Palavras-chave: adolescência, medida socioeducativa, educação, interdisciplinaridade, Estatuto da Criança e do Adolescente.

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1 REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO INTERDISCIPLINAR NAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS Miriam Aparecida Guedes 1 Resumo Este estudo contextualiza a Doutrina de Proteção Integral à criança e ao adolescente, constituídas pelas normativas de âmbito nacional e internacional, sobretudo o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, que exerceram influencia marcante para a reflexão do adolescente, em conflito com a lei. Aborda a perspectiva da evolução e construção epistemológica do conceito de juventude na sociedade contemporânea, com foco principal dos adolescentes privados de liberdade. A presente pesquisa busca através do olhar e escuta interdisciplinar do fazer pedagógico, uma relação dialógica com as medidas socioeducativas. A participação do adolescente, autor de sua própria historia, possibilita a ressignificação da complexidade das escolhas a serem feitas neste processo de desenvolvimento e de inserção no mundo social. Considerando o percurso sóciohistorico, da situação da criança e adolescente, ao longo do tempo, constituem-se de parâmetros na tentativa de compreender as ações das politicas sociais e educacionais que foram determinantes na construção da identidade infanto juvenil. Para tanto, entre os séculos XX e XXI, há grandes contribuições legais para as instituições executoras de medidas socioeducativas, pautando-se na humanização e em um atendimento individualizado e de qualidade, como podemos citar a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente do Estado de São Paulo Fundação CASA. Palavras-chave: adolescência, medida socioeducativa, educação, interdisciplinaridade, Estatuto da Criança e do Adolescente. Introdução 1 Contato: miraguedes2008@hotmail.com

2 No decorrer da historia desde o século XVI ao XXI, a devida atenção à criança e ao adolescente, com discussões sobre os seus direitos, vem constantemente sendo alvo de muitas polêmicas no mundo. Pensar nessas questões, olhar para trás, é uma forma de compreendermos as ações realizadas por parte da sociedade, que implica na forma como o adulto retrata o estereotipo da criança ideal. Nessa perspectiva, alguns fatos relatados, nos permitem reconstruir o cotidiano da população infantil no contexto nacional, no século XXI, que nos faz repensar sobre a responsabilidade do Estado, Família e Sociedade no que diz respeito ao Sistema de Garantia de Direitos. A preocupação com a infância e a adolescência no Brasil, motivada pelos mais variados sentimentos e as mais diferentes iniciativas da sociedade civil, desde o período colonial até os dias atuais. Caracteriza-se pela mudança de paradigma da chamada Situação Irregular à Doutrina de Proteção Integral, após a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA 2. É preciso situar os principais aspectos das políticas públicas destinadas a infância e adolescência ao longo da historia do Brasil, principalmente, sobre o atendimento ao adolescente autor de ato infracional e a evolução das normativas legais em atenção a esse grupo social. Haja vista, as reportagens sobre casos de violência praticados por jovens que nos remetem a sentimentos confusos e de perplexidade. Considerando historicamente o atendimento ao adolescente nas medidas socioeducativas na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente do Estado de São Paulo Fundação CASA 3, direcionamos a pesquisa e os estudos sobre o processo da adolescência e delinquência com suas interfaces. As discussões permeiam a prática do atendimento socioeducativo prestado ao adolescente em conflito com a lei, compilando informações para atender aos propósitos inerentes às práticas pedagógicas e/ou educativas aplicadas nas medidas socioeducativas numa perspectiva interdisciplinar. Partindo desses pressupostos, a contribuição da Psicopedagogia assume um papel importante no trabalho vinculado com as medidas socioeducativas. 2 Lei Federal n.º 8069 de 13 de julho de A Lei Estadual n de 22 de dezembro de 2006, altera a denominação da instituição Fundação Estadual do Bem Estar do Menor FEBEM para Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente Fundação CASA, vinculada à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania. A FEBEM foi criada pela Lei Estadual n.º 185 de 12 de dezembro de 1974 e é o órgão responsável pela execução das medidas socioeducativas no Estado de São Paulo.

