DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 107)
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- Carla Rios Clementino
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1 DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 107) François E. J. de Bremaeker Salvador, agosto de 2010
2 A ASSOCIAÇÃO TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, tem sede na Rua Fernando Menezes, de Góes, nº 397, sala 203 Edifício empresarial Lucílio Cobas, Pituba, Salvador, Bahia, CEP nº Serviços da Associação Transparência Municipal Serviços de Ensino Execução de cursos de extensão nas mais diversas áreas de interesse da administração pública municipal, especialmente transparência administrativa municipal, contratação direta, licitação, contrato e execução orçamentária; Promoção de palestras, debates, encontros, cursos, seminários, congressos, conferências, fóruns e outros tipos de eventos visando o aprimoramento do servidor público e levando conhecimento ao cidadão. Serviços de Transparência Implantação de projetos de democracia representativa, participação popular e controle social; Criação, implantação e gestão de projeto de transparência administrativa municipal; Criação, reestruturação e gestão de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores; Revisão de Lei Orgânica municipal e normatização da política pública de transparência administrativa municipal; Orientação a Imprensas Oficiais dos Estados sobre como criar, implantar e operar serviços integrados de publicação de atos oficiais, digitalização e armazenamento de documentos públicos municipais.
3 Serviços de Desenvolvimento Institucional Na área de programas estruturantes Implantação de programas estruturantes de gestão documental através da digitalização e do armazenamento on-line de documentos de prestação de contas especificados pelos Tribunais de Contas e documentos de convênios firmados com secretarias e ministérios e de outros órgãos públicos; Implantação de programas de avaliação periódica externa e interna da qualidade dos serviços públicos; Implantação de programa de ouvidoria municipal compartilhada. Na área de tecnologia da informação Suporte de infra-estrutura de tecnologia da informação aplicada à transparência administrativa municipal; Gestão de banco de dados digital de informação de atos oficiais que se sujeitam ao princípio constitucional da publicidade; Gestão de banco de dados digital da documentação de prestação de contas, inclusive de convênios; Locação de sistemas de Diário Oficial, arquivo público digital e ouvidoria municipal; Gestão de banco de dados da legislação municipal; Locação, hospedagem e gerenciamento de sites de Diários Oficiais eletrônicos de Prefeituras e Câmaras de Vereadores com fornecimento de sistema operacional, banco de dados, servidor de aplicação na modalidade ASP (Application Service Provider), serviço de firewall e de backup geral e incremental robotizado; Disponibilização de assinatura digital através de e-cpf e e-cnpj no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil.
4 Na área de publicação de atos oficiais Publicação de atos oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores no Diário Oficial da União, nos Diários Oficiais dos Estados e em jornais diários de grande circulação. Na área de gestão do princípio constitucional da publicidade Gestão do princípio constitucional da publicidade através do Programa da Qualidade Total de Publicação de Atos Oficiais. Na área de gestão de Diários Oficiais Gestão de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores. Na área de serviço auxiliar de publicação de atos oficiais Edição e diagramação de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores para neles publicar todos os atos oficiais que a legislação não exige que sejam publicados no Diário Oficial da União, no Diário Oficial do Estado ou em jornal diário de grande circulação no estado. Na área do Programa da Qualidade Total de Publicação de Atos Oficiais Gestão da publicação dos atos oficiais através do PQT, que permite receber, analisar e confrontar o material recebido com o padrão da norma legal, de maneira a identificar os requisitos de legalidade que envolvem a publicação dos atos oficiais; Emissão de relatórios de conformidade ou de não-conformidade, de acordo com o caso, dos prazos de publicação e da quantidade dos anexos dos instrumentos de transparência da gestão fiscal e das contas públicas; Auditoria de publicação dos avisos de licitações, contas públicas, instrumentos de transparência da gestão fiscal, leis, decretos e portarias.
5 Na área de monitoramento de informação de risco administrativo, fiscal e judicial Monitoramento estratégico de informação de risco administrativo, fiscal e judicial, através de leitura, busca, clipagem e armazenamento on-line de recortes de avisos administrativos e jurídicos publicados no DOU nas seções do TCU, da CGU e do MPF e no Diário da Justiça da União, que publica os atos judiciais dos Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST) e Tribunais da Justiça Federal. Pesquisas e Estudos Promoção de pesquisas e estudos sobre os mais diversos assuntos e interesses da administração pública, com a finalidade de fornecer ao gestor público argumentos e base para tomada de decisão; Elaboração de estudos técnicos que divulguem informações inerentes ao meio público para a sociedade em geral; Promoção, através de divulgação de estudos e pesquisas, da transparência pública.
