Curso de extensão Escola que Protege

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1 Curso de extensão Escola que Protege

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3 Mariane dos Reis Cruz (Organizadora) Curso de extensão Escola que Protege Realização: Programa Pólos de Cidadania ufmg Coordenação do Curso: Maria Fernanda Salcedo Repolês CAED - UFMG Belo Horizonte, MG 2014

4 Reitor - Prof. Jaime Arturo Ramirez Vice-Reitoria - Profª. Sandra Regina Goulart Almeida Pró Reitor de Graduação - Prof. Ricardo Hiroshi Caldeira Takahashi Pró Reitor Adjunto de Graduação - Prof. Walmir Matos Caminhas Pró-Reitora de Extensão - Profª. Benigna Maria de Oliveira Pró-Reitora Adjunta de Extensão - Profª. Cláudia Andrea Mayorga Borges CENTRO DE APOIO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Diretor de Educação a Distância - Prof. Wagner José Corradi Barbosa Coordenador da UAB/UFMG - Prof. Eucidio Pimenta Arruda Coordenador Adjunto da UAB/UFMG - Prof. André Márcio Picanço Favacho Coordenador Pedagógico - Prof. Charles Moreira Cunha EDITORA CAED-UFMG Editor: Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo Produção Editorial: Marcos Vinícius Tarquinio Revisão: Rita Gonçalvez Projeto Gráfico: Departamento de Design/Caed Formatação: Sérgio Luz CONSELHO EDITORIAL Prof. André Márcio Picanço Favacho Profª Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben Prof. Dan Avritzer Profª Eliane Novato Silva Prof. Eucídio Pimenta Arruda Prof. Hormindo Pereira de Souza Profª Paulina Maria Maia Barbosa Profª Simone de Fátima Barbosa Tófani Profª Vilma Lúcia Macagnan Carvalho Prof. Vito Modesto de Bellis Prof. Wagner José Corradi Barbosa UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Centro de Apoio à Educação a Distância - Av. Pres. Antônio Carlos, Pampulha (Campus UFMG) Unidade Administrativa III - Térreo - Sala Belo Horizonte Minas Gerais CEP: Telefax: (31) ead@ufmg.br

5 nota do editor A Universidade Federal de Minas Gerais atua em diversos projetos de Educação a Distância, que incluem atividades de ensino, pesquisa e extensão. Dentre elas, destacam-se as ações vinculadas ao Centro de Apoio à Educação a Distância (CAED), que iniciou suas atividades em 2003, credenciando a UFMG junto ao Ministério da Educação para a oferta de cursos a distância. O CAED-UFMG (Centro de Apoio à Educação a Distância da Universidade Federal de Minas Gerais), Unidade Administrativa da Pró-Reitoria de Graduação, tem por objetivo administrar, coordenar e assessorar o desenvolvimento de cursos de graduação, de pós-graduação e de extensão na modalidade a distância, desenvolver estudos e pesquisas sobre educação a distância, promover a articulação da UFMG com os polos de apoio presencial, como também produzir e editar livros acadêmicos e/ou didáticos, impressos e digitais, bem como a produção de outros materiais pedagógicos sobre EAD. Em 2007, diante do objetivo de formação inicial de professores em serviço, foi criado o Programa Pró-Licenciatura com a criação dos cursos de graduação a distância e, em 2008, com a necessidade de expansão da educação superior pública, foi criado pelo Ministério da Educação o Sistema Universidade Aberta do Brasil UAB. A UFMG integrou-se a esses programas, visando apoiar a formação de professores em Minas Gerais, além de desenvolver um ensino superior de qualidade em municípios brasileiros desprovidos de instituições de ensino superior. Atualmente, a UFMG oferece, através do Pró-licenciatura e da UAB, cinco cursos de graduação, quatro cursos de pós-graduação lato sensu, sete cursos de aperfeiçoamento e um de atualização. Como um passo importante e decisivo, o CAED-UFMG decidiu, no ano de 2011, criar a Editora CAED-UFMG como forma de potencializar a produção do material didático a ser disponibilizado para os cursos em funcionamento. Fernando Selmar Rocha Fidalgo Editor

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7 Sumário MÓDULO 1: Apresentação do curso Escola que Protege Mariane dos Reis Cruz 9 módulo 2: Direitos Humanos e Estatuto da Criança e do Adolescente: a construção social dos sujeitos de direitos Maria Fernanda Salcedo Repolês 13 MÓDULO 3: Diversidade na Escola e as diversas manifestações de violência e violações Juliana Batista Diniz Valério 37 Módulo 4: Ampliando os conceitos em torno das manifestações de violência Angélica Barroso Bastos 63 MÓDULO 5: Escolas, ECA e Articulação de Redes Integradas de Ações Sociais: entre contradições, desafios e possibilidades Walter Ude 81 MÓDULO 6: Medidas protetivas e socioeducativas Eliane Castro Vilassanti 99 MÓDULO 7: Mediação Escolar Bárbara Magalhães de Aguiar Oliveira Lucas Furiati de Oliveira 117 MÓDULO 8: Uniformização e violência: políticas de diversidade e mudança estrutural de práticas uniformizadoras na escola e na família. Discutindo e vivendo a diversidade José Luiz Quadros de Magalhães 131 Plano de Ação para a intervenção 140 GLOSSÁRIO 141 AUTORES 147