3 A metodologia utilizada para a realização deste trabalho, foi os estudos teóricos através de vários autores, educadores e pesquisadores. 1. Contexto histórico sobre o atendimento a infância e adolescência no Brasil Em meio ao cenário historico sobre a situação das crianças e adolescentes no Brasil, é necessário fazer um breve panorama para contextualizar o atendimento das instituições de assistência ao menor 4, as lutas que ainda se travam nas dimensões política, jurídica e social e, dessa forma, lançar um olhar crítico e ético ao passado para melhor compreendermos o presente, no que consiste a mudança de paradigma da situação irregular para doutrina de proteção integral Séculos XVI à XVIII Del Priore (1991, p.19) nos leva a compreender a situação das crianças e adolescentes entre os séculos XVI à XVIII e relata que apesar do Brasil ter sido descoberto oficialmente em 1500, suas terras começaram a ser povoada a partir de 1530, dando início a historia da infancia. As crianças das famílias pobres portuguesas, famílias pedintes, órfãos desabrigados, abandonados e marginalizados eram recrutados e trazidos ao Brasil. Nas embarcações portuguesas do século XVI, as crianças subiam a bordo como grumetes, pagens e órfãs do Rei, meninas pobres menores de 16 anos destinadas para se casarem com os súditos da coroa, dada a falta de mulheres brancas. E também era comum o rapto de crianças judias, como outra forma de recrutar os grumetes para servirem a bordo das embarcações lusitanas. Tanto no mar, como em terra, as crianças e adolescentes eram entregues a um cotidiano difícil e cheio de privações e violências, e viam-se obrigadas a abandonar os seus sonhos e brincadeiras infantis para enfrentar a realidade de uma vida adulta. Podemos verificar que as situações vivenciadas pela infancia e adolescencia nas terras portuguesas e brasileiras deixaram cicatrizes profundas, com contornos trágicos, caracterizados pelas violações durante o período colonial, tanto das crianças embarcadas de Portugal para o Brasil, quanto em relação às que já estavam em nossas terras (Rosa, 2010) Século XIX 4 Termo utilizado pelo aparato jurídico/institucional para designar uma situação de pobreza, criminalidade e abandono. Conhecido como período da situação irregular.

4 A historia do atendimento a infância e adolescência pobre no Brasil, no período Colonial e Imperial, começou a ser vista de outra maneira. Aqueles que cometiam crimes, perambulavam ou esmolavam pelas ruas, oriundos das populações de escravos libertos, expulsos do campo, imigrantes vindos para o Brasil, passaram a buscar os centros urbanos como um meio de sobrevivência, ocasionando o aumento dos problemas socioeconômicos e a criminalidade. A preocupação com a delinquência desencadeou uma intervenção judiciária, devido às constantes ameaças a ordem pública e tranquilidade das famílias, colocando em risco a moral e os bons costumes. Sendo assim, conduziu a elaboração de leis mais especificas para tratar esse mal na sociedade. Araújo, em suas pesquisas, descreve os 80 anos do Código de Menores/Mello Matos e comenta sobre a situação de crianças e adolescentes nas principais cidades brasileiras ao final do século XIX, descrita por Pereira (apud Araújo, 2008): [...] da noite para o dia (surgia), uma perigosa malta de pessoas marginalizadas que ameaçavam a ordem vigente, seja como massa ativa nos constantes motins urbanos, seja no exemplo negativo de um extrato que não vivia do trabalho honesto. No interior dessa malta, destacava-se, pela primeira vez, o grupo de crianças e adolescentes. No período anterior, eram pouco visíveis, pois as crianças tinham como destino as Casas dos Expostos e os adolescentes como escravos (p. 15). Diante dessa situação, as Casas dos Expostos e Santas Casas de Misericórdia assumem um papel de relevância em atenção a infância e adolescência abandonada e rejeitada. No final do século XIX, surgiram as Casas de Correção, onde as crianças e adolescentes que praticavam crimes eram encaminhados, e por vezes, permaneciam alocados nos mesmos locais que os adultos. Diante da pobreza econômica e social do país, as famílias menos favorecidas eram impedidas de permanecerem com os filhos, passando o Estado a tutelar a infancia pobre. Nesse século já haviam vários institutos fundados por congregações religiosas ou particulares, como a Casa de Muchachos, fundada pelos jesuítas ( ), Instituto Particular Dona Ana Rosa (1874), dentre outros. Mesmo com o cunho

