CONCURSO PLUG UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS INFRA-ESTRUTURAS EXISTENTES E DAS REDES DE NOVA GERAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONCURSO PLUG UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS INFRA-ESTRUTURAS EXISTENTES E DAS REDES DE NOVA GERAÇÃO"

Transcrição

1 CONCURSO PLUG UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS INFRA-ESTRUTURAS EXISTENTES E DAS REDES DE NOVA GERAÇÃO Autores: João Manuel Penteado Gonçalves Maria Cristina Rodrigues de Aguiar Pires Paulo Alexandre dos Santos Goulart

2 0. SUMÁRIO EXECUTIVO Os desenvolvimentos associados às designadas redes de nova geração NGN ( Next Generation Network ) têm suscitado um elevado interesse por parte dos agentes do mercados de comunicações electrónicas, tanto a nível nacional como europeu, sendo uma área que se pode considerar emergente, em que não existe ainda uma harmonização, quer tecnológica, quer regulatória, ou até de estratégia comercial por parte dos principais intervenientes nos mercados. Parece assim importante iniciar uma discussão mais aprofundada deste tema, com um foco particular nas medidas regulatórias associadas a garantir a utilização eficiente das infra-estruturas existentes e das redes de nova geração. Neste âmbito, analisam-se de um modo integrado e em várias vertentes, os desenvolvimentos que estão a e irão ocorrer ao nível das novas redes (fixas) de comunicações electrónicas, qual o seu impacto no mercado e perspectivar a necessidade de uma abordagem regulatória focada num conjunto alargado de questões: (i) a necessidade de eliminar/minimizar barreiras à entrada, nomeadamente ao nível da infraestrutura passiva (ii) manter, no mínimo, as condições concorrenciais (garantindo a continuidade das ofertas de referência), e (iii) introduzir novas obrigações, como um eventual acesso à rede de fibra óptica. Defende-se que o regulador nacional a ANACOM deverá analisar os desenvolvimentos das NGN tanto a nível nacional como comunitário, na procura de uma abordagem regulatória coerente e consistente, procurando estimular o investimento eficiente e inovador nas infra-estruturas de rede óptica e, simultaneamente, manter e até estimular o ambiente concorrencial (já) criado com o desenvolvimento da oferta do lacete local. Também do lado dos cidadãos utilizadores e da evolução das suas necessidades, há que assegurar que aquando da migração de redes e serviços não ocorram disrupções na prestação dos serviços. Releva-se assim que a utilização eficiente das infra-estruturas já existentes constitui um aspecto determinante com vista a que sejam ultrapassadas determinadas dificuldades com que se deparam as entidades, nomeadamente em investir em redes (ópticas) de modo economicamente eficiente. A sua concretização passa pela promoção e verificação das condições de acesso à infra-estrutura passiva, incluindo condutas do operador histórico e, se viável, às condutas de outras entidades públicas, bem como a revisão do regime de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios e harmonização de procedimentos ao nível do licenciamento camarário, desempenhando nestes aspectos o Estado um papel determinante. Se é importante garantir o acesso e a utilização eficiente das actuais infra-estruturas, assume cada vez maior importância a definição de medidas que possibilitem garantir um investimento eficiente e sustentável em redes de nova geração, aspecto sobre o qual se pretende apresentar um contributo para o debate. Deste modo, a implementação de uma rede de fibra óptica nacional única resultante da convergência de esforços poderá ser uma solução eficiente e economicamente sólida no quadro da actual conjuntura desfavorável. 1

3 1. INTRODUÇÃO As NGN são redes de comutação por pacotes suportadas em fibra óptica, possibilitando uma mobilidade generalizada, capazes de prestar consistentemente serviços de comunicações electrónicas com uma qualidade de serviço garantida e nas quais a gestão da rede é independente da gestão dos serviços. Abrangem diversas tecnologias fixas e móveis e facilitam a operação das redes. Porém, dado o seu enorme potencial de disponibilização ao consumidor final de larguras de banda para acesso à Internet muito superiores às permitidas actualmente, é sobre a utilização da fibra óptica nas redes fixas que o debate se tem centrado também a nível internacional, sendo certo que a utilização de fibra óptica terá naturalmente um papel muito importante no desenvolvimento das NGN, sejam elas fixas ou móveis. Em particular, o objectivo de colocar fibra (banda muito larga) ao alcance de todos os cidadãos e de todas as organizações tem de ser confrontado com a situação existente e com uma perspectiva consistente de desenvolvimento de modelos de negócios. Por isso, a implantação de rede de fibra óptica no terreno vai, atenta a natureza das infra-estruturas e ofertas existentes e as condições regulatórias, colidir com as actuais condições de prestação dos serviços de comunicações electrónicas e, em particular, da banda larga, por parte dos operadores alternativos, que apareceram na sequência da liberalização e a quem se sinalizou a possibilidade de competir, em condições tendentes para um level playing field nos mercados das comunicações electrónicas. Há investimentos recentes, designadamente os ligados à desagregação do lacete local, que estão ainda em desenvolvimento e em curto período de vida e que podem ser postos em causa pelo desenvolvimento das redes de fibra óptica. É de salientar que os potenciais efeitos negativos incidirão principalmente nos que mais subiram na escada de investimento do que aqueles que optaram por vias mais leves de inserção no mercado. Ainda do lado da oferta, há que ter em conta as alternativas de fornecimento de banda larga já existentes, bem como as suas perspectivas de desenvolvimento natural, por vezes ampliado com incentivos resultantes de decisões políticas. Neste âmbito, importa notar: i) O notável desenvolvimento da banda larga móvel em Portugal (que ocupa os primeiros lugares do ranking ), configurando uma alternativa muito versátil de utilização, vislumbrando-se a integração das Next Generation Mobile Networks e convergência em redes inter operáveis. ii) iii) Uma presença muito significativa da banda larga através do cabo coaxial, com um potencial de crescimento a curto prazo da mesma, através de soluções híbridas. O lançamento da TDT em Portugal e, em particular, o pay-tv via TDT cuja viabilidade, poderá ser posta em causa face a uma rápida difusão das redes de fibra óptica. Tendo em atenção a perspectiva dinâmica de implantação das NGN, bem como o seu ajustamento às necessidades, há que garantir um balanceamento apropriado entre investimento em novos recursos e os já existente, visando prevenir ineficiências, excessos de capacidade (i.e., um desperdício de recursos) e, consequentemente, uma inadequada rendibilidade dos investimentos (a menos que protegidos, pagando, então, o consumidor pelas ineficiências assinaladas). 2

