laje do Muriaé 3,83 0,69 Não Macaé 190,69 34,32 Sim Macuco 2,80 0,50 Não Magé 174,34 31,38 Sim 24

25 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Mangaratiba 28,59 5,15 Não Maricá 106,67 19,20 Talvez Mendes 12,21 2,20 Não Mesquita 154,91 27,88 Sim Miguel Pereira 15,48 2,79 Não Miracema 17,32 3,12 Não Natividade 8,67 1,56 Não Nilópolis 124,37 22,39 Sim Nova Friburgo 130,69 23,52 Sim Nova Iguaçu 921,45 165,86 Sim Paracambi 29,62 5,33 Não Paraíba do Sul 25,67 4,62 Não Paraty 19,11 3,44 Não Paty do Alferes 12,82 2,31 Não Petrópolis 250,34 45,06 Sim Pinheiral 13,88 2,50 Não 25

26 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) Piraí 17,09 3,08 Não Porciúncula 9,17 1,65 Não Porto Real 10,56 1,90 Não Quatis 7,70 1,39 Não Queimados 104,85 18,87 Talvez Quissamã 8,45 1,52 Não Resende 89,86 16,17 Não Rio Bonito 30,12 5,42 Não Rio Claro 8,54 1,54 Não Rio das Flores 3,87 0,70 Não Rio das Ostras 77,93 14,03 Não Santa Maria Madalena 3,97 0,71 Não Santo Antonio de Pádua 21,77 3,92 Não São Fidélis 19,88 3,58 Não São Francisco do Itabapoana 14,76 2,66 Não São Gonçalo 1.108,89 199,60 Sim São João da Barra 19,01 3,42 Não São João de Meriti 389,87 70,18 Sim 26

27 Estimativa Município Lixo Total (t/dia) de Lixo Extraordinário Interesse das Empresas (t/dia) São José de Ubá 1,92 0,35 Não São José do Vale do Rio Preto 6,30 1,13 Não São Pedro da Aldeia 57,50 10,35 Não São Sebastião do Alto 3,37 0,61 Não Sapucaia 9,69 1,74 Não Saquarema 57,77 10,40 Não Seropédica 45,64 8,22 Não Silva Jardim 11,28 2,03 Não Sumidouro 3,48 0,63 Não Tanguá 17,28 3,11 Não Teresópolis 116,97 21,05 Sim Trajano de Moraes 3,44 0,62 Não Três Rios 58,63 10,55 Não Valença 45,42 8,18 Não Varre-Sai 4,00 0,72 Não Vassouras 15,78 2,84 Não Volta Redonda 219,03 39,43 Sim 27

28 OBS.: NÃO CONSTAM DO QUADRO OS MUNICÍPIOS DE NITERÓI E RIO DE JANEIRO, POR JÁ POSSUÍREM A FIGURA LEGAL DO GRANDE GERADOR. FONTES: PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO IBGE, 2010; PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS/UERJ, 2010; E PESQUISA DIRETA ECOLOGUS. e) Análise dos Dados Calculados A partir dos cálculos efetuados, chega-se à conclusão de que a adoção da figura do GG nos demais municípios do Rio de Janeiro traria para os cofres públicos uma economia anual superior a 30 milhões de reais, sem considerar a cobrança de taxa pela concessão do serviço de coleta de lixo extraordinário. Considerando esta cobrança, a economia poderia alcançar a cifra de 50 milhões de reais COMENTÁRIOS FINAIS Como se pode observar nos Municípios do Rio de Janeiro e Niterói, a implantação da figura do Grande Gerador no município sempre está associada a uma evasão da quantidade de lixo extraordinário, tendo em vista que sempre existirão empresas e empresários que tentarão burlar a legislação vigente. Também fica claro que o lixo extraordinário evadido será descartado necessariamente em locais inadequados, contribuindo para aumentar a poluição ambiental e agravando sobremodo os problemas de enchentes e deslizamento de encostas. Entretanto, esta parcela de lixo, além de ser de pequena monta, pode ser controlada através de uma fiscalização de rotina, não invalidando os benefícios ambientais advindos de sua implementação. Dentre os principais benefícios ambientais, podem ser citados: a) melhora as condições para a correta gestão dos resíduos gerados, facilitando as tarefas de controle e inspeção por parte do órgão público; b) propicia o desenvolvimento da coleta seletiva incentivando a segregação dos resíduos na fonte. No que concerne ao primeiro aspecto, basta lembrar que a fiscalização do poder público pode ficar limitada às empresas transportadoras. Efetuando um simples cruzamento das informações prestadas pelos transportadores com o cadastro de Grandes Geradores da Prefeitura, o órgão de limpeza pode evitar os desvios e fraudes de geradores sem escrúpulos. 28

29 Por outro lado, efetuando o cruzamento das informações dos operadores de aterros, o órgão municipal identificará rapidamente os transportadores que tentarem burlar o sistema de fiscalização. Com isso, a Prefeitura estará garantindo que a totalidade do lixo extraordinário terá manejo adequado e destinação ambientalmente correta. Quando se analisa o segundo aspecto, nota-se que o GG terá o maior interesse em minimizar o seu custo, o que somente será conseguido se ele implementar o Princípio dos 3 R s, a saber: Reduzir a geração de resíduos; Reaproveitar os resíduos dentro das suas atividades principais; e Reciclar os resíduos para que sejam reincorporados ao ciclo produtivo. Associe-se a estes procedimentos ecologicamente corretos o fato de que o GG passará a ser parte integrante e atuante dos ciclos de logística reversa, pois assim estará minimizando a quantidade de resíduos sob sua responsabilidade CONCLUSÕES Como se viu ao longo do texto, as vantagens da figura do Grande Gerador para o órgão municipal de limpeza urbana são incontestáveis e irrefutáveis. Porém, é muito importante que sua implantação seja feita de forma correta e adequada, de modo a evitar reações negativas que podem prejudicar sua operação futura. Entretanto, se por um lado a adoção dos GG traz enormes benefícios para o setor operacional do órgão de limpeza urbana, por outro lado ela irá sobrecarregar o setor de fiscalização, tendo em vista que a ausência de um controle quantitativo facilita as práticas desonestas, seja pelo lançamento dos resíduos em vazadouros e lixões, seja pela mistura do lixo extraordinário no montante coletado pela Prefeitura (prática mais comum no caso dos GG) ou ainda, o que seria pior, pelo lançamento do lixo extraordinário em rios e encostas de morros. A este respeito cabe observar que duas situações são possíveis. Na primeira hipótese, quando a coleta regular é paga por tonelada coletada, o contratado tem todo o interesse em receber o lixo dos GG misturado ao lixo domiciliar para aumentar o seu faturamento. Na outra alternativa, que seria a coleta regular paga através de mensalidades fixas, não existe o interesse da terceirizada, mas sempre existe a possibilidade de funcionários da coleta receberem propina dos GG para misturar o lixo extraordinário ao domiciliar ou mesmo o caso de porteiros de prédios que recebem dinheiro para misturar os resíduos de bares e pequenos restaurantes ao lixo gerado pelos moradores. Já a terceira hipótese está intrinsecamente relacionada à idoneidade da empresa transportadora, que pode estar lançando o lixo coletado em locais inadequados com vistas a aumentar sua lucratividade. 29

30 O fato relevante é que, seja qual for a forma de contratação da coleta regular, haverá sempre a necessidade de se ter uma equipe de fiscalização para atuar evitando a evasão aos compromissos formais e minimizar o impacto sobre o meio ambiente e o prejuízo aos cofres públicos. Convém recordar que a maioria dos municípios ainda não aderiu à figura do Grande Gerador porque desconhecem as vantagens técnicas, econômicas e ambientais de tal procedimento, agravado pelo medo de repercussões políticas negativas por parte dos grupos empresariais afetados. Desta forma, conclui-se que, por todas as vantagens técnicas, econômicas e ambientais, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos deverá incentivar os municípios de médio porte a aderirem à figura do Grande Gerador, em função da possibilidade de ampliar sua atuação na área da coleta regular através da redução de custos operacionais; e deverá incentivar os municípios de pequeno porte, mais em função da economia operacional que será auferida e da possibilidade de geração de uma receita adicional para os cofres públicos, receita esta que poderá ser aplicada em setores fundamentais da gestão pública, como educação e saúde. Como a forma com que o Estado deverá incentivar os Municípios a adotarem a figura do GG será objeto de relatório futuro, mais detalhado, apresentam-se a seguir alguns pontos que deverão ser analisados e, se for o caso, incorporados ao Plano Estadual: capacitar as equipes técnica e administrativa dos órgãos municipais através de cursos que permitam aos gestores conhecer em detalhes o que representa a figura do GG para o município, tanto em termos técnicos, como em termos econômicos, sociais e ambientais; elaborar modelo para incorporação da taxa de lixo e da orientação dos GG s, seja nos Planos Municipais, seja nos códigos tributários municipais. prestar apoio técnico e orientação sobre a limpeza urbana (de forma geral) aos municípios que optarem por adotar a figura do GG, seja diretamente ou através do Consórcio ao qual o município está integrado; disponibilizar assessoria jurídica que permita aos prefeitos elaborar a lei mais adequada para o seu município, evitando repercussões negativas da mídia, da população ou de grupos empresariais; estabelecer incentivos econômicos para que os estabelecimentos comerciais adiram voluntariamente à condição de GG, elaborando adequadamente seu Plano de 30

31 Gerenciamento e declarando os resíduos que produzem, sua forma de manejo e destinação final, conforme discriminado na alínea b, Inciso II, do artigo 20 da PNRS; estabelecer mais incentivos econômicos para os estabelecimentos comerciais que, além de aderirem voluntariamente à condição de GG, efetuem a coleta seletiva e participem ativamente do fluxo da logística reversa. Para finalizar, nunca é demais lembrar que o sentimento de que gerenciar o lixo não custa nada propicia o aumento inconsequente da geração dos RSU, ou seja, a cobrança pela prestação dos serviços de coleta do lixo extraordinário acaba por provocar uma redução na geração de resíduos. 31

32 ANEXO 1 DECRETO MUNICIPAL nº 9.287, de 23 de Abril de 1990 PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO Companhia Municipal de Limpeza Urbana - COMLURB REGULAMENTOS DE LIMPEZA URBANA E DE CONTROLE DE VETORES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO, NOVEMBRO DE 1990 PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Marcelo Nunes de Alencar CHEFE DE GABINETE DO PREFEITO Carlos Roberto de Siqueira Castro Companhia Municipal de Limpeza Urbana - COMLURB Rua Major Ávila,358 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ CEP Tel DIRETOR PRESIDENTE Ivan Motta Lagrotta DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS José Paulo Pinto Teixeira DIRETOR DE SERVIÇOS ESPECIAIS Antônio Fernando Novaes de Magalhães DIRETOR DE TRANSPORTE E EQUIPAMENTOS 32

33 José Maurício de Lima Nolasco CHEFE DE GABINETE DA PRESIDÊNCIA José Leal Goulart DECRETO nº 9287 de 23 de Abril de 1990 Aprova os Regulamentos de Limpeza Urbana e de Controle de Vetores do Municípiodo Rio de Janeiro. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o que consta do processo 06/ /88, DECRETA: Art. 1º - Ficam aprovados os Regulamentos de Limpeza Urbana e de Controle de Vetores do Município do Rio de Janeiro, anexos a este decreto. Art. 2º - Os expedientes administrativos formados até a data de publicação do presente decreto serão decididos de acordo com a legislação anterior. Art. 3º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 23 de abril de º da Fundação da Cidade. MARCELLO ALENCAR LUIZ PAULO CORRÊA DA ROCHA 33

34 REGULAMENTO DE LIMPEZA URBANA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO CAPÍTULO I - GENERALIDADES Art. 1º - Os serviços de Limpeza Urbana do Município do Rio de Janeiro são regidos pelas disposições do presente Regulamento e executados pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana COMLURB, por meios próprios ou através de permissão ou de adjudicação a terceiros, gratuita ou remuneradamente. 1º - Para efeito deste Regulamento, entende-se por lixo todo resíduo sólido gerado num aglomerado urbano. 2º - Estabelecimentos comerciais ou industriais poderão ser autorizados a coletar e a transportar os resíduos que produzirem, por meios próprios ou através de firmas devidamente cadastradas e autorizadas pela COMLURB, não isentando-os, porém, do pagamento da Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública (TCLLP), e obrigando-os ao pagamento de tíquetes referentes à utilização dos aterros sanitários ou outros locais indicados pela COMLURB. A forma de acondicionamento, transporte e destinação final deverá ser previamente aprovada e autorizada pela COMLURB. 3º - O lixo domiciliar, quando colocado no logradouro público com vistas à sua coleta, permanece sob responsabilidade do usuário até que a COMLURB o colete, sendo proibida a catação ou extração, por terceiros, de qualquer parte do seu conteúdo. Art. 2º - São atribuições da Companhia Municipal de Limpeza Urbana -COMLURB as seguintes atividades: I - Coleta, transporte, tratamento e disposição final de lixo domiciliar; II - Coleta e transporte de lixo público, com exceção do gerado nas praças, parques e jardins, e no sistema viário estadual e federal; Ill - Tratamento e disposição final de todo lixo público; IV - Controle da incidência de mosquitos e infestação de ratos e ratazanas em locais públicos e domiciliares, determinando e utilizando-se de métodos de trabalho preventivo, corretivo e aplicação de produtos químicos, podendo promover a cobrança quando realizados em logradouros não considerados públicos, de acordo com tabela elaborada pela COMLURB, independentemente das sanções aplicáveis; V - Cumprir e fazer cumprir as normas legais contidas nos Regulamentos de Limpeza Urbana e de Controle de Vetores, bem como a aplicação de penalidade por infrações a estas normas; 34

35 Vl - Normatização e fiscalização dos sistemas de coleta, redução, acondicionamento e armazenamento do lixo no interior das edificações; VlI - Inspecionar e fiscalizar o transporte do lixo e/ou de quaisquer resíduos ou cargas que apresentem riscos de prejudicar os serviços de limpeza urbana, e/ou não atendam ao disposto no presente Regulamento; VlII - A cobrança e arrecadação de valores correspondentes às sanções dispostas nos presentes Regulamentos, bem como a cobrança e arrecadação de preços e tarifas pela prestação de serviços especiais de limpeza, remoção, tratamento e disposição de lixo e controle de vetores; Parágrafo Único - A critério da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, a COMLURB poderá executar outras atividades relacionadas com as condições higiênicas e sanitárias da Cidade. CAPÍTULO II - LIXO PÚBLICO Art. 3º - Entende-se por lixo público aquele proveniente da limpeza de logradouros públicos. Parágrafo Único - A limpeza de logradouros públicos corresponde ao serviço de varredura, raspagem, capinação, lavagem quando necessária, limpeza de caixas de ralos, limpeza de cartazes e pichações, limpeza de túneis e outros que se façam necessários. Art. 4º - É proibido lançar ou depositar nos terrenos e nos logradouros públicos qualquer tipo de lixo ou resíduo, exceto no caso de lixo domiciliar, cuja colocação nos logradouros públicos obedecerá aos procedimentos especificados no Capítulo III. Art. 5º - A limpeza e/ou lavagem das edificações deverão ser realizadas de tal forma que os resíduos provenientes dessas atividades não sejam lançados nos logradouros públicos, mas sim, recolhidos em recipientes apropriados do prédio e as águas servidas encaminhadas para o ralo mais próximo, de forma a não acumular-se no logradouro público. Parágrafo Único - O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos resíduos provenientes da limpeza de veículos. Art. 6º - Os condutores e/ou proprietários de veículos que transportem material de obras, entulho ou qualquer resíduo ou carga deverão adotar medidas que impeçam que as mesmas venham a cair, no todo ou em parte, nos logradouros públicos, independentemente de outras obrigações previstas em legislação específica. 35

36 1º - Os veículos, antes de saírem de seus locais de guarda, obras ou locais de prestação de serviços, deverão ter suas rodas e partes externas de suas carrocerias limpas, de forma a não sujarem os logradouros públicos. 2º - Serão, também, responsáveis pelo cumprimento desse artigo e de seu parágrafo primeiro os proprietários dos veículos, os fornecedores de carga, seus destinatários e/ou responsáveis pelas obras a que se destinam. Art.7º - Os responsáveis por podas de árvores e/ou por obras em logradouros públicos deverão providenciar a remoção imediata de todos os resíduos produzidos por estas atividades. Parágrafo Único - Os materiais destinados ou provenientes dessas obras deverão estar ensacados ou acondicionados de tal forma que não apresentem riscos de espalhar-se no logradouro público. Art. 8º - É proibida a colocação de materiais de construção e/ou entulho, destinados ou provenientes de obras particulares, nos logradouros públicos. Art. 9º - Os condutores, transportadoras, destinatários ou fornecedores de cargas são responsáveis pela limpeza dos logradouros públicos que tenham sujado e obrigam-se a remover, no ato de descarga, todo o material ou qualquer tipo de carga, para o interior da obra ou estabelecimento a que se destina. Art A empresa autorizada pela Secretaria Municipal de Fazenda a distribuir panfletos, prospectos ou qualquer tipo de propaganda na via pública deverá recolher o que eventualmente, desse material, for lançado no logradouro público, dentro de um raio de 200 (duzentos) metros tendo como centro o ponto de distribuição. Parágrafo Único - Será co-responsável e solidariamente passível das sanções aplicáveis o agente distribuidor ou favorecido na divulgação veiculada. Art É proibido afixar propaganda, anúncios, faixas ou qualquer engenho, publicitário ou não, em postes, árvores, obras públicas, abrigos de paradas de coletivos, caixas coletoras ou equipamentos da COMLURB ou em quaisquer locais que não os autorizados pelas leis e regulamentos vigentes. 1º - Serão co-responsáveis e solidariamente sujeitos às sanções aplicáveis os responsáveis, cedentes ou contratantes, a qualquer título, pelo local onde se realizem os eventos ou atividades divulgadas. 2º - Em se tratando de campanhas, eleitorais ou não, de interesse ou relativa à própria entidade, tais como, sindicatos, associações. clubes ou similares, aplica-se, no que couber, o disposto no artigo e parágrafo anteriores, salvo se a Diretoria ou responsável pela entidade, fornecer por escrito à COMLURB, nome, endereço e qualificação completa do responsável, ficando a critério da COMLURB a substituição do auto de infração por ventura já extraído. 36

37 Art É proibido pichar, desenhar ou escrever em muros, fachadas, colunas, paredes, postes, árvores, abrigos de paradas de coletivos, caixas coletoras, veículos ou equipamentos da COMLURB, ou qualquer outro lugar de uso público. Art Os proprietários, responsáveis e/ou condutores de animais são responsáveis pela limpeza dos dejetos dispostos pelos mesmos em qualquer logradouro público. Parágrafo Único - São responsáveis, também, pela remoção do logradouro Público, de corpos ou restos de animais mortos, os seus proprietários. Art É proibido depositar lixo, galhadas, entulhos ou qualquer tipo de resíduos ou objetos de qualquer natureza, junto, ao lado ou no interior dos contenedores de uso exclusivo da COMLURB, sendo ainda proibido removê-los ou atear-lhes fogo. Art Os feirantes são responsáveis pela manutenção da limpeza do logradouro, em que funcionar a feira livre, durante e logo após o horário determinado para seu encerramento. Parágrafo Único - Os feirantes são obrigados a dispor, por seus próprios meios, de recipientes para neles serem depositados durante a realização das feiras, os resíduos produzidos, embalando-os em sacos plásticos ao seu final. CAPÍTULO III - LIXO DOMICILIAR Art Define-se como lixo domiciliar os resíduos sólidos produzidos nos imóveis em geral pelo exercício normal das atividades a que se destinam, e classificam-se em 3 (três} tipos: a) Lixo domiciliar ordinário; b) Lixo domiciliar especial; c) Lixo domiciliar perigoso. 1º - O LIXO DOMICILIAR ORDINÁRIO - é constituído de resíduos sólidos com peso específico menor de 500 Kg/m³, que possam ser acondicionados em recipientes com volume de 100 (cem) litros e altura de 70 (setenta) centímetros, salvo no caso de lixo prensado, e em condições de serem recolhidos pela coleta normal de lixo dos imóveis, o qual deverá ser, obrigatoriamente, embalado de acordo com as Normas Técnicas da COMLURB. 37

38 2º - O LIXO DOMICILIAR ESPECIAL é constituído de todos os tipos de resíduos sólidos não classificados na categoria anterior, sem serem perigosos, e que não podem ser recolhidos pela coleta normal de lixo dos imóveis, enquadrando-se neste tipo: bens móveis e utensílios domésticos imprestáveis, galhadas, entulhos de obras, madeiras de grande porte, veículos velhos, pneus e outros, a juízo da COMLURB. 3º - O LIXO DOMICILIAR PERIGOSO é constituído de resíduos que exijam, a critério da COMLURB ou do órgão competente, cuidados específicos de manuseio, transporte e disposição final, de modo a evitar danos saúde humana, aos organismos vivos, ou ao meio ambiente, tais como: ácidos, tóxicos, corrosivos, explosivos e outros, a juízo da COMLURB. 4º - É proibida a colocação, disposição ou apresentação à coleta de lixo domiciliar ordinário, junto ou separadamente, de resíduos considerados especial ou perigoso. 5º - A infração ao disposto no parágrafo anterior quando causar danos à saúde humana, organismos vivos ou ao meio ambiente, veículo ou equipamento da COMLURB, será passível da multa máxima prevista no presente Regulamento, independentemente de outras responsabilidades e/ou indenizações quanto aos danos causados. Art A cobrança relativa aos serviços de coleta domiciliar prestados pela COMLURB será feita da seguinte forma: I - Lixo domiciliar ordinário - através da Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública - (TCLLP). II - Lixo domiciliar especial - de acordo com a Tabela de Preços de Prestação de Serviços Especiais da COMLURB. Ill - Lixo domiciliar perigoso - conforme preços estabelecidos pela COMLURB, para cada caso específico. Art O serviço de coleta de lixo domiciliar ordinário consiste na coleta e transporte do conteúdo dos recipientes com retorno, ou do conteúdo e dos próprios recipientes sem retorno, colocados pelos usuários nos logradouros públicos, junto ao alinhamento de cada imóvel, ou em outros locais determinados pela COMLURB. 1º - Os recipientes devem obedecer às Normas Técnicas da COMLURB, no capítulo que se refere ao acondicionamento do lixo (embalagens). 2º - Somente serão recolhidos, na coleta normal de lixo domiciliar ordinário, os resíduos sólidos acondicionados em embalagens que estejam de acordo com a padronização mencionada no parágrafo anterior. 38

39 Art O usuário deverá providenciar, por meios próprios, os recipientes padronizados referidos no artigo anterior, mantendo-os em perfeito estado de conservação e asseio. Art Os usuários deverão obedecer aos horários estabelecidos pela COMLURB, para a colocação e retirada dos recipientes, com vistas à coleta normal de lixo domiciliar ordinário dos imóveis. Art É proibido lançar, permitir ou propiciar a colocação de lixo, entulhos, animais mortos ou galhadas em terrenos baldios ou em qualquer imóvel, edificado ou não, públicos ou privados, bem como em encostas, rios, valas, valões, canais, lagos, praias, ou quaisquer outros locais não autorizados pela COMLURB, ou que prejudiquem ou possam vir a prejudicar os serviços de limpeza urbana de qualquer forma à saúde, o bem-estar, ou ao meio ambiente, ou ainda propicie a proliferação de vetores, ratos e/ou ratazanas. Parágrafo Único - Aos proprietários e/ou responsáveis por Imóveis não edificados, que não possuam muro e/ou passeio pavimentado, e/ou que não os mantenham em perfeitas condições de conservação de modo que não impeça a ocorrência do previsto neste artigo, sujeitam-se às sanções previstas neste Regulamento. Art É proibido realizar coleta e transporte de lixo domiciliar sem estar devidamente autorizado pela COMLURB, e, quando autorizado, deverá obedecer a legislação especifica. Art É proibido fornecer a qualquer título ou permitir a realização de coleta e/ou transporte de lixo a quem não estiver autorizado pela COMLURB, bem como a catação ou extração de resíduos no logradouro público. Art Aqueles que fornecerem lixo, entulhos materiais ou resíduos de qualquer espécie são responsáveis com seus transportadores, quanto às condições de transporte e vazamento. Art A COMLURB fica autorizada a estabelecer e determinar normas e procedimentos a serem adotados referentes à coleta hospitalar. CAPÍTULO IV - TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE LIXO DOMICILIAR E PÚBLICO Art É proibido efetuar o tratamento e a disposição final do lixo domiciliar e público sem prévia aprovação do órgão estadual de controle do meio ambiente. Art O tratamento e a disposição final do lixo deverão obedecer à legislação específica pertinente. 39

40 CAPÍTULO V - EDIFICAÇÕES Art O lixo proveniente das edificações deverá ser processado e disposto para a coleta, conforme as determinações constantes das Normas Técnicas da COMLURB. Parágrafo Único - A COMLURB poderá determinar, estipulando o prazo, a obrigação ou a proibição da instalação de determinado processo ou tipo de equipamento nas edificações, com ou sem a redução de peso e/ou volume de lixo, ou das embalagens para o seu acondicionamento. Art As edificações com dois ou mais pavimentos, que contenham mais de uma unidade domiciliar, deverão ser providas, em cada pavimento, de compartimento de coleta, boca coletora, porta-caçamba e tubo de queda que conduza os resíduos sólidos a depósito apropriado de lixo, ou a equipamentos de compactação instalados em compartimento próprio. 1º - Ficam excluídas do disposto deste artigo as edificações com mais de um pavimento que contenham uma única unidade ocupacional, os prédios de dois pavimentos cujas unidades ocupacionais tenham entradas independentes, as edificações residenciais com dois pavimentos, compostas de unidades duplex, as edificações destinadas a instalações especiais que comprovadamente não produzem resíduos sólidos, e/ou outras edificações conforme as Normas Técnicas da COMLURB. 2º - Ficam dispensadas da instalação, em cada pavimento, de compartimento de coleta, boca coletora, porta-caçamba e tubo de queda, as edificações comerciais do tipo "Centro Comercial" ou "Magazine", constituídas exclusivamente de lojas as edificações destinadas ao uso exclusivo de uma única empresa ou estabelecimento escolar, as edificações destinadas exclusivamente a estacionamento vertical de veículos, os hotéis e motéis, as unidades fabris, os supermercados, e outros tipos de edificações, conforme as Normas Técnicas da COMLURB. Art É proibida a instalação de tubo de queda de lixo em hospitais, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios, sanatórios ou similares. Art O volume de lixo produzido em cada período de vinte e quatro horas, para efeito de dimensionamento do sistema de coleta de lixo no interior das edificações, será calculado de acordo com os índices determinados pelas Normas Técnicas da COMLURB. Art É proibida a instalação de equipamento de incineração domiciliar de lixo, salvo no caso de edificações onde haja produção de lixo patogênico, infecto-contagioso ou proveniente de atividades cirúrgicas, sendo, neste caso, obrigatória a instalação daquele tipo de equipamento, de acordo e respeitadas as Normas Técnicas de demais procedimentos estabelecidos pela COMLURB. 40

41 Art Serão obrigatoriamente providas de equipamento de redução de volume de lixo as edificações cuja produção diária de lixo seja igual ou superior a (um mil) litros, calculada conforme os índices determinados pelas Normas Técnicas da COMLURB. Art Os fabricantes de equipamentos de coleta, com ou sem redução de volume ou peso de lixo nas edificações, e de embalagens para seu acondicionamento, deverão submeter seus produtos à aprovação e registro na COMLURB. 1º - O registro dos produtos referenciados será feito mediante o cumprimento das exigências determinadas pelas Normas Técnicas da COMLURB, ou de acordo com a deliberação interna da Companhia que estabeleça condições para aprovação e registro destes produtos. 2º - O registro em questão não significa concessão de garantia, mas sim que o produto atende às Normas Técnicas da COMLURB. 3º - Em qualquer época, a critério da COMLURB. poderão ser realizados exames e testes nos produtos aprovados, para fins de comprovação e atualização de suas características. 4º - Os fabricantes, fornecedores, instaladores e conservadores dos equipamentos relacionados neste artigo e seus parágrafos são proibidos de instalar aqueles equipamentos, em discordância com o presente Regulamento e as Normas Técnicas da COMLURB. Art A concessão do "habite-se" ou "aceitação de obras", em qualquer edificação, ficará na dependência de vistoria que comprove o cumprimento das exigências feitas por este Regulamento e pelas Normas Técnicas da COMLURB. Art É proibido modificar o sistema de coleta, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo, em parte ou no todo, após o "habite-se", sem prévia consulta e aprovação da COMLURB. Art É obrigatória a manutenção das perfeitas condições higiênicas e sanitárias nas edificações, dos componentes do sistema de coleta, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo. Art É proibido o uso das áreas destinadas a compartimentos de coleta nos pavimentos, depósitos de lixo, ou compartimentos destinados a equipamentos de redução de volume de lixo, para quaisquer outros fins que não os especificamente relacionados com sua destinação. Art Os equipamentos de coleta e redução de peso e/ou volume de lixo, de qualquer edificação, poderão ser interditados pela COMLURB, desde que não atendam rigorosamente às suas finalidades ou prejudiquem a limpeza e higiene ambiental. 41

42 CAPÍTULO VI - SANÇÕES Art Os responsáveis por atos prejudiciais à limpeza urbana serão multados pela COMLURB, independentemente das demais sanções aplicáveis, através de Autos de Infração lavrados por servidores autorizados pela Companhia. Parágrafo Único - As multas, a critério da COMLURB, poderão ser precedidas de notificação de advertência e intimação. Art A aplicação das multas, com os valores previstos no artigo 44, não exonera o infrator da obrigação de cumprir o preceito violado, nem das demais sanções cabíveis. Art As multas serão aplicadas cumulativamente, quando houver a prática simultânea de dois ou mais atos puníveis. Art Competirá à direção do órgão expedidor das multas, em primeira instância, apreciar e decidir os recursos interpostos contra a aplicação e gradação das mesmas. Parágrafo Único - Os recursos referidos neste artigo não terão efeito suspensivo. Art As infrações à limpeza urbana e os valores das multas correspondentes são os discriminados na seguinte tabela: I - por lançar ou depositar resíduos sólidos em logradouros públicos: de... 1 a 100 UNIFs II - por lançar resíduos de varredura e lavagem, provenientes do interior das edificações e de veículos, nos logradouros públicos: de... 1 a 100 UNIFs III - por abandonar veículos ou móveis e utensílios domésticos imprestáveis nos logradouros públicos: de... 1 a 100 UNIFs IV - por vazar ou deixar cair e espalhar resíduos ou cargas de veículos em logradouros públicos: de... 1 a 100 UNIFs V - por transitar com veículos com rodas sujas, comprometendo a limpeza das vias públicas: de... 1 a 100 UNIFs 42

43 Vl - por depositar em logradouros públicos material proveniente ou destinado a obras públicas ou privadas, de modo a prejudicar a limpeza urbana: de... 1 a 100 UNIFs VII - por manter, por período superior a 24 horas, após a conclusão de podas de árvores ou de obras nos logradouros, galhadas ou resíduos provenientes das mesmas: de... 1 a 100 UNIFs VlII - por deixar de fazer a limpeza dos resíduos provenientes de operação de carga ou descarga de veículos em logradouros públicos: de... 1 a 100 UNIFs IX - por deixar de recolher o material de propaganda distribuído na via pública, dentro de um raio de até 200 (duzentos) metros, tendo como centro o ponto de distribuição: de... 1 a 100 UNIFs X - por afixar propaganda, anúncios e faixas em postes, árvores, obras públicas, abrigos de paradas de coletivos, caixas coletoras da COMLURB, e em outros locais que não os autorizados pelas leis e regulamentos vigentes: de... 1 a 100 UNIFs Xl - por pichar, desenhar ou escrever sobre muros, fachadas, colunas, paredes, postes, árvores, abrigos de paradas de coletivos, caixas coletoras da COMLURB ou qualquer outro local de uso público: de... 1 a 100 UNIFs Xll - por prejudicar a limpeza de áreas públicas pela deposição de dejetos de animais: de... 1 a 100 UNIFs XIII - por depositar lixo domiciliar, entulho de obras, ou qualquer objeto, nos "containers" de lixo públicos, exceto em áreas de favelas: de... 1 a 100 UNIFs XIV - por dispor para a coleta domiciliar resíduos acondicionados em recipientes não padronizados pela COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs 43

44 XV - por não obedecer aos horários de colocação e retirada dos recipientes padronizados, com vistas à coleta normal de lixo domiciliar dos imóveis: de... 1 a 100 UNIFs XVI - por lançar lixo domiciliar, entulho de obras, ou quaisquer objetos em imóveis não edificados, públicos ou privados, bem como em rios, valas, canais, lagos e lagoas, ou quaisquer outros locais, naturais ou artificiais, que contenham água: de... 1 a 100 UNIFs XVII - por executar coleta e transporte de lixo domiciliar sem estar devidamente cadastrado e autorizado pela COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs XVIII - por transportar lixo domiciliar de forma inadequada: de... 1 a 100 UNIFs XIX - por dispor ou permitir a acumulação de lixo a céu aberto, ou sob qualquer outra forma prejudicial ao meio ambiente: de... 1 a 100 UNIFs XX - por realizar tratamento de lixo sem estar devidamente autorizado pelos órgãos competentes: de... 1 a 100 UNIFs XXI - por incinerar lixo domiciliar salvo nos casos previstos no artigo 31 deste Regulamento: de... 1 a 100 UNIFs XXII - por deixar de atender ato de interdição, expedido pela COMLURB, do sistema de coleta nas edificações, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo: de... 1 a 100 UNIFs XXIII - por manter sistema de coleta nas edificações, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo, em operação deficiente ou inoperância total: de... 1 a 100 UNIFs 44

45 XXIV - por modificar o sistema de coleta, nas edificações, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo, sem aprovação prévia pela COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs XXV - por manter em condições anti-higiênicas ou anti-sanitárias, nas edificações, os componentes do sistema de coleta, com ou sem redução de peso ou volume de lixo: de... 1 a 100 UNIFs XXVI - por utilizar inadequadamente áreas destinadas a compartimentos de coleta nos pavimentos, depósitos de lixo, ou compartimentos destinados a equipamentos de redução de peso e/ou volume de lixo, nas edificações: de... 1 a 100 UNIFs XXVII - por extrair e/ou transportar qualquer elemento componente do lixo domiciliar, após ter sido o mesmo colocado à disposição da COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs XXVIII - por não atender a interdição de logradouros públicos ou de parte deles efetuada pela COMLURB com cavaletes, cones e outros para limpeza de feiras- livres, túneis e outros serviços especiais que impliquem na segurança dos trabalhadores para realizá-los: de... 1 a 100 UNIFs XXIX - por não manter a limpeza do local ocupado nos logradouros onde se realizam feiras-livres ou não acondicionar em sacos plásticos resíduos sólidos ali gerados: de... 1 a 100 UNIFs XXX - por estacionar ou manter estacionados veículos de maneira e impedir ou dificultar a execução do serviço de limpeza de logradouros: de... 1 a 100 UNIFs XXXI - por prejudicar os serviços de limpeza urbana, de qualquer forma: 45

46 de... 1 a 100 UNIFs Art Os fabricantes, fornecedores, instaladores e conservadores de equipamentos, com ou sem redução de peso e/ou volume de lixo, nas edificações, e de embalagens para seu acondicionamento, estão sujeitos às seguintes multas: I - por instalar equipamentos não aprovados e registrados na COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs II - por instalar equipamentos, nas edificações, com ou sem redução de peso e/ou de volume de lixo, em discordância com o presente Regulamento, ou com as Normas Técnicas da COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs III - por não atender a qualquer notificação da COMLURB, dentro do prazo previsto: de... 1 a 100 UNIFs 46

47 REGULAMENTO DE CONTROLE DE VETORES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO CAPÍTULO Vll - GENERALIDADES Art Os serviços de controle de vetores do Município do Rio de Janeiro são regidos pelas disposições do presente Regulamento e executados pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana COMLURB, por meios próprios ou de permissão ou através de adjudicação a terceiros, gratuita ou remuneradamente. Art A coordenação, orientação, execução e fiscalização dos serviços de combate a mosquitos, ratos e ratazanas envolverão a determinação de métodos de trabalho preventivos e corretivos, inclusive com a aplicação de produtos químicos. Art A COMLURB poderá requisitar o auxílio de outros órgãos públicos para a execução de trabalhos de saneamento que se fizerem necessários. Art No cumprimento de seus encargos, caberá à COMLURB: I - Inspecionar, pesquisar e fiscalizar os locais e ambientes, a seu critério, potencialmente causadores de condições propícias à proliferação de mosquitos é à infestação de roedores nocivos; II - Executar, quando necessário, medidas visando dificultar ou impedir a proliferação de mosquitos e roedores nocivos; Ill - Realizar, quando necessário, tratamento químico, adotando as precauções necessárias para minimizar a poluição do meio ambiente; IV - Orientar, advertir, intimar e multar os proprietários ou responsáveis pelos locais e ambientes em que sejam encontradas irregularidades, para a correção das mesmas; V - Determinar aos proprietários, ou responsáveis pelos locais e ambientes fiscalizados, a execução de serviços que venham a corrigir qualquer situação que, a critério da COMLURB, possa facilitar ou permitir a proliferação de mosquitos ou a infestação de roedores nocivos; Art São considerados locais e ambientes potencialmente geradores de criadouros ou de condições propícias à sua formação qualquer imóvel, edificado ou não, tais como terrenos ou lotes de terrenos, prédios ou edificações de qualquer tipo que constituam unidade autônoma residencial, comerciai ou industrial, apartamentos, salas, sobrelojas, "boxes", bem como qualquer outra espécie de construção ou instalação autônoma, em prédio de qualquer natureza e destinação. 47

48 Art A COMLURB poderá promover a aplicação de inseticidas ou raticidas, realizar quaisquer operações, com vistas à correção de irregularidades constatadas em imóveis de terceiros. CAPÍTULO Vlll - SANÇÕES Art Os responsáveis por atos ou omissões que venham facilitar a proliferação de mosquitos, ou a infestação de roedores, serão multados pela COMLURB, independentemente das demais sanções aplicáveis, previstas neste Regulamento. Art A aplicação das muitas previstas no presente Regulamento não libera o infrator da obrigação de cumprir preceito violado, nem das demais compilações cabíveis. Art As multas poderão ser precedidas de notificação de advertência e de intimação, a fim de conceder prazos adequados à correção das irregularidades constatadas. 1º- Quando o infrator já houver sido intimado ou multado anteriormente pela constatação da mesma irregularidade, a etapa de advertência poderá ser suprimida, a critério da COMLURB. 2º- Em casos excepcionais, quando se configurar prejuízos evidentes à comunidade e riscos à saúde da população, a multa poderá ser aplicada de imediato, sem a necessidade da emissão de intimação ou notificação de advertência. Art As muitas poderão ser aplicadas cumulativamente, quando houver a prática simultânea de irregularidades relativas à proliferação de mosquitos e à infestação de roedores. Art A cada nova reincidência de uma mesma irregularidade, as multas serão progressivamente aplicadas, com o dobro do valor da multa inicial do item correspondente. Art Competirá ao diretor da Diretoria do órgão expedidor da multa, em primeira instância, apreciar e decidir os recursos interpostos contra a aplicação e gradação da mesma. Parágrafo Único - Os recursos referidos neste artigo não terão efeito suspensivo. Art As infrações ao controle de vetores e os valores das multas correspondentes são os discriminados na seguinte tabela: I - por manter condições propícias à estagnação de água: de... 1 a 100 UNIFs 48

49 II - por falta de limpeza ou acúmulo de material que possa facilitar a infestação de roedores: de... 1 a 100 UNIFs III - pela existência de água estagnada, sem conter formas imaturas de mosquitos: de... 1 a 100 UNIFs IV - pela estocagem de alimentos sem a proteção recomendada: de...1 a 100 UNIFs V - por manter locais de guarda provisória de lixo sem dispositivos que vedem o acesso a roedores: de... 1 a 100 UNIFs VI - pela existência de água estagnada com formas imaturas de mosquitos: de... 1 a 100 UNIFs VII - por lançar ou acumular em local inadequado lixo, resíduos, detritos, restos de alimentos, ou qualquer material que facilite a infestação de roedores: de... 1 a 100 UNIFs VIII - por não realizar a desobstrução, limpeza e retificação dos cursos de água que atravessem a propriedade: de... 1 a 100 UNIFs IX - por deixar de realizar abertura de valas para facilitar o escoamento das águas, e outros recursos de drenagem: de... 1 a 100 UNIFs X - por não retirar vegetação, sobretudo aquática, marginal ou não, de cursos e coleções de água, e por não executar o taludamento das respectivas margens, dentro das propriedades: de... 1 a 100 UNIFs Xl - por não executar os aterros para a eliminação de empoçamentos: 49

50 de... 1 a 100 UNIFs Xll - por não promover a limpeza de quintais, jardins, terrenos baldios, prédios e construções aban-donadas, onde haja condições para a proliferação de mosquitos e infestação de roedores: de... 1 a 100 UNIFs XlIl - por não providenciar o conserto de instalações hidráulicas avariadas, eliminando os conseqüentes vazamentos: de... 1 a l00 UNIFs XIV - por não providenciar o conserto de instalações de águas servidas esgotos, e fossas sépticas, eliminando os conseqüentes vazamentos: de... 1 a 100 UNIFs XV - por não renovar periodicamente as águas onde sejam mantidas plantas aquáticas: de... 1 a 100 UNIFs XVI - por não vedar adequadamente cisternas, caixas d'água, tambores, vasilhames e quaisquer depósitos destinados à água: de... 1 a 100 UNIFs XVII - por não corrigir qualquer situação que, a critério da COMLURB, possa facilitar ou permitir a proli-feração de mosquitos ou a infestação de roedores nocivos: de... 1 a 100 UNIFs XVIII - por dificultar, por qualquer meio ou forma, a fiscalização da COMLURB: de... 1 a 100 UNIFs CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS Art Os casos omissos e os não previstos nos Regulamentos serão resolvidos pela COMLURB. Art Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final de lixo público domiciliar, e os de combate a mosquitos e roedores nocivos, poderão ser reformulados pela COMLURB nos seus aspectos técnicos, econômicos e administrativos, sempre que o interesse público assim o determinar. 50

51 ANEXO 2 Lei Municipal nº 2.630, de 22 de maio de 1998 DEFINE O LIXO DOMICILIAR EXTRAORDINÁRIO E SUA FORMA DE COLETA Autor: Vereador Índio da Costa O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei : Art. 1º - Fica definido como lixo domiciliar extraordinário aquele do tipo domiciliar produzido em estabelecimentos comerciais, de serviços, instituições públicas e demais imóveis não residenciais, cuja produção diária, por contribuinte, exceda o volume de cento e vinte litros ou o peso de sessenta quilogramas. Art. 2 - VETADO Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. LUIZ PAULO FERNANDEZ CONDE 51

52 ANEXO 3 Lei nº 3.273, de 6 de setembro de 2001 Dispõe sobre a Gestão do Sistema de Limpeza Urbana no Município do Rio de Janeiro. CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei normatiza as atividades inerentes ao Sistema de Limpeza Urbana do Município do Rio de Janeiro. 1º Define-se Sistema de Limpeza Urbana como o conjunto de meios físicos, materiais e humanos que possibilitam a execução das atividades de limpeza urbana, de acordo com os preceitos de engenharia sanitária e ambiental. 2º Define-se como Atividade de Limpeza Urbana toda e qualquer ação de caráter técnico-operacional necessária ao manuseio, coleta, limpeza de logradouros, transporte, tratamento, valorização e disposição final de resíduos sólidos, incluídos o seu planejamento, regulamentação, execução, fiscalização e monitoramento ambiental. 3º Define-se como Resíduos Sólidos ou Lixo qualquer substância ou objeto, com consistência sólida ou semi-sólida, de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer. 4º Os resíduos sólidos gerados por qualquer pessoa física ou jurídica são considerados propriedade privada, permanecendo, portanto, sob sua inteira responsabilidade até a disposição final. Art. 2º Gestão do Sistema de Limpeza Urbana será realizada pelo órgão ou entidade municipal competente. Parágrafo único. Define-se Gestão do Sistema de Limpeza Urbana como o conjunto das ações técnicas, operacionais, regularizadoras, normativas, administrativas e financeiras necessárias ao planejamento, execução e fiscalização das atividades de limpeza urbana, nesta última incluídas aquelas pertinentes à autuação por descumprimento desta Lei. Art. 3º Os recursos financeiros necessários à gestão do sistema de limpeza urbana serão providos por tarifas específicas, impostos ou taxas e pela arrecadação das multas aplicadas, exceto quanto à execução das atividades inerentes aos resíduos sólidos 52

53 especiais, conforme definidos no art. 8º, cujos recursos deverão ser providos necessária e diretamente pelos respectivos geradores. Art. 4º A execução das atividades de limpeza urbana caberá ao órgão ou entidade que menciona o art. 2º, por meios próprios ou mediante permissão ou contratação de terceiros, na forma da lei. Parágrafo único. Conforme solicitação do interessado e mediante o respectivo pagamento do preço do serviço público fixado na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente, deverá este último executar, a seu exclusivo critério de operação, as atividades de limpeza urbana relativas aos resíduos sólidos especiais definidos no art. 8º. Art. 5º A fiscalização do cumprimento desta Lei e a aplicação das respectivas autuações e penalidades caberão ao órgão ou entidade municipal competente ou,nestes casos e ainda, aos agentes de fiscalização da limpeza urbana do Município, designados pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. CAPÍTULO II TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS Art. 6º Os resíduos sólidos podem ser classificados em dois grupos: Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos Sólidos Especiais. Art. 7º Os resíduos sólidos urbanos, identificados pela sigla RSU, abrangem: I - II - o lixo domiciliar ou doméstico produzido em habitação unifamiliar ou multifamiliar com características não perigosas, especialmente aquele proveniente das atividades de preparação de alimentos ou da limpeza regular desses locais; os bens inservíveis oriundos de habitação unifamiliar ou multifamiliar, especialmente peças de mobília, eletrodomésticos ou assemelhados, cuja forma ou volume os impeçam de ser removidos pelo veículo da coleta domiciliar regular, conforme definida no art. 26; III - os resíduos de poda de manutenção de jardim, pomar ou horta de habitação unifamiliar ou multifamiliar, especialmente troncos, aparas, galhadas e assemelhados, de acordo com as quantidades e periodicidade estabelecidas pelo órgão ou entidade municipal competente; IV - o entulho de pequenas obras de reforma, de demolição ou de construção em habitação unifamiliar ou multifamiliar, especialmente restos de alvenaria, concreto, madeiras, ferragens, vidros e assemelhados, de acordo com as quantidades e periodicidade estabelecidas pelo órgão ou entidade municipal competente; 53

54 V - o lixo público, decorrente da limpeza de logradouros, especialmente avenidas, ruas, praças e demais espaços públicos; VI - o lixo oriundo de feiras livres; VII - o lixo oriundo de eventos realizados em áreas públicas; nomeadamente parques, praias, praças, sambódromo e demais espaços públicos; VIII - os excrementos oriundos da defecação de animais em logradouros; IX - o lixo que possa ser tipificado como domiciliar produzido em estabelecimentos comerciais, de serviços ou unidades industriais ou instituições/entidades públicas ou privadas ou unidades de trato de saúde humana ou animal ou mesmo em imóveis não residenciais, cuja natureza ou composição sejam similares àquelas do lixo domiciliar e cuja produção esteja limitada ao volume diário, por contribuinte, de cento e vinte litros ou sessenta quilogramas. Art. 8º Os resíduos sólidos especiais, identificados pela sigla RSE, abrangem: I - II - o lixo extraordinário, consistindo na parcela dos resíduos definidos no art. 7º, incisos III, IV e IX que exceda os limites definidos nesta Lei ou estipulados pelo órgão ou entidade municipal competente; o lixo perigoso produzido em unidades industriais e que apresente ou possa apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente, devido à presença de agentes biológicos ou às suas características físicas e químicas; III - o lixo infectante resultante de atividades médico-assistenciais e de pesquisa produzido nas unidades de trato de saúde humana ou animal, composto por materiais biológicos ou pérfuro-cortantes contaminados por agentes patogênicos, que apresentem ou possam apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente; IV - o lixo químico resultante de atividades médico-assistenciais e de pesquisa produzido nas unidades de trato de saúde humana ou animal, notadamente medicamentos vencidos ou contaminados ou interditados ou não utilizados, e materiais químicos com características tóxicas ou corrosivas ou cancerígenas ou inflamáveis ou explosivas ou mutagênicas, que apresentem ou possam apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente; V - o lixo radioativo, composto ou contaminado por substâncias radioativas; VI - os lodos e lamas, com teor de umidade inferior a setenta por cento, oriundos de estações de tratamento de águas ou de esgotos sanitários ou de fossas sépticas ou postos de lubrificação de veículos ou assemelhados; 54

55 VII - o material de embalagem de mercadoria ou objeto, para sua proteção e/ou transporte; que apresente algum tipo de risco de contaminação do meio ambiente; VIII - resíduos outros objeto de legislação específica e que os exclua da categoria de resíduos sólidos urbanos, conforme definidos no art. 7º. CAPÍTULO III ATIVIDADES DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA Art. 9º Entende-se por Manuseio de resíduos o conjunto das atividades e infraestrutura domésticas até à sua oferta no logradouro, para ser coletado pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 10 Entende-se por Coleta o conjunto de atividades para remoção dos resíduos devidamente acondicionados e dispostos no logradouro, mediante o uso de veículos apropriados para tal. Parágrafo único. A coleta poderá ser de dois tipos: I - Coleta Regular ou Ordinária, para remoção dos resíduos sólidos urbanos - RSU, por intermédio do órgão ou entidade competente; II - Coleta Especial, para remoção dos resíduos sólidos especiais - RSE, por intermédio do órgão ou entidade municipal competente ou empresa habilitada e credenciada para tal ou ainda pelo próprio gerador. Art. 11 Entende-se por Limpeza de Logradouros o conjunto de atividades para remoção dos resíduos lançados ou gerados nos logradouros, mediante o uso de veículos apropriados para tal, especialmente quanto ao lixo oriundo da varrição, capina, roçada, raspagem, poda de árvores e cestas coletoras, bem como a lavagem de logradouros, limpeza de mobiliário urbano e desobstrução de caixas de ralo. Art. 12 º Entende-se por Transporte a transferência física dos resíduos coletados até uma unidade de tratamento ou disposição final, mediante o uso de veículos apropriados para tal. Art. 13. Entende-se por Valorização ou Recuperação, quaisquer operações que permitam o reaproveitamento dos resíduos mediante processos de reciclagem ou reutilização de materiais inertes, compostagem da matéria orgânica do lixo, aproveitamento energético do biogás ou de resíduos em geral. Art. 14. Entende-se por Tratamento ou Beneficiamento o conjunto de atividades de natureza física, química ou biológica, realizada manual ou mecanicamente com o objetivo de alterar qualitativa ou quantitativamente as características dos resíduos, 55

56 com vistas à sua redução ou reaproveitamento ou valorização ou ainda para facilitar sua movimentação ou sua disposição final. Art. 15. Entende-se por Disposição Final o conjunto de atividades que objetive dar o destino final adequado ao lixo, com ou sem tratamento, sem causar danos ao meio ambiente. CAPITULO IV SISTEMA DE MANUSEIO DO LIXO DOMICILIAR NAS EDIFICAÇÕES Art. 16. O manuseio dos resíduos sólidos engloba as atividades de segregação na fonte, acondicionamento, movimentação interna, estocagem e oferta dos resíduos para coleta. 1º Entende-se por Segregação na Fonte a separação dos resíduos nos seus diferentes tipos ou nas suas frações passíveis de valorização, no seu local de geração. 2º Entende-se por Acondicionamento a colocação dos resíduos no interior de recipientes apropriados e estanques, em regulares condições de higiene, visando a sua coleta. 3º Entende-se por Movimentação Interna a transferência física dos resíduos ou dos recipientes do local de geração até o local de estocagem ou até o local de oferta, este que deverá ser a calçada de frente do domicílio. 4º Entende-se por Estocagem o armazenamento dos resíduos em locais adequados, de forma controlada e por curto período de tempo. 5º Entende-se por Oferta a colocação dos recipientes contendo os resíduos na calçada de frente do domicílio, junto ao meio-fio, ou em outro local especificamente designado pelo órgão ou entidade municipal competente, visando a sua coleta. Art. 17. Cabe ao órgão ou entidade municipal competente definir, por meio de normas técnicas específicas, o correto manuseio dos diversos tipos de resíduos sólidos urbanos. Parágrafo único. O sistema de manuseio de lixo domiciliar das novas edificações multifamiliares deverá atender às normas técnicas específicas emitidas pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 18. O correto manuseio dos resíduos sólidos, incluindo a limpeza, manutenção e conservação dos recipientes e locais de estocagem e oferta, é de exclusiva responsabilidade de seus geradores, pessoas físicas ou jurídicas. 56