6 DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo Consultor da Associação Transparência Municipal Gestor do Observatório de Informações Municipais (francois.bremaeker@tmunicipal.org.br) (/oim) Para se saber se algo é certo ou errado, basta exagerar D. Irineu Pena O.S.B. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi concebida com o objetivo de controlar o déficit fiscal da União, dos Estados e dos Municípios, procurando fazer com que o Poder Público realize despesas dentro do limite de suas receitas. O resultado orçamentário dos Municípios, mesmo antes da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, já vinha apresentando resultados auspiciosos. Em 1995, o primeiro ano pleno após a implantação do Plano Real, 82,2% dos Municípios encontrava-se em déficit orçamentário, ou seja, estavam gastando mais do que arrecadavam através dos seus tributos e do que recebiam através das transferências constitucionais e/ou legais, além daqueles recursos que lhes eram transferidos voluntariamente. Certamente esta situação se devia ao fato de, naquela época, ainda se encontrarem influenciados pelo descontrole financeiro provocado pela elevada inflação que existia nos anos anteriores.
7 Nos anos seguintes, a situação financeira dos Municípios foi melhorando, até que foi aprovada a Lei Complementar nº 101, em maio de A partir daí foram relativamente poucos os Municípios que apresentaram déficit orçamentário num ou noutro exercício. A aprovação da Lei nº , que prevê penalizações para os agentes públicos que não cumprirem os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, também preocupou a todos. Verificava-se, entretanto, que o rigor da lei esbarrava em práticas do passado que continuavam a vigorar, tais como o custeio por parte dos Municípios de uma série de ações e programas das outras esferas de Governo, notadamente dos Estados e da União, cujos custos deveriam reverter para estes entes. Uma pesquisa constatou que as despesas realizadas pelos Municípios com as atividades de competência da União e dos Estados chegavam a pelo menos 4,5% das suas receitas para o conjunto dos Municípios do Brasil. A atualização destes estudos, feitos pela Transparência Municipal tomando por base os dados sobre as receitas municipais disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional, mostra algumas situações interessantes. A média municipal dos gastos com serviços dos Estados e da União é diretamente influenciada pelo montante da receita dos Municípios. Desta forma, as médias são maiores nas regiões mais ricas. A participação relativa dos gastos com serviços dos Estados e da União sobre a receita total são maiores nas regiões mais abandonadas, ou seja, onde há necessidade de uma atuação mais intensa por parte dos Municípios para garantir o fornecimento dos serviços à população. Nestes casos as despesas recaem mais intensamente nos Municípios de menor porte demográfico.
8 TABELA 1 DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES NO ANO DE (*) BRASIL RECEITA RECEITAS RECEITAS OUTRAS E ORÇAMENTÁRIA TRIBUTÁRIAS DE RECEITAS GRANDES TOTAL TRANSFERÊNCIAS REGIÕES (R$) (R$) (R$) (R$) BRASIL Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker (*) Dados expandidos a partir de uma amostra de Municípios para um total de Municípios. Não são considerados os dados referentes ao Distrito Federal e Fernando de Noronha. No ano de a receita orçamentária dos Municípios brasileiros, em média, é constituída por 68,21% de transferências, por 16,34% de receitas tributárias e por 15,45% de outras receitas. Em a região Sudeste é aquela que apresenta os resultados globais mais expressivos. A região detém 29,98% do número de Municípios do País e 42,87% da sua população total (não considerados o Distrito Federal e Fernando de Noronha); entretanto, concentra 50,75% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Sudeste concentra 67,81% do montante da receita tributária municipal; e 44,99% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 21,83% do total das receitas da região (5,52 pontos percentuais acima da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 60,47% do total das receitas (7,74 pontos percentuais abaixo da média nacional).
