UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE OBRIGAÇÃO DE ALIMENTAR NA SEPARAÇÃO E NO DIVÓRCIO E SEUS ASPECTOS PROCESSUAIS Por: Alessandro Luiz Gomes de Jesus Orientador Prof. Dr. Jean Alves Pereira Almeida Rio de Janeiro 2007

2 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE OBRIGAÇÃO DE ALIMENTAR NA SEPARAÇÃO E NO DIVÓRCIO E SEUS ASPECTOS PROCESSUAIS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Processual Civil. Por: Alessandro Luiz Gomes de Jesus Rio de Janeiro 2007

3 2 AGRADECIMENTOS Ao Arquiteto Universal, aos amigos e Advogados, Dr.Carlos Dimitrius Mangeon Rampasso e Dr. Antônio Fernandes Amador Macedo, pela confiança, coragem, força, risco e incentivos constantes para que eu pudesse concluir o curso de direito processual civil em conjunto e harmonia com minhas atividades profissionais.

4 3 DEDICATÓRIA Aos meus amáveis e inigualáveis Pais, Luiz Gonzaga e Maria Leila, por sempre terem me incentivado, acreditado e injetado ânimos constantes em minha vida acadêmica e profissional para que eu enxergasse a triste realidade dos dias atuais, e lutasse de forma herculana por uma vida digna e justa. Também a minha amável Aline dos Santos Machado de Jesus, esposa guerreira, fiel e companheira em todas os momentos.

5 4 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo um estudo da obrigação alimentar existente na separação judicial e no divórcio, destacando sua origem, evolução histórica, pressupostos, características, requisitos e suas efetivas causas ensejadoras. Busca demonstrar sua evolução ao longo do tempo e seu aperfeiçoamento diante das constantes mudanças ocorridas na sociedade moderna. As modificações constantes da sociedade moderna fazem com que o Direito evolua, a fim de disciplinar mudanças sociais e jurídicas que afetam todo o sistema jurídico, inclusive a questão dos alimentos, uma vez que nos dias atuais não só a mulher como também o homem pode pleitear alimentos. O grande interesse do Estado pode ser constatado na medida em que disciplina as causas que originam a obrigação alimentar e as diversas modalidades de alimentos a serem prestados, a fim de se adaptar o Direito às mudanças sociais.

6 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 06 CAPÍTULO I A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR 08 CAPÍTULO II ALIMENTOS 18 CAPÍTULO III A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR ENTRE OS CÔNJUGES NA SEPARAÇÃO 27 CAPÍTULO IV A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR ENTRE OS CÔNJUGES NO DIVÓRCIO 36 CAPÍTULO V PENSÃO ALIMENTÍCIA E O RITO PROCESSUAL 43 CONCLUSÃO 67 REFERÊNCIAS 69 BIBLIOGRAFIA 70

7 6 INTRODUÇÃO A presente monografia tem como tipo de pesquisa metodológica a pesquisa bibliográfica. Seu objetivo é buscar algumas respostas das questões norteadoras do tema, tais como: ocorrendo separação judicial terá algum cônjuge direito aos alimentos? A qual dos cônjuges cabe prestá-los? Em caso de culpa haverá direito aos alimentos? O divórcio gera obrigação alimentícia? Há possibilidade da extinção da obrigação? É objeto de estudo do presente trabalho a obrigação alimentar na separação judicial e no divórcio, sendo abordada sua origem, seus aspectos históricos, suas espécies, seus requisitos, os pressupostos e as causas ensejadoras. É feita uma análise da origem da obrigação alimentar, de forma a demonstrar suas fontes, consagradas pelo direito brasileiro. A primeira fundada na relação de parentesco legítima aos parentes, cônjuges ou companheiros o direito de pleitear os alimentos, em caso de necessidade, uns dos outros, tendo natureza alimentar fundada no binômio de necessidade de quem os pleiteia e a possibilidade de quem os prestará. A outra, também fundada neste mesmo binômio, mas baseada no poder familiar consubstanciada no sustento guarda e educação dos filhos. Com relação à evolução histórica, a obrigação alimentar no Direito Romano, era baseada nas relações de família. Já no Direito Justiniano foi reconhecida, pela primeira vez, a obrigação alimentar recíproca entre os parentes. No Direito Canônico foi ampliada de forma substancial a abrangência de tal obrigação sendo estendida, inclusive, às relações extra-familiares bem como nos dias atuais. No Brasil, os primeiros sinais da obrigação alimentar foram encontradas nas Ordenações Filipinas, assim surgindo a proteção do Estado aos necessitados ou

8 7 incapazes de prover seu próprio sustento. O presente trabalho busca dar enfoque aos alimentos devidos entre os cônjuges na separação judicial e no divórcio, demonstrando na sociedade moderna o dever recíproco entre eles, de forma que tanto o homem quanto à mulher, podem ser devedores da prestação alimentícia ao ex-cônjuge, com base no principio da igualdade fundamentado no inciso I do artigo 5º da Constituição Federal de 88. Busca-se também estabelecer as diferenças existentes na separação quando estiver presente o elemento culpa entre os cônjuges, esclarecendo as distinções dos alimentos devidos com ou sem culpa, uma vez que o fator culpa poderá restringir a verba alimentícia ao estritamente necessário, enquanto os alimentos devidos sem a respectiva culpa atenderá ao binômio necessidade e possibilidade, permitindo assim a mantença do padrão de vida anterior a separação. No que concerne ao divórcio é analisado se, após sua decretação, deverão, ou não, serem prestados. Também é objeto de análise a questão da renúncia aos alimentos e a possibilidade futura de serem pleiteados. Assim como, irá ser conceituado os alimentos, demonstrado sua abrangência no universo jurídico, abordando suas características e sua classificação, a obrigação alimentar nas modalidades de separação judicial existentes no ordenamento jurídico pátrio, sendo também demonstrado a questão da culpa dos cônjuges na separação e conseqüentemente os alimentos a serem prestados em caso de culpa ou não.

9 8 CAPÍTULO I A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR A doutrina moderna, de maneira uniforme, com respaldo no Código Civil, encontra duas ordens de obrigações alimentares. A primeira, baseada no poder familiar, está consubstanciada na obrigação de sustento, guarda e educação da prole, positivando o dever da família de zelar pelo menor, garantindo-lhe também os alimentos necessários à subsistência, a fim de assegurar sua integridade física e moral, conforme dispõe o artigo 227, da Constituição Federal de A segunda de caráter mais geral está vinculada à relação de parentesco, conforme dispõe o artigo 1694, do Código Civil ao legitimar o direito do parente, cônjuge ou companheiro necessitado de pleitear alimentos uns dos outros, desde que haja a efetiva necessidade. A obrigação alimentícia resultante do poder familiar só se extingue com a maioridade ou emancipação dos filhos, sendo um dever assistencial dos pais. Nem mesmo a falta de condições econômicas de um dos genitores, pode isentá-los da obrigação devendo, contudo, ser observada a possibilidade de quem deve prestálos. Desta forma, são devidos os alimentos quando o necessitado não possui condições de prover por si só sua subsistência e o devedor pode fazê-lo sem que comprometa seu sustento, conforme preceitua o artigo 1695, do Código Civil Brasileiro. Este dever é tutelado de tal forma pelo Direito Civil pátrio, que a ausência da prestação gera graves sanções, podendo acarretar desde a prisão civil do devedor da prestação, conforme artigo 5º, LXVII, da Constituição Federal de 1988 que trata da prisão civil do devedor solvente de alimentos, até a perda ou suspensão do poder familiar sendo, contudo, ao filho menor reservado o direito de ser alimentado, seja qual for à sanção aplicada ao genitor devedor de tal prestação.