57 Art. 19. A movimentação interna vertical dos resíduos em edifícios multifamiliares poderá ser realizada por meio de tubo de queda específico ou por meio de transporte de recipientes plásticos. 1 o Entende-se por Tubo de Queda o duto vertical, construído em toda a extensão da edificação, sem qualquer desvio, em uma única prumada, destinado à queda, por gravidade, dos resíduos sólidos produzidos nos pavimentos das edificações. 2 o No tubo de queda, somente poderá ser colocado lixo domiciliar, vedada, terminantemente, a colocação de embalagens de vidro e entulho de obras independentemente de peso ou volume, assim como de materiais pesados, independentemente de seu volume. 3 o O proprietário da unidade imobiliária ou a administração do condomínio, quando houver, serão os responsáveis pelas condições de operação, asseio e higiene do sistema de movimentação interna dos resíduos nas edificações. 4 o Quando o sistema de movimentação interna vertical por meio de tubo de queda não se encontrar nas devidas condições de higiene e asseio, o órgão ou entidade municipal competente poderá exigir o seu fechamento e respectiva selagem. Art. 20. A estocagem interna dos resíduos deverá ser efetuada em local coberto, livre de pilares, vigas, degraus de escada e outras obstruções e revestidos com material cerâmico ou similar. Art. 21. A oferta do lixo para fins de coleta deverá ser feita nos horários e condições estabelecidos e definidos pelo órgão ou entidade municipal competente. 1 o É terminantemente proibida a catação ou extração de qualquer parte do conteúdo do lixo colocado em logradouro para fins de coleta regular. 2 o É terminantemente proibida a oferta de lixo domiciliar em cesta de lixo no logradouro, quer seja montada sobre pedestal, pilarete ou qualquer outro dispositivo de sustentação. Art. 22. O órgão ou entidade municipal competente poderá, ao seu exclusivo critério e a qualquer momento, exigir que o acondicionamento dos diversos tipos de lixo seja feito de forma a se adequar aos padrões de coleta inerentes ao sistema público de limpeza urbana. 57

58 CAPITULO V SISTEMA DE REMOÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS RSU Art. 23. Define-se Remoção dos resíduos sólidos urbanos como a coleta e transporte do lixo dos locais de produção até o seu destino integrando ainda a limpeza de logradouros. Art. 24. A remoção, realizada através da coleta regular, é de competência exclusiva do órgão ou entidade municipal competente. 1 o O órgão ou entidade municipal competente estará autorizado a executar os serviços de coleta regular diretamente ou através de terceiros contratados ou credenciados. 2 o É proibido realizar a remoção dos resíduos sólidos urbanos sem a devida autorização do órgão ou entidade municipal competente e, quando autorizado, o responsável pela execução dos serviços deverá obedecer às normas técnicas pertinentes e à legislação específica. Art. 25. A coleta regular abrange a coleta domiciliar, a coleta pública e a coleta programada. Parágrafo único. A coleta regular será executada diretamente pelo órgão ou entidade municipal competente ou por intermédio de terceiros contratado se credenciados. Art. 26. A Coleta Domiciliar Regular consiste no recolhimento e transporte dos resíduos sólidos urbanos definidos no art. 7 o, incisos I e IX, devidamente acondicionados pelos geradores, dentro da frequência e horário estabelecidos e divulgados pelo órgão ou entidade municipal competente. 1º As instituições, órgãos e entidades públicas e as unidades de trato de saúde, integrantes da rede municipal, serão atendidas pelo serviço de coleta domiciliar regular que fará inclusive a remoção do lixo extraordinário, independentemente de quantidades, sendo necessário, entretanto, que todo o lixo do tipo domiciliar esteja separado e acondicionado diferentemente daqueles classificados como resíduos sólidos especiais mediante segregação na fonte. 2º Os estabelecimentos comerciais, as indústrias, as instituições, órgãos e entidades públicas e as unidades de trato de saúde integrantes das redes públicas federal e estadual ou integrantes da rede privada serão atendidas pelo serviço de coleta domiciliar regular apenas para os resíduos definidos no art. 7 o, inciso IX, sendo necessário que estes estejam separados e acondicionados diferentemente daqueles classificados como resíduos sólidos especiais mediante segregação na fonte. 58

59 3º Cantinas, restaurantes, refeitórios e outras unidades que funcionam dentro de prédios públicos com administração pela iniciativa privada, se enquadram no disposto no parágrafo anterior. 4º Ultrapassadas as quantidades máximas definidas no art. 7 o, inciso IX, os resíduos passam a ser considerados como lixo extraordinário e deverão ser recolhidos por intermédio da coleta especial, conforme estabelecido na Seção I do CAPÍTULO VI. 5º Nos casos em que as indústrias ou as unidades de trato de saúde não separem na fonte os RSU dos RSE, todos os resíduos serão considerados, indiscriminadamente, como resíduos sólidos especiais. 6º Nos casos em que as indústrias ou as unidades de serviço de saúde sejam providas de sistemas de tratamento que transformem os RSE em resíduos inertes, a coleta domiciliar regular fará a remoção de todos os resíduos, respeitadas as quantidades máximas estabelecidas no art. 7 o, inciso IX. Art. 27. A Coleta Pública Regular consiste no recolhimento e transporte dos resíduos sólidos urbanos definidos no art. 7 o, incisos V e VIII, devidamente acondicionados, de acordo com a frequência e horário estabelecidos pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 28. A Coleta Programada Regular consiste no recolhimento e transporte dos resíduos sólidos urbanos definidos no art. 7 o, incisos II, III, IV, VI e VII, devidamente acondicionados pelos geradores, de acordo com a frequência e horário a serem estabelecidos de comum acordo entre o gerador e o órgão ou entidade municipal competente. 1º Os serviços de coleta programada regular serão realizados gratuitamente, mediante solicitação do interessado ao órgão ou entidade municipal competente, em data, hora e local a serem acordados, com exceção da coleta do lixo proveniente de eventos. 2º A solicitação referida no caput deste artigo pode ser efetuada pessoalmente, por telefone, por escrito, ou pela internet. 3º Obtida a confirmação da data, hora e local em que será realizada a coleta programada regular, compete aos munícipes interessados acondicionar e colocar os resíduos no interior da edificação, ao nível do logradouro e a uma distância máxima de quinze metros do limite da propriedade, para efeito de coleta, salvo orientação diversa do órgão ou entidade municipal competente. Art. 29. Cabe ao órgão ou entidade municipal competente a responsabilidade de cadastrar pessoas físicas ou jurídicas interessadas em executar a coleta programada regular, estabelecendo todas as condições necessárias a este cadastramento. 59

60 Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas que realizarem os serviços de coleta programada regular deverão atender às normas e procedimentos técnicos estabelecidos pelo órgão ou entidade municipal competente, sob pena de perder o credenciamento. Art. 30. O órgão ou entidade municipal competente ficará autorizado a estabelecer e determinar as normas e procedimentos que se façam necessários à garantia das boas condições operacionais e qualidade dos serviços relativos à Remoção dos resíduos sólidos urbanos. Seção I Acondicionamento dos Resíduos Sólidos Urbanos Art. 31. São responsáveis pelo adequado acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos e sua oferta para fins de coleta: I - Os proprietários, gerentes, prepostos ou administradores de estabelecimentos comerciais, de indústrias, de unidades de trato de saúde ou de instituições públicas; II - Os residentes, proprietários ou não, de moradias ou de edifícios de ocupação unifamiliar; III - O condomínio, representado pelo síndico ou pela administração, nos casos de residências em regime de propriedade horizontal ou de edifícios multifamiliares; IV - Nos demais casos, as pessoas físicas ou jurídicas para o efeito designadas, ou, na sua falta, todos os residentes. Art. 32. É obrigatório o acondicionamento do lixo domiciliar e dos demais resíduos similares ao lixo domiciliar em sacos plásticos com capacidade máxima de cem litros e mínima de quarenta litros, nas espessuras e dimensões especificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Art. 33. Nas regiões onde o órgão ou entidade municipal competente faça coleta com uso de contêineres padronizados, é recomendável que o lixo domiciliar e os demais resíduos similares ao lixo domiciliar sejam acondicionados nesses recipientes, nas capacidades de cento e vinte ou duzentos e quarenta ou trezentos e sessenta litros, que deverão ser ofertados para coleta com a tampa completamente fechada. Art. 34. Serão considerados irregulares os recipientes que não seguirem a padronização estabelecida, ou que se apresentarem em mau estado de conservação e asseio ou os que não permitirem o correto ajuste da tampa. 60

61 Art. 35. Antes do acondicionamento do lixo domiciliar e dos demais resíduos similares ao lixo domiciliar, os munícipes deverão eliminar os líquidos e embrulhar convenientemente cacos de vidros e outros materiais contundentes e perfurantes, tendo em vista a segurança física dos coletores. Art. 36. É proibida a oferta de resíduos sólidos urbanos junto a qualquer resíduo considerado especial. Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo, quando causar danos à saúde humana, individual ou coletiva, ao meio ambiente ou aos veículos ou equipamentos do órgão ou entidade municipal competente, será passível das sanções previstas nesta Lei, independentemente de outras responsabilidades, indenizações e outros ônus quanto aos danos causados. Art. 37. Sempre que, no local de produção de resíduos sólidos urbanos, exista recipientes de coleta seletiva, os munícipes deverão utilizar os mesmos para a deposição das frações recicláveis. 1º Coleta Seletiva é o manuseio e carregamento em veículos apropriados das frações dos resíduos sólidos urbanos passíveis de reciclagem ou disposição final especial. 2º As frações recicláveis dos resíduos sólidos urbanos serão acondicionadas seletivamente em recipientes ou locais com características especificas para o fim a que se destinam. Seção II Remoção do Lixo Domiciliar e Resíduos Similares Art. 38. A remoção do lixo domiciliar e de resíduos similares, definidos no art. 7º, incisos I e IX, é de competência exclusiva do órgão ou entidade municipal competente, que poderá executar esta atividade diretamente ou por intermédio de terceiros contratados e credenciados. Parágrafo único. O desrespeito às disposições das Normas Técnicas emanadas do órgão ou entidade municipal competente ou da legislação ambiental, por parte de terceiros contratados e credenciados, acarretará as sanções contratuais e legais previstas, podendo gerar, inclusive, a rescisão contratual no caso de reincidência. Art. 39. Os recipientes contendo os resíduos devidamente acondicionados deverão ser colocados pelos geradores no logradouro, junto à porta de serviço das edificações ou em outros locais determinados pelo órgão ou entidade municipal competente. 61

62 Art. 40. Será estabelecido, para cada local do Município, em função de aspectos técnicos e operacionais, os dias e horários da coleta domiciliar regular, que deverão ser observados pelos munícipes. 1º Caberá ao órgão ou entidade municipal competente divulgar à população, com a devida antecedência, os dias e horários estabelecidos para a coleta domiciliar regular. 2º A oferta do lixo domiciliar deverá se dar em até duas horas antes do horário de coleta domiciliar regular, para os casos em que o lixo esteja acondicionado em contêineres plásticos, e em até uma hora, para os casos em que o lixo esteja acondicionado em sacos plásticos. 3º Os recipientes de acondicionamento de lixo deverão ser retirados dos logradouros em até uma hora após a coleta, para os casos em que a coleta é diurna, e até as oito horas da manhã do dia seguinte, para os casos em que a coleta é noturna. 4º Fora dos horários previstos nos 2º e 3º deste artigo, os recipientes deverão permanecer dentro das instalações do gerador. 5º Quando, por falta de espaço, as instalações do gerador não reunam condições para a colocação dos recipientes no seu interior e em local acessível a todos os moradores, os responsáveis pela limpeza e conservação das edificações deverão solicitar ao órgão ou entidade municipal competente autorização para mantê-los fora das instalações. 6º Quando da ocorrência de chuvas fortes, o lixo ofertado deverá ser retirado do logradouro pelo respectivo gerador, para impedir que seja levado ou disperso pelas águas pluviais. Art. 41. O lixo domiciliar e os resíduos similares quando colocados no logradouro com vistas à sua coleta, permanecem sob responsabilidade do gerador. Art. 42. É proibido acumular lixo com fim de utilizá-lo ou removê-lo para outros locais que não os estabelecidos pelo órgão ou entidade municipal competente, salvo os casos expressamente autorizados pelo Poder Público municipal. Parágrafo único. O órgão ou entidade municipal competente, a seu exclusivo critério, poderá executar os serviços de remoção do lixo indevidamente acumulado a que se refere o caput deste artigo, cobrando dos responsáveis o custo correspondente aos serviços prestados, por valores médios de mercado, sem prejuízo das sanções cabíveis. Seção III Art. 43. É terminantemente proibido manter, abandonar ou descarregar bens inservíveis em logradouros e outros espaços públicos do Município ou em qualquer terreno 62

63 privado, sem o prévio licenciamento do órgão ou entidade municipal competente, ou o consentimento do proprietário. Parágrafo único. A colocação dos bens inservíveis em logradouros e outros espaços públicos do Município só será permitida após requisição prévia ao órgão ou entidade municipal competente e a confirmação da realização da sua remoção. Seção IV Remoção de Entulho de Obras Domésticas e de Resíduos de Poda Doméstica Art. 44. O entulho de obras domésticas deverá estar acondicionado em sacos plásticos de vinte litros de capacidade, sendo efetuada a sua remoção nos limites e periodicidade definidos pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 45. Os resíduos de poda doméstica deverão estar amarrados em feixes que não excedam o comprimento de um vírgula cinco metros, o diâmetro de cinqüenta centímetros e o peso de trinta quilogramas, sendo efetuada a sua remoção nos limites e periodicidade definidos pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 46. É terminantemente proibido abandonar ou descarregar entulho de obras e restos de apara de jardins, pomares e horta em logradouros e outros espaços públicos do Município ou em qualquer terreno privado, sem prévio licenciamento junto ao órgão ou entidade municipal competente e consentimento do proprietário. 1º Os infratores do disposto no caput deste artigo serão multados e, se for o caso, terão os seus veículos apreendidos e removidos para um depósito municipal, de onde somente serão liberados após o pagamento das despesas de remoção e multas. 2º Os condutores e/ou proprietários de veículos autorizados a proceder à remoção de entulho de obras ou resíduos de poda deverão adotar medidas para que estes resíduos não venham a cair, no todo ou em parte, nos logradouros. 3º Caso os resíduos transportados venham a sujar ou poluir os logradouros, os responsáveis deverão proceder imediatamente à sua limpeza, sob pena de responderem perante o Poder Público. 4º Serão responsáveis pelo cumprimento do disposto neste artigo os proprietários dos veículos ou aqueles que detenham, mesmo transitoriamente, a posse dos mesmos e os geradores dos resíduos, facultado ao Poder Público autuá-los em conjunto ou isoladamente. Art. 47. É proibido depositar galhadas, aparas de jardim, entulho de obras e assemelhados junto, ao lado, em cima ou no interior dos contêineres e papeleiras de propriedade 63

64 do Município, proibido, terminantemente, removê-los ou causar-lhes quaisquer danos. Art. 48. A colocação de entulho de obras domésticas e de resíduos de poda doméstica em logradouros e outros espaços públicos do Município só será permitida após requisição prévia ao órgão ou entidade municipal competente e confirmação da realização da sua remoção. Seção V Remoção do Lixo Público e de Dejetos de Animais Art. 49. A remoção do lixo público e de dejetos de animais, definidos no art. 7º, incisos V e VIII, é da exclusiva responsabilidade do órgão ou entidade municipal competente e será executada diretamente ou por intermédio de terceiros contratados, ou mediante a coleta pública regular, imediatamente após a realização das atividades de limpeza de logradouros. Art. 50. O morador ou o administrador de imóvel localizado em ruas eminentemente residenciais ou ruas comerciais de reduzido fluxo de pessoas, seja proprietário ou não, deverá providenciar a varrição da calçada que se relacione ao imóvel, de forma a mantê-la limpa, ofertando os resíduos produzidos nesta atividade juntamente com o lixo domiciliar. Parágrafo único. A varrição das calçadas em frente a imóveis localizados em ruas comerciais com grande fluxo de pessoas será executada pelo órgão ou entidade municipal competente. Art. 51. É proibida a distribuição de panfletos, prospectos ou qualquer tipo de propaganda em logradouros. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput os materiais com divulgação dos fins específicos e não comerciais das entidades filantrópicas, religiosas, políticas, comunitárias e sindicais. Art. 52. Fica proibido fixar ou expor propaganda, anúncios, faixas, galhardetes ou pinturas em veículos oficiais, de transporte de passageiros ou de cargas, postes tapumes, abrigos, muros, viadutos, monumentos, passarelas, pontes ou em qualquer mobiliário urbano, sem a prévia, expressa e específica autorização do Poder Público, que poderá negá-la sem a obrigatoriedade de justificativa. 1º Excetuam-se no disposto no caput, os materiais com divulgação dos fins específicos e não comerciais das entidades filantrópicas, religiosas, políticas, comunitárias e sindicais. 64

65 2º Fica terminantemente proibida a fixação e exposição de qualquer tipo de material de propaganda ou publicidade em árvores. Art. 53. A limpeza de logradouros internos a condomínios fechados é de inteira responsabilidade dos moradores ou da administração do condomínio, cabendo ao órgão ou entidade municipal competente realizar apenas os serviços inerentes à coleta regular. Parágrafo único. A limpeza dos logradouros referidos no caput deste artigo abrange os serviços de varrição, capina, roçada, raspagem, poda de árvores, implantação e limpeza de cestas coletoras, lavagem, limpeza de mobiliário urbano, quando houver, e desobstrução de caixas de ralo. Art. 54. O manuseio dos dejetos de animais definidos no art. 7º, inciso VIII, é da exclusiva responsabilidade dos proprietários ou dos acompanhantes de animais. Art. 55. Os proprietários ou acompanhantes de animais devem proceder à limpeza e remoção imediata dos dejetos produzidos por estes animais nos logradouros e outros espaços públicos, exceto os provenientes de cães-guia, quando acompanhantes de cegos. 1 o Na sua limpeza e remoção, os dejetos de animais devem ser devidamente acondicionados, de forma hermética, para evitar qualquer insalubridade. 2º A deposição de dejetos de animais, acondicionados nos termos do parágrafo anterior, deve ser efetivada nos recipientes existentes no logradouro, nomeadamente contêineres e papeleiras, para que possam ser removidos pela coleta pública regular. Remoção do Lixo de Feiras Livres Art. 56. A remoção do lixo e a limpeza do logradouro e adjacências em que funcionem as feiras livres ficarão sob a responsabilidade do Poder Público. Parágrafo único. Os comerciantes de feiras livres serão obrigados a dispor, por seus próprios meios, de recipientes padronizados pelo órgão competente do Poder Público, devendo nele depositar todo lixo produzido por sua atividade de comércio durante o funcionamento das feiras. Seção VII Remoção do Lixo de Eventos 65

66 Art. 57. O manuseio, coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final do lixo de eventos é da exclusiva responsabilidade dos seus geradores, podendo estes, no entanto, acordar com o órgão ou entidade municipal competente ou com empresas devidamente credenciadas a realização dessas atividades. 1º Além de seus respectivos organizadores, os contratantes ou promotores de eventos realizados em locais públicos são responsáveis pelo manuseio, remoção, valorização e eliminação dos resíduos produzidos. 2º Os eventos programados para ocorrerem em logradouros somente serão autorizados se os respectivos organizadores, contratantes ou promotores apresentarem prévio acordo com o órgão ou entidade municipal competente ou com uma das empresas, por ele credenciado, para a remoção dos resíduos produzidos. Art. 58. Se os geradores acordarem com o órgão ou entidade municipal competente a remoção dos resíduos referidos no artigo anterior, constitui sua obrigação: I - ofertar ao Poder Público a totalidade dos resíduos produzidos; II - cumprir o que o órgão ou entidade municipal competente determinar, para efeitos de remoção dos resíduos e das suas frações passíveis de recuperação ou de reciclagem; III - fornecer todas as informações exigidas pelo Poder Público, referentes à natureza, ao tipo e às características dos resíduos produzidos. Art. 59. Aos geradores que acordem com o Poder Público a remoção dos resíduos são aplicadas as taxas ou tarifas previstas na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente. Art. 60. Para os geradores que acordem com o Poder Público a remoção do lixo de eventos, o pagamento das taxas ou tarifas previstas na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente será efetuado até o dia dez do mês seguinte ao da prestação dos serviços. 1º Decorrido o prazo previsto no caput deste artigo, sem que o pagamento se tenha efetuado, pode o mesmo realizar-se nos sessenta dias subseqüentes, acrescidos de juros de mora, à taxa legal. 2º Findo o prazo a que se refere o 1º, serão acrescidos ao débito os encargos de multa, transformada a cobrança, imediatamente, em compulsória, com a inscrição do contribuinte ou dos responsáveis na Dívida Ativa do Município. CAPITULO VI 66

67 SISTEMA DE REMOÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS RSE Art. 61. A gestão dos resíduos sólidos especiais definidos no art. 8º, incluindo o manuseio, coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final, é de responsabilidade exclusiva dos seus geradores. Art. 62. Compete ao Poder Público estabelecer normas técnicas e procedimentos operacionais para o manuseio, coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos especiais, sempre que for de seu interesse e em conformidade com a legislação ambiental. Art. 63. Define-se Remoção dos resíduos sólidos especiais como o afastamento dos resíduos sólidos especiais dos locais de produção, mediante coleta e transporte. Art. 64. A remoção dos resíduos sólidos especiais é de competência exclusiva dos geradores e será efetuada pelo próprio gerador, por empresas especializadas contratadas ou pelo órgão ou entidade municipal competente mediante acordos específicos. Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas interessadas na prestação do serviço de remoção dos resíduos sólidos especiais definidos no art. 8º, incisos I e III devem se cadastrar junto ao Poder Público, obrigatoriamente. Art. 65. O órgão ou entidade municipal competente será o responsável pelo cadastramento e credenciamento de pessoas físicas ou jurídicas para o exercício das atividades de remoção dos resíduos sólidos especiais definidos no art. 8º, incisos I e III. 1º Para o exercício da atividade de remoção de resíduos sólidos especiais, os interessados devem preencher o requerimento padrão elaborado pelo Poder Público, anexando os documentos solicitados. 2º Às pessoas físicas só é facultado o cadastramento e credenciamento para a execução dos serviços de remoção do entulho de obras extraordinário e de resíduos de poda extraordinários. Art. 66. A autorização será concedida pelo prazo de um ano, devendo ser renovada ao final deste período. Parágrafo único. Os interessados devem apresentar o pedido de renovação da autorização em até trinta dias antes do final do prazo referido no caput deste artigo, acompanhado sempre de cópia da autorização anterior e das eventuais alterações que ocorram nas informações solicitadas, anexando toda a respectiva documentação comprobatória. 67

68 Art. 67. Aos geradores que acordem com o Poder Público a remoção dos resíduos sólidos especiais serão cobradas as taxas ou tarifas previstas na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente. 1º O pagamento das taxas ou tarifas previstas na Tabela de Serviços Especiais antes mencionada é mensal, devendo ser efetuado até o décimo dia do mês subseqüente àquele da prestação dos serviços. 2º Decorrido o prazo previsto no 1º deste artigo, sem que o pagamento tenha sido efetuado, poderá o mesmo ser efetivado em até sessenta dias subseqüentes, acrescido de juros de mora, à razão de um por cento ao mês, calculados pro rata dies até o cumprimento da obrigação. 3º Findo o prazo de cobrança amigável mencionado no 2º, o Poder Público, pelo órgão ou entidade municipal competente, procederá à cobrança compulsória do débito apurado. 4º Decorridos os prazos previstos nos parágrafos anteriores,o Poder Público poderá suspender o acordado com o gerador dos resíduos sempre que houver importâncias em dívida. Seção I Art. 68. Constitui obrigação do gerador de lixo extraordinário: I - II - promover a segregação na fonte, separando o lixo com características similares àquelas do lixo domiciliar, dos demais resíduos; eliminar os líquidos e embrulhar convenientemente cacos de vidros e outros materiais contundentes e perfurantes antes de proceder ao acondicionamento do lixo extraordinário; III - acondicionar os resíduos com características de lixo domiciliar em sacos plásticos com capacidade máxima de cem litros e mínima de quarenta litros, nas espessuras e dimensões especificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT; IV - acondicionar o entulho de obras ou os resíduos de poda extraordinários em caçambas estacionárias de, no máximo, cinco metros cúbicos de capacidade, de acordo com o especificado nas Normas Técnicas a serem estabelecidas pelo órgão ou entidade municipal competente; V - não permitir que os resíduos ultrapassem os limites físicos da caçamba estacionária, nem se utilizar de dispositivos que aumentem artificialmente a capacidade das referidas caçambas; VI - ofertar ao Poder Público coletor a totalidade dos resíduos produzidos; 68

69 VII - cumprir as determinações emanadas do Poder Público, para efeitos de remoção dos resíduos e das suas frações passíveis de recuperação ou de reciclagem; VIII- fornecer todas as informações exigidas pelo órgão ou entidade municipal competente, referentes à natureza, ao tipo e às características dos resíduos produzidos. Art. 69. As caçambas para deposição de entulho de obras extraordinárias e resíduos de poda extraordinários deverão ser sempre removidas pelos responsáveis quando: I - decorrer o prazo de quarenta e oito horas após a colocação da caçamba, independentemente da quantidade de resíduos em seu interior; ou II - decorrer o prazo de oito horas após a caçamba estar cheia; ou III - se constituírem em foco de insalubridade, independentemente do tipo de resíduo depositado; ou IV - os resíduos depositados estiverem misturados a outros tipos de resíduos; ou V - estiverem colocadas de forma a prejudicar a utilização de sarjetas, bocas de lobo, hidrantes, mobiliário urbano ou qualquer outra instalação fixa de utilização pública; ou VI - estiverem colocadas de forma a prejudicar a circulação de veículos e pedestres nos logradouros e calçadas. Art. 70. Os responsáveis por podas de árvores ou por obras em logradouros públicos deverão providenciar a remoção imediata de todos os resíduos produzidos por essas atividades. Parágrafo único. Além de seus respectivos contratantes, os empreiteiros ou promotores das obras que produzam entulho são responsáveis pelo seu manuseio, remoção, valorização e eliminação. Seção II Art. 71. A remoção dos resíduos industriais perigosos, do lixo químico e dos resíduos radioativos, conforme definidos no art. 8º, incisos II, IV e V, deve atender ao disposto na legislação ambiental vigente. 69

70 Seção III Art. 72. Constitui obrigação do gerador de lixo infectante: I - promovera segregação na fonte, separando o lixo extraordinário do lixo infectante e do lixo químico; II - embalar os materiais pérfuro-cortantes separadamente em recipientes de material resistente e de espessura adequada, antes de serem levados para acondicionamento; III - embalar o lixo infectante em sacos plásticos, na cor branca leitosa, de acordo com as especificações da norma NBR-9190 da ABNT e com os procedimentos estabelecidos nas Normas Técnicas estabelecidas pelo Poder Público; IV - acondicionar os resíduos em contêineres plásticos brancos, estocando-os até o momento da coleta em abrigos construídos para esta finalidade, de acordo com o disposto nas Normas Técnicas pertinentes; V - ofertar ao órgão ou entidade municipal competente a totalidade do lixo infectante produzido; VI - cumprir o que o Poder Público determinar, para efeitos de remoção dos resíduos; VII - fornecer todas as informações exigidas pelo órgão ou entidade municipal competente, referentes à natureza, ao tipo e às características dos resíduos produzidos. Seção IV Art. 73. A remoção de lodos e lamas deverá atender à legislação pertinente à matéria, principalmente no que se refere ao manuseio e transporte, de modo a evitar o vazamento destes materiais em logradouros, prejudicando a limpeza urbana. CAPÍTULO VII VAZAMENTO DE RESÍDUOS Art. 74. O Poder Público autorizará o vazamento em suas instalações somente de resíduos sólidos urbanos que atendam ao disposto nesta Lei, nas suas Normas Técnicas e na legislação ambiental vigente. 70

71 Parágrafo único. O vazamento de resíduos em instalações do Poder Público estará sujeito ao pagamento do valor estipulado na Tabela de Serviços Especiais do órgão ou entidade municipal competente. Art. 75. O pedido de autorização para vazamento de resíduos sólidos nas instalações referidas no artigo anterior deve conter os seguintes elementos: I - II - identificação do requerente: nome ou razão social; número da identidade ou registro de pessoa jurídica; III - número de inscrição no CGC/MF; IV - residência ou sede social; V - caracterização, tão completa quanto possível, dos resíduos sólidos a vazar; VI - local de produção dos resíduos e identificação do respectivo produtor; VII - características da viatura utilizada no transporte dos resíduos; VIII - número previsto de viagens e estimativa da quantidade total a vazar; IX - identificação do período pretendido para a utilização das instalações do órgão ou entidade municipal competente. Art. 76. Sempre que a caracterização a que se refere o inciso V do artigo antecedente for considerada insuficiente, o Poder Público não concederá a autorização para vazamento dos resíduos enquanto não forem prestados os esclarecimentos entendidos como necessários. Art. 77. Só é permitido o vazamento dos resíduos cujas características correspondam às mencionadas na autorização referida nos arts. 74 e 75, mediante verificação no local de descarga. CAPÍTULO VIII FISCALIZAÇÃO E SANÇÕES Apuração de Multas Art. 78. Para imposição das multas previstas nesta Lei, o Poder Público, pelo órgão ou entidade municipal competente ou agentes de fiscalização da limpeza urbana do Município, observará a gravidade do fato e os antecedentes do infrator ou do responsável solidário. 71

72 1º São circunstâncias que atenuam a aplicação da multa o arrependimento por escrito do infrator que não seja reincidente, seguido de demonstração incontestável de que providenciou a correção do fato gerador e colaborou com a fiscalização. 2º São circunstâncias que agravam a aplicação da multa a reincidência, a vantagem pecuniária e a colocação em risco da saúde pública. Art. 79. As multas são progressivas conforme a seguinte série matemática: R$ 50,00 (cinqüenta reais), R$ 80,00 (oitenta reais), R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais), R$ 200,00 (duzentos reais), R$ 315,00 (trezentos e quinze reais), R$ 500,00 (quinhentos reais), R$ 800,00 (oitocentos reais), R$ 1.250,00 (um mil e duzentos e cinqüenta reais), R$ 2.000,00 (dois mil reais) e assim sucessivamente. Parágrafo único. Quando explicitado, as multas poderão começar por qualquer outro termo da série prevista no caput deste artigo, que não o termo inicial. Art. 80. A critério do órgão ou entidade municipal competente ou agentes de fiscalização da limpeza urbana do Município, as multas poderão ser precedidas de advertência escrita ou intimação. Art. 81. O pagamento das multas será efetuado até o dia dez do mês seguinte ao seu recebimento. 1º Decorrido o prazo previsto no caput deste artigo, sem que o pagamento se tenha efetuado, pode o mesmo realizar-se nos sessenta dias subseqüentes, acrescidos de juros de mora à razão de um por cento ao mês, calculados pro rata dies. 2º Findo o prazo de cobrança amigável, o órgão ou entidade municipal competente procederá à cobrança compulsória do débito apurado. Seção II Art. 82. Perturbar, prejudicar ou impedir a execução de qualquer das atividades de limpeza urbana sujeitará o infrator à multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art. 83. Depositar, permitir a deposição ou propiciar a deposição de lixo, bens inservíveis, entulho de obra ou resíduos de poda em terrenos baldios ou imóveis públicos ou privados, bem como em encostas, rios, valas, ralos, canais, lagoas, praias, mar, oceano, áreas protegidas ou em qualquer outro local não autorizado pelo Poder Público, sujeitará o infrator às seguintes penalidades, independentemente de outras sanções: I - quando o volume depositado for de até um metro cúbico, a multa inicial será de R$ 200,00 (duzentos reais); II - quando o volume ultrapassar um metro cúbico, a multa inicial será de R$ 500,00 (quinhentos reais). 72

73 Art. 84. Construir instalações para manuseio do lixo domiciliar no interior de edificações em desacordo com o disposto nas normas técnicas do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), além de obrigar os responsáveis a: I - realizar as obras necessárias e substituir os equipamentos de forma a tornar as instalações compatíveis com as normas técnicas do órgão ou entidade municipal competente; II - demolir as instalações e remover o equipamento instalado quando, face às Normas Técnicas, não seja possível corrigir as deficiências encontradas; III - executar, no prazo de trinta dias, as necessárias transformações do sistema que forem determinadas. Art. 85. Manter o sistema de movimentação interna dos resíduos sem as condições de higiene e asseio constitui infração punida com multa de R$ 80,00 (oitenta reais), sem prejuízo do disposto no 4º do art. 19. Art. 86. Efetuar a estocagem interna dos resíduos em local sem as condições mínimas definidas no art. 20 ou nas normas técnicas do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Seção IV Art. 87. Realizar a remoção dos resíduos sólidos urbanos sem a devida autorização do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 500,00 (quinhentos reais). Art. 88. Desobedecer às normas técnicas ou legislação específica por parte das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a realizar a remoção dos resíduos sólidos urbanos constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais), independentemente das demais sanções contratuais cabíveis. Art. 89. Utilizar equipamento de tipo diverso do autorizado pelo órgão ou entidade municipal competente para remoção de resíduos sólidos urbanos constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art. 90. Transportar resíduos sólidos urbanos em veículos inadequados, deixando-os cair nos logradouros constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). 73

74 1º Além do pagamento da respectiva multa, a infração deste artigo obriga os responsáveis a remover os resíduos caídos nos logradouros num prazo máximo de duas horas. 2º Decorrido o prazo fixado no caput deste artigo sem que os responsáveis removam os resíduos, fica a multa majorada em cem por cento e o órgão ou entidade municipal competente poderá proceder à respectiva remoção e eliminação dos resíduos, sendo as despesas decorrentes da remoção cobradas dos responsáveis pela infração. Art. 91. Acondicionar o lixo domiciliar e os demais resíduos similares a este tipo de lixo em recipientes diferentes dos especificados nos arts. 32 e 33 constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art. 92. Apresentar recipientes para acondicionamento do lixo domiciliar a estetipo de lixo em mau estado de conservação e asseio constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art. 93. Ofertar lixo domiciliar em cestas de lixo construídas sobre pedestais, pilaretes ou outros dispositivos de sustentação constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art. 94. Ofertar resíduos sólidos urbanos para coleta regular, assim como retirar os recipientes vazios, fora dos horários e condições estabelecidas pelo Poder Público constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art. 95. Ofertar resíduos sólidos urbanos junto a qualquer resíduo considerado especial constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais), independentemente das demais sanções aplicáveis à espécie. Parágrafo único. Se o resíduo ofertado em conjunto com os resíduos sólidos urbanos for caracterizado como lixo perigoso ou químico ou radioativo, a multa inicial será de R$ 500,00 (quinhentos reais). Art. 96. Ofertar para coleta o lixo domiciliar contendo cacos de vidros e outros materiais contundentes e perfurantes sem o devido acondicionamento constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Parágrafo único. Nos casos em que os cacos de vidros ou outros materiais contundentes e perfurantes vierem a ferir os servidores que trabalham na coleta domiciliar, a multa inicial será de R$ 200,00 (duzentos reais). Art. 97. Não retirar o lixo ofertado para coleta domiciliar regular em dias de chuva forte constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art. 98. Acumular lixo com fim de utilizá-lo ou removê-lo para outros locais sem prévia autorização do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais), além de obrigar o infrator a 74

75 ressarcir o Poder Público pelos custos da remoção e eliminação do lixo acumulado. Art. 99. Catar ou extrair qualquer parte do conteúdo do lixo colocado em logradouro para fins de coleta constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art Não efetuar a varrição da calçada que se relacione ao imóvel conforme disposto no art. 51 constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art Colocar galhadas, aparas de jardim, entulho de obras e assemelhados junto ou ao lado ou em cima ou no interior dos contêineres e papeleiras de propriedade do Poder Público constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Além do pagamento das respectivas multas, a infração a qualquer dos arts. 83 ou 101 obrigam os responsáveis a remover os resíduos depositados irregularmente num prazo máximo de duas horas. Parágrafo único. Decorrido o prazo fixado no caput deste artigo sem que os responsáveis removam os resíduos, fica a multa majorada em cem por cento e o órgão ou entidade municipal competente poderá proceder à respectiva remoção e eliminação dos resíduos, sendo as despesas decorrentes da remoção cobradas dos responsáveis pela infração. Art Não remover os dejetos de animais nas condições especificadas no art. 55 constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art Não executar a limpeza do logradouro durante e imediatamente após a realização de feiras livres nas condições especificadas no art. 56constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Realizar eventos em logradouros ou outros espaços públicos sem a apresentação de um prévio plano para remoção dos resíduos gerados e a respectiva autorização do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 500,00 (quinhentos reais). Art Além do pagamento da multa definida no artigo anterior, os responsáveis são obrigados a remover os resíduos depositados irregularmente num prazo máximo de doze horas. Parágrafo único. Decorrido o prazo fixado no caput deste artigo sem que os responsáveis removam os resíduos, fica a multa majorada em cem por cento e o órgão ou entidade municipal competente poderá proceder à respectiva remoção e eliminação dos resíduos, sendo as despesas decorrentes da remoção cobradas dos responsáveis pela infração. 75

76 Art Remover ou desviar dos seus lugares os contêineres e papeleiras colocados nos logradouros para efeito de coleta de lixo público constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Art Depositar resíduos diferentes daqueles a que se destinam os recipientes de coleta seletiva constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art Distribuir panfletos ou prospectos ou qualquer tipo de propaganda em logradouros constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Art Afixar material de propaganda ou anúncio ou pinturas em veículos oficiais de transportes de passageiros ou de carga, postes, tapumes, abrigos, muros, viadutos, monumentos, passarelas, pontes ou em qualquer mobiliário urbano, sem a prévia, expressa e específica autorização do Poder Público, constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). 1º No caso de pinturas, além do pagamento da multa definida no caput deste artigo, os infratores serão obrigados a reparar, às suas custas, os danos causados, restabelecendo o local à sua condição anterior, no prazo máximo de quarenta e oito horas, a partir de sua notificação pelo órgão ou entidade municipal competente do Poder Público. 2º Decorrido o prazo fixado no 1º deste artigo, sem que as providências tenham sido tomadas, fica a multa majorada em cem por cento e aplicada diariamente até a devida reparação. 3º No caso do 1º, tratando-se de um bem público, se as providências não forem tomadas, o órgão ou entidade municipal competente poderá proceder à respectiva reparação, sendo as despesas decorrentes cobradas dos responsáveis pela infração. Art Expor material de propaganda ou anúncio em logradouros, sob a forma de cartazes ou faixas ou galhardetes, sem a prévia autorização do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Seção V Art Realizar a remoção dos resíduos sólidos especiais, sem a devida autorização do Poder Público, constitui infração punida com a multa inicial de R$ 500,00 (quinhentos reais). Art Desobedecer às normas técnicas do órgão ou entidade municipal competente e à legislação específica por parte das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a 76

77 realizar a remoção dos resíduos sólidos especiais constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais), independentemente das demais sanções contratuais cabíveis. Art Utilizar equipamento de tipo diverso do autorizado pelo órgão ou entidade municipal competente para remoção de resíduos sólidos especiais constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Art Transportar resíduos sólidos urbanos em veículos inadequados, deixando-os cair nos logradouros, constitui infração punida com a multa inicial de R$ 200,00 (duzentos reais). Art Acondicionar o lixo extraordinário em recipientes e condições diferentes das especificados no art. 68constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Não remover as caçambas para deposição de entulho de obras extraordinários e resíduos de poda extraordinários nas condições especificadas no art. 69 constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Acondicionar o lixo infectante em recipientes e condições diferentes dos especificados no art. 72 e nas normas técnicas da ABNT constitui infração punida com a multa inicial de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Art Ofertar para coleta domiciliar resíduos de cantinas, restaurantes, refeitórios e outras unidades administradas pela iniciativa privada e que funcionem dentro de prédios constitui infração punida com a multa inicial de R$ 500,00 (quinhentos reais). Penalidades sobre a Higiene e Limpeza dos Logradouros e Outros Espaços Públicos Art Realizar a limpeza e/ou lavagem de edificações ou veículos sem que os resíduos provenientes dessas atividades sejam recolhidos e as águas servidas encaminhadas para o ralo mais próximo, constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art Realizar a limpeza de logradouros com água, sem ter providenciado a prévia remoção dos detritos das mesmas quando da ocorrência de alagamentos, constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinquenta reais). Art Lançar nas sarjetas ou sumidouros quaisquer detritos ou objetos constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). 77

78 Art Vazar águas poluídas, tintas, óleos ou outros líquidos poluentes nos logradouros e outros espaços públicos constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Efetuar queimadas de resíduos sólidos ou sucata a céu aberto constitui infração punida com a multa inicial de R$ 80,00 (oitenta reais). Art Não proceder à limpeza de todos os resíduos provenientes de obras que afetem o asseio dos logradouros e outros espaços públicos constitui infração punida com a multa inicial de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Penalidades sobre o Vazamento de Resíduos Art Vazar qualquer tipo de resíduo em instalações não licenciadas pela Prefeitura do Município do Rio de Janeiro constitui infração punida com a multa inicial de R$ 800,00 (oitocentos reais). Art Vazar qualquer tipo de resíduo com características que não correspondam às mencionadas na autorização do órgão ou entidade municipal competente constitui infração punida com a multa inicial de R$ 500,00 (quinhentos reais). Art Além do pagamento das respectivas multas definidas nos arts. 125 e 126, os responsáveis pela infração são obrigados a remover os resíduos depositados irregularmente em um prazo máximo de quatro horas. 1 o Decorrido o prazo fixado no caput deste artigo sem que os responsáveis removam os resíduos, fica a multa majorada em cem por cento e o órgão ou entidade municipal competente poderá proceder à respectiva remoção e eliminação dos resíduos, sendo as despesas decorrentes da remoção cobradas dos responsáveis pela infração. 2 o Caso o Poder Público seja obrigado a proceder à remoção e eliminação dos resíduos vazados irregularmente, os responsáveis pela infração ficarão impedidos de vazar em qualquer das instalações do Município do Rio de Janeiro ou por este controladas. CAPÍTULO IX DISPOSIÇÕES FINAIS Art Sem prejuízo das multas definidas no capítulo anterior, o Poder Público poderá proceder à apreensão de todo e qualquer material, ferramentas, recipientes, equipamentos, máquinas e veículos utilizados para remover ou descarregar irregularmente qualquer tipo de resíduo. 78

79 Parágrafo único. Caberá aos infratores pagar as despesas decorrentes do transporte e guarda dos bens apreendidos, assim como as despesas com a remoção e disposição final dos resíduos descarregados irregularmente, independentemente do pagamento das multas cabíveis. Art O órgão ou entidade municipal competente deverá apresentar e fazer publicar as normas complementares a esta Lei, no prazo de cento e oitenta dias a contar da data do início da vigência deste diploma legal. Art A reciclagem de resíduos, quando houver viabilidade econômica ou conveniência social com provisão orçamentária, deverá ser facilitada pelo Poder Público, de preferência por meio de estímulos à separação do lixo próximo à origem. 1 o O órgão ou entidade municipal competente poderá autorizar a triagem de materiais recicláveis, desde que por intermédio de cooperativas de catadores devidamente cadastradas e por ele fiscalizadas. 2 o Ao órgão ou entidade municipal competente caberá a implementação de ações de incentivo à separação de materiais recicláveis na fonte geradora e seu descarte, de forma a evitar que a triagem seja efetuada nos recipientes colocados nos logradouros para fins de coleta regular. Art O Poder Público deverá executar o desenvolvimento de projetos economicamente auto-sustentáveis de redução e reutilização do lixo, de forma a estimular revisões das embalagens dos produtos de consumo, mudanças dos hábitos pessoais da população e criação de cooperativas de catadores ou, ainda, incrementar ações que reduzam a geração de resíduos sólidos urbanos e evitem riscos à saúde pública. Art Os valores em Reais estipulados nesta Lei serão reajustados de acordo com o índice e o período aplicáveis aos reajustes dos créditos tributários municipais. Art A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art Ficam revogadas as Leis 1.624, de 09 de outubro de 1990; 1.856, de 11 de março de 1992; 2.511, de 02 de dezembro de 1996 e 2.630, de 26 de maio de 1998; e ainda o Decreto nº 9.287, de 23 de abril de CESAR MAIA 79

80 ANEXO 4 PORTARIA N COMLURB Nº 001 DE 30 DE AGOSTO DE 2010 Estabelece as diretrizes para o credenciamento de pessoas físicas e jurídicas que desejam prestar serviços de coleta e remoção de resíduos sólidos especiais na Cidade do Rio de Janeiro. A DIRETORA-PRESIDENTE DA COMPANHIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA COMLURB, no uso das suas atribuições legais, RESOLVE: Estabelecer as diretrizes para o credenciamento na prestação dos serviços de coleta e remoção de resíduos sólidos, conforme abaixo relacionadas: 1. OBJETIVO 1.01 A presente Portaria tem por objetivo estabelecer os procedimentos para o credenciamento de pessoas físicas e jurídicas que desejam prestar serviços de coleta e remoção de resíduos sólidos especiais na Cidade do Rio de Janeiro, buscando assegurar a sua eficiência na prestação destes serviços e a garantia de seu elevado padrão de qualidade. 2. REFERÊNCIAS CRUZADAS 2.01 Lei Federal nº , de 02/08/10 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº e dá outras providências Lei Federal nº , de 05/01/07 estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº s 6.766, de 19 de dezembro de 1979, de 11 de maio de 1990, de 21 de junho de 1993, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº de 11 de maio de 1978; e dá outras providências Lei Federal nº 9.605, de 12/02/98 - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências (Lei de Crimes Ambientais) Lei n 4.969, de 03/12/08 dispõe sobre objetivos, instrumentos, princípios e diretrizes para gestão integrada de resíduos sólidos no Município do Rio de Janeiro e dá outras providências. 80

81 2.05 Lei Municipal nº 3.273, de 06/09/01 - dispõe sobre a Gestão do Sistema de Limpeza Urbana no Município do Rio de Janeiro Decreto Municipal n , de 27/09/06 institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, e dá outras providências Decreto Municipal nº , de 19/04/02 - regulamenta a Lei Municipal nº 3.273/ Resolução CONAMA 416, de 01/10/09 dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências Resolução CONAMA 401, de 05/11/08 estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências Resolução CONAMA 358, de 29/04/05 dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde, e dá outras providências Resolução CONAMA 307, de 05/07/02 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil Resolução ANVISA RDC-306, de 07/12/04 - dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde Diretriz FEEMA DZ-1310, de 03/09/04 - estabelece a Diretriz de Implantação do Sistema de Manifesto de Resíduos Norma Técnica COMLURB estabelece os procedimentos para acondicionamento, coleta, transporte e destinação final do lixo domiciliar extraordinário gerado no Município do Rio de Janeiro Norma Técnica COMLURB estabelece os procedimentos para acondicionamento, coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos inertes gerados no Município do Rio de Janeiro Norma Técnica COMLURB estabelece os procedimentos para a segregação na fonte, acondicionamento, estocagem, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) gerados no Município do Rio de Janeiro. 81

82 3. APLICAÇÃO 3.01 Esta Portaria se aplica a todas as pessoas físicas e jurídicas que prestam ou pretendem prestar no Município do Rio de Janeiro serviços de: a) Coleta e remoção de lixo extraordinário; b) Coleta e remoção de resíduos sólidos inertes; c) Coleta e remoção de lixo infectante. 4. DEFINIÇÕES 4.01 LIXO EXTRAORDINÁRIO parcela de resíduos, conforme art. 8 inciso I, da Lei 3.273/01, tais como: a) poda de manutenção de jardim, pomar ou horta; b) entulho de obras de reforma, de demolição ou de construção de domicílios residenciais que exceda as quantidades e periodicidades estabelecidas pela COMLURB; c) lixo produzido em unidades de trato de saúde e estabelecimentos comerciais, de serviços ou industriais, públicas ou privadas ou mesmo em imóveis não residenciais, cuja natureza ou composição sejam similares àquelas do lixo domiciliar e que exceda o volume diário de 120 (cento e vinte) litros ou 60 (sessenta) quilogramas, conforme definido na Lei 3.273, de 06/09/ LIXO INFECTANTE conjunto de resíduos resultante de atividades médicoassistenciais e de pesquisa produzido nas unidades de trato de saúde, composto por materiais biológicos ou perfurocortantes contaminados por agentes patogênicos, que apresentem ou possam apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente, correspondente aos Grupos A e E, da Resolução ANVISA 306/04, com exceção do subgrupo A RESÍDUOS SÓLIDOS INERTES RSI RESÍDUOS SÓLIDOS INERTES LIMPOS resíduos provenientes de obras da construção civil, como telhas, tijolos, ladrilhos e concreto RESÍDUOS SÓLIDOS INERTES MISTURADOS englobam os Resíduos Sólidos Inertes Limpos, mais materiais como plástico, papel, papelão, madeira, ferro, vidro, 82

83 galhada, folhagem e bens móveis inservíveis e volumosos que não podem ser recolhidos pelos veículos da coleta domiciliar regular, conforme definidos na Lei Municipal nº 3.273/01 e que sejam correspondentes aos Grupos A, B e C da Resolução CONAMA 307/ ACONDICIONAMENTO colocação dos resíduos no interior de recipientes apropriados e estanques, em regulares condições de higiene, visando a sua posterior estocagem ou coleta ATESTADO DE CONFORMIDADE COMLURB DE FROTA E EQUIPAMENTOS documento que atesta a conformidade dos veículos e equipamentos a serem credenciados com os tipos de serviços a serem realizados e com as disposições pertinentes da presente portaria CERTIFICADO DE CREDENCIAMENTO COMLURB documento que credencia as pessoas físicas e jurídicas para a prestação dos serviços no âmbito da presente portaria COLETA conjunto de atividades para retirada dos resíduos devidamente acondicionados e ofertados mediante o uso de veículos apropriados para tal DESTINAÇÃO FINAL ou DISPOSIÇÃO FINAL conjunto de atividades que objetiva dar o destino final adequado ao lixo, com ou sem tratamento, sem causar danos ao meio ambiente ESTOCAGEM armazenamento dos resíduos em local adequado, de forma controlada e por curto período de tempo LIMPEZA DE LOGRADOUROS conjunto de atividades para remoção dos resíduos lançados ou gerados nos logradouros, mediante uso de veículos apropriados para tal, bem como a lavagem dos logradouros OFERTA colocação dos recipientes contendo os resíduos na calçada em frente ao domicílio, junto ao meio-fio, ou em outro local especificamente designado pela COMLURB, visando a sua coleta REMOÇÃO coleta e transporte de resíduos dos locais de produção até o seu destino SEGREGAÇÃO NA FONTE separação dos resíduos nos seus diferentes tipos ou nas suas frações passíveis de valorização, no seu local de geração TRANSPORTE transferência física dos resíduos coletados até uma unidade de tratamento ou disposição final, mediante o uso de veículos apropriados TRATAMENTO OU BENEFICIAMENTO conjunto de atividades de natureza física, química ou biológica, realizada manual ou mecanicamente com o objetivo de alterar qualitativa ou quantitativamente as características dos resíduos, com vistas à sua 83