5 assistencialista e de caridade 5, a opção pela internação, já caracterizava o afastamento da criança e do adolescente do convívio sociofamiliar. Destacamos que nesse século, com a aprovação da Lei do Ventre Livre 6 percebe-se um marco da luta pelos direitos da infância Século XX O século XX foi marcado por duas grandes guerras mundiais, período que ocasionou sérios problemas às áreas politica, econômica e social, resultando em miséria, fome e dificuldades de desenvolvimento dos países pobres que sofreram com os horrores das guerras. Enfim, é um século com marcas profundas sob a égide da violência e busca de capitais 7 para melhorar a economia dos países envolvidos nas guerras (Oliveira, 2002). Essas guerras deixaram marcas desastrosas, sendo necessário buscar formas de implantação de programas sociais e um plano para o desenvolvimento politicoeconômico, inclusive no âmbito infantil. Em 1945, período do pós-guerra surge a Organização das Nações Unidas ONU nasce também com o objetivo de discutir sobre os direitos humanos, e em 1948, a Assembléia Geral desta, aprova a Declaração Universal dos Direitos Humanos 8. O texto estabelece uma mudança de paradigma no que diz respeito à ética universal, aos direitos civis, politicos, econômicos, sociais e culturais, prática da justiça, fraternidade e solidariedade. Podemos reconhecer no século XX, além das atrocidades das guerras, a descoberta e valorização dos direitos fundamentais e indispensáveis ao ser humano, ao cidadão, além de apresentar instrumentos normativos internacionais e nacionais de defesa e proteção à infância e adolescência. Em 11 de dezembro de 1946, foi criado o Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF, sendo os primeiros programas destinados à assistência emergencial a milhões de crianças no período pós-guerra na Europa, Oriente Médio e China. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) trouxeram avanços significativos, mas ainda com necessidades de 5 A caridade deixou sua marca no atendimento feito através das Rodas e Casas dos Expostos, mas por influencia higienista (de cunho médico cientifico) o Estado começa a assumir a assistência a infancia, em meados do século XIX. 6 Lei n.º 2040 de 28 de setembro de 1871 ou Lei Visconde do Rio Branco. 7 Os americanos garantiram sua hegemonia com os vários acordos internacionais firmados entre , pelos quais foram criados o Fundo Monetário Internacional - FMI e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento. 8 Resolução ONU nº 217 A (III) de 10 de dezembro de 1948.

6 investimento na promoção e defesa dos direitos estabelecidos nas legislações pertinentes à criança e adolescente. O Brasil tornou-se signatário dos tratados internacionais 9, superando um período da história onde o Estado tinha a tutela da infância e adolescência em situação de orfandade, abandono, carência material e autora de ato infracional. Nesse período, crianças e adolescentes estavam em situação irregular diante do Estado, Sociedade e Poder Público, sendo objetos de medidas judiciais. Os marcos legais e doutrinários dessa época, desde a criação do primeiro Juizado de Menores (1923); o Código de Menores, conhecido como Código Mello Mattos 10 (1927), primeiro documento legal para a população menor de 18 anos e o Novo Código de Menores (1979) são assuntos questionáveis em um processo histórico secular. Em 20 de novembro de 1989, a Assembléia Geral da ONU, aprova a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, sendo um dos mais importantes tratados de direitos humanos, ratificado por todos os países membros. Entre as décadas de 1980 e 1990 constituiu-se o marco da afirmação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, através da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, em seu artigo 227, tornandose base do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90 ECA). A promulgação do ECA vem ao encontro de ideias e participação de diversos segmentos sociais envolvidos com a causa da infância no Brasil, como a Pastoral da Criança, criada em 1983, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) em São Bernardo do Campo/SP, Mesmo sendo o ECA 11 uma grande conquista para a sociedade brasileira, a sua implementação, ainda é um desafio para aqueles envolvidos e comprometidos com a garantia de direitos a infância e a adolescência, considerando os esforços nos âmbitos governamental e não governamental nas questões das políticas públicas e sociais. Em 1992, implantou-se o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente 12, um importante órgão com atribuição de formular políticas públicas a 9 Documentos internacionais: Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça da Infância e da Juventude Regras de Beijing de 1985; Diretrizes das Nações Unidas para Prevenção da Delinqüência Juvenil Diretrizes de Riad de 1990; Regras Mínimas das Nações Unidas para Proteção dos Jovens Privados de Liberdade de Foi o primeiro juiz de menores da América Latina. 11 Art. 1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. 12 CONANDA - Lei Federal nº de 12 de outubro de 1992.

