Circular n.º 22/2009 Série II
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- Isaac Alvarenga Machado
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1 DSIEC P.º 2.1.1/724-2/2007 Circular n.º 22/2009 Série II Assunto: Formalidades e procedimentos aplicáveis ao reconhecimento e controlo das isenções do ISP previstas na alínea f) do n.º 1 do artigo 71.º do CIEC O Programa Nacional para as Alterações Climáticas, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2006, de 23 de Agosto, prevê, entre as medidas adicionais para o sector da indústria, a alteração do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) relativo aos combustíveis industriais, estabelecendo um mecanismo de incentivo à redução de gases com efeito de estufa (GEE). A Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2008, implementou aquela medida ao estabelecer, na nova redacção dada à alínea f) do n.º 1 do artigo 71.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC), a isenção do ISP para os produtos petrolíferos e energéticos que sejam fornecidos para consumo em instalações sujeitas ao Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE), incluindo as novas instalações, ou a um Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE), no que se refere aos produtos classificados pelos códigos NC 2701, 2702, 2704 e 2713, ao fuelóleo com teor de enxofre igual ou inferior a 1 %, classificado pelo código NC , e aos gases de petróleo classificados pelo código NC O Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril, veio regular o sistema de gestão dos consumos intensivos de energia (SGCIE), no qual a DGAIEC é parte interveniente, e operacionalizar a isenção em causa, reconhecendo à DGAIEC a competência para a sua concessão e controlo, no seu artigo 3.º, nos termos previstos no artigo 11.º. Considerando que importa definir os procedimentos para o reconhecimento e o controlo da isenção, e a sua aplicação uniforme pelas alfândegas; Determina-se, por despacho de da Senhora Subdirectora-Geral, Dr.ª Paula Mota, o seguinte: Rua Terreiro do Trigo, n.º LISBOA Tel ddrp@dgaiec.min-financas.pt Fax
2 1. São enquadráveis na isenção do ISP prevista na alínea f) do n.º 1 do artigo 71.º do CIEC as instalações incluídas na parte V do Anexo II da Resolução do Conselho de Ministros n.º 1/2008, publicada no Diário da República, 1.ª série, N.º 3, de 4 de Janeiro de 2008, em anexo a esta circular (Lista das instalações abrangidas pelo CELE Comércio Europeu de Licenças de Emissão). 2. São também enquadráveis as novas instalações e as instalações objecto de um ARCE, cujos operadores serão identificados através de uma declaração emitida pela Direcção- Geral de Energia e Geologia (DGEG) e comunicada à DGAIEC, para efeitos de reconhecimento da isenção do ISP, nos termos do n.º 1 do artigo 11º e do n.º 8 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril. 3. Após verificação dos pressupostos e condições legais da isenção, a DGAIEC (serviços centrais) procede ao reconhecimento da isenção do ISP e notifica os operadores exploradores das referidas instalações, da data a partir da qual a mesma produz efeitos. 4. Caso o operador explorador de instalações sujeitas ao PNALE ou abrangidas por um ARCE deixe de reunir os pressupostos e as condições da isenção, a DGAIEC revoga a isenção e notifica o facto ao operador em causa, conforme previsto no n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 71.º do CIEC. 5. A isenção concretiza-se através do reembolso do imposto pago, ou mediante declaração para introdução no consumo com isenção do imposto (DIC isenta), desde que o sujeito passivo disponha de elementos contabilísticos que permitam o efectivo controlo da utilização dada aos produtos. 6. Transitoriamente, os procedimentos de reembolso do ISP ficarão a cargo da DSIEC, sendo os formulários do pedido de reembolso apresentados na referida direcção de serviços, pelas empresas fornecedoras, mediante identificação dos destinatários beneficiários da isenção e dos produtos fornecidos, e apresentação das respectivas facturas comerciais. Em fase posterior de implementação destes procedimentos, e logo 2
3 que possível, serão os mesmos transferidos para as alfândegas de jurisdição dos beneficiários. 7. As declarações de introdução no consumo com isenção de imposto serão processadas sempre que o sujeito passivo identifique previamente, na casa 5 da DIC, o destinatário do produto, nos termos previstos no Manual da DIC, e a instalação a que este se destina. Para este efeito, consideram-se isentos os produtos destinados às instalações constantes da lista referida no ponto 1, em anexo a esta circular, bem como os produtos destinados a empresas abrangidas por um ARCE. A DIC isenta é processada mediante utilização do código de isenção 1P14 - Designação Combustíveis Industriais PNALE e ARCE. 8. Os pressupostos e condições da isenção serão periodicamente reavaliados, nos termos gerais. 9. Sempre que a DGEG dê conhecimento à DGAIEC de novas instalações sujeitas ao PNALE ou abrangidas por um ARCE, será publicada uma circular divulgando o facto. A DGAIEC reconhecerá a isenção do ISP, notificando o operador explorador das referidas instalações da data a partir da qual a mesma produz efeitos. 3
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8 , em 17 de Fevereiro de 2009 O Director de Serviços Francisco Curinha 8
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