84 redução, reaproveitamento, valorização, para facilitar sua movimentação ou sua disposição final UNIDADES DE TRATO DE SAÚDE (UTS) OU ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE (EAS) estabelecimentos que prestam atendimento à saúde humana ou animal, conforme definidos pela Resolução RDC-50 da ANVISA VISTORIA TÉCNICA vistoria realizada pela COMLURB com vistas à verificação dos veículos e dos equipamentos a serem credenciados e se estes atendem aos tipos de serviços e às disposições pertinentes na presente portaria. 5. RESPONSABILIDADES 5.01 Das Empresas e Transportadores Autônomos Credenciados a) As empresas e os transportadores autônomos, credenciados são responsáveis pelo cumprimento das determinações emanadas pelos órgãos de controle ambiental e vigilância sanitária, em especial, as Resoluções da ANVISA, as Diretrizes e Instruções Técnicas do INEA, Portarias e as Normas Técnicas da COMLURB. Deverão, também, respeitar a legislação pertinente à sua atividade, em especial, aquela relativa aos resíduos sólidos, meio ambiente, trato de saúde e emissão de ruídos e gases, respondendo solidariamente pelos eventuais danos causados ao sistema de limpeza urbana, à saúde pública, ao patrimônio público e ao meio ambiente e alertando os seus contratantes quanto à necessidade do cumprimento de tais determinações; b) Proceder imediatamente à limpeza dos logradouros e também, se for o caso, à sua desinfecção, quando os resíduos, no ato do recolhimento para o veículo ou no transporte, sujarem esses locais, ou sempre que notificado pela Fiscalização da COMLURB; c) Manter os veículos e equipamentos credenciados em perfeitas condições de operação, de limpeza e de desinfecção; d) Informar à COMLURB por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) a relação de clientes e a numeração da Nota Fiscal correspondente aos serviços prestados, que deverá ser enviada até o 5 (quinto) dia útil do mês subsequente, por escrito ou via correio eletrônico, por meio do comlurb_pgf@rio.rj.gov.br, no formato do Anexo 12; e) Adequar a pintura dos veículos e equipamentos nas cores representativas da empresa ou do transportador autônomo, conforme programação contida; f) Aplicar programação visual diferenciada para as frotas utilizadas em cada tipo de serviço e mantê-la em perfeitas condições na vigência do credenciamento; 84

85 g) Apresentar à COMLURB por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF), em caso de inclusão ou substituição de qualquer veículo, o Requerimento de Inclusão de Novos Veículos e Equipamentos (Anexo 9); h) Manter o original ou cópia autenticada do certificado de credenciamento e do Atestado de Conformidade sempre no interior do veículo; i) Fornecer todos os EPI s necessários ao seu pessoal em operação nos veículos credenciados; j) Remover a caçamba no prazo de 48 (quarenta e oito) horas após a colocação, independente da quantidade de resíduos em seu interior, de acordo com o art. 69 da Lei Municipal 3273/01; k) Remover a caçamba no prazo de 8 (oito) horas após a mesma estar cheia, ou com foco de insalubridade, ou com resíduos misturados a outros tipos, ou estiverem colocadas de forma a prejudicar a utilização de sarjetas, bocas de lobo, hidrantes, mobiliário urbano, ou prejudicando a circulação de veículos, pedestres, cadeirantes e carrinhos de bebê nos logradouros e calçadas, de acordo com o art. 69 da Lei Municipal 3273/ Da COMLURB Fiscalizar as atividades realizadas pelos geradores, empresas e transportadores autônomos, bem como pela aplicação das penalidades previstas na Lei Municipal n 3.273/2001 e nesta Portaria, relacionadas às condutas lesivas por esses praticadas Da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) a) Efetuar a fiscalização de veículos e equipamentos de todos os transportadores autônomos e empresas credenciadas para executar a coleta de resíduos sólidos especiais, assim como de todos os estabelecimentos geradores; b) Receber todos os documentos estabelecidos nesta portaria, conferindo sua regularidade; c) Emitir o Certificado de Credenciamento, conforme modelo apresentado no Anexo 8, em até 10 (dez) dias da data de recebimento do respectivo requerimento; d) Acompanhar todo o processo de intimação e autuação dos estabelecimentos grandes geradores e das empresas e autônomos credenciados, subsidiando a Diretoria Jurídica no que for necessário; e) Receber as listas de clientes das empresas credenciadas, responsabilizando-se pela sua divulgação, total ou parcial, junto às demais Gerências usuárias, visando facilitar a fiscalização; 85

86 f) Avisar imediatamente à Diretoria Jurídica sobre qualquer irregularidade com consequências jurídicas, em especial inscrição na dívida ativa do Município; g) Informar às Usinas/Aterros da COMLURB as placas alfanuméricas de todos os veículos credenciados, visando o controle de entrada nas balanças; h) Agendar perante a Gerência de Transporte IGT as vistorias técnicas para emissão do Atestado de Conformidade de Frota; i) Comunicar ao requerente, via ou por telefone, data, horário e local da vistoria técnica, a ser realizada pela COMLURB por intermédio da Gerência de Transporte (IGT); j) Informar à empresa ou transportador autônomo, por ou telefone, a disponibilidade do Atestado de Conformidade de Frota, deferido pela Gerência de Transporte (IGT) e do Credenciamento Da Gerência de Transporte (IGT) a) Efetuar a vistoria técnica da frota dos interessados, emitindo Atestado de Conformidade de Frota em relação às disposições contidas nesta Portaria, conforme Anexo 6; b) Enviar à Gerência de Fiscalização e Controle (PGF), em até 2 (dois) dias úteis, o Atestado de Conformidade de Frota Da Diretoria Técnica e Industrial (DIN) a) Dirimir quaisquer dúvidas quanto ao entendimento das condições técnicas estipuladas nesta Portaria e Normas Técnicas referente à frota e equipamentos, assim como fornecer a orientação técnica às empresas ou autônomos que desejarem se credenciar Da Diretoria Jurídica (DJU) a) Analisar os casos de descredenciamento de empresas e transportadores autônomos. 6. PROCEDIMENTOS PARA CREDENCIAMENTO 6.01 PROCEDIMENTOS PARA NOVOS CREDENCIAMENTOS As Pessoas Físicas ou Jurídicas que desejarem se credenciar para coleta e remoção de Resíduos Sólidos Especiais, deverão encaminhar requerimento à Gerência de Fiscalização e Controle - PGF, localizada na Rua Major Ávila, nº Tijuca, conforme Anexo 1 (requerimento de pessoas jurídicas ou físicas em papel timbrado da empresa), acompanhado dos documentos relacionados no Anexo 2 e apresentar as relações de veículos e equipamentos (Anexos 3 e 4). 86

87 6.02 PROCEDIMENTOS PARA RENOVAÇÃO DE CREDENCIAMENTO O requerimento de renovação de credenciamento (Anexo 11) deverá ser encaminhado à COMLURB, através da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF), em até 30 (trinta) dias antes da data prevista para o término da validade do credenciamento. As empresas e transportadores autônomos serão comunicados, por ou telefone, pela Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) sobre a data, horário e local da Vistoria Técnica. O Atestado de Conformidade de Frota (Anexo 7), será entregue junto com o credenciamento pela Gerência de Fiscalização e Controle (PGF); Veículos e equipamentos que completem a vida útil máxima permitida no período de credenciamento, deverão ser desmobilizados ao término de sua vida útil máxima, independente da vigência do certificado de credenciamento; O deferimento do pedido de renovação de credenciamento de qualquer natureza está vinculado à apresentação de um novo Atestado de Conformidade de Frota (Anexo 7) PROCEDIMENTOS PARA INCLUSÃO OU EXCLUSÃO DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS O pedido para inclusão de veículos e equipamentos (Anexo 9), deverá ser encaminhado à Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) em até 30 (trinta) dias antes da data prevista para o término da validade do credenciamento, e estará vinculado à apresentação de cópia de novo Atestado de Conformidade de Frota, emitido pela Gerência de Transporte (IGT); As empresas e transportadores autônomos serão comunicados, via ou telefone, pela COMLURB, por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF), sobre a data, horário e local da Vistoria Técnica. O Atestado de Conformidade de Frota (Anexo 7), será entregue junto com o credenciamento pela Gerência de Fiscalização e Controle (PGF); O pedido para exclusão de veículos e equipamentos (Anexo 9), deverá ser encaminhado à Gerência de Fiscalização e Controle (PGF), em qualquer momento que seja necessário, e estará vinculado à apresentação do antigo credenciamento OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE CREDENCIAMENTO O Certificado de Credenciamento e o Atestado de Conformidade de Frota terão validade de 01 (um) ano; Pessoas Jurídicas poderão se credenciar para os serviços de remoção de resíduos sólidos inertes, de lixo extraordinário e de lixo infectante, isolada ou globalmente, desde que tenham frotas e equipamentos diferenciados; 87

88 O Credenciamento de Veículos de Transportadores Autônomos só é válido para a Remoção de Resíduos Sólidos Inertes; Dispositivos com capacidade de acondicionamento temporário, como contêineres plásticos e metálicos, e outros até a capacidade de 1,5 m³ (um vírgula cinco metros cúbicos), da mesma forma que os contêineres semi-enterrados de qualquer capacidade, estão dispensados da Vistoria Técnica para obtenção do Atestado de Conformidade de Frota. 7. CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS 7.01 VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS Somente serão aceitos veículos e equipamentos que atendam às disposições desta Portaria (Anexos 5 e 6), bem como aos limites ambientais quanto à poluição do ar e sonora, em estrita observância à legislação pertinente e às normas específicas. Veículos e equipamentos com especificações em desacordo com o Anexo 5 desta portaria, somente poderão ser aceitos mediante consulta prévia à COMLURB, por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) As empresas deverão comprovar a seguinte frota mínima: a) Remoção de lixo extraordinário: 02 (dois) veículos compactadores, com capacidade útil mínima de 6 m³; b) Remoção de lixo infectante: 02 (dois) furgões leves do tipo hospitalar, com capacidade mínima para 500 kg; c) Outras composições de frota mínima somente poderão ser aceitas mediante consulta prévia à COMLURB, por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) Na coleta de lixo infectante não serão aceitas caixas compactadoras estacionárias IDADE MÁXIMA PARA VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS A idade máxima dos veículos e equipamentos destinados à coleta de resíduos sólidos inertes será de até 10 (dez) anos No caso de autônomos, será admitido até 2 (dois) veículos com a idade superior a máxima permitida nesse credenciamento, que serão vistoriados pela Gerência de Transporte (IGT) da COMLURB, a quem caberá autorizar ou não o seu credenciamento, não cabendo nenhum tipo de recurso. 88

89 A idade máxima dos veículos e equipamentos destinados à coleta de lixo extraordinário e lixo infectante será de até 5 (cinco) anos OUTRAS CARACTERÍSTICAS DOS VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS É vedada a utilização de veículos não credenciados nos serviços de remoção de resíduos de qualquer natureza, salvo nos casos de força maior, desde que prévia e formalmente comunicado pelo interessado e aceito pela COMLURB Para garantia da manutenção das condições de higiene e limpeza dos logradouros, todos os veículos credenciados para remoção de lixo extraordinário e lixo infectante deverão ser equipados com dispositivos de drenagem e acumulação de chorume, que impeçam seu vazamento em logradouro público quando em operação, com exceção daqueles destinados a transportar exclusivamente contêineres estanques Veículos leves, como furgões e motonetas, poderão prescindir do sistema de drenagem e acumulação de chorume, desde que estejam equipados com carrocerias estanques Os veículos destinados à remoção de lixo infectante deverão ser equipados com todo o material para casos de acidentes, como especificado no Anexo 5 e na Norma Técnica da COMLURB. 8. DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS REMOVIDOS 8.01 Recebimento de Resíduos Sólidos Inertes Limpos em Áreas de Transbordo e Triagem - ATT`s: a) Local: Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Gericinó; Endereço: Estrada do Gericinó, S/Nº - Gericinó; Horário: Seg. a Sex. - das 07h às 19h. b) Local: Área de Transbordo e Triagem (ATT) Missões; Endereço: Av. das Missões, nº Cordovil (início da Rodovia Rio - Petrópolis); Horário: Seg. a Sáb. - das 06h às 23h. c) Local: Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho; Endereço: Av. Monte Castelo, nº 1760 Jardim Gramacho - Duque de Caxias; 89

90 Horário: Todos os dias - 24 horas. d) O vazamento dos resíduos será gratuito até 18 toneladas/dia por veículo Recebimento de Resíduos Sólidos Inertes Misturados: a) Local: Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Gericinó; Endereço: Estrada do Gericinó, S/Nº - Gericinó; Horário: Seg. a Sex. - das 07h às 19h. b) Local: Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho; Endereço: Horário: Av. Monte Castelo, nº 1760 Jardim Gramacho - Duque de Caxias; Todos os dias - 24 horas. c) O vazamento dos resíduos será gratuito até 1 tonelada/dia por veículo. Ultrapassando a quantidade de 1 (uma) tonelada/dia por veículo, as empresas ou os autônomos pagarão o valor estipulado na Tabela de Preços de Serviços Especiais, divulgada no site da COMLURB *As empresas que utilizarem os serviços de Transferência nas Estações da COMLURB, pagarão o valor estipulado na Tabela de Preços de Serviços Especiais, divulgada no site da COMLURB Recebimento de Lixo Extraordinário (Grande Gerador) A destinação final deve ser em Aterros Sanitários licenciados pelo Instituto Estadual do Ambiente INEA Estações de Transferências: a) Local: Estação de Transferência do Caju (IGC); Endereço: Horário: Rua Carlos Seidl, nº 1388 Caju; Todos os dias 24 horas. 90

91 A utilização das Estações de Transferência da COMLURB deverá ser autorizada previamente e paga conforme os valores estabelecidos na Tabela de Preços de Serviços Especiais, divulgada no site da COMLURB Recebimento de Lixo Infectante A destinação final dos resíduos infectantes, exclusivamente da Rede Pública Municipal e Estadual, poderá ocorrer no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Local: Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho; Endereço: Av. Monte Castelo, nº 1760 Jardim Gramacho - Duque de Caxias; Horário: Seg. a Sáb. das 07h às 19h. Os demais geradores devem utilizar unidades licenciadas pelo INEA. 9. PENALIDADES 9.01 Constatada a violação das normas previstas na presente Portaria, o seu infrator fica sujeito à aplicação das penalidades nesta estabelecidas, bem como àquelas contidas na Lei Municipal n 3.273/ O pagamento das multas e de seus respectivos encargos deverá se feito de acordo com o dispositivo no artigo 81 da Lei Municipal n 3.273/ Constituem infração à presente Portaria: a) UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS NÃO CREDENCIADOS EM SERVIÇOS REGULAMENTADOS POR ESTA PORTARIA. Penalidade: apreensão do veículo pelos órgãos competentes, sujeitando o infrator, em caso de reincidência, ao descredenciamento. b) A NÃO APRESENTAÇÃO, ATÉ O 5º (QUINTO) DIA ÚTIL DE CADA MÊS, DA RELAÇÃO ATUALIZADA DE CLIENTES. Notificação: conceder ao infrator o prazo de 5 (cinco) dias úteis para o seu cumprimento. Penalidade: o não atendimento no referido prazo sujeitará o infrator à retirada de seu nome da Relação de Credenciada(o)s nos sites da COMLURB e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 91

92 c) A AUSÊNCIA TOTAL OU PARCIAL DA PROGRAMAÇÃO VISUAL PREVISTA NESTA PORTARIA APÓS A VISTORIA REALIZADA PELA COMLURB POR MEIO DA GERÊNCIA DE TRANSPORTE (IGT). Notificação: conceder ao infrator o prazo de 30 (trinta) dias corridos para o seu cumprimento. Penalidade: a não adequação até o trigésimo dia corrido após o recebimento da notificação, implicará na suspensão do credenciamento do(s) veículos(s) irregular(es). d) FUNCIONÁRIO(S) TRABALHANDO SEM UNIFORME COMPLETO OU SEM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Notificação: conceder ao infrator o prazo de 2 (dois) dias úteis para correção. Penalidade: a não correção, até o segundo dia útil após o recebimento da notificação, sujeitará o infrator à penalidade prevista no artigo 113 da Lei Municipal n 3.273/2001. e) IMPEDIR A INSPEÇÃO DA COMLURB EM SUA FROTA DE VEÍCULOS OU EQUIPAMENTOS. Notificação: conceder ao infrator o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para permitir a inspeção. Penalidade: A não observância desta norma sujeitará o infrator à penalidade prevista no artigo 113 da Lei Municipal n 3.273/2001. f) O VAZAMENTO DE CHORUME EM LOGRADOUROS PÚBLICOS. Notificação: notificar o infrator para cessar imediatamente a irregularidade. Penalidade: aplicação das penalidades legais e a suspensão do credenciamento do veículo até a realização de nova vistoria técnica. g) UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO CREDENCIADO PARA A EXECUÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS QUE NÃO OS ESPECIFICADOS NO CERTIFICADO DE CREDENCIAMENTO. Penalidade: a não suspensão dos serviços irregulares implicará no descredenciamento permanente do veículo O prestador de serviço poderá ter cassado o seu Certificado de Credenciamento, a critério exclusivo da COMLURB, caso seja um infrator reincidente ou atue com dolo A empresa ou o transportador autônomo que não efetuar o pagamento de eventuais multas recebidas dentro dos prazos estabelecidos na Lei Municipal nº 3.273/01, fica 92

93 sujeito à suspensão de seu Certificado de Credenciamento. Caso seja providenciado o pagamento dos débitos, a suspensão cessará após o primeiro dia útil da quitação No caso de apresentação de recursos pelo infrator sobre eventuais penalidades aplicadas e não tendo este efetuado o pagamento da multa correspondente, o Certificado de Credenciamento será suspenso até a decisão final pela COMLURB As empresas e transportadores autônomos poderão apresentar impugnação ao Auto de Infração, na forma do Decreto Municipal n , regulamentador da Lei Municipal n 3.273/2001 e de acordo com a Ordem de Serviço em vigor. 10. DISPOSIÇÕES FINAIS As empresas que tenham firmado contrato de locação de veículos com a COMLURB para a execução de serviços de coleta e transporte, e que também sejam credenciadas para coleta de resíduos especiais devem, obrigatoriamente, aplicar programação visual diferenciada para as frotas utilizadas em cada tipo de serviço e mantê-las em perfeitas condições na vigência do credenciamento De acordo com as disposições da Lei Municipal nº de 06/09/01 e o Decreto que a regulamenta (Decreto Municipal n /2002), a COMLURB é a responsável pela fiscalização do cumprimento desta Portaria e Normas Técnicas, reservando-se o direito de inspecionar os veículos, equipamentos, EPI s (Equipamentos de Proteção Individual), caçambas estacionárias e compactadoras, contêineres e outros dispositivos utilizados na prestação dos serviços Os estabelecimentos qualificados como grandes geradores e também as unidades de trato de saúde que tenham frota apropriada para remoção de seus resíduos são os únicos e exclusivos responsáveis pelos danos que venham a causar aos bens públicos e particulares, não cabendo qualquer tipo de responsabilidade à COMLURB Os transportadores autônomos e as empresas já credenciadas terão um prazo de até 1 (um) ano para se adequarem às disposições desta Portaria quanto à vida útil dos veículos e equipamentos, sob pena de terem seus pedidos de renovação indeferidos. As demais condições dispostas nesta Portaria deverão ser atendidas num prazo máximo de até 90 (noventa) dias, sob pena de incorrerem nas penalidades legais. Os prazos serão contados a partir da data da publicação desta Portaria no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro A COMLURB se reserva o direito de divulgar no seu site na Internet o nome, o telefone e o endereço, junto ao público, das firmas credenciadas para execução dos serviços de coleta e remoção de resíduos sólidos especiais. 93

94 10.06 Dúvidas a respeito da interpretação das cláusulas estabelecidas nesta Portaria devem ser encaminhadas à COMLURB, por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF) Os casos omissos serão resolvidos pela COMLURB, por meio da Gerência de Fiscalização e Controle (PGF). 11. ANEXOS Constam da presente Portaria os seguintes anexos: Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 Anexo 4 Anexo 5 Anexo 6 Anexo 7 Anexo 8 Anexo 9 Anexo 10 Frota Anexo 11 Anexo 12 Anexo 13 Modelo de Requerimento para Credenciamento Documentação para o Credenciamento Modelo de Apresentação da Relação de Veículos Modelo de Apresentação da Relação de Equipamentos Especificações Técnicas Mínimas para Veículos e Equipamentos Programação Visual Necessária para o Credenciamento Modelo de Atestado de Conformidade de Frota Modelo de Certificado de Credenciamento Modelo de Requerimento para Inclusão de Novos Veículos e Equipamentos Modelo de Requerimento para Renovação de Atestado de Conformidade de Modelo de Requerimento para Renovação de Credenciamento Modelo de Relação de Clientes Tabela de Preço 12. APROVAÇÃO E DATA DE VIGÊNCIA Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro D. O. Rio, revogadas as disposições em contrário. 94

95 MODELO DE REQUERIMENTO PARA CREDENCIAMENTO Rio de Janeiro, Dia, mês e ano À COMLURB Gerência de Fiscalização e Controle - PGFRua Major Ávila, 358 Tijuca Rio de Janeiro RJ Prezados Senhores Razão Social da Empresa (ou Nome do Autônomo), localizada (ou morador) à (Endereço da Empresa ou do Autônomo), CNPJ (ou CPF) nº, vem solicitar seu credenciamento junto à COMLURB para realizar os serviços de coleta e transporte de (Lixo Extraordinário e/ou Lixo Infectante e/ou Resíduos Sólidos Inertes) no Município do Rio de Janeiro. Declaramos conhecer os termos da Lei Municipal nº 3.273/01, Portaria e Normas Técnicas da COMLURB e nos comprometemos a respeitar, sem restrições, todas as condições estipuladas nos documentos acima referidos. Em anexo apresentamos toda a documentação solicitada na Portaria de Credenciamento para Prestação de Serviços de Coleta e Remoção de Resíduos Sólidos Especiais. Atenciosamente Assinatura Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas) DOCUMENTAÇÃO PARA CREDENCIAMENTO (A) CREDENCIAMENTO DE PESSOAS JURÍDICAS a) Estatuto ou Contrato Social em vigor, devidamente consolidado, ou todas as suas alterações, em suas cláusulas e registrado no órgão pertinente. Em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedade por ações, acompanhados de documentos de eleição de seus administradores; b) Alvará(s) de funcionamento emitido(s) pela(s) Prefeitura(s) do(s) local(is) onde se encontra(m) a(s) instalação(ões) da empresa a ser credenciada; 95

96 c) Cartão de Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); d) Cartão de Inscrição no Cadastro de Contribuintes, estadual ou municipal, se houve, relativo ao domicílio ou sede da empresa; e) Prova de regularidade com a Fazenda Municipal e a Seguridade Social, mediante a apresentação dos seguintes documentos: Certidão Negativa de Tributos do Município do Rio de Janeiro; Certidão de Regularidade com a Seguridade Social (CND); 96

97 EMPRESA TRANSPORTADORA / AUTÔNOMO: DADOS DOS VEÍCULOS PARA O TRANSPORTE DE RESÍDUOS: N MARCA TIPO CAPACIDADE DE CARGA TARA ANO DE FABRICAÇÃO N RENAVAM PLACA

98

99 Atenciosamente Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas) 99

100 APRESENTAÇÃO DA RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Rio de Janeiro, Dia, mês e ano À COMLURB Gerência de Fiscalização e Controle PGF Rua Major Ávila, 358 Tijuca Rio de Janeiro RJ EMPRESA TRANSPORTADORA / AUTÔNOMO: DADOS DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA O TRANSPORTE DE ENTULHO N TIPO CAPACIDADE (M³) DIMENSÃO ( L x C x A ) N DO EQUIPAMENTO

101 Atenciosamente Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas) 101

102 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS MÍNIMAS PARA VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS A. REMOÇÃO DE LIXO EXTRAORDINÁRIO (A) VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS ACEITOS A.01 A remoção do lixo extraordinário poderá ser feita com os seguintes veículos e equipamentos: a) Veículo Compactador Veículo com caixa coletora compactadora rígida, estanque e indeformável, fabricada totalmente em aço soldado, com superfícies internas lisas e de cantos arredondados, com capacidade útil mínima de 6 m³ (seis metros cúbicos) e dotada de calha coletora de chorume, impermeabilizada e com volume adequado à quantidade de lixo coletado. O veículo deverá vir montado em chassi de peso bruto total compatível com o peso próprio do veículo, somado ao peso da caixa coletora cheia (peso específico mínimo do lixo compactado igual a 500 kg/m³ - quinhentos quilogramas por metro cúbico). O sobrechassi deverá ser fabricado em aço soldado. b) Veículo Poliguindaste Veículo do tipo Poliguindaste com guindaste acionado por sistema hidráulico, com capacidade mínima de 7 (sete) toneladas, sapatas mecânicas ou hidráulicas, montado em chassi para peso bruto total mínimo de 12 (doze) toneladas, com tomada de força. Os veículos poliguindaste utilizados na coleta do lixo extraordinário somente poderão remover caixas estacionárias fechadas (ver especificação na alínea h deste tópico). c) Veículo Roll On Roll Off Veículo do tipo RollOn RollOff dotado de sistema hidráulico para recolhimento e báscula de caixas compactadoras estacionárias de 7 m³ (sete metros cúbicos), no mínimo, montado em chassi com dois eixos traseiros e peso bruto total mínimo de 23 (vinte e três) toneladas. d) Veículo Basculante com Guindaste Hidráulico Veículo com caçamba basculante retangular, rígida, aberta superiormente, totalmente fabricada em aço soldado e apresentando cantos arredondados; de 12 m³ (doze metros cúbicos) de capacidade volumétrica mínima, montada em chassi para peso bruto total mínimo de 15 (quinze) toneladas, com tomada de força e equipado com guindaste veicular de capacidade mínima igual a 9 t.m (nove toneladas metro). O sistema de báscula da caçamba deverá ser do tipo hidráulico. Para a coleta de lixo extraordinário, a caçamba do veículo deverá possuir cobertura de lona. e) Veículo Baú com Carroceria Fixa 102

103 Veículo com carroceria fixa retangular, rígida, totalmente fechada, fabricada em alumínio ou material de resistência similar; de 6 m³ (seis metros cúbicos) de capacidade volumétrica mínima, montada em chassi para peso bruto total mínimo de 8 (oito) toneladas. O transporte de resíduos neste tipo de veículo não poderá ser feito a granel; só será permitido o transporte de resíduos que estiverem devidamente confinados em recipientes estanques de material rígido e resistente. f) Furgão Leve Furgão com cabine para transporte de passageiros e carroceria para transporte de carga de, no mínimo, 500 (quinhentos) quilogramas. A carroceria deverá ser fechada, estanque, separada da cabine de passageiros, com paredes internas lisas e dotada de dispositivo para contenção de chorume (ressalto no assoalho junto à porta ou dispositivo similar). O transporte de resíduos neste tipo de veículo não poderá ser feito a granel; só será permitido o transporte de resíduos que estiverem devidamente confinados em sacos plásticos ou recipientes estanques de material rígido e resistente. O fechamento das portas de carga e descarga deve possuir vedação que evite o vazamento de chorume. g) Motoneta Tipo Furgão Motoneta com cabine para transporte de passageiros, isolada e separada da carroceria, de forma a impedir sua contaminação pelos resíduos. A carroceria deverá ser fechada e selada e ainda ser dotada de dispositivo para contenção e acumulação de chorume. As paredes internas deverão ser lisas e com cantos arredondados, de modo a facilitar sua limpeza e lavagem. A motoneta deverá ter capacidade para transportar, no mínimo, 300 (trezentos) quilogramas de resíduos, permitindo sua carga pela parte superior e sua descarga pela porta traseira. O fechamento da porta de descarga deve possuir selo hidráulico que evite o vazamento de chorume. h) Caixa Estacionária Compactadora Caixa estacionária retangular, confeccionada em aço soldado, constituída de compartimento de carga e compactação e caixa coletora, formando um conjunto rígido e resistente, dotada de dispositivo que permita sua remoção pelo sistema RollOn RollOff. A porta traseira deverá possuir dispositivo de vedação de chorume. i) Caçamba Estacionária Tipo Canguru ou Multiuso Modelo Fechado Caixa estacionária, dotada de tampa que impeça a entrada da água de chuva e o ingresso de insetos e outros vetores, fabricada em aço, com capacidade nominal entre 5 (cinco) e 7 m³ (sete metros cúbicos) dotada de dispositivo que permita sua remoção pelo veículo poliguindaste ou sua descarga em veículo compactador dotado de dispositivo aéreo de báscula. O ruído produzido pelo fechamento da tampa deverá estar dentro dos limites permitidos pela legislação vigente. 103

104 j) Contêiner Semi-enterrado Contêiner plástico, fabricado em polietileno de alta densidade, com capacidade nominal mínima de 1 m³ (um metro cúbico), com sistema de remoção do lixo armazenado que permita o vazamento dos resíduos diretamente para dentro do veículo coletor sem provocar danos ao meio ambiente. A.02 Os veículos poliguindaste somente poderão ser utilizados na remoção de caixas estacionárias fechadas. B. REMOÇÃO DE LIXO INFECTANTE (B) VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS ACEITOS B.01 A remoção do lixo infectante poderá ser feita com os seguintes veículos e equipamentos: a) Veículo Baú com Carroceria Fixa Veículo com carroceria fixa retangular, rígida, totalmente fechada, fabricada em alumínio ou material de resistência similar, apresentando revestimento interno com paredes lisas e cantos arredondados; de 6 m³ (seis metros cúbicos) de capacidade volumétrica mínima, montada em chassi para peso bruto total mínimo de 8 (oito) toneladas. O transporte do lixo infectante neste veículo só poderá ser feito se os mesmos estiverem confinados em recipientes estanques de material rígido e resistente. b) Furgão Leve Hospitalar Furgão com cabine de passageiros isolada e separada da carroceria, de forma a impedir sua contaminação pelos resíduos infectantes, com espaço suficiente para transportar os materiais necessários em caso de acidentes, conforme especificados na norma de procedimentos de coleta de lixo infectante (Norma Técnica ). A carroceria, com capacidade para transportar, no mínimo, 500 (quinhentos) quilogramas de carga, deverá ser fechada, selada, estanque, com paredes internas lisas e de cantos arredondados. O revestimento interno de toda a parte de carga, incluindo as portas traseiras, deverá ser composto de painéis lisos, sem arestas e reentrâncias que possibilitem o acúmulo de resíduos, fabricados em fibra de vidro, polietileno ou material similar, com 2,3 mm de espessura mínima, na cor branca. O enchimento (isolamento) deverá ser constituído de uma camada de isopor de 50 mm de espessura mínima. O transporte do lixo infectante neste veículo só poderá ser feito se o mesmo estiver confinado em recipientes estanques de material rígido e resistente. c) Motoneta Tipo Furgão Hospitalar Motoneta com cabine de passageiros isolada e separada da carroceria, de forma a impedir sua contaminação pelos resíduos infectantes, com espaço suficiente para transportar os materiais necessários em caso de acidentes, conforme especificados na 104

105 norma de procedimentos de coleta de lixo infectante (Norma Técnica ). A carroceria, com capacidade para transportar, no mínimo, 300 (trezentos) quilogramas de carga, deverá ser fechada, selada, estanque, com paredes internas lisas e de cantos arredondados. O transporte do lixo infectante neste veículo só poderá ser feito se o mesmo estiver confinado em recipientes estanques de material rígido e resistente. C. REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INERTES (C) VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS ACEITOS C.01 A remoção de RSI poderá ser feita com o uso dos seguintes veículos e equipamentos: a) Veículo Basculante Simples Veículo com caçamba basculante retangular, rígida, aberta superiormente, totalmente fabricada em aço soldado; com capacidade volumétrica a partir de 3 m³ (três metros cúbicos) até 12 m³ (doze metros cúbicos); montada em chassi para peso bruto total mínimo de 8 (oito) toneladas até 23 (vinte e três) toneladas, com tomada de força. O sistema de báscula da caçamba deverá ser do tipo hidráulico. Para a coleta de resíduos a granel a caçamba do veículo deverá possuir cobertura de lona. b) Veículo Poliguindaste Veículo do tipo Poliguindaste com guindaste acionado por sistema hidráulico, com capacidade mínima de 7 (sete) toneladas, sapatas mecânicas ou hidráulicas, montado em chassi para peso bruto total mínimo de 12 (doze) toneladas, com tomada de força. c) Veículo Roll On Roll Off Veículo do tipo RollOn RollOff dotado de sistema hidráulico para recolhimento e báscula de contêineres abertos, montado em chassi com dois eixos traseiros e peso bruto total mínimo de 23 (vinte e três) toneladas. d) Veículo Basculante com Guindaste Hidráulico Veículo com caçamba basculante retangular, rígida, aberta superiormente, totalmente fabricada em aço soldado; de 12 m³ (doze metros cúbicos) de capacidade volumétrica mínima, montada em chassi para peso bruto total mínimo de 15 (quinze) toneladas, com tomada de força e equipado com guindaste veicular de capacidade mínima igual a 9 t.m (nove toneladas metro). O sistema de báscula da caçamba deverá ser do tipo hidráulico. Para a coleta de resíduos a granel a caçamba do veículo deverá possuir cobertura de lona. e) Caixa Estacionária Tipo Brooks, Tipo Canguru ou Multiuso Modelo Aberto Lonado 105

106 Caixa estacionária aberta na parte superior, fabricada em aço, com capacidade nominal entre 5 (cinco) e 7 m³ (sete metros cúbicos) dotada de dispositivo que permita sua remoção pelo veículo poliguindaste ou sua descarga em veículo compactador dotado de dispositivo aéreo de báscula para esse tipo de recipiente. f) Caçamba Estacionária Roll On Roll Off Caçamba estacionária aberta na parte superior, fabricada em aço, com capacidade nominal mínima de 10 m³ (dez metros cúbicos) dotada de dispositivo que permita sua remoção pelo sistema RollOn RollOff. g) Contêiner Semi-enterrado Contêiner plástico, fabricado em polietileno de alta densidade, com capacidade nominal mínima de 1 m³ (um metro cúbico), com sistema de remoção do lixo armazenado que permita o vazamento dos resíduos diretamente para dentro do veículo coletor, sem provocar danos ao meio ambiente. C.02 Os veículos basculantes simples somente poderão ser utilizados na remoção de bens inservíveis e na remoção de entulho de obras, poda de árvores e limpeza de jardins e hortas, estes últimos desde que acondicionados em sacos plásticos ou em amarrados, de acordo com os artigos 44 e 45 da Lei Municipal nº 3.273, de 06/09/01. CASOS EXCEPCIONAIS (D) VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS ACEITOS D.01 Outros veículos e equipamentos poderão ser aceitos para a remoção dos diferentes tipos de resíduos sólidos especiais desde que previamente submetidos à aprovação da equipe técnica da COMLURB. PROGRAMAÇÃO VISUAL NECESSÁRIA PARA O CREDENCIAMENTO A. REMOÇÃO DE LIXO EXTRAORDINÁRIO A.01 Os veículos e equipamentos deverão estar adequadamente pintados nas cores representativas da empresa, com programação visual livre. A.02 Qualquer que seja a programação visual adotada pela empresa, os veículos e equipamentos deverão conter, no mínimo, as seguintes informações, estampadas em ambos os lados do veículo: a) Logomarca e nome da empresa, onde as letras deverão ter uma altura mínima de 11 (onze) centímetros; 106

107 b) Número de série do veículo ou do equipamento, escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; c) Telefone de contato, escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; d) Logomarca do Teleatendimento COMLURB e dizeres do credenciamento, conforme definido no item A.05. A.03 Nos veículos tipo Poliguindaste e RollOn - RollOff, onde não há espaço na carroceria, as informações definidas no item anterior deverão vir estampadas na porta do veículo, escritas em letras de 7 (sete) centímetros de altura. A.04 Os veículos deverão conter em ambos os lados, nas portas, um adesivo, com dimensões de 40 (quarenta) centímetros de altura por 70 (setenta) centímetros conforme desenho abaixo: 107

108 A.05 A carroceria e as caçambas estacionárias devem ter, em todo seu perímetro, uma faixa com no mínimo 5 (cinco) centímetros de largura, fabricada em material refletivo ou pintada com tinta refletiva, para efeito de sinalização noturna. B. REMOÇÃO DE LIXO INFECTANTE B.01 Os veículos e equipamentos deverão estar pintados obrigatoriamente na cor branca, com programação visual livre. B.02 Qualquer que seja a programação visual adotada pela empresa, os veículos e equipamentos deverão conter, no mínimo, as seguintes informações, estampadas em ambos os lados do veículo: 108

109 a) Logomarca e nome da empresa, onde as letras deverão ter uma altura mínima de 11 (onze) centímetros; b) Número de série do veículo ou do equipamento, escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; c) Telefone de contato, escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; d) Logomarca do Teleatendimento COMLURB e dizeres do credenciamento, conforme definido no item B.05. B.03 Nos veículos de pequeno porte, onde não há espaço na carroceria, as informações definidas no item anterior deverão vir estampadas na porta do veículo, escritas em letras de 7 (sete) centímetros de altura. B.04 Além destas informações, os veículos deverão conter em ambos os lados, nas portas, um adesivo, com dimensões de 40 (quarenta) centímetros de altura por 70 (setenta) centímetros de largura, conforme desenho abaixo. 109

110 B.05 A carroceria e as caçambas estacionárias devem ter, em todo seu perímetro, uma faixa com no mínimo 5 (cinco) centímetros de largura, fabricada em material refletivo ou pintada com tinta refletiva, para efeito de sinalização noturna. C. REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INERTES C.01 Os veículos e equipamentos deverão estar adequadamente pintados nas cores representativas da empresa ou do transportador autônomo, com programação visual livre. C.02 Qualquer que seja a programação visual adotada pela empresa ou pelo transportador autônomo, os veículos e equipamentos deverão conter, no mínimo, as seguintes informações estampadas em ambos os lados do veículo: a) Logomarca e nome da empresa ou do transportador autônomo, onde as letras deverão ter uma altura mínima de 11 (onze) centímetros; b) Número de série do veículo ou do equipamento (somente para empresas), escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; c) Telefone de contato, escrito com letras de 11 (onze) centímetros de altura; d) Logomarca do Teleatendimento COMLURB e dizeres do credenciamento, conforme definido no item C.05. C.03 Nos veículos tipo Poliguindaste e RollOn - RollOff, onde não há espaço na carroceria, as informações definidas no item anterior deverão vir estampadas na porta do veículo, escritas em letras de 7 (sete) centímetros de altura. C.04 A programação visual dos veículos e equipamentos, com exceção dos veículos Poliguindaste e RollOn - RollOff, deverá conter a figura a seguir, conforme desenho abaixo: 110

111 111

112 112

113 113

114 C.06 Os veículos e os equipamentos, com exceção dos bags e dos contêineres semienterrados, devem ter, em todo seu perímetro, uma faixa com, no mínimo, 5 (cinco) centímetros de largura, fabricada em material refletivo ou pintada com tinta refletiva, para efeito de sinalização noturna. 114

115 115

116 116

117 117

118 MODELO DE REQUERIMENTO PARA INCLUSÃO/EXCLUSÃO DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS Prezados Senhores, Dia, mês e ano Rio de Janeiro, À COMLURB Gerência de Fiscalização e Controle PGF Rua Major Ávila, 358 Tijuca Rio de Janeiro RJ Razão Social da Empresa (ou Nome do Autônomo), localizada (ou morador) na (Endereço da Empresa ou do Autônomo), CNPJ (ou CPF) nº, vem solicitar a (inclusão ou exclusão) em seu Certificado de Credenciamento do(s) veículo(s) e/ou equipamento(s) relacionado(s) a seguir, para realizar os serviços de coleta e transporte de (Resíduos Sólidos Inertes e/ou Lixo Extraordinário e/ou Lixo Infectante) no Município do Rio de Janeiro. Descrição do Equipamento Capacidade (m³)... Finalidade Na inclusão, apresentamos o(s) Certificado(s) de Registro e Licenciamento de Veículos CRLV, com a devida validade do DETRAN, relativo(s) ao(s) veículo (s) em questão. Atenciosamente Assinatura Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas) 118

119 MODELO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DO ATESTADO DE CONFORMIDADE DE FROTA Prezados Senhores, Dia, mês e ano Rio de Janeiro, À COMLURB Gerência de Fiscalização e Controle PGF Rua Major Ávila, 358 Tijuca Rio de Janeiro RJ Razão Social da Empresa (ou Nome do Autônomo), localizada (ou morador) na (Endereço da Empresa ou do Autônomo), CNPJ (ou CPF) nº, vem solicitar a renovação do Atestado de Conformidade de Frota do(s) veículo(s) relacionado(s) a seguir, para realizar os serviços de coleta e transporte de (Resíduos Sólidos Inertes e/ou Lixo Extraordinário e/ou Lixo Infectante) no Município do Rio de Janeiro. Tipo do Veículo Marca Ano Placa Finalidade Apresentamos junto a este requerimento o(s) Certificado(s) de Registro e Licenciamento de Veículos CRLV, com a devida validade do DETRAN, relativo(s) ao(s) veículo (s) em questão. Atenciosamente Assinatura Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas) 119

120 MODELO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DE CREDENCIAMENTO Prezados Senhores, Dia, mês e ano Rio de Janeiro, À COMLURB Gerência de Fiscalização e Controle PGF Rua Major Ávila, 358 Tijuca Rio de Janeiro RJ Razão Social da Empresa (ou Nome do Autônomo), localizada (ou morador) na (Endereço da Empresa ou do Autônomo), CNPJ (ou CPF) nº, vem solicitar a renovação de seu credenciamento junto à COMLURB para realizar os serviços de coleta e transporte de (Lixo Extraordinário e/ou Lixo Infectante e/ou Resíduos Sólidos Inertes) no Município do Rio de Janeiro. Declaramos conhecer os termos da Lei Municipal nº 3.273/01, Portaria N COMLURB n 001 de 30 de agosto de 2010 e das Normas Técnicas da COMLURB e nos comprometemos a respeitar, sem restrições a todas as suas condições. Em anexo, apresentamos para devolução, o último Atestado de Conformidade de Frota e Equipamentos e o Certificado de Credenciamento junto com a documentação comprobatória indicada no anexo 2. Atenciosamente Assinatura Nome por extenso, digitado ou em letra de forma (para autônomos), ou Nome por extenso, função e carimbo da empresa (para pessoas jurídicas). 120

121 MODELO DE RELAÇÃO DE CLIENTES REFERENTE MÊS / 20 Razão Social CNPJ Endereço Bairro Nota Fiscal Data Início Freq. Forma Acondic. Cap. Quant Volume (lts) 121

122 ANEXO 5 LEI Nº 5.538, de 31 de outubro de 2012 DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO PROCESSO DE COLETA SELETIVA DE LIXO NOS GERADORES DE LIXO EXTRAORDINÁRIO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. O Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nos termos do art. 79, 7º, da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, de 5 de abril de 1990, não exercida a disposição do 5º do artigo acima, promulga a Lei nº 5.538, de 31 de outubro de 2012, oriunda do Projeto de Lei 1499-A, de 2007, de autoria do Senhor Vereador Roberto Monteiro. Art. 1º Fica instituída a obrigatoriedade do processo de coleta seletiva de lixo nos geradores de lixo extraordinário no Município do Rio de Janeiro. Parágrafo Único - Para os fins desta Lei, em especial o disposto no caput, aplicase, no que couber, a Lei nº 3.273, de 6 de setembro de 2001 e sua regulamentação respectiva. Art. 2º Os geradores de lixo extraordinário deverão separar os resíduos produzidos em todos os seus setores em, no mínimo, cinco tipos: papel, plástico, metal, vidro e resíduos gerais não recicláveis. Parágrafo Único - As lixeiras coloridas eventualmente utilizadas deverão ficar preferencialmente dispostas uma ao lado da outra de maneira acessível, formando conjuntos de acordo com os tipos de resíduos. Art. 3º Para o cumprimento desta Lei será necessário: I - a implantação de lixeiras, em locais acessíveis e de fácil visualização, para os diferentes tipos de lixo produzidos nas dependências dos estabelecimentos e/ou unidades geradoras, contendo especificações de acordo com a Resolução nº 275/2001 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente); II - o recolhimento periódico dos resíduos coletados e o envio destes para locais adequados, que garantam a sua reciclagem. 122

123 Art. 4º Os geradores de lixo extraordinário serão responsáveis pela implantação da coleta seletiva. Art. 5º O uso de lixeiras para coleta seletiva dentro dos sanitários não será obrigatório. Art. 6º O espaço destinado à implantação obedecerá aos seguintes itens: I - haverá próximo a cada conjunto de lixeiras, uma placa explicativa sobre o uso destas e o significado de suas respectivas cores; II - a placa, mencionada no inciso anterior, deverá estar em local de fácil acesso aos portadores de necessidades especiais visuais; III - próximo às lixeiras haverá identificações claras que abranjam os códigos linguísticos apropriados aos deficientes visuais. Art. 7º O descumprimento do disposto nos artigos desta Lei ensejará ao infrator: I - aplicação de multa no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); II - dobrada em caso de reincidência; III - cassação do alvará. 1º Os valores em Reais estipulados nesta Lei serão reajustados de acordo com o índice e o período aplicáveis aos reajustes dos créditos tributários municipais. 2º Só serão passíveis de sanção na presente Lei os estabelecimentos e/ou unidades geradoras de lixo que estejam localizadas nas áreas onde a Prefeitura realiza o recolhimento dos resíduos oriundos de coleta seletiva. Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 31 de outubro de Vereador JORGE FELIPPE Presidente 123

124 ANEXO 6 Lei 1.212, de 21 de setembro de 1993, alterada pela Lei nº 1588, de 16 de julho de 1997, pela Lei nº 1661, de 09 de junho de 1998, Lei nº2297, de 06 de janeiro de 2006, Lei nº2366, de 18 de julho de 2006e pela Lei nº 2685, de 30 de dezembro de 2009, passando a vigorar com a seguinte redação: A Câmara Municipal de Niterói decreta e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei. TÍTULO I DAS FINALIDADES E COMPETÊNCIAS Art 1º - Esta Lei institui o Código de Limpeza Urbana do Município de Niterói que regerá as atividades de limpeza urbana no Município. Parágrafo único - O serviço de limpeza urbana tem por finalidade dar o tratamento adequado aos resíduos sólidos gerados no Município. Art. 2º - Ao Presidente e aos servidores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói compete cumprir e fazer cumprir as normas do presente Código. Art. 3º - Os serviços de limpeza pública são de competência da Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN, que poderá executá-los diretamente ou através de contratação e credenciamento de terceiros. Art. 4º - Compete à Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói coletar, transportar, dar tratamento e destinação final aos resíduos sólidos: I - de origem domiciliar; II - de material de varredura, limpeza de logradouros públicos e limpeza de praias; III - em aterros ou usinas de tratamento. Parágrafo Primeiro - O serviço de recolhimento da CLIN atenderá até 120 (cento e vinte) litros de resíduos por retirada dia. As Unidades Geradoras referidas no parágrafo 1º do artigo 8º que produzirem resíduos além do volume acima deverão 124

125 providenciar, às suas expensas, o acondicionamento, a coleta, transporte, tratamento e destinação final, considerado lixo excedente/extraordinário. Parágrafo Segundo - Poderá a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói proceder a remoção de: I - entulhos, terras e sobras de materiais de construção; II - folhagem e resíduos vegetais; III - resíduos pastosos de qualquer natureza; IV - lotes de mercadorias, medicamentos, gêneros alimentícios ou quaisquer outros condenados pela autoridade competente. Parágrafo Terceiro - A remoção a que se refere o parágrafo segundo deste artigo será remunerada, segundo tabelas elaboradas pela CLIN. Parágrafo Quarto - Os resíduos sólidos relacionados nos incisos III e IV do parágrafo segundo deste artigo, somente serão removidos mediante pareceres técnicos emitidos por autoridades competentes, municipal, estadual ou federal. Parágrafo Quinto - Compete a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói estabelecer normas técnicas, credenciamento de terceiros e valores para a realização dos serviços descritos neste artigo, realizados por terceiros. TÍTULO II DA RESPONSABILIDADE PELO CUMPRIMENTO DESTE CÓDIGO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CAPÍTULO I DA RESPONSABILIDADE PELO CUMPRIMENTO DESTE CÓDIGO Art. 5º - São responsáveis pelo cumprimento deste Código todos aqueles que produzem resíduos sólidos e os executores dos serviços de 1impeza pública, cabendo: 125

126 I - aos produtores, a obrigação de dispor os resíduos só1idos em locais, horários e formas de acondicionamento adequado, seguindo as normas emitidas pela CLIN. II - aos executores dos serviços de limpeza pública, varrer, coletar, transportar e dar destinação final aos resíduos sólidos, respeitadas as particularidades de cada operação. CAPITULO II DA CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Art. 6º - Os resíduos só1idos para fins do trabalho realizado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN são todos aqueles que podem ser recolhidos por pá manual e classificam-se em: I - Facilmente degradável - é o resíduo que se decompõe em pouco tempo; como os restos de comida, papéis e folhas. II - Inerte - é o resíduo que não está sujeito ao processo de decomposição espontânea em curto espaço de tempo, como os metais, vidros, plásticos, terras, pedras, borrachas, madeiras e couros. III - Perigoso - é o resíduo que apresenta características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e também objetos ou suas partes que possam ocasionar riscos de perfuração ou cortes, como os produtos químicos, rejeitos industriais e de laboratórios, lâminas, vidros, pilhas e baterias. IV - Séptico - é o resíduo patogênico que possa gerar contaminação como os plasmas sanguíneos, agulhas, seringas, gazes e partes do corpo humano. TÍTULO III DAS UNIDADES GERADORAS Art. 7º - São Unidades Geradoras de resíduos sólidos todas as pessoas naturais e jurídicas: I - o cidadão; II - estabelecimentos residenciais; 126

127 III - estabelecimentos de prestação de serviços ou de comercialização de mercadorias; IV - estabelecimentos industriais; V - estabelecimentos de serviços de saúde; VI - comércio itinerante e eventual; VII - órgãos públicos; VIII - igrejas, clubes, associações ou outras instituições. Parágrafo Único - Cada Unidade Geradora de resíduos sólidos fica obrigada a dar tratamento adequado e diferenciado à guarda, ao acondicionamento e à disposição para coleta do mesmo, de acordo com as normas definidas pela CLIN. TITULO IV DAS OBRIGAÇÕES DAS UNIDADES GERADORAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS Art. 8º - Os responsáveis pelas unidades geradoras de resíduos sólidos deverão providenciar, por meios próprios, os recipientes necessários ao acondicionamento dos resíduos sólidos produzidos. Parágrafo Primeiro - O recolhimento dos resíduos sólidos excedentes/extraordinários, referência ABNT 10004:2004 Classe II A e II B, cujas características são similares aos resíduos domésticos, não tóxicos, das unidades geradoras III, IV, V, VI, VII e VIII, do artigo 7º, deverá ser realizado através de empresa especializada em coleta e transporte de resíduos. Parágrafo Segundo - As unidades geradoras de resíduos ou seus prepostos, devidamente credenciados pela CLIN, que fizerem uso efetivo da infraestrutura de destinação final no município, se obrigam ao pagamento de acordo com a tabela de preços de resíduos sólidos elaborada pela CLIN, que será atualizada anualmente. Caso haja terceirização da destinação final dos resíduos, o valor a ser pago será através de livre negociação entre a prestadora de serviços e a gestora da destinação final, resguardados os direitos da CLIN, estabelecidos em norma própria. Art. 9º - O acondicionamento e a disposição dos resíduos para coleta residencial, deverão ser feitos em recipientes plásticos com tampa, de duas rodas, de 240 (duzentos e quarenta) litros, na cor azul escuro, ou em sacos plásticos de

128 (cem) litros, na cor preta, em conformidade com a normas da ABNT, referência NBR 10004:2004 Classe II A e II B, cujas características são similares aos resíduos domésticos, não tóxicos e NBR 9191:2002. Parágrafo Único - O acondicionamento e a disposição do resíduo sólido urbano para coleta comercial e outros afins, deverão ser feitos obrigatoriamente em recipiente plástico com tampa, de duas rodas, de 120 (cento e vinte) litros, de 240 (duzentos e quarenta) litros ou 1200 (mil e duzentos) litros, na cor verde escuro, em conformidade com a normas da ABNT, referência NBR 10004:2004 Classe II A e II B, cujas características são similares aos resíduos domésticos, não tóxicos. Somente será permitido o uso de sacos plásticos, na cor preta, para eliminar o contato do resíduo com o recipiente plástico, referência ABNT- NBR 9191:2002. Art. 10º - Os veículos transportadores de materiais a granel ficam obrigados à utilização de cobertura e sistema de proteção. Art. 11º - Os veículos transportadores de resíduos pastosos ficam obrigados à utilizado de carrocerias estanques. TÍTULO V DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES À LIMPEZA URBANA E DAS PENALIDADES CAPÍTULO I DA FISCALIZAÇÃO Art. 12º - A fiscalização do disposto neste Código será efetuada pelos ocupantes de funções de Fiscal de Limpeza Urbana, Chefia e Assistentes da Inspetoria de Limpeza Urbana da Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói. Parágrafo Primeiro - A Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói - CLIN exercerá a função fiscalizadora, no sentido de fazer cumprir os preceitos deste Código e das Normas que o complementem. Parágrafo Segundo - Os servidores investidos de função fiscalizadora deverão, observadas as formalidades legais, inspecionar, vistoriar, intimar, notificar e apreender, desde que relacionadas com a legislação específica e com este Código. 128