10 9 Conforme trata o artigo 1695, do Código Civil o direito a prestação alimentar possui caráter de reciprocidade, podendo também ser exigida, na ausência dos genitores, entre ascendentes e descendentes, recaindo assim a obrigação aos mais próximos em grau, uns em falta dos outros, seja qual for o grau de parentesco e a idade do alimentando. Uma vez extinta a obrigação alimentar baseada no poder familiar, através da maioridade, havendo ainda a necessidade da prestação alimentícia, surge então o direito de pedi-los aos pais. Esta nova obrigação derivada agora, da relação de parentesco, possui natureza diversa, por referir-se aos filhos maiores que em virtude de alguma incapacidade ou enfermidade não podem por si só prover seu próprio sustento. A obrigação alimentar oriunda do poder familiar possui natureza de sustento, não podendo ser estendida aos parentes e não tendo também o caráter de reciprocidade, em virtude de sua natureza. Já a obrigação alimentar originada a partir da relação de parentesco, nasce depois de cessada a menoridade e com isso o pátrio poder. É recíproca seja qual for o grau de parentesco existente entre ascendentes e descendentes, independe da idade do necessitado devem ser prestados, desde que presentes os requisitos de exigibilidade. A obrigação alimentícia advinda da relação, de parentesco ainda não existia no período arcaico e republicano, pois o chefe da família era quem comandava todos os direitos dos membros da família, até mesmo o direito de vida ou morte. Foi com o surgimento do império romano, que iniciou o desenvolvimento da obrigação alimentícia entre parentes. Passando assim, a ser recíproco o direito de pleitear alimentos entre os ascendentes, descendentes da mesma família. Já nessa época deveriam estar presentes alguns pressupostos para que o pedido de alimentos fosse concedido. Era necessário ser comprovado o estado de miserabilidade de quem necessitava da pensão, a falta de capacidade do mesmo de prover sua subsistência por si só e ter na família um parente rico que pudesse arcar com o ônus do pensionamento. Essa obrigação era extinta com a morte do devedor, ou com a melhoria das condições econômicas do credor da prestação alimentícia.

11 Natureza jurídica No direito romano, a obrigação alimentar teve sua origem na convenção, no testamento, na relação familiar, na relação de patrono e na tutela, tendo sido determinada inicialmente nas relações de clientela e patrono, vindo a ser aplicada nas relações de família tardiamente já na época imperial. Na realidade, a doutrina mostra-se uniforme no sentido de que a obrigação alimentícia baseada nas relações de família não é mencionada nos primeiros momentos da legislação romana, sendo essa omissão reflexo da própria constituição da família romana, onde durante todo período arcaico e republicano existia um direito a alimentos resultante de uma relação de parentesco. Sendo, nesta época, sem sentido qualquer tipo de previsão legal, tendo em vista que o único vínculo existente entre os integrantes do mesmo grupo familiar, era o vínculo derivado do poder familiar, onde o homem, chefe da família, detinha o controle sobre o grupo. Sendo, a ele, inerente o poder e todos os direitos, sem que qualquer obrigação o vinculasse a seus dependentes. Os demais membros da família, não podiam exercer nenhuma pretensão de caráter patrimonial, contra aquele que detinha a titularidade do poder, como por exemplo, o pedido de alimentos, pelo fato de não possuírem capacidade patrimonial, como também o pater em relação aos demais membros da família, pelo fato de não disporem de patrimônio próprio, uma vez que todos os bens da família pertenciam a quem detinha o poder familiar. Não há uma precisão do momento histórico a partir do qual surgiu o reconhecimento da obrigação de alimentar no contexto da família. Segundo o entendimento do mestre Yussef Said Cahali, a origem histórica dos alimentos terá surgido: a partir do principado, em concomitância com a progressiva afirmação de um conceito de família em que o vínculo de sangue adquire uma importância maior, quando então se assiste a uma paulatina transformação

12 11 do dever moral de socorro, embora largamente sentido, em obrigação jurídica própria, a que corresponderia o direito de alimentar 1 No direito Justiniano foi reconhecida uma obrigação de alimentos recíproca entre ascendentes e descendentes em linha reta até o infinito, paternos e maternos na família legítima, entre os ascendentes maternos, pai e descendentes na família ilegítima. O momento exato do surgimento de tal obrigação não pode ser preciso, uma vez que não há relatos científicos que possam comprovar o nascimento da obrigação de alimentar. Mas foi neste período da história que surgiu a obrigação de prestar alimentos aos parentes colaterais em linha reta. E tudo aquilo que era anteriormente dever moral, do detentor do poder familiar, acabou se transformando, sob a influência de vários fatores, em obrigação jurídica. Sendo o direito justiniano o ponto de partida de ampla uma e sucessiva reelaboração do instituto jurídico em estudo. Foi posteriormente compilada, tendo como resultado a reciprocidade da obrigação, no âmbito familiar, compreendendo, o dever da prestação de alimentar, de forma recíproca entre os cônjuges, ascendentes, descendentes, irmãos e irmãs. O direito canônico, em seus primeiros tempos, ampliou substancialmente a esfera de cabimento das obrigações alimentares, inclusive nas relações extrafamiliares. Da análise do instituto em questão, sobe o prisma da Igreja, são observados os seguintes aspectos fundamentais: foi através das relações determinadas pelo vínculo sanguíneo, o ponto de partida para o reconhecimento do direito de ser alimentado pelo filho espúrio, aquele não pertencente a família legítima do pai, ou seja, não sendo fruto do casamento de seus pais. Passaram a ter o direito de ser alimentado reconhecido, sendo o genitor obrigado durante todo o período de gravidez, obrigado a prestá-los evidenciando a necessidade da alimentação, do indivíduo, desde o momento da concepção; tendo também como aspecto 1 SACHERS apud CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 42.