4 2. EXPOSIÇÃO 2.1 As novas redes de acesso (NRA) O desenvolvimento de raiz de uma NRA será sempre uma barreira relevante para a entrada dos operadores no mercado de banda extremamente larga, mesmo num ambiente NGN, o que parece consistente com os desenvolvimentos que estão ocorrer ao nível das redes de transporte/ core, isto é, onde as barreiras não serão tão amplas ou tão evidentes. A informação disponível a nível europeu indica que, mesmo dentro de um dado país, haverá diferentes implementações técnicas, FTTCab/FTTN 1 ou FTTH 2, dependendo das condições específicas em cada área, nomeadamente das condições concorrenciais e na procura de novos serviços, do custo da construção de infra-estruturas (e.g. ausência de acesso às condutas) ou das próprias limitações na rede de acesso (e.g. longos lacetes) barreiras horizontais. Neste contexto, ganha especial relevância a possibilidade de utilização da vasta rede de condutas existente (incluindo possivelmente a de outras entidades públicas e privadas) para a expansão da fibra na direcção do utilizador final. Note-se que, a este nível, a escala (da infra-estrutura) continua a ser crítica para o sucesso, quer para o operador histórico, quer para os operadores alternativos, nomeadamente face ao futuro desenvolvimento das NRA. Assim, a eventual convergência de esforços no sentido do desenvolvimento de uma rede de fibra óptica nacional única poderá ser uma solução eficiente e economicamente sustentável no quadro da actual conjuntura adversa. No caso das soluções FTTH, há que atender a uma possível barreira barreira vertical no acesso ao edifício/casa do cliente, i.e., o acesso ao sistema de cablagens do edifício para instalação de fibra e instalação de novas tomadas ópticas dentro da habitação. 2.2 O acesso à infra-estrutura passiva No que respeita à utilização das infra-estruturas existentes, releve-se: O contrato de concessão do serviço público de telecomunicações, que garante o acesso às funcionalidades da rede básica de telecomunicações, incluindo o acesso às condutas (nos termos do art. 7º das Bases da Concessão aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 31/2003, de 17 de Fevereiro 3 ) 4 ; A Lei nº 5/2004, de 10 de Fevereiro 5 que consagra, no n.º 1 do art.º 26, a obrigação de disponibilização, por parte da PT Comunicações (PTC), do acesso a condutas, postes e outras instalações e locais de que seja proprietária ou cuja gestão lhe incumba 6 ; 1 Fibra até ao armário de rua ou até ao (último) nó de rede. 2 Fibra até casa Estando a PTC obrigada a elaborar e manter actualizado um inventário do património afecto à concessão, o qual deve ser enviado anualmente a ANACOM, tendo essa obrigação sido reafirmada no artº 19º do Decº-Lei nº 31/2003, de 17 de Fevereiro O artº 26º, nº 4 da mesma Lei estabelece ainda a obrigação de a concessionária disponibilizar uma oferta de acesso às condutas, da qual devem constar as condições de acesso e utilização. 3

5 O Decreto-Lei nº 68/2005 7, de 15 de Março, que estabelece o regime jurídico de construção, gestão e acesso às infra-estruturas (em especial às condutas), instaladas no domínio público do Estado para alojamento de redes de comunicações. Face ao ordenamento existente, a ANACOM considerou que a implementação efectiva e atempada de uma oferta de referência de acesso a condutas (ORAC) poderia constituir um instrumento essencial para a promoção de condições de concorrência e desenvolvimento no mercado das comunicações, assegurando que o investimento em condutas e infra-estrutura associada é compatível com critérios de eficiência económica, evitando a duplicação ineficiente de recursos e minimizando os inconvenientes para os cidadãos e actividades económicas resultantes da realização frequente e extensa de obras no solo e subsolo, com consequentes perturbações ao nível do tráfego e do planeamento do território, além das repercussões de ordem ambiental. Neste sentido, a ANACOM fixou os princípios e condições gerais a que devem obedecer o acesso e a utilização de condutas e infra-estrutura associada da PTC, a qual deve respeitar os princípios da transparência, não discriminação e orientação dos preços para os custos 8. O regulador manteve ainda a obrigatoriedade desta empresa proceder à construção, manutenção e actualização de uma base de dados que disponibilize informação descritiva das condutas e infra-estrutura associada, nomeadamente informação sobre dimensões, volume ocupado e espaço em condutas 9. Com vista a permitir a operacionalização da ORAC 10, a ANACOM fixou ainda outras obrigações, destacando-se, em particular, as seguintes: (i) possibilidade de realização de trabalhos nas condutas por funcionários das beneficiárias da oferta ou empresas subcontratadas; (ii) dever da PTC deixar livre, em cada traçado, uma área correspondente, no mínimo, a 20% da área interna de cada conduta; e (iii) especificação e condicionamento dos espaços reservados para operações de manutenção e restringidos os critérios de fundamentação de inviabilidade de remoção de cabos mortos 11. Refira-se que a ORAC encontra-se em operação efectiva desde meados de 2006, tendo desde logo suscitado o interesse de vários agentes do mercado, tendo sido Portugal pioneiro nesta matéria a nível europeu. Também com base na experiência Portuguesa, o Grupo de Reguladores Europeu preparou um documento sobre partilha de infra-estruturas e publicou a sua Posição Comum relativa às NRA 12 que, tudo indica, foi um importante elemento a que a Comissão Europeia recorreu para produzir a proposta de Recomendação relativa às NRA, presentemente em consulta pública 13. Note-se que, face a esta nova Releve-se ainda que a ANACOM nessa mesma decisão salientou as questões associadas ao cadastro de infra-estruturas, escassez de espaço, à necessidade de impor a partilha de infra-estruturas e de reduzir o custo de capital de investimento em infraestruturas pelos operadores. 10 Verifica-se que a PTC disponibiliza assim actualmente às beneficiárias da ORAC os seguintes serviços: (i) informação sobre condutas e infra-estrutura associada; (ii) análises de viabilidade de ocupação de condutas (cuja resposta pode ou não conter indicação de rotas alternativas); (iii) ocupação de espaço por cabos das beneficiárias em condutas da PTC; (iv) acompanhamento de intervenções das beneficiárias nas condutas. 11 A PTC tem também a obrigação de fundamentar e informar desde logo a ANACOM de qualquer espaço que considere necessário ao desenvolvimento futuro dos serviços concessionados. 12 Vide 13 Vide 4