8 MÓDULO1Apresentação do Curso Escola que Protege

9 MÓDULO 1: Apresentação do curso Escola que Protege Mariane dos Reis Cruz Olá caro(a) cursista! O curso Escola que Protege tem como objetivo estimular a formação continuada de professores, bem como a de outros atores do sistema público de proteção a crianças e adolescentes, na garantia de direitos e proteção de crianças e adolescentes por meio de utilização do sistema de educação a distância por uma plataforma virtual. Realizado pelo Programa Polos de Cidadania da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Centro de Apoio a Educação a Distância da UFMG, o curso de extensão se destina a professores da educação básica, conselheiros tutelares e outros profissionais que atuam na rede de proteção à criança e ao adolescente. A proposta do curso é promover o maior envolvimento dos profissionais das escolas da rede pública, instituições vinculadas aos direitos humanos e movimentos sociais com a proteção integral aos direitos da criança e do adolescente no contexto escolar, fortalecendo seus laços com a rede de enfrentamento e prevenção à violência infanto-juvenil. É preciso problematizar o papel dos diferentes atores, entidades, programas, políticas e serviços de atenção infanto-juvenil, e refletir sobre as possibilidades de ação conjunta, o que este curso propõe realizar à luz do paradigma das redes sociais. Além disso, é imprescindível o avanço do enfrentamento às práticas de violência, daí porque se deve compreender os diferentes aspectos relacionados a elas, ao contexto onde são produzidas e às perspectivas do seu efetivo enfrentamento. Com os conteúdos trazidos ao longo do curso, espera-se que você seja capaz, ao final, de conhecer os caminhos percorridos pelas crianças e pelos adolescentes dentro do sistema de garantia de direitos; de conhecer as funções e papéis de cada ator dentro da rede; de perceber seu papel no enfrentamento às violências infanto-juvenis; de perceber que tal enfrentamento é processual e, por vezes, lento, visto que acontece num contexto amplo e complexo, onde diferentes fatores se entrecruzam e se afetam mutuamente, operando tanto contra quanto a favor da proteção à criança e ao adolescente. O curso está estruturado em oito módulos, a serem vistos ao longo de três meses. Para a certificação será necessária frequência de 70% nos encontros presenciais e pontuação mínima igual a 60 pontos. Serão distribuídos 100 pontos, divididos da seguinte forma: 20 pontos para o produto final + 30 pontos de participação nos fóruns de discussão + 50 pontos de avaliações. Os módulos II, III, IV, VI e VII terão, cada um, um fórum de discussão e uma avaliação de acordo com a proposta apresentada e conteúdo apreendido. Nesse módulo 1 9

10 sentido, os critérios de avaliação são os seguintes: tratamento da informação/interpretação dos textos; e aplicabilidade/conexão com a realidade. O módulo V terá apenas o fórum de discussão, pois a sua atividade será desenvolvida na aula presencial. O primeiro, com 5hs/aula, está voltado à familiarização dos participantes nos conceitos básicos, metodologia, cronograma e ferramentas do ambiente virtual. Este será presencial e contará com um fórum de apresentação, em que os alunos se apresentarão, contando sua trajetória profissional. O segundo módulo, com carga horária de 13hs/aula, apresentará os referenciais históricos e conceituais dos direitos da infância e do contexto de criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. A estrutura lógica do ECA e o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA). Fontes, princípios e conceitos fundamentais. Apresentará também os principais problemas e temas relevantes associados aos direitos de crianças e adolescentes, contextualizados no âmbito escolar; formas de utilização do Estatuto na prática educativa; gestão democrática da escola, grêmios escolares, por meio da oposição dos conceitos de protagonismo e autoridade. O terceiro módulo, com 14hs/aula, pretende discutir de que forma distintos tipos de discriminação e preconceito de base social, cultural, religiosa, étnico-racial, sexual, sexista, de gênero, dentre outras podem atuar como fontes ou, antes, como justificativas, para diferentes manifestações de violência contra crianças e adolescentes, nos distintos ambientes escolar, familiar, social, comunitário, político e religioso. Com 13hs/aula o quarto módulo trata da compreensão e das definições acerca dos vários tipos de violência contra crianças e adolescentes. Pretende despertar a sensibilidade dos profissionais que lidam diretamente com crianças e adolescentes, instigando-os, estimulando-os, a perceber os sinais e sintomas das violências, por mais discretos que estes sejam, e recomendando-lhes como proceder, de forma segura, diante desses indícios. Também indicará o papel das instituições voltadas à rede de proteção às crianças e adolescentes. Identificação, notificação e encaminhamentos dos casos de violência. O quinto módulo, com um total de 15hs/aula (10hs/aula a distância + 5hs/aula presenciais), pretende proporcionar maior entendimento sobre a definição de redes sociais, a contextualização dessa perspectiva e a sua aplicabilidade no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, tendo a escola como foco. O sexto módulo, que possui 13hs/aula, tratará das questões relativas ao adolescente em conflito com a lei, diferenciando medidas protetivas e medidas socioeducativas. Apresentará características, funções e formas de aplicação das medidas protetivas e das medidas socioeducativas. Também fará um paralelo entre tais medidas e o ambiente escolar. No módulo, que terá 12hs/aula, serão trabalhados conceitos como: cidadania, emancipação, subjetividade, legitimidade, mediação comunitária, mediação para autonomia (princípios, fundamentos, objetivos e técnicas), papel e função do mediador, coletivização de demandas, encaminhamentos, organização e mobilização social. Espera-se que o curso possa contribuir de maneira efetiva para a prevenção e o tratamento dos conflitos comunitários escolares. 10 Curso de extensão Escola que Protege