7 infância e adolescência e a distribuição de recursos em cumprimento às diretrizes do ECA. Sua constituição é paritária entre membros do governo e da sociedade civil organizada. 2. Desafios e perspectivas na execução das medidas socioeducativas Na trajetória da historia da infância e adolescência pelos últimos séculos, percebemos muitas iniciativas da sociedade civil e do Estado para a efetivação e garantia dos direitos, mas ainda nos deparamos com um dos desafios na contemporaneidade, que é o atendimento ao adolescente autor de ato infracional 13. Ao refletir com a sociedade sobre a imputabilidade do adolescente infrator, Rolim expressa as implicações dos atos cometidos: A delinqüência juvenil vem se mostrando um tema angustiante, porque a maioria das pessoas desconhece o amplo sistema de garantias do ECA e acredita que o adolescente infrator, por ser inimputável, acaba não sendo responsabilizado pelos seus atos, o que não é verdade, uma vez que a responsabilização penal do adolescente se dá através das medidas socioeducativas (2007, p. 37). Portanto, acreditamos que os profissionais que atuam nas medidas socioeducativas buscam a qualificação para auxiliar e oferecer aos jovens oportunidades de reflexão e escolhas para novos caminhos na trajetória de vida, e assim poder cumprir a medida imposta por determinação judicial, ou seja, aplicada pelo Ministério Público, elencadas no art e seus incisos da Lei 8.069/ Medidas Socioeducativas É importante salientar que o ECA diferenciou a criança do adolescente, conforme disposto no art. 2º, onde se lê: Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 13 Grifo nosso 14 Medidas Socioeducativas: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade e internação em estabelecimento educacional.

8 Quanto às medidas socioeducativas podemos compreendê-las como as não privativas de liberdade: advertência (art. 115), obrigação em reparar o dano (art. 116), prestação de serviços à comunidade (art. 117) e liberdade assistida (art. 118 e 119) e os de privação de liberdade: semiliberdade (art. 120), internação (art. 121 e 122), como está disposto nos artigos do ECA. No 16º ano da publicação do Estatuto, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente apresentaram como politica nacional em 2006, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE 15. A situação atual do Projeto de Lei Complementar - PLC 134/2009, após aprovação pela Câmara dos Deputados e Comissão de Assuntos Econômicos no Senado Federal, aguarda votação dos senadores. No século XXI, pautado pelas bases legais e preconizado pela Constituição Federal e o ECA, a Resolução nº 113 de 19 de abril de 2006, dispõe sobre os parâmetros para a institucionalização e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente - SGD 16. Portanto, para garantir os direitos humanos da criança e do adolescente, a criação de Conselhos de Direitos 17 atua na formulação e no controle da execução das politicas sociais e o Conselho Tutelar 18 no atendimento dos casos concretos, de ameaça e violação dos direitos, como se observa no art. 5º da resolução 19 em questão. 15 É o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a execução da medida socioeducativa. 16 Art. 2º Compete ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente promover, defender e controlar a efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e difusos, em sua integridade, em favor de todas as crianças e adolescentes, de modo que sejam reconhecidos e respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em condição peculiar ao desenvolvimento; colocando-os a salvo de ameaças e violações a quaisquer de seus direitos, além de garantir a apuração e reparação dessas ameaças e violações. 17 Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente CONANDA, Lei nº 8242, de 12 de outubro de 1991; Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente CONDECA, Lei Estadual nº 8074/92 e regulamentado pelos Decretos Estaduais nº /94 e /94; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMDCA/SP, Lei nº de 22 de novembro de 1991 e regulamentada pelo Decreto nº /92, alterado pelo decreto nº / Resolução de nº 75 de 22 de outubro de 2001, que traça os parâmetros para criação e funcionamento dos Conselhos Tutelares. 19 Os órgãos públicos e as organizações sociais da sociedade civil, que integram esse Sistema, deverão exercer suas funções, em rede, a partir de três eixos estratégicos de ação: I defesa dos direitos humanos; II promoção dos direitos humanos e III controle da efetivação dos direitos humanos.