6 Recomendação, se prevê que nos restantes países europeus venham também a ser implementadas ofertas de referência de acesso às condutas. Mas, se por um lado, Portugal foi pioneiro na promoção de um quadro claro e no estabelecimento de obrigações precisas para que o acesso às condutas seja hoje uma realidade, importa também assegurar um quadro claro e apropriado para o investimento em redes de nova geração. Assim, e apesar de a ORAC facilitar a instalação de fibra óptica, parecem subsistir ainda importantes questões que se colocam ao regulador, nomeadamente aspectos de índole operacional que poderão ser melhorados e que requerem um elevado nível de transparência (na troca de informação) e coordenação entre todos os interessados, operador histórico e os operadores beneficiários/concorrentes, como: o aumento da transparência no processo de determinação de viabilidade técnica, e.g., a informação sobre o espaço disponível nas condutas e a sua própria existência em determinadas zonas (e.g. em zonas mais antigas ou greenfield); a possibilidade futura de utilizar também os postes, nomeadamente em zonas mais remotas (e não cobertas por condutas); a melhoria da interface entre os operadores alternativos e o operador histórico; a retirada de cabos mortos das condutas; ou melhores tempos de resposta aos diversos pedidos. Outros problemas poderão ocorrer devido à falta de harmonização dos processos municipais de autorização de construção de condutas e à sua morosidade. Considera-se que a resolução desses problemas, a par do co-investimento dos municípios no desenvolvimento de infra-estrutura passiva, constituiria um incentivo para a passagem de fibra óptica. A maior barreira percebida numa implementação de média escala seria a disponibilidade de espaço em condutas, a qual é critica, para o desenvolvimento de soluções FTTx. Neste contexto, em caso de falta de espaço em condutas, poder-se-ia prever uma solução baseada na partilha de fibra óptica entre operadores, permitindo que qualquer operador possa oferecer os seus serviços NRA. Poderia, adicionalmente, equacionar-se a criação de uma oferta grossista de fibra com preços regulados. Neste âmbito, poderia ser analisada a possibilidade de se impor, em acréscimo à obrigação de acesso a condutas, o acesso a fibra óptica escura, nomeadamente nas situações em que aquele acesso não é possível por razões de capacidade ou viabilidade económica, bem como a possibilidade de desagregar os lacetes em fibra óptica. Por outro lado, para soluções FTTCab/FTTN, a oferta de espaço e infra-estrutura para a co-instalação de equipamentos a nível do armário de rua deveriam também ser analisadas no âmbito da ORALL, oferta que prevê, em termos gerais, a desagregação do sub-lacete local (em cobre). A reflexão sobre estas temáticas deve ser desenvolvida no quadro das análises de mercado de acesso, incluindo uma caracterização detalhada das obrigações regulatórias a cumprir. Vide a este propósito, as 5

7 obrigações propostas pelo regulador no sentido provável de decisão de 26 de Junho de relativo à análise do mercado 4 15 : Possibilidade de impor obrigações de acesso a fibra óptica, na sequência da evolução para redes de acesso de próxima geração, mediante decisão específica. Acesso aos lacetes e sub-lacetes locais e aos recursos conexos (incluindo co-instalação nos MDF e nos armários de rua, transporte de sinal e acesso a condutas) O papel do Estado e as barreiras ao acesso a infra estruturas Historicamente, a procura, o investimento e o desenvolvimento de serviços e infra-estruturas nas zonas rurais tem sido bastante inferior ao das zonas urbanas e de maior densidade populacional/empresarial. Com efeito, este parece ser um problema estrutural, que ocorre também a nível europeu, cabendo aos governos (e administrações regionais ou locais) e aos reguladores procurar reduzir estas barreiras entre info-incluídos e info-excluídos, nomeadamente promovendo a concorrência ao nível das infraestruturas e no acesso às redes, especialmente nas áreas menos desenvolvidas do país, e garantido a não-discriminação na oferta de produtos e serviços, quer a nível grossista quer retalhista. À partida, é possível equacionar ainda outro tipo de intervenção das autoridades públicas, no sentido de facilitar o investimento em áreas mais desfavorecidas e/ou remotas, quer seja através de alterações legais/regulamentares, quer por actuação ao nível dos Municípios, de modo a garantir um acesso mais fácil e não-discriminatório às infra-estruturas básicas de suporte às redes de comunicações, especialmente o acesso a todo o tipo de condutas isto é, às condutas e postes de outras entidades (e.g. utilities ), das câmaras municipais, do(s) metropolitano(s),ou até à utilização das canalizações de águas residuais (e.g. para passagem de cabos ópticos) e a espaços para a (co)instalação dos equipamentos necessários para a operação das redes dos operadores. Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2008, de 30 de Julho, o Governo definiu como prioridade estratégica para o país a promoção do investimento em Redes de Nova Geração e aprovou as orientações estratégicas para o desenvolvimento e investimento nestas redes, suportadas nomeadamente em fibra óptica. De modo a facilitar as estratégias de investimento dos operadores, contribuindo para a dinamização da economia nacional e para o bem-estar das populações, o Governo entendeu dever-se promover a atenuação ou eliminação dos obstáculos à instalação de redes, a par da eliminação das barreiras ao acesso às infra-estruturas já existentes. Os encargos com a construção de condutas constituem uma parte muito significativa dos investimentos em redes suportadas em fibra óptica, pelo que o Governo pretende tomar medidas, legislativas ou de outra natureza, necessárias à garantia do acesso, em condições de igualdade, por parte de todos os Definição do mercado do produto e mercados geográficos, avaliação de poder de mercado significativo (PMS) e imposição, manutenção, alteração ou supressão de obrigações regulamentares em relação ao mercado de fornecimento grossista de acesso (físico) à infra-estrutura de rede num local fixo (mercado 4 da Recomendação da Comissão 2007/879/CE, de 17 de Dezembro de 2007). 6