13 12 fundamental as relações quase religiosas como por exemplo o clericato, o monastério e o patronato, onde a igreja tinha obrigação de alimentar aos asilados. Era questionado também nesta época, entre os canonistas se existia uma obrigação de prestar alimentos entre tios e sobrinhos, padrinhos e afilhados, em razão do vínculo espiritual existente entre eles. Neste período, no direito canônico, firmou-se a dedução da obrigação recíproca dos cônjuges de alimentarem-se. O direito pátrio, antes de ser codificado, encontramos nas Ordenações Filipinas os primeiros sinais da obrigação de prestar alimentos, sendo de muita expressão no tema em estudo, conferindo ao órfão a proteção alimentícia. Trecho das Ordenações Filipinas extraído da obra do professor Cahali: Se alguns órfãos forem filhos de tais pessoas, que não devam ser dados por soldadas, o Juiz lhes ordenará o que lhes necessário for para seu mantimento, vestido e calçado, e tudo mais em cada um ano. E mandará escrever o inventário, para se levar em conta seu Tutor, ou Curador. E mandará ensinar a ler e escrever aqueles, que forem para isso, até a idade de 12 anos. E daí em diante lhes ordenará sua vida e ensino, segundo a qualidade de suas pessoas e fazenda. 2 Surge assim, a proteção do Estado àqueles sem condições ou incapazes de prover seu próprio sustento. Neste contexto histórico foi constatado um documento denominado Assento de 09/04/1772 que recebeu força de lei através do Alvará 29/08/1776, anunciando ser dever de cada um alimentar e sustentar a si mesmo, estabelecendo algumas exceções, como por exemplo, em certos casos de descendentes legítimos e ilegítimos, ascendentes transversais, irmãos legítimos e ilegítimos, primos e consangüíneos legítimos e ilegítimos. Com o advento do Código Civil, foi demonstrada a preocupação do legislador 2 SACHERS apud CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 46.

14 13 em sistematizar a obrigação de alimentar. Inicialmente, foi colocada como efeito jurídico do casamento, inserindo-a entre os deveres dos cônjuges na forma de mútua assistência. O referido dever obriga a ambos os cônjuges, e não mais somente ao homem, como pode ser constatado desde a origem do instituto. Assim, a mútua assistência inclui também a assistência recíproca em todos os níveis, especialmente nas circunstâncias em que um dos cônjuges apresentam dificuldades, sejam elas materiais ou não. Foi inserida também no citado Diploma, sob a forma de sustento, guarda e educação dos filhos, sendo obrigação de ambos os cônjuges sustentarem os filhos menores em estado de desenvolvimento e, ainda, dar-lhes a devida orientação moral e educacional. O não cumprimento de tal obrigação pode gerar a perda ou suspensão da guarda para quem a violar, devido a relevância dada pelo Estado ao preceito legal do artigo 1566, III, do Código Civil. Foram também incluídas na legislação pátria a obrigação de prover o sustento da família oriundos do poder familiar e das relações de parentesco. No primeiro caso, passou a ser de ambos os cônjuges o dever de sustentar a família e não mais somente ao pai, como pode ser observado com o surgimento da obrigação, pois o poder familiar é exercido por ambos. Esta significativa mudança na sociedade moderna foi trazida pela Carta da República de 1988, em seu artigo 226, 5º. Já a obrigação de prestar alimentos, em decorrência de relação de parentesco, demonstra a preocupação do legislador em garantir o mínimo para a subsistência daquelas pessoas que não possam provê-los, por si próprios, ou caso quem deveria de fato oferecê-los não possui condições de prestá-los, recaindo, assim, para o familiar que possua condições de oferecê-los. A obrigação alimentícia originária da relação de parentesco, pode ser entendida segundo a professora Maria Helena Diniz da seguinte forma: O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da solidariedade familiar, pois vem a ser um direito personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão de parentesco que o liga ao alimentado. Assim na obrigação alimentar um parente fornece a outro aquilo

15 14 que lhe é necessário a sua manutenção, assegurando-lhe meios de subsistência, se ele, em virtude de idade avançada, doença, falta de trabalho ou qualquer incapacidade, estiver impossibilitado de produzir recursos materiais com o próprio esforço. 3 A tendência atual em relação as pessoas que não podem, por si só, prover seu próprio sustento é repassar ao Estado o ônus de fazê-la, através de sua política assistencial e previdenciária. Porém com a intenção de afastar-se deste encargo, o próprio ente federativo transfere, por determinação legal, aos familiares do necessitado, por questões morais e jurídicas, desde que exista a possibilidade de suportar tal encargo, sem comprometer a subsistência de quem o prestará, a fim de que seja mantida ao necessitado, uma vida digna. Esse interesse do Estado em desobrigar-se pode ser constatado no artigo 1694, do Código Civil, dispondo que os parentes companheiros ou cônjuges podem pedir alimentos, de que necessitem, uns dos outros. A Carta da República de 1988, em seu artigo 203, trata da assistência social que será prestada aos desamparados. Sendo garantido aos necessitados que não possuem familiares capazes de suportar o ônus da prestação alimentícia o amparo social. Faz-se importante ressaltar que o Estado não possui condições econômicas a fim de atender a todos os desamparados, por isso a legislação pátria cuidou de colocar o ônus alimentar aos parentes, pois caso contrário seria a falência do Estado Moderno. O empenho do Estado em garantir a aplicabilidade do preceito legal é de tal forma que seu descumprimento pode acarretar sanções severas, podendo até ocorrer à prisão civil do devedor de pensão alimentícia que a descumpre, conforme determina o artigo 733, parágrafo primeiro, do Código de Processo Civil e o artigo 5º, LXVII, da Constituição Federal de Contudo, o que efetivamente busca o Poder Público é evitar que aumente a quantidade de necessitados, socorridos pelo próprio Estado. Por essa razão, reconhece a doutrina o caráter público das normas disciplinadoras da obrigação alimentícia, por não representarem somente os interesses privado do credor, mas também o interesse do Estado em garantir a 3 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, 10. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, vol. 5, p. 318.

16 15 efetividade de suas normas, pois a desobediência dos preceitos legais estabelecidos, tem como conseqüência direta o aumento do números de desprotegidos que o poder público deve socorrer Pressupostos O Código Civil em seu artigo 1695 elenca os pressupostos básicos para a concessão de alimentos, conforme pode ser observado: São devidos os alimentos quando quem os pretende não possui bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. Em conformidade com o referido diploma legal, só será concedida a prestação alimentícia, se quem os reclama precise efetivamente da pensão pleiteada, e se o devedor tiver possibilidade de fornecê-la, sem que comprometa seu próprio sustento ou de sua família. Contudo, para que tal obrigação passe a ser exigível necessário se faz a observância do binômio necessidade de quem os pleiteia e possibilidade de quem deve provê-los. Para a fixação do quantum devido na pensão alimentícia, necessário se faz à análise de outros fatores. O primeiro deles é a fortuna do alimentante, pois os alimentos devem ser concedidos para atender as necessidades do alimentando, não devendo ficar restrito somente aos rendimentos do alimentante. Um fato importante a ser ressaltado, é que os alimentos devem estar relacionados aos rendimentos de quem irá provê-los e não ao seu patrimônio. Portanto, poderá ocorrer a situação em que o devedor de alimentos não possua condições econômicas de provê-los, mas possua bens. Neste caso, ele não será obrigado a vendê-los para fornecer os alimentos devidos, a exceção ocorrerá em obrigado a vendê-los para fornecer os alimentos devidos, a exceção ocorrerá em caso de alimentos devido ao cônjuge. O segundo pressuposto a ser observado, é a situação em que se encontra o