129 Parágrafo Terceiro - Pelas infrações às disposições da legislação sobre a limpeza urbana, serão aplicadas multas de acordo com o Art. 14, às unidades geradores de resíduos sólidos, definidas no Art. 7, deste Código. Parágrafo Quarto - Os Autos de Infração não tributários serão lavrados pelos agentes competentes. Parágrafo Quinto - Cabe à CLIN o recebimento das multas aplicadas, em decorrência da transgressão ou infringência deste Código. Parágrafo Sexto - O desrespeito ou desacato ao servidor no exercício de suas funções ou empecilho oposto à inspeção a que se refere o parágrafo anterior, sujeitará o infrator às multas previstas neste Código. Parágrafo Sétimo - Toda ação fiscal será precedida de notificação para que o infrator, em prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, proceda às medidas necessárias à retirada dos resíduos sólidos. CAPITULO II DAS INFRAÇÕES A LIMPEZA URBANA Art. 13º - Constitui infração à limpeza urbana: I - depositar, lançar ou atirar nos logradouros públicos resíduos sólidos de qualquer natureza; II - distribuir e/ou afixar em logradouros públicos propagandas, faixas, cartazes e/ou anúncios em locais que não estejam previamente autorizados e/ou licenciados, exceto campanhas eleitorais e de saúde pública; III - deixar de fazer a limpeza de logradouros ou passeios públicos, após carga ou descarga de materiais; IV - usar equipamento de redução de resíduos sólidos em operação deficiente ou inoperante, em conformidade com os termos da Portaria 006/ 80-SMOSP; V - prejudicar, de qualquer maneira os serviços de limpeza do Município; VI - não manter em perfeito estado de limpeza os passeios públicos, terrenos cercados ou murados, edificados ou não; VII - a inobservância de qualquer das disposições contidas neste Código. 129

130 Parágrafo Primeiro: Responderá pela infração quem, por ação ou omissão, lhe deu causa ou concorreu para sua prática ou dela se beneficiou. Parágrafo Segundo: Notificação é o processo pelo qual se dá conhecimento à parte de providência ou medida que a ela incumbe realizar no prazo determinado. CAPITULO III DAS PENALIDADES Art. 14º - Pelas infrações às disposições deste Código, serão aplicadas multas de acordo com os incisos deste artigo. I - Por não utilizar recipientes próprios necessários ao acondicionamento dos resíduos sólidos, conforme o art. 8º multa de 45, 61 UFIR's; II - Por não condicionar os resíduos sólidos, conforme o artigo 9º 45,61 UFIR's ; III - Por não atender às determinações previstas no inciso I, do artigo 13: 456,10 UFIR's ; IV - Por não atender às determinações previstas no inciso II, artigo 13: 91,22 UFIR's; V - Por não atender às determinações previstas no inciso III, do artigo 13: 456,10 UFIR's; VI - Por não atender às determinações previstas no inciso IV, do artigo 13: 228,05 UFIR's; VII - Por não atender às determinações previstas no inciso V, do artigo 13: 91,22 UFIR's: VIII - Por não atender às determinações previstas no inciso VI, do artigo 13: 228,05 UFIR's: IX - Por não utilizar cobertura e sistema de proteção nos veículos transportadores de material a granel: 456,10 UFIR's X - Por não utilizar carrocerias estanques nos veículos transportadores de resíduos pastosos ou líquidos: 456,10 UFIR's. Art. 15º - Sem prejuízo das multas fiscais previstas no artigo anterior, fica obrigado o infrator a ressarcir à CLIN os custos operacionais de execução dos 130

131 serviços, acrescidos de uma taxa de 20% (vinte por cento) sobre o valor dos serviços executados. Parágrafo único: O não pagamento dos custos operacionais no prazo de 30 (trinta) dias implicará a remessa da despesa para inscrição da Dívida Ativa do Município. Art. 16º - O pagamento da multa não isenta o infrator,ficando o mesmo responsável pelos danos causados à limpeza pública e suas consequências. Parágrafo Primeiro: Após a lavratura do auto, o infrator deverá providenciar a remoção dos resíduos sólidos, no prazo de 24 (vinte quatro) horas. Parágrafo Segundo: O não pagamento da multa no prazo de 10 (dez) dias implicará a remessa do auto para inscrição na Dívida Ativa do Município, observado o procedimento recursal. Art. 17º - Na hipótese de o infrator estar em lugar desconhecido e/ou incerto, a notificação far-se-á por edital, com prazo de até 15 (quinze) dias, a partir da data de sua publicação, para cumprimento da obrigação, sob pena de recolhimento do material pela CLIN ou à sua ordem. Art. 18º - Persistindo a situação proibida ou vedada por este Código, serão lavrados novos autos de infração, a cada reincidência, aplicando-se a multa em dobro, progressivamente. Art. 19º - Recusando-se o infrator a assinar o auto de infração, será tal recusa averbada no mesmo, pela autoridade que o lavrar, publicando-se no orgão oficial do Município a notícia da autuação e da recusa. Art. 20º - No caso de apreensão, o bem apreendido ficará sob a responsabilidade da Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói. Parágrafo Primeiro: A devolução do bem apreendido dar-se-á após o pagamento das multas aplicadas e das taxas de transporte, depósito e guarda. Parágrafo Segundo: As taxas de depósito e guarda referidas no parágrafo anterior serão calculadas com base em 0,54 UFIR's, por metro quadrado diário de ocupação do bem, acrescido do custo de transporte, conforme tabela da EMOP. Parágrafo Terceiro: O bem apreendido não reclamado no prazo de 30 dias, será vendido pela CLIN, em leilão, ou terá a destinação por ela determinada, obedecidas as normas legais. TÍTULO VI DA ESCRIVANINHA FISCAL, DOS RECURSOS E DO JULGAMENTO 131

132 Art. 21º - Caberá à Escrivaninha Fiscal o recebimento das Intimações, Notificações, Autos de Infrações, Recursos e seus procedimentos. Art. 22º - O contribuinte, após o recebimento do Auto de Infração, poderá interpor recurso no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo Primeiro: O recurso em primeira instância será julgado pela Coordenadoria Jurídica. Parágrafo Segundo: O contribuinte poderá recorrer à Presidência da decisão de primeira instância, no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data de ciência da decisão. Art. 23º - Findo o prazo para interposição de recurso e, não tendo sido recolhida a multa e/ou ressarcidos os custos operacionais previstos no art. 15, será inscrito o débito em dívida ativa e encaminhado à Procuradoria para cobrança judicial. TÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 24º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no que couber. Art. 25º - Este Código entra em vigor na data de sua publicação. Art. 26º - Revogam-se as disposições em contrário. 132

133 ANEXO 7 RESOLUÇÃO CLIN Nº 01/2010 O Diretor Presidente da COMPANHIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA DE NITERÓI-CLIN, no uso de suas atribuições estatutárias, e considerando a necessidade de serem criados procedimentos internos para acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos com características similares aos resíduos domésticos, não tóxicos, de origem comercial, considerados excedentes/extraordinário gerados no Município de Niterói. Considerando que a Lei Municipal nº1212 e suas alterações (Código de Limpeza Urbana), Lei Municipal nº2624 de 30/12/2008 e suas alterações, (Código de Postura), Lei Municipal nº2597 de 30/09/2008 e suas alterações (Código Tributário) Lei Municipal nº2602 de 14/10/2008 e suas alterações (Código do Meio Ambiente) atribuem competência a CLIN para gestão dos resíduos sólidos urbanos; Considerando que é necessária a normatização dos procedimentos para o acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo excedente/extraordinário e do resíduo de Serviço de Saúde gerado no município de Niterói; Considerando que detêm à condição de Grande Gerador os estabelecimentos comerciais e outras entidades afins, que produzirem o volume de resíduos superior a 120 litros por dia, denominados lixo excedente/extraordinário e classificados pela ABNT referência 10004, classe IIA e IIB, cujas características são similares aos resíduos domésticos, não tóxicos; Considerando que o CONAMA e ANVISA determinam que o gerador de resíduos de Serviços de Saúde é o responsável pela coleta, transporte, tratamento e sua destinação final; Considerando que a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói CLIN tem o objetivo de reduzir a geração dos resíduos sólidos no Município, com o propósito de eliminar parte dos impactos negativos ao meio ambiente e aumentar a vida útil dos Aterros Sanitários; Considerando que o Aterro do Morro do Céu, local atual de destinação final dos resíduos encontra-se em fase de encerramento, com sua vida útil esgotada; 133

134 Considerando que os grandes geradores deverão responsabilizar-se pelos custos adicionais e a aplicação deste instrumento econômico proporcionará a redução da geração de resíduos: RESOLVE: Art. 1º - Para a prestação dos serviços objeto desta Norma, o gerador e a empresa responsável pela coleta e transporte, deverá providenciar tratamento adequado e destinação final dos resíduos sólidos, em consonância com a legislação municipal, estadual e federal, inclusive as normas da ABNT. Art. 2º - Os estabelecimentos comerciais e outras instituições afins que gerarem resíduos acima de 120 litros por dia deverão providenciar, às suas expensas, a coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo excedente/extraordinário. Parágrafo Único Os geradores reconhecidos como Entidades Filantrópicas e declaradas de Utilidade Pública, sem fins lucrativos, sem remunerar dirigentes e assemelhados, localizados no Município de Niterói, estarão dispensados das obrigações desta Resolução. Art. 3º - As Unidades de Saúde deverão cumprir a Resolução CONAMA nº358 de 29 de abril de 2005 e RDC ANVISA nº306 de 07 de dezembro de 2004, e providenciar, às suas expensas, a coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos classificados como Serviço de Saúde pelos órgãos citados neste artigo. Art. 4º - Os geradores de lixo excedente/extraordinário e de resíduos de Serviço de Saúde deverão contratar empresa especializada em coleta, transporte, visando o tratamento e destinação final dos resíduos ou requisitar os serviços da CLIN, de acordo com a sua Tabela de Preços (Anexo II), podendo, para tanto, celebrar contrato. Art. 5º - As empresas especializadas que realizarem a prestação de serviços de coleta e transporte para fins de tratamento e destinação final do lixo excedente/extraordinário e de resíduos de Serviço de Saúde, deverão estar cadastradas na CLIN, para serem autorizadas a executar esses serviços, apresentando os seguintes documentos: o Contrato Social / Estatuto o CNPJ da Razão Social o Identidade do(s) responsável(eis) pela empresa 134

135 o Identidade do(s) responsável(eis) técnico(s) da empresa o Certidão de regularidade com o ISS do município de Niterói o Licença de coleta/transporte expedida pelo INEA o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo o Certidão de Regularidade com a Receita Federal do Brasil 1º - O gerador deverá exigir da empresa transportadora o Certificado de Cadastro de Coleta e Transporte de Lixo Excedente /Extraordinário e Serviço de Saúde, expedido pela CLIN, conforme o modelo Anexo I, para a prestação de serviço objeto desta Resolução. 2º - O gerador não poderá contratar terceiros que prestam serviços na informalidade e empresas transportadoras que não estejam em situação regular com a CLIN, para destinar seus resíduos. 3º A empresa que descumprir a presente Resolução e as normas legais e/ou estiver em débito com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói CLIN, poderá ter sua autorização de coleta e transporte de lixo excedente/extraordinário cancelada e estará sujeita às penalidades previstas nas normas da CLIN e do Município de Niterói. 4º- A CLIN disponibilizará através do seu site a relação das empresas que estão autorizadas a prestar os serviços de coleta e transporte do lixo excedente/extraordinário e dos resíduos de serviços de Saúde. Art. 6º - O gerador deverá formalizar documento de Prestação de Serviço com a empresa transportadora, identificando as partes, local do recolhimento dos resíduos e valor unitário correspondente ao tipo de recipiente utilizado na coleta dos resíduos. Parágrafo Primeiro - As empresas transportadoras, deverão protocolar na CLIN, no prazo máximo de até 7 (sete) dias, do mês subsequente ao da prestação de serviços, Relatórios devidamente preenchidos, conforme Anexo III. Art. 7º- O grande gerador deverá acondicionar seus resíduos para coleta e transporte em recipiente plástico ou metálico com tampa, adesivado conforme modelo Anexo II, de 120 (cento e vinte) litros, 240 (duzentos e quarenta) litros de 02 (duas) rodas, ou 1200 (mil e duzentos) litros de 04 (quatro) rodas ou outras dimensões padrão do mercado, na cor verde escuro, em conformidade com a legislação do Município de Niterói. 135

136 1º - Os transportadores deverão coletar os resíduos objeto desta Resolução nas dependências do gerador, ficando este impedido de dispor os resíduos para coleta fora do seu estabelecimento. 2º- A coleta e o transporte do lixo excedente/extraordinário e dos resíduos de Serviço de Saúde somente poderão ser realizados no horário entre 10:00h e 17:00h e de 20:00h até 01:00h do dia seguinte, de segunda a domingo, inclusive feriados, com exceção, nos casos em que a coleta seja realizada no interior das dependências do gerador. 3º - O grande gerador que for utilizar outra metodologia de acondicionamento dos resíduos, não prevista nesta Norma, deverá obter através da empresa transportadora autorização especial da CLIN. 4º - Até a data de 30 de junho de 2010, poderão ser utilizados pelos geradores e transportadores, em caráter provisório, recipientes para o acondicionamento dos resíduos em outras cores fora do padrão estabelecido nesta Resolução, exceto para resíduos de serviços de saúde. Art. 8º - O responsável pelo transporte do lixo excedente/extraordinário e Resíduos de Serviço de Saúde deverá emitir Manifesto de Resíduos, Modelo INEA, toda vez que houver prestação de serviço. Parágrafo Único - O responsável pelo transporte do lixo excedente/extraordinário e Resíduos de Serviço de Saúde deverá encaminhar à Divisão de Escrivaninha Fiscal da CLIN, até o sétimo dia do mês subsequente ao da prestação de serviço, cópia da 2ª via de todos os Manifestos de Resíduos emitidos no mês. Art. 9º - As empresas transportadoras deverão pagar à CLIN - Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói, na qualidade de empresa titular da concessão de coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo, o valor equivalente a 10% (dez por cento) do valor total cobrado aos grandes geradores pela coleta e transporte, o lixo excedente/extraordinário e resíduos de Serviço de Saúde, efetivamente recolhidos. Parágrafo Único - Os valores devidos pelas empresas transportadoras decorrentes da prestação de serviços do lixo excedente/extraordinário e Resíduos de Serviço de Saúde deverão ser pagos conforme indicação da CLIN, até 30 (trinta) dias após a data de emissão da fatura de cobrança. Art A empresa transportadora deverá temporariamente destinar o lixo excedente/extraordinário em Aterro Sanitário licenciado de outro município e providenciar tratamento adequado dos resíduos de Serviço de Saúde, até que seja implantado novo Sistema de Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos em Niterói. Art Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação e produzirá efeitos a partir de 01 de maio de Nos casos de geradores com 136

137 volume entre 120 e 240 litros por dia, esta Resolução produzirá efeito a partir de 15 de julho de Niterói, 24 de março de RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS 2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO Antes de se passar aos números e informações relativas a esta tipologia de resíduos, convém esclarecer a gama de resíduos enquadrada nesta categoria. Quando se fala de resíduos agrícolas, é inevitável que venha à lembrança os resíduos agrotóxicos, sendo que grande parte dos técnicos acha que só exista este tipo de resíduo. Porém, os resíduos agrossilvopastoris transcendem, em muito, aos agrotóxicos. Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas - IPEA 1, esta tipologia abrange três grandes grupos, a saber: a) Resíduos Orgânicos Grupo composto pelos resíduos gerados na agricultura e agroindústrias associadas e também pelos resíduos da pecuária e das agroindústrias associadas ao setor. b) Resíduos Inorgânicos Este grupo engloba as embalagens de agrotóxicos, as embalagens de fertilizantes e os insumos veterinários na pecuária. c) Resíduos Domésticos da Área Rural Que abrange os resíduos de mesma característica que o lixo domiciliar, mas que são gerados nos núcleos urbanos e demais propriedades de cunho eminentemente agrícola ou pastoril. Como se pode observar, os resíduos agrossilvopastoris são muito mais abrangentes do que as embalagens vazias de agrotóxicos, ainda que este tipo de resíduo seja o que provoca o maior impacto sobre o meio ambiente. 1 Caderno de Diagnóstico - Resíduos Agrosilvopastoris I - Resíduos Orgânicos - IPEA Caderno de Diagnóstico - Resíduos Agrosilvopastoris II - Resíduos Inorgânicos e Resíduos Domésticos da Área Rural - IPEA

138 Muito provavelmente por este motivo, a legislação a respeito dos agrossilvopastoris se limita à Lei dos Agrotóxicos (Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de Anexo 1) que foi regulamentada, à época, pelo Decreto Federal nº , de 11 de janeiro de Posteriormente, esta Lei foi alterada e complementada pela Lei Federal nº 9.974, de 06 de junho de 2000 (Anexo 2) e seu Decreto regulamentador foi revogado pelo Decreto Federal 4.074, de 04 de janeiro de 2002, bem como houve a complementação do regulamento através de uma série de outros Decretos Federais (Anexo 3). Em termos estaduais, existem algumas leis que complementam a "Lei dos Agrotóxicos", como a Lei Estadual n 3.424, de 21 de junho de 2000, a Lei Estadual n 3.972, de 24 de setembro de 2002 (que reforça os termos da Lei Federal e cria o Cadastro Estadual de Agrotóxicos e Afins), o Decreto n , de 03 de agosto de 1990 (que atribui à Secretaria de Estado do Ambiente a responsabilidade pelo controle dos agrotóxicos no Estado) e o Decreto n , de 29 de outubro de Vê-se, portanto, que a legislação e as ações que regem o setor de agrotóxicos são eficazes, abrangendo a gestão de coleta, transporte, armazenamento e destinação ambientalmente correta das embalagens vazias. Esta eficácia se deve ao caráter inovador da "Lei dos Agrotóxicos", que, associada à legislação estadual, atribuiu as corretas responsabilidades a cada um dos agentes envolvidos no ciclo de vida das embalagens, ou seja, fabricantes, revendedores, usuários e poder público, na perspectiva do que foi, posteriormente, na lei da Política Nacional de resíduos Sólidos, nominado como Logística Reversa. Entretanto, o mesmo não se pode dizer dos demais segmentos, em especial para o segmento de fertilizantes, onde a legislação vigente não contempla a gestão das embalagens vazias, sendo que estatísticas e informações a respeito do retorno destas embalagens são inexistentes. Já os resíduos das agroindústrias, embora sem contar com legislação específica para o setor, eram regidas, até a promulgação da PNRS, pelas normas relativas aos resíduos industriais enquadrados nas Classes I e IIA. De maneira similar, os insumos veterinários eram administrados e geridos pelas normas de resíduos de serviços de saúde, enquanto que os resíduos domésticos eram geridos de acordo com as normas e regulamento (quando havia) dos resíduos sólidos urbanos. Da pesquisa efetuada, constatou-se que a edição da PNRS realçou uma lacuna que havia na gestão destes segmentos, lacuna esta que precisa ser preenchida através da criação de uma legislação específica que complemente a 138

139 legislação atual, contemplando todos os resíduos englobados pela tipologia agrossilvopastoris GERAÇÃO DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS Conforme se demonstrou no tópico anterior, a maior parte dos resíduos agrossilvopastoris, até bem pouco tempo atrás fazia parte de outros grupos de resíduos ou simplesmente eram ignorados. Por esta razão os dados específicos relativos à geração de cada um dos grupos destes resíduos são praticamente inexistentes, restringindo-se às embalagens vazias de agrotóxicos. Nos itens a seguir serão apresentadas as poucas informações existentes, assim como se procura estabelecer uma base de dados para futuras atualizações do Plano Estadual RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DA AGRICULTURA E AGROINDÚSTRIAS A cada ano que passa o Brasil vem batendo recordes na sua produção agrícola e, embora o Rio de Janeiro não apresente uma clara vocação agrícola, vem acompanhando este crescimento com a retomada de culturas tradicionais, como é o caso do café e da cana de açúcar, ainda que outras culturas tradicionais, como o cultivo de laranjas, não apresentem a pujança de outrora. Atualmente, as culturas mais relevantes de nosso Estado são a cana de açúcar, o café e o cultivo de fruteiras perenes, seguidos dos hortifrutigranjeiros e dos grãos, conforme se pode ver no Quadro a seguir. QUADRO Áreas de Lavouras dos Municípios do Rio de Janeiro (ha) ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Angra dos Reis Aperibé Araruama

140 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Areal Armação dos Búzios Arraial do Cabo Barra do Piraí Barra Mansa Belford Roxo Bom Jardim Bom Jesus do Itabapoana Cabo Frio Cachoeiras de Macacu Cambuci Campos dos Goytacazes Cantagalo

141 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Carapebus Cardoso Moreira Carmo Casimiro de Abreu Comendador Gasparian Levy Conceição de Macabu Cordeiro Duas Barras Duque de Caxias Eng. Paulo de Frontin Guapimirim Iguaba Grande Itaboraí

142 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Itaguaí Italva Itaocara Itaperuna Itatiaia Japeri Laje do Muriaé Macaé Macuco Magé Mangaratiba Maricá Mendes

143 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Mesquita Miguel Pereira Miracema Natividade Nilópolis Niterói Nova Friburgo Nova Iguaçu Paracambi Paraíba do Sul Paraty Paty do Alferes Petrópolis

144 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Pinheiral Piraí Porciúncula Porto Real Quatis Queimados Quissamã Resende Rio Bonito Rio Claro Rio das Flores Rio das Ostras Rio de Janeiro

145 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Santa Maria Madalena Santo Antônio de Pádua São Fidélis São Francisco de Itabapoana São Gonçalo São João da Barra São João de Meriti São José de Ubá São José do Vale do Rio Preto São Pedro da Aldeia São Sebastião do Alto Sapucaia Saquarema

146 ÁREAS DE LAVOURAS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO (HA) MUNICÍPIOS CANA DE AÇÚCAR CAFÉ FRUTEIRAS PERENES HORTI- FRUTÍCOLAS GRÃOS Seropédica Silva Jardim Sumidouro Tanguá Teresópolis Trajano de Morais Três Rios Valença Varre-Sai Vassouras Volta Redonda T O T A L FONTE: IBGE, PESQUISA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL (PAM) A cana-de-açúcar, principal cultura do Estado, é cultivada em sua maioria para beneficiamento industrial, mas também é plantada em áreas de bacias leiteiras, 146

147 tendo em vista a falta de alimentos alternativos para o rebanho na época seca do ano, quando a produção leiteira decresce drasticamente, chegando, inclusive, a prejudicar o abastecimento do produto no mercado. Com a possibilidade de se usar a cana-de-açúcar como forrageira ou no preparo da Sacharina, houve grande interesse dos produtores pelo seu plantio. As primeiras observações feitas pela PESAGRO-RIO com a cana-de-açúcar para fins forrageiros foram na Região Serrana (Carmo), onde foram avaliados dez genótipos, identificando-se as melhores variedades em trabalho conjunto com a EMATER-RIO e produtores. A partir de então, cresceu a demanda por tecnologia para a produção de cana-de-açúcar em outros municípios, como Duas Barras, Sapucaia, Miracema, Araruama, Cachoeiras de Macacu e Cambuci. A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum spp) no Estado do Rio de Janeiro ocupa uma área superior aos 130 mil hectares, dos quais 91% localizados na região Norte Fluminense, onde se concentra o maior número de indústrias. A produtividade da cultura é baixa (46t/ha) devido a não adoção das tecnologias recomendadas, sendo cultivada para diversas finalidades, como a produção de açúcar, álcool, caldo, cachaça, rapadura, melado, forragem e Sacharina, sendo as duas últimas para a alimentação animal. Um dos problemas atuais da agricultura é a pouca preocupação do setor com a geração de resíduos e sua posterior destinação ou beneficiamento, tendo em vista a capacidade potencial que estes resíduos possuem de impactar o meio ambiente, como é o caso do vinhoto, do bagaço de cana e da torta de filtração. Segundo Spadotto e Ribeiro 2, para cada tonelada de cana de açúcar processada industrialmente, se obtém, em média, 120 Kg de açúcar e 14 litros de álcool. Porém, esta mesma quantidade de cana processada gera de 100 a 400 Kg de torta de filtração, de 800 a litros de vinhoto e ainda 260 Kg de bagaço. Quando se considera os valores levantados pelo diagnóstico do IPEA, vê-se que, no ano de 2009 o Estado do Rio de Janeiro colheu cerca de 6,5 milhões de toneladas de cana, o que representaria uma geração mínima de 650 mil toneladas de torta, 5,2 milhões de litros de vinhoto e 1,7 milhões de toneladas de bagaço. Por sua vez, a cultura do café gera uma tonelada de resíduos para cada tonelada de grão de café moído 3. Esta relação geraria, no ano de 2009, uma quantidade de resíduos aproximadamente igual a 200 mil toneladas, de acordo com os dados do IPEA. 2 Spadotto, C; Ribeiro, W; Gestão de Resíduos na Agricultura e Agroindústria. São Paulo: Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais - FEPAF, Woiciechowski, A. L. S. et al Produção de goma xantana a partir de resíduos da agroindústria do café. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. s.1 s.d. 147

148 Entretanto, apesar de muito elevada, a geração de resíduos deste tipo não é preocupante, uma vez que a quase totalidade dos resíduos é reaproveitada na geração de energia (principalmente bagaço de cana e casca de arroz) ou na indústria forrageira (bagaço de cana e torta de filtração), ou ainda na fabricação de condicionantes do solo (adubos e fertilizantes). Porém, o uso do bagaço de cana na geração de energia está intrinsecamente ligado à queima destes resíduos em caldeiras para geração de calor, quando poderia ter um uso mais nobre. Por outro lado, quando se considera o crescimento da indústria do etanol, não se pode deixar de apontar para o respectivo crescimento da geração de resíduos que, mesmo reaproveitados, poderão exceder a capacidade produtiva de seu aproveitamento. Portanto, o presente diagnóstico recomenda duas ações distintas, mas complementares: que se promova a capacitação da mão de obra agrícola, incentivando o uso de tecnologias mais produtivas, que gerem menor quantidade de resíduos; que se estude formas de incentivo para o reaproveitamento destes tipos de resíduos, com ênfase na geração de energia a partir da biomassa (ver relatório de novas tecnologias) RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DA PECUÁRIA Da mesma forma que a agricultura, o Rio de Janeiro não apresenta uma clara vocação para a pecuária, embora possua alguns redutos de criação de animais, como a criação de suínos em Barra do Piraí e a criação de galinhas também em Barra do Piraí, em Rio Claro e São José do Vale do Rio Preto. Em termos de resíduos, a pecuária direta apresenta apenas as fezes dos animais e a apara de pêlos (estes em muito menor escala). 148

149 QUADRO TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Angra dos Reis Aperibé Araruama Areal Armação dos Búzios Arraial do Cabo Barra do Piraí , Barra Mansa Belford Roxo Bom Jardim Bom Jesus do Itabapoana Cabo Frio Cachoeiras de Macacu

150 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Cambuci Campos dos Goytacazes Cantagalo Carapebus Cardoso Moreira Carmo Casimiro de Abreu Comendador Levy Gasparian 1, Conceição de Macabu Cordeiro Duas Barras Duque de Caxias Eng. Paulo de Frontin Guapimirim

151 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Iguaba Grande Itaboraí Itaguaí Italva Itaocara Itaperuna Itatiaia Japeri Laje do Muriaé Macaé Macuco Magé Mangaratiba Maricá

152 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Mendes Mesquita Miguel Pereira Miracema Natividade Nilópolis Niterói Nova Friburgo Nova Iguaçu Paracambi Paraíba do Sul Paraty Paty do Alferes ,460 Petrópolis

153 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Pinheiral Piraí Porciúncula Porto Real Quatis Queimados Quissamã Resende Rio Bonito Rio Claro Rio das Flores Rio das Ostras Rio de Janeiro Santa Maria Madalena

154 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Santo Antônio de Pádua São Fidélis São Francisco de Itabapoana São Gonçalo São João da Barra São João de Meriti São José de Ubá São José do Vale do Rio Preto São Pedro da Aldeia São Sebastião do Alto Sapucaia Saquarema Seropédica Silva Jardim

155 TAMANHO DOS REBANHOS (CABEÇAS) MUNICÍPIOS BOVINOS FRANGOS 1 GALINHAS 2 SUÍNOS EQUINOS Sumidouro Tanguá Teresópolis Trajano de Morais Três Rios Valença Varre-Sai Vassouras Volta Redonda T O T A L ) Aves para abate. 2) Aves poedeiras. FONTE: IBGE, PESQUISA DA PRODUÇÃO PECUÁRIA MUNICIPAL (PPM) Considerando que cada cabeça de gado bovino, para corte, gera cerca de 5,5 t/ano de dejetos (Diagnóstico IPEA), teremos uma geração de aproximadamente 12 milhões de toneladas de resíduos, concentrados na Região Norte que detém 30% do rebanho bovino. De forma análoga e usando as mesmas fontes de informação, as aves para abate irão gerar cerca de t/ano; as aves poedeiras irão gerar cerca de t/ano e o rebanho suíno irá gerar cerca de t/ano (não há dados disponíveis para se estimar a geração de dejetos do rebanho equino). 155

156 Vê-se que, de forma similar aos resíduos orgânicos da agricultura, os números são impressionantes, mas que, também do mesmo modo que estes resíduos, os dejetos de animais são aproveitados quase na sua totalidade como adubo e condicionador de solos. Porém, como se trata de uma quantidade apreciável de resíduos, gerados periodicamente na mesma região, uma breve análise sobre o potencial aproveitamento energético destes resíduos faz-se necessária. Considerando que os dejetos passíveis de biodigestão com geração com de energia são aqueles gerados em sistemas confinados de criação animal (criação de aves em geral, bovinos de leite e suínos) e assumindo que a proporção de geração de dejetos destes sistemas em relação ao total de dejetos seja a mesma da Região Sudeste (120 t/ano.km² de dejetos aproveitáveis em relação a 300 t/ano.km² de dejetos totais), teremos uma quantidade de dejetos aproveitáveis no Estado do Rio de Janeiro igual a aproximadamente 5 milhões de toneladas por ano. Assumindo que a média da Região Sudeste para geração de metano a partir do esterco de animais é de 50 m³/t, esta geração de dejetos produziria uma quantidade anual de 250 milhões de metros cúbicos de metano capaz de gerar, no mínimo, 26 MW. ano de energia elétrica. Os dados coletados por este diagnóstico, embora careçam de precisão científica, mostram um potencial bastante expressivo da geração de energia elétrica a partir dos dejetos de animais. Por esta razão, faz-se mister reforçar a recomendação apresentada no item anterior de se incentivar o reaproveitamento destes tipos de resíduos, com ênfase na geração de energia. Esta recomendação deve ser observada com mais atenção para a Região Norte do Estado, já que esta região detém 80% do potencial de geração de gás metano e, consequentemente, da geração de energia RESÍDUOS ORGÂNICOS DERIVADOS DE INDÚSTRIAS ASSOCIADAS À PECUÁRIA As indústrias associadas à pecuária, por definição, compreendem a atividade econômica de industrialização ou beneficiamento de produtos derivados da criação de animais. Neste setor, a geração de resíduos depende fundamentalmente das matérias primas e dos processos de produção. Os resíduos podem ter origem nas diversas unidades, desde a limpeza das edificações e de equipamentos, nas operações preparatórias da escolha e seleção da matéria-prima, no processamento em si. 156

157 Dentre as atividades mais comuns das agroindústrias ligadas à pecuárias encontram-se as seguintes: fábricas de ração, compostas de equipamentos necessários à formulação e preparo de ração para aves, suínos, caprinos e ovinos, bovinos e equinos; abatedouros, estruturas equipadas para realizar abate de pequenos, médios e grandes animais, além de capacidade de refrigeração das peças; unidades de processamento de carnes, compostas de equipamentos necessários à produção de frios, embutidos e defumados de carne de diversas origens; e unidades de processamento de leite, que consiste em estrutura industrial equipada para o processamento e transformação do leite em produtos derivados. Tendo em vista que inexistem dados específicos a respeito da geração de resíduos nestas unidades industriais, apresenta-se a seguir um levantamento teórico sobre os tipos de resíduos gerados nestas instalações, assim como os procedimentos práticos adotados para a sua destinação final. Os resultados do levantamento feito encontram-se resumidos no Quadro ao Quadro 2.2-6, a seguir. QUADRO 2.2-3: RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA FÁBRICA DE RAÇÃO RESÍDUO DESTINO OPÇÃO DE APROVEITAMENTO Sacos de papel dos insumos para fabricação da ração, cap. 25 kg Lixo Transformação em papel reciclado Sacos de nylon trançado de milho, trigo e soja, cap. 60 kg Venda para reaproveitamento Envase da ração Artesanato Sacos plásticos de calcário calcítico, cap. 25 kg Lixo Reciclagem Pedaços de casca, bagaço e elementos estranhos ao milho Venda para criadores de suínos e cavalos Desenvolvimento e formulação de novas rações 157

158 RESÍDUO DESTINO OPÇÃO DE APROVEITAMENTO Pó fino (poeira) depositado nos equipamentos Ração mais fina --- Resíduo de separação leve Venda para criadores de suínos e aves --- QUADRO 2.2-4: RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NOS ABATEDOUROS RESÍDUO DESTINO OPÇÃO DE APROVEITAMENTO Transformação em farinha de penas Penas de aves (úmidas) Lixo Enchimento de travesseiros Adubo Cabeças de aves e resíduos da evisceração Lixo Transformação em farinha de carne e ossos Pelo de suíno Lixo Complementação de ração Pincéis Resíduos das tripas e estômagos de suínos, caprinos e ovinos Lixo (coleta diferenciada) Biofertilizante Produção de energia Sebo, ossos, pedaços de carne resultante da serragem das peças Lixo Transformação em farinha de carne e ossos 158

159 QUADRO 2.2-5: RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO PROCESSAMENTO DE CARNES RESÍDUO DESTINO OPÇÃO DE APROVEITAMENTO Sebo, ossos, gânglios e aponeuroses Lixo Farinha de carne e ossos Cinza de defumação Melhoramento do solo --- Resto de embalagens de papel e plástico Lixo Plástico e papel reciclados QUADRO 2.2-6: RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO PROCESSAMENTO DO LEITE RESÍDUO DESTINO OPÇÃO DE APROVEITAMENTO Resto de embalagens de papel e plástico Lixo Reciclagem Perda de massa de queijos Lixo Farinhas Complementação de ração Do trabalho realizado, pode-se inferir os seguintes aspectos a serem estudados com mais profundidade em relatórios posteriores: estabelecer normas e/ou diretrizes técnicas que permitam a criação de um Inventário de Resíduos Agrossilvopastoris (incluindo os resíduos da atividades vinculadas à silvicultura), de forma a se ter todos os resíduos quantificados, com suas respectivas distribuições espaciais; promover a capacitação técnica, através de escolas técnicas estaduais, da mão de obra a ser alocada na agricultura e na pecuária, com ênfase na divulgação de tecnologias que permitam a redução da geração de resíduos e o seu reaproveitamento no ciclo produtivo; incentivar o uso de tecnologias de compostagem e/ou biodigestão para beneficiar os resíduos orgânicos da produção agropecuária; 159

160 incentivar a implantação de indústrias de reciclagem e/ou de reaproveitamento dos resíduos nas regiões de maior incidência espacial RESÍDUOS INORGÂNICOS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS Agrotóxicos, defensivos agrícolas, agroquímicos, praguicidas, pesticidas, desinfestantes, biocidas são denominações dadas às substâncias ou misturas de substâncias, naturais ou sintéticas, destinadas a repelir ou combater pragas, organismos que podem: consumir ou deteriorar materiais usados pelo homem (incluindo-se aí os alimentos); ou causar ou transmitir doenças ao homem ou a animais domésticos. São produtos fabricados a partir dos grupos químicos dos organoclorados, organofosforados, carbamatos e piretróides, todos eles considerados como de alta toxicidade, podendo ser absorvidos por via cutânea, via respiratória e por via digestiva (embora esta última via ocorra, na maior parte dos casos, de forma acidental) Destes grupos, os organoclorados são os mais perigosos, pois sua absorção pelo organismo tem efeito cumulativo e possuem características cancerígenas e mutagênicas. Já os organofosforados, carbamatos e piretróides podem ser processados pelo organismo e excretados através da urina, mas atuam sobre o sistema nervoso central em alguns casos de forma irreversível. Por estas razões, vê-se que todo o cuidado preconizado pela legislação na gestão destes produtos tem fundamento, mas, infelizmente, o Brasil ocupa a 4ª posição mundial no consumo de agrotóxicos. Entretanto, existe uma grande preocupação, não só das autoridades como também da indústria e de detentores de estoque, quanto ao destino dos resíduos ou inservíveis, ou seja, os praguicidas sem condições de uso ou com data de validade vencida, as sobras das caldas preparadas e não utilizadas nas aplicações, recipientes, caixas, tambores, latas, frascos e embalagens de papelão e sacos vazios, as roupas muito contaminadas, os materiais usados na limpeza de vazamentos e os usados para absorvê-los e até mesmo a água usada na lavagem dos materiais de preparação, EPIs e equipamentos de aplicação. Porém, cabe salientar que as quantidades de resíduos de praguicidas nos depósitos poderiam reduzir-se enormemente caso os procedimentos recomendados pelos fabricantes fossem seguidos à risca pelos usuários. Há várias medidas preventivas para evitar os graves problemas de eliminação dos resíduos de praguicidas. Todas elas se referem à compra, recolhimento, transporte, armazenamento, cálculo correto da quantidade de produto necessário em função da área a ser tratada e emprego de praguicidas de forma responsável. Os métodos mais comuns de processamento dos resíduos de agrotóxicos são: 160

161 a) Métodos de Recuperação e Reciclagem São métodos sofisticados e somente se justificam para grandes quantidades de praguicidas. Necessitam de instalações adequadas e a utilização de solventes, absorventes apropriados e manipulações químicas complexas. b) Tratamentos Químicos Os praguicidas podem ser submetidos a tratamentos químicos, como hidrólise (processo complicado, mais utilizado para pequenas quantidades de organofosforados e carbamatos), oxidação, redução e outros. c) Incineração É o processo mais utilizado para a maioria dos produtos, principalmente nos casos em que os resultados das análises físico-químicas indicarem que os mesmos não possuem condições adequadas para o seu aproveitamento ou para aqueles produtos que independem do resultado da análise para serem assim considerados. Entretanto deve-se lembrar que praguicidas que contenham mercúrio, chumbo, cádmio ou arsênico e outros inorgânicos não podem ser incinerados. d) Aterro Industrial Classe I É outra alternativa para os resíduos de praguicidas. Os praguicidas são considerados resíduos classe I, portanto, só poderão ser encaminhados aos aterros industriais devidamente credenciados para tal fim perante os órgãos ambientais. Os aterros exigem formações geológicas especiais para não disseminarem a contaminação. O lixo é disposto no solo, em camadas sucessivas de espessura predeterminada, cada uma das quais é recoberta por uma camada de solo argiloso, compactado. Formam-se, assim, verdadeiras células recheadas de resíduos sólidos, os quais passam a sofrer um processo de decomposição em ambiente confinado, livre do acesso de insetos e outros animais. No Estado do Rio de Janeiro, em termos operacionais, só existem instalações de incineração (fornos de clinker das indústrias cimenteiras e um equipamento da empresa Haztec localizado no Rio de Janeiro), embora haja um processo de licenciamento (ainda no estágio de Licença Prévia) de um Aterro Classe I a ser implantado no município de Magé. As embalagens vazias são, indiscutivelmente, os resíduos de agrotóxicos mais comuns e que se apresentam em maior quantidade. Depois de utilizadas e, mesmo que atraentes ou práticas, aparentemente bem lavadas e completamente limpas de restos de produtos, as embalagens vazias não devem de modo algum ser reutilizadas para armazenar água, bebidas, alimentos, rações, medicamentos ou quaisquer outros usos. Não devem 161

162 tampouco, ser jogadas na água ou deixadas nas beiras de rios ou estradas, de forma que possibilite a contaminação das águas e também de animais e pessoas. Devem ser recolhidas, rigorosamente tratadas e descartadas de modo seguro, atendendo às recomendações do fabricante quanto à incineração, aterramento e outros, observadas as exigências dos setores de Saúde, Agricultura e Meio Ambiente. No Estado do Rio de Janeiro, a comercialização de agrotóxicos só pode ser realizada em revendas licenciadas pelo INEA, cabendo à Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal, da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária SEAPEC (Alameda São Boaventura, Fonseca Niterói) a fiscalização do uso de agrotóxicos e da devolução das embalagens vazias nas propriedades rurais. Em função da legislação, que há mais de 10 anos tornou a logística reversa das embalagens contaminadas obrigatória, agricultores, fabricantes e comerciantes se uniram para melhor atender as determinações já previstas e agora reforçadas, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. No sistema montado cabe ao consumidor devolver a embalagem usada, ao vendedor cabe receber e armazenar essas embalagens e por fim cabe ao fabricante tratar e transformar este material em novos produtos. Dentro do Programa de Embalagens Vazias de Agrotóxico, cabe aos revendedores administrar os postos de recolhimento, já as Centrais de Triagem são de responsabilidade das Associações de Revendedores e da Indústria. A indústria participa através do INPEV Instituto Nacional de Embalagens Vazias, que fica responsável pelo transporte das embalagens dos postos de Coleta até as Centrais de Triagem e daí para a reciclagem, caso das embalagens trilavadas, ou para a destruição, caso das embalagens não tríplice lavadas. Hoje existem no Estado quatro unidades de coleta, além dos estabelecimentos comerciais que vendem e por lei tem responsabilidade em receber as embalagens usadas e destiná-las para as unidades de coleta. Essas quatro unidades estão nos municípios de Paty do Alferes, Nova Friburgo, Itaocara e Campos dos Goytacazes, sendo que existem mais duas unidades em estágio de implantação avançado, nos municípios de Teresópolis e São Jose do Ubá. Como resultado do controle por parte da SEAPEC, números recentes mostram uma significativa melhora nos resultados obtidos visto que foram coletadas Kg de embalagens usadas em 2011 e em 2012 este número chegou a Kg, representando um aumento de 23% no volume total de embalagens coletadas e destinadas corretamente. 162

163 Se admitirmos, para efeitos de comparação, que todas as embalagens coletadas são de 5 litros e que seu peso médio é de 550 gramas, teremos embalagens recolhidas em 2011 e em Porém, os dados informados pelo INPEV ( revelam que a quantidade de embalagens beneficiadas no Estado do Rio de Janeiro, em 2010, foi de unidades, das quais, tratadas pelo processo da tríplice lavagem e unidades destinadas sem serem lavadas. Entretanto, se em números absolutos este resultado é elevado, em termos relativos ele representa apenas 30% das embalagens utilizadas, como se mostra a seguir. Para que se possa estimar a quantidade de embalagens geradas nas safras de 2011 e 2012, foram usados os dados do Dossiê maio de 2012, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva ABRASCO. Por estes dados, o uso médio de agrotóxico por hectare plantado passou de 10 L/ha em 2002 para 12 L/ha em 2011, sendo que as quantidades médias de agrotóxico usadas em culturas específicas apresentaram os seguintes valores: 4,8 L/ha para o cultivo da cana de açúcar; 6,0 L/ha para o de milho; 23,0 L/ha para o de cítricos; 10 L/ha para o de café; 10 L/ha para o de arroz; e 5 L/ha para o de feijão. Aplicando estes valores médios do uso de agrotóxico por hectare às áreas produtivas do Estado no ano de 2010, chega-se aos resultados apresentados no Quadro 2.2-7, a seguir. QUADRO 2.2-7: VALORES MÉDIOS DO USO DE AGROTÓXICO POR HECTARE ÀS ÁREAS PRODUTIVAS DO ESTADO CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Cana de Açúcar ,36 4, ,33 Banana , ,20 Café , ,00 163

164 CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Alface 9.759, ,92 Aipim 9.049, ,60 Milho 7.045, ,80 Jiló 5.479, ,00 Mandioca 4.265, ,56 Coco Verde 4.110, ,40 Espinafre 3.930, ,40 Tomate 3.426, ,80 Agrião 2.986, ,68 Quiabo 2.405, ,80 Abacaxi 2.167, ,50 Chuchu 1.878, ,52 Pimentão 1.704, ,56 Laranja 1.696, ,20 164

165 CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Arroz 1.609, ,00 Brócolis 1.570, ,04 Couve Flor 1.490, ,20 Inhame 1.469, ,56 Chicória 1.366, ,16 Couve 1.294, ,00 Ervilha 1.210, ,00 Goiaba 1.199, ,00 Palmito 1.172, ,56 Milho Verde 1.044, ,00 Repolho 996, ,16 Vagem 882, ,04 Batata Doce 876, ,00 Abobrinha 857, ,04 165

166 CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Abobora 839, ,60 Pepino 788, ,24 Tangerina 747, ,60 Caqui 685, ,80 Berinjela 631, ,12 Figo 565, ,40 Feijão 538, ,50 Salsa 519, ,44 Maracujá 503, ,97 Beterraba 470, ,40 Cebolinha 459, ,60 Maxixe 440, ,64 Tangerina Poncã 414, ,90 Ervas 339, ,80 166

167 CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Melancia 231, ,00 Louro 193, ,44 Cenoura 191, ,40 Manga 124, ,20 Acerola 67, ,40 Nabo 56, ,20 Cará 52, ,00 Batata 51, ,60 Feijão Mauá 39, ,50 Morango 37, ,00 Urucum 35, ,00 Mamão 22, ,00 Abacate 19, ,20 Bertalha 15, ,40 167

168 CULTURAS ÁREA COLHIDA VOLUME DE AGROTÓXICO VOLUME UTILIZADO (HA) (L/HA) L Pinha 11, ,40 Pêssego 10, ,00 Uva 9, ,00 Melão 8, ,00 Pimenta 4, ,00 Atemóia 3, ,00 Limão 2, ,00 Alho 0, ,60 TOTAL GERAL , ,38 FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA ABRASCO, Considerando-se que todas as embalagens usadas sejam de 5 litros, teriam sido geradas unidades em Comparando com o que foi coletado em 2012, unidades, corresponde a cerca de 30% do que foi gerado em Como o consumo de agrotóxicos tende a subir de ano a ano, quando os dados da produção agrícola de 2012 forem consolidados, apesar do esforço realizado, esse percentual de embalagens coletadas será ainda menor para Para finalizar, relaciona-se a seguir os pontos cruciais identificados por este diagnóstico em relação ao uso de agrotóxicos. 168

169 O primeiro aspecto a ser observado seria a redução do consumo de agrotóxicos, que poderia ser conseguida através da divulgação dos perigos do uso de agrotóxicos, da capacitação da mão de obra agrícola para selecionar os agrotóxicos mais recomendados para sua cultura e para usar as quantidades adequadas evitando os excessos e, por fim, incentivando o uso de alternativas mais sustentáveis e mais sadias. Além do incentivo ao uso de agrotóxicos mais seletivos e ao plantio de novas espécies que sejam mais resistentes a pragas e, portanto, necessitam de menos defensivos agrícolas, a outra forma de diminuir a geração de resíduos químicos é investir na agricultura familiar e na agricultura orgânica. Dados do Censo Agropecuário de 2006 revelam que a chamada agricultura familiar produz 68% do feijão, 67% do milho, 75% da mandioca e 55% de arroz consumido no Estado mostrando com isso sua importância ao lado do agronegócio. Além de apostar numa produção familiar com menos defensivos que gerariam uma alimentação e um meio ambiente mais saudável, o incentivo a este modo de fazer agricultura, aumenta o uso de mão de obra direta, com reflexos positivos na área social, com o aumento da renda e com a fixação do trabalhador ao campo RESÍDUOS INORGÂNICOS EMBALAGENS VAZIAS DE FERTILIZANTES De acordo com os dados da Associação Nacional para Difusão de adubos ANDA (2011), 80% da demanda de fertilizantes se deve a cinco principais culturas, a saber: soja, cana de açúcar, café, milho e algodão. Como se viu de quadros anteriores, o Estado do Rio de Janeiro cultiva em larga escala três destas cinco culturas e, consequentemente, faz uso de fertilizantes em larga escala. Se por um lado a legislação de agrotóxicos é eficaz e satisfatória, pelo lado dos fertilizantes ela é totalmente inexistente, ou seja, não há nem leis, nem normas, nem diretrizes que regulem a gestão dos resíduos de fertilizantes. É certo que o impacto ambiental destes resíduos não seja comparável aos gerados pelas embalagens de agrotóxicos, mas, levando-se em consideração o presumível volume de resíduo, não se pode dizer que seja um impacto desprezível. É intuitivo que, sem leis, os dados a respeito deste tipo de resíduos também sejam inexistentes. 169

170 Apenas para dar uma ideia da gravidade do assunto, apresenta-se a seguir um exercício teórico a respeito da geração de embalagens vazias de fertilizantes. Tomando-se por base os dados de 2011 do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola - SINDAG, a relação entre consumo de fertilizantes (em milhões de toneladas) e consumo de agrotóxicos (em milhões de metros cúbicos) no Brasil foi de aproximadamente 8:1. Admitindo-se que os agricultores do Estado do Rio mantenham esta relação, no ano de 2010 houve um consumo estimado de 16 milhões de toneladas de fertilizantes, já que o consumo de agrotóxicos neste ano foi de cerca de 2 milhões de metros cúbicos. Outra forma de se calcular a quantidade de fertilizantes é através do consumo específico (quilogramas de fertilizante por hectare plantado), estimado pelo diagnóstico do IPEA como tendo uma média nacional de 74 Kg/ha. Multiplicando-se esta média pela área colhida do Estado, apresentada anteriormente e igual a ,95 ha, chega-se ao resultado de Kg, ratificando os cálculos anteriores. As formas de comercialização dos fertilizantes se dá, principalmente, através de sacos de 50 Kg e de big-bags de Kg. Ainda de acordo com o diagnóstico do IPEA, a geração de embalagens se dá conforme o tamanho das propriedades, como apresentado no Quadro a seguir. QUADRO 2.2-8: GERAÇÃO DE EMBALAGENS TAMANHO DA PROPRIEDADE TIPO DE EMBALAGEM Menor que 10 ha 100% sacaria de 50 Kg Entre 10 e 100 ha 50% sacaria de 50 Kg 50% big bag de 1,5 t Entre 100 e 1000 ha 100% big bag de 1,5 t Acima de 1000 ha 100% big bag de 1,5 t FONTE: DIAGNÓSTICO DO IPEA 170

171 As destinações mais comuns que os agricultores dão a estas embalagens são: Reaproveitamento; Queima; Disposição no lixo comum. Apesar de existirem formas muito criativas de se reaproveitar estas embalagens, alguns agricultores as reciclam de forma inadequada, armazenando milho, café, frutas e outros tipos de alimentos, o que pode resultar na contaminação dos mesmos, mesmo quando as embalagens foram previamente lavadas. Também a disposição das embalagens vazias no lixo comum não é prática muito adequada, tendo em vista que, como se verá em item a seguir, a destinação de grande parte deste lixo é a queima a céu aberto. O comércio informal de compra e venda de sacarias e big-bags também é prática muito comum no meio rural. Como resultado dos levantamentos realizados para o presente relatório, fica a recomendação de estabelecer normas e diretrizes para a gestão das embalagens vazias de fertilizantes. Outra recomendação que poderá ser estudada em mais detalhes é o aproveitamento (ou extensão) da cadeia da logística reversa das embalagens de agrotóxicos para todas as categorias de Resíduos Agrossilvopastoris, em especial para as embalagens vazias de fertilizantes INSUMOS VETERINÁRIOS NA PECUÁRIA Apenas para se dar uma ideia básica sobre a importância deste segmento, existem, atualmente (MAPA, 2011) produtos de uso veterinário autorizados para a comercialização no país, com destaque para as vacinas e os antibióticos e os produtos de combate a ectoparasitas. A entidade que representa o setor em território nacional é o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal SINDAN, sendo que as empresas voltadas para a saúde animal são, em sua maioria, grandes grupos multinacionais que atuam na área da saúde humana. Em linhas gerais a distribuição de medicamentos veterinários por grupo de animais é feita em seis classes distintas: Bovinos 171