9 A região Nordeste é a segunda em importância frente aos resultados globais. A região detém 32,23% do número de Municípios do País e 28,38% da sua população total; entretanto, concentra 21,23% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Nordeste concentra 10,60% do montante da receita tributária municipal; e 25,83% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 8,16% do total das receitas da região (8,19 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 82,99% do total das receitas (14,78 pontos percentuais acima da média nacional). A região Sul é a terceira em importância frente aos resultados globais. A região detém 21,36% do número de Municípios do País e 14,70% da sua população total; entretanto, concentra 15,45% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Sul concentra 13,42% do montante da receita tributária municipal; e 14,73% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 14,20% do total das receitas da região (2,11 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 65,03% do total das receitas (3,18 pontos percentuais abaixo da média nacional). A região Norte é a quarta em importância frente aos resultados globais. A região detém 8,07% do número de Municípios do País e 8,10% da sua população total; entretanto, concentra 6,29% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Norte concentra 3,67% do montante da receita tributária municipal; e 7,63% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 9,55% do total das receitas da região (6,76 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 82,83% do total das receitas (14,62 pontos percentuais acima da média nacional).
10 A região Centro-oeste detém 8,36% do número de Municípios do País e 5,95% da sua população total; entretanto, concentra 6,28% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Centro-oeste concentra 4,50% do montante da receita tributária municipal; e 6,82% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 11,71% do total das receitas da região (4,60 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 74,11% do total das receitas (5,90 pontos percentuais acima da média nacional). A tabela 2 mostra para as regiões como se distribuem os gastos efetuados pelos Municípios com ações, programas e serviços de responsabilidade dos Estados e da União, calculados a partir dos grupos de habitantes. TABELA 2 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES (*). BRASIL. Brasil Número Gastos com serviços da União e dos Estados e Grandes Regiões de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL , Norte 449 4, Nordeste , Sudeste , Sul , Centro-oeste 465 5, FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de Municípios para um universo de Municípios. Não foram levados em consideração os dados de Brasília (DF) e de Fernando de Noronha (PE).
11 A combinação destes dois indicadores mostra que a região Sudeste é aquela que apresenta situações aparentemente opostas: é a única a apresentar uma participação relativa abaixo da média nacional, muito embora também seja a única que apresenta um gasto médio municipal acima da média nacional. Isto se deve ao fato de ser a região que apresenta as mais elevadas receitas orçamentárias médias do País (R$ ,00) frente a uma receita média nacional de R$ ,00) em, o que leva a que sua participação relativa seja mais baixa. Por outro lado, a região Centro-oeste é a que apresenta os resultados mais preocupantes, pois registra uma receita orçamentária média (R$ ,00) e apresenta a mais elevada participação relativa de gastos com serviços de responsabilidade exclusiva da União e dos Estados. Conforme pode ser observado na tabela 3, esses gastos são relativamente mais elevados nos Municípios de menor porte demográfico, que, por se localizarem na periferia ou distantes dos grandes centros urbanos, se vêem na contingência de financiar com maior intensidade ou num maior número de casos esses serviços, para que eles estejam disponíveis à sua população. Os Municípios com população até 50 mil habitantes, que representam 89,50% do total de unidades do País, apresentam um resultado médio de gastos com os serviços de competência das outras esferas de Governo abaixo da média nacional em termos absolutos, entretanto, em termos relativos, os gastos acima da media nacional abrangem aos Municípios com população até 100 mil habitantes: 95,24% do total de Municípios. Dada a maior quantidade de Municípios com menor porte demográfico, verifica-se que o grupo que apresenta o mais expressivo quantitativo de recursos são aqueles representados pelos Municípios com população inferior a 10 mil habitantes. Ao se observar os diferenciais entre os resultados médios dos grupos extremos de Municípios, verifica-se que aqueles com mais de 5 milhões de habitantes gastam em média um volume de recursos 419 vezes maior que os Municípios com população inferior a 2 mil habitantes, entretanto, sua população média é vezes maior.
12 TABELA 3 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO OS GRUPOS DE HABITANTES (*). BRASIL -. Grupos de Número Gastos com serviços da União e dos Estados Habitantes (por mil) de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL , Até , I , I , I , I , I , I , I , I , I , e mais 2 1, FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de Municípios para um universo de Municípios. Não foram levados em consideração os dados de Brasília (DF) e Fernando de Noronha (PE). Em seguida serão apresentados os mesmos dados para os Municípios do Estado da Bahia.
13 OS MUNICÍPIOS DA BAHIA Os gastos efetuados pelos Municípios da Bahia com serviços, programas e ações de competência ou responsabilidade do Estado e do Governo federal representa 4,91% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. Esta participação é mais elevada que a da média nacional. Apresentam gastos acima da média da participação relativa estadual nada menos que 90,41% dos seus Municípios, ou seja, aqueles com população até 50 mil habitantes. TABELA 4 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO OS GRUPOS DE HABITANTES (*). ESTADO DA BAHIA -. Grupos de Número Gastos com serviços da União e dos Estados Habitantes (por mil) de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL 417 4, Até 2-10, I , I , I , I , I , I , I , I , I , e mais - 1, FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de 331 Municípios para um universo de 417 Municípios.