11 O último módulo será presencial e terá 5hs/aula. Nessa aula os alunos apresentarão um produto final, na forma de um plano de ação para o seu Município com a finalidade de construir a intervenção necessária para a transformação nas escolas. Ao final do livro,você encontrará um glossário com as definições de algumas palavras que aparecerão ao longo dos textos. Resumindo: Carga horária: 90hs/aula (75hs/aula à distância e 15hs/aula presenciais), distribuídas em oito módulos do curso em três meses. Módulo I: presencial 5hs/aula Módulo II: a distância 13hs/aula Módulo III: a distância 14hs/aula Módulo IV: a distância 13hs/aula Módulo V: a distância 10hs/aula + presencial 5hs/aula; Módulo VI: a distância 13hs/aula; Módulo VII: a distância 12hs/aula; Módulo VIII: presencial 5hs/aula Certificação: mínimo de 60 pontos dos 100 pontos a serem distribuídos + mínimo de 70% de frequência às aulas presenciais. Distribuição da pontuação: 20 pontos do produto final + 30 pontos de participação nos fóruns de discussão + 50 pontos distribuídos entre as avaliações de cada módulo = 100. Fórum de discussão: o fórum é um espaço aberto de interação coletiva, para debate de questões concernentes ao conteúdo do curso e aos temas abordados em cada tópico, bem como a troca de experiências entre você, seus colegas e seus professores/tutores. A participação no fórum poderá ter ou não acompanhamento dos professores/tutores, de acordo com a finalidade a que se destina. Atividade do módulo I: Fórum de apresentação Você deverá se apresentar e contar um pouco de sua experiência com o ECA e seu trabalho com crianças e adolescentes em seu Município. Lembre-se, esse é o momento de os participantes se conhecerem e trocarem experiências! módulo 1 11

12 MÓDULO 2 Direitos Humanos e Estatuto da Criança e do Adolescente: a construção social dos sujeitos de direitos

13 módulo 2: Direitos Humanos e Estatuto da Criança e do Adolescente: a construção social dos sujeitos de direitos Maria Fernanda Salcedo Repolês Introdução: O módulo Direitos Humanos e Estatuto da Criança e do Adolescente compreende três unidades e carga horária de 13 horas/aula. A Unidade 1 trata de referenciais históricos e conceituais dos direitos da infância e do contexto de criação do ECA. Aborda-se a estrutura lógica do ECA e do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente (SGDCA). Discutem-se as fontes, princípios e conceitos fundamentais. Apresenta-se os principais problemas e temas relevantes associados aos direitos de crianças e adolescentes, contextualizado no âmbito escolar. A Unidade 2 aborda as leis federais (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e /07. A Unidade 3 trata da educação como direito. Essas unidades foram tratadas sistematicamente de maneira a que uma se funde na outra e o módulo é sub-dividido em temáticas, da mais geral à mais específica, fazendo com que o conhecimento seja apresentado de maneira contextualizada e lógica. Assim iniciaremos discutindo os aspectos mais relevantes da trajetória de institucionalização dos Direitos Humanos, destacando seus princípios norteadores e o processo que levou a especificação dos sujeitos de direito, com especial ênfase para as crianças e adolescentes enquanto sujeitos específicos. Voltaremos o olhar para o caso brasileiro, destacando o processo que culminou na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n 8.069, de 13 de setembro de 1990). A esse respeito, enfatizaremos os princípios norteadores do Estatuto e os avanços que ele representou em termos de reconhecimento de direitos a esse grupo e de responsabilização de distintos atores sociais. Contextualizaremos os direitos de crianças e adolescentes no âmbito escolar, no qual se torna evidente a correlação desses com o direito à educação. Assim, destacaremos os aspectos legislativos do direito à educação e sua repercussão nas políticas públicas para crianças e adolescentes. módulo 2 13