17 16 alimentando. Para que seja concedida a pensão, deve estar o mesmo em estado de necessidade, não possuindo condições de participar de forma ativa do mercado de trabalho, devendo também serem levadas em consideração sua idade e sua saúde. Não existe na legislação vigente, um percentual a ser fixado como regra, para que seja estabelecido o valor da prestação a ser paga. Isto ocorre, por haver extrema necessidade de ser avaliado caso a caso, a possibilidade de quem proverá os alimentos e a necessidade de quem os receberá, uma vez que as necessidades de cada um são diferentes e variáveis. Cabendo ao juiz ponderar os valores no caso concreto. Conforme exemplifica a professora Márcia Ananias: A pensão que um pai dará a um filho excepcional, que necessita de ajuda médica, é diferente daquela dada a um filho que goza de plena saúde. A mesma coisa ocorre com relação a pensão alimentícia que o cônjuge presta a mulher grávida. Esta possui necessidades diferentes e talvez maiores do que uma jovem que não esteja nesta condição. 4 O terceiro pressuposto a ser observado, para a fixação da pensão alimentícia, entre o alimentante e o alimentado é a existência de um vínculo, decorrente da relação de parentesco ou proveniente do casamento, sendo estas, as fontes originárias da obrigação de alimentar. Conforme está previsto no artigo 1694, do Código Civil. Porém, nem todas as pessoas ligadas pelos laços familiares estão obrigadas a arcar com o ônus da prestação alimentícia, somente os ascendentes e descendentes, desde que maiores. São desta forma chamados para prestá-los, primeiramente os parentes em linha reta, recaindo assim a obrigação sobre os mais próximos em grau, uns em falta dos outros. No direito Civil brasileiro os parentes por afinidade não tem direito a requerer 4 NEVES, Márcia Cristina Ananias. Vademecum do Direito de Família à Luz do Novo Código Civil. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, 2002, p. 594.

18 17 nem pleitear os alimentos, por em virtude de previsão legal, este direito somente é concedido àqueles que possui um vínculo sanguíneo. Com exceção do cônjuge que apesar de não possuir nenhuma relação de parentesco é devedor de alimentos. Tal obrigação oriunda do dever legal de assistência, consagrado pelo Código Civil, em seu artigo 1566, III e pela Carta da República em seu artigo 226, 5º, onde é estabelecida a igualdade de direitos e deveres entre os cônjuges na sociedade conjugal. Uma característica importante da obrigação alimentar, a ser ressaltada, é a ausência de solidariedade, entendimento majoritário na doutrina, por ser a solidariedade resultante de lei ou da vontade das partes, não sendo portanto presumida, conforme pode ser observado no artigo 265, do Código Civil. A jurisprudência veio a solidificar este entendimento de forma definitiva, como pode ser observado. Em tema de alimentos, cada obrigado deve responder nos termos de suas responsabilidades, inexistindo entre eles, solidariedade, pela responsabilidade global. 5 (6ª CC, TJSP, , RT 509/78). Havendo mais de um obrigado à prestação de alimentos, em conjunto, a participação das respectivas contribuições poderá ser desigual, atendendo, aos recursos de cada um. Assim, na hipótese de pluralidade de devedores de alimentos ao mesmo indivíduo, não existe uma só obrigação divisível entre eles, mas tantas obrigações distintas quantas sejam as pessoas a que possam ser demandados. 6 (2ª CC, TJMG, , RF 226/181). Desta forma, existindo um credor e vários devedores de uma pensão alimentícia, poderá o alimentado exigir de cada devedor, somente quantum individualmente devido e não a integralidade da dívida, pois cada devedor responde somente pela parcela que lhe é devida. 5 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p.144.

19 18 CAPÍTULO II ALIMENTOS O ser humano é carente, por natureza, de alimentos. É a partir da sua concepção que surge tal dependência, posta como condição de vida, que predominará por toda a sua existência, realçando assim a necessidade dos alimentos. Em sua concepção comum, a palavra alimentos tem o significado de dar alimento, nutrir, sustentar, referindo-se aos alimentos propriamente ditos, no sentido específico da nutrição. Sob a óptica jurídica, a palavra alimentos ganha uma maior abrangência, não estando ligada somente ao fim de nutrição, e sim a tudo que for necessário para que um indivíduo possa manter sua subsistência com dignidade. Conforme menciona o Professor Cahali: Adotada no direito para designar o conteúdo de uma pretensão ou de uma obrigação, a palavra alimentos vem a significar tudo o que é necessário a satisfazer aos reclamos da vida; são as prestações com as quais podem ser satisfeitas as necessidades vitais de quem não pode provê-las por si só; mais amplamente, é a contribuição periódica assegurada a alguém, por um título de direito, para exigi-la de outrem, como necessário a sua manutenção. 7 O direito moderno dá a palavra alimentos uma extensa interpretação, tanto a doutrina como a lei convergem neste sentido. Podendo ser compreendida como tudo 7 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 16.

20 19 que é necessário a subsistência humana como vestimenta, habitação, saúde, moradia, lazer, educação. O instituto jurídico em estudo, possui caráter assistencial, uma vez que dá ao necessitado o direito de exigi-los e a quem possua condições de provê-los a obrigação de prestá-los, sendo para este uma obrigação de caráter jurídico e não apenas moral Características O direito a alimentos possui determinadas características, porém a característica fundamental é o fato de ser um direito personalíssimo ou pessoal, estando ligado a titularidade. Essa titularidade não pode ser transmitida a outrem seja por ato ou negócio jurídico, desta forma torna-se inalienável, ou seja, não sendo permitido a transação e a compensação do direito em estudo. Desta forma, o que pretendeu o legislador foi proteger a própria existência do indivíduo, a fim de garantir os meios necessários a sua subsistência caso venha necessitar. A Segunda característica a ser abordada á a irrenunciabilidade, descrita no artigo 1707, do Código Civil sendo facultado ao credor dos alimentos não exercer seu direito, mas não poderá renunciá-los. Sendo assim, tal direito torna-se irrenunciável por predominar o interesse público, caso contrário o ônus da prestação seria arcado pelo Estado e não pelos familiares do alimentando. O que pode ser renunciado é o de exercício do direito e não o direito propriamente dito. Conforme ensina o Professor Orlando Gomes: O que ninguém pode fazer é renunciar a alimentos futuros, a que faça jus, mas aos alimentos devidos e não prestados o alimentando pode renunciar, pois lhe é permitido expressamente deixar de exercer o direito a

21 20 alimentos, a renúncia posterior é, portanto válida. 8 Assim, a inércia quanto ao recebimento dos alimentos, pode ser admitida como desistência voluntária e não como motivo legal para a exoneração do encargo, diante a irrenunciabilidade do direito. O que a legislação permite é a renúncia no exercício do direito não a de seu gozo. A transmissibilidade é a terceira característica do direito a alimentos, com previsão no artigo 1700, do Código Civil, que dispõe sobre a obrigação alimentar e sua transmissibilidade aos herdeiros do devedor, na forma do artigo 1694, do referido diploma legal. A transmissibilidade da obrigação de alimentos passa a ser regra geral, amparada pela lei civil vigente. Em caso de morte do alimentante, as pensões devidas até a data de seu falecimento representam dívida de direito comum, devendo integrar o espólio deixado pelo de cujus. Desta forma, o espólio responderá pelas dívidas, mas uma vez feita a partilha, só responderão os herdeiros na força da herança recebida. Ao positivar a transmissibilidade da obrigação alimentícia, a intenção do legislador, foi a transmissão da obrigação já estabelecida, proveniente de convenção entre as parte ou por decisão judicial. Desta forma, para que aos herdeiros seja transmitida a obrigação alimentar, necessário se faz a existência de uma obrigação que já. esteja reconhecida como efetiva do devedor ou esteja em curso uma demanda judicial para o reconhecimento da obrigação, no momento de sua morte do devedor. Aos herdeiros não é transmitida uma obrigação com encargos superiores a herança recebida, com fundamento no artigo 1792, do Código Civil. Desta forma, a obrigação do pagamento de pensão alimentícia devida aos parentes ou cônjuge do falecido não será dimensionada de acordo com a possibilidade do devedor e a necessidade do credor, conforme está descrito no artigo 1694, Parágrafo Primeiro, do Código Civil, tendo seu limite na herança recebida. 8 GOMES, Orlando apud CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 51.