14 A SITUAÇÃO FINANCEIRA DOS MUNICÍPIOS DA BAHIA A receita orçamentária dos 417 Municípios do Estado da Bahia é calculada em R$ 14,714 bilhões no ano de. As receitas de transferências R$ 12,197 bilhões (82,89% da receita total) enquanto que as receitas tributárias dos seus Municípios é de R$ 1,524 bilhão (10,36% da receita total). Os restantes R$ 993 milhões são constituídos por outras receitas. O Estado da Bahia possui 7,49% do total de Municípios do País e 7,75% da sua população, não computada a população do Distrito Federal. A participação dos Municípios do Estado no montante da receita orçamentária dos Municípios brasileiros é de 5,56%. A participação na receita de transferências aos Municípios é de 6,76%, enquanto que a participação na receita tributária do conjunto de Municípios é de 3,52%. Verifica-se, pois, que o conjunto dos Municípios do Estado é relativamente mais dependente das transferências constitucionais em relação à média dos Municípios brasileiros. Na composição das transferências, as duas mais importantes são o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de origem federal, e a participação no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de origem estadual. É muito comum encontrarmos críticas a respeito da criação de novos Municípios, utilizando como argumento o custo dos agentes políticos (Prefeitos, Vice-Prefeitos, Secretários, Vereadores) e efetuando a comparação destes custos com a receita tributária dos Municípios. Em primeiro lugar a participação da receita tributária dos Municípios de pequeno e até mesmo de médio porte demográfico na composição da receita municipal é baixa pelo fato de que aos Municípios são dados tributos de base tributária urbana (ISS e IPTU), enquanto que estes Municípios, que constituem a grande maioria do universo, tem sua base econômica ligada às atividades do meio rural. Em segundo lugar ninguém fala da relação existente entre o custeio das atividades dos outros entes governamentais pelo Município e a sua receita tributária.
15 Ao se comparar os gastos municipais com atividades das outras esferas de Governo tomando por base as receitas tributárias municipais, verifica-se que, no conjunto dos Municípios brasileiros todos aqueles com população inferior a 20 mil habitantes despendem com essas atividades mais do que conseguem arrecadar com seus tributos. Os 102 Municípios brasileiros com população até 2 mil habitantes têm um gasto com as despesas de responsabilidade dos Estados e da União 5,14 vezes maior que o da sua arrecadação tributária; para os Municípios com população entre 2 mil e 5 mil habitantes esta relação é de 3,75 vezes; para os Municípios com população entre 5 mil e 10 mil habitantes esta relação é de 2,53 vezes; e para os Municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes esta relação é de 1,48 vezes. Isso representa dizer que 70,86% dos Municípios brasileiros comprometem mais do que toda a sua arrecadação tributária para custear serviços que a União e os Estados deveriam executar no seu território por sua própria conta. No caso do Estado da Bahia esta situação acontece com 90,41% dos seus Municípios, ou seja, com todos aqueles que possuem menos de 50 mil habitantes. Os Municípios com população entre 2 mil e 5 mil habitantes, apresentam despesas com serviços dos demais entes governamentais 8,49 vezes maior que sua receita tributária. Em média suas despesas são de R$ e as receita tributárias equivalem a R$ Nos Municípios com população entre 5 mil e 10 mil habitantes a relação é de 3,41 vezes. Em média suas despesas são de R$ e as receita tributárias equivalem a R$ Nos Municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes a relação é de 2,45 vezes. Em média suas despesas são de R$ e as receita tributárias equivalem a R$ Nos Municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes a relação é de 1,10 vezes. Em média suas despesas são de R$ e as receita tributárias equivalem a R$