14 Objetivos Discutir a trajetória de institucionalização dos Direitos Humanos Descrever o processo de elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente Destacar os princípios de reconhecimento de direitos e de responsabilização do ECA Contextualizar os direitos do ECA no âmbito escolar Correlacionar os direitos do ECA e a educação como direito Correlacionar a LDB e a legislação escolar com políticas públicas para crianças e adolescentes. Convite à leitura: Tornou-se anedota a publicação em manchete de jornal em que se lia: Menor rouba tênis de adolescente. No aniversário de vinte anos do Estatuto da Criança e do Adolescente multiplicam-se reportagens e programas de televisão que criticam duramente a lei por considerá-la ultrapassada, excessivamente branda, permissiva, realizadora de um pacto de impunidade em favor de crimes violentos. Essas diversas críticas que se leem e se veem mostram que ainda há muito a fazer em termos de divulgação e enraizamento do ECA tendo em vista que a opinião pública e a mídia ainda enxergam o novo como se velho fosse. Essa parcela da opinião vê o Estatuto como uma lei exclusivamente voltada para um grupo específico de jovens, em uma sociedade culturalmente segregadora desde suas raízes. Trata-se de um Brasil no qual cabem dois: o dos menores e o dos adolescentes, o dos pobres e o dos ricos, o dos negros e o dos brancos. O paradoxo está em que o Estatuto visa abranger todas as crianças e todos os adolescentes, sem distinção de classe ou cor; mas uma parcela da sociedade ainda lê a lei como se ela fosse o velho Código de Menores. O objetivo deste modulo é buscar os fundamentos que assentam o caminho que vai do debate moderno sobre Direitos Humanos até a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileiros na esperança de tornar os objetivos destas e de outras legislações feitas no intuito de regulamentar a Constituição de 1988, mais compreensíveis e transparentes. Ir aos fundamentos, ir às raízes, problematizar o caminho que nos leva a ser quem somos hoje, inclusive do ponto de vista institucional e como comunidade política, permite-nos refletir sobre as possibilidades de construção de uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3, I da Constituição Federal de 1988), mas sem desconsiderar que Estaríamos vivendo assim entre dois mundos: um definitivamente morto e outro que luta por vir à luz. (HOLLANDA, 1995:180) 14 Curso de extensão Escola que Protege

15 Fonte: Fonte: www1.folha.uol.com.br/.../ febem-02.jpg Analise as imagens acima. A primeira é uma fotografia tirada na Febem de Tatuapé, São Paulo, logo após uma rebelião. A segunda é um retrato de navio com escravos vindos da África para o Brasil. Quais as semelhanças e as diferenças entre essas duas imagens? Existem paralelos entre elas? O que essas imagens podem nos revelar sobre a nossa história e a forma como o nosso passado nos constitui hoje? O tráfico negreiro no Brasil se estende pelo período do século XVI ao século XIX, tempo este coincidente com a transição europeia entre Idade Média e Idade Moderna. É também a partir do século XVI que se considera que diversos movimentos e condições históricas propiciam essa transição que irá culminar com as Revoluções Políticas do final do século XVIII e a Revolução Industrial do século XIX (HOBESBAWN, 2009). Assim, enquanto países como Brasil e Estados Unidos continuavam trazendo africanos na condição de escravos para a América e os países europeus mantinham colônias na América, na África e na Ásia, fechando e reforçando o ciclo da escravidão no Ocidente, os ideais das revoluções liberais circulavam por esses mesmos países e provocavam mudanças radicais na forma de vida, nas instituições e nas mentalidades. É precisamente nesse contexto que surge o termo direito humano. Esse termo contém uma ironia intrínseca, posto que a Modernidade consagra a ideia de que o Direito é uma criação humana, não originária de forças externas divinas. Se os seres humanos criam o Direito para colocá-lo ao seu serviço, não há direito que não seja humano. Por que então falar-se em direitos humanos? Esse termo não seria um pleonasmo? O que o termo nos revela é que o processo histórico de construção do Direito como uma criação humana não engloba, na realidade, aquilo que ela enuncia como princípio. É preciso declarar que os direitos são de todos os humanos e cidadãos porque, de fato, o Direito não é feito para todos os humanos e não todos são cidadãos. E é essa realidade que se busca confrontar com as revoluções políticas. Assim, dizer que existem direitos humanos é reconhecer também que nos séculos XVIII e XIX não todos os humanos tem esse status perante o Direito e a Política. módulo 2 15