22 21 A quarta característica a ser abordada é a incedibilidade do direito de alimentos, por tratar-se de um direito inerente à pessoa, sua indisponibilidade, com previsão no artigo 286, do Código Civil, é conseqüência direta de sua natureza. Não podendo ser cedido o direito ao crédito, no que se refere as prestações futuras, mas as vencidas, como passam a constituir dívida comum, nada obsta que sejam cedidas. A quinta característica em estudo é a impenhorabilidade, por tratar-se de um direito personalíssimo, destinado a atender as necessidades daquele que por si só não pode prover seu próprio sustento. Torna-se inadmissível a penhora da prestação alimentícia na legislação vigente, por qualquer credor do alimentado, por privá-lo ao mínimo necessário a uma vida digna. A impenhorabilidade recai somente sobre os alimentos em estado de crédito. Essa característica não acompanha o crédito que foi convertido em bens. A sexta característica apresentada é a incompensabilidade do direito alimentar, não sendo admitida, em virtude do interesse público, assegurando ao alimentado os meios indispensáveis à manutenção de sua subsistência. Desta forma, se o devedor da pensão alimentícia que passa a ser credor do alimentado não poderá opor-lhe a quitação de sua obrigação através da compensação. A doutrina moderna tem entendido que nada impede a compensação de valores pagos a mais sejam abatidos nas prestações futuras. Portando, a incompensabilidade da dívida alimentícia deve ser aplicada de forma ponderada, para que seja evitado o enriquecimento sem causa. A sétima característica a ser abordada pelo presente estudo é a não transação do direito a alimentos. A expressa proibição resulta da natureza personalíssima do próprio direito e de questões de ordem pública. Pois visa-se resguardar uma vida digna ao alimentado. Essa vedação legal só se refere aos alimentos futuros, aos pretéritos é perfeitamente cabível por sustentarem o necessitado em época passada, já cessada a razão da lei. A imprescritibilidade, oitava característica apresentada, assegura que o direito a alimentos não prescreve, ainda que não seja exercido durante um longo tempo.

23 22 Enquanto o alimentando estiver vivo terá o direito de demandar, caso necessário seja, contra o alimentante por seus alimentos. Conforme ensina o professor Orlando Gomes Para determinar o alcance da imprescritibilidade, há que distinguir três situações: 1ª, aquela em que ainda não se conjuminaram os pressupostos objetivos, como por exemplo, se a pessoa obrigada a prestar os alimentos não está em condições de ministrá-los; 2ª aquela em que tais pressupostos existem, mas o direito não é exercido pela pessoa que faz jus aos alimentos; 3ª aquela em que o alimentando interrompe o recebimento das prestações, deixando de exigir do obrigado à dívida a cujo pagamento está este adstrito. Na primeira situação não há cogitar de prescrição porque o direito ainda não existe. Na segunda, sim. Consubstanciado pela existência de todos os pressupostos, seu exercício não se tranca pelo decurso do tempo, diz-se por isso que é imprescritível. Na terceira, admite-se a prescrição, mas não do direito em si, e sim das prestações vencidas. 9 Não há previsão legal, no que se refere a exigibilidade dos alimentos, podendo ser ajuizada a demanda a qualquer tempo. Porém a pensão somente será devida a partir da citação do devedor, de acordo com o princípio da irretroatividade, pois o credor que não reclamou em tempo oportuno, demonstrou não necessitar deles, desaparecendo a necessidade seu crédito não tem fundamento. Podendo requerer novamente este crédito sempre que dele necessitar, na possibilidade do alimentante e nas formas legais. A prescrição das prestações alimentares vencidas e não pagas pelo devedor, ocorre em dois anos contados a partir da data do vencimento. Não sendo o direito exercido no lapso temporal determinado pela lei, o credor perderá assim seu direito de ação. 9 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 111.

24 23 A última característica do direito alimentar a ser abordada é a irrepetibilidade, uma vez prestados não serão restituídos. No direito pátrio, não há nenhuma determinação legal a respeito, porém a doutrina e a jurisprudência são pacíficas ao entenderem que não há devolução dos alimentos provisórios recebidos, por constituir o dever de alimentar matéria de ordem pública, não podendo ser devolvido aquilo que já consumido pelo alimentado Classificação Os alimentos são classificados segundo a doutrina moderna sob vários aspectos, sendo quanto à natureza, quanto à causa jurídica, quanto à finalidade, quanto ao momento da prestação e quanto à modalidade da prestação. Os alimentos de acordo com a natureza são classificados em naturais e civis. Entende-se por alimentos naturais os indispensáveis à sobrevivência humana, compreendendo a alimentação propriamente dita, a saúde, educação, habitação, vestimenta. Essa modalidade de alimentos corresponde ao estritamente necessário ao alimentando, devendo a prestação alimentícia ser calculada de acordo com o mínimo indispensável à sobrevivência. Os alimentos civis abrangem os alimentos naturais e os recursos econômicos necessários para um desenvolvimento intelectual e mora do alimentado, compreendendo assim, não somente os alimentos propriamente ditos e tudo que for necessário ao desenvolvimento da pessoa. São fixados respeitando a qualidade do alimentando e os deveres da pessoa obrigada. Desta forma, serão analisadas circunstâncias particulares do alimentando, levando-se em consideração a idade, condição social e demais fatores particulares a fim de quantificar o necessário. Nas jurisprudências recentes, nota-se a distinção dos alimentos no que tange a sua natureza. A denominação alimentos na linguagem jurídica, compreende a prestação pelo devedor ao credor necessitado a fim de prover o necessário à uma vida digna. Quando para sua fixação for levado em consideração o indispensável à