9 Realizando uma retrospectiva da atenção ao problema do menor abandonado nas ruas, recordamos a história do Instituto Disciplinar 20 que segundo Fonseca expressa que: o seu caráter de regenerador de menores, fez instalar nos limites de seu ambiente, uma cultura institucional, que tem seus fundamentos gerais lançados nas linhas do decreto estadual n de dezembro de 1903.(FONSECA, 2007, p.5) A ênfase na disciplina e nas atividades relacionadas ao trabalho esteve sempre presente no cotidiano do Instituto Disciplinar, como se expõe nesse artigo: Artigo 1º O Instituto Disciplinar, com sede na Capital do Estado, subordinado ao secretario do Interior e da Justiça, sob a immediata inspecção do chefe de policia, destina-se a incutir hábitos de trabalho, a educar e fornecer instrucção litteraria e profissional, esta ultima de preferência agrícola. O Instituto Disciplinar teve como proposta cuidar da tutela e da reeducação pelo trabalho 21 e educação 22 de crianças e adolescentes que cometiam delitos. A finalidade da Instituição era de recuperar e garantir a subsistência quando saíssem da instituição. A criação da Fundação do Bem-Estar do Menor - FEBEM 23, de acordo com as diretrizes da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor - FUNABEM de 1975, tinha como objetivo transformar o modelo de atendimento repressivo em um novo modelo prevalentemente pedagógico, diferenciando do Instituto Disciplinar. Com o advento do ECA, o atendimento a adolescência e infância sofreu uma reorganização, a Fundação CASA deixou de acompanhar os carentes e abandonados e passou a atender somente os adolescentes autores de ato infracional 24. A descentralização e regionalização para o atendimento socioeducativo ocasionaram a construção de unidades menores. A Fundação CASA, mesmo com diversos projetos, implantou um atendimento mais individualizado que possibilita ao adolescente cumprir a medida socioeducativa próximo à sua residência, propiciando os vínculos que foram rompidos pelos conflitos familiares, pois [...] é nesta etapa da vida 20 O decreto lei estadual nº 1034 de 13 de julho de 1902 declara de utilidade pública, para desapropriação, a chácara denominada do Belém, situada no bairro do Tatuapé ou Belenzinho, para ser instalada a Escola Correcional que foi inaugurada em 18 de janeiro de Incutir hábitos de trabalho, onde recebia da instituição um ofício nas áreas industriais e agrícolas. 22 Educar, fornecendo instrução literária (leitura, escrita, matemática). 23 Decreto n de 13 de outubro de Ato infracional é uma ação praticada pelo adolescente, conforme definição no art. 103 do ECA: Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.

10 que o jovem mais precisa dos pais, do seu amor, dos limites, de sua compreensão e de sua continência (Rocco, 2004, p.39). Como forma de garantir os direitos dos adolescentes privados de liberdade e para preservar os princípios do ECA, em seu artigo 112, o Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de Entidades Executoras da Política de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - FONACRIAD tem como meta discutir às diretrizes e programas específicos ao adolescente em conflito com a lei, articulação política e social de atendimento às medidas socioeducativas e a atuação das Instituições para a promoção, defesa e garantia de direitos dos jovens. De 29/06 a 01/07/2011, a Secretaria de Direitos Humanos, promoveu uma oficina com o FONACRIAD para o Levantamento do Atendimento Socioeducativo, referente ao ano de 2010, a inserção do Sinase nos Planos Plurianuais da esfera estadual e federal para a gestão do planejamento Educação que permeia as práticas socioeducativas em um trabalho interdisciplinar A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo , responsabiliza a família, a sociedade e o Estado na garantia dos direitos pertinentes à infância e adolescência. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, nº 9394, sancionada em 20 de dezembro de 1996, define e regulariza o sistema de educação brasileira com base nos princípios da Constituição Federal de Sob a égide do ECA, em seu artigo 53, no capítulo IV, menciona-se o Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer. A implantação do Estatuto traz uma mudança historica para o atendimento ao adolescente envolvido em ato infracional, prevalecendo uma ação ético-pedagógica, ancorado na legislação vigente no atendimento socioeducativo. Destacamos o artigo 94 do ECA que ressalta as obrigações destinadas às instituições executoras das medidas socioeducativas, no contexto da escolarização, profissionalização, atividades culturais, esportivas, lazer e assistência religiosa. 25 É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