16 Elucidativa também é a primeira frase do livro de Jean Jacques Rousseu, O Contrato Social, que diz: todos os homens nascem livres, mas por toda parte encontram-se a ferros. (ROUSSEAU, 1999). Ou seja, Rousseau reconhece que existe uma liberdade inata à condição de ser humano. No entanto, esta depende também de um reconhecimento público político e jurídico. Sem tal reconhecimento, mesmo que livre, o ser humano encontra- -se a ferros, continua escravo, continua não-humano. Essa tensão de fundo é constitutiva do Ocidente, sua complexidade permite a convivência entre regimes escravocratas e Constituições liberais que afirmam em seu texto que todos são livres e iguais. Dessa tensão decorre a conclusão de que o Direito não enuncia ou não provoca uma mudança de comportamento de maneira automática, através dos textos normativos. E nesse sentido é falsa a afirmação segundo a qual o Direito regula o comportamento. O Direito, ao contrário, se coloca na medida em que as contradições sociais são evidentes a ponto de tornarem-se problemáticas. Assim o texto normativo é uma primeira reação a essas contradições. Quando uma lei é criada, isso por si só já demonstra que os comportamentos que ela visa coibir são praticados permanentemente na sociedade. Por isso a necessidade da lei. É preciso dizer que os direitos são direitos humanos porque a realidade mostra que a grande maioria da população é escrava. Se todos fossem natural e automaticamente livres não seria preciso que a lei dissesse isso. Assim como não é preciso que a lei nos mande respirar e nos puna por não respirar; respiramos naturalmente. Assim, os direitos humanos podem ser entendidos como uma reação à constatação de que a realidade nega o direito para todos. Os direitos humanos só surgem na medida em que há violação permanente ao status humano dos seres humanos, e é nesse contexto que eles fazem sentido. É nesse sentido também que iremos desenvolver no presente texto o caminhar histórico dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. Queremos demonstrar como é indispensável ter uma lei como o Estatuto da Criança e do Adolescente, no contexto de violação constante ao direito. Ao mesmo tempo queremos mostrar que a existência da lei por si só não garante a sua efetividade se não for acompanhada por uma mudança paradigmática que permita a sua correta aplicação. Convido-os a caminharmos juntos, com um olhar aberto e crítico. Reflita sobre as imagens acima antes de continuar. Detenha-se a cada seção e elabore algumas dúvidas e comentários que lhe ajudem a organizar as suas ideias. Recorra aos monitores para debater e tirar as suas dúvidas. Aprofunde lendo a bibliografia indicada e buscando as sugestões de vídeos, links e textos complementares. Volte às questões que anotou e veja em que medida sua visão mudou, ou se tornou mais completa e profunda. OS DIREITOS HUMANOS NA BALANÇA Quando conhecemos um pouco da história do conceito de direitos humanos fica manifesto que este, como todo e qualquer conceito, é construído linguisticamente e não é auto-evidente. A contextualização histórica mostra também a ambivalência do conceito. Ele é fruto de um processo de avanços e retrocessos permanentes, o que revela que esses direitos são sempre decorrentes de conquistas, e não meras concessões. Durante algum tempo a ciência do Direito se valeu da teoria da geração de direitos para 16 Curso de extensão Escola que Protege

17 explicar o surgimento dos direitos humanos na Modernidade, a partir de três momentos. Em uma primeira etapa, ao longo do final do século XVIII e durante o século XIX, consagram-se os direitos individuais e políticos, fruto do modelo de Estado Liberal europeu. Este modelo concebe os direitos como limitação ao poder do Estado uma vez que os súditos do Estado absolutista passam a ser reconhecidos como indivíduos no Estado Liberal. A base dessa compreensão de Direito é imanentista entendo os direitos individuais como características inatas a todo ser humano, decorrentes de sua natureza racional; e basicamente os resume em direitos de liberdade perante o Estado e igualdade perante a lei. O reconhecimento do humano como livre e igual é o sustentáculo para a consagração, também nesse período, dos direitos políticos de voto. Esses, por outro lado, não são considerados imanentes, mas derivados do reconhecimento público político do status de cidadão. E isso depende de opções políticas de governo. Assim, torna-se aceitável para a lógica liberal que esses direitos sejam restringidos, por exemplo, mediante o voto censitário. síntese O voto censitário no Brasil foi sistema pelo qual o cidadão só estava apto a votar se demonstrasse renda mínima anual proveniente de empregos, comércio, indústria e propriedade de terras. O voto era restrito também por critérios de idade, de condição de escravo, de ser estrangeiro. Além disso, a eleição era indireta. (Capítulo VI da Constituição Brasileira de 1824). Com o advento da República, o voto censitário foi abolido, exigia-se que o votante fosse alfabetizado, excluídos mulheres, soldados e clérigos. A concepção imanentista típica das teorias jusnaturalistas do século XVIII servem de inspiração para a elaboração de textos marco dos direitos humanos, como é o caso da francesa Declaração Universal do Homem e do Cidadão (1789) e da norte-americana Declaração dos Direitos da Virgínia (1776). Esses textos não se revestem de qualquer valor jurídico, mas de inestimável simbologia política. Note-se que a Declaração francesa embora geográfica e temporalmente localizada eleva a si própria à condição de texto universal. Ou seja, ela pretende ser atemporal e aplicável em qualquer lugar. Ela pretende também englobar o homem. Essa designação incluiria, em tese, homens e mulheres. Na época da revolução essa foi uma das palavras que maior oposição provocou entre as várias facções partícipes do processo revolucionário. Houve movimentos para se aprovar um texto paralelo ao desta declaração que seria a Declaração Universal dos Direitos da Mulher (KELLY, 1990). Ainda no título da declaração, o homem diferencia-se do cidadão, precisamente porque, como se explicou acima, direitos inatos são de todos os homens, mas direitos políticos podem ser discriminados para o cidadão, sendo alguns homens excluídos da cidadania política. Mais uma vez explicitam-se as contradições inerentes a esse processo histórico. Algumas dessas contradições tornam-se insustentáveis do ponto de vista prático, a ponto de chegar a ameaçar a continuidade do processo revolucionário e, sobretudo a consolidação de conquistas políticas alcançadas. Assim é que a visão imanentista dá lugar à visão historicista que dá apoio a teorias como a do positivismo jurídico na medida em que este descreve o processo de consolidação do direito, não mais como explicitação de características inatas ao ser humano, mas como aquisições históricas frutos de lutas políticas. Tendo isso em perspectiva, demonstra-se a insuficiência de colocar esses direitos apenas em declarações de caráter político. Desse novo movimento derivam textos jurídicos que além de enunciar os direitos, garantem mecanismos institucionais para a sua reivindicação. As próprias declarações de direitos setecentistas são integradas aos textos constitucionais e ganham o status jurídico, ao longo dos séculos XIX e XX. módulo 2 17