16 O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO Já se acumularam, nos gabinetes de Prefeitos, Governadores e do Presidente da República, problemas causados pela queda da receita em No caso dos Municípios, os números impressionam, com a queda da arrecadação do IPI e do IR, que vão constituir o FPM. Os Municípios de menor porte demográfico dependem mais do FPM do que os demais Municípios. Nos grandes Municípios o ICMS (repasse estadual) tem um peso maior nas finanças municipais. O Presidente da República pouco mais poderá fazer pelos Prefeitos do que, como prometeu em Salvador, "olhar com carinho" para o problema financeiro que eles estão enfrentando por causa da redução dos valores que recebem da União por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O governo federal aprovou a Medida Provisória nº 462/2009, que repassaria aos Municípios, ao longo do ano de 2009, um montante equivalente a R$ 1 bilhão, como forma de compensar as perdas de recursos do FPM com a desoneração dos tributos federais que compõem o FPM, de tal forma a garantir em 2009 o mesmo valor creditado em, ou seja, sem levar em conta o fator inflacionário. A Medida Provisória foi convertida na Lei nº /2009 e repassou aos o equivalente a R$ 2,384 bilhões. O ministro das Relações Institucionais, reconhecendo a procedência das reivindicações dos Prefeitos admitiu que, para aliviar a situação dos Municípios, o governo poderia liberar as emendas ao Orçamento da União feitas pelos congressistas e que foram congeladas. Mas essas verbas são carimbadas, isto é, têm destinação própria e compulsória, e não resolverão o problema de caixa dos Prefeitos. Segundo o Ministro, como a crise atinge a arrecadação tributária dos três níveis de governo, a hora é de contenção de gastos. A mesma opinião é externada pela Secretaria da Receita Federal. O repasse do FPM até julho e as estimativas feitas pela Secretaria do Tesouro Nacional até outubro de 2010 mostram que se registraria um crescimento de 6,71% em relação ao valor repassado em 2009, mas que ainda é 0,75% menor do que o repassado em.
17 Medidas de curto prazo É difícil cortar gastos quando o principal item de despesa dos Municípios, que se refere aos salários e encargos foi reajustado em 12% a partir de 1º de fevereiro de 2009 e em 9,5% em 1º de janeiro de 2010, como se não existisse a crise financeira. Na hora de começar a cortar despesas, as primeiras ações são voltadas para os investimentos, para o corte das horas-extras, para a redução do número de cargos comissionados, para o adiamento do pagamento dos fornecedores e dos prestadores de serviços. Outra saída é não conceder o reajustamento para os servidores que ganham acima de um salário mínimo nas mesmas bases. Efetuar cortes na compra de material de consumo e restringir o uso de veículos produz alguma economia, mas pode representar uma queda de qualidade nos serviços prestados, principalmente na área da saúde e da educação. Deixar de cuidar da cidade representa diminuir a qualidade de vida dos cidadãos. Mas será que são apenas estas as despesas passíveis de contenção? E as despesas efetuadas pelos Municípios com serviços, ações e programas de responsabilidade dos Estados e da União? O sacrifício tem de ser feito apenas com os serviços municipais ou poderia ser feito no custeio dos serviços de responsabilidade (competência) dos Estados e da União. Estudo elaborado pela Transparência Municipal mostra que em o custeio destes serviços representava um gasto da ordem de R$ 11,8 bilhões. E o pior é que estes serviços são relativamente mais caros para os Municípios de menor porte demográfico. Para Municípios com população até 10 mil habitantes são comprometidos 10,85% do seu orçamento. Para Municípios com população acima de 1 milhão de habitantes são comprometidos 1,62% do seu orçamento. E quais são estes serviços?
18 Na área da saúde pública: fornecer material e efetuar a manutenção de prédios estaduais ceder pessoal e manter os serviços estaduais de apoio; manter o serviço estadual de hemocentro; suplementar os recursos não previstos nos convênios; fornecer suporte às campanhas de vacinação. Na área da educação: ceder professores para as escolas estaduais; fornecer merenda escolar e transporte escolar para os alunos das escolas estaduais; efetuar a manutenção das escolas estaduais; ceder pessoal e manter os serviços estaduais de apoio. Na área da assistência social: manutenção de serviços de assistência social estadual. Na área da administração fazendária: manter um núcleo de atendimento aos contribuintes; ceder pessoal e manter os serviços estaduais e do Governo federal de agências, postos, delegacias e exatorias. Na área da agricultura: manter a unidade municipal de cadastramento; manter o serviço de extensão rural; manter os serviços de polícia florestal e do horto estadual. Na área das comunicações: manter o serviço de correios e telégrafos; manter o posto telefônico.