8 operadores, às redes de condutas, postes e outras instalações relevantes, de quaisquer entidades detentoras daquelas infra-estruturas, independentemente de essas entidades operarem em sectores diversos do das comunicações electrónicas. Pretende o Governo também vir a tomar medidas que contribuam para remover os obstáculos existentes à construção de condutas, de modo a promover condições para que todos os operadores possam investir em redes inovadoras. Foi neste contexto que o Governo incumbiu a ANACOM (que detém competências de coadjuvação ao Governo, além das regulação, supervisão e fiscalização) de identificar as barreiras que actualmente condicionam o acesso a condutas e outras infra-estruturas detidas por entidades situadas na área da administração pública, bem como de identificar as actuais barreiras à construção de condutas. Entende-se que a existência de uma maior certeza quanto à possibilidade técnica de utilização destas infra-estruturas, i.e., o conhecimento, de uma forma integrada, sobre as suas características, nomeadamente, se têm capacidade técnica ou de espaço ou de capilaridade, é importante para que se possa avaliar a sua viabilidade como alternativa (ou como complemento) real à rede de condutas hoje detida pelo operador histórico. Note-se que o acesso a infra-estrutura outras entidades (não operadores) não estará sujeito à tutela da ANACOM, pelo que, em qualquer caso, caberá ao Governo decidir sobre eventuais alterações legislativas nesta matéria. Já a utilização das condutas interiores dos edifícios está fora da alçada da ORAC, estando actualmente regulamentada pelo recente regime ITED. Contudo, como é sabido, a esmagadora maioria dos edifícios em Portugal não apresenta as características e capacidades introduzidas por este regime, pelo que se pode considerar que existirão barreiras físicas/administrativas ao acesso às casas dos clientes por parte de operadores que queiram implementar soluções do tipo FTTH, porque não existem condutas internas (ou espaço nas existentes) ou autorização por parte do condomínio/município para a instalação das mesmas (ou de cabos adicionais). Em todo o caso, deve ser evitado todo e qualquer acordo de exclusividade (e/ou ocupação total de infraestruturas) especialmente no acesso aos edifícios, o que impediria desde logo que outros operadores interessados pudessem oferecer os seus produtos a esses potenciais (novos) clientes. Isto é, deve-se evitar a constituição de micro-monopólios, à escala do edifício. Esta matéria deverá, pois, ser alvo de alterações legislativas, também no seguimento da referida Resolução do Conselho de Ministros. 3. A abordagem regulatória À partida, existirão áreas fundamentais que devem merecer a atenção da ANACOM e sobre as quais deveria ser definida uma abordagem regulatória coerente e consistente, procurando manter e até estimular ainda mais a concorrência, assegurando certeza para os agentes de mercado. Neste sentido, e genericamente, em primeiro lugar, julga-se que deverão ser realizadas as análises de mercado relativas 7

9 aos mercados relevantes de acesso 16, identificando-se as redes disponíveis no acesso local, respectivo desenvolvimento e situação concorrencial. Deve assim ser efectuada uma avaliação às alterações, implicações e possíveis soluções regulatórias na evolução para as NGN/NRA, com vista a uma intervenção mínima por parte do regulador e à imposição de obrigações adequadas face ao problemas identificados, proporcionais e justificadas à luz dos objectivos básicos consagrados no Artigo 5.º da LCE 17. Reconhece-se ainda que a evolução para as NRA poderá ter um impacto significativo nas decisões de investimento e na viabilidade das ofertas dos operadores que suportam os seus serviços na rede de acesso do operador histórico, nomeadamente ao recorrerem à OLL. O regulador tem, assim, a responsabilidade e o dever de assegurar que os investimentos efectuados pelo operador histórico não colocam em causa a concorrência, nomeadamente ao dificultar o acesso (actualmente) disponibilizado aos concorrentes à sua rede. Para tal, deve o regulador assegurar, nomeadamente, a inexistência de discriminação no tratamento das empresas e de distorções ou entraves à concorrência no sector das comunicações electrónicas, e promover a inovação e encorajar investimentos eficientes e duradouros em infra-estruturas (i.e., com a máxima segurança e previsibilidade), mas tendo em conta que há que promover também a inovação e novos serviços, e inclusão social e a redução da clivagem digital. 4. Conclusões No mercado das comunicações electrónicas, em Portugal e na Europa, assiste-se a um crescente interesse e intenção em investir nas novas redes (de acesso), sendo importante desenvolver-se desde já a discussão sobre um enquadramento regulamentar consistente, claro e adequado, que incentive todos os operadores a investir em novas redes com a máxima segurança e previsibilidade. Deve assim a ANACOM assegurar uma abordagem regulatória às NRA coerente e consistente com os objectivos de regulação consagrados na lei, nomeadamente, a promoção da concorrência de um modo sustentável e o incentivo ao desenvolvimento de serviços inovadores, diversificados e com qualidade, garantindo assim a defesa dos interesses dos utilizadores. Neste contexto, e face aos (novos) desafios regulatórios, e para promover a concorrência e permitir aos operadores tomar melhores e mais informadas decisões de investimento, é fundamental que o Estado e o regulador criem de base condições transparentes, não discriminatórias e promotoras de um investimento e de um acesso generalizado às NGN/NRA. Por um lado, caberá ao Estado proceder a alterações legislativas no sentido de harmonizar procedimentos e regulamentação aplicável a infra-estrutura passiva no domínio público, incluindo infra- 16 Nesse âmbito, parece importante analisar questões com: (i) Como estimular (e defender) a concorrência ao nível das infraestruturas de rede? (ii) Como deve evoluir a actual oferta de desagregação do lacete, por forma a acomodar as alterações na rede de acesso, garantindo simultaneamente que os investimentos já realizados pelos beneficiários não são prejudicados? ou (iii) Diferentes condições (físicas e/ou concorrências) em diferentes áreas geográficas devem implicar uma regulação diferenciada nessas áreas? 17 Nos termos do Artigo 5.º da Lei das Comunicações Electrónicas (LCE), Lei n.º 5/2004, de 10 de Fevereiro, são objectivos da ANACOM contribuir para o desenvolvimento do mercado interno da União Europeia, promover a concorrência na oferta de redes e serviços de comunicações electrónicas, de recursos e serviços conexos e defender os interesses dos cidadãos. 8