18 O texto legal que enuncia direitos humanos serve como garantia para esses direitos. Mas o texto se torna também um limitador. Isso porque a tendência é interpretar o texto de maneira literal, o que retira o caráter político e tenso da solução dos conflitos sociais. A literalidade opera como argumento de autoridade capaz de neutralizar as disputas sociais sob o argumento de que é preciso cumprir a lei. O discurso liberal faz uma readequação de seus princípios revolucionários e os torna conservadores da ordem e do poder instituído. O Direito torna-se instrumento de legitimação dessa ordem. Mas insistimos em ressaltar as tensões inerentes a esse processo. Na medida em que o texto legal consolida os direitos humanos em direitos fundamentais constitucionais, abrem-se perspectivas sociais de contestação dentro do próprio poder instituído, mediante utilização dos mesmos mecanismos institucionais de opressão. A mão que oprime é também a mão que liberta. A tensão e o paradoxo constitutivos do Direito moderno são trazidos para o interior dos próprios processos de produção e aplicação do Direito. Assim, é possível contestar a ordem sem precisar da ruptura com o Estado de Direito. Mas ao mesmo tempo novas condicionantes sociais do dinheiro e do Estado tendem a eliminar qualquer foco de contestação. Buscam neutralizar os conflitos internos e gerar a maior estabilidade possível para o sistema. Tendo em mente essas tensões, é possível compreender os seguintes passos do processo histórico de consolidação dos direitos humanos. Em um segundo ciclo iniciado nas décadas de 1920 e Influenciado por lutas políticas que propõe novos modelos sociais e econômicos, a exemplo da Revolução Russa de 1917, os países europeus de corte liberal se adaptam a partir de reivindicações e movimentos, principalmente operários. Nos Estados Unidos, a crise econômica gerada pela quebra da bolsa de valores em 1929, com desemprego em massa, baixa de consumo, redução de camadas sociais à miséria, provoca reação do governo. O liberalismo assumido não apenas como modelo econômico, como também como modelo estatal, é aos poucos substituído pelo modelo estatal de estado de bem-estar social. Mantêm o regime capitalista, mas adapta-se o modelo estatal para fazer frente às crises sociais e econômicas. O Estado regula a economia e tem papel de prestador de políticas públicas para efetividade de uma nova geração de direitos conquistados. A luta operária, o movimento de mulheres, protestos contra os efeitos perversos da crise econômica, dão ensejo ao reconhecimento de direitos sociais e econômicos. A diferença principal desses direitos em relação ao de primeira geração é que estes exigem que o Estado se abstenha de agir para que eles sejam efetivos ( i.e. serei mais livre se o Estado não interferir em minhas ações); aqueles exigem uma postura interventiva do Estado para serem efetivos (i.e. terei direito à educação pública se o Estado construir escolas, contratar professores, organizar o sistema educacional inclusivo). Exemplos dessa nova geração de direitos são o direito ao trabalho, à previdência, à saúde, à educação. É sempre importante lembrar que a garantia desses direitos nas Constituições a primeira é a do México de 1917, seguida pela de Weimar, na Alemanha em 1919, significa que a sua violação é constante. O grande desafio que se apresenta é como manter esses direitos frente às crises cíclicas do capitalismo, nas quais os primeiros cortes de gastos os envolvem sempre. É desafio também efetivar a sua expansão para todos os cidadãos, frente à crescente desigualdade social presente nos países capitalista. Também devemos frisar 18 Curso de extensão Escola que Protege

19 que falar em gerações de direitos não quer dizer que frente ao surgimento de uma nova geração, a antiga seja extinta. Trata-se do modo como o Direito é pensado e aplicado de modo que o surgimento de gerações de direitos é um sinal de que o paradigma de interpretação do Direito muda. Desse modo, direitos da primeira geração, consolidados ao longo do Estado Liberal são reinterpretados a partir dos direitos de segunda geração que mudam a perspectiva de interpretação do Direito na medida em que problematizam, por exemplo, o abstencionismo estatal. Assim, os direitos humanos foram um sistema interdependente e co-originário. Dissemos que as liberdades individuais são exemplos típicos dos direitos de primeira geração. Ao surgirem os direitos sociais e econômicos, é preciso reinterpretar as liberdades individuais, de maneira que ser livre não é mais apenas garantir o máximo afastamento estatal do âmbito de ação individual. No Estado de Bemestar Social, como conceber que alguém possa usufruir de sua liberdade sem ter garantidos também os direitos sociais e econômicos? Como se falar em liberdade individual se não há pleno emprego, saúde, educação? Já no contexto das décadas de 1960, 1970 e 1980 lutas sociais de ação coletiva vão além das reivindicações focadas na atuação do Estado na prestação de serviços públicos. A agenda dessas lutas inclui a percepção cada vez mais clara de um mundo globalizado, no qual as ações de uns repercutem de maneira cada vez mais alargada na vida de todos. Assim acontece, por exemplo, com as guerras decorrentes da polarização Capitalismo/ Comunismo. Movimentos pacifistas surgem para denunciar interesses econômicos de grandes grupos e interesses políticos governamentais em conflitos espalhados pelos continentes. A luta ambientalista também se desenvolve a partir da percepção global dos impactos gerados pela degradação. Trata-se de questionar o lugar no mundo, as identidades que surgem como únicas e ao mesmo tempo universalmente reconhecidas. É nesse contexto que minorias políticas, sem voz e sem poder, buscam alargar a compreensão do que seja o espaço público. O Direito da Criança e do Adolescente como direito humano surge no contexto dessa terceira geração de direitos, na medida em que crianças e adolescentes vão ganhando reconhecimento de sujeitos de direito, e não apenas como objetos de proteção legal. Vejamos como se dá esse caminho. OS DIREITOS HUMANOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES Você conhece o objeto retratado ao lado? Ele foi inventado na França no século XV e foi usado em Portugal, de onde veio ao Brasil no século XVIII, primeiramente em Salvador e no Rio de Janeiro. Era instalado em conventos e igrejas, ou em casas de saúde. Chama-se roda dos enjeitados e era utilizado para que as pessoas deixassem de abandonar os recém-nascidos nas beiras de rios e nas ruas. A criança era colocada na roda que ficava virada para a rua. A roda era girada e a criança entregue anonimamente. Um sino tocava anunciando para as freiras a novidade. br/2011/01/roda-da-misericordia.html módulo 2 19