172 Avicultura Suinocultura Equinos Pequenos animais domésticos (pets) Outros A estrutura legal sobre produtos veterinários no Brasil contempla os Decretos-Lei 467, de 13 de fevereiro de 1969 (alterado pelas Leis Federais e , ambas de 2012); 1.662/1995; 5.053/2004 e 6.296/2007; além da Lei n 6.198, de 26 de dezembro de O controle pela implementação e fiscalização deste arcabouço legal é de competência exclusiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA (ao contrário da responsabilidade sobre o controle dos agrotóxicos que, além do MAPA, conta com os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente). Observe-se que, em nenhuma destas leis apresentadas há menção sobre normas, regras ou diretrizes para o manuseio e destinação final das embalagens vazias, talvez porque, até a edição da PNRS, estes resíduos tenham sido geridos pela legislação dos resíduos de serviços de saúde. Porém, cumpre mencionar que tramitam no Congresso dois projetos de lei (PLS 134/2007 e PLS 718/2007) que propõem a alteração do Decreto Lei 467/1969, que passaria a vigorar acrescido de um artigo onde se acham definidas as responsabilidades de cada um dos agentes envolvidos na destinação das embalagens vazias. No que concerne às quantidades de embalagens processadas, não há nenhum tipo de registro, nem nacional, nem estadual e muito menos por municípios. Seguindo a mesma linha de raciocínio dos itens anteriores, apresenta-se nos parágrafos seguintes um exercício teórico sobre o cálculo estimativo do número de embalagens que estariam sujeitas a processamento no Estado do Rio de Janeiro. Para efeito de simplificação, serão consideradas apenas as embalagens de vacinas bovinas, os antiparasiticidas e medicamentos de combate a doenças avícolas. Todos os dados foram extraídos do diagnóstico do IPEA. Em termos de vacinas bovinas, o rebanho nacional seria responsável pela geração de 26,3 milhões de frascos a serem descartados. Considerando que o rebanho fluminense corresponde a 1% da quantidade nacional, seria de se esperar um volume total da ordem de 270 mil frascos. 172

173 Por raciocínio semelhante, os endectocidas seriam responsáveis por 440 mil de embalagens de polietileno, enquanto os ectoparasiticidas gerariam mais 300 mil. Curiosamente, o número de aves fluminenses também corresponde a 1% das aves nacionais. Assim, o volume de embalagens vazias no combate a doenças de galináceos chegaria aos 100 mil unidades. Desta forma, a estimativa do descarte de embalagens vazias em território fluminense totalizaria 1,1 milhões de unidades. Pelos números apresentados, a destinação de embalagens vazias de insumos farmacêuticos veterinários faz-se necessária, seja por razões ambientais, seja por questões de saúde pública. Se o uso em excesso de medicamentos veterinários é preocupante na contaminação de alimentos (carne, leite e ovos, principalmente), existindo regras específicas definidas pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), fica evidente que a correta destinação das embalagens vazias de insumos veterinários é extremamente relevante. Ressalte-se ainda a semelhança química e estrutural que existe entre os praguicidas de uso agrícola (agrotóxicos) e os de uso veterinário, com igual impacto sobre a saúde humana e sobre o meio ambiente, ainda que regidos por leis totalmente díspares. Desta forma, fica evidente a necessidade de uma legislação que regulamente a destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de insumos farmacêuticos veterinários, evitando os impactos negativos que poderiam advir da gestão inadequada. Por fim, dada a semelhança entre os compostos químicos envolvidos, recomenda-se fortemente o aproveitamento da cadeia da logística reversa das embalagens de agrotóxicos para todas as categorias de resíduo. A este respeito cabe mencionar que, recentemente, uma empresa do setor lançou uma campanha promocional, no Paraná e em São Paulo, oferecendo desconto em novos produtos aos clientes que retornassem as embalagens vazias de produtos destinados a animais de companhia. Porém, não há menções a respeito desta promoção ser estendida a produtos veterinários de uso pecuário RESÍDUOS DOMICILIARES DE ÁREAS RURAIS No Brasil, a coleta de lixo na área rural cobre apenas 31,6% dos domicílios, enquanto que o percentual de domicílios atendidos pela coleta no meio urbano chega aos 98% (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2009). 173

174 A ineficiência na gestão dos resíduos domiciliares rurais se reflete nas práticas de destinação dos resíduos, onde aproximadamente 70% dos domicílios rurais queimam, enterram ou lançam os resíduos em terrenos baldios, encostas e cursos d água. Ainda segundo o PNAD, os domicílios rurais apresentam a seguinte distribuição percentual por tipo de destinação final de seus resíduos: QUADRO 2.2-9: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL POR TIPO DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS REGIÃO COLETADO QUEIMADO OU ENTERRADO JOGADO EM TERRENO BALDIO JOGADO EM CURSO D ÁGUA OUTRO Brasil 31,6 59,0 8,5 0,3 0,4 Norte 28,4 64,0 5,4 1,8 0,2 Nordeste 19,2 65,5 15,0 0,2 0,1 Sudeste 50,4 46,7 2,1 0,0 0,6 Sul 49,3 48,2 1,1 0,1 1,0 Centro-Oeste 27,3 68,3 2,3 0,1 0,4 Rio de Janeiro 80,5 18,4 0,1 0,0 0,0 FONTE: PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO, 2009 A razão destes números está no custo da coleta rural, muito elevado, tendo em vista a baixa densidade demográfica da região rural. Outro fator que encarece a coleta rural pode ser traduzido pelo baixo padrão de pavimentação das estradas, o que influi diretamente na velocidade de coleta e aumenta o custo de manutenção dos veículos coletores. Tendo em vista que a maioria dos municípios fluminenses já se defronta com problemas de caixa para executar as atividades de coleta convencional, é de se esperar que a coleta rural seja relegada a segundo plano. 174

175 Em termos quantitativos, não há dados disponíveis sobre a geração de resíduos sólidos na área rural. Assim, a estimativa da quantidade de lixo domiciliar será feita a partir da população rural, aplicando-se a esta população o respectivo valor per capita calculado com base nos dados do IBGE e apresentado no Quadro e Quadro , a seguir. QUADRO : GERAÇÃO DE LIXO PER CAPITA ESTRATO POPULACIONAL (HAB) PER CAPITA DE LIXO DOMICILIAR (KG/HAB.DIA) Até ,46 De a ,42 De a ,48 De a ,56 De a ,69 De a ,78 De a ,29 Mais de ,16 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico,

176 QUADRO : GERAÇÃO DE LIXO DOMICILIAR A PARTIR DA POPULAÇÃO RURAL MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Angra dos Reis ,82 5,10 Aperibé ,77 1,03 Araruama ,86 4,75 Areal ,69 1,04 Armação dos Búzios 0 1,13 0,00 Arraial do Cabo 0 0,96 0,00 Barra do Piraí ,76 2,14 Barra Mansa ,91 1,47 Belford Roxo 0 1,12 0,00 Bom Jardim ,70 7,05 Bom Jesus do Itabapoana ,72 3,95 Cabo Frio ,90 41,17 Cachoeiras de Macacu ,70 5,13 176

177 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Cambuci ,64 2,26 Campos dos Goytacazes ,88 39,61 Cantagalo ,68 3,95 Carapebus ,85 2,39 Cardoso Moreira ,69 2,65 Carmo ,66 2,62 Casimiro de Abreu ,71 4,85 Comendador Levy Gasparian 318 0,67 0,21 Conceição de Macabu ,76 2,18 Cordeiro 568 0,71 0,40 Duas Barras ,65 2,08 Duque de Caxias ,18 3,43 Eng. Paulo de Frontin ,71 2,64 Guapimirim ,70 1,22 177

178 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Iguaba Grande 0 0,72 0,00 Itaboraí ,77 2,00 Itaguaí ,92 4,49 Italva ,70 2,67 Itaocara ,68 3,79 Itaperuna ,77 5,75 Itatiaia 970 0,67 0,65 Japeri 0 0,80 0,00 Laje do Muriaé ,68 1,26 Macaé ,94 3,64 Macuco 676 0,61 0,41 Magé ,81 9,79 Mangaratiba ,89 3,86 Maricá ,85 1,67 178

179 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Mendes 234 0,69 0,16 Mesquita 0 0,92 0,00 Miguel Pereira ,72 2,26 Miracema ,70 1,47 Natividade ,72 2,19 Nilópolis 0 0,79 0,00 Niterói 0 0,98 0,00 Nova Friburgo ,82 18,62 Nova Iguaçu ,17 10,17 Paracambi ,71 3,84 Paraíba do Sul ,71 3,50 Paraty ,69 6,79 Paty do Alferes ,69 5,36 Petrópolis ,89 13,02 179

180 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Pinheiral ,68 1,57 Piraí ,82 4,49 Porciúncula ,66 2,55 Porto Real 95 0,64 0,06 Quatis 764 0,64 0,49 Queimados 0 0,76 0,00 Quissamã ,65 4,71 Resende ,80 5,95 Rio Bonito ,73 10,43 Rio Claro ,62 2,27 Rio das Flores ,65 1,69 Rio das Ostras ,78 4,50 Rio de Janeiro 0 1,33 0,00 Santa Maria Madalena ,67 2,94 180

181 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Santo Antônio de Pádua ,70 6,64 São Fidélis ,67 5,27 São Francisco de Itabapoana ,70 14,18 São Gonçalo 729 1,11 0,81 São João da Barra ,74 5,22 São João de Meriti 0 0,85 0,00 São José de Ubá ,62 2,42 São José do Vale do Rio Preto ,70 7,87 São Pedro da Aldeia ,70 4,01 São Sebastião do Alto ,73 3,13 Sapucaia ,73 3,10 Saquarema ,82 3,10 Seropédica ,71 9,87 Silva Jardim ,70 3,66 181

182 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RURAL (HAB) GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB.DIA) GERAÇÃO DE LIXO (KG/DIA) Sumidouro ,64 6,05 Tanguá ,63 2,08 Teresópolis ,80 14,03 Trajano de Morais ,72 3,97 Três Rios ,78 1,77 Valença ,73 7,02 Varre-Sai ,69 2,54 Vassouras ,68 7,62 Volta Redonda 117 0,85 0,10 T O T A L ,79 Como se pode observar, esta parcela de resíduo não possui representatividade diante dos números apresentados pelos outros segmentos. Entretanto, em termos absolutos, ela não pode ser relegada, como vem sendo, a um plano secundário. Em termos qualitativos, nota-se que o lixo rural, a cada dia, mais se aproxima da composição do lixo domiciliar urbano, apresentando um volume crescente de frascos, plásticos, pilhas, pneus, lâmpadas e aparelhos eletroeletrônicos. Como se pode constatar do levantamento realizado, a principal causa da ineficiência nas atividades de coleta rural provém da relação custo/benefício da coleta, ou seja, o poder público não investe na coleta rural porque irá gastar muito dinheiro para atender a poucos contribuintes. 182

183 Assim, recomenda-se que se invista na aquisição de contêineres de grande capacidade, preferencialmente contêineres semienterrados de 5 m³, que irão propiciar o espaçamento da frequência de coleta para apenas 1 vez por semana. Desta forma, reduzindo-se a frequência de coleta, aumenta-se a viabilidade de se operar economicamente a coleta rural. Outra possibilidade viável de se melhorar a eficiência da coleta seria reduzindo a quantidade de resíduos orgânicos a ser removida. Tal possibilidade pode ser conseguida através de maciço investimento na capacitação e preparo dos produtores rurais, evidenciando as vantagens de se usar o composto orgânico e ensinando-os a efetuar a compostagem natural da matéria orgânica do lixo gerado em suas propriedades CONSIDERAÇÕES FINAIS Das pesquisas e levantamentos realizados, ficou claro que os agentes privados do setor agrícola estão perfeitamente enquadrados nas condições legais, atendendo a todas as exigências das leis promulgadas. Por outro lado, o Poder Público se mostrou omisso, não só sob o aspecto operacional de executar sua parte na fiscalização da gestão dos resíduos, como também sob o ponto de vista gerencial, por não estabelecer normas e procedimentos capazes de regular a correta destinação dos resíduos gerados pelo setor. Diante destes fatos, fazem-se necessárias medidas imediatas que coíbam estes desvios e incentivem a correta gestão dos resíduos agrossilvopastoris. Dentre as medidas a serem implementadas, realçamos as seguintes: Revisão completa da legislação vigente, complementando as lacunas evidenciadas pela PNRS, ou seja, estendendo os princípios de gestão dos resíduos de agrotóxicos a todos os demais segmentos que compõem a tipologia dos resíduos agrossilvopastoris; Padronização dos órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização de cada um destes segmentos; Aproveitamento da cadeia de logística reversa implantada para os resíduos de agrotóxicos na logística reversa dos demais resíduos, em especial das embalagens de fertilizantes e dos insumos veterinários na pecuária. 183

184 Investir e fomentar a compostagem natural nas propriedades rurais, capacitando os proprietários e capatazes das terras através de cursos gratuitos. Outro aspecto a ser contemplado neste setor, é o seu grande potencial de geração de energia, seja através da biomassa agrícola, seja através da digestão do esterco animal. No caso específico do Rio de Janeiro, recomenda-se que se faça um acurado estudo do potencial energético disponível na Região Norte, em especial no Município de Campos dos Goytacazes, criando incentivos que viabilizem a adoção de tecnologias de biodigestão capazes de produzir, simultaneamente, composto orgânico (condicionador de solos para a agricultura) e biogás (que poderá ser usado na geração de energia elétrica ou vapor). Esta medida ajudaria na consolidação do mercado de reciclagem de resíduos, dando maior segurança ao gerador do resíduo para investir na sua reciclagem ou no seu reaproveitamento. Ainda no setor agrícola, recomenda-se que o Estado volte a investir na Agricultura Familiar, criando incentivos, como, por exemplo, só agricultores familiares poderão participar como fornecedores do Programa Estadual de Alimentação Escolar. Outra forma de incentivar a agricultura familiar e a agricultura orgânica seria reduzindo a alíquota dos impostos estaduais que incidem sobre a produção agrícola. Por fim, não se pode deixar de comentar a respeito do principal ponto que serve de base a qualquer atividade: a capacitação da mão de obra. Reitera-se aqui algumas medidas já preconizadas em itens anteriores, como: promover a capacitação técnica da mão de obra a ser alocada na agricultura e na pecuária, de forma que os agricultores possam selecionar os agrotóxicos mais recomendados para sua cultura e passem a usar as quantidades adequadas evitando os excessos; fornecer assistência técnica adequada no meio rural, seja no segmento agrícola, seja na pecuária ou mesmo na silvicultura; fomentar o estabelecimento de novas escolas técnicas rurais, fortalecendo as unidades existentes; estimular a utilização de práticas de manejos agrícolas e pecuários sustentáveis, através de insumos subsidiados e da criação de incentivos fiscais; 184

185 criar políticas públicas voltadas para a valorização de produtos que gerem poucos resíduos BIBLIOGRAFIA ABRELPE, Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, Catapan, E. A., Catapan, D. D. & Catapan, A., Formas Alternativas de Geração de Energia a partir do Biogás da SUinocultura - Uma Abordagem do Custo de Geração de Energia, ISSN , 2011 Coldebella, Anderson, Viabilidade do Uso do Biogás da bovinocultura e Suinocultura para Geração de Energia Elétrica e Irrigação em Propriedades Rurais, Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Estado de São Paulo, Secretaria de Saúde - Superintendência de Controle de Endemias, Publicações Técnicas, Capítulo 1 - Praguicidas, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) - Áreas de Lavouras por Município, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, IPEA, Caderno de Diagnóstico - Resíduos Agrossilvopastoris - Volume I - Resíduos Orgânicos, IPEA, Caderno de Diagnóstico - Resíduos Agrossilvopastoris - Volume II - Resíduos Inorgânicos e Resíduos Domésticos da Área Rural, Mendonça, F. H. de O. et al, Resíduos Sólidos Gerados em Agroindústrias, Escola Agrotécnica Federal de Senhor do Bonfim BA,

186 ANEXO 1 LEI FEDERAL N 7.802, DE 11 DE JULHO DE O PRESIDENTE DA REPÙBLICA Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Faço saber, em cumprimento ao disposto no 7º do artigo 66 da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos por esta Lei. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I - agrotóxicos e afins: a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; 186

187 II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matériasprimas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins. Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se destinarem à pesquisa e à experimentação. 2º Os registrantes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, à União, as inovações concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos. 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderão realizar experimentação e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resíduos, química e meio ambiente. 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar imediatas providências, sob pena de responsabilidade. 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na regulamentação desta Lei. 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins: a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; 187

188 e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; f) cujas características causem danos ao meio ambiente. Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura. Parágrafo único -. São prestadoras de serviços as pessoas físicas e jurídicas que executam trabalho de prevenção, destruição e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins. Art. 5º Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do registro de agrotóxicos e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais: I - entidades de classe, representativas de profissões ligadas ao setor; II - partidos políticos, com representação no Congresso Nacional; III - entidades legalmente constituídas para defesa dos interesses difusos relacionados à proteção do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais. 1º Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnação de agrotóxicos e afins, todas as informações toxicológicas de contaminação ambiental e comportamento genético, bem como os efeitos no mecanismo hormonal, são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante e devem proceder de laboratórios nacionais ou internacionais. 2º A regulamentação desta Lei estabelecerá condições para o processo de impugnação ou cancelamento do registro, determinando que o prazo de tramitação não exceda 90 (noventa) dias e que os resultados apurados sejam publicados. 3º Protocolado o pedido de registro, será publicado no Diário Oficial da União um resumo do mesmo. Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos: 188

189 I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo; II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados pelo conteúdo ou de formar com ele combinações nocivas ou perigosas; III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação; IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez. Parágrafo único. - Fica proibido o fracionamento ou a reembalagem de agrotóxicos e afins para fins de comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentos produtores dos mesmos. Art. 7º Para serem vendidos ou expostos à venda em todo território nacional, os agrotóxicos e afins ficam obrigados a exibir rótulos próprios, redigidos em português, que contenham, entre outros, os seguintes dados: I - indicações para a identificação do produto, compreendendo: a) o nome do produto; b) o nome e a percentagem de cada princípio ativo e a percentagem total dos ingredientes inertes que contém; c) a quantidade de agrotóxicos, componentes ou afins, que a embalagem contém, expressa em unidades de peso ou volume, conforme o caso; d) o nome e o endereço do fabricante e do importador; e) os números de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador; f) o número do lote ou da partida; g) um resumo dos principais usos do produto; h) a classificação toxicológica do produto; II - instruções para utilização, que compreendam: a) a data de fabricação e de vencimento; 189

190 b) o intervalo de segurança, assim entendido o tempo que deverá transcorrer entre a aplicação e a colheita, uso ou consumo, a semeadura ou plantação, e a semeadura ou plantação do cultivo seguinte, conforme o caso; c) informações sobre o modo de utilização, incluídas, entre outras: a indicação de onde ou sobre o que deve ser aplicado; o nome comum da praga ou enfermidade que se pode com ele combater ou os efeitos que se pode obter; a época em que a aplicação deve ser feita; o número de aplicações e o espaçamento entre elas, se for o caso; as doses e os limites de sua utilização; d) informações sobre os equipamentos a serem utilizados e sobre o destino final das embalagens; III - informações relativas aos perigos potenciais, compreendidos: a) os possíveis efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio ambiente; b) precauções para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e a terceiros, aos animais domésticos, fauna, flora e meio ambiente; c) símbolos de perigo e frases de advertência padronizados, de acordo com a classificação toxicológica do produto; d) instruções para o caso de acidente, incluindo sintomas de alarme, primeiros socorros, antídotos e recomendações para os médicos; IV - recomendação para que o usuário leia o rótulo antes de utilizar o produto. 1º Os textos e símbolos impressos nos rótulos serão claramente visíveis e facilmente legíveis em condições normais e por pessoas comuns. 2º Fica facultada a inscrição, nos rótulos, de dados não estabelecidos como obrigatórios, desde que: I - não dificultem a visibilidade e a compreensão dos dados obrigatórios; II - não contenham: a) afirmações ou imagens que possam induzir o usuário a erro quanto à natureza, composição, segurança e eficácia do produto, e sua adequação ao uso; b) comparações falsas ou equívocas com outros produtos; c) indicações que contradigam as informações obrigatórias; 190

191 d) declarações de propriedade relativas à inocuidade, tais como seguro, não venenoso, não tóxico ; com ou sem uma frase complementar, como: quando utilizado segundo as instruções ; e) afirmações de que o produto é recomendado por qualquer órgão do Governo. 3º Quando, mediante aprovação do órgão competente, for juntado folheto complementar que amplie os dados do rótulo, ou que contenha dados que obrigatoriamente deste devessem constar, mas que nele não couberam, pelas dimensões reduzidas da embalagem, observar-se-á o seguinte: I - deve-se incluir no rótulo frase que recomende a leitura do folheto anexo, antes da utilização do produto; II - em qualquer hipótese, os símbolos de perigo, o nome do produto, as precauções e instruções de primeiros socorros, bem como o nome e o endereço do fabricante ou importador devem constar tanto do rótulo como do folheto. Art. 8º A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicação, conterá, obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscos do produto à saúde dos homens, animais e ao meio ambiente, e observará o seguinte: I - estimulará os compradores e usuários a ler atentamente o rótulo e, se for o caso, o folheto, ou a pedir que alguém os leia para eles, se não souberem ler; II - não conterá nenhuma representação visual de práticas potencialmente perigosas, tais como a manipulação ou aplicação sem equipamento protetor, o uso em proximidade de alimentos ou em presença de crianças; III - obedecerá ao disposto no inciso II do 2º do art. 7º desta Lei. Art. 9º No exercício de sua competência, a União adotará as seguintes providências: I - legislar sobre a produção, registro, comércio interestadual, exportação, importação, transporte, classificação e controle tecnológico e toxicológico; II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação; III - analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados; IV - controlar e fiscalizar a produção, a exportação e a importação. 191

192 Art. 10 Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da Constituição Federal, legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno. Art. 11 Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins. Art. 12 A União, através dos órgãos competentes, prestará o apoio necessário às ações de controle e fiscalização, à Unidade da Federação que não dispuser dos meios necessários. Art. 13 A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação desta Lei. Art. 14 As responsabilidades administrativa, civil e penal, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, a comercialização, a utilização e o transporte não cumprirem o disposto nesta Lei, na sua regulamentação e nas legislações estaduais e municipais, cabem: a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida; b) ao usuário ou a prestador de serviços, quando em desacordo com o receituário; c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita; d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informações incorretas; e) ao produtor que produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda; f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos. Art. 15 Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar ou prestar serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, descumprindo as exigências estabelecidas nas leis e nos seus regulamentos, ficará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além da multa de 100 (cem) a (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além da multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR. 192

193 Art. 16 O empregador, profissional responsável ou o prestador de serviço, que deixar de promover as medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além de multa de 100 (cem) a (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR. Art. 17 Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições desta Lei acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em regulamento, independente das medidas cautelares de estabelecimento e apreensão do produto ou alimentos contaminados, a aplicação das seguintes sanções: I - advertência; II - multa de até 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência - MVR, aplicável em dobro em caso de reincidência; III - condenação de produto; IV - inutilização de produto; V - suspensão de autorização, registro ou licença; VI - cancelamento de autorização, registro ou licença; VII - interdição temporária ou definitiva de estabelecimento; VIII - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima do permitido; IX - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos de uso não autorizado, a critério do órgão competente. Parágrafo único. - A autoridade fiscalizadora fará a divulgação das sanções impostas aos infratores desta Lei. Art. 18 Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos e afins, apreendidos como resultado da ação fiscalizadora, serão inutilizados ou poderão ter outro destino, a critério da autoridade competente. Parágrafo único. Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionados neste artigo correrão por conta do infrator. Art. 19 O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação e esclarecimento, que estimulem o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seus 193

194 componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais para os seres humanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua utilização imprópria. Art. 20 As empresas e os prestadores de serviços que já exercem atividades no ramo de agrotóxicos, seus componentes e afins, têm o prazo de até 6 (seis) meses, a partir da regulamentação desta Lei, para se adaptarem às suas exigências. Parágrafo único. Aos titulares do registro de produtos agrotóxicos que têm como componentes os organoclorados será exigida imediata reavaliação de seu registro, nos termos desta Lei. Art. 21 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de sua publicação. Art. 22 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 23 Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 11 de julho de 1989; 168º da Independência e 101º da República. JOSÉ SARNEY Íris Rezende Machado João Alves Filho Rubens Bayma Denys 194

195 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ANEXO 2 LEI FEDERAL Nº DE 06 DE JUNHO 2000 Altera a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O artigo 6º da Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 6º...." "I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem;" (NR) "..." " 1º O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente poderão ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob responsabilidade daquela, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos competentes." (NR) " 2º Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente." (AC)* " 3º Quando o produto não for fabricado no País, assumirá a responsabilidade de que trata o 2º a pessoa física ou jurídica responsável pela importação e, 195

196 tratando-se de produto importado submetido a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao órgão registrante defini-la." (AC) " 4º As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas." (AC) " 5º As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes." (AC) " 6º As empresas produtoras de equipamentos para pulverização deverão, no prazo de cento e oitenta dias da publicação desta Lei, inserir nos novos equipamentos adaptações destinadas a facilitar as operações de tríplice lavagem ou tecnologia equivalente." (AC) Art. 2º O caput e a alínea d do inciso II do art. 7o da Lei no 7.802, de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 7º Para serem vendidos ou expostos à venda em todo o território nacional, os agrotóxicos e afins são obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que contenham, entre outros, os seguintes dados:" (NR) "... II -..." "d) informações sobre os equipamentos a serem usados e a descrição dos processos de tríplice lavagem ou tecnologia equivalente, procedimentos para a devolução, destinação, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização das embalagens vazias e efeitos sobre o meio ambiente decorrentes da destinação inadequada dos recipientes;" (NR) "..." Art. 3º A Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 12A: "Art. 12A. Compete ao Poder Público a fiscalização:" (AC) "I da devolução e destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso;" (AC) 196

197 "II do armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e produtos referidos no inciso I." (AC) Art. 4º O caput e as alíneas b, c e e do art. 14 da Lei no 7.802, de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem:" (NR) "..." "b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitárioambientais;" (NR) "c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais;" (NR) "..." "e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens vazias em conformidade com a legislação pertinente;" (NR) "..." Art. 5º O art. 15 da Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar com a redação seguinte: "Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão, de dois a quatro anos, além de multa."(nr) Art. 6º O art. 19 da Lei no 7.802, de 1989, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: "Art " "Parágrafo único. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, implementarão, em colaboração com o Poder Público, 197

198 programas educativos e mecanismos de controle e estímulo à devolução das embalagens vazias por parte dos usuários, no prazo de cento e oitenta dias contado da publicação desta Lei." (AC) Art. 7º (VETADO) Brasília, 6 de junho de 2000; 179º da Independência e 112º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori Marcus Vinicius Pratini de Moraes José Serra Alcides Lopes Tápias José Sarney Filho 198

199 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ANEXO 3 DECRETO Nº DE 04 DE JANEIRO DE 2002 Regulamenta a Lei n o 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n o 7.802, de 11 de julho de 1989, DECRETA: Capítulo I Das Disposições Preliminares Art. 1 o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - aditivo - substância ou produto adicionado a agrotóxicos, componentes e afins, para melhorar sua ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o processo de produção; II - adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua aplicação; III - agente biológico de controle - o organismo vivo, de ocorrência natural ou obtido por manipulação genética, introduzido no ambiente para o controle de uma população ou de atividades biológicas de outro organismo vivo considerado nocivo; IV - agrotóxicos e afins - produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como 199

200 as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; V - centro ou central de recolhimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais fabricantes e registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao recebimento e armazenamento provisório de embalagens vazias de agrotóxicos e afins dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento ou diretamente dos usuários; VI - comercialização - operação de compra, venda ou permuta dos agrotóxicos, seus componentes e afins; VII - componentes - princípios ativos, produtos técnicos, suas matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins; VIII - controle - verificação do cumprimento dos dispositivos legais e requisitos técnicos relativos a agrotóxicos, seus componentes e afins; IX - embalagem - invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter os agrotóxicos, seus componentes e afins; X - Equipamento de Proteção Individual (EPI) - todo vestuário, material ou equipamento destinado a proteger pessoa envolvida na produção, manipulação e uso de agrotóxicos, seus componentes e afins; XI - exportação - ato de saída de agrotóxicos, seus componentes e afins, do País para o exterior; XII - fabricante - pessoa física ou jurídica habilitada a produzir componentes; XIII - fiscalização - ação direta dos órgãos competentes, com poder de polícia, na verificação do cumprimento da legislação especifica; XIV - formulador - pessoa física ou jurídica habilitada a produzir agrotóxicos e afins; XV - importação - ato de entrada de agrotóxicos, seus componentes e afins, no País; XVI - impureza - substância diferente do ingrediente ativo derivada do seu processo de produção; XVII - ingrediente ativo ou princípio ativo - agente químico, físico ou biológico que confere eficácia aos agrotóxicos e afins; 200

201 XVIII - ingrediente inerte ou outro ingrediente - substância ou produto não ativo em relação à eficácia dos agrotóxicos e afins, usado apenas como veículo, diluente ou para conferir características próprias às formulações; XIX - inspeção - acompanhamento, por técnicos especializados, das fases de produção, transporte, armazenamento, manipulação, comercialização, utilização, importação, exportação e destino final dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como de seus resíduos e embalagens; XX - intervalo de reentrada - intervalo de tempo entre a aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de pessoas na área tratada sem a necessidade de uso de EPI; XXI - intervalo de segurança ou período de carência, na aplicação de agrotóxicos ou afins: a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a última aplicação e a colheita; b) pós-colheita: intervalo de tempo entre a última aplicação e a comercialização do produto tratado; c) em pastagens: intervalo de tempo entre a última aplicação e o consumo do pasto; d) em ambientes hídricos: intervalo de tempo entre a última aplicação e o reinício das atividades de irrigação, dessedentação de animais, balneabilidade, consumo de alimentos provenientes do local e captação para abastecimento público; e e) em relação a culturas subseqüentes: intervalo de tempo transcorrido entre a última aplicação e o plantio consecutivo de outra cultura. XXII - Limite Máximo de Resíduo (LMR) - quantidade máxima de resíduo de agrotóxico ou afim oficialmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa fase específica, desde sua produção até o consumo, expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus resíduos por milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg/kg); XXIII - manipulador - pessoa física ou jurídica habilitada e autorizada a fracionar e reembalar agrotóxicos e afins, com o objetivo específico de comercialização; XXIV - matéria-prima - substância, produto ou organismo utilizado na obtenção de um ingrediente ativo, ou de um produto que o contenha, por processo químico, físico ou biológico; XXV - mistura em tanque - associação de agrotóxicos e afins no tanque do equipamento aplicador, imediatamente antes da aplicação; 201

202 XXVI - novo produto - produto técnico, pré-mistura ou produto formulado contendo ingrediente ativo ainda não registrado no Brasil; XXVII - país de origem - país em que o agrotóxico, componente ou afim é produzido; XXVIII - país de procedência - país exportador do agrotóxico, componente ou afim para o Brasil; XXIX - pesquisa e experimentação - procedimentos técnico-científicos efetuados visando gerar informações e conhecimentos a respeito da aplicabilidade de agrotóxicos, seus componentes e afins, da sua eficiência e dos seus efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente; XXX - posto de recebimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais estabelecimentos comerciais ou conjuntamente com os fabricantes, destinado a receber e armazenar provisoriamente embalagens vazias de agrotóxicos e afins devolvidas pelos usuários; XXXI - pré-mistura - produto obtido a partir de produto técnico, por intermédio de processos químicos, físicos ou biológicos, destinado exclusivamente à preparação de produtos formulados; XXXII - prestador de serviço - pessoa física ou jurídica habilitada a executar trabalho de aplicação de agrotóxicos e afins; XXXIII - produção - processo de natureza química, física ou biológica para obtenção de agrotóxicos, seus componentes e afins; XXXIV - produto de degradação - substância ou produto resultante de processos de degradação, de um agrotóxico, componente ou afim; XXXV - produto formulado - agrotóxico ou afim obtido a partir de produto técnico ou de, pré-mistura, por intermédio de processo físico, ou diretamente de matériasprimas por meio de processos físicos, químicos ou biológicos; XXXVI - produto formulado equivalente - produto que, se comparado com outro produto formulado já registrado, possui a mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes entre si, a mesma composição qualitativa e cuja variação quantitativa de seus componentes não o leve a expressar diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente ao do produto em referência;(revogado pelo Decreto nº 5.981, de 2006) XXXVII - produto técnico - produto obtido diretamente de matérias-primas por processo químico, físico ou biológico, destinado à obtenção de produtos formulados ou de pré-misturas e cuja composição contenha teor definido de 202

203 ingrediente ativo e impurezas, podendo conter estabilizantes e produtos relacionados, tais como isômeros; XXXVIII - produto técnico equivalente - produto que tem o mesmo ingrediente ativo de outro produto técnico já registrado, cujo teor, bem como o conteúdo de impurezas presentes, não variem a ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico; (Revogado pelo Decreto nº 5.981, de 2006) XXXIX - receita ou receituário: prescrição e orientação técnica para utilização de agrotóxico ou afim, por profissional legalmente habilitado; XL - registrante de produto - pessoa física ou jurídica legalmente habilitada que solicita o registro de um agrotóxico, componente ou afim; XLI - registro de empresa e de prestador de serviços - ato dos órgãos competentes estaduais, municipais e do Distrito Federal que autoriza o funcionamento de um estabelecimento produtor, formulador, importador, exportador, manipulador ou comercializador, ou a prestação de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins; XLII - registro de produto - ato privativo de órgão federal competente, que atribui o direito de produzir, comercializar, exportar, importar, manipular ou utilizar um agrotóxico, componente ou afim; XLIII - Registro Especial Temporário - RET - ato privativo de órgão federal competente, destinado a atribuir o direito de utilizar um agrotóxico, componente ou afim para finalidades específicas em pesquisa e experimentação, por tempo determinado, podendo conferir o direito de importar ou produzir a quantidade necessária à pesquisa e experimentação; XLIV - resíduo - substância ou mistura de substâncias remanescente ou existente em alimentos ou no meio ambiente decorrente do uso ou da presença de agrotóxicos e afins, inclusive, quaisquer derivados específicos, tais como produtos de conversão e de degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas, consideradas toxicológica e ambientalmente importantes; XLV - titular de registro - pessoa física ou jurídica que detém os direitos e as obrigações conferidas pelo registro de um agrotóxico, componente ou afim; e XLVI - Venda aplicada - operação de comercialização vinculada à prestação de serviços de aplicação de agrotóxicos e afins, indicadas em rótulo e bula. XLVII - produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica - agrotóxico ou afim contendo exclusivamente substâncias permitidas, em regulamento próprio, para uso na agricultura orgânica; (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 203

204 XLVIII - especificação de referência - especificações e garantias mínimas que os produtos fitossanitários com uso aprovado na agricultura orgânica deverão seguir para obtenção de registro. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). Capítulo II DAS COMPETÊNCIAS Art. 2 o Cabe aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Saúde e do Meio Ambiente, no âmbito de suas respectivas áreas de competências: I - estabelecer as diretrizes e exigências relativas a dados e informações a serem apresentados pelo requerente para registro e reavaliação de registro dos agrotóxicos, seus componentes e afins; II - estabelecer diretrizes e exigências objetivando minimizar os riscos apresentados por agrotóxicos, seus componentes e afins; III - estabelecer o limite máximo de resíduos e o intervalo de segurança dos agrotóxicos e afins; IV - estabelecer os parâmetros para rótulos e bulas de agrotóxicos e afins; V - estabelecer metodologias oficiais de amostragem e de análise para determinação de resíduos de agrotóxicos e afins em produtos de origem vegetal, animal, na água e no solo; VI - promover a reavaliação de registro de agrotóxicos, seus componentes e afins quando surgirem indícios da ocorrência de riscos que desaconselhem o uso de produtos registrados ou quando o País for alertado nesse sentido, por organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos; VII - avaliar pedidos de cancelamento ou de impugnação de registro de agrotóxicos, seus componentes e afins; VIII - autorizar o fracionamento e a reembalagem dos agrotóxicos e afins; IX - controlar, fiscalizar e inspecionar a produção, a importação e a exportação dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como os respectivos estabelecimentos; X - controlar a qualidade dos agrotóxicos, seus componentes e afins frente às características do produto registrado; XI - desenvolver ações de instrução, divulgação e esclarecimento sobre o uso correto e eficaz dos agrotóxicos e afins; 204

205 XII - prestar apoio às Unidades da Federação nas ações de controle e fiscalização dos agrotóxicos, seus componentes e afins; XIII - indicar e manter representantes no Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos de que trata o art. 95; XIV - manter o Sistema de Informações sobre Agrotóxicos SIA, referido no art. 94; e XV - publicar no Diário Oficial da União o resumo dos pedidos e das concessões de registro. Art. 3 o Cabe aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde, no âmbito de suas respectivas áreas de competência monitorar os resíduos de agrotóxicos e afins em produtos de origem vegetal. Art. 4 o Cabe aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente registrar os componentes caracterizados como matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos, de acordo com diretrizes e exigências dos órgãos federais da agricultura, da saúde e do meio ambiente. Art. 5 o Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: I - avaliar a eficiência agronômica dos agrotóxicos e afins para uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas florestas plantadas e nas pastagens; e II - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotóxicos, produtos técnicos, prémisturas e afins para uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas florestas plantadas e nas pastagens, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. Art. 6 o Cabe ao Ministério da Saúde: I - avaliar e classificar toxicologicamente os agrotóxicos, seus componentes, e afins; II - avaliar os agrotóxicos e afins destinados ao uso em ambientes urbanos, industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública, quanto à eficiência do produto; III - realizar avaliação toxicológica preliminar dos agrotóxicos, produtos técnicos, pré-misturas e afins, destinados à pesquisa e à experimentação; IV - estabelecer intervalo de reentrada em ambiente tratado com agrotóxicos e afins; 205

206 V - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotóxicos, produtos técnicos, prémisturas e afins destinados ao uso em ambientes urbanos, industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente; e VI - monitorar os resíduos de agrotóxicos e afins em produtos de origem animal. Art. 7 o Cabe ao Ministério do Meio Ambiente: I - avaliar os agrotóxicos e afins destinados ao uso em ambientes hídricos, na proteção de florestas nativas e de outros ecossistemas, quanto à eficiência do produto; II - realizar a avaliação ambiental, dos agrotóxicos, seus componentes e afins, estabelecendo suas classificações quanto ao potencial de periculosidade ambiental; III - realizar a avaliação ambiental preliminar de agrotóxicos, produto técnico, prémistura e afins destinados à pesquisa e à experimentação; e IV - conceder o registro, inclusive o RET, de agrotóxicos, produtos técnicos e prémisturas e afins destinados ao uso em ambientes hídricos, na proteção de florestas nativas e de outros ecossistemas, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde. Capítulo III DOS REGISTROS Seção I Do Registro do Produto Art. 8 o Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser produzidos, manipulados, importados, exportados, comercializados e utilizados no território nacional se previamente registrados no órgão federal competente, atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. Parágrafo único. Os certificados de registro serão expedidos pelos órgãos federais competentes, contendo no mínimo o previsto no Anexo I. Art. 9 o Os requerentes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, aos órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, as inovações concernentes aos dados apresentados para registro e reavaliação de registro dos seus produtos. 206

207 Art. 10. Para obter o registro ou a reavaliação de registro de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins, o interessado deve apresentar, em prazo não superior a cinco dias úteis, a contar da data da primeira protocolização do pedido, a cada um dos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, requerimento em duas vias, conforme Anexo II, acompanhado dos respectivos relatórios e de dados e informações exigidos, por aqueles órgãos, em normas complementares. 1 o Ao receber o pedido de registro ou de reavaliação de registro, os órgãos responsáveis atestarão, em uma das vias do requerimento, a data de recebimento do pleito com a indicação do respectivo número de protocolo. 2 o O registro de produto equivalente será realizado com observância dos critérios de equivalência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO, sem prejuízo do atendimento a normas complementares estabelecidas pelos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. 3 o O requerente de registro de produto equivalente deverá fornecer os dados e documentos exigidos no Anexo II, itens 1 a 11, 15, 16 e, quando se tratar de produto formulado, o Para o registro de produtos formulados importados, será exigido o registro do produto técnico. 2 o O requerente de registro de produto técnico equivalente deverá fornecer os dados e documentos exigidos no Anexo II, itens 1 a 11, 15 e 16.1 a (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 3 o O órgão federal de saúde informará ao requerente de registro por equivalência se o produto técnico de referência indicado contém ou não contém os estudos, testes, dados e informações necessários à avaliação do registro, no prazo de quinze dias da solicitação do registro de produto técnico por equivalência. (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 4 o Quando o produto técnico de referência indicado não contiver os estudos, testes, dados e informações necessários à avaliação, o órgão federal de saúde, ouvidos os demais órgãos de registro, informará ao requerente de registro por equivalência quais produtos técnicos estão aptos a serem indicados como produto técnico de referência para o ingrediente ativo de interesse ou a alternativa de encaminhamento para o pleito de registro, no prazo de trinta dias após o prazo previsto no 3 o. (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 5 o Os produtos técnicos registrados com base em equivalência não poderão ser indicados como produtos técnicos de referência. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 207

208 6 o Os produtos com registro cancelado poderão ser indicados como produtos técnicos de referência, desde que atendam aos requisitos previstos na legislação para registro de agrotóxicos e afins e contenham os estudos, testes, dados e informações necessários ao registro por equivalência. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 7 o A avaliação para determinação da equivalência entre produtos técnicos será realizada conjuntamente pelos órgãos responsáveis pelos setores da agricultura, saúde e meio ambiente, resguardadas as suas competências, com observância dos critérios de equivalência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO, conforme descrito no Anexo X. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 8 o Na Fase I do processo de avaliação dos pleitos de registro de produto técnico com base em equivalência, os órgãos verificarão se o produto técnico é equivalente ao produto técnico de referência indicado, de acordo com os critérios previstos nos itens 1 a 3 do Anexo X, com base nos dados e informações apresentadas conforme os itens 15 e 16.1 a 16.6 do Anexo II. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 9 o Quando não for possível determinar a equivalência do produto técnico somente com os dados e informações da Fase I, o processo de avaliação passará à Fase II, de acordo com os critérios previstos no Anexo X, para a qual o requerente de registro de produto técnico equivalente deverá apresentar os estudos que lhe forem exigidos com base no item 16.7 do Anexo II. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 10. Se os dados e estudos previstos na Fase II também não forem suficientes para a comprovação da equivalência do produto técnico, o processo de avaliação passará à Fase III, de acordo com os critérios previstos no item 5 do Anexo X, para a qual o requerente de registro de produto técnico equivalente deverá apresentar os estudos que lhe forem exigidos com base nos itens 16.8 e 16.9 do Anexo II. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 11. Quando os procedimentos previstos sucessivamente nos 8 o, 9 o e 10 não permitirem a comprovação de que o produto técnico é equivalente ao produto técnico de referência indicado, o requerente poderá dar continuidade ao processo de registro, cumprindo com a totalidade dos requisitos previstos para o registro de produtos técnicos. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 12. Na análise de cinco bateladas, a fração não identificada dos produtos técnicos deverá ser igual ou inferior a 20g/kg. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 13. O requerente de registro de produto formulado com base em produto técnico equivalente deverá fornecer os dados e documentos exigidos no Anexo II, itens 1 a 11, 13 e 21 a 23. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 208

209 14. Os estudos de eficiência e praticabilidade constantes dos itens 18.1 e 21.1 do Anexo II, relacionados respectivamente a produtos formulados e produtos formulados com base em produto técnico equivalente, não serão exigidos dos produtos que, comparados a produtos formulados já registrados, apresentarem todas as características a seguir: (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) I - mesmo tipo de formulação; e (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) II - mesmas indicações de uso (culturas e doses) e modalidades de emprego já registradas. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 15. A dispensa de realização de testes de que trata o 14 não isenta a empresa da apresentação de informações atestando a não fitotoxicidade do produto para os fins propostos. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 16. Os estudos de resíduos constantes dos itens 18.4 e 19.2 e dos itens 21.4 e 22.2 do Anexo II, relacionados respectivamente a produtos formulados e produtos formulados com base em produto técnico equivalente, não serão exigidos dos produtos que, comparados a produtos formulados já registrados, apresentarem todas as características a seguir: (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) I - mesmo tipo de formulação; (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) II - mesmas indicações de culturas e modalidades de emprego já registradas; (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) III - aplicação de quantidade igual ou inferior de ingrediente ativo durante o ciclo ou safra da cultura; e (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) IV - intervalo de segurança igual ou superior. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 17. Para a comparação de que trata o 16, os produtos formulados já registrados deverão possuir: (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) I - relatório analítico com a descrição do método de análise, e todos os cromatogramas que permitam a quantificação dos Limites Máximos de Resíduos - LMRs; (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) II - ensaios de resíduos, sendo: (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) a) três ensaios de campo, em locais distintos na mesma safra, ou dois ensaios de campo no mesmo local em duas safras consecutivas e um terceiro em local diferente; ou (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) b) no mínimo dois ensaios, em locais representativos, para o tratamento póscolheita. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 209

210 18. Quando necessário, as empresas detentoras de registro de produtos agrotóxicos serão convocadas a adequar os estudos de resíduos. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 19. A adequação dos estudos de resíduos de que trata o 18 poderá ser realizada conjuntamente pelas empresas interessadas. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 20. Para o registro de produtos formulados importados, será exigido o registro do produto técnico. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 10-A. Os atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados à invenção protegida por patente, exclusivamente para a obtenção de informações, dados e resultados de testes para a obtenção do registro, observarão o disposto no inciso VII do art. 43 da Lei n o 9.279, de 14 de maio de (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 10-B. A observância dos eventuais direitos de propriedade intelectual protegidos no País é de responsabilidade exclusiva do beneficiado, independentemente da concessão do registro pela autoridade competente. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 10-C. Os dados dos produtos registrados poderão ser utilizados pelos órgãos federais competentes responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente para fins de concessão de registro, observado o disposto na Lei n o , de 17 de dezembro de (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 10-D. Para obter o registro ou a reavaliação de registro de produto fitossanitário com uso aprovado na agricultura orgânica, o interessado deve apresentar, em prazo não superior a cinco dias úteis, a contar da data da primeira protocolização do pedido, a cada um dos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, requerimento em duas vias, conforme Anexo II, itens 1 a 11 e 24. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 1 o Para o registro de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica, os estudos agronômicos, toxicológicos e ambientais não serão exigidos, desde que o produto apresente característica, processo de obtenção, composição e indicação de uso de acordo com o estabelecido nas especificações de referência. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 2 o As especificações de referência dos produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica serão estabelecidas com base em informações, testes e estudos agronômicos, toxicológicos e ambientais realizados por instituições públicas ou privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa, em procedimento coordenado pelo setor de agricultura orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 210

211 3 o O setor de agricultura orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fica responsável por identificar os produtos prioritários para uso na agricultura orgânica e encaminhar aos órgãos da agricultura, saúde e meio ambiente, que definirão quais são as informações, testes e estudos necessários para o estabelecimento das especificações de referência. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 4 o As especificações de referência serão estabelecidas em regulamento próprio pelos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 5 o Os produtos de que trata este artigo serão registrados com a denominação de "PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS COM USO APROVADO PARA A AGRICULTURA ORGÂNICA". (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 6 o Cada produto comercial com uso aprovado para a agricultura orgânica terá registro próprio. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 7 o Ficam os produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica dispensados de RET e de registro de componentes, quando registrados seguindo as especificações de referência. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 8 o Ficam isentos de registro os produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica produzidos exclusivamente para uso próprio. (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). Art. 11. O registro, bem como o RET de produtos e agentes de processos biológicos geneticamente modificados que se caracterizem como agrotóxicos e afins, será realizado de acordo com critérios e exigências estabelecidos na legislação específica. Art. 12. Os produtos de baixa toxicidade e periculosidade terão a tramitação de seus processos priorizada, desde que aprovado pelos órgãos federais competentes o pedido de prioridade, devidamente justificado, feito pelos requerentes do registro. Parágrafo único. Os órgãos federais competentes definirão em normas complementares os critérios para aplicabilidade do disposto no caput deste artigo. Art. 12-A. Os processos de registro de produtos técnicos equivalentes e de produtos formulados com base em produtos técnicos equivalentes terão tramitação própria. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 12-B. O processo de registro de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica terá tramitação própria e prioritária.(incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009). 211

212 Art. 13. Os agrotóxicos, seus componentes e afins que apresentarem indícios de redução de sua eficiência agronômica, alteração dos riscos à saúde humana ou ao meio ambiente poderão ser reavaliados a qualquer tempo e ter seus registros mantidos, alterados, suspensos ou cancelados. Art. 14. O órgão registrante do agrotóxico, componente ou afim deverá publicar no Diário Oficial da União, no prazo de até trinta dias da data do protocolo do pedido e da data da concessão ou indeferimento do registro, resumo contendo: I - do pedido: a) nome do requerente; b) marca comercial do produto; c) nome químico e comum do ingrediente ativo; d) nome científico, no caso de agente biológico; e) motivo da solicitação; e f) indicação de uso pretendido. II - da concessão ou indeferimento do registro: a) nome do requerente ou titular; b) marca comercial do produto; c) resultado do pedido e se indeferido, o motivo; d) fabricante(s) e formulador(es); e) nome químico e comum do ingrediente ativo; f) nome científico, no caso de agente biológico; g) indicação de uso aprovada; h) classificação toxicológica; e i) classificação do potencial de periculosidade ambiental. Art. 15. Os órgãos federais competentes deverão realizar a avaliação técnicocientífica, para fins de registro ou reavaliação de registro, no prazo de até cento e vinte dias, contados a partir da data do respectivo protocolo. 212

213 1 o A contagem do prazo será suspensa caso qualquer dos órgãos avaliadores solicite por escrito e fundamentadamente, documentos ou informações adicionais, reiniciando a partir do atendimento da exigência, acrescidos trinta dias. 2 o A falta de atendimento a pedidos complementares no prazo de trinta dias implicará o arquivamento do processo e indeferimento do pleito pelo órgão encarregado do registro, salvo se apresentada, formalmente, justificativa técnica considerada procedente pelo órgão solicitante, que poderá conceder prazo adicional, seguido, obrigatoriamente, de comunicação aos demais órgãos para as providências cabíveis. 3 o Quando qualquer órgão estabelecer restrição ao pleito do registrante deverá comunicar aos demais órgãos federais envolvidos. 4 o O órgão federal encarregado do registro disporá de até trinta dias, contados da disponibilização dos resultados das avaliações dos órgãos federais envolvidos, para conceder ou indeferir a solicitação do requerente. Art. 16. Para fins de registro, os produtos destinados exclusivamente à exportação ficam dispensados da apresentação dos estudos relativos à eficiência agronômica, à determinação de resíduos em produtos vegetais e outros que poderão ser estabelecidos em normas complementares pelos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. Art. 17. O órgão federal registrante expedirá, no prazo de sessenta dias da entrega do pedido, certificado de registro para exportação de agrotóxicos, seus componentes e afins já registrados com nome comercial diferente daquele com o qual será exportado, mediante a apresentação, pelo interessado, ao órgão registrante, de cópia do certificado de registro e de requerimento contendo as seguintes informações: I - destino final do produto; e II - marca comercial no país de destino. Parágrafo único. Concomitantemente à expedição do certificado, o órgão federal registrante comunicará o fato aos demais órgãos federais envolvidos, responsáveis pelos setores de agricultura, saúde ou meio ambiente, atendendo os acordos e convênios dos quais o Brasil seja signatário. Art. 18. O registro de agrotóxicos, seus componentes e afins para uso em emergências quarentenárias, fitossanitárias, sanitárias e ambientais será concedido por prazo previamente determinado, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. 213

214 Art. 19. Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá aos órgãos federais de agricultura, saúde e meio ambiente, avaliar imediatamente os problemas e as informações apresentadas. Parágrafo único. O órgão federal registrante, ao adotar as medidas necessárias ao atendimento das exigências decorrentes da avaliação, poderá: I - manter o registro sem alterações; II - manter o registro, mediante a necessária adequação; III - propor a mudança da formulação, dose ou método de aplicação; IV - restringir a comercialização; V - proibir, suspender ou restringir a produção ou importação; VI - proibir, suspender ou restringir o uso; e VII - cancelar ou suspender o registro. Art. 20. O registro de novo produto agrotóxico, seus componentes e afins somente será concedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for, comprovadamente, igual ou menor do que a daqueles já registrados para o mesmo fim. Parágrafo único. Os critérios de avaliação serão estabelecidos em instruções normativas complementares dos órgãos competentes, considerando prioritariamente os seguintes parâmetros: I - toxicidade; II - presença de problemas toxicológicos especiais, tais como: neurotoxicidade, fetotoxicidade, ação hormonal e comportamental e ação reprodutiva; III - persistência no ambiente; IV - bioacumulação; V - forma de apresentação; e VI - método de aplicação. 214