11 Dessa forma, pode-se aventar, que utilizando-se das mais diversas formas de saberes, a Fundação CASA busca organizar um trabalho voltado ao atendimento a adolescentes. Conforme aponta Fortunato (2010, p.3) é nessa multiplicidade de saberes que a Fundação 26 organizou o trabalho pedagógico de modo a contemplar os vários conhecimentos que encontram-se presentes na área escolar, na educação profissional, na arte e cultura e na educação física e esporte. Fortunato (2010, pp. 4-6) discute a implantação das atividades de diversas áreas pedagógicas na Fundação CASA, reportando a necessidade de ações integradas com parceiros, levando a compreensão do princípio da incompletude institucional: a) As classes escolares instaladas nas Unidades da Fundação pertencem administrativamente às escolas da Rede Estadual de Ensino, como também os professores contratados; b) A qualificação pode ser considerada a matriz e a célula de toda a Educação Profissional. Com ela e a partir dela (cursos básicos) irão se constituir um amplo universo de possibilidades de atendimento à população em matéria de educação para o trabalho e ou iniciação para o mundo do trabalho. O Plano Nacional de Qualificação PNQ expressa como referência comum que a qualificação profissional básica seja vista como direito de cidadania, em bases contínuas, permanentes e de maneira articulada com a educação básica (fundamental e média); c) A ação educativa na Fundação CASA é complementada com mais um leque de atividades no campo da arte e cultural e da educação física e esporte. Em uma abordagem sócio-historica sobre o atendimento ao adolescente em conflito com a lei no Estado de São Paulo, a Fundação CASA, gradativamente, supera a dimensão meramente sancionatória para uma ação educativa, como que explicitado na Missão da Instituição: Executar, direta ou indiretamente as medidas socioeducativas, com eficiência, eficácia e efetividade, garantindo os direitos 26 Fundação CASA-SP

12 previstos em lei e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social como protagonista de sua história 27. Para o desenvolvimento dos trabalhos nas instituições executoras de medidas socioeducativas é importante à formação interdisciplinar para a construção de parcerias, fortalecendo a mudança de atitude na prática pedagógica. Ao ser entrevistada pela publicação CASA em Revista (2010, p.23), Fazenda ressalta que perceber-se interdisciplinar é o primeiro movimento em direção a um fazer interdisciplinar. Primeiro o ser, depois o fazer, a troca entre os pares interdisciplinares. A autora (2010, p. 5) expressa que pesquisar interdisciplinaridade é um desafio que enfrentamos, desafio de diferentes ordens: teórica, pessoal e metodológica. Portanto, do ponto de vista social, historico e cultural, podemos pensar que as parcerias fortalecem a construção de projetos, na multidimensionalidade de ações, ressurgindo como um caminho desafiador que fomenta a qualidade da prática pedagógica em uma perspectiva interdisciplinar, como expressa Guedes: As ações na Interdisciplinaridade devem permear uma educação voltada para o bem comum das pessoas. Acreditar nessa possibilidade nos faz reorganizar os nossos conceitos e valorizar a educação como proposta essencial, renovadora e inovadora (2010, p.20). A educação, na análise feita por Jacques Delors no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI expressa que o ensino é um dos grandes desafios do futuro: a educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social. (2003, p. 9). Nesse relatório, percebemos as prerrogativas que envolvem a educação como um grande desafio para o século XXI, onde apresenta as quatro aprendizagens fundamentais favoráveis ao desenvolvimento da humanidade, num ambiente educativo, pela qual o aprender significa a integração entre o conhecer, o fazer, o conviver e o ser (2003, pp ). CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante a pesquisa realizada observamos que ao longo da historia houve uma grande preocupação em relação aos direitos da infância e adolescência e, principalmente, com o aumento crescente da violência entre a juventude. 27 SÃO PAULO, Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo Fundação Estadual do Bem Estar do Menor, 2006.