19 Na área do judiciário: manter o Fórum; manter os serviços da justiça eleitoral e dos cartórios; manter os serviços de defesa do consumidor; manter os serviços de juizados especiais (juizado de menores, juizado de pequenas causas, vara da infância e da juventude); manter os serviços de defensoria pública; manter os serviços de promotoria de justiça; dar suporte à manutenção do pessoal do judiciário. Na área da segurança pública: manter a junta de alistamento militar e o tiro de guerra; auxiliar na manutenção da polícia militar; auxiliar na manutenção da polícia civil; auxiliar na manutenção do corpo de bombeiros; auxiliar na manutenção de delegacias especiais (entorpecentes, idoso, meio ambiente, mulher); auxiliar na manutenção do instituto médico legal; auxiliar na manutenção da polícia rodoviária. manter guardas municipais em serviços de segurança pública Na área do trabalho e da previdência: auxiliar na manutenção de órgãos do setor (delegacia, secretaria, posto): auxiliar na manutenção do Serviço Nacional de Emprego; auxiliar na manutenção do Tribunal Regional do Trabalho; expedir cartas de trabalho. Na área de transporte e trânsito: auxiliar na manutenção dos departamentos e circunscrições de trânsito; manutenção de estradas federais e estaduais; manutenção de aeroportos.
20 Mais detalhes a respeito do trabalho elaborado pela Transparência Municipal sobre as despesas municipais com os serviços dos Estados e da União, pode ser encontrado no Observatório de Informações Municipais, clicando em estudos. Medidas de médio e longo prazos Em eventos e em entrevista que se encontra na seção de "artigos" do Observatório de Informações Municipais, sob o título "Crise dá tom ao início dos mandatos nas Prefeituras", já se fazia uma advertência quanto ao muito provável cenário desfavorável e que a recomendação era de "precaução, precaução e mais precaução" com as despesas em início de mandato, principalmente aquelas que diziam respeito aos compromissos de campanha. As possíveis medidas de atenuamento da crise financeira que se abate sobre os Municípios seriam: 1) Emenda à Constituição para liberação do adicional de 1% do FPM antes do dia 10 de dezembro ou mesmo, em caráter emergencial, permitindo a liberação mensal até a normalização do repasse do FPM; 2) Lei (ou Medida Provisória inicial) compensando os Municípios pelas perdas com as renúncias fiscais promovidas pelo governo federal com o Imposto de Renda e com o Imposto sobre Produtos Industrializados; 3) Lei (ou Medida provisória inicial) aumentando os valores por habitante/ano do Piso de Atenção Básica (PAB); 4) Lei (ou medida Provisória inicial) aumentando os valores por aluno referentes à merenda escolar; 5) Lei (ou Medida Provisória inicial) revendo os coeficientes do FUNDEB, com vistas a reduzir os prejuízos imputados aos Municípios com a manutenção do ensino infantil e de jovens e adultos; e 6) Lei (ou medida Provisória inicial) aumentando os valores referentes ao ressarcimento dos procedimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde. Este conjunto de medidas poderia aliviar significativamente as finanças dos Municípios, que são os entes governamentais que têm a menor participação na repartição federativa dos recursos e que são aqueles que estão mais próximos da população.
21 REIVINDICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS No entendimento do autor seria injusto penalizar os agentes políticos por um déficit fiscal provocado por despesas efetuadas com a manutenção de serviços de competência da União e dos Estados. A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe em seu artigo 62 que os Municípios somente contribuirão para o custeio de competências de outros entes da Federação se houver autorização em suas Leis de Diretrizes Orçamentárias e previsão nos seus orçamentos, além de um convênio, acordo, ajuste ou congênere entre as partes. Considerando-se que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece uma série de rígidos dispositivos, fica parecendo que o artigo 62 segue uma outra trajetória, abrindo brechas que possibilitam a fuga da responsabilidade dos Estados e da União na prestação dos serviços de sua competência, vez que é por demais sabido que o Município acaba sendo pressionado e forçado a efetuar estes gastos, pois se não os fizer, a população acabará ficando sem estes serviços. Ou seja, a Lei de Responsabilidade Fiscal não sanou os vícios do passado e os ratificou. Nestes casos, os Prefeitos já sabem que as pressões virão de dois lados: da população que se vê privada do serviço e do ente federado que se exime da sua responsabilidade. A luta municipalista Em junho de 2009 a Associação Brasileira de Municípios (ABM) apresentou numa reunião do Comitê de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República uma proposta, fundamentada em estudos da Associação Transparência Municipal e de parecer jurídico do advogado Antônio Sérgio Baptista, que exerce a função de coordenador jurídico da Associação Paulista de Municípios.