20 br/2010/12/nos-tempos-da-palmatoria-por-ed-alencar.html E este outro objeto, você conhece? Comum nas escolas europeias ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX, instituído nas escolas brasileiras durante o Império, a palmatória era meio usado para disciplinar os alunos rebeldes e constituir a submissão de alunos em relação a seus professores. O que a roda dos enjeitados e a palmatória nos dizem sobre a visão que as pessoas tinham sobre as crianças? Pesquise e discuta com os tutores as suas descobertas. Registre-as. Sugiro a leitura do texto de Alessandra Frota Martinez de Schueler No tempo da palmatória acessível na Revista eletrônica de História: educacao/no-tempo-da-palmatoria. A Infância é uma categoria criada historicamente. A definição do que é criança e qual o seu papel social não é uniforme ou auto-evidente. Ela é uma invenção relativamente recente. Na Filosofia moderna no século XVIII encontra-se alguma reflexão sobre o tema, a exemplo de Emílio de Rousseau e Candide de Voltaire, ambas obras centradas na educação das crianças para um mundo novo, no qual os velhos dogmas são deixados para atrás. No século XIX a literatura produz obras sobre o tema, a exemplo de Charles Dickens em Oliver Twist, no contexto da Revolução Industrial e das condições humanas precárias que esta produz. Somente no início do século XX é que crianças passam a ser tema de proteção de legislações. Em primeiro momento isso acontece pela inserção em massa de crianças no sistema de trabalho industrial. As Convenções da Organização Internacional do Trabalho de 1919 reconhecem idade mínima para o exercício de algumas atividades. Fruto do período entre as duas guerras mundiais, a Convenção de Genebra de 1924 protege crianças órfãs das guerras e reconhece a sua especial vulnerabilidade frente a fatos como esses. Mas estas convenções protetivas não outorgam o status de sujeito de direito às crianças. Elas são objeto de proteção. No Brasil existem medidas de proteção das crianças até o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente em Mas a perspectiva é a da criança como objeto de proteção e não como sujeito de direitos. A lei mais importante produzida no período é o Código de Menores. O primeiro foi de 1927 e depois outro o substituiu em Com o seu advento os juristas passam a falar em direito minorista, e atualmente se denomina esse direito como modelo jurídico da situação irregular. O motivo disso é que o foco do Código é a regulamentação do tratamento dado aos enjeitados, ou seja, aos abandonados e aos praticantes de ilícitos. O Código, portanto, não se destina a toda e qualquer criança, mas apenas para aquelas às quais o Estado tem que dar uma resposta social. Em definitiva o Código deixa ao Estado a decisão do que fazer com esses menores. O Estado brasileiro criará então a institucionalização como regra. Dessa época é a Febem que é pensada inicialmente como um abrigo. Carências materiais das crianças são discutidas no Poder Judiciário, cabe ao Juiz de Menores decidir os destinos da criança e de sua família quando no confronto com esse problema social. Assim, nesse modelo da situação irregular é dado grande poder ao Estado, seja na forma da instituição abrigo, seja 20 Curso de extensão Escola que Protege