25 24 subsistência trata-se de alimentos necessários e quando for levado em consideração as condições da pessoa, trata-se de alimentos civis. Quanto à causa jurídica a obrigação da prestação alimentícia pode derivar diretamente de um obrigação legal ou ser resultante de uma atividade humana. Sendo classificados em legítimos, voluntários ou ressarcitórios. Os alimentos classificados como legítimos, qualificam-se em virtude de uma obrigação imposta por lei, por existir entre o alimentante e o alimentado um grau de parentesco, uma relação de natureza familiar ou decorrente do matrimônio. Somente os alimentos legítimos são inseridos no Direito de Família. Tendo como causa a atividade humana, a obrigação alimentar resultará de atos voluntários ou jurídicos. Os atos voluntários são os constituídos através de declaração de vontade inter vivos ou causa mortis, em razão de contrato ou declaração de última vontade. São também chamados obrigacionais, prometidos ou deixados, por serem prestados em razão de um contrato ou de disposição de última vontade, sendo regulados pelo Direito das Obrigações ou pelo Direito das Sucessões, onde encontra-se o fundamento dos negócios jurídicos. A aquisição do direito resultante de atos voluntários ocorre sempre que as partes pretendem a criação de uma prestação alimentícia. A obrigação que foi instituída pode ser em benefício de uma das partes da relação jurídica ou em benefício de uma terceira pessoa necessitada. Se prestação alimentícia concedida, favorecer uma terceira pessoa, ato jurídico será a título gratuito, caso a prestação estabelecida vise constituir o direito em favor de uma das partes do ato jurídico celebrado, será o mesmo oneroso. Já os atos ressarcitórios destinam- se a indenizar a vítima do ato ilícito, de forma que o direito busque uma maneira de amenizar a situação, através de uma prestação obrigacional que poderá variar de acordo com a extensão do dano sofrido. A doutrina moderna tem aceito, em princípio, aproveitado certas regras inerentes aos alimentos legítimos no âmbito da obrigação alimentar que tenha como causa a ação voluntária ou o ato ilícito. Sendo totalmente pacífico nos tribunais que pensão alimentícia tutelada pelo

26 25 Direito de Família tem servido de referencial à fixação do dano indenizatório, decorrente do ato ilícito. Na indenização por ato ilícito vem sendo admitida a ação revisional de alimentos, tendo por objetivo o reajuste da pensão estabelecida em virtude do dano causado, sendo perfeitamente possível, conforme pode ser verificado no artigo 602, 3º, do Código de Processo Civil. O aludido dispositivo legitima a ação revisional de alimentos oriunda de ato ilícito quando sobrevier modificação nas condições econômicas de uma ou de ambas as partes, conforme o caso concretamente analisado. Recentemente vem, sendo admitido nos tribunais que a pensão alimentícia, oriunda de indenização por ato ilícito, tem natureza de prestação alimentícia, nos termos do artigo 948, II, do Código Civil, podendo ser o pagamento realizado através de desconto em folha do devedor. De acordo com à finalidade os alimentos são classificados em provisionais ou regulares. São provisionais os alimentos estipulados de forma concomitante com o processo judicial, pelo juiz, no decorrer da ação de alimentos, de divórcio, de nulidade ou anulação de casamento, ou na separação judicial. São concedidos de maneira a manter as necessidades do alimentado, durante o trâmite do processo. Importante ressaltar, que tais alimentos englobam também as despesas necessárias para cobrir os gastos processuais. Os alimentos regulares, também chamados de definitivos, são aqueles fixados pelo juiz ou oriundo de acordo entre as partes e pagos mediante prestações periódicas e permanentes, entretanto, dependendo da situação vigente, sujeitos à revisão. Quanto ao momento da prestação alimentícia, poderá ser futura ou pretérita. Será futura quando, em se tratando de alimentos fixados em sentença judicial ou através de acordo entre as partes, devendo então o prestador pagá-los a partir de então. Será pretérita sempre que os alimentos forem prestados anteriormente aos momentos supra referidos. Tal distinção, apesar de parecer inútil, toma relevo quando se quer determinar o termo a quo a partir do qual se tornarão exigíveis.

27 26 Quanto às modalidades, a obrigação alimentar poderá ser própria ou imprópria. Será própria quando traduzir-se naquilo que é diretamente necessário à manutenção da pessoa e será imprópria quando tiver como conteúdo o fornecimento de meios idôneos à aquisição de bens necessários à subsistência.

28 27 CAPÍTULO III A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR ENTRE OS CÔNJUGES NA SEPARAÇÃO O dever recíproco de prestar alimentos entre os cônjuges foi implantado no ordenamento jurídico vigente pela Carta da República de 1988, quando consagrou o princípio da igualdade em seu artigo 226, 5º dispondo que os direitos e deveres entre os cônjuges são exercidos de maneira igualitária. Desta forma, o cônjuge que não possua condições próprias de manter sua subsistência pode a qualquer momento, requerer o cumprimento da obrigação alimentícia ao outro cônjuge, desde que observado o binômio necessidade de quem os pleiteia e a possibilidade de quem os prestará. Sendo hoje pacífico tanto na doutrina quanto na jurisprudência, o entendimento de que a mulher deve prestar alimentos ao marido, ainda que não seja em virtude da concorrência de obrigações na proporção de seus bens e rendimentos para o sustento da família, conforme preceitua o artigo 1.568, do Código Civil, mas em decorrência dos deveres recíprocos entre os cônjuges, qual seja, o de mútua assistência, como dispõe o artigo 1.566, III, do Código Civil. A mulher pode ser compelida a prestar alimentos ao marido, para tanto, basta que estejam presentes as circunstâncias legais de exigibilidade Na separação judicial consensual Esta modalidade de separação prevista na legislação pátria, é requerida por

29 28 ambos os cônjuges, sendo por isso conhecida na linguagem comum como separação amigável. Seu procedimento é de jurisdição voluntária, não havendo litígio, pois ambos os cônjuges almejam um fim comum, qual seja, a dissolução da sociedade conjugal através da homologação, pelo juiz, do acordo entre eles celebrado. O requisito objetivo para que ocorra a separação judicial é estarem, os cônjuges, casados a mais de um ano, conforme se observa no artigo 1.574, do Código Civil, e requisito subjetivo é a vontade das partes, daí o nome do instituto. Com a separação judicial, o vínculo conjugal não é rompido de acordo com o artigo 1576, do Código Civil, subsistindo os deveres de mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos, respeito e considerações mútuas, conforme pode ser observado no artigo 1.566, III, IV, V, do Código Civil. Na hipótese de um dos cônjuges não possuir bens suficientes para prover sua subsistência, impõe-se obrigatória a inserção de cláusula, estipulando a quantia a ser paga a título de alimentos. As partes, de forma livre e voluntária convencionam a verba alimentícia a ser paga, não podendo o juiz discutir o quantum fixado para alterá-lo, ainda que seja excessivo ou irrisório o valor estabelecido. Contudo, a regra estabelecida no artigo 1574, parágrafo único do Código Civil, permite ao juiz não homologar a separação judicial, se verificar que acordo estabelecido entre as partes não preserva os interesses suficientes de um dos cônjuges. Mas não lhe cabe discutir o valor da prestação alimentícia, uma vez que os separandos agem como árbitros de suas conveniências pecuniárias, pois a pensão alimentícia, em sua natureza, traz a condição de possível revisão futura, uma vez que ocorram modificações nas condições econômicas do alimentando ou do alimentado, como pode ser observado no artigo 1699, do Código Civil. A verba alimentícia pode ser estipulada sobre um percentual dos rendimentos auferidos pelo alimentante em função de sua atividade profissional ou função desempenhada, devendo para tanto, serem identificadas as verbas que comporão a base de incidência do percentual convencionado. Na ausência de cláusula que indique sobre qual verba salarial, incidirá o percentual da pensão alimentícia, recairá a mesma sobre todos os rendimentos ou salários percebidos pelo devedor.