10 estrutura vertical nos edifícios. Releva-se ainda o seu papel na desejável redução da info-exclusão, devendo existir uma intervenção das autoridades públicas, quer no apoio directo a projectos de investimento local quer através de alterações de actuação/legais/regulamentares, no sentido de facilitar o investimento em áreas mais desfavorecidas e/ou remotas. Por outro, caberá ao regulador analisar prospectivamente os desenvolvimentos ao nível dessas redes, nomeadamente em infra-estrutura de fibra óptica, qual a sua abrangência e o seu impacto no mercado e nas ofertas grossistas de acesso, como a ORAC, ORALL ou ADSL, que poderão ser alvo de melhoramentos. Em qualquer caso, defende-se ser fundamental garantir a continuidade dos (actuais) produtos grossistas regulados, de forma a garantir, pelo menos, a manutenção das condições concorrenciais nos mercados a jusante. Ainda que o processo de análise de mercados (de acesso) seja um passo que, de acordo com o actual quadro regulatório, é imprescindível para que um regulador possa impor, manter, alterar ou suprimir qualquer obrigação a uma entidade com PMS num dado mercado (de acesso), há questões que podem e devem ser abordadas e analisadas. Desde logo, como assegurar que os investimentos em NRA, quando efectuados pelo operador histórico, não colocarão em causa a concorrência ao nível das infra-estruturas, nomeadamente ao dificultar o acesso já disponibilizado à sua rede, ou como prevenir possíveis novas barreiras, por exemplo, no acesso (vertical) ao edifício/casa dos utilizadores? À partida, uma utilização apropriada e eficiente das infra-estruturas passivas já existentes, nomeadamente a rede de condutas do operador histórico, será determinante na construção de um level playing field para todos, i.e. para este e operadores concorrentes, no desenvolvimento sustentável das NRA em Portugal. A sua concretização passa assim por garantir condições de acesso adequadas, transparentes e não discriminatórias à infra-estrutura passiva do operador histórico e, se viável, às condutas de outras entidades públicas. Acresce que, por forma a garantir que o processo de desenvolvimento das NGN/NRA prossiga critérios de eficiência e sustentabilidade económica, poderá equacionar-se a implementação de uma rede única. Relativamente a uma eventual imposição de obrigações ex-ante ao operador que decida investir fortemente em NRA (i.e., acesso em fibra para suporte de serviços de acesso em banda larga), esta deve ser uma decisão do regulador suportada numa análise (de mercado) das condições concorrenciais, tecnológicas ou outras, nos mercados relevantes de acesso, não se devendo descurar também a necessidade de se promover o investimento eficiente e a inovação. As condições regulatórias, numa perspectiva de adequada assunção de risco, não podem alhear-se da necessidade de equilíbrio das soluções, da sua transparência e da sua proporcionalidade, sem esquecer, fundamentalmente, a sua consistência dinâmica. Neste sentido, entende-se que a ANACOM deveria ter em melhor conta a Posição Comum do ERG e a proposta de Recomendação da Comissão Europeia sobre a abordagem regulatória às NRA, que incluem posições defendidas e apresentadas ao longo deste estudo. 9

Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010)

Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010) Resposta da Sonaecom Serviços de Comunicações, SA (Sonaecom) à consulta pública sobre o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências 2010 (QNAF 2010) I. Introdução O espectro radioeléctrico é um recurso

Leia mais

Situação em Portugal: A Estratégia Nacional para a Energia

Situação em Portugal: A Estratégia Nacional para a Energia Situação em Portugal: A Estratégia Nacional para a Energia No âmbito da Estratégia Nacional para a Energia, aprovada no passado mês de Outubro, foram agora publicados os diplomas que estabelecem os novos

Leia mais

01. Missão, Visão e Valores

01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 06 Missão, Visão e Valores Missão A missão do ICP-ANACOM reflecte a sua razão de ser, concretizada nas actividades que oferece à sociedade para satisfazer

Leia mais

(artigo 7.º (9) da Diretiva 2002/21/CE Diretiva-Quadro, alterada pela Diretiva 2009/140/CE Diretiva Legislar Melhor)

(artigo 7.º (9) da Diretiva 2002/21/CE Diretiva-Quadro, alterada pela Diretiva 2009/140/CE Diretiva Legislar Melhor) Adoção de medidas provisórias e urgentes ao abrigo do artigo 9.º da Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 51/2011, de 13 de setembro Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) relativas

Leia mais

Questões de Consulta pública sobre abordagem regulatoria às Novas Redes de Acesso (NRA).

Questões de Consulta pública sobre abordagem regulatoria às Novas Redes de Acesso (NRA). Enquadramento O Governo Regional dos Açores, como membro da CPEC, no âmbito do tema Consulta Pública sobre Redes de Nova Geração e após análise da documentação sobre o tema em Epigrafe remete a sua resposta

Leia mais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais Entendimento do ICP-ANACOM Originação de chamadas nas redes móveis nacionais I. Enquadramento Os serviços de originação de chamadas prestados pelos operadores móveis nacionais são definidos como os serviços

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM)

PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM) http://www.anacom.pt/template15.jsp?categoryid=110699 PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM) A Lei das Comunicações

Leia mais

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão REDES COMUNITÁRIAS Casos Internacionais Stokcab Municipios de Estocolmo MetroWeb Municipios de Milão BorderLight.net Municipios da Suécia / Cidade de Uppsala Utopia.net Municipios do Estado do Utah 0 O

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

APRITEL Resposta consulta NGN 20080801b.doc 2/9

APRITEL Resposta consulta NGN 20080801b.doc 2/9 Abordagem Regulatória às Novas Redes de Acesso (NRA) Posição da APRITEL 1 de Agosto de 2008 APRITEL Resposta consulta NGN 20080801b.doc 1/9 Introdução As RdGN são hoje uma realidade inquestionável. Novos

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 390/XI/1.ª SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA

PROJECTO DE LEI N.º 390/XI/1.ª SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 390/XI/1.ª SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA Exposição de motivos O acesso à internet assume hoje um papel crucial na nossa sociedade, devendo

Leia mais

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL Deliberação da Reunião Câmara Municipal de 29/11/2011 DIRECÇÃO MUNICIPAL DE URBANISMO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PLANEAMENTO URBANO DIVISÃO

Leia mais

Programas de Acção. Page 34

Programas de Acção. Page 34 Page 34 Programas de Acção P.1 Aplicação do novo quadro regulamentar às comunicações electrónicas Transposição do novo quadro regulamentar. Acompanhamento da implementação das novas estruturas organizacionais

Leia mais

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO (RECAPE) SUMÁRIO EXECUTIVO JULHO DE 2008 Inovação e Projectos em Ambiente 1 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO...