215 Art. 21. O requerente ou titular de registro deve apresentar, quando solicitado, amostra e padrões analíticos considerados necessários pelos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. Art. 22. Será cancelado o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins sempre que constatada modificação não autorizada pelos órgãos federais dos setores de agricultura, saúde e meio ambiente em fórmula, dose, condições de fabricação, indicação de aplicação e especificações enunciadas em rótulo e bula, ou outras modificações em desacordo com o registro concedido. 1 o As alterações de marca comercial, razão social e as transferências de titularidade de registro poderão ser processadas pelo órgão federal registrante, a pedido do interessado, com imediata comunicação aos demais órgãos envolvidos. 2 o As alterações de natureza técnica deverão ser requeridas ao órgão federal registrante, observado o seguinte: I - serão avaliados pelos órgãos federais dos setores de agricultura, saúde e meio ambiente os pedidos de alteração de componentes, processo produtivo, fabricante e formulador, estabelecimento de doses superiores às registradas, aumento da freqüência de aplicação, inclusão de cultura, alteração de modalidade de emprego, indicação demistura em tanque e redução de intervalo de segurança; e II - serão avaliados pelo órgão federal registrante, que dará conhecimento de sua decisão aos demais órgãos federais envolvidos, os pedidos de inclusão e exclusão de alvos biológicos, redução de doses e exclusão de culturas. 3 o Os órgãos federais envolvidos terão o prazo de cento e vinte dias, contados a partir da data de recebimento do pedido de alteração, para autorizar ou indeferir o pleito. 4 o Toda autorização de alteração de dados de registro passará a ter efeito a partir da data de sua publicação no Diário Oficial da União, realizada pelo órgão federal registrante. 5 o Por decorrência de alterações procedidas na forma deste artigo, o titular do registro fica obrigado a proceder às alterações nos rótulos e nas bulas. 6 o Restrições de uso decorrentes de determinações estaduais e municipais, independem de manifestação dos órgãos federais envolvidos, devendo a eles ser imediatamente comunicadas, pelo titular do registro do agrotóxico, seus componentes e afins. Seção II Do Registro de Produtos Destinados à Pesquisa e à Experimentação 215

216 Art. 23. Os produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins destinados à pesquisa e à experimentação devem possuir RET. 1 o Para obter o RET, o requerente deverá apresentar, aos órgãos federais competentes, requerimento e respectivos relatórios, em duas vias, conforme Anexo III, bem como dados e informações exigidos em normas complementares. 2 o Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa, poderão realizar experimentação e pesquisa e fornecer laudos no campo da agronomia e da toxicologia e relacionados com resíduos, química e meio ambiente. 3 o As avaliações toxicológica e ambiental preliminares serão fornecidas pelos órgãos competentes no prazo de sessenta dias, contados a partir da data de recebimento da documentação. 4 o O órgão federal registrante terá o prazo de quinze dias, contados a partir da data de recebimento do resultado das avaliações realizadas pelos demais órgãos, para conceder ou indeferir o RET. Art. 24. A pesquisa e a experimentação de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins deverão ser mantidas sob controle e responsabilidade do requerente, que responderá por quaisquer danos causados à agricultura, ao meio ambiente e à saúde humana. 1 o Os produtos agrícolas e os restos de cultura, provenientes das áreas tratadas com agrotóxicos e afins em pesquisa e experimentação, não poderão ser utilizados para alimentação humana ou animal. 2 o Deverá ser dada destinação e tratamento adequado às embalagens, aos restos de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins, aos produtos agrícolas e aos restos de culturas, de forma a garantir menor emissão de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos no meio ambiente. 3 o O desenvolvimento das atividades de pesquisa e experimentação deverá estar de acordo com as normas de proteção individual e coletiva, conforme legislação vigente. Art. 25. Produtos sem especificações de ingrediente ativo somente poderão ser utilizados em pesquisa e experimentação em laboratórios, casas de vegetação, estufas ou estações experimentais credenciadas. Art. 25-A. O registro especial temporário para produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins que possuam ingredientes ativos já registrados no Brasil será concedido automaticamente pelo órgão registrante, mediante inscrição em sistema informatizado integrado ao Sistema de Informações sobre Agrotóxicos - SIA. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 216

217 Parágrafo único. Os critérios a serem observados para o registro automático de que trata o caput serão disciplinados em norma especifica. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 26. Os produtos destinados à pesquisa e experimentação no Brasil serão considerados de Classe Toxicológica e Ambiental mais restritiva, no que se refere aos cuidados de manipulação e aplicação. Art. 27. O órgão federal competente pela concessão do RET, para experimentação de agrotóxico ou afim, em campo, deverá publicar resumos do pedido e da concessão ou indeferimento no Diário Oficial da União, no prazo de trinta dias. Art. 28. O requerente deverá apresentar relatório de execução da pesquisa, quando solicitado, de acordo com instruções complementares estabelecidas pelos órgãos federais dos setores de agricultura, saúde e meio ambiente. Seção III Do Registro de Componentes Art. 29. Os componentes caracterizados como matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos só poderão ser empregados em processos de fabricação de produtos técnicos agrotóxicos e afins se registrados e inscritos no Sistema de Informações de Componentes - SIC e atendidas as diretrizes e exigências estabelecidas pelos órgãos federais responsáveis pelos setores da agricultura, saúde e meio ambiente. 1 o O SIC será instituído sob a forma de banco de dados. 2 o Para fins de registro dos componentes e inscrição no SIC, a empresa produtora, importadora ou usuária deverá encaminhar requerimento, em duas vias, em prazo não superior a cinco dias, a cada um dos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, conforme Anexo IV. 3 o A empresa poderá solicitar, em requerimento único, o registro das matériasprimas, ingredientes inertes e aditivos sobre os quais tenha interesse. 4 o As matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos já inscritos no SIC não dispensam exigência de registro por parte de outras empresas produtoras, importadoras ou usuárias. 5 o A requerente deverá apresentar justificativa quando não dispuser de informação solicitada no Anexo IV. 6 o Os pedidos de registro de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins deverão ser acompanhados dos pedidos de registro das respectivas matériasprimas, ingredientes inertes e aditivos, caso a requerente não os tenha registrado junto aos órgãos federais competentes. 7 o O certificado de registro de matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos será concedido a cada empresa requerente, mediante relação por nome químico e comum, marca comercial ou número do código no "Chemical Abstract Service Registry - CAS". 217

218 8 o Os produtos técnicos importados não necessitam ter suas matérias primas registradas. Art. 29. Os componentes caracterizados como ingredientes inertes e aditivos só poderão ser empregados em processos de fabricação de produtos técnicos, agrotóxicos e afins, se registrados no Sistema de Informações de Componentes - SIC e atendidas as diretrizes e exigências estabelecidas pelos órgãos federais responsáveis pelos setores da agricultura, saúde e meio ambiente, conforme o Anexo IV. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) 1 o Os componentes serão registrados mediante inscrição no SIC, após liberação dos laudos de avaliação de periculosidade ambiental (PPA) e toxicológica dos produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) 2 o Serão consideradas registradas as matérias-primas especificadas no processo de síntese do produto técnico registrado. (Redação dada pelo Decreto nº 5.549, de 2005) 3 o A empresa poderá solicitar, em requerimento único, o registro no SIC dos ingredientes inertes e aditivos sobre os quais tenha interesse. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) 4 o Os ingredientes inertes e aditivos já inscritos no SIC não dispensam exigência de registro por parte de outras empresas produtoras, importadoras ou usuárias. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) 5 o A requerente deverá apresentar justificativa quando não dispuser de informação solicitada no Anexo IV. (Redação dada pelo Decreto nº 5.549, de 2005) 6 o Os pedidos de registro de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins deverão ser acompanhados do comprovante de inscrição no SIC ou sua solicitação para os respectivos ingredientes inertes e aditivos, caso a requerente não os tenha registrado. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) Art. 30. Os titulares de registro de produtos técnicos, agrotóxicos e afins que efetuaram o pedido de registro de componentes até 20 de junho de 2001, poderão importar, comercializar e utilizar esses produtos até a conclusão da avaliação do pleito pelos órgãos federais competentes. Parágrafo único. Os produtos técnicos e formulados cujos pedidos de registro não foram solicitados na forma prevista no caput deste artigo terão seus registros suspensos ou cancelados. Art. 30. Os titulares de registro de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos e afins que efetuem o pedido de registro dos respectivos componentes, caracterizados como matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos, até 30 de 218

219 setembro de 2005, poderão importar, comercializar e utilizar esses produtos até a conclusão da avaliação do pleito pelos órgãos federais competentes. (Redação dada pelo Decreto nº5.549, de 2005) Seção IV Das Proibições Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins: I - para os quais no Brasil não se disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; II - para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; III - considerados teratogênicos, que apresentem evidências suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie humana ou de estudos em animais de experimentação; IV - considerados carcinogênicos, que apresentem evidências suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie humana ou de estudos em animais de experimentação; V - considerados mutagênicos, capazes de induzir mutações observadas em, no mínimo, dois testes, um deles para detectar mutações gênicas, realizado, inclusive, com uso de ativação metabólica, e o outro para detectar mutações cromossômicas; VI - que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; VII - que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; e VIII - cujas características causem danos ao meio ambiente. 1 o Devem ser considerados como "desativação de seus componentes" os processos de inativação dos ingredientes ativos que minimizem os riscos ao meio ambiente e à saúde humana. 2 o Os testes, as provas e os estudos sobre mutagênese, carcinogênese e teratogênese, realizados no mínimo em duas espécies animais, devem ser efetuados com a aplicação de critérios aceitos por instituições técnico-científicas nacionais ou internacionais reconhecidas. 219

220 Seção V Do Cancelamento e da Impugnação Art. 32. Para efeito do art. 5 o da Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, o requerimento de impugnação ou cancelamento será formalizado por meio de solicitação em três vias, dirigido ao órgão federal registrante, a qualquer tempo, a partir da publicação prevista no art. 14 deste Decreto. Art. 33. No requerimento a que se refere o art. 32, deverá constar laudo técnico firmado por, no mínimo, dois profissionais habilitados, acompanhado dos relatórios dos estudos realizados por laboratório, seguindo metodologias reconhecidas internacionalmente. Art. 34. O órgão federal registrante terá o prazo de trinta dias para notificar a empresa responsável pelo produto registrado ou em vias de obtenção de registro, que terá igual prazo, contado do recebimento da notificação, para apresentação de defesa. Art. 35. O órgão federal registrante terá prazo de trinta dias, a partir do recebimento da defesa, para se pronunciar, devendo adotar os seguintes procedimentos: I - encaminhar a documentação pertinente aos demais órgãos federais envolvidos para avaliação e análise em suas áreas de competência; e II - convocar o Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos, referido no art. 95, que deve se manifestar sobre o pedido de cancelamento ou de impugnação. Art. 36. Após a decisão administrativa, da impugnação ou do cancelamento, o órgão federal registrante comunicará ao requerente o deferimento ou indeferimento da solicitação e publicará a decisão no Diário Oficial da União. Seção VI Do Registro de Pessoas Físicas e Jurídicas Art. 37. Para efeito de obtenção de registro nos órgãos competentes do Estado, do Distrito Federal ou do Município, as pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, formulem, manipulem, exportem, importem ou comercializem, deverão apresentar, dentre outros documentos, requerimento solicitando o registro, onde constem, no mínimo, as informações contidas no Anexo V deste Decreto. 1 o Para os efeitos deste Decreto, ficam as cooperativas equiparadas às empresas comerciais. 220

221 2 o Nenhum estabelecimento que exerça atividades definidas no caput deste artigo poderá funcionar sem a assistência e responsabilidade de técnico legalmente habilitado. 3 o Cada estabelecimento terá registro específico e independente, ainda que exista mais de um na mesma localidade, de propriedade da mesma pessoa, empresa, grupo de pessoas ou de empresas. 4 o Quando o estabelecimento produzir ou comercializar outros produtos além de agrotóxicos, seus componentes e afins estes deverão estar adequadamente isolados dos demais. Art. 38. Fica instituído, no âmbito do SIA, referido no art. 94, o cadastro geral de estabelecimentos produtores, manipuladores, importadores, exportadores e de instituições dedicadas à pesquisa e experimentação. Parágrafo único. A implementação, a manutenção e a atualização de um cadastro geral de estabelecimentos é atribuição dos órgãos registrantes de agrotóxicos, seus componentes e afins. Art. 39. A empresa requerente deverá comunicar quaisquer alterações estatutárias ou contratuais aos órgãos federais registrantes e fiscalizadores até trinta dias após a regularização junto ao órgão estadual. Art. 40. As empresas importadoras, exportadoras, produtoras ou formuladoras de agrotóxicos, seus componentes e afins passarão a adotar, para cada partida importada, exportada, produzida ou formulada, codificação em conformidade com o Anexo VI deste Decreto, que deverá constar de todas as embalagens dela originadas, não podendo ser usado o mesmo código para partidas diferentes. Art. 41. As empresas importadoras, exportadoras, produtoras e formuladoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, fornecerão aos órgãos federais e estaduais competentes, até 31 de janeiro e 31 de julho de cada ano, dados referentes às quantidades de agrotóxicos, seus componentes e afins importados, exportados, produzidos, formulados e comercializados de acordo com o modelo de relatório semestral do Anexo VII. Art. 42. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam, comercializem, importem, exportem ou que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins ficam obrigadas a manter à disposição dos órgãos de fiscalização de que trata o art. 71 o livro de registro ou outro sistema de controle, contendo: I - no caso de produtor de agrotóxicos, componentes e afins: a) relação detalhada do estoque existente; e 221

222 b) nome comercial dos produtos e quantidades produzidas e comercializadas. II - no caso dos estabelecimentos que comercializem agrotóxicos e afins no mercado interno: a) relação detalhada do estoque existente; e b) nome comercial dos produtos e quantidades comercializadas, acompanhados dos respectivos receituários. III - no caso dos estabelecimentos que importem ou exportem agrotóxicos, seus componentes e afins: a) relação detalhada do estoque existente; b) nome comercial dos produtos e quantidades importadas ou exportadas; e c) cópia das respectivas autorizações emitidas pelo órgão federal competente. IV - no caso das pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins: a) relação detalhada do estoque existente; b) programa de treinamento de seus aplicadores de agrotóxicos e afins; c) nome comercial dos produtos e quantidades aplicadas, acompanhados dos respectivos receituários e guia de aplicação; e d) guia de aplicação, na qual deverão constar, no mínimo: 1. nome do usuário e endereço; 2. cultura e área ou volumes tratados; 3. local da aplicação e endereço; 4. nome comercial do produto usado; 5. quantidade empregada do produto comercial; 6. forma de aplicação; 7. data da prestação do serviço; 8. precauções de uso e recomendações gerais quanto à saúde humana, animais domésticos e proteção ao meio ambiente; e 222

223 9. identificação e assinatura do responsável técnico, do aplicador e do usuário. Capítulo IV Da embalagem, do fracionamento, da rotulagem e da propaganda Seção I Da Embalagem, do Fracionamento e da Rotulagem Art. 43. As embalagens, os rótulos e as bulas de agrotóxicos e afins devem ser aprovadas pelos órgãos federais competentes, por ocasião do registro do produto ou da autorização para alteração nas embalagens, rótulos ou bulas. Art. 43. As embalagens, os rótulos e as bulas de agrotóxicos e afins devem atender às especificações e dizeres aprovados pelos órgãos federais dos setores da agricultura, da saúde e do meio ambiente, em suas respectivas áreas de competência, por ocasião do registro do produto ou, posteriormente, quando da autorização para sua alteração, sendo que a inobservância dessas disposições acarretará a suspensão do registro do produto. (Redação dada pelo Decreto nº 5.549, de 2005) 1 o As alterações de embalagens, de rótulo e bula, autorizadas pelos órgãos federais competentes, deverão ser realizadas em prazo fixado pelos órgãos, não podendo ultrapassar 6 meses. 2 o Os estoques de agrotóxicos e afins remanescentes nos canais distribuidores, salvo disposição em contrário dos órgãos registrantes, poderão ser comercializados até o seu esgotamento. 3 o As alterações que se fizerem necessárias em rótulos e bulas decorrentes de restrições, estabelecidas por órgãos competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - são dispensadas da aprovação federal prevista no caput deste artigo; II - deverão ser colocadas na área da bula destinada a essa finalidade e comunicadas pelo titular do registro do agrotóxico ou afim aos órgãos federais, no prazo de até trinta dias; e III - nesse mesmo prazo, devem ser encaminhadas aos órgãos federais competentes cópias das bulas modificadas e aprovadas pelo órgão que estabeleceu as exigências. Art. 44. As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender aos seguintes requisitos: 223

224 I - ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização, reciclagem e destinação final adequada; II - ser imunes à ação de seu conteúdo ou insuscetíveis de formar com ele combinações nocivas ou perigosas; III - ser resistentes em todas as suas partes e satisfazer adequadamente às exigências de sua normal conservação; IV - ser providas de lacre ou outro dispositivo, externo, que assegure plena condição de verificação visual da inviolabilidade da embalagem; e V - as embalagens rígidas deverão apresentar, de forma indelével e irremovível, em local de fácil visualização, exceto na tampa, o nome da empresa titular do registro e advertência quanto ao não reaproveitamento da embalagem. Parágrafo único. As embalagens de agrotóxicos e afins, individuais ou que acondicionam um conjunto de unidades, quando permitirem o empilhamento, devem informar o número máximo de unidades que podem ser empilhadas. Art. 45. O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente poderão ser realizados pela empresa produtora ou por manipulador, sob responsabilidade daquela, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos estaduais, do Distrito Federal e municipais competentes. 1 o Os órgãos federais envolvidos no processo de registro do produto examinarão os pedidos de autorização para fracionamento e reembalagem após o registro do estabelecimento no órgão estadual, do Distrito Federal ou municipal competente, na categoria de manipulador. 2 o Os agrotóxicos e afins comercializados a partir do fracionamento ou da reembalagem deverão dispor de rótulos, bulas e embalagens aprovados pelos órgãos federais. 3 o Deverão constar do rótulo e da bula dos produtos que sofreram fracionamento ou reembalagem, além das exigências já estabelecidas na legislação em vigor, o nome e o endereço do manipulador que efetuou o fracionamento ou a reembalagem. 4 o O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins somente serão facultados a formulações que se apresentem em forma líquida ou granulada, em volumes unitários finais previamente autorizados pelos órgãos federais competentes. 224

225 Art. 46. Não serão permitidas embalagens de venda a varejo para produtos técnicos e pré-misturas, exceto para fornecimento à empresa formuladora. Art. 47. A embalagem e a rotulagem dos agrotóxicos e afins devem ser feitas de modo a impedir que sejam confundidas com produtos de higiene, farmacêuticos, alimentares, dietéticos, bebidas, cosméticos ou perfumes. Art. 48. Deverão constar obrigatoriamente do rótulo de agrotóxicos e afins os dados estabelecidos no Anexo VIII. Art. 49. Deverão constar, necessariamente, da bula de agrotóxicos e afins, além de todos os dados exigidos no rótulo, os previstos no Anexo IX. 1 o As bulas devem ser apensadas às embalagens unitárias de agrotóxicos e afins. 2 o A bula supre o folheto complementar de que trata o 3 o do art. 7 o da Lei n o 7.802, de Art. 50. As empresas titulares de registro de agrotóxicos ou afins deverão apresentar, no prazo de noventa dias, contadas da data da publicação deste decreto, aos órgãos federais dos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, modelo de rótulo e bula atualizados, atendidas as diretrizes e exigências deste Decreto. Seção II Da Destinação Final de Sobras e de Embalagens Art. 51. Mediante aprovação dos órgãos federais intervenientes no processo de registro, a empresa produtora de agrotóxicos, componentes ou afins poderá efetuar a reutilização de embalagens. Art. 52. A destinação de embalagens vazias e de sobras de agrotóxicos e afins deverá atender às recomendações técnicas apresentadas na bula ou folheto complementar. Art. 53. Os usuários de agrotóxicos e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias, e respectivas tampas, aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, observadas as instruções constantes dos rótulos e das bulas, no prazo de até um ano, contado da data de sua compra. 1 o Se, ao término do prazo de que trata o caput, remanescer produto na embalagem, ainda no seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 meses após o término do prazo de validade. 225

226 2 o É facultada ao usuário a devolução de embalagens vazias a qualquer posto de recebimento ou centro de recolhimento licenciado por órgão ambiental competente e credenciado por estabelecimento comercial. 3 o Os usuários deverão manter à disposição dos órgãos fiscalizadores os comprovantes de devolução de embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, postos de recebimento ou centros de recolhimento, pelo prazo de, no mínimo, um ano, após a devolução da embalagem. 4 o No caso de embalagens contendo produtos impróprios para utilização ou em desuso, o usuário observará as orientações contidas nas respectivas bulas, cabendo às empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, promover o recolhimento e a destinação admitidos pelo órgão ambiental competente. 5 o As embalagens rígidas, que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água, deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme orientação constante de seus rótulos, bulas ou folheto complementar. 6 o Os usuários de componentes deverão efetuar a devolução das embalagens vazias aos estabelecimentos onde foram adquiridos e, quando se tratar de produto adquirido diretamente do exterior, incumbir-se de sua destinação adequada. Art. 54. Os estabelecimentos comerciais deverão dispor de instalações adequadas para recebimento e armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos usuários, até que sejam recolhidas pelas respectivas empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, responsáveis pela destinação final dessas embalagens. 1 o Se não tiverem condições de receber ou armazenar embalagens vazias no mesmo local onde são realizadas as vendas dos produtos, os estabelecimentos comerciais deverão credenciar posto de recebimento ou centro de recolhimento, previamente licenciados, cujas condições de funcionamento e acesso não venham a dificultar a devolução pelos usuários. 2 o Deverá constar na nota fiscal de venda dos produtos o endereço para devolução da embalagem vazia, devendo os usuários ser formalmente comunicados de eventual alteração no endereço. Art. 55. Os estabelecimentos comerciais, postos de recebimento e centros de recolhimento de embalagens vazias fornecerão comprovante de recebimento das embalagens onde deverão constar, no mínimo: I - nome da pessoa física ou jurídica que efetuou a devolução; 226

227 II - data do recebimento; e III - quantidades e tipos de embalagens recebidas. Parágrafo único. Deverá ser mantido à disposição dos órgãos de fiscalização referidos no art. 71 sistema de controle das quantidades e dos tipos de embalagens recebidas em devolução, com as respectivas datas. Art. 56. Os estabelecimentos destinados ao desenvolvimento de atividades que envolvam embalagens vazias de agrotóxicos, componentes ou afins, bem como produtos em desuso ou impróprios para utilização, deverão obter licenciamento ambiental. Art. 57. As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pelo recolhimento, pelo transporte e pela destinação final das embalagens vazias, devolvidas pelos usuários aos estabelecimentos comerciais ou aos postos de recebimento, bem como dos produtos por elas fabricados e comercializados: I - apreendidos pela ação fiscalizatória; e II - impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reciclagem ou inutilização, de acordo com normas e instruções dos órgãos registrante e sanitário-ambientais competentes. 1 o As empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras de agrotóxicos e afins, podem instalar e manter centro de recolhimento de embalagens usadas e vazias. 2 o O prazo máximo para recolhimento e destinação final das embalagens pelas empresas titulares de registro, produtoras e comercializadoras, é de um ano, a contar da data de devolução pelos usuários. 3 o Os responsáveis por centros de recolhimento de embalagens vazias deverão manter à disposição dos órgãos de fiscalização sistema de controle das quantidades e dos tipos de embalagens, recolhidas e encaminhadas à destinação final, com as respectivas datas. Art. 58. Quando o produto não for fabricado no País, a pessoa física ou jurídica responsável pela importação assumirá, com vistas à reutilização, reciclagem ou inutilização, a responsabilidade pela destinação: I - das embalagens vazias dos produtos importados e comercializados, após a devolução pelos usuários; e II - dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso. 227

228 Parágrafo único. Tratando-se de produto importado submetido a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao órgão registrante definir a responsabilidade de que trata o caput. Art. 59. Os agrotóxicos, seus componentes e afins, e suas embalagens, apreendidos por ação fiscalizadora terão seu destino final estabelecido após a conclusão do processo administrativo, a critério da autoridade competente, cabendo à empresa titular de registro, produtora e comercializadora a adoção das providências devidas e, ao infrator, arcar com os custos decorrentes. Parágrafo único. Nos casos em que não houver possibilidade de identificação ou responsabilização da empresa titular de registro, produtora ou comercializadora, o infrator assumirá a responsabilidade e os custos referentes a quaisquer procedimentos definidos pela autoridade fiscalizadora. Art. 60. As empresas produtoras e as comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão estruturar-se adequadamente para as operações de recebimento, recolhimento e destinação de embalagens vazias e produtos de que trata este Decreto até 31 de maio de Seção III Da Propaganda Comercial Art. 61. Será aplicado o disposto na Lei n o 9.294, de 15 de julho de 1996, e no Decreto n o 2.018, de 1 o de outubro de 1996, para a propaganda comercial de agrotóxicos, seus componentes e afins. Capítulo V Do Armazenamento e do Transporte Seção I Do Armazenamento Art. 62. O armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins obedecerá à legislação vigente e às instruções fornecidas pelo fabricante, inclusive especificações e procedimentos a serem adotados no caso de acidentes, derramamento ou vazamento de produto e, ainda, às normas municipais aplicáveis, inclusive quanto à edificação e à localização. Seção II Do Transporte Art. 63. O transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins está sujeito às regras e aos procedimentos estabelecidos na legislação específica. 228

229 Parágrafo único. O transporte de embalagens vazias de agrotóxicos e afins deverá ser efetuado com a observância das recomendações constantes das bulas correspondentes. Capítulo VI Da Receita Agronômica Art. 64. Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional legalmente habilitado. Art. 65. A receita de que trata o art. 64 deverá ser expedida em no mínimo duas vias, destinando-se a primeira ao usuário e a segunda ao estabelecimento comercial que a manterá à disposição dos órgãos fiscalizadores referidos no art. 71 pelo prazo de dois anos, contados da data de sua emissão. Art. 66. A receita, específica para cada cultura ou problema, deverá conter, necessariamente: I - nome do usuário, da propriedade e sua localização; II - diagnóstico; III - recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto; IV - recomendação técnica com as seguintes informações: a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ão) ser utilizado(s) e de eventual(ais) produto(s) equivalente(s); b) cultura e áreas onde serão aplicados; c) doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; d) modalidade de aplicação, com anotação de instruções específicas, quando necessário, e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea; e) época de aplicação; f) intervalo de segurança; g) orientações quanto ao manejo integrado de pragas e de resistência; h) precauções de uso; e i) orientação quanto à obrigatoriedade da utilização de EPI; e 229

230 V - data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, além do seu registro no órgão fiscalizador do exercício profissional. Parágrafo único. Os produtos só poderão ser prescritos com observância das recomendações de uso aprovadas em rótulo e bula. Art. 67. Os órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente poderão dispensar, com base no art. 13 da Lei n o 7.802, de 1989, a exigência do receituário para produtos agrotóxicos e afins considerados de baixa periculosidade, conforme critérios a serem estabelecidos em regulamento. Parágrafo único. A dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, podendo neles ser acrescidas eventuais recomendações julgadas necessárias pelos órgãos competentes mencionados no caput. Capítulo VII Do Controle, da Inspeção e da Fiscalização Seção I Do Controle de Qualidade Art. 68. Os órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente manterão atualizados e aperfeiçoados mecanismos destinados a garantir a qualidade dos agrotóxicos, seus componentes e afins, tendo em vista a identidade, pureza e eficácia dos produtos. Parágrafo único. As medidas a que se refere este artigo se efetivarão por meio das especificações e do controle da qualidade dos produtos e da inspeção da produção. Art. 69. Sem prejuízo do controle e da fiscalização, a cargo do Poder Público, todo estabelecimento destinado à produção e importação de agrotóxicos, seus componentes e afins deverá dispor de unidade de controle de qualidade próprio, com a finalidade de verificar a qualidade do processo produtivo, das matériasprimas e substâncias empregadas, quando couber, e dos produtos finais. 1 o É facultado às empresas produtoras de agrotóxicos, seus componentes e afins realizarem os controles previstos neste artigo em institutos ou laboratórios oficiais ou privados, de acordo com a legislação vigente. 2 o Os titulares de registro de agrotóxicos, componentes e afins que contenham impurezas significativas do ponto de vista toxicológico ou ambiental, fornecerão laudos de análise do teor de impurezas, conforme estabelecido por ocasião da concessão do registro e em normas complementares. Seção II Da Inspeção e da Fiscalização 230

231 Art. 70. Serão objeto de inspeção e fiscalização os agrotóxicos, seus componentes e afins, sua produção, manipulação, importação, exportação, transporte, armazenamento, comercialização, utilização, rotulagem e a destinação final de suas sobras, resíduos e embalagens. Art. 71. A fiscalização dos agrotóxicos, seus componentes e afins é da competência: I - dos órgãos federais responsáveis pelos setores da agricultura, saúde e meio ambiente, dentro de suas respectivas áreas de competência, quando se tratar de: a) estabelecimentos de produção, importação e exportação; b) produção, importação e exportação; c) coleta de amostras para análise de controle ou de fiscalização; d) resíduos de agrotóxicos e afins em produtos agrícolas e de seus subprodutos; e e) quando se tratar do uso de agrotóxicos e afins em tratamentos quarentenários e fitossanitários realizados no trânsito internacional de vegetais e suas partes; II - dos órgãos estaduais e do Distrito Federal responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, dentro de sua área de competência, ressalvadas competências específicas dos órgãos federais desses mesmos setores, quando se tratar de: a) uso e consumo dos produtos agrotóxicos, seus componentes e afins na sua jurisdição; b) estabelecimentos de comercialização, de armazenamento e de prestação de serviços; c) devolução e destinação adequada de embalagens de agrotóxicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso; d) transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins, por qualquer via ou meio, em sua jurisdição; e) coleta de amostras para análise de fiscalização; f) armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e dos produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso; e 231

232 g) resíduos de agrotóxicos e afins em produtos agrícolas e seus subprodutos. Parágrafo único. Ressalvadas as proibições legais, as competências de que trata este artigo poderão ser delegadas pela União e pelos Estados. Art. 72. Ações de inspeção e fiscalização terão caráter permanente, constituindose em atividade rotineira. Parágrafo único. As empresas deverão prestar informações ou proceder à entrega de documentos nos prazos estabelecidos pelos órgãos competentes, a fim de não obstar as ações de inspeção e fiscalização e a adoção das medidas que se fizerem necessárias. Art. 73. A inspeção e a fiscalização serão exercidas por agentes credenciados pelos órgãos responsáveis, com formação profissional que os habilite para o exercício de suas atribuições. Art. 74. Os agentes de inspeção e fiscalização, no desempenho de suas atividades, terão livre acesso aos locais onde se processem, em qualquer fase, a industrialização, o comércio, a armazenagem e a aplicação dos agrotóxicos, seus componentes e afins, podendo, ainda: I - coletar amostras necessárias às análises de controle ou fiscalização; II - executar visitas rotineiras de inspeções e vistorias para apuração de infrações ou eventos que tornem os produtos passíveis de alteração e lavrar os respectivos termos; III - verificar o cumprimento das condições de preservação da qualidade ambiental; IV - verificar a procedência e as condições dos produtos, quando expostos à venda; V - interditar, parcial ou totalmente, os estabelecimentos ou atividades quando constatado o descumprimento do estabelecido na Lei n o 7.802, de 1989, neste Decreto e em normas complementares e apreender lotes ou partidas de produtos, lavrando os respectivos termos; VI - proceder à imediata inutilização da unidade do produto cuja adulteração ou deterioração seja flagrante, e à apreensão e interdição do restante do lote ou partida para análise de fiscalização; e VII - lavrar termos e autos previstos neste Decreto. Art. 75. A inspeção será realizada por meio de exames e vistorias: 232

233 I - da matéria-prima, de qualquer origem ou natureza; II - da manipulação, transformação, elaboração, conservação, embalagem e rotulagem dos produtos; III - dos equipamentos e das instalações do estabelecimento; IV - do laboratório de controle de qualidade dos produtos; e V - da documentação de controle da produção, importação, exportação e comercialização. Art. 76. A fiscalização será exercida sobre os produtos nos estabelecimentos produtores e comerciais, nos depósitos e nas propriedades rurais. Parágrafo único. Constatada qualquer irregularidade, o estabelecimento poderá ser interditado e o produto ou alimento poderão ser apreendidos e submetidos à análise de fiscalização. Art. 77. Para efeito de análise de fiscalização, será coletada amostra representativa do produto ou alimento pela autoridade fiscalizadora. 1 o A coleta de amostra será realizada em três partes, de acordo com técnica e metodologias indicadas em ato normativo. 2 o A amostra será autenticada e tornada inviolável na presença do interessado e, na ausência ou recusa deste, na de duas testemunhas. 3 o Uma parte da amostra será utilizada pelo laboratório oficial ou devidamente credenciado, outra permanecerá no órgão fiscalizador e outra ficará em poder do interessado para realização de perícia de contraprova. Art. 78. A análise de fiscalização será realizada por laboratório oficial ou devidamente credenciado, com o emprego de metodologia oficial. Parágrafo único. Os volumes máximos e mínimos, bem como os critérios de amostragem e a metodologia oficial para a análise de fiscalização, para cada tipo de produto, serão determinados em ato normativo do órgão federal registrante. Art. 79. O resultado da análise de fiscalização deverá ser informado ao fiscalizador e ao fiscalizado, no prazo máximo de quarenta e cinco dias, contados da data da coleta da amostra. 1 o O interessado que não concordar com o resultado da análise poderá requerer perícia de contraprova no prazo de dez dias, contados do seu recebimento, arcando com o ônus decorrente. 233

234 2 o No requerimento de contraprova, o interessado indicará o seu perito. Art. 80. A perícia de contraprova será realizada em laboratório oficial, ou devidamente credenciado, com a presença de peritos do interessado e do órgão fiscalizador e a assistência técnica do responsável pela análise anterior. 1 o A perícia de contraprova será realizada no prazo máximo de quinze dias, contados da data de seu requerimento, salvo quando condições técnicas exigirem a sua prorrogação. 2 o A parte da amostra a ser utilizada na perícia de contraprova não poderá estar violada, o que será, obrigatoriamente, atestado pelos peritos. 3 o Não será realizada a perícia de contraprova quando verificada a violação da amostra, oportunidade em que será finalizado o processo de fiscalização e instaurada sindicância para apuração de responsabilidades. 4 o Ao perito da parte interessada será dado conhecimento da análise de fiscalização, prestadas as informações que solicitar e exibidos os documentos necessários ao desempenho de sua tarefa. 5 o Da perícia de contraprova serão lavrados laudos e ata, assinados pelos peritos e arquivados no laboratório oficial ou credenciado, após a entrega de cópias à autoridade fiscalizadora e ao requerente. 6 o Se o resultado do laudo de contraprova for divergente do laudo da análise de fiscalização, realizar-se-á nova análise, em um terceiro laboratório, oficial ou credenciado, cujo resultado será irrecorrível, utilizando-se a parte da amostra em poder do órgão fiscalizador, facultada a assistência dos peritos anteriormente nomeados, observado o disposto nos parágrafos 1 o e 2 o deste artigo. Art. 81. A autoridade responsável pela fiscalização e inspeção comunicará ao interessado o resultado final das análises, adotando as medidas administrativas cabíveis. Capítulo VIII Das Infrações E Das Sanções Seção I Das Infrações Art. 82. Constitui infração toda ação ou omissão que importe na inobservância do disposto na Lei n o 7.802, de 1989, neste Decreto ou na desobediência às determinações de caráter normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas competentes. 234

235 Art. 83. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nas Leis n o s 7.802, de 1989, e 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e nos regulamentos pertinentes, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, pessoa individual ou órgão colegiado, no interesse ou em benefício da sua entidade. Art. 84. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, em função do descumprimento do disposto na legislação pertinente a agrotóxicos, seus componentes e afins, recairão sobre: I - o registrante que omitir informações ou fornecê-las incorretamente; II - o produtor, quando produzir agrotóxicos, seus componentes e afins em desacordo com as especificações constantes do registro; III - o produtor, o comerciante, o usuário, o profissional responsável e o prestador de serviços que opuser embaraço à fiscalização dos órgãos competentes ou que não der destinação às embalagens vazias de acordo com a legislação; IV - o profissional que prescrever a utilização de agrotóxicos e afins em desacordo com as especificações técnicas; V - o comerciante, quando efetuar a venda sem o respectivo receituário, em desacordo com sua prescrição ou com as recomendações do fabricante e dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais; VI - o comerciante, o empregador, o profissional responsável ou prestador de serviços que deixar de promover as medidas necessárias de proteção à saúde ou ao meio ambiente; VII - o usuário ou o prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou com as recomendações do fabricante ou dos órgãos sanitárioambientais; e VIII - as entidades públicas ou privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa, que promoverem atividades de experimentação ou pesquisa de agrotóxicos, seus componentes e afins em desacordo com as normas de proteção da saúde pública e do meio ambiente. Art. 85. São infrações administrativas: I - pesquisar, experimentar, produzir, prescrever, fracionar, embalar e rotular, armazenar, comercializar, transportar, fazer propaganda comercial, utilizar, manipular, importar, exportar, aplicar, prestar serviço, dar destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins em desacordo com o previsto na Lei n o 7.802, de 1989, e legislação pertinente; 235

236 II - rotular os agrotóxicos, seus componentes e afins, sem prévia autorização do órgão registrante ou em desacordo com a autorização concedida; e III - omitir informações ou prestá-las de forma incorreta às autoridades registrantes e fiscalizadoras. Seção II Das Sanções Administrativas Art. 86. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições legais acarretará, isolada ou cumulativamente, independentemente da medida cautelar de interdição de estabelecimento, a apreensão do produto ou alimentos contaminados e a aplicação das sanções previstas no art. 17 da Lei n o 7.802, de o A advertência será aplicada quando constatada inobservância das disposições deste Decreto e da legislação em vigor, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. 2 o A multa será aplicada sempre que o agente: I - notificado, deixar de sanar, no prazo assinalado pelo órgão competente, as irregularidades praticadas; ou II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos competentes. 3 o A inutilização será aplicada nos casos de produto sem registro ou naqueles em que ficar constatada a impossibilidade de lhes ser dada outra destinação ou reaproveitamento. 4 o A suspensão de autorização de uso ou de registro de produto será aplicada nos casos em que sejam constatadas irregularidades reparáveis. 5 o O cancelamento da autorização de uso ou de registro de produto será aplicado nos casos de impossibilidade de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada fraude. 6 o O cancelamento de registro, licença, ou autorização de funcionamento de estabelecimento será aplicado nos casos de impossibilidade de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada fraude. 7 o A interdição temporária ou definitiva de estabelecimento ocorrerá sempre que constatada irregularidade ou quando se verificar, mediante inspeção técnica ou fiscalização, condições sanitárias ou ambientais inadequadas para o funcionamento do estabelecimento. 236

237 8 o A destruição ou inutilização de vegetais, parte de vegetais e alimentos será determinada pela autoridade sanitária competente, sempre que apresentarem resíduos acima dos níveis permitidos ou quando tenha havido aplicação de agrotóxicos e afins de uso não autorizado. 9 o A suspensão do registro será aplicada quando a solicitação de adequação de informações ou documentos não for atendida no prazo de trinta dias, salvo justificativa técnica procedente. (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Seção III Da Aplicação das Sanções Administrativas Art. 87. Os agentes de inspeção e fiscalização dos órgãos da agricultura, da saúde e do meio ambiente, ao lavrarem os autos-de-infração, indicarão as penalidades aplicáveis. Art. 88. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo, observará, no que couber, o disposto nos arts. 14e 15 da Lei n o 9.605, de Art. 89. A aplicação de multa pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios exclui a aplicação de igual penalidade por órgão federal competente, em decorrência do mesmo fato. Art. 90. A destruição ou inutilização de agrotóxicos, seus componentes e afins nocivos à saúde humana ou animal ou ao meio ambiente serão determinadas pelo órgão competente e correrão às expensas do infrator. Art. 91. A suspensão do registro, licença, ou autorização de funcionamento do estabelecimento será aplicada nos casos de ocorrência de irregularidades reparáveis. Art. 92. Aplicam-se a este Decreto, no que couber, as disposições da Lei n o 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Capítulo IX Das Disposições Finais e Transitórias Art. 93. A análise de pleito protocolizado em data anterior à publicação deste Decreto observará a legislação vigente à data da sua apresentação. Parágrafo único. O órgão federal responsável pelo setor de meio ambiente encaminhará ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação deste Decreto, os processos de registro de agrotóxicos, seus componentes e afins, destinados ao uso em florestas plantadas, concedidos e em andamento. 237

238 Art. 94. Fica instituído o Sistema de Informações sobre Agrotóxicos -SIA, com o objetivo de: I - permitir a interação eletrônica entre os órgãos federais envolvidos no registro de agrotóxicos, seus componentes e afins; II - disponibilizar informações sobre andamento de processos relacionados com agrotóxicos, seus componentes e afins, nos órgãos federais competentes; III - permitir a interação eletrônica com os produtores, manipuladores, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, seus componentes e afins; IV - facilitar o acolhimento de dados e informações relativas à comercialização de agrotóxicos e afins de que trata o art. 41; V - implementar, manter e disponibilizar dados e informações sobre as quantidades totais de produtos por categoria, importados, produzidos, exportados e comercializados no país. V - implementar, manter e disponibilizar dados e informações sobre as quantidades totais de produtos por categoria, importados, produzidos, exportados e comercializados no País, bem como os produtos não comercializados nos termos do art. 41 (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) VI - manter cadastro e disponibilizar informações sobre áreas autorizadas para pesquisa e experimentação de agrotóxicos, seus componentes e afins; VII - implementar, manter e disponibilizar informações do SIC de que trata o art. 29; e VIII - implementar, manter e disponibilizar informações sobre tecnologia de aplicação e segurança no uso de agrotóxicos. 1 o O SIA será desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no prazo de trezentos e sessenta dias, e implementado e mantido pelos órgãos federais das áreas de agricultura, saúde e meio ambiente. 2 o Os procedimentos de acesso ao SIA e de interação dos usuários com os órgãos envolvidos devem conter mecanismos que resguardem o sigilo e a segurança das informações confidenciais. Art. 95. Fica instituído o Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos, com as seguintes competências: 238

239 I - racionalizar e harmonizar procedimentos técnico-científicos e administrativos nos processos de registro e adaptação de registro de agrotóxicos, seus componentes e afins; II - propor a sistemática incorporação de tecnologia de ponta nos processos de análise, controle e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins e em outras atividades cometidas aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde e do Meio Ambiente pela Lei n o 7.802, de 1989; III - elaborar, até 31 de dezembro de 2002, rotinas e procedimentos visando à implementação da avaliação de risco de agrotóxicos e afins; IV - analisar propostas de edição e alteração de atos normativos sobre as matérias tratadas neste Decreto e sugerir ajustes e adequações consideradas cabíveis; V - propor critérios de diferenciação de agrotóxicos, seus componentes e afins em classes, em função de sua utilização, de seu modo de ação e de suas características toxicológicas, ecotoxicológicas ou ambientais; VI - assessorar os Ministérios responsáveis na concessão do registro para uso emergencial de agrotóxicos e afins e no estabelecimento de diretrizes e medidas que possam reduzir os efeitos danosos desses produtos sobre a saúde humana e o meio ambiente; VII - estabelecer as diretrizes a serem observadas no SIA, acompanhar e supervisionar as suas atividades; e VIII - manifestar-se sobre os pedidos de cancelamento ou de impugnação de agrotóxicos seus componentes e afins, conforme previsto no art o O Comitê será constituído por dois representantes, titular e suplente, de cada um dos órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, designados pelo respectivo Ministro. 2 o O Comitê será coordenado por um de seus membros, com mandato de um ano, em rodízio que iniciará pelo representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seguido, pela ordem, pelo dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. 3 o As matérias que não tiverem consenso no Comitê serão submetidas aos Ministros de Estado responsáveis pelas áreas de agricultura, saúde e meio ambiente para deliberação conjunta. 4 o Os representantes do Comitê elaborarão o seu regimento interno e o submeterão à aprovação dos Ministérios representados. 239

240 5 o O apoio técnico e logístico ao Comitê será prestado pelo Ministério que tiver seu representante exercendo a coordenação do Colegiado. 6 o As normas complementares a este Decreto serão objeto de proposição do Comitê, devendo serem editadas no prazo de cento e oitenta dias de sua publicação. Art. 96. Os agrotóxicos, seus componentes e afins registrados com base nalei n o 6.360, de 23 de setembro de 1976, bem como as pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividades com os mesmos, deverão se adequar às disposições da Lei n o 7.802, de 1989, e deste Regulamento, de acordo com as regras a serem estabelecidas pelos órgãos federais competentes. Art. 97. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 98. Ficam revogados os Decretos n os , de 11 de janeiro de 1990, , de 26 de outubro de 1990, 991, de 24 de novembro de 1993, 3.550, de 27 de julho de 2000, 3.694, de 21 de dezembro de 2000 e 3.828, de 31 de maio de Brasília, 4 de janeiro de 2002; 181 o da Independência e 114 o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Marcus Vinicius Pratini de Moraes José Serra José Sarney Filho 240

241 Para Produtos técnicos e formulados: ANEXO I Modelos de Certificado de Registro CERTIFICADO DE REGISTRO DE (produto técnico ou agrotóxico e afins) O(A) (órgão registrante), de acordo com o (inciso das competências), do Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei n o 7.802, de 11 de julho de 1989, certifica que se encontra registrado o produto abaixo descrito. 1. Produto 1.1 marca comercial 1.2 n o do registro 1.3 forma de apresentação (produto técnico ou tipo de formulação) 1.4 classificação toxicológica 1.5 classificação do potencial de periculosidade ambiental 1.6 uso autorizado / forma de aplicação 1.7 composição em g/kg, g/l ou % Ingrediente ativo: Outros ingredientes: 2. Ingrediente ativo (repetir o quadro com os dados dos demais ingredientes ativos, se houver) 2.1 nome comum ou classificação 2.2 concentração 2.3 grupo químico taxonômica 2.4 nome químico 3. Classe de uso 241

242 (herbicida, inseticida, fungicida etc.) 4. Titular do registro (razão social) 4.1 nome 4.2 n o do cnpj 4.3 endereço 4.4 bairro 4.5 cidade 4.6 uf 4.7 cep 5. Finalidade ( ) 5.1 produção ( ) 5.2 importação ( ) 5.3 exportação ( ) 5.4 manipulação ( ) 5.5 comercialização ( ) 5.6 utilização ( ) Fabricante (repetir o quadro com os dados dos demais fabricantes, se houver) 6.1 nome 6.2 n o do cnpj 6.3 endereço 6.4 bairro 6.5 cidade 6.6 uf 6.7 cep 7. Formulador (repetir o quadro com os dados dos demais formuladores, se houver) 7.1 nome 7.2 n o do cnpj 7.3 endereço 7.4 bairro 242

243 7.5 cidade 7.6 uf 7.7 cep 8. Manipulador (repetir o quadro com os dados dos demais manipuladores, se houver) 8.1 nome 8.2 n o do cnpj 8.3 endereço 8.4 bairro 8.5 cidade 8.6 uf 8.7 cep Brasília-DF, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) do Órgão Registrante) 243

244 CERTIFICADO DE REGISTRO ESPECIAL TEMPORÁRIO DE AGROTÓXICOS, PRODUTOS TÉCNICOS E AFINS DESTINADOS A PESQUISA E EXPERIMENTAÇÃO O (A) (órgão registrante), de acordo com o (Capítulo II - das competências), do Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei n o 7.802, de 11 de julho de 1989, certifica que se encontra registrado o produto abaixo descrito, para uso em conformidade com os termos especificados. 1. Produto 1.1 nome e código 1.2 n o do registro 1.3 validade 1.4 procedência 1.5 forma de apresentação 1.6 fase do experimento 1.7 classificação ambiental preliminar 1.8 classificação toxicológica preliminar 1.9 quantidade a ser importada/produzida (fabricada ou formulada) 2. Classe de uso (herbicida, inseticida, fungicida etc.) 3. Titular do registro (razão social) 3.1 nome 3.2 n o do cnpj 3.3 endereço 3.4 bairro 3.5 cidade 3.6 uf 3.7 cep 4. Produtor (fabricante ou formulador) - Repetir o quadro com os dados dos demais produtores, se houver 244

245 4.1 nome 4.2 n o do cnpj 4.3 endereço 4.4 bairro 4.5 cidade 4.6 uf 4.7 cep 5. Importador 5.1 nome 5.2 n o do cnpj 5.3 endereço 5.4 bairro 5.5 cidade 5.6 uf 5.7 cep 6. Ingrediente(s) ativo(s) 6.2 nome comum ou, na sua falta, grupo químico 6.3 classificação taxonômica 7. Finalidade(s) da pesquisa e experimentação 8. Local(ais) de ensaio / área(s) autorizada(s) A empresa poderá importar ou produzir somente a quantidade autorizada neste Certificado Brasília-DF, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) do Órgão Registrante) 245

246 CERTIFICADO DE REGISTRO DE AGROTÓXICOS PRODUTOS TÉCNICOS E AFINS DESTINADOS EXCLUSIVAMENTE PARA EXPORTAÇÃO O (A) (órgão registrante), de acordo com o (Capítulo II - das competências), do Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei n o 7.802, de 11 de julho de 1989, e a Lei n o 9.974, de 6 de junho de 2000, certifica que se encontra registrado o produto abaixo descrito, para uso em conformidade com os termos especificados. 1. Produto 1.1 marca comercial 1.2 n o do registro 1.3 país importador 1.4 forma de apresentação (produto técnico ou tipo de formulação) 1.5 composição em g/kg, g/l ou % Ingrediente ativo: Outros ingredientes: 2. Classe de uso (herbicida, inseticida, fungicida etc.) 3. Titular do registro (razão social) 3.1 nome 3.2 n o do cnpj 3.3 endereço 3.4 bairro 3.5 cidade 3.6 uf 3.7 cep 4. Fabricante 246

247 4.1 nome 4.2 n o do cnpj 4.3 endereço 4.4 bairro 4.5 cidade 4.6 uf 4.7 cep 5. Formulador 5.1 nome 5.2 n o do cnpj 5.3 endereço 5.4 bairro 5.5 cidade 5.6 uf 5.7 cep 6. Ingrediente ativo 6.1 nome comum 6.2 classificação taxonômica 6.3 nome químico 6.4 grupo químico Brasília-DF, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) do Órgão Registrante) 247

248 ANEXO II Requerimento de Registro (encaminhar em duas vias) O requerente a seguir identificado requer ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Meio Ambiente (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com base no Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, a avaliação do produto abaixo especificado, para fins de ( ) registro ( ) reavaliação de registro, para o que presta as informações a seguir e junta o Relatório Técnico competente: 1. Requerente 1.1 nome 1.2 endereço eletrônico 1.3 endereço 1.4 bairro 1.5 cidade 1.6 uf 1.7 cep 1.8 ddd 1.9 fone 1.10 fax 1.11 celular 1.12 cnpj/cpf 2. Representante legal (anexar documento comprobatório) 2.1 nome 2.2 endereço eletrônico 2.3 endereço 2.4 bairro 2.5 cidade 2.6 uf 2.7 cep 2.8 ddd 2.9 fone 2.10 fax 2.11 celular 2.12 cnpj/cpf 3. Fabricante (repetir o quadro com os dados dos demais fabricantes, se houver) 248

249 3.1 nome 3.2 endereço eletrônico 3.3 endereço 3.4 bairro 3.5 cidade 3.6 uf 3.7 cep 3.8 país 3.9 ddd 3.10 fone 3.11 fax 3.12 celular 3.13 cnpj/cpf 4. Formulador (repetir o quadro com os dados dos demais formuladores, se houver) 4.1 nome 4.2 endereço eletrônico 4.3 endereço 4.4 bairro 4.5 cidade 4.6 uf 4.7 cep 4.8 país 4.9 ddd 4.10 fone 4.11 fax 4.12 celular 4.13 cnpj/cpf 5. Finalidade ( ) 5.1 produção ( ) 5.2 importação ( ) 5.3 exportação ( ) 5.4 manipulação ( ) 5.5 comercialização ( ) 5.6 utilização ( ) 5.7 outro: Classe de uso ( ) 6.1 herbicida ( ) 6.2 inseticida ( ) 6.3 fungicida ( ) 6.4 outro: Modo de ação 249