13 Consideramos que toda a lei referente à menoridade deve existir para defender a vida, e ao longo do tempo foi constituída em diferentes contextos historicos, desde o Código de Menores de 1927 ao Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, visando garantir os direitos à proteção integral. O principio deste diálogo interdisciplinar é refletir e analisar historicamente, a situação daqueles envolvidos com a prática de atos infracionais na contemporaneidade, no sentido de perceber as transformações do trabalho realizado pelas instituições executoras das medidas socioeducativas. Ao longo das décadas, as famílias foram consideradas incapazes de educar os seus filhos, sofrendo com a intervenção do Estado, principalmente a população mais empobrecida, sofrendo total descaso pela preservação dos vínculos familiares, institucionalizando as crianças e adolescentes. Como exposto no ECA, a criança e o adolescente têm direito a uma família. Podemos acreditar que ela é a principal aliada das instituições e do adolescente, colaborando na ressocialização, no resgate dos valores e da auto-estima, favorecendo o seu retorno ao convívio social. Diante disso, compreendemos que, para obter resultados eficazes na inserção do adolescente na sociedade, é necessário criar politicas sociais que atendam a problemática do ato infracional, levando em consideração o direito à convivência familiar e comunitária. Os meios de comunicação revelam através de reportagens e imagens que o índice maior na prática de atos infracionais concentra-se no grupo de adolescentes de baixa renda, mas, todas as classes sociais estão sujeitas a enfrentar tal situação, incluindo o narcotráfico. Além disso, a sociedade nutre a ideia de que os adolescentes envolvidos em atos delituosos sejam confinados nas instituições executoras das medidas socioeducativas, inclusive os dependentes de drogas. Pelo fundamento ético-historico é válido reconhecer que todos os acontecimentos vivenciados pelas crianças e adolescentes ferem profundamente a todos nós. Mas ainda, podemos encontrar várias iniciativas em favor da proteção integral, constituindo-se em novos saberes, experiências, estudo e reflexão indispensável à prática educativa. Repensar e refletir a educação para a infância e adolescência pode ser uma maneira de minimizar os problemas e realizar atividades educativas, objetivando a inserção do adolescente no mundo cultural, político, econômico, religioso, familiar e

14 social, que possa ser implantado por uma política educacional nas instituições de medidas socioeducativas. Ao concluirmos este estudo teórico, com foco no adolescente autor de ato infracional, constatamos a importância do diálogo interdisciplinar na dimensão da educação e das medidas socioeducativas, como meio de interlocução para construção de um trabalho pautado na humanização, embasado na qualificação profissional, recurso essencial para credibilidade e respeitabilidade da sociedade. Referências Bibliográficas: ARAÚJO, Denilson Cardoso de; COUTINHO, Inês Joaquina Sant Ana Santos. 80 anos do Código de menores. Mello Mattos: a vida que se fez lei. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1673, 30 jan., Disponível em: < Acesso em: 07 dez BOSSA, Nádia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, BRASIL. Código de Menores. Lei Federal nº 6.697/79. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069/90. Brasília, DF: Senado, BRASIL. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE. Secretaria Especial de Direitos Humanos. Brasília, CONANDA, DELORS, Jacques. Os Quatro Pilares da Educação - Cap. 4. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC/UNESCO, (pp. 89 a 101). FONSECA, Sérgio César da. Infância e Disciplina: O Instituto Disciplinar do Tatuapé em São Paulo ( ). Curitiba: Aos Quatro Ventos, FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, HINTZE, Gisele. Evolução de Legislação voltada à criança e ao adolescente no Brasil. Academia de Direito da Universidade do Planalto Catarinense. UNIPLAC: Santa Catarina, LORENZI, Gisele. Uma breve história dos Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil. Disponível em: < 8f-1d6c-4d8d-bb69-37d b/default.aspx> Acesso em: 09 dez

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