30 29 Nesse sentido tem-se o pronunciamento do Tribunal de Justiça de São Paulo: Celebrado acordo de alimentos, em face de determinada situação fática, incidindo o percentual sobre duas formas de renda de trabalho assalariado, não cabe, posteriormente extensão deste percentual à retirada ou prolabore do alimentante em empresa de que é sócioproprietário. Possibilidade em tese de ajuizamento de ação revisional, diante de nova situação. (3ª CC, TJSP, , Relator Yussef Cahali,) 10 Nem sempre é inserida cláusula de alimentos, no acordo da separação judicial a ser homologado. Tal omissão não pode em hipótese alguma ser deduzida como renúncia implícita ao direito de alimentos, pois em se tratando de renúncia a direito deverá ser a mesma explícita. A doutrina majoritária e a jurisprudência tem entendido no mesmo sentido, conforme pode ser observado a seguir. Falta de ajuste em relação a pensão alimentícia da mulher Omissão que não importa em renúncia, mas apenas na sua dispensa provisória. ( , RTTJSP12/126). O fato de não haver disposição dos cônjuges acerca dos alimentos na ocasião da separação não é motivo para que o juiz não homologue a referida dissolução. Significa dizer que a prestação de alimentos não é requisito obrigatório da separação judicial, podendo os cônjuges manterem-se às suas próprias espensas após o separação. Caso haja necessidade de receber futuramente os alimentos, qualquer dos ex-cônjuges pode reclamá-los a qualquer momento. Não podendo, o silêncio ser interpretado como renúncia tácita, pois a obrigação alimentar subsiste, mesmo que os cônjuges se omitam no tocante aos alimentos. Ainda que de forma minoritária, dentro do próprio TJSP, que já havia se manifestado anteriormente pela possibilidade de homologação de separação consensual sem o estabelecimento da cláusula referente aos alimentos, há 10 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 734.

31 30 entendimento em sentido contrário. Havendo omissão da cláusula referente aos alimentos a serem prestados, não poderá ser homologado o acordo de separação judicial consensual, por não poderem ser requeridos após a homologação. Conforme pode ser observado no julgado abaixo. Não pode ser homologado o acordo da separação judicial consensual se omisso o acordo sobre a pensão alimentícia do marido à mulher, ou inexistente a sua dispensa ou renúncia. (AC , 24/06/1993 TJSP) 11 Este entendimento minoritário, não é o mais acertado. Haja vista que a mútua assistência continua existindo após a separação judicial. Perpetuando-se assim o dever de prover alimentos ao cônjuge que venha a necessitar, mesmo após a separação judicial, caso não possua o mesmo, bens suficientes à sua mantença. O STF veio a confirmar a posição da corrente majoritária quando decidiu no seguinte sentido. Na separação consensual amigável não é obrigatória a cláusula de pensão alimentícia de um cônjuge ao outro. Homologado o acordo, sem que neste estipule pensão à mulher, a circunstância de vir ela a necessitar de alimentos não obriga o ex-cônjuge a presta-los, caso tenha a mesma, ficado com bens suficientes à sua mantença 12. Importante deixar claro a diferença existente entre a dispensa e a renúncia aos alimentos por qualquer dos cônjuges. Primeiramente, será feita uma breve distinção dos institutos a serem abordados. A renúncia consiste em ato declaratório explícito de abdicação ao direito, já a dispensa é um ato meramente comportamental de vontade em exercer ou não o direito, podendo ser exercido posteriormente pelo titular do direito. Não devendo, todavia, a omissão da cláusula que estipule os alimentos, ser interpretada como 11 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 320.

32 31 renúncia ao direito de percebe-los e sim como dispensa por tratar-se de uma atitude provisória do não exercício, uma vez que o direito continua a existir. Os tribunais vêem entendendo não ser possível a renúncia aos alimentos, por ser definitiva e não poder, ser exercido em momento posterior, por tratar-se da perda do direito. Mas a dispensa, por ser provisória, torna-se totalmente possível, podendo ser exercido do direito a qualquer tempo, desde que comprovada as condições de exigibilidade. Tal entendimento é materializado nesses julgados. A cláusula de renúncia dos alimentos, em separação é válida e eficaz. Se a mulher, entretanto, limitar-se a dispensá-los, mas com a ressalva de que os poderá pleitear se deles vier a carecer, o pedido de pensão é em tese viável, pois fundado no que as próprias partes convencionaram. (TJSP, 1ª CC, ). Se a varoa, quando do acordo, dispensou os alimentos porque tinha recursos suficientes para sua manutenção e se, após a separação judicial, ocorreram mudanças em sua situação econômica, vindo deles a necessitar, pode agora pleiteá-los. ( , Relator Des. Walter Veado, RT 685/136). 13 Uma outra forma de extinção da obrigação alimentar pode ser observada no artigo 1708, do Código Civil. A obrigação alimentar restará extinta quando o cônjuge necessitado realiza novo casamento ou passa a viver sob o regime da união estável ou de concubinato; desta forma o devedor da pensão alimentícia exonera-se de tal obrigação. O parágrafo único do citado artigo, traz outra possibilidade de extinção da prestação alimentícia, quando o credor realiza qualquer tipo de procedimento indigno, em relação ao devedor. O alimentando que passa a se prostituir ou pratica atos de delinqüência, por exemplo, pode vir a perder o direito a pensão alimentícia, tendo tal preceito legal um conteúdo ético e moral. 13 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 325.

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS 1 - O que é Beneficiário Indicado? Qualquer pessoa física indicada pelo Participante conforme definido no regulamento do Plano. 2 - O que

Leia mais

ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados

ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados DIREITO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA AOS FILHOS MAIORES DE IDADE por Priscilla Bitar D Onofrio Sócia de Almeida Guilherme Advogados e Natalia Barbieri Bortolin Membro de Almeida Guilherme Advogados SUMÁRIO: I.

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

Prescrição e decadência

Prescrição e decadência DIREITO CIVIL Professor Dicler A prescrição representa a perda da ação e da exceção (defesa) em razão do decurso de tempo. Tem como fundamento a paz social e a segurança jurídica que ficariam comprometidos

Leia mais

Professora Alessandra Vieira

Professora Alessandra Vieira Sucessão Legítima Conceito: A sucessão legítima ou ab intestato, é a que se opera por força de lei e ocorre quando o de cujus tem herdeiros necessários que, de pleno direito, fazem jus a recolher a cota

Leia mais

PONTO 1: União estável PONTO 2: Alimentos. 1. União estável:

PONTO 1: União estável PONTO 2: Alimentos. 1. União estável: 1 PONTO 1: União estável PONTO 2: Alimentos 1. União estável: - Leis 8971/94 e 9278/96. - Lei 10.406/2002 e art. 1723 e seguintes. - Art. 226, 3 1, CF. União entre homem e mulher pública (notoriedade),

Leia mais

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC).