22 A proposta introduz dispositivos ao artigo 62 da Lei Complementar nº 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que as despesas efetuadas pelos Municípios efetuadas através de convênios, acordos, ajustes ou congêneres, contenham previsão de custos e a origem destes recursos, de acordo com o artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que haja previsão de custeio de no mínimo 80% das despesas a serem assumidas pelo Município, por parte da União ou do Estado. Esta proposta representa um vigoroso passo em direção à construção de um novo pacto federativo, que defina as competências de cada ente da federação e que efetue a justa repartição de recursos para o custeio dos serviços e ações de cada ente governamental. CONCLUSÃO Poderia haver quem considerasse como normal que os Municípios assumissem essas despesas que são de competência dos Estados e da União, até alegando que sua cobertura se daria com os recursos que recebem através das transferências constitucionais. Somente que essas transferências constitucionais são recursos que pertencem aos Municípios, para que os utilize, com autonomia, na cobertura das suas despesas e não para que venha a comprometê-los com despesas de outras esferas de Governo. A admissão de que o comprometimento dos recursos municipais fosse normal, seria o mesmo que admitir a possibilidade de comprometimento integral dos recursos do FPM, do ICMS e das demais transferências constitucionais. A necessidade de observância por parte de todos os entes federados dos limites de gastos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, torna evidente que cada qual deveria assumir integralmente suas obrigações, inclusive dos serviços de sua competência, que são colocados sob a responsabilidade dos Municípios, devendo, pois, ser contabilizados à conta do ente federado por ela responsável. Sabe-se que nem sempre os Municípios mantém convênios com os demais entes não apenas para auxiliar na manutenção desses serviços, mas porque, se não o fizerem, esses serviços deixarão de ser prestados à comunidade. Além do mais, não seria nenhum absurdo remunerar os Municípios pela prestação desses serviços, pelo simples fato de que, por estarem mais próximos da população a ser atendida, o fazem melhor e a um menor custo.
23 Na opinião do autor, caso os Municípios venham a ser forçados a cortar os gastos que efetuam com os serviços de competência da União e dos Estados, para se adequarem aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, não se sabe exatamente a extensão dos efeitos que adviriam dessa medida. Nesse caso corre-se o risco de enfraquecer e/ou até desestruturar o equilíbrio da Federação, pois é sabido que tanto a União quanto os Estados não estarão em condições de manter esses serviços em todo o Território Nacional. Se os Municípios continuarem a assumir os encargos das demais esferas de Governo, sem que seja efetuada a correspondente compensação financeira, não resta dúvida de que acabará por comprometer a qualidade dos seus serviços oferecidos à população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Finanças municipais dados contábeis dos municípios. Brasília, STN, (meio eletrônico) Ministério do Planejamento, Organização e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativa de população. Rio de Janeiro, IBGE / MPOG,. (meio eletrônico). BREMAEKER, François E. J. de. As finanças municipais em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, p. (Estudo técnico, 88) As receitas tributárias municipais em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, p. (Estudo técnico, 89) Despesas municipais com serviços, ações e programas de competência dos Estados e da União em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, p. (Estudo técnico, 87).
24 ANEXO O quadro a seguir apresenta valores estimados dos gastos municipais realizados na manutenção de serviços, ações e programas de responsabilidade do Estado e do Governo federal. Os valores são calculados a partir de participações encontradas em levantamento realizado em anos anteriores. Estes valores são indicativos, devendo ser recalculados pelos Municípios a partir de levantamento específico, devendo ser remetido por meio eletrônico à Associação Transparência Municipal. Os Municípios que aparecem em negrito não constam da base de dados da Secretaria do Tesouro Nacional, tendo seus dados estimados a partir de parâmetros relacionados à média do grupo de habitantes e proporcional a sua população.