Leia mais

RESPOSTA DA ZON AO SENTIDO PROVÁVEL DE DECISÃO DO ICP-ANACOM RELATIVO À

RESPOSTA DA ZON AO SENTIDO PROVÁVEL DE DECISÃO DO ICP-ANACOM RELATIVO À RESPOSTA DA ZON AO SENTIDO PROVÁVEL DE DECISÃO DO ICP-ANACOM RELATIVO À DESIGNAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DA SUB-FAIXA DOS 790-862 MHZ PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS Na sequência

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA -

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA - PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA - 1. ENQUADRAMENTO Na sequência da consulta pública acima mencionada, promovida conjuntamente pelos reguladores português e espanhol, vem

Leia mais

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES PROCONVERGENCIA PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Abril de 2011 PROCONVERGENCIA

Leia mais

Contributo da APRITEL. 16 de Outubro de 2007. APRITEL BoasPraticasAP 20071022b.doc 1/9

Contributo da APRITEL. 16 de Outubro de 2007. APRITEL BoasPraticasAP 20071022b.doc 1/9 Aquisição de serviços na área das comunicações pela Administração Pública Ofertas de Referência Boas Práticas para a melhoria do processo e para a promoção da concorrência Contributo da APRITEL 16 de Outubro

Leia mais

TV CABO PORTUGAL, S.A.

TV CABO PORTUGAL, S.A. Alteração da decisão de 14 de maio de 2014 relativa à transmissão para a Optimus Comunicações S.A. dos direitos de utilização de números detidos pela ZON TV CABO PORTUGAL, S.A. 1. Enquadramento Em 14 de

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL COMENTÁRIOS DA FENACOOP PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR As cooperativas de consumo são, nos termos da Constituição e da Lei, entidades legítimas de representação dos interesses e direitos dos

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020 DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 REDE RURAL NACIONAL NOTA INTRODUTÓRIA O desenvolvimento das fichas de medida/ação está condicionado, nomeadamente,

Leia mais

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03 criação de empresas em espaço rural guia metodológico para criação e apropriação 0 Enquadramento 02 Justificação 02 de implementação 02 Destinatários 02 Sessões formativas 03 Módulos 03 1 e instrumentos

Leia mais

Software Livre Expectativas e realidades

Software Livre Expectativas e realidades Software Livre Expectativas e realidades Bruno Dias ( GP PCP ) Patrocinadores Principais Patrocinadores Globais Software Livre Expectativas e realidades Bruno Dias Grupo Parlamentar do PCP gp_pcp@pcp.parlamento.pt

Leia mais

DL 258/2009 de 25 de Setembro e DL 123/2009 de 21 de Maio. Mário de Freitas

DL 258/2009 de 25 de Setembro e DL 123/2009 de 21 de Maio. Mário de Freitas DL 258/2009 de 25 de Setembro e DL 123/2009 de 21 de Maio Mário de Freitas Junho de 2010 Objectivo do DL 258/2009 de 25 de Setembro e do DL 123/2009 de 21 de Maio Desenvolvimento e promoção do investimento

Leia mais

INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA

INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA 1 A regulação e a supervisão prudencial são um dos pilares essenciais para a criação de um clima

Leia mais

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva 1. INTRODUÇÃO Pretende-se com o presente trabalho, desenvolver uma rede de percursos cicláveis para todo o território do Município do Barreiro, de modo a promover a integração da bicicleta no sistema de

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 125/IX ACESSO UNIVERSAL À INTERNET EM BANDA LARGA. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 125/IX ACESSO UNIVERSAL À INTERNET EM BANDA LARGA. Exposição de motivos PROJECTO DE LEI N.º 125/IX ACESSO UNIVERSAL À INTERNET EM BANDA LARGA Exposição de motivos Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), existiam quase 4 milhões (3 912 000) de utilizadores da

Leia mais

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009 IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões Lisboa, 15 de Abril de 2009 Foi com todo o gosto e enorme interesse que aceitei o convite do Diário Económico para estar presente neste IV Fórum do sector

Leia mais

NP EN ISO 9001:2000 LISTA DE COMPROVAÇÃO

NP EN ISO 9001:2000 LISTA DE COMPROVAÇÃO NP EN ISO 9001:2000 LISTA DE COMPROVAÇÃO NIP: Nº DO RELATÓRIO: DENOMINAÇÃO DA EMPRESA: EQUIPA AUDITORA (EA): DATA DA VISITA PRÉVIA: DATA DA AUDITORIA: AUDITORIA DE: CONCESSÃO SEGUIMENTO ACOMPANHAMENTO

Leia mais

1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os

1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO NA DINAMIZAÇÃO DA ACTIVIDADE EMPRESARIAL 1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os interesses das empresas junto do poder

Leia mais

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO:: ::ENQUADRAMENTO:: :: ENQUADRAMENTO :: O actual ambiente de negócios caracteriza-se por rápidas mudanças que envolvem a esfera politica, económica, social e cultural das sociedades. A capacidade de se adaptar

Leia mais

ACREDITAMOS QUE O FUTURO É ALGO QUE CRIAMOS E NÃO ALGO QUE NOS ACONTECE.

ACREDITAMOS QUE O FUTURO É ALGO QUE CRIAMOS E NÃO ALGO QUE NOS ACONTECE. ACREDITAMOS QUE O FUTURO É ALGO QUE CRIAMOS E NÃO ALGO QUE NOS ACONTECE. A FibNet Engenharia e Telecomunicações, S.A. - surgiu no mercado das telecomunicações em 2000 como fornecedor de soluções integradas,

Leia mais

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010 Avisos do Banco de Portugal Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010 A Instrução nº 27/2003 consagrou no ordenamento jurídico nacional os procedimentos mais relevantes da Recomendação da Comissão nº 2001/193/CE,

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 300 ÍNDICE

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 300 ÍNDICE Directriz de Revisão/Auditoria 300 PLANEAMENTO Junho de 1999 ÍNDICE Parágrafos Introdução 1-4 Planeamento do Trabalho 5-8 Plano Global de Revisão / Auditoria 9-10 Programa de Revisão / Auditoria 11-12

Leia mais

Índice Descrição Valor

Índice Descrição Valor 504448064 Índice Descrição Valor 1 Missão, Objectivos e Princípios Gerais de Actuação 11 Cumprir a missão e os objectivos que lhes tenham sido determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA CADERNO FICHA 11. RECUPERAÇÃO 11.4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de âmbito mais alargado, não podendo, por isso, ser interpretado

Leia mais

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA JUSTIFICAÇÃO PARA A NÃO SUJEIÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DE SANTA CATARINA A AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA CÂMARA MUNICIPAL DE SINES DEPARTAMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL DIVISÃO DE

Leia mais

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social Enquadramento Com base numa visão estratégica de desenvolvimento social que valorize a rentabilização dos recursos técnicos e financeiros