250 ( ) 7.1 sistêmico ( ) 7.2 contato ( ) 7.3 total ( ) 7.4 seletivo ( ) 7.5 outro: Ingrediente ativo (repetir o quadro com os dados dos demais ingredientes ativos, se houver) 8.1 nome químico na grafia internacional (de acordo com a nomenclatura iupac ) 8.2 nome químico em português (iupac) 8.3 nome comum (padrão iso, ansi, bsi) 8.4 nome comum em português 8.5 entidade que aprovou o nome em 8.6 n o código no chemical abstract service português registry (cas) 8.7 grupo químico em português (usar letras minúsculas) 8.8 sinonímia 8.9 fórmula bruta e estrutural 9. Produto 9.1 marca comercial 9.2 código ou nome atribuído durante fase 9.3 forma de apresentação (tipo de experimental formulação) 10. Embalagem 10.1 tipo de embalagem 10.2 material 10.3 capacidade de acondicionamento, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) Legal(ais) 250

251 Documentos a serem anexados ao Requerimento 11. Anexos 1. Relatório Técnico; Comprovante de que a empresa requerente está devidamente registrada nessa modalidade em órgão competente do Estado, do Distrito Federal ou do Município; Idem, relativamente ao(s) fabricante(s) estabelecido(s) no País; Idem, relativamente ao(s) formulador(es) estabelecido(s) no País; Documento comprobatório da condição de representante legal da empresa requerente; Certificado de análise física do produto; Quando existentes, informações sobre a situação do produto, registro, usos autorizados, restrições e seus motivos, relativamente ao País de origem; Informações sobre a existência de restrições ou proibições a produtos à base do mesmo ingrediente ativo e seus motivos, em outros países; Descrição detalhada do(s) método(s) de desativação do produto, acompanhada de laudo técnico que indique o poder de redução dos componentes, com a identificação dos resíduos remanescentes e a entidade instalada no País apta a realização do processo. OBS.: Os documentos devem ser apresentados no original, em cópia autenticada ou acompanhada do original para autenticação pelo órgão público que a receber. Se o registro for de produto(s) técnico(s): 12 - Anexos PRODUTOS TÉCNICOS 12.1 Declaração do registrante sobre a composição qualitativa e quantitativa do produto, 251

252 indicando os limites máximo e mínimo da variação de cada componente, suas impurezas em concentrações iguais ou superiores a 0,1%, relativo a cada fabricante, acompanhada de laudo laboratorial de cada fabricante, com base na análise de cinco bateladas; 12.2 Declaração do registrante, sobre a identificação e quantificação de subprodutos ou impurezas presentes no produto técnico em concentrações inferiores a 0,1%, quando significativas do ponto de vista toxicológico ou ambiental, acompanhada de laudo laboratorial de cada fabricante, com base na análise de cinco bateladas; 12.3 Identificação de isômeros e suas proporções; 12.4 Descrição da metodologia analítica para determinação qualitativa e quantitativa do ingrediente ativo, dos seus principais produtos de degradação e, quando pertinente, para determinação das impurezas toxicológicas ou ambientalmente significativas presentes; 12.5 Descrição do processo de produção do produto técnico, contemplando suas etapas de síntese, seus subprodutos e impurezas, fornecida pelo(s) fabricante(s) Anexos - PRODUTOS TÉCNICOS (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Declaração única do registrante sobre a composição qualitativa e quantitativa do produto, elaborada com base no(s) laudo(s) laboratorial(is) das análises de cinco bateladas de cada fabricante, o(s) qual(is) deverá(ão) acompanhar a declaração, indicando: O limite máximo do teor de cada impureza com concentração igual ou superior a 0,1%; O limite mínimo do teor do ingrediente ativo; O limite máximo de subprodutos ou impurezas presentes em concentrações inferiores a 0,1%, quando relevantes do ponto de vista toxicológico ou ambiental; e 252

253 Identificação de isômeros e suas proporções; Descrição dos efeitos observados relacionados às impurezas relevantes (por exemplo, efeitos toxicológicos ou efeitos sobre a estabilidade do ingrediente ativo); 12.3 Descrição da metodologia analítica para determinação qualitativa e quantitativa do ingrediente ativo, das impurezas em concentrações superiores ou iguais a 0,1% e das impurezas toxicológica ou ambientalmente relevantes em concentrações inferiores a 0,1% Descrição da metodologia analítica dos principais produtos de degradação do ingrediente ativo, para fins de monitoramento e fiscalização Descrição do processo de produção do produto técnico, contemplando suas etapas de síntese, seus subprodutos e impurezas, fornecida pelo fabricante, contendo: fluxograma das reações químicas e rendimento de cada etapa do processo; identidade dos reagentes, solventes e catalisadores, com seus respectivos graus de pureza; descrição geral das condições que são controladas durante o processo (por exemplo: temperatura, pressão, ph, umidade); descrição das etapas de purificação (incluindo as usadas para recuperar ou reciclar materiais de partida, intermediários ou substâncias geradas); e discussão sobre a formação teórica de todas as possíveis impurezas geradas no processo de produção Relatório de estudos de propriedades físico-químicas. Se o registro for de produto(s) formulado(s) ou pré-mistura(s) de natureza química ou biológica: 253

254 13 - Anexos PRODUTOS FORMULADOS E PRÉ-MISTURAS DE NATUREZA QUÍMICA OU BIOQUÍMICA 1. Declaração do registrante, sobre a composição qualitativa e quantitativa do produto, indicando os limites máximo e mínimo da variação de cada componente e sua função específica, acompanhada de laudo laboratorial de cada formulador; Unidades impressas do rótulo e da bula do produto, quando existentes no País de origem; Indicação de uso (culturas e alvos biológicos), informações detalhadas sobre o modo de ação do produto, modalidade de emprego (pré-emergência, pós-emergência etc.), dose recomendada, concentração e modo de preparo de calda, modo e equipamentos de aplicação, época, número e intervalo de aplicações; Restrições de uso e recomendações especiais; Intervalo de segurança; Intervalo de reentrada; Especificação dos equipamentos de proteção individual apropriados para a aplicação do produto, bem como medidas de proteção coletiva; Procedimentos para descontaminação de embalagens e equipamentos de aplicação; Sistema de recolhimento e destinação final de embalagens e restos de produtos; Modelo de rótulo e bula; Comprovante ou protocolo de registro no Brasil de seus componentes, inclusive do produto técnico. Se o registro for de produto(s) à base de agentes biológicos de controle de praga: 254

255 14 - Anexos PRODUTOS À BASE DE AGENTES BIOLÓGICOS DE CONTROLE DE PRAGA 14.1 Nome e endereço completo do fornecedor do agente biológico; 14.2 Classificação taxonômica completa do agente biológico e nome comum; 14.3 Indicação completa do local e referência da cultura depositada em coleção; 14.4 Declaração do registrante da composição qualitativa e quantitativa do produto, indicando a concentração mínima do ingrediente ativo biológico e os limites máximos e mínimos dos demais componentes e suas funções específicas, acompanhada de laudo laboratorial de cada formulador; 14.5 Informações sobre a possível presença de toxinas microbianas e outros metabólitos, estirpes mutantes, substância alergênica etc.; 14.6 Indicações de uso (culturas e alvos biológicos), modalidade de emprego (préemergência, pós-emergência, etc.), dose recomendada, concentração e modo de preparo da calda, modo e equipamentos de aplicação, estratégia de uso (inoculativa, inundativa, etc.), época, número e intervalo de aplicação; 14.7 Informações sobre o modo de ação do produto sobre os organismos alvo; 14.8 Unidade impressa de rótulo e bula do produto, quando existente no País de origem; 14.9 Modelo de rótulo e bula, em se tratando de produto formulado; Descrição de testes ou procedimentos para identificação do agente biológico (morfologia, bioquímica, sorologia, molecular); Informações sobre a ocorrência, distribuição geográfica, local de isolamento, ciclo de vida do organismo e demais dados que caracterizem o agente biológico; Informações sobre a relação filogenética do agente biológico com patógenos de 255

256 organismos não-alvo (humanos, plantas e animais); Informações sobre a estabilidade genética do agente biológico; Descrição do processo de produção do produto, fornecida pelo(s) formulador(es); Intervalo de segurança e de reentrada quando pertinente Especificação dos equipamentos de proteção individual apropriados para a aplicação do produto, bem como medidas de proteção coletiva; Procedimentos para descontaminação de embalagens e equipamentos de aplicação; Sistema de recolhimento e destinação final de embalagens e restos de produtos; Se o registro for de produto(s) equivalente(s): 15 - Anexos PRODUTO EQUIVALENTE 15.1 Produto de referência, indicando o número do registro Anexos PRODUTO EQUIVALENTE (se produto técnico) 16.1 Declaração do registrante sobre a composição qualitativa e quantitativa, indicando os limites máximo e mínimo da variação de cada componente, incluindo suas impurezas com concentrações iguais ou superiores a 0,1%, relativo a cada fabricante, acompanhada de laudo laboratorial de cada fabricante, com base na análise de cinco bateladas; 16.2 Declaração de identificação e quantificação de subprodutos ou impurezas presentes no produto técnico em concentrações inferiores a 0,1 %, quando significativas do ponto de vista toxicológico ou ambiental, acompanhada de laudo laboratorial de cada fabricante, com base na análise de cinco bateladas; 256

257 16.3 Identificação de isômeros e suas proporções; 16.4 Descrição da metodologia analítica para determinação qualitativa e quantitativa do ingrediente ativo, dos seus principais produtos de degradação e, quando pertinente, para determinação das impurezas toxicológica ou ambientalmente significativas presentes; 16.5 Descrição do processo de produção do produto técnico, contemplando suas etapas de síntese, seus subprodutos e impurezas, fornecida pelo fabricante Anexos - PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) FASE I Declaração única do registrante sobre a composição qualitativa e quantitativa do produto, elaborada com base no(s) laudo(s) laboratorial(is) das análises de cinco bateladas de cada fabricante, o(s) qual(is) deverá(ão) acompanhar a declaração, indicando: O limite máximo do teor de cada impureza com concentração igual ou superior a 0,1%; O limite mínimo do teor do ingrediente ativo; O limite máximo de subprodutos ou impurezas presentes em concentrações inferiores a 0,1%, quando relevantes do ponto de vista toxicológico ou ambiental; e Identificação de isômeros e suas proporções; Descrição dos efeitos observados relacionados às impurezas relevantes (por exemplo, efeitos toxicológicos ou efeitos sobre a estabilidade do ingrediente ativo); 16.3 Descrição da metodologia analítica para determinação qualitativa e quantitativa do ingrediente ativo, das impurezas em concentrações superiores ou iguais a 0,1% e das 257

258 impurezas toxicológica ou ambientalmente relevantes em concentrações inferiores a 0,1% Descrição da metodologia analítica dos principais produtos de degradação do ingrediente ativo, para fins de monitoramento e fiscalização Descrição do processo de produção do produto técnico, contemplando suas etapas de síntese, seus subprodutos e impurezas, fornecida pelo fabricante, contendo: fluxograma das reações químicas de cada etapa do processo; identidade dos reagentes, solventes e catalisadores; descrição geral das condições que são controladas durante o processo (por exemplo: temperatura, pressão, ph, umidade); descrição das etapas de purificação (incluindo as usadas para recuperar ou reciclar materiais de partida, intermediários ou substâncias geradas); e discussão sobre a formação teórica de todas as possíveis impurezas geradas no processo de produção Relatório de estudos de propriedades físico-químicas: pressão de vapor; ponto de fusão ou ebulição; solubilidade em água; e coeficiente de partição N-octanol/água. Quando não for possível determinar a equivalência na Fase I, os seguintes estudos poderão ser exigidos: 258

259 FASE II Testes de toxicidade para animais superiores Toxicidade oral aguda; Toxicidade inalatória aguda; Toxicidade cutânea aguda; Irritação cutânea primária; Irritação ocular; Sensibilização dérmica; e Mutagenicidade gênica e cromossômica Quando não for possível determinar a equivalência na Fase II, os seguintes estudos poderão ser exigidos: FASE III Testes toxicológicos com doses repetidas (desde subagudos até crônicos) e estudos toxicológicos para avaliar, teratogenicidade, carcinogenicidade, neurotoxicidade e efeitos hormonais; Testes ecotoxicológicos de toxicidade a organismos aquáticos e terrestres (peixes, Daphnia, algas, aves, abelhas, microrganismos, organismos de solo), de acordo com o uso pretendido do produto Anexos PRODUTO EQUIVALENTE (se produtoformulado) 259

260 (Revogado pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 17.1 Declaração do registrante sobre a composição qualitativa e quantitativa, indicando os limites máximo e mínimo da variação, bem como a função específica de cada componente, acompanhada de laudo laboratorial de cada fabricante; 17.2 Descrição da metodologia analítica para determinação qualitativa e quantitativa do(s) ingrediente(s) ativo(s), dos seus principais produtos de degradação e, quando pertinente, para determinação das impurezas toxicológicas ou ambientalmente significativas presentes; 17.3 Descrição do processo de produção, a partir do produto técnico e demais componentes, bem como quando se tratar de obtenção do produto diretamente a partir de matérias primas, fornecida pelo formulador. RELATÓRIOS TÉCNICOS (apresentar em uma via) Ao Órgão Registrante (critérios e exigências serão especificados em normas complementares) 18 - Anexos - Órgão Registrante, para avaliação da eficiência de agrotóxicos e afins 18.1 Testes e informações sobre a eficiência e a praticabilidade do produto na(s) finalidade(s) de uso proposta(s); 18.2 Testes e informações referentes a sua compatibilidade com outros produtos; 18.3 Informações sobre o desenvolvimento de resistência ao produto; 18.4 Relatório de estudos de resíduos, intervalo de Segurança e, quando for o caso, limite dos resíduos estranhos; 18.5 Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos do agrotóxico; 260

261 18.6 Resultado das análises quantitativas efetuadas indicando a persistência dos resíduos em vegetais, animais, na água, no solo e no ar Informações relativas à bioacumulação, persistência e mobilidade; 18.8 Outros dados, informações ou documentos exigidos em normas complementares. Ao Ministério da Saúde (critérios e exigências serão especificados em normas complementares) 19 - Anexos - Ministério da Saúde 19.1 Características físico-químicas; 19.1 Relatório de estudos de propriedades físico-químicas; (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 19.2 Relatório de estudos de resíduos, intervalo de Segurança e, quando for o caso, limite dos resíduos estranhos; 19.3 Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos de agrotóxico; 19.4 Resultado das análises quantitativas efetuadas indicando a persistência dos resíduos em vegetais, animais, na água, no solo e no ar; 19.5 Intervalo de reentrada de pessoas nas áreas tratadas; 19.6 Estudos biológicos envolvendo aspectos bioquímicos e toxicológicos agudos e crônicos; 19.7 Antídoto ou tratamento disponível no País, para os casos de intoxicação humana; 19.8 Outros dados, informações ou documentos exigidos em normas complementares. 261

262 19.9 Testes e informações referentes a sua compatibilidade com outros produtos; Informações relativas à bioacumulação, persistência e mobilidade; Ao Ministério do Meio Ambiente (critérios e exigências serão especificados em normas complementares) 20 - Anexos - Ministério do Meio Ambiente 20.1 Relatório de estudos de dados físico-químicos; 20.1 Relatório de estudos de propriedades físico-químicas; (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 20.2 Relatório de estudos de dados relativos à toxicidade para microorganismos, microcrustáceos, peixes, algas, organismos de solo, aves, plantas e insetos não-alvo; 20.3 Relatório de estudos de dados relativos à bioacumulação, persistência e mobilidade; 20.4 Relatório de estudos de dados relativos à toxicidade para animais superiores; 20.5 Relatório de estudos de dados relativos ao potencial mutagênico, embriofetotóxico e carcinogênico em animais; 20.6 Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos de agrotóxico; 20.7 Resultado das análises quantitativas efetuadas indicando a persistência dos resíduos em vegetais, animais, na água, no solo e no ar; 20.8 Outros dados, informações ou documentos exigidos em normas complementares 20.9 Testes e informações referentes a sua compatibilidade com outros produtos; 262

263 21 - Anexos - PRODUTO FORMULADO COM BASE EM PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE Ao Órgão Registrante (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Estudos e informações sobre a eficiência e a praticabilidade do produto na(s) finalidade(s) de uso proposta(s), devendo ser conduzidos conforme suas características e de acordo com as normas complementares do órgão responsável; Informações referentes à sua compatibilidade com outros produtos; Informações sobre o desenvolvimento de resistência ao produto; Relatório de estudo de resíduos, intervalo de segurança e, quando for o caso, limite dos resíduos estranhos; Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos do agrotóxico, para fins de monitoramento e fiscalização Anexos - PRODUTO FORMULADO COM BASE EM PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE Ao Ministério da Saúde (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) 1. Relatório de estudos de propriedades físico-químicas; 2. Relatório de estudo de resíduos, intervalo de segurança e, quando for o caso, limite dos resíduos estranhos; Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos de agrotóxico, para fins de monitoramento e fiscalização; Intervalo de reentrada de pessoas nas áreas tratadas; 263

264 22.5. Estudos toxicológicos agudos e de mutagenicidade; Antídoto ou tratamento disponível no País, para os casos de intoxicação humana; Informações referentes à sua compatibilidade com outros produtos; 23 - Anexos - PRODUTO FORMULADO COM BASE EM PRODUTO TÉCNICO EQUIVALENTE Ao Ministério do Meio Ambiente (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Relatório de estudos de propriedades físico-químicas; Relatório de estudos de dados relativos à toxicidade para microorganismos, microcrustáceos, peixes, algas, organismos de solo, aves, plantas e insetos não-alvo; Relatório de estudos de dados relativos à toxicidade para animais superiores; Relatório de estudos de dados relativos ao potencial mutagênico; Método analítico e sua sensibilidade para determinação de resíduos de agrotóxico, para fins de monitoramento e fiscalização; Informações referentes à sua compatibilidade com outros produtos Anexos - PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS COM USO APROVADO PARA A AGRICULTURA ORGÂNICA (Incluído pelo Decreto nº 6.913, de 2009) Identificação do produto em relação à especificação de referência; 264

265 Descrição do processo de produção do produto; Declaração do registrante, sobre a composição qualitativa e quantitativa do produto, indicando os limites máximo e mínimo da variação de cada componente e sua função específica, acompanhada de laudo laboratorial de cada formulador; Indicação de uso (culturas e alvos biológicos), modo de ação do produto, modalidade de emprego, dose recomendada, concentração e modo de preparo de calda, modo e equipamentos de aplicação, época, número e intervalo de aplicações; Restrições de uso e recomendações especiais; Intervalo de segurança; Intervalo de reentrada; Informações referentes a sua compatibilidade com outros produtos; Especificação dos equipamentos de proteção individual apropriados para a aplicação do produto, bem como medidas de proteção coletiva; Procedimentos para descontaminação de embalagens e equipamentos de aplicação; Sistema de recolhimento e destinação final de embalagens e restos de produtos; Modelo de rótulo e bula. 265

266 ANEXO III Modelo I - Requerimento de Registro Especial Temporário - RET O requerente a seguir identificado requer aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Meio Ambiente (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com base no Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, a avaliação do produto abaixo especificado, para fins de registro especial temporário, para o que presta as informações a seguir e junta documentos: 1. Requerente 1.1 nome 1.2 endereço eletrônico 1.3 endereço 1.4 bairro 1.5 cidade 1.6 uf 1.7 cep 1.8 ddd 1.9 fone 1.10 fax 1.11 celular 1.12 cnpj/cpf 2. Representante legal (anexar documento comprobatório) 2.1 nome 2.2 endereço eletrônico 2.3 endereço 2.4 bairro 2.5 cidade 2.6 uf 2.7 cep 2.8 ddd 2.9 fone 2.10 fax 2.11 celular 2.12 cnpj/cpf 3. Da pesquisa (se agente biológico de ocorrência natural) 266

267 3.1 classificação taxonômica ou caracterização morfológica ou bioquímica 3.2 informações de ocorrência no país 3.3 procedência e informações de ocorrência e, quando importado, medidas quarentenárias aplicáveis, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) Legal(ais) 267

268 Documentos a serem anexados ao Requerimento 4. Anexos 4.1 Tipo de pesquisa (laboratórios, estufa, casa de vegetação, estação experimental, campo); 4.2 Projeto experimental; 4.3 Dados físico-químicos; 4.4 Dados necessários à avaliação toxicológica preliminar; 4.5 Dados necessários à avaliação ambiental preliminar. Modelo II - Registro de produto para pesquisa e experimentação, já registrado para outra(s) indicação(ões) de uso 1. Requerente 1.1 nome 1.2 endereço eletrônico 1.3 endereço 1.4 bairro 1.5 cidade 1.6 uf 1.7 cep 1.8 ddd 1.9 fone 1.10 fax 1.11 celular 1.12 cnpj/cpf 2. Representante legal (anexar documento comprobatório) 2.1 nome 2.2 endereço eletrônico 268

269 2.3 endereço 2.4 bairro 2.5 cidade 2.6 uf 2.7 cep 2.8 ddd 2.9 fone 2.10 fax 2.11 celular 2.12 cnpj/cpf 3. Da pesquisa 3.1 objetivo da pesquisa e experimentação, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) Legal(ais) Documentos a serem anexados ao Requerimento 4. Anexos 4.1 Projeto experimental 269

270 ANEXO IV Registro de Componentes Excetuados os ingredientes ativos, produtos técnicos e pré-mistura 1. Requerente (repetir o quadro com os dados dos demais requerentes, se houver) 1.1 nome 1.2 endereço eletrônico 1.3 endereço 1.4 bairro 1.5 cidade 1.6 uf 1.7 cep 1.8 ddd 1.9 fone 1.10 fax 1.11 celular 1.12 cnpj/cpf 2. Representante legal (anexar documento comprobatório) 2.1 nome 2.2 endereço eletrônico 2.3 endereço 2.4 bairro 2.5 cidade 2.6 uf 2.7 cep 2.8 ddd 2.9 fone 2.10 fax 2.11 celular 2.12 cnpj/cpf 3. Fabricante (repetir o quadro com os dados dos demais fabricantes, se houver) 3.1 nome 3.2 endereço eletrônico 3.3 endereço 3.4 bairro 270

271 3.5 cidade 3.6 uf 3.7 cep 3.8 ddd 3.9 fone 3.10 fax 3.11 celular 3.12 cnpj/cpf 4. Produto 4.1 nome comercial 4.2 usos pretendidos 4.3 n o código da substância no chemical abstract service registry (CAS) 4.4 nome químico da substância 4.5 nome comum da substância 4.6 grupo 4.7 sinonímia químico 4.8 fórmula bruta e estrutural 5. Finalidade ( ) 5.1 produção ( ) 5.2 ( ) 5.3 ( ) 5.4 ( ) 5.5 importação exportação comercialização utilização 6. Embalagem 6.1 tipo de embalagem 6.2 material 6.3 capacid. de acondicionamento, de de 2. (Assinatura do(s) Representante(s) Legal(ais) 271

272 Documentos a serem anexados ao Requerimento 7. Anexos 7.1 Comprovante de que a empresa requerente está devidamente registrada junto ao órgão competente do Estado, do Distrito Federal ou do Município, na modalidade indicada na finalidade do registro; 7.2 Comprovante de que o(s) fabricante(s) estabelecido(s) no País está(ão) devidamente registrado(s) junto ao órgão competente do Estado, do Distrito Federal ou do Município, nessa modalidade; 7.2. Comprovante de que o requerente de registro de matéria-prima, ingrediente inerte ou aditivo, que tenha por finalidade produzir ou importar o componente para fins de comercialização, está devidamente registrado junto ao órgão competente do Estado, do Distrito Federal ou do Município, nessa modalidade; (Redação dada pelo Decreto nº 5.549, de 2005) 7.3 Ficha(s) de segurança química fornecida(s) pelo(s) fabricante(s); 7.4 Ficha de Emergência de Transporte do Decreto n o 3.694; 7.5 Informações referenciadas ou estudos quanto aos aspectos de toxicidade em animais, potencial genotóxico, carcinogênico e teratogênico, distúrbios hormonais, toxicidade para organismos aquáticos, bioacumulação, persistência e mobilidade no meio ambiente; 7.6 Método de desativação; 7.7 Informações sobre a existência de restrições a este produto, em outros países; 7.8 Antídoto e suas formas de administração ou tratamento; 272

273 ANEXO V Requerimento para Registro de Pessoas Físicas ou Jurídicas Prestadoras de Serviços, Fabricantes, Formuladores, Manipuladores, Importadores, Exportadores ou Comerciantes de Agrotóxicos, seus Componentes e Afins REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ESTABELECIMENTO (nome do requerente) vem requerer junto ao (órgão estadual competente), com base nos termos do Decreto n o 4.074, de 4 de janeiro de 2002, seu registro na categoria de (prestador de serviços na aplicação, fabricante, formulador, manipulador, importador, exportador, comerciante)de agrotóxicos, seus componentes e afins, apresentando para tanto as seguintes informações e documentação: 1. Requerente 1.1 nome (razão social) 1.2 inscrição no cnpj 1.3 reg.junta comercial 1.4 endereço da sede 1.5 bairro 1.6 cidade 1.7 uf 1.8 cep 1.9 endereço / localização da fábrica 1.10 bairro 1.11 cidade 1.12 uf 1.13 cep 1.14 responsável administrativo nome cpf rg/ órgão emissor 1.15 responsável técnico nome cpf rg/ órgão emissor 273

274 1.16 rt registro no conselho da respectiva profissão nome do conselho região n o do registro 2. Classificação do estabelecimento ( ) 2.1 importador ( ) 2.2 fabricante ( ) 2.3 formulador ( ) 2.4 manipulador ( ) 2.5 comerciante ( ) 2.6 prestador de serviços ( ) 2.7 exportador ( ) Produtos que pretende importar, exportar, produzir, comercializar ou utilizar (marcar as colunas com um "X"). produtos importad os exportad os fabricad os formulad os manipulad os comercializadclassificaç os ão ( * ) 3.1 produto ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) técnico 3.2 outros ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) componentes 3.3 pré-mistura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3.4 produto ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) formulado 3.5 agentes biológicos de ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) controle 3.6 agentes de manipulação genética ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 274

275 3.7 outros: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( * ) Adotar a classe de uso: herbicida, inseticida, fungicida etc., podendo a coluna comportar mais de uma classe. 4. Laboratório de Controle de Qualidade ( ) 4.1 próprio ( ) 4.2 não utiliza ( ) 4.3 de terceiros: (nome) 5. Dependências existentes na fábrica ( ) 5.1 depósito de matéria prima ( ) 5.2 depósito de produtos ( ) 5.3 seção de acabados fabricação ( ) 5.4 almoxarifados ( ) 5.5 dependências ( ) 5.6 ambulatório administrativas médico ( ) 5.7 refeitório ( ) 5.8 ( ) Equipamentos e instalações na fábrica (relacioná-los e resumir suas funções; se necessário, anexar documento) 7. Mercado de consumo ( ) 7.1 estadual ( ) 7.2 UF(s): interestadual ( ) 7.3 País(es): 275

276 internacional 8. Observações (esclarecer ou complementar o requerimento naquilo que julgar necessário), de de 2. Assinatura do(s) Responsável (eis) 9. Anexo 9.1 Licença ambiental, expedida pelo órgão estadual competente, conforme legislação pertinente. 276

277 ANEXO VI Modelo de Codificação 1. Exemplo Instruções 2.1 O código deve ser aposto à embalagem de modo que seus elementos NÚMERO, ANO e QUANTIDADE fiquem inseridos dentro de um retângulo e separados por um traço, conforme exemplo acima. 2.2 O NÚMERO constará de algarismos arábicos, na ordem crescente das partidas liberadas, reiniciando-se a cada ano pelo número O ANO refere-se ao da importação, fabricação ou manipulação da partida e é representado pelos dois algarismos da dezena, separados do número de codificação por uma barra. 2.4 A QUANTIDADE refere-se ao número de unidades que compõem a partida. 277

278 ANEXO VII Relatório de Produção, Importação, Comercialização e Exportação 1. Período da informação 1.1 ano: ( ) o semestre ( ) o semestre 2. Produto Técnico / Produto Formulado 2.1 marca comercial 2.2 n o do registro 2.3 ingrediente ativo/agente biológico de controle 2.4 concentração 2.5 classificação toxicológica 2.6 classificação ambiental 3. Classe de uso ( ) 3.1 acaricida ( ) 3.2 adjuvante ( ) 3.3 bactericida ( ) 3.4 espalhante adesivo ( ) 3.5 feromônio ( ) 3.6 fungicida ( ) 3.7 herbicida ( ) 3.8 inseticida ( ) 3.9 nematicida ( ) 3.10 regulador de ( ) 3.11 outra(s): crescimento Ingredientes que abrangem diversas classes de uso, assinalar com X a principal e citar no item "outra(s)" as demais. 4. Origem, estoque e destino do produto técnico/produto formulado Origem Quantidade (1.000 t) Ingrediente Ativo Prod. Formulado 278

279 4.1 Produção nacional 4.2 Importação Destino 4.3 Exportação 4.4 Vendas a clientes 4.5 Vendas a indústrias Estoque na fábrica 4.6 Estoque inicial do semestre 4.7 Estoque final do semestre 5. Exportação de Produto Técnico / Produto Formulado Destino País Quantidade (1.000 t) Ingrediente Ativo Prod. Formulado

280 Total 6. Distribuição estadual do item "vendas a clientes" U. F. Quantidade U. F toneladas de I. A.) Quantidade toneladas de I. A.) 6.1 Acre 6.15 Paraná 6.2 Alagoas 6.16 Pará 280

281 6.3 Amapá 6.17 Pernambuco 6.4 Amazonas 6.18 Piauí 6.5 Bahia 6.19 Rio de Janeiro 6.6 Ceará 6.20 Rio Grande do Norte 6.7 Distrito Federal 6.21 Rio Grande do Sul 6.8 Espírito Santo 6.22 Rondônia 6.9 Goiás 6.23 Roraima 6.10 Maranhão 6.24 Santa Catarina 6.11 Mato Grosso 6.25 São Paulo 6.12 Mato Grosso do Sul 6.26 Sergipe 6.13 Minas Gerais 6.27 Tocantins 6.14 Paraíba 6.28 Total, de de 2. Assinatura do(s) Responsável (eis) 281

282 ANEXO VIII Do Rótulo Modelo do rótulo: 1.1 O rótulo deverá ser confeccionado com materiais cuja qualidade assegure a devida resistência à ação dos agentes atmosféricos, bem como às manipulações usuais; 1.2 O rótulo deverá ser confeccionado em fundo branco e dizeres em letras pretas, exceto no caso de embalagem tipo saco multifoliado e caixa de papelão, quando o texto poderá ser impresso em letras pretas sobre fundo de coloração original da embalagem; 1.3 O rótulo deverá conter a data de fabricação e vencimento, constando MÊS e ANO, sendo que o mês deverá ser impresso com as três letras iniciais; 1.4 O rótulo deverá ser dividido em três colunas, devendo a coluna central nunca ultrapassar a área individual das colunas laterais. Nos casos em que as características da embalagem não permitam essa divisão, o rótulo deverá ser previamente avaliado e aprovado pelos órgãos federais responsáveis pela agricultura, saúde e meio ambiente; 1.5 O logotipo da empresa registrante, aposto na parte superior da coluna central, deve ocupar, no máximo, dois centésimos da área útil do rótulo, podendo ser apresentado nas suas cores características; 1.6 O rótulo conterá em sua parte inferior, com altura equivalente a 15% da altura da impressão da embalagem, faixa colorida nitidamente separada do restante do rótulo; 1.7 As cores dessa faixa corresponderão às diferentes classes toxicológicas, conforme normas complementares a serem estabelecidas pelo Ministério da Saúde; 1.8 Deve ser incluído no painel frontal do rótulo, na faixa colorida, círculo branco com diâmetro igual a altura da faixa, contendo uma caveira e duas tíbias cruzadas na cor preta com fundo branco, com os dizeres: CUIDADO VENENO; 1.9 Ao longo da faixa colorida, deverão constar os pictogramas específicos, internacionalmente aceitos, dispostos do centro para a extremidade, devendo ocupar cinqüenta por cento da altura da faixa; 1.10 Deverão constar obrigatoriamente do rótulo de agrotóxicos e afins: Na coluna central: 282

283 a) marca comercial do produto; b) composição do produto: indicando o(s) ingrediente(s) ativo(s) pelo nome químico e comum, em português, ou científico, internacionalmente aceito, bem como o total dos outros ingredientes, e, quando determinado pela autoridade competente, expresso por suas funções e indicado pelo nome químico e comum em português; c) quantidade de agrotóxico ou afim que a embalagem contém, expressa em unidades de massa ou volume, conforme o caso; d) classe e tipo de formulação; e) a expressão: "Indicações e restrições de uso: Vide bula e receita"; f) a expressão: "Restrições Estaduais, do Distrito Federal e Municipais: vide bula"; g) nome, endereço, CNPJ e número do registro do estabelecimento registrante, fabricante, formulador, manipulador e importador, sendo facultado consignar, nos casos em que o espaço no rótulo for insuficiente, que os dados exceto os do fabricante e os do importador constam na bula; h) número de registro do produto comercial e sigla do órgão registrante; i) número do lote ou da partida; j) recomendação em destaque para que o usuário leia o rótulo, a bula e a receita antes de utilizar o produto, conservando-os em seu poder; l) data de fabricação e de vencimento; m) indicações se a formulação é explosiva, inflamável, comburente, corrosiva, irritante ou sujeita a venda aplicada; n) as expressões: "é obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual. proteja-se." e "é obrigatória a devolução da embalagem vazia."; o) classificação toxicológica; e p) classificação do potencial de periculosidade ambiental Nas colunas da esquerda e da direita: Precauções relativas ao meio ambiente: a) precauções de uso e advertências quanto aos cuidados de proteção ao meio ambiente; 283

284 b) instruções de armazenamento do produto, visando sua conservação e prevenção contra acidentes; c) orientação para que sejam seguidas as instruções contidas na bula referente à tríplice lavagem e ao destino de embalagens e de produtos impróprios para utilização ou em desuso; d) número de telefone de pessoa habilitada a fornecer todas as informações necessárias ao usuário e comerciante; Precauções relativas à saúde humana; a) precauções de uso e recomendações gerais, quanto a primeiros socorros, antídotos e tratamentos, no que diz respeito à saúde humana; e b) telefone da empresa para informações em situações de emergências A critério do órgão federal responsável pelo setor de saúde, a ser definido em normas complementares, os agrotóxicos e afins que apresentarem baixa toxicidade poderão ser dispensados da inclusão da caveira e das duas tíbias cruzadas. 284

285 ANEXO IX Da Bula 1 Deverão constar obrigatoriamente da bula de agrotóxicos e afins: 1.1 instruções de uso do produto, mencionando, no mínimo: a) culturas; b) pragas, doenças, plantas infestantes, identificadas por nomes comuns e científicos, e outras finalidades de uso; c) doses do produto de forma a relacionar claramente a quantidade a ser utilizada por hectare, por número de plantas ou por hectolitro do veículo utilizado, quando aplicável; d) época da aplicação; e) número de aplicações e espaçamento entre elas, se for o caso; f) modo de aplicação; g) intervalo de segurança; h) intervalo de reentrada de pessoas nas culturas e áreas tratadas; i) limitações de uso; j) informações sobre os equipamentos de proteção individual a serem utilizados, conforme normas regulamentadoras vigentes; l) informações sobre os equipamentos de aplicação a serem usados e a descrição dos processos de tríplice lavagem da embalagem ou tecnologia equivalente; m) informações sobre os procedimentos para a devolução, destinação, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização das embalagens vazias; e n)informações sobre os procedimentos para a devolução e destinação de produtos impróprios para utilização ou em desuso. 1.2 dados relativos à proteção da saúde humana: a) mecanismos de ação, absorção e excreção para animais de laboratório ou, quando disponíveis, para o ser humano; b) sintomas de alarme; 285

286 c) efeitos agudos e crônicos para animais de laboratório ou, quando disponíveis, para o ser humano; e d) efeitos adversos conhecidos. 1.3 dados relativos à proteção do meio ambiente: a) método de desativação; b) instruções em caso de acidente no transporte; e c) informações sobre os efeitos decorrentes da destinação inadequada de embalagens. 1.4 dados e informações adicionais julgadas necessárias pelos órgãos federais responsáveis pela agricultura, saúde e meio ambiente. 1.5 restrições estabelecidas por órgão competente do Estado ou do Distrito Federal. 286

287 ANEXO X (Incluído pelo Decreto nº 5.981, de 2006) CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DA EQUIVALÊNCIA DE PRODUTO TÉCNICO 1. Os produtos técnicos de diferentes fabricantes ou de diferentes processos de fabricação do mesmo fabricante serão considerados equivalentes se a avaliação do processo de produção usado, o perfil de impurezas e, se necessário, a avaliação dos perfis toxicológicos/ ecotoxicológicos, atenderem os requisitos dos itens 3, 4 e 5 indicados a seguir. 2. Quando o fabricante mudar o processo de fabricação de um produto técnico previamente registrado, a equivalência deverá ser determinada com base no item Equivalência do perfil de impureza de um produto técnico: 3.1. Um produto técnico poderá ser considerado equivalente, quando: o nível máximo de cada impureza não-relevante não for incrementado acima de 50% com relação ao nível máximo do perfil do produto técnico de referência, ou quando o nível máximo absoluto não for incrementado acima de 3 g/kg (aplica-se o que representar o maior nível de incremento), quando não houver novas impurezas relevantes e quando não se incremente o nível máximo de impurezas relevantes; 3.2. Quando a concentração máxima de cada impureza não relevante exceda as diferenças indicadas no subitem 3.1, será solicitado ao registrante a apresentação de argumentos fundamentados e os dados de respaldo necessários, que expliquem por qual motivo essas impurezas em particular permanecem como não-relevantes. Os órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente avaliarão o caso para decidir se o produto técnico é ou não equivalente; 3.3. Quando novas impurezas estiverem presentes em quantidades maior ou igual a 1 g/kg, será solicitado ao registrante a apresentação de argumentos fundamentados e os dados de respaldo necessários, que expliquem porque essas impurezas são não-relevantes. Os órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente avaliarão o caso para decidir se o produto técnico é ou não equivalente; 3.4. Quando impurezas relevantes estiverem presentes em concentração acima da concentração máxima do produto técnico de referência e/ou quando novas impurezas relevantes estiverem presentes, serão exigidos dados toxicológicos e ecotoxicológicos. Os órgãos federais responsáveis pelos setores de agricultura, 287

288 saúde e meio ambiente avaliarão o caso para decidir se o produto técnico é ou não equivalente. 4. Equivalência dos perfis toxicológicos de produto técnico: 4.1. O perfil toxicológico será considerado equivalente ao perfil do produto técnico de referência, quando os dados toxicológicos não diferirem de um fator maior que 2. Não deve haver mudanças na avaliação dos estudos que produzam resultados positivos ou negativos; 4.2. Quando a equivalência não puder ser determinada com os dados requeridos no item 3 e no subitem 4.1 serão avaliadas informações toxicológicas adicionais aplicando os mesmos critérios estabelecidos no subitem 4.1, contanto que os órgãos afetados sejam os mesmos. O nível de efeito não observado (NOELs) e o nível de efeito adverso não observado (NOAELs) não deverão diferir mais do que a diferença nos níveis das doses usadas. 5. Equivalência dos perfis ecotoxicológicos para produto técnico (se corresponder ao uso proposto): 5.1. O perfil ecotoxicológico será considerado equivalente ao perfil do produto técnico de referência se os dados ecotoxicológicos, determinados utilizando as mesmas espécies, não diferirem por um fator maior do que Quando os valores de concentração de impurezas relevantes ultrapassarem os limites estabelecidos em normas complementares, o pleito será considerado impeditivo de obtenção de registro. 7. Quando um produto técnico não for considerado equivalente, o requerente poderá dar continuidade ao processo de registro, cumprindo com a totalidade dos requisitos previstos para o registro de produtos técnicos. 8. Os órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente poderão requerer dados e informações adicionais, mediante justificativa técnica. 288

289 3. RESÍDUOS DE MINERAÇÃO 3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ASPECTOS GERAIS Antes de se passar aos números e informações relativas a esta tipologia de resíduos, convém esclarecer que o setor de mineração e, consequentemente, seus resíduos, se acha dividido em dois grandes setores, a saber: a) Mineração de Substâncias Não Energéticas Grupo composto basicamente pela exploração e beneficiamento de metais, rochas ornamentais, areias e terras diatomáceas. Este grupo pode ser subdividido em Recursos Minerais Metálicos e Recursos Minerais Não Metálicos. b) Mineração de Substâncias Energéticas Este grupo engloba a exploração e produção de petróleo e gás natural no território brasileiro, assim como o refino de petróleo e de produção de energia a partir de combustíveis fósseis. De maneira geral, a indústria do petróleo pode ser dividida em dois segmentos: o primeiro conhecido como upstream, onde estão incluídas as atividades de exploração e produção de petróleo e gás, chamadas de E&P (Exploração e Produção); e outro chamado downstream para as atividades de refino, distribuição e comercialização. Este primeiro setor tem grande importância social e econômica para o país, respondendo por 4,2% do PIB e 20% das exportações brasileiras. Além disso, é responsável por 1 milhão de empregos diretos 8% dos empregos da indústria e também está ligado à base de várias cadeias produtivas, conforme definido no Plano Nacional de Mineração para O Brasil produz cerca de 80 substâncias minerais não energéticas, destacandose, entre outras, as produções de nióbio, minério de ferro, bauxita e manganês. Embora seja um importante produtor mundial de várias substâncias, o país depende da importação de minerais que são essenciais para a economia (ver Quadro 3.1-1). Um exemplo típico desta dependência é o fato de o Brasil ser o quarto maior consumidor de fertilizantes, mas contribuir com apenas 2% da produção mundial, 289

290 importando 91% do potássio e 51% do fosfato utilizados na produção destes insumos agrícolas 4. QUADRO 3.1-1: POSIÇÃO ESTRATÉGICA DO BRASIL EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO DE MINÉRIOS EXPORTADOR IMPORTANTE EXPORTADOR AUTOSSUFICIENTE IMPORTADOR E PRODUTOR IMPORTADOR Nióbio Minério de Ferro Manganês Tantalita Grafite Níquel Magnésio Caulim Estanho Vermiculita Calcário Diamante Industrial Titânio Cobre Tungstênio Fosfato Diatomita Zinco Carvão Metalúrgico Potássio Enxofre Terras Raras Bauxita Cromo Talco Rochas Ornamentais Ouro FONTE: IBRAM INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, INFORMAÇÕES E ANÁLISES DA ECONOMIA MINERAL BRASILEIRA 2010 Por sua vez, o setor de exploração e produção de petróleo e gás natural, somado aos setores de geração de energia a partir de combustíveis fósseis e do refino de petróleo também têm grande importância social e econômica para o país, pois fornecem uma das parcelas mais significativas da matriz energética do Brasil, induzem o investimento na economia nacional e estão na base de várias cadeias produtivas. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética EPE (2010), o petróleo e seus derivados, juntamente com o gás natural, correspondem a 46,6% da energia gerada no país (ver Figura 3.1-1). 4 IBRAM INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, Informações e análises da economia mineral brasileira

291 FIGURA 3.1-1: COMPOSIÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA EM FONTE: EPE, RELEVÂNCIA DOS SETORES Uma das questões cruciais para a qualidade do trabalho foi, sem dúvida, a obtenção de dados estatísticos confiáveis. Por isso, buscou-se arduamente trabalhar pautados em pesquisas de órgãos conceituados que refletissem números condizentes com a realidade do Estado do Rio de Janeiro no que tange a exploração mineral. Para início do trabalho considerou-se os dados obtidos em pesquisa de campo realizada pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), mais especificamente na avaliação do Cadastro de Atividades Minerais (CAM). A compilação de dados seguiu a seguinte sistemática: 291

292 Avaliação dos dados no cadastro de atividades minerais (CAM) Tratamento e qualificação dos dados Compilação dos dados O CAM é pautado nas seguintes informações: compensação financeira pela exploração de recursos minerais (CFEM) imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS) Foram analisados minuciosamente os dados contidos na primeira edição do Panorama Mineral do Estado do Rio de Janeiro publicado no ano de 2012 pelo DRM-RJ. Nessa ação, foram consolidadas as informações disponíveis sobre o setor mineral fluminense, concentrando os indicadores primários e secundários dispostos tendo como fonte principal a base de dados do Registro Mineral Estadual e as informações do Anuário Mineral Brasileiro, editados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM). Foram trabalhados os seguintes indicadores: Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é uma compensação, recebida pelos Municípios, Estados e União, devida pelas empresas que extraem, beneficiam e transferem o bem mineral para seus processos industriais. Já o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é pautado no Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) que define a atividade desenvolvida pela empresa e é recolhido pelos Estados. Uma constatação importante sobre o setor, com base nos dados avaliados, é que a maior contribuição do setor para o ICMS advém do setor cimenteiro porque a base de cálculo do imposto incide sobre as três fases do processo: extração (calcário e argila), beneficiamento (britagem) e transformação mineral (clinquer). Ainda segundo o Panorama Mineral do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ, 2012) o atual estágio é de busca no preenchimento das lacunas nas informações consolidadas sobre o setor mineral do Estado, em geral subestimado nas 292

293 estatísticas disponíveis, porque está concentrado nos ditos minerais de uso na construção civil, nas argilas para cerâmica vermelha, nas rochas carbonáticas, nas águas minerais e nas rochas ornamentais. Ou seja, o perfil da mineração fluminense (ver Figura 3.1-2) está longe daquela mineração tradicionalmente reconhecida no País, fundamentada nas commodities e nas grandes minas, num Brasil que tem um perfil essencialmente exportador de matérias-primas minerais, muitas delas in natura e para insumo da grande indústria, para as quais importantes são os minerais metálicos. FIGURA 3.1-2: PARTICIPAÇÃO (%) DOS SETORES NA ARRECADAÇÃO DO ICMS MINERAL EM 2011 FONTE: PANORAMA MINERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (DRM-RJ, 2012). Como se pode observar da Figura 3.1-2, o perfil da mineração no Estado do Rio de Janeiro possui um aspecto definido pelos especialistas como mineração social, tendo em vista que o setor concentra esforços em fornecer bens minerais para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e da infraestrutura. Com base no exposto, os setores considerados como relevantes para a geração de resíduos no Estado do Rio de Janeiro são, basicamente, a mineração de recursos minerais não metálicos e a produção, exploração e refino de petróleo e gás natural. Cabe ressaltar que complementaram este trabalho dados obtidos nas seguintes instituições: IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração: entidade nacional representativa de empresas e instituições que atuam na indústria da mineração. Associação privada, sem fins lucrativos, que tem por objetivo congregar, representar, promover e divulgar a indústria mineral brasileira, contribuindo para a sua competitividade nacional e internacional; 293

294 FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro; SNIS Diagnóstico de manejo de resíduos sólidos do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento através do site: Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia; Global Business Report (GBR) pesquisa de atividade mineral. Publicação que abrange desde os investimentos e regulamentação do setor até as questões sociais e de meio ambiente; ABIROCHAS Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais; SINDIBRITA Sindicato da Indústria de Mineração de Brita do Estado do Rio de Janeiro; INEA Instituto Estadual do Ambiente; SEDEIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviço; ABEMIM Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Mineração; Sindicato da Indústria da Extração de Sal de Araruama; Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Rochas Afins do Estado do Rio de Janeiro; Sindicato Nacional das Indústrias Siderúrgicas; SIMARJ Sindicato dos Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro. Nestas entidades foram pesquisados, principalmente, os seguintes aspectos: Registro mineral junto ao DRM-RJ das empresas que exercem a extração; aproveitamento e/ou beneficiamento de recursos minerais no território e plataforma continental no estado do Rio de Janeiro; Licença ambiental das empresas que exercem a extração; aproveitamento e/ou beneficiamento de recursos minerais no território e plataforma continental no Estado do Rio de Janeiro junto ao Instituto Estadual do Ambiente INEA; 294

295 Classificação da produção das empresas mineradoras estabelecidas no estado do Rio de Janeiro de acordo com a natureza das substâncias: metálicos (divididos em ferrosos e não-ferrosos), não-metálicos e energéticos; Confirmação da informação de que os principais bens minerais do Estado do Rio de Janeiro são de recursos minerais não-metálicos, especialmente material para construção civil RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Desde 1994, no Estado do Rio de Janeiro, o órgão responsável pelo registro mineral das empresas que exploram e/ou beneficiam recursos minerais é o Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), que emite o documento intitulado Certificado de Registro Mineral Estadual. Somente de posse desse documento é que podem as empresas obter a licença ambiental junto ao INEA. Todas as empresas dedicadas à atividade de exploração (lavra/extração/captação) de bens minerais, aproveitamento e/ou beneficiamento de bens minerais por desdobramento, desplacamento, aparelhamento, corte, polimento ou classificação, em operações individualizadas ou conjuntas, desde que seja sobre matéria-prima bruta, proveniente de jazidas próprias ou não, aproveitamento de argila para cerâmica branca e, em especial, para cerâmica vermelha, na fabricação de tijolos, telhas, manilhas, lajes e outros, aproveitamento de rochas calcárias e/ou dolomíticas para a produção de cal e corretivo de solos, exploração e/ou aproveitamento de turfa, petróleo, gás natural e minerais radioativos, extração e/ou aproveitamento de conchas calcárias e algas marinhas para a produção de fertilizantes e outros e as salinas são obrigadas a possuir o Certificado de Registro Mineral Estadual. O minério, como uma rocha, tem dois tipos de materiais associados: o mineral de interesse, denominado minério, e a ganga, que não tem valor econômico. De acordo com a natureza das substâncias, os recursos minerais, conforme mencionado anteriormente, podem ser classificados como: metálicos (divididos em ferrosos e não-ferrosos), não-metálicos e energéticos. O grupo dos minérios não-metálicos, também conhecido como MRI - minerais e rochas industriais, é uma classe muito abrangente, incluindo materiais de construção (areia, cascalho, brita e rochas ornamentais), materiais para indústria química (enxofre, fluorita e pirita), fertilizantes (NPK - nitrato, fosfato e potássio), cimento (calcário), cerâmica (argilas, feldspatos e sílica), refratários (cromita e magnesita), abrasivos (córindon, diamante e alumina), isolantes (amianto e mica), 295

296 fundentes (carbonato e fluorita), pigmentos (titânio e ocre), gemas (diamante, esmeralda, água-marinha, rubi, safira e turmalina) e águas minerais. No que diz respeito aos recursos minerais metálicos, destacam-se as areias portadoras de rutilo, ilmenita e zirconita. Já os minérios energéticos são substâncias que podem ser usadas como fonte de energia e englobam os materiais nucleares e os combustíveis fósseis. Os materiais nucleares são minerais que contém isótopos radioativos como urânio e tório e não fazem parte do escopo do presente diagnóstico por serem atribuição específica da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. Segundo dados do DRM-RJ, o Estado do Rio de Janeiro caracteriza-se pela disponibilidade de recursos minerais não-metálicos, especialmente material para construção civil e água mineral. Destaca-se, também, pelas grandes reservas de óleo e gás natural da Bacia de Campos, responsável pela maior produção de petróleo do país. O Quadro 3.1-2, a seguir apresenta os principais recursos minerais do Estado do Rio de Janeiro, caracterizando os municípios onde ocorrem com maior incidência. 296

297 QUADRO 3.1-2: PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO BEM MINERAL CARACTERÍSTICAS E USOS INCIDÊNCIA Águas Minerais Petrópolis, Teresópolis, Magé, Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Rio Bonito, Nova Iguaçu, Águas procedentes de fontes naturais ou Seropédica e Rio Claro, Miguel captadas; possuem características físicoquímicas distintas das águas comuns e Pereira, Carmo, Nova Friburgo, dotadas de propriedades terapêuticas. Cachoeiras de Macacu, Paraíba do Sul, Cantagalo, Itaperuna, Cardoso Moreira, São Fidélis, Três Rios. Areia Monazítica Concentração natural de minerais pesados que pode ocorrer ao longo do litoral São Francisco do Itabapoana, (depósitos de praia) e em determinados Paraty, Angra dos Reis, Cabo trechos de rios (depósitos fluviais). Minerais Frio, Campos dos Goytacazes, pesados têm alta densidade, elevada Sapucaia e Valença. estabilidade química e grande resistência física ao transporte. Areia Quartzosa Macaé, Cabo Frio, Araruama, Material composto essencialmente por grãos Maricá, Parati, Seropédica, de quartzo depositados ao longo dos rios Itaguaí, Queimados, Nova (areias fluviais) ou da costa (areias Iguaçu, Paracambi, Rio de litorâneas ou de praia). Janeiro, Barra Mansa, Três Rios, Casimiro de Abreu e Silva Jardim. Argilas Material composto de partículas extremamente finas denominadas argilominerais. Quando molhadas são plásticas, mas secas e convenientemente aquecidas tomam-se rígidas. Geralmente, resultam da Campos dos Goytacazes, Rio alteração química supergênica de rochas Bonito, Itaboraí, Três Rios e feldspáticas e passam por processos de Paraíba do Sul. tratamento (tijolos, telhas, manilhas, ladrilhos e azulejos, louça sanitária e doméstica, pastilhas e também azulejos e ladrilhos, fins artísticos). Barita ou Baritina Sulfato e praticamente a única fonte de bário (adicionada à lama de perfuração das Seropédica e São Gonçalo sondas, com a finalidade de equilibrar a (Tribobó) pressão de fluidos dos poços. Utiliza-se também na fabricação de tintas, vidros, cerâmica, papel, plásticos, asfalto e 297