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC). 01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8ºDIN-1 e 8º DIN-2 Data: 21/08/12 AULA 07 II - SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 11. Herança Jacente e Vacante (arts. 1.819 a 1.823,

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida.

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 04 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Personalidade (continuação) 3. Extinção da personalidade:

Leia mais

DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS

DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS MÓDULO I Conceito de família; Conteúdo e Conceito do Direito de Família; Natureza da Divisão; Divisão da matéria; Eficácia horizontal dos

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões.

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Para o autor do nosso livro-texto, o Direito de família consiste num complexo de normas que regulam a celebração do casamento e o reconhecimento

Leia mais

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Leia mais

PONTO 1: Prescrição e Decadência 1. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 1.1 PRESCRIÇÃO. CONCEITO DE PRESCRIÇÃO: Duas correntes:

PONTO 1: Prescrição e Decadência 1. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 1.1 PRESCRIÇÃO. CONCEITO DE PRESCRIÇÃO: Duas correntes: 1 PROCESSO DO TRABALHO PONTO 1: Prescrição e Decadência 1. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 1.1 PRESCRIÇÃO A prescrição foi inserida na legislação brasileira no código comercial de 1950. Hoje não há mais distinção

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A TRANSMISSIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E O NOVO CÓDIGO CIVIL Milena Bukowski 1. Introdução Essa matéria sempre foi objeto de controvérsias, motivo pelo qual é interessante desenvolver

Leia mais

Art. 27 - rol de legitimados. Partilha Provisória dos bens do ausente. Com procurador - 3 anos contados do desaparecimento

Art. 27 - rol de legitimados. Partilha Provisória dos bens do ausente. Com procurador - 3 anos contados do desaparecimento Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Civil (Parte Geral) / Aula 05 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: II) Ausência: Sucessão Definitiva. III)Capacidade: Espécies de Capacidade

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação 2007/1 ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Disciplina: DIREITO CIVIL VI Curso: DIREITO Código CR PER Co-Requisito Pré-Requisito 111111111111111111111111111111111111111

Leia mais

Direito de Família. Consuelo Huebra

Direito de Família. Consuelo Huebra Direito de Família Consuelo Huebra Casamento A lei só admite o casamento civil, mas o casamento religioso pode produzir efeitos civis na forma dos arts.1515 e 1516, C.C. Parentesco Natural pessoas que

Leia mais

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva Direito Civil VI - Sucessões Prof. Marcos Alves da Silva Direito das Sucessões Sucessão: alteração de titulares em uma dada relação jurídica Sucessão (sentido estrito): causa mortis A sucessão engloba

Leia mais

Faculdade de Direito da Alta Paulista

Faculdade de Direito da Alta Paulista PLANO DE ENSINO DISCIPLINA SÉRIE PERÍODO LETIVO CARGA HORÁRIA DIREITO CIVIL V (Direitos de família e das sucessões) QUINTA 2015 136 I EMENTA Direito de Família. Casamento. Efeitos jurídicos do casamento.

Leia mais

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto.

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto. RESUMO I - Obrigações Alternativas São aquelas que têm objeto múltiplo, de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Nasce com objeto múltiplo. Ex.: A se obriga a pagar a B objeto X

Leia mais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Convidado para Diretor Sem Fronteiras Dr. Lodi Maurino Sodré Comissão indicou para os Grupos de Trabalhos e demais Comissões. A questão está na aplicação

Leia mais

Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal

Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal Capítulo 3 Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal Leia a lei: arts. 1.571 a 1.582 CC. Como se trata de uma relação de base contratual, o casamento

Leia mais

DIREITO CIVIL ALIMENTOS

DIREITO CIVIL ALIMENTOS DIREITO CIVIL ALIMENTOS Atualizado em 27/10/2015 Direito Civil Aula Professor André Barros 1 União Estável: 1. Conceito: Art. 1.723, CC: É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

16.7.1 Execução de alimentos. Prisão do devedor, 394

16.7.1 Execução de alimentos. Prisão do devedor, 394 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 3 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da família, 7 1.5 Direito de família, 9 1.5.1

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS 1. OBJETIVO Estabelecer critérios de remuneração, baseados na legislação brasileira vigente e nas regras definidas pela Secretaria Executiva e Conselho Curador, com o objetivo de constituir uma estrutura

Leia mais

Francisco Luiz de Andrade Bordaz Advogado. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho.

Francisco Luiz de Andrade Bordaz Advogado. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho. À Cebracoop Central Brasileira das Cooperativas de Trabalho. Att. Consulta Formulada. Quesitos: 1) Quais são os direitos que os cooperados e seus dependentes, como segurados da Previdência Social, possuem?

Leia mais

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1 REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Cleiton Graciano dos Santos 1 RESUMO: Este artigo trata sobre o Regime de Bens no novo Código Civil brasileiro, apresentando os principais aspectos do assunto,

Leia mais

BREVES APONTAMENTOS ACERCA DA FUNÇÃO SOCIAL DOS ALIMENTOS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002

BREVES APONTAMENTOS ACERCA DA FUNÇÃO SOCIAL DOS ALIMENTOS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 1 BREVES APONTAMENTOS ACERCA DA FUNÇÃO SOCIAL DOS ALIMENTOS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 Noeli Manini Remonti 1 A lei, ao criar o instituto dos alimentos, estipulou a obrigação alimentar para garantir a subsistência

Leia mais

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na 1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo adquirido

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China CONVENÇÃO SOBRE A JURISDIÇÃO, LEI APLICÁVEL E RECONHECIMENTO DE DECISÕES EM MATÉRIA DE ADOÇÃO (Concluída em 15 de novembro de 1965) (Conforme o seu artigo 23, esta Convenção teve vigência limitada até

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE compilações doutrinais RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE Carlos Barbosa Ribeiro ADVOGADO (BRASIL) VERBOJURIDICO VERBOJURIDICO

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO SUMÁRIO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2. TEORIA DA EMPRESA 3. ATIVIDADE EMPRESARIAL 4. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 5. ATIVIDADE RURAL 6. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL REGULAR X

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

Honorários advocatícios

Honorários advocatícios Honorários advocatícios Os honorários advocatícios são balizados pelo Código de Processo Civil brasileiro (Lei de n. 5.869/73) em seu artigo 20, que assim dispõe: Art. 20. A sentença condenará o vencido

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são regis- trados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da interdição, da ausência

Leia mais

O DÍVORCIO E A SEPARAÇÃO JUDICIAL NO BRASIL ATUAL: FACILIDADES E PROBLEMAS RESUMO

O DÍVORCIO E A SEPARAÇÃO JUDICIAL NO BRASIL ATUAL: FACILIDADES E PROBLEMAS RESUMO O DÍVORCIO E A SEPARAÇÃO JUDICIAL NO BRASIL ATUAL: FACILIDADES E PROBLEMAS Fábio Roberto Caldin 1 Rodrigo Pessoni Teófilo de Carvalho 1 Vinicius Leonam Pires Kusumota 1 Vitor Turci de Souza 1 RESUMO O

Leia mais

Breves Considerações sobre o Superendividamento

Breves Considerações sobre o Superendividamento 116