Leia mais

A REGULAÇÃO PETROLÍFERA EM ANGOLA E O PROCESSO DE LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO 30/05/12

A REGULAÇÃO PETROLÍFERA EM ANGOLA E O PROCESSO DE LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO 30/05/12 A REGULAÇÃO PETROLÍFERA EM ANGOLA E O PROCESSO DE LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO 30/05/12 AGENDA 2 I. CONSIDERAÇÕES GERAIS II. PRINCIPAIS INSTRUMENTOS LEGAIS E CONTRATUAIS III. REGULAÇÃO DO SECTOR PETROLÍFERO

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO Novembro/2014 Índice INTRODUÇÃO... 3 Balanço da execução do plano... 4 Conclusão... 5 Recomendações... 8 REVISÃO DO

Leia mais

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, que aprova

Leia mais

AUTO-REGULAÇÃO - UMA DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS COMUNS E NORMAS DE BOAS PRATICAS DE ACTUAÇÃO

AUTO-REGULAÇÃO - UMA DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS COMUNS E NORMAS DE BOAS PRATICAS DE ACTUAÇÃO AUTO-REGULAÇÃO - UMA DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS COMUNS E NORMAS DE BOAS PRATICAS DE ACTUAÇÃO 1. A auto-regulação da publicidade é a resposta da indústria publicitária ao desafio de lidar com as questões

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS. Parecer

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS. Parecer Parecer COM(2013)627 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que estabelece medidas respeitantes ao mercado único europeu das comunicações eletrónicas e destinadas a criar um continente

Leia mais

NOTA DE ESCLARECIMENTO

NOTA DE ESCLARECIMENTO NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE NUMERAÇÃO GEOGRÁFICA EM REDES PRIVATIVAS MULTI-SITE I ENQUADRAMENTO O ICP-ANACOM ao acompanhar a evolução tecnológica e tendo sido confrontado com um pedido

Leia mais

Entidade Visada: ANACOM Autoridade Nacional de Comunicações; PT Comunicações, S.A.; EDP Distribuição de Energia, S.A.

Entidade Visada: ANACOM Autoridade Nacional de Comunicações; PT Comunicações, S.A.; EDP Distribuição de Energia, S.A. Processo: R-36/04 Entidade Visada: ANACOM Autoridade Nacional de Comunicações; PT Comunicações, S.A.; EDP Distribuição de Energia, S.A. Assunto: Ordenamento do território servidões administrativas propriedade

Leia mais

Zero Parte 1. Licenciamento

Zero Parte 1. Licenciamento Licenciamento Zero Parte 1 Departamento de Portais do Cidadão e da Empresa Sónia Lascasas Maio de 2011 O conteúdo desta apresentação é alvo de Direitos de Autor, não podendo ser utilizado fora das condições

Leia mais

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários RELATÓRIO FINAL DA CONSULTA PÚBLICA DA AGMVM SOBRE A PROPOSTA DE REFORMA DO CÓDIGO DE MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS 1. Introdução No presente documento procede-se à análise das respostas recebidas no

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Por Deliberação do Conselho de Administração de 24 de Outubro de 2002, foi constituído um Grupo de Trabalho com o seguinte mandato:

DELIBERAÇÃO. Por Deliberação do Conselho de Administração de 24 de Outubro de 2002, foi constituído um Grupo de Trabalho com o seguinte mandato: http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=208342 Deliberação de 6.12.2002 DELIBERAÇÃO I Por Deliberação do Conselho de Administração de 24 de Outubro de 2002, foi constituído um Grupo de Trabalho

Leia mais

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Gabinete do Ministro INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Gabinete do Ministro INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Eng.º Mário Lino por ocasião da Sessão REDES DE NOVA GERAÇÃO 2009 Fundação das Comunicações, 7 Janeiro 2009 (Vale

Leia mais

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA N.º 8/2010 Projecto de Orientação Técnica relativa ao desenvolvimento dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno das entidades gestoras de fundos de pensões 31

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701 Directriz de Revisão/Auditoria 701 RELATÓRIO DE AUDITORIA ELABORADO POR AUDITOR REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO ANUAL Fevereiro de 2001 ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-4 OBJECTIVO 5-6 RELATÓRIO DE AUDITORIA

Leia mais

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento)

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento) Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento) Exmo. Sr. Presidente, A Direcção da F.P.T. tem emitido, ao longo dos últimos meses, diversas Circulares, com o objectivo de ir informando,

Leia mais

Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito

Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito Câmara do Comércio, Industria e Serviços de Sotavento Praia, 16 de Julho de 2009

Leia mais

MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL

MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL MUNICÍPIO DE PORTEL CÂMARA MUNICIPAL Sistema da Industria Responsável _ SIR Projeto de alteração à Tabela de taxas e licenças municipais decorrente da aplicação do SIR _ Sistema da Industria Responsável

Leia mais

Instalações Eléctricas de Serviço Particular

Instalações Eléctricas de Serviço Particular Colégio de Engenharia Electrotécnica Instalações Eléctricas de Serviço Particular A problemática do enquadramento legal das Instalações Eléctricas de Serviço Particular tem sido objecto, ao longo do tempo,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS

REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS (Enquadramento) Conforme o disposto na Resolução do Conselho de Ministros nº. 197/97, de 18 de Novembro e no Despacho Normativo nº. 8/2, de 12 de

Leia mais

Gestão dos Níveis de Serviço

Gestão dos Níveis de Serviço A Gestão dos Níveis de Serviço (SLM) Os sistemas e tecnologias de informação e comunicação têm nas empresas um papel cada vez mais importante evoluindo, hoje em dia, para níveis mais elevados de funcionamento

Leia mais

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES Sessão de Abertura A regulação e supervisão da actividade seguradora e de fundos de pensões Balanço, objectivos e estratégias futuras É com

Leia mais

A EXIGÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA COMO GARANTIA DE QUALIDADE E DE SUSTENTABILIDADE DA PROFISSÃO

A EXIGÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA COMO GARANTIA DE QUALIDADE E DE SUSTENTABILIDADE DA PROFISSÃO A EXIGÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA COMO GARANTIA DE QUALIDADE E DE SUSTENTABILIDADE DA PROFISSÃO (Nota: Esta Comunicação foi amputada, de forma Subtil, de cerca 700 caracteres por imposição da organização

Leia mais

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Mediação Familiar Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Altera a Organização Tutelar de Menores, nomeadamente através da introdução de novos artigos de que destacamos aquele que se refere à mediação Artigo 147.º