21 na da figura do juiz de menores, que no fundo podem fazer o que quiserem com a criança que estiver sob sua alçada. Ao longo do debate da ampliação de direitos humanos para uma terceira geração, assim como no período de crise do Estado de Bem-estar Social e o debate sobre o aperfeiçoamento do sistema estatal de garantia dos direitos sociais, econômicos, influenciado pela Declaração Universal dos Direitos de 1948, é que a ONU faz a Declaração de Direitos da Criança em O texto integral da Declaração com seus dez princípios está reproduzida a seguir: PREÂMBULO DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA VISTO que os povos das Nações Unidas, na Carta, reafirmaram sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano, e resolveram promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla, VISTO que as Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamaram que todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades nela estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, VISTO que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, precisa de proteção e cuidados especiais, inclusive proteção legal apropriada, antes e depois do nascimento, VISTO que a necessidade de tal proteção foi enunciada na Declaração dos UNICEF Brasil Legislação, Normativas, Documentos e Declarações Direitos da Criança em Genebra, de 1924, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos estatutos das agências especializadas e organizações internacionais interessadas no bem-estar da criança, VISTO que a humanidade deve à criança o melhor de seus esforços, ASSIM, A ASSEMBLÉIA GERAL PROCLAMA esta Declaração dos Direitos da Criança, visando que a criança tenha uma infância feliz e possa gozar, em seu próprio benefício e no da sociedade, os direitos e as liberdades aqui enunciados e apela a que os pais, os homens e as mulheres em sua qualidade de indivíduos, e as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconheçam estes direitos e se empenhe pela sua observância mediante medidas legislativas e de outra natureza, progressivamente instituídas, de conformidade com os seguintes princípios: PRINCÍPIO 1º A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família. módulo 2 21

22 PRINCÍPIO 2º A criança gozará proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Na instituição de leis visando este objetivo levar-se-ão em conta, sobretudo, os melhores interesses da criança. PRINCÍPIO 3º Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade. PRINCÍPIO 4º A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas. PRINCÍPIO 5º À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar. PRINCÍPIO 6º Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar se á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas. PRINCÍPIO 7º A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário. Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar se um membro útil da sociedade.unicef Brasil Legislação, Normativas, Documentos e Declarações Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito. PRINCÍPIO 8º A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção 22 Curso de extensão Escola que Protege

23 e socorro. PRINCÍPIO 9º A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma. Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral. PRINCÍPIO 10º A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. Publicidade a ser dada à Declaração dos Direitos da Criança A ASSEMBLÉIA GERAL CONSIDERANDO que a Declaração dos Direitos da Criança apela no sentido de que os pais, os homens e as mulheres em sua qualidade de indivíduos, e que as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconhecem os direitos ora enunciados e se empenhem por sua observância. 1 RECOMENDA aos Governos dos Estados membros, às agências especializadas interessadas e às organizações não governamentais competentes que se dê a publicidade mais ampla possível ao texto desta Declaração; 2 SOLICITA ao Secretário Geral que esta Declaração seja amplamente divulgada e, para isto, se empreguem todos os meios à sua disposição para a publicação e a distribuição do seu texto em tantos idiomas quantos possíveis. Fonte: ONU. Comitê Social Humanitário e Cultural da Assembléia Geral. Acessível em: DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA PREÂMBULO VISTO que os povos das Nações Unidas, na Carta, reafirmaram sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano, e resolveram promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla, VISTO que as Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamaram que todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades nela estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, VISTO que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, precisa de proteção e cuidados especiais, inclusive proteção legal apropriada, antes e depois do nascimento, VISTO que a necessidade de tal proteção foi enunciada na Declaração dos UNICEF Brasil Legislação, Normativas, Documentos e Declarações Direitos da Criança em Genebra, de 1924, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos estatutos das agências especializadas e organizações internacionais interessadas no bem-estar da criança, VISTO que a humanidade módulo 2 23

24 deve à criança o melhor de seus esforços, ASSIM, A ASSEMBLÉIA GERAL PROCLAMA esta Declaração dos Direitos da Criança, visando que a criança tenha uma infância feliz e possa gozar, em seu próprio benefício e no da sociedade, os direitos e as liberdades aqui enunciados e apela a que os pais, os homens e as mulheres em sua qualidade de indivíduos, e as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconheçam estes direitos e se empenhe pela sua observância mediante medidas legislativas e de outra natureza, progressivamente instituídas, de conformidade com os seguintes princípios: PRINCÍPIO 1º A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família. PRINCÍPIO 2º A criança gozará proteção especial e ser lhe ão proporcionadas oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Na instituição de leis visando este objetivo levar se ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança. PRINCÍPIO 3º Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade. PRINCÍPIO 4º A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas. PRINCÍPIO 5º À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar. PRINCÍPIO 6º Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas. 24 Curso de extensão Escola que Protege

25 PRINCÍPIO 7º A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário. Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade.unicef Brasil Legislação, Normativas, Documentos e Declarações Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito. PRINCÍPIO 8º A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção e socorro. PRINCÍPIO 9º A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma. Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral. PRINCÍPIO 10º A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar se á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. Publicidade a ser dada à Declaração dos Direitos da Criança A ASSEMBLÉIA GERAL CONSIDERANDO que a Declaração dos Direitos da Criança apela no sentido de que os pais, os homens e as mulheres em sua qualidade de indivíduos, e que as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconhecem os direitos ora enunciados e se empenhem por sua observância. 1 RECOMENDA aos Governos dos Estados membros, às agências especializadas interessadas e às organizações não governamentais competentes que se dê a publicidade mais ampla possível ao texto desta Declaração; 2 SOLICITA ao Secretário Geral que esta Declaração seja amplamente divulgada e, para isto, se empreguem todos os meios à sua disposição para a publicação e a distribuição do seu texto em tantos idiomas quantos possíveis. Fonte: ONU. Comitê Social Humanitário e Cultural da Assembleia Geral. Acessível em: módulo 2 25

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