298 BEM MINERAL CARACTERÍSTICAS E USOS INCIDÊNCIA borracha). Bauxita Minério para obtenção de alumínio. Trata-se de uma mistura de minerais ricos em Resende, Itatiaia (Morro hidróxidos de alumínio, geralmente gibbsita, Redondo), Nova Iguaçu boemita e diásporo, contendo impurezas de (Mendanha) e Rio Bonito. óxidos de ferro e titânio, sílica e argilominerais. Brita Fragmentos rochosos no intervalo granulométrico entre 10 cm e6mm. São Municípios do noroeste usadas principalmente no concreto para fluminense, Rio de Janeiro, Nova construção civil e no asfalto para Iguaçu e Magé. revestimento de estradas. Calcário Rocha de origem sedimentar constituída predominantemente de carbonato de cálcio. O calcário tem sua principal utilização na fabricação de cimento, corretivo de solos, Cantagalo e Itaboraí. obtenção da cal que é usada, por sua vez, na construção civil, indústria química e purificação de águas. Caulim Argilas constituídas principalmente por caulinita (silicato de alumínio hidratado). Provém da alteração de rochas ricas em feldspatos. Devido à baixa reatividade Fontes Não Identificáveis. química, alvura, e maciez tem larga utilização, por exemplo, em indústrias de papel, têxteis, cosméticos, borracha, porcelanas e veículo para inseticidas. Conchas Calcárias Calcário conchífero muito puro de origem Araruama. orgânica. Córindon (óxido Usado como abrasivo no polimento. de alumínio) Duque de Caxias. Diatomito Rocha sedimentar constituída de carapaças silicosas de algas diatomáceas. São porosas Campos dos Goytacazes. e, quando puras, brancas. Tem sua principal utilização como abrasivo suave para 298

299 BEM MINERAL CARACTERÍSTICAS E USOS INCIDÊNCIA polimento, absorvente para nitroglicerina líquida, na filtração de líquidos, como isolante térmico e como suporte para inseticidas. Feldspato (aluminossilicato de potássio, sódio e cálcio) Um dos principais minerais constituintes das rochas. É utilizado principalmente na manufatura de porcelana, indústria de vidro, Fontes Não Identificáveis. na fabricação de esmaltes, azulejos, papel, entre outros. Utilizada principalmente como fundente em Fluorita (fluoreto metalurgia, em cerâmica, na indústria Tanguá e Rio Bonito. de cálcio) química e na fluoretação de águas. Garnierita Hidratados de níquel. É a única fonte de níquel dos minérios lateríticos. O campo de aplicação do níquel é muito vasto devido às Areal. suas propriedades físicas e de alta resistência à corrosão. Gnaisse Utilizado quase sempre como brita, as vezes Todo o Estado. em revestimentos e pisos. Grafita (carbono) Utilizado na fabricação de minas de lápis, cadinhos refratários, tintas anti-ferrugem e São Fidélis e Itaperuna. lubrificantes secos. Granito Utilizado na fabricação de brita, paralelepípedos, placas para revestimento, Todo o Estado. pisos e na decoração. Muscovita Utilização como isolante térmico e elétrico e, Ao longo dos rios Paraíba do Sul, (aluminossilicato quando moída, é empregada na fabricação Muriaé, Itabapoana, Pomba e básico de de tintas de proteção contra a ferrugem. Negro. potássio) Ouro Utilizado na fabricação de moedas e jóias, odontologia, galvanoplastia, fotografia, Fontes Não Identificáveis. indústria eletrônica e química. 299

300 BEM MINERAL CARACTERÍSTICAS E USOS INCIDÊNCIA Petróleo A matéria-prima do petróleo constitui-se de restos de vegetais de origem marinha, depositados em bacias oceânicas e Bacia de Campos. progressivamente recobertas por sedimentos, transformando-se lentamente em hidrocarbonetos. Quartzo (óxido de Utilizado na indústria eletrônica e ótica. silício) Campos dos Goytacazes. Rochas Ornamentais e de Revestimento Utilizadas em revestimento. (Mármores / Granitos / Rochas de Revestimento) Santo Antônio de Pádua e adjacências. Utilizado na alimentação humana, na Sal Marinho Araruama, Cabo Frio, São Pedro indústria química, na indústria de (cloreto de sódio) da Aldeia e Saquarema. conservação de alimentos, de borracha, etc. Sílex Utilizada como material triturante em São Gonçalo. moinhos de bola. Turfa Matéria vegetal constituída principalmente por musgos e plantas de pântanos Ocorre em várias regiões do acumulados embaixo da água, onde não há Estado, desde Campos até oxidação. Como o petróleo, a turfa é um Resende. combustível fóssil. A Figura apresenta a incidência dos principais minerais no cenário fluminense. 300

301 FIGURA 3.1-3: INCIDÊNCIA DDOS PRINCIPAIS MINERAIS EXPLORADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FONTE: PANORAMA MINERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - DRM-RJ,

302 RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO X BRASIL Observando-se os dados da Figura 3.1-4, percebe-se que a contribuição da região sudeste é significativa no que tange à produção mineral do país, respondendo por 51% da produção nacional. FIGURA 3.1-4: PARTICIPAÇÃO DA REGIÃO SUDESTE NA PRODUÇÃO MINERAL BRASILEIRA FONTE: ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO Porém, quando se estratifica os dados, percebe-se que a contribuição do Estado não é tão significativa no que tange à produção mineral do país, correspondendo a apenas 3% da produção regional, ou seja, 1,5% da produção mineral do país (ver Figura 3.1-5). FIGURA 3.1-5: PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NA PRODUÇÃO MINERAL DA REGIÃO SUDESTE FONTE: ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO

303 3.2. GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO Até a publicação da Lei Federal n / 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, os resíduos de mineração faziam parte do grupo de resíduos industriais, sendo que boa parte deles, por serem inertes ou não inertes, acabavam sendo contabilizados na categoria de resíduos sólidos urbanos ou simplesmente eram ignorados. Por esta razão, os dados específicos relativos à geração de cada um dos setores destes resíduos são praticamente inexistentes, restringindo-se a algumas informações esparsas. Nos itens a seguir serão apresentadas as informações existentes, ao mesmo tempo em que se procura estabelecer uma base de dados para futuras atualizações do Plano Estadual RESÍDUOS ORIUNDOS DA MINERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS NÃO ENERGÉTICAS Na atividade de mineração, grandes volumes e massas de materiais são extraídos e movimentados. A quantidade de resíduos gerada pela atividade depende muito do processo utilizado para extração do minério, da concentração da substância mineral estocada na rocha matriz e da localização da jazida em relação à superfície. Na atividade de mineração, existem dois tipos principais de resíduos sólidos: os estéreis, que são os materiais escavados, gerados pelas atividades de lavra (não têm valor econômico e ficam geralmente dispostos em pilhas) e os rejeitos que são resíduos resultantes dos processos de beneficiamento a que são submetidas às substâncias minerais. Estes processos têm a finalidade de padronizar o tamanho dos fragmentos, remover minerais associados sem valor econômico e aumentar a qualidade, pureza ou teor do produto final. Existem ainda outros resíduos, constituídos por um conjunto bastante diverso de materiais, tais como efluentes do tratamento de esgoto gerado nas plantas de mineração, carcaças de baterias e pneus utilizados pela frota de veículos, provenientes da operação das plantas de extração e de beneficiamento das substâncias minerais. A quantificação do volume de resíduos sólidos gerados pela atividade de mineração é difícil devido à complexidade e à diversidade das operações e das tecnologias utilizadas nos processos de extração e beneficiamento das substâncias minerais. 303

304 Além disso, as informações estão dispersas entre várias agências governamentais, tanto no âmbito federal quanto nos estados. Não existe, por exemplo, um controle sistemático e em escala nacional sobre a quantidade de estéreis gerados pela atividade de mineração GERAÇÃO DE ESTÉREIS a) Extração de Minérios Não Energéticos É um fato conhecido que a mineração tem como característica principal ser um setor tecnologicamente pouco desenvolvido. Outros fatores importantes tais como mão de obra pouco qualificada, ausência de legislação específica para o setor, bem como a exploração desenfreada acarretaram um ônus ambiental que deve ser resolvido. No caso específico do Rio de Janeiro os setores da mineração que mais causam impactos ao meio ambiente levando-se em consideração a sua extração são: Extração de calcário e argila para fabricação de cimento (Figura 3.2-1); Extração de brita (Figura 3.2-2); Extração de argila para fabricação de produtos cerâmicos (Figura 3.2-3); Extração de rochas Ornamentais (Figura 3.2-4). FIGURA 3.2-1: EXTRAÇÃO DE CALCÁRIO EM MACUCO - RJ 304

305 FIGURA 3.2-2: EXTRAÇÃO DE BRITA NO RIO DE JANEIRO FIGURA 3.2-3: EXTRAÇÃO DE ARGILA FIGURA 3.2-4: EXTRAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS 305

306 Entretanto, em termos de resíduos sólidos, os estéreis, via de regra, são devolvidos a cava aberta, não acarretando maiores danos ao meio ambiente. Nota-se, porém, que o conjunto de operações técnicas coordenadas para extrair as substâncias minerais e obter o aproveitamento industrial das jazidas, por si só, já possui riscos ambientais consideráveis. Atrelado a essa característica, o setor ainda necessita de grande área física para desenvolver sua atividade, normalmente associada à derrubada de árvores, à remoção de solos e à dispersão da fauna. Somando-se aos fatores de riscos mencionados anteriormente, o setor gera uma grande quantidade de estéreis que, quando não dispostos adequadamente, acabam por causar danos ao ambiente (ver Figura 3.2-5). Além da disposição na área de extração, também é comum observar-se a deposição de estéreis às margens das vias e estradas onde as lavras estão localizadas. FIGURA 3.2-5: ESTÉREIS DE LAVRA ESPALHADOS PELA ÁREA DE EXTRAÇÃO FONTE: Normalmente, a disposição inadequada está associada a métodos extrativos antiquados que também provocam danos à saúde do trabalhador envolvido no processo. Uma forma eficaz de reverter esse processo e melhorar a imagem do setor é buscar tecnologias mais eficazes de produção, bem como tratar adequadamente os resíduos gerados. No Estado do Rio de Janeiro, verifica-se que pouco ou quase nada, tem sido feito no sentido de ordenar e regular a disposição ou mesmo o aproveitamento dos resíduos gerados. 306

307 Considerando como característica marcante do setor de mineração o fato de normalmente haver aglomeração de empresas com o mesmo objetivo em um determinado espaço geográfico específico e que esta concentração de atividades produtivas em determinado espaço geográfico possibilita a obtenção de vantagens competitivas, sugere-se adotar o conceito da Política Regional de Inovação (PRI) como forma de solucionar o problema social e ambiental. O conceito citado combina prioridades regionais e científicas e é traduzido por uma variedade de iniciativas, não somente do governo, mas também das universidades, das indústrias e da sociedade como um todo. Sugere-se a criação de uma aliança envolvendo a esfera estadual e os atores locais, com o fito de implementar novas tecnologias ambientalmente adequadas e estabelecer novas estratégias, programas, incentivos e subsídios fiscais. Desta forma, havendo uma boa interação entre os agentes, fatalmente haverá a difusão do conhecimento e das inovações tecnológicas, com a consequente disposição final adequada dos estéreis e rejeitos. b) Extração de Minérios Energéticos Petróleo e Gás Natural Dois métodos de perfuração para a extração do petróleo e gás natural são possíveis: a percussão e rotativo. No método a percussão, as rochas são golpeadas por uma broca pontiaguda de aço com movimentos alternados ocasionando fraturamento ou esmagamento. Periodicamente é preciso remover os detritos cortados pela broca, o que é conseguido através da descida no poço de um tubo equipado com uma alça na sua extremidade superior e uma válvula na inferior (caçamba). A válvula de fundo é alternadamente aberta e fechada por uma haste saliente que bate contra o fundo do poço quando a caçamba está sendo movimentada. Isto provoca a entrada na caçamba dos detritos, que são retirados do poço. Este processo, por suas características, é muito limitado, atingindo profundidades máximas entre 200 e 250 metros. Além disto, os estéreis gerados podem ser dispostos no ambiente sem maiores problemas, a não ser os estéticos e de uso de superfície. O método rotativo emprega uma tecnologia diferente. Neste, a broca é girada e comprimida sobre as formações, que se fragmentam. Esses fragmentos são carreados por um fluido - lama de perfuração que é injetado pelo interior de tubos de aço até o fundo do poço, retornando à superfície pelo espaço anular entre o poço e as paredes externas da tubulação. À medida que o poço vai sendo aprofundado, novos tubos de aço vão sendo conectados à coluna que se encontra no poço. Este é o método utilizado nos tempos modernos para a perfuração de poços de petróleo. 307

308 O fluido é separado dos cascalhos em peneiras vibratórias, retornando aos tanques e, se preciso, é tratado, sendo reinjetado no poço, operando-se assim em circuito fechado ( Figura 3.2-6). 308

309 FIGURA 3.2-6: PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO MÉTODO ROTATIVO FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME Como mencionado, os fragmentos das rochas cortados pela broca (cascalhos) são carreados pelo fluido de perfuração até as peneiras vibratórias na superfície, onde são separados do fluido e descartados em um dique. Por não haver uma remoção total do fluido impregnado nos cascalhos, estes podem conter contaminantes, tais como: Metais pesados; Alta salinidade, uma vez que os fluidos, em sua maioria têm sais em sua composição, cujo objetivo é o de minimizar o inchamento das formações argilosas perfuradas, promovendo a estabilidade do poço; Óleos e graxas; Elementos que causam Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); Elementos que causam Demanda Química de Oxigênio (DQO); Elementos que causam alcalinidade. 309

310 Os processos mais comuns para a disposição desta lama são a impermeabilização de diques de perfuração e a disposição em aterros. Durante a perfuração do poço, os resíduos são armazenados em diques. Esses diques de perfuração possuem uma dimensão compatível com a profundidade final a ser alcançada no poço, sendo normalmente entre 1,0 e 1,5 m³ por metro de poço perfurado. Além dos cascalhos, os diques recebem também os efluentes líquidos oriundos das operações (restos de lama, água contaminada na área operacional da sonda, restos de cimento oriundos das cimentações). Estes resíduos, a depender do tipo de fluido de perfuração utilizado, podem conter produtos tóxicos, conforme visto anteriormente. Sem uma proteção adequada, estes rejeitos que possuem produtos químicos, metais pesados e sais, com o tempo podem percolar através da formação, indo atingir o lençol freático. Por esta razão, os diques de perfuração devem ser impermeabilizados para garantir que não ocorra a percolação de contaminantes que venham a ser neles depositados durante a perfuração. Com o término dos trabalhos de perfuração, esses rejeitos devem receber uma disposição adequada, a fim de minimizar a agressão ao meio ambiente. Várias técnicas podem ser empregadas a depender da região em que foi perfurado o poço (proximidade de rios, lagos, locais com lençol freático aflorante ou de pequena profundidade, solo argiloso ou arenoso), da legislação local, da viabilidade técnico-econômica do método de disposição a ser empregado e da disponibilidade de recursos e materiais necessários à disposição final. Nos processos normais de perfuração terrestre, os cascalhos, após serem separados do fluido de perfuração, são deslocados para um dique, onde permanecem com os rejeitos líquidos até o final da perfuração. A técnica da impermeabilização consiste em forrar os diques com uma manta de polietileno de alta densidade (PEAD), com espessura entre 0,8 e 1,0 mm, antes do início das operações de perfuração. Esta é a técnica empregada atualmente pela Petrobrás na perfuração de poços terrestres de petróleo na Bahia (Figura 3.2-7). 310

311 FIGURA 3.2-7: DIQUE DE PERFURAÇÃO IMPERMEABILIZADO FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME Após o final dos trabalhos de perfuração é feita a remoção da fração líquida desses resíduos, enviando-a para tratamento em estações, e os cascalhos são aterrados com a parte pastosa dos rejeitos no próprio local. Neste caso, poços de monitoramento ao redor do dique devem ser construídos com a finalidade de se verificar periodicamente o comportamento de uma possível infiltração no solo, ao redor do dique aterrado. Já o aterro com diluição é uma técnica de disposição dos rejeitos sólidos na qual utiliza-se solo sem contaminação, misturado aos resíduos sólidos contaminados, para reduzir a concentração desses contaminantes a níveis aceitáveis. Essa mistura é então enterrada em trincheiras tendo pelo menos 1,5 m de solo não contaminado cobrindo-a. A diluição e a alteração química são os processos utilizados para redução dos níveis agressivos dos contaminantes. No entanto, a biodegradação é reduzida, devido à criação de um ambiente com grande deficiência de oxigênio, elemento fundamental à atividade das bactérias aeróbicas. Por isso essa técnica não deve ser aplicada a cargas de hidrocarbonetos no resíduo maiores que 3% em peso. Para essa técnica os limites para carga de sal são menos estritos e a área necessária para tratamento menor. Tem grande aplicação para terras agriculturáveis, uma vez que as raízes não penetrarão as áreas remediadas, pois, como foi mencionado anteriormente, haverá uma camada de solo de 1,5 metros de solo não contaminado na superfície. A profundidade do lençol freático para a aplicação dessa tecnologia é crítica e deve ser pelo menos 6 metros abaixo da superfície do solo. O fundo da trincheira deve estar, pelo menos, 1,5 metros acima da água subterrânea e o topo da mistura do resíduo, pelo menos, 1,5 metros abaixo da superfície do solo. Nestes 311

312 termos a trincheira deve ser cavada com uma espessura mínima de cerca de 3 metros. Estudos efetuados com o uso desta técnica nos cascalhos gerados na perfuração de um poço de petróleo na Bahia constataram que o aterro com diluição aplica-se de forma eficaz, desde que o solo receptor não tenha umidade superior a 50%. No Rio de Janeiro, a maioria dos poços perfurados são off-shore e não foram localizadas informações de geração e disposição da lama de perfuração GERAÇÃO DE REJEITOS a) Rejeitos do Beneficiamento de Rochas Os rejeitos do beneficiamento de rochas são constituídos basicamente pelo pó de pedra proveniente do corte dos blocos extraídos na área de lavra. Como o corte destas rochas é muito abrasivo, há a necessidade de lançar água fria sobre a serra. Assim, o pó de pedra gerado é carreado pelo fluxo de água e depositado num tanque. Da mesma forma que na lavra, processos antiquados lançavam o pó de pedra diretamente no corpo receptor, sem nenhum tipo de tratamento, provocando o assoreamento do leito dos rios e causando enchentes nos trechos a jusante. Embora não haja números disponíveis este tipo de rejeito, estima-se que seja gerada uma quantidade significativa, pois, segundo dados da última edição do Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 2010), foram processadas, no ano de 2009, toneladas de rochas ornamentais e a produção beneficiada foi de apenas toneladas. Porém, o viés apresentado para solucionar os problemas de estéreis da lavra PRI também pode ser considerado para solucionar o problema da geração e destinação adequada dos resíduos gerados pelo setor. De acordo com o trabalho desenvolvido pela pesquisadora Ana Cristina Franco Magalhães, para o bom desenvolvimento do projeto julga-se fundamental a realização de parcerias com todas as empresas do segmento, localizadas em regiões específicas que permitam a implantação de área destinada ao depósito dos rejeitos produzidos nas áreas de extração, desdobramento, beneficiamento, polimento e marmorarias, com espaços específicos para a deposição de cada tipo de material, previamente triado e qualificado para um determinado aproveitamento econômico. De fato, tudo o que até então era tratado como rejeito, resíduo ou passivo da atividade mineral, desdobramento e beneficiamento, pode (e deve) ser qualificado 312

313 como estoque remanescente, dada sua aptidão para o aproveitamento na confecção de produtos. A elaboração de produtos deve ficar a cargo de associações locais previamente selecionadas, treinadas e habilitadas a desenvolverem estes trabalhos, gerando, desta forma emprego e renda para a população carente e sem qualificação especial. Alguns estudos realizados sinalizam a possibilidade de britagem da rocha para uso na construção civil, além da utilização do material para desenvolver (com uso de aditivos) uma argamassa para uso menos nobre, destinada especialmente às populações de baixa renda da região, considerando se ainda a possibilidade da produção de tijolos e artefatos de concreto, também para atender a mesma classe social. Projetos neste sentido já estão sendo implementados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) no município de Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro. Na região citada nota-se que houve uma migração da economia da região da agricultura e pecuária para a atividade de extração mineral de rochas, de forma ilegal e sem planejamento técnico. Como consequência, houve um significativo aumento no impacto do setor. Estudos demonstram que o setor tem alto índice de desperdício (80% do que é extraído na lavra se perde no processo) apenas 20% se transforma em produto final. Como exemplo, as 138 serrarias de rochas de Santo Antônio de Pádua produzem cerca de 720 toneladas por mês de pó de pedra. Tendo em vista que o simples encerramento da atividade não resolveria o problema do impacto (pois a atividade possui relevante peso econômico no contexto regional), a alternativa viável seria articular o arranjo produtivo com tecnologias que melhorassem o processo de extração das rochas e tornassem a produção mais competitiva. Foram instalados na região produtora tanques de sedimentação ligados às serrarias de pedra por canaletas. Com esse sistema, a água captada nos rios da região e utilizada no processo é devolvida limpa ao corpo receptor. O pó da pedra, que antes era jogado diretamente no rio, passou a ficar retido no fundo dos tanques de sedimentação. O que era resíduo passou a ter aplicação. O pó de pedra retirado do fundo dos tanques de sedimentação passou a ser incorporado em vários produtos, tais como cerâmica, borracha e asfalto, sendo seu melhor aproveitamento quando da sua incorporação em argamassa. 313

314 Outra constatação obtida do presente diagnóstico é a necessidade de se criar um Inventário de Geração de Resíduos Sólidos das Atividades Industriais e Minerárias, a exemplo do que se fez no Estado de Minas Gerais. Observe-se que este inventário já é obrigatório, segundo o Art. 7 da Política Estadual de Resíduos Sólidos, que diz: As atividades geradoras de quaisquer tipos de resíduos sólidos ficam obrigadas a cadastrarem-se junto ao órgão estadual responsável pelo licenciamento ambiental, para fins de controle e inventário dos resíduos sólidos gerados no Estado do Rio de Janeiro. (grifo nosso). b) Rejeitos do Beneficiamento de Outros Minérios De acordo com dados do Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM (2006), as 14 substâncias constantes do Quadro a seguir são as responsáveis pela geração de 90% dos rejeitos da produção mineral brasileira. QUADRO 3.2-1: PRODUÇÃO BRUTA E PRODUÇÃO BENEFICIADA DAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS SELECIONADAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS PRODUÇÃO BRUTA (T) PRODUÇÃO BENEFICIADA (T) Ferro Calcário Titânio Fosfato Bauxita Ouro Estanho

315 Cobre Zircônio Nióbio Caulim Manganês Níquel Zinco Outras 30 Substâncias FONTE: DNPM (2006). Destas substâncias, para o Estado do Rio de Janeiro têm maior relevância a bauxita, o calcário, o caulim e o ouro. Também o beneficiamento do ferro, em função das três grandes siderúrgicas que operam no Estado, será retratado com maior ênfase. Apenas para se ter a mesma referência, faz-se necessário apresentar uma breve caracterização das substâncias selecionadas. Ferro A mineração do ferro tem grande importância para a economia brasileira, sendo o Brasil o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da Austrália. Em 2007, o valor da produção atingiu R$ 19,2 bilhões (US$ 9,8 bilhões) in situ mina, representando 50% do valor da produção mineral brasileira excluindo petróleo e gás. A mineração do ferro se dá principalmente nos estados de Minas Gerais e Pará, embora o Estado do Rio de Janeiro conte com grandes usinas siderúrgicas. 315

316 A exploração das jazidas favoreceu o desenvolvimento de outras atividades econômicas associadas ao aproveitamento do minério, como as siderúrgicas do Vale do Aço mineiro e a formação do distrito mineiro de Carajás. O minério de ferro, em virtude de suas propriedades químicas e físicas, é, na sua quase totalidade (98%), utilizado na indústria siderúrgica. A produção, em 2010, foi estimada em 370 milhões de toneladas, representando 16% do total mundial (2,3 bilhões de toneladas) (IBRAM, 2011). A indústria de mineração do ferro absorve 13% do pessoal ocupado diretamente na indústria extrativa mineral, com um contingente de 13 mil trabalhadores, e detém 296 concessões de lavra das existentes no país. Calcário O calcário é usado como matéria-prima na construção civil e na fabricação de cal e cimento, tendo grande importância na agricultura, como corretivo para solos ácidos. Além disso, é empregado na indústria de papel, plástico, química, siderúrgica, de vidro e refratários. Os Estados Unidos e a Índia são os dois principais produtores mundiais. No Brasil, as reservas de calcário localizam-se de forma difusa e ocorrem em quase todos os estados, mas o beneficiamento do mineral se concentra em três estados: Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Com a atual demanda de calcário, a produção estaria assegurada por mais de 400 anos. A produção tem crescido nos últimos anos, registrando-se um aumento de 22% no período , atingindo um total de 107 milhões de toneladas, em 2008, e possivelmente esta tendência de crescimento será mantida no futuro. Em 2007, o valor da produção ultrapassou US$ 1,35 bilhão pouco mais de 80% na forma de calcário beneficiado, empregando quase 12 mil trabalhadores em Bauxita O alumínio é um dos metais mais utilizados no mundo, possui uso crescente e supera o consumo mundial dos demais metais não ferrosos. O alumínio tem 50% da sua produção localizada em países que compõem o grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), sendo que o Brasil ocupa o sexto lugar em produção de alumínio primário e é responsável por 5% da produção mundial, correspondente a 38 milhões de toneladas em 2007 (Brasil, 2010). A matériaprima para a produção do metal é a bauxita e, no país, sua extração se concentra, como no caso do ferro, nos estados de Minas Gerais e Pará. A produção bruta do minério duplicou entre 1996 e 2008, passando de 16,6 milhões de toneladas para 35,4 milhões de toneladas segundo os registros do Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 2010). 316

317 Esta tendência também se refletiu no aumento do consumo nacional per capita nos últimos 10 anos. Considerando um cenário conservador, acredita-se que o uso do metal dobre até 2030, passando de 5 kg por habitante, em 2007, para 10 kg. Praticamente toda a bauxita produzida no país (98%) é utilizada na fabricação de alumina e o restante é destinado às indústrias de refratários e de produtos químicos. Apenas na cadeia produtiva primária, o alumínio emprega diretamente 18 mil pessoas, mas o número de trabalhadores pode chegar a 300 mil, se considerada toda a cadeia, incluindo a de reciclagem do minério. Ouro Os principais usos do ouro relacionam-se à fabricação de joias e ao seu emprego como reserva monetária. No contexto mundial, a África do Sul detém 40% das reservas, enquanto o Brasil contribui com a proporção de aproximadamente 2%. A produção nacional de ouro distribui-se pelos estados de Minas Gerais, Pará, Goiás, Mato Grosso e Bahia, responsáveis por 90% da produção. São, ao todo, quatorze minas, sendo cinco pequenas, sete médias e duas de grande porte. Uma tendência que tem sido observada ao longo dos anos é que a produção nas minas vem aumentando em detrimento daquela oriunda dos garimpos. As reservas lavráveis no Brasil chegam a quase 2 mil toneladas. Devido à baixa concentração do minério nas rochas portadoras, ocorre uma grande produção de rejeitos no processo de mineração. Para extrair o metal precioso, as rochas que contém ouro passam pelos processos de britagem, moagem, gravimetria, flotação e cianetação. Os impactos ambientais causados pela mineração não são permanentes e, quando comparados com outros segmentos econômicos, como agricultura e pecuária, podem ser considerados pontuais. A água que vai das barragens de rejeito, por exemplo, sofre tratamento prévio, com testes diários de sua qualidade para o consumo humano. Por sua vez, o emprego do mercúrio nos garimpos é preocupante, pois não existe um controle satisfatório das perdas deste metal pesado para o meio ambiente durante o processo de extração do ouro. O preço do ouro é um dos principais fatores que influenciam o aumento ou declínio da produção e varia principalmente nos países em situações de crise. Em 2009, o preço chegou a US$ 972/oz e o valor da produção brasileira foi, em 2007, de R$ 1,1 bilhão, correspondente a 59,6 toneladas. Em 2005, foram aproximadamente 7 mil empregos formais envolvidos no processo de extração em minas e outros 10 mil informais dispersos nos garimpos. 317

318 Caulim O caulim é utilizado na fabricação de cerâmica, fibra de vidro e papel, sendo que para este último é destinado 45% da produção. Os Estados Unidos são o principal produtor mundial, respondendo por 17% do total mundial que, em 2010, foi de 31 milhões de toneladas. O Brasil é o sexto produtor, responsável por 7,8% do total, ou 2,4 milhões de toneladas em 2010 (IBRAM, 2011). As principais reservas encontram-se no Pará, no Amapá, no Amazonas, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo. O Estado do Amazonas possui 68% das reservas, seguido do Pará (com 17%) e do Amapá (com 8%). Entretanto, embora possuindo as maiores reservas, não existe atividade de mineração de grande porte no Amazonas, a qual está concentrada nos estados do Pará e do Amapá. A produção brasileira de caulim destina-se em mais de 90% ao mercado externo. Em 2005, pessoas estavam sendo empregadas na mineração desta substância. No decênio , a geração de rejeitos destas substâncias no Brasil aumentou 1,15 vezes, passando de 128 milhões de toneladas em 1996 para 148 milhões de toneladas em 2005 (ver Quadro a seguir). Os minérios que mais contribuíram para a geração de rejeitos no período foram o ferro (35,08%) e o ouro (13,82%). 318

319 QUADRO 3.2-2: QUANTIDADE DE REJEITOS (T/ANO) DE MINERAÇÃO GERADOS PELAS SUBSTÂNCIAS SELECIONADAS DECÊNIO ANO FERRO OURO CALCÁRIO BAUXITA CAULIM TOTAL Total Fonte: IPEA, Com relação ao cenário futuro da geração de rejeitos, estima-se que a quantidade anual irá praticamente dobrar, passando de 194 milhões de toneladas em 2010 para 401 milhões de toneladas em 2030 (ver Quadro a seguir). O ferro continua também como a principal substância geradora de rejeitos, inclusive com um aumento percentual, enquanto o ouro continua a ter a maior importância relativa. 319

320 QUADRO 3.2-3: PROJEÇÃO DA QUANTIDADE DE REJEITOS (T/ANO) GERADOS PELAS SUBSTÂNCIAS SELECIONADAS ANO FERRO OURO CALCÁRIO BAUXITA CAULIM TOTAL FONTE: PLANO NACIONAL DE MINERAÇÃO PARA 2030 MME, Percebe-se ainda, neste cenário, uma redução na participação relativa do alumínio e do calcário. c) Rejeitos do Beneficiamento do Ferro Conforme apresentado no tópico anterior, o ferro é o minério mais importante do Brasil, tanto sob o ponto de vista da exportação do minério, como sob o aspecto de produtos beneficiados, como o aço e o ferro gusa. O Estado do Rio de Janeiro é um dos principais beneficiadores deste minério, com três instalações de porte na fabricação de aço, a saber: Companhia Siderúrgica Nacional CSN; Companhia Siderúrgica do Atlântico CSA; e Companhia Siderúrgica da Guanabara COSIGUA. Nas instalações siderúrgicas, os principais rejeitos são as borras de alcatrão (quando a siderúrgica possui coqueria) e o óxido de ferro emanado pelos altos fornos, sendo que nas instalações mais modernas estes últimos são recuperados e reintroduzidos no processo. Além destes resíduos também são comuns resíduos dos finos de moinha de coque, lamas de processo (aciaria e alto forno), lamas de estações de tratamento e resíduos sólidos do tipo domiciliar (provenientes da área administrativa, refeitórios, cantinas, vestiários e resíduos de varrição). Somente no ano de 2012 a CSN produziu os seguintes resíduos Classe II-A: Lama de Aciaria: t/ano; Lama de Alto Forno: t/ano; Lama da Estação de Clarificação de Água: t/ano; Lama do LTQ II / ETB; t/ano; 320

321 Resíduos Sólidos em geral: t/ano (média dos dois últimos anos); A destinação destes resíduos está sendo feita no CTR de Nova Iguaçu, mas existem estudos para a implantação de um aterro de inertes em áreas da própria indústria. A par desta destinação, a CSN possui um corpo técnico voltado para a reciclagem de resíduos, já tendo recuperado mais de 20% dos resíduos gerados na indústria. A última tecnologia adotada, desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (Escola de Engenharia de Lorena), promove a produção de pigmentos inorgânicos nas cores vermelha, amarela e preta a partir da granalha de ferro gerada na recuperação da solução saturada de decapagem de chapas a quente. Porém, estes procedimentos de respeito ao meio ambiente são práticas relativamente recentes no setor siderúrgico que, durante décadas lançaram seus resíduos, inclusive os Classe I, em aterros sem o devido controle ambiental. Exemplo desta prática inadequada é a contaminação do Condomínio Volta Grande VI, local doado pela indústria em 1988 para o Sindicato dos Metalúrgicos construir casas para seus afiliados. Em 2004, o Ministério Público Federal, por meio de estudos realizados em conjunto com a, então Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FEEMAFEEMA (atual Instituto Estadual do Ambiente INEA), moveu uma ação civil pública contra a indústria que culminou numa multa ambiental no valor de 35 milhões de reais. Segundo os estudos realizados, a área apresenta forte contaminação por metais pesados, dentre os quais destacam-se o cádmio, o cromo e o bário. d) Rejeitos do Beneficiamento do Alumínio Instalada no bairro carioca de Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, a Valesul Alumínio S.A. foi a quarta empresa produtora de alumínio primário no Brasil e passou a operar em janeiro de 1982, por iniciativa da CVRD - Cia Vale do Rio Doce, à época, empresa estatal de mineração de ferro, e da Billiton Metais S.A., então subsidiária do Grupo Shell. A presença da Valesul permitiu substituir as importações brasileiras de alumínio, que experimentavam crescimento acentuado àquela época. Em 2010, a Vale vendeu os ativos da Valesul para a Alumínio Nordeste, empresa do grupo Metalis. Nesta ocasião a Valesul produzia em torno de 100 mil toneladas de alumínio ao ano empregando direta e indiretamente cerca de pessoas e ocupando uma área de m². 321

322 Em termos ambientais a indústria seguiu o mesmo caminho percorrido pelas demais congêneres da época, tendo sofrido, inclusive, ações judiciais por problemas de contaminação do solo por fluor. A partir da década de 90, instada pelas práticas de seus acionistas majoritários, passou a recuperar suas áreas contaminadas e a dar destinação final adequada a seus resíduos, prática que respeita até o momento. Como exemplo dos novos procedimentos implementados, pode-se citar que, hoje, a empresa possui 90% de sua área composta por densa floresta plantada com espécies da Mata Atlântica, além de ter conquistado certificações ambientais e de qualidade total. e) Rejeitos do Beneficiamento do Petróleo e Gás Natural - Exploração e Produção Com a crescente demanda de derivados de petróleo, houve também o crescimento da geração dos rejeitos provenientes da exploração e produção (E&P) de combustíveis fósseis, como indica a Figura Observe-se, entretanto, que as operações on-shore correspondem a, aproximadamente, 2/3 da geração de resíduos perigosos do segmento analisado, o que demonstra que a quantidade de resíduos gerada na exploração e produção está relacionada com a idade e o número de poços, e não com a produção. Em operações em terra, um campo de produção pode ter entre 1000 a 3000 poços, já em campos no mar (que é o caso do Rio de Janeiro), o número de poços é cerca de vinte vezes menor, onde poucos poços maduros são encontrados, quando comparado às áreas on-shore. FIGURA 3.2-8: SETOR DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL GERAÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS NO BRASIL. FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA MME

323 As borras oleosas são resíduos típicos das operações de E&P on-shore ou offshore e são resíduos sólidos perigosos, de consistência pastosa e de composição química complexa, que apresentam em sua composição uma série de compostos químicos, com destaque para os alfaltenos, resinas e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, além da presença de alguns metais pesados. Outros resíduos típicos são os produtos químicos e suas embalagens, que são demandados para emulsificação, controle da corrosão, entre outros. Entretanto, apesar de a geração destes resíduos ter crescido nos últimos anos, houve uma evolução nos processos de recuperação destes resíduos produzindo um abatimento acentuado na quantidade final de rejeito a ser destinada (ver Figura 3.2-9). FIGURA 3.2-9: SETOR DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL ABATIMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS NO BRASIL. FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME Os processos de E&P se valem de várias tecnologias para abatimento dos seus resíduos perigosos gerados. A Figura apresenta a evolução destas tecnologias ao longo dos últimos anos. 323

324 FIGURA : ROTAS DE ABATIMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS GERADOS NOS PROCESSOS DE E&P. FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME Conforme se vê da Figura apresentada, independentemente das operações se darem em terra ou em mar, as rotas de reciclagem foram as mais utilizadas nas operações de E&P, em conformidade com as estratégias de gestão de resíduos contemporâneas. f) Rejeitos do Beneficiamento do Petróleo e Gás Natural - Geração de Energia O Estado do Rio de Janeiro possui diversas térmicas convencionais a partir de combustveis fósseis, chegando a uma potência instalada superior a 4 mil megawatts, como se vê no Quadro a seguir. 324

325 QUADRO 3.2-4: TÉRMICAS CONVENCIONAIS POTÊNCIA TÉRMICAS CONVENCIONAIS OPERADORA (MW) LOCALIZAÇÃO Santa Cruz Furnas 932,0 Rio de Janeiro Roberto Silveira Furnas 30,0 Campos UTE Gov Leonel Brizola Petrobrás 1.062,3 Duque de Caxias UTE Norte Fluminense Electricité de France 868,9 Macaé UTE Mário Lago Petrobrás 922,6 Macaé UTE Barbosa Lima Sobrinho Petrobrás 385,9 Seropédica FONTE: BALANÇO ENERGÉTICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2010 SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, ENERGIA, INDÚSTRIA E SERVIÇOS. No nosso país, as usinas termelétricas desempenham relevante papel para a segurança e confiabilidade do parque de geração hidrotérmico, reduzindo o risco de déficit de energia, dada a sua maior disponibilidade para geração de energia elétrica, posto que independem de sazonalidades. Estas usinas são as únicas fontes de suprimento elétrico existentes em condições de atender às ordens de despacho pleno por parte do Operador Nacional do Sistema - ONS, considerando a evolução da diversidade do Sistema. A evolução da geração de resíduos no setor de geração de energia em território nacional a partir de combustíveis está apresentada na Figura

326 FIGURA : SETOR DE GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL. FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME A grande variação da quantidade de resíduos durante o período apurado está relacionada à entrada e saída de operação das unidades. Nos anos de 2009 e 2010, ocorreu o menor número de horas operadas nas unidades quando comparado ao ano de 2008 dado que a operação das termelétricas é em função da demanda do ONS. Conforme se pode ver da Figura , a maior parte dos resíduos perigosos gerados no ano de 2010 foi encaminhada para incineração, devido às propriedades e características dos mesmos, tendo em vista que muitos resíduos químicos são gerados, especialmente no tratamento das águas e nos processos anticorrosão. 326

327 FIGURA : ROTAS DE ABATIMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS - GERADOS NOS PROCESSOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA, NO BRASIL. FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME g) Rejeitos do Beneficiamento do Petróleo e Gás Natural - Refino do Petróleo Dentre os vários setores da indústria do petróleo e gás natural, as operações de refino são reconhecidas na literatura como parte predominante na geração de resíduos perigosos, devido ao número elevado de operações envolvidas na manufatura da matéria-prima e da diversidade de produtos. 327

328 Um esquema geral de uma refinaria está apresentada na Figura

329 FIGURA : ESQUEMA GERAL DE UMA REFINARIA FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME A geração de resíduos se dá tanto nas unidades de processos quanto nas unidades auxiliares, ou de serviços. Os resíduos típicos deste setor produtivo, 329

330 Figura , são as borras oleosas, os catalisadores gastos e os lodos oriundos das estações de tratamento de águas e efluentes. As borras de fundo de tanques são sólidos oleosos e complexos, que apresentam em sua composição uma série de contaminantes, com destaque para os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e alguns metais pesados. Por apresentarem componentes tóxicos, como metais pesados e inflamabilidade, este resíduo é classificado como perigoso, de acordo com a ABNT NBR ISO (ABNT, 2004). Um dos processos que gera quantidades relevantes de borras oleosas são as operações de limpeza de tanque e estão relacionadas com a precipitação e sedimentação de frações pesadas do petróleo. O acúmulo de sólidos no fundo dos tanques promove a redução do seu volume útil, demandando ações de remoção dos sólidos decantados e limpeza de fundo dos tanques. Além disso, a formação de depósitos cria regiões de aeração diferencial que promovem a corrosão das superfícies metálicas. Os catalisadores gastos são resíduos constituídos basicamente por sílica e alumina impregnados ou não com metais nobres como níquel, cobalto, molibdênio e platina. A presença de metais pesados lixiviáveis confere toxicidade a boa parte 330

331 destes resíduos e, por isso, são classificados como resíduos perigosos de acordo com a NBR ISO (ABNT, 2004). A geração de resíduos sólidos perigosos no setor de refino está apresentada na Figura e as quantidades de resíduos destinadas, na Figura FIGURA : SETOR DE REFINO DE PETRÓLEO - GERAÇÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME FIGURA : SETOR DE REFINO DE PETRÓLEO - ABATIMENTO DE RESÍDUOS NO BRASIL FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME

332 A análise conjunta das Figura e Figura permite verificar que a variação das quantidades de resíduos gerados não é função do volume processado. Assim, pode-se inferir que a geração de resíduos perigosos é função das tecnologias de processo empregadas, características dos óleos a serem refinados, número de operações de limpeza e de manutenção, uma vez que a capacidade de refino do parque brasileiro não variou significativamente nos últimos anos e as unidades visam sempre usar a capacidade máxima de refino, por questões de produtividade e rentabilidade. A comparação das figuras permite ainda verificar que a quantidade de resíduos destinada ano a ano é diferente da quantidade gerada e isso se deve às operações de armazenamento, conforme práticas tradicionais de gerenciamento de resíduos e também, a necessidade de ganho de escala para melhoria de preços dos serviços de tratamento ou disposição final. O refino de petróleo se vale de várias tecnologias para abatimento dos seus resíduos gerados. Para facilitar o entendimento, tais tecnologias foram agrupadas em operações de disposição em aterros, tratamento biológico, incineração, reciclagem, recuperação, reuso como combustível e outros. Na categoria outros, foram incluídas as demais tecnologias, que não aquelas já citadas, e as operações que utilizam mais de uma tecnologia para o efetivo tratamento dos resíduos. A Figura apresenta a evolução do uso das tecnologias de tratamento de resíduos no período de 2010 a Verifica-se que o setor de refino vem buscando diminuir a disposição de resíduos em aterro ao longo do tempo monitorado. Em 2008, aproximadamente, 26% dos resíduos foram destinados para aterros e, em 2010, este valor foi de aproximadamente, 17%, um terço menor. Verifica-se ainda aumento no uso de alternativas de reciclagem, recuperação e reuso e, em 2010, quase metade dos resíduos foram destinados a estas rotas. 332

333 FIGURA : ROTAS DE ABATIMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS - GERADOS NOS PROCESSOS DE REFINO DE PETRÓLEO, NO BRASIL FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ENERGÉTICA, MME CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com o Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030 (MME, 2010), os bens minerais formam a base de importantes cadeias produtivas que contribuem para o desenvolvimento do país. 333

334 Por sua vez, o aproveitamento desta riqueza deve acontecer considerando os princípios da sustentabilidade ambiental, ou seja, levando em conta as necessidades da atual e das futuras gerações. Nesse sentido, o PNM 2030 identifica como um de seus onze objetivos estratégicos, o da Produção Sustentável, com importantes ações, entre as quais se destacam, pela relevância, a questão dos resíduos sólidos e suas implicações para o meio ambiente e a saúde humana: articulação interministerial entre Ministério das Minas e Energia, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Saúde (MS) e entidades empresariais e dos trabalhadores do setor mineral para aprimorar os programas de saúde e segurança ocupacional; apoio a medidas de acompanhamento, fiscalização e controle da destinação final dos rejeitos, em especial o controle de barragens da mineração; promoção de inventário sobre minas abandonadas ou órfãs em todo o território nacional, objetivando criar um programa nacional para as áreas impactadas; e desenvolvimento de programas de incentivo a reciclagem, reuso e reaproveitamento dos materiais provenientes de recursos minerais. Além dessas, outras ações importantes com vistas a promover a sustentabilidade do setor de mineração são identificadas: medidas de apoio e incentivo à utilização mais eficiente dos recursos hídricos nos processos produtivos, incluindo o tratamento de efluentes e o aumento da recirculação da água, com levantamentos periódicos sobre o uso de água na indústria mineral; apoio e incentivo à produção mais eficiente, com uso das melhores técnicas disponíveis, na lavra, no beneficiamento e na transformação mineral; e apoio e incentivo ao uso de biomassa oriunda de produção sustentável na fabricação, por exemplo, de ferro gusa, ferro-ligas, cerâmicas e cimento. No caso do desenvolvimento de programas de incentivo a reciclagem, reuso e reaproveitamento dos materiais provenientes de recursos minerais, o Plano Nacional de Mineração 2030 explicita: "o setor mineral deve estabelecer uma clara diretriz quanto à reciclagem de metais e de outros minérios, considerando-se a entrada em vigor da Lei n de 12 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta lei responsabiliza todos os elos das cadeias produtivas de grandes, médias e pequenas empresas sobre o processo de 334

335 coleta, destino, reciclagem e restituição dos descartes sólidos, incluídos aí os eletroeletrônicos." Como se verifica, existe uma forte relação entre as ações previstas no objetivo estratégico Produção Sustentável do PNM 2030 e os preceitos da Lei no /2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta articulação entre as normas deve, então, materializar-se nas ações, nos programas, nos projetos e nas metas previstas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos para o setor de mineração. Portanto, recomenda-se que o Estado: promova a integração entre os órgãos responsáveis pela gestão ambiental e os responsáveis pela gestão dos recursos minerais, de forma a melhor organizar as informações relacionadas à geração e à disposição de resíduos sólidos nas atividades de mineração; implemente a Política Regional de Inovação através do incentivo à criação de uma aliança envolvendo a esfera estadual e os atores locais, com o fito de implementar novas tecnologias ambientalmente adequadas e estabelecer novas estratégias, programas, incentivos e subsídios fiscais; promova a reciclagem de estéreis de lavra de rochas (mármores e granitos, principalmente) usando mão de obra sem qualificação especial treinada por associações do tipo ABIROCHAS (a exemplo do que se pratica no Estado do Espírito Santo); reavalie e promova as adequações necessárias no processo de controle minerário e licenciamento ambiental, em especial para o setor de rochas ornamentais, de forma a aumentar a competitividade e reduzir a informalidade do setor; reforce a obrigatoriedade de cadastramento das indústrias, permitindo a criação do Inventário Estadual de Geração de Resíduos Sólidos das Atividades Industriais e Minerárias. Por outro, o diagnóstico identificou que, com exceção do setor de rochas ornamentais, o segmento de mineração é composto com pessoas jurídicas de grande poder econômico, normalmente associadas a indústrias multinacionais habituadas a cumprir com exigências ambientais muito mais rigorosas que as normatizadas pelos órgãos ambientais brasileiros. Portanto, sugere-se que se faça uma revisão das normas existentes, adequando-as às atuais necessidades, e complementando com o preenchimento das lacunas encontradas. 335

336 Porém, implementar uma legislação adequada não é condição suficiente, é necessário que, em paralelo, se dê ao INEA condições materiais e de recursos humanos adequados para se efetuar o controle e fiscalização do setor, principalmente no setor de mineração de substâncias energéticas, de forma compatível com sua complexidade. Outro aspecto a ser contemplado neste setor, é o seu grande potencial de geração de energia. A este respeito, reforça-se a recomendação feita para os resíduos agrossilvopastoris de se efetuar um acurado estudo do potencial energético disponível na Região Norte, em especial nos Municípios de Macaé e Campos dos Goytacazes, criando incentivos que viabilizem a adoção de tecnologias de reciclagem capazes de gerar energia a partir dos rejeitos do beneficiamento do petróleo e do gás natural BIBLIOGRAFIA ABRELPE, Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, Anjos, A. R. V. et al, Utilização de Resíduos de Mineração na Construção Civil, Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual da Bahia, Canejo, Carlos Eduardo Soares, Gestão de Resíduos Perigosos em Refinarias de Petróleo - Dissertação de Mestrado, UERJ, IPEA, Relatório de Pesquisa - Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Atividade de Mineração de Substâncias Não Energéticas, IPEA, Relatório de Pesquisa - Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Atividade de Mineração Energética, Petróleo, Gás e Refino, Pissato, Edilson, Gestão da Mineração de Areia no Município de Guarulhos - Aproveitamento de Resíduos Finos em Cerâmica Vermelha, Dissertação de Doutorado - USP,

337 4. RESÍDUOS INDUSTRIAIS 4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO PERFIL INDUSTRIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO O Estado do Rio de Janeiro, historicamente, é importante braço produtivo brasileiro, sendo responsável por aproximadamente 11% do PIB Brasileiro (IBGE/CEPERJ, 2010). Seu parque industrial, responsável por 28% do PIB estadual (IBGE/CEPERJ, 2010) está entre os mais importantes do país, cujas principais atividades industriais são extrativistas e de transformação. O quadro, a seguir, apresenta a distribuição do PIB estadual por setor econômico. QUADRO 4.1-1: HISTÓRICO DO PIB DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO POR SETORES ECONÔMICOS (R$ MILHÕES A PREÇOS CONSTANTES A 2010) Setor Econômico Participação em 2010 dos setores no PIB do estado do Rio de Janeiro Agropecuária ,42% Indústria ,05% Extração de petróleo e outros minerais ,82% Indústria de transformação ,91% Construção civil ,57% SIUP (Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana) ,75% Serviços e Comércio ,53% Impostos líquidos sobre produtos PIB do estado do Rio de Janeiro Taxa de crescimento anual do PIB do estado do Rio de Janeiro ,95% 3,99% 3,62% 4,15% 1,96% 4,46% Participação do estado do Rio de Janeiro no PIB do Brasil 11,5% 11,62% 11,15% 11,32% 10,92% 10,80% Nota: Indústria engloba Indústria Extrativa, Indústria da Transformação, Construção Civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Impostos somente os recolhidos sobre a atividade produtiva, como ICMS, II, IPI e ISS - não inclui IR, IPTU, ITR. Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ/Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas - CEEP. 337

338 Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, os principais subsetores econômicos industriais brasileiros são: Indústria Extrativa Mineral; Indústria da Transformação; Indústria da Construção Civil; e Serviços Industriais de Utilidade Pública - SIUP A Figura 4.1-1, apresenta a participação dos subsetores econômicos no PIB da indústria do Estado do Rio de Janeiro. Construção civil; 19,84% SIUP; 9,81% Indústria de transformação; 35,33% Indústria extrativa de petróleo e outros minerais; 35,01% FIGURA 4.1-1: PARTICIPAÇÃO DOS SUBSETORES NO PIB DA INDÚSTRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FONTE: FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE E FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS E FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO - CEPERJ/CENTRO DE ESTATÍSTICAS, ESTUDOS E PESQUISAS - CEEP No que se refere ao número de estabelecimentos industriais, o Estado do Rio de Janeiro conta com aproximadamente estabelecimentos (CEPERJ, 2010), sendo que 62% das indústrias localizam-se na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conforme apresentado no Quadro a seguir: 338

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