25 DESPESAS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS E DO GOVERNO FEDERAL EM ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Abaíra Abaré Acajutiba Adustina Água Fria Aiquara Alagoinhas Alcobaça Almadina Amargosa Amélia Rodrigues América Dourada Anagé Andaraí Andorinha Angical Anguera Antas Antônio Cardoso Antônio Gonçalves Aporá Apuarema Araças Aracatu Araci Aramari Arataca Aratuípe Aurelino Leal Baianópolis Baixa Grande Banzaê Barra Barra da Estiva Barra do Choça Barra do Mendes Barra do Rocha Barreiras
26 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Barro Alto Barro Preto Barrocas Belmonte Belo Campo Biritinga Boa Nova Boa Vista do Tupim Bom Jesus da Lapa Bom Jesus da Serra Boninal Bonito Boquira Botuporã Brejões Brejolândia Brotas de Macaúbas Brumado Buerarema Buritirama Caatiba Cabaceiras do Paraguaçu Cachoeira Caculé Caém Caetanos Caetité Cafarnaum Cairu Caldeirão Grande Camacan Camaçari Camamu Campo Alegre de Lourdes Campo Formoso Canápolis Canarana Canavieiras Candeal Candeias Candiba Cândido Sales Cansanção
27 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Canudos Capela do Alto Alegre Capim Grosso Caraíbas Caravelas Cardeal da Silva Carinhanha Casa Nova Castro Alves Catolândia Catu Caturama Central Chorrochó Cícero Dantas Cipó Coaraci Cocos Conceição da Feira Conceição do Almeida Conceição do Coité Conceição do Jacuípe Conde Condeúba Contendas do Sincorá Coração de Maria Cordeiros Coribe Coronel João Sá Correntina Cotegipe Cravolândia Crisópolis Cristópolis Cruz das Almas Curaçá Dário Meira Dias d'ávila Dom Basílio Dom Macedo Costa Elísio Medrado Encruzilhada
28 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Entre Rios Érico Cardoso Esplanada Euclides da Cunha Eunápolis Fátima Feira da Mata Feira de Santana Filadélfia Firmino Alves Floresta Azul Formosa do Rio Preto Gandu Gavião Gentio do Ouro Glória Gongogi Governador Mangabeira Guajeru Guanambi Guaratinga Heliópolis Iaçu Ibiassucê Ibicaraí Ibicoara Ibicuí Ibipeba Ibipitanga Ibiquera Ibirapitanga Ibirapuã Ibirataia Ibitiara Ibititá Ibotirama Ichu Igaporã Igrapiúna Iguaí Ilhéus Inhambupe Ipecaetá
29 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Ipiaú Ipirá Ipupiara Irajuba Iramaia Iraquara Irará Irecê Itabela Itaberaba Itabuna Itacaré Itaeté Itagi Itagibá Itagimirim Itaguaçu da Bahia Itaju do Colônia Itajuípe Itamaraju Itamari Itambé Itanagra Itanhém Itaparica Itapé Itapebi Itapetinga Itapicuru Itapitanga Itaquara Itarantim Itatim Itiruçu Itiúba Itororó Ituaçu Ituberá Iuiú Jaborandi Jacaraci Jacobina Jaguaquara
30 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Jaguarari Jaguaripe Jandaíra Jequié Jeremoabo Jiquiriçá Jitaúna João Dourado Juazeiro Jucuruçu Jussara Jussari Jussiape Lafaiete Coutinho Lagoa Real Laje Lajedão Lajedinho Lajedo do Tabocal Lamarão Lapão Lauro de Freitas Lençóis Licínio de Almeida Livramento de Nossa Senhora Luís Eduardo Magalhães Macajuba Macarani Macaúbas Macururé Madre de Deus Maetinga Maiquinique Mairi Malhada Malhada de Pedras Manoel Vitorino Mansidão Maracás Maragogipe Maraú Marcionílio Souza Mascote
31 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Mata de São João Matina Medeiros Neto Miguel Calmon Milagres Mirangaba Mirante Monte Santo Morpará Morro do Chapéu Mortugaba Mucugê Mucuri Mulungu do Morro Mundo Novo Muniz Ferreira Muquém de São Francisco Muritiba Mutuípe Nazaré Nilo Peçanha Nordestina Nova Canaã Nova Fátima Nova Ibiá Nova Itarana Nova Redenção Nova Soure Nova Viçosa Novo Horizonte Novo Triunfo Olindina Oliveira dos Brejinhos Ouriçangas Ourolândia Palmas de Monte Alto Palmeiras Paramirim Paratinga Paripiranga Pau Brasil Paulo Afonso Pé de Serra
32 MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Pedrão Pedro Alexandre Piatã Pilão Arcado Pindaí Pindobaçu Pintadas Piraí do Norte Piripá Piritiba Planaltino Planalto Poções Pojuca Ponto Novo Porto Seguro Potiraguá Prado Presidente Dutra Presidente Jânio Quadros Presidente Tancredo Neves Queimadas Quijingue Quixabeira Rafael Jambeiro Remanso Retirolândia Riachão das Neves Riachão do Jacuípe Riacho de Santana Ribeira do Amparo Ribeira do Pombal Ribeirão do Largo Rio de Contas Rio do Antônio Rio do Pires Rio Real Rodelas Ruy Barbosa Salinas da Margarida Salvador Santa Bárbara Santa Brígida
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