Leia mais

Telecomunicações. Introdução

Telecomunicações. Introdução Telecomunicações Introdução O nosso trabalho irá versar sobre as taxas cobradas pela ICP-ANACOM autoridade independente para as comunicações electrónicas e seu enquadramento legal, tentando qualificá-las

Leia mais

- Reforma do Tesouro Público

- Reforma do Tesouro Público - Reforma do Tesouro Público Em Novembro de 1997 foram definidas as opções estratégicas do Ministério das Finanças para a adopção da moeda Única ao nível da Administração Financeira do Estado. Estas opções,

Leia mais

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO. sobre a oferta de linhas alugadas na União Europeia

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO. sobre a oferta de linhas alugadas na União Europeia PT PT PT COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS Bruxelas, 21.1.2005 C(2005) 103/2 RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO sobre a oferta de linhas alugadas na União Europeia Parte 1 Principais condições de oferta grossista

Leia mais

Câmara Municipal de Águeda

Câmara Municipal de Águeda Câmara Municipal de Águeda Fundamentação Económico-Financeira das Taxas e Licenças Municipais 1. Introdução As taxas e licenças municipais resultam essencialmente da prestação de serviços públicos locais,

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2013 INFORMAÇÃO DO IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO NA FATURA DE GÁS NATURAL

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2013 INFORMAÇÃO DO IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO NA FATURA DE GÁS NATURAL RECOMENDAÇÃO N.º 1/2013 INFORMAÇÃO DO IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO NA FATURA DE GÁS NATURAL Janeiro 2013 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Este documento está preparado para impressão em frente

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º /X SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º /X SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA. Exposição de motivos Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º /X SERVIÇO UNIVERSAL DE ACESSO À INTERNET EM BANDA LARGA Exposição de motivos O enorme atraso na democratização do acesso à internet é um motivo de preocupação para

Leia mais

Resposta da SGC Ar Telecom à Consulta Pública sobre a abordagem regulatória às novas redes de acesso (NRA)

Resposta da SGC Ar Telecom à Consulta Pública sobre a abordagem regulatória às novas redes de acesso (NRA) Resposta da SGC Ar Telecom à Consulta Pública sobre a abordagem regulatória às novas redes de acesso (NRA) Enquadramento Julho 2008 A SGC Ar Telecom está atenta e preocupada com as discussões sobre as

Leia mais

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007 Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007 Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007 Nos termos do Regulamento Específico Saúde

Leia mais

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA ACQUALIVEEXPO Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA Lisboa, 22 de Março de 2012 1 1. Introdução A diplomacia económica é um

Leia mais

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE GÁS NATURAL FEVEREIRO 2008 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel.: 21

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO

DOCUMENTO DE TRABALHO PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão dos Orçamentos 15.9.2010 DOCUMENTO DE TRABALHO sobre o mandato externo do BEI Comissão dos Orçamentos Relator: Ivailo Kalfin DT\830408.doc PE448.826v01-00 Unida na

Leia mais

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO Eixo Prioritário IV Protecção e Valorização Ambiental ACÇÕES DE VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS ÁGUAS INTERIORES Aviso nº : CENTRO-VQA-2009-14-PIN-07

Leia mais

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=205762

http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=205762 http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=205762 PROJECTO DE DECISÃO REFERENTE A PREÇOS DOS SERVIÇOS DE INTERLIGAÇÃO PRATICADOS PELOS OPERADORES DE SERVIÇO MÓVEL TERRESTRE 1. Antecedentes 1.1. Em

Leia mais

Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes Perguntas Frequentes 1. Qual o diploma que estabelece o regime de constituição, gestão e funcionamento do mercado organizado de resíduos (MOR), nos termos do n.º 2 do artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 178/2006,

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1. Introdução A energia eólica é a fonte de energia que regista maior crescimento em todo o mundo. A percentagem

Leia mais

Mod 10-381 rev 0. Manual de Boas Práticas Ambientais. Prestadores de Serviços de Manutenção de Elevadores e Escadas Rolantes

Mod 10-381 rev 0. Manual de Boas Práticas Ambientais. Prestadores de Serviços de Manutenção de Elevadores e Escadas Rolantes Mod 10-381 rev 0 Manual de Boas Práticas Ambientais Prestadores de Serviços de Manutenção de Elevadores e Escadas Rolantes Mensagem do Conselho de Administração Mensagem do Conselho de Administração A

Leia mais

Orientações relativas aos limites dos contratos

Orientações relativas aos limites dos contratos EIOPA-BoS-14/165 PT Orientações relativas aos limites dos contratos EIOPA Westhafen Tower, Westhafenplatz 1-60327 Frankfurt Germany - Tel. + 49 69-951119-20; Fax. + 49 69-951119-19; email: info@eiopa.europa.eu

Leia mais

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT PROJECTOS DE CRIAÇÃO E REFORÇO DE COMPETÊNCIAS INTERNAS DE I&DT: NÚCLEOS DE I&DT AVISO N.º 08/SI/2009 REFERENCIAL DE ANÁLISE DO MÉRITO DO PROJECTO Regra geral, o indicador

Leia mais

Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas

Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas À semelhança do que acontece nas sociedades contemporâneas mais avançadas, a sociedade portuguesa defronta-se hoje com novos e mais intensos

Leia mais

OPORTUNIDADES. Cluster energético: oportunidades; horizontes; observatório, BejaGlobal; PASE

OPORTUNIDADES. Cluster energético: oportunidades; horizontes; observatório, BejaGlobal; PASE CLUSTER ENERGÉTICO DE BEJA OPORTUNIDADES SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA E CRESCIMENTO ECONÓMICO A sustentabilidade energética e climática é um desígnio estratégico duplo significado. Por um lado, desenvolvimento

Leia mais

Casa do Direito, Abre essa porta!

Casa do Direito, Abre essa porta! Casa do Direito, Abre essa porta! Apresentação do Projecto Organização Actividades Decreto-lei nº62/2005 de 10 de Outubro Garantir a protecção e o exercício dos direitos do cidadão bem como a observância

Leia mais

S.R. DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA. Despacho Normativo n.º 40/2005 de 7 de Julho de 2005

S.R. DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA. Despacho Normativo n.º 40/2005 de 7 de Julho de 2005 S.R. DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Despacho Normativo n.º 40/2005 de 7 de Julho de 2005 Pela Resolução n.º 100/2005, de 16 de Junho, foi aprovado o Plano Integrado para a Ciência e Tecnologia. Desse Plano consta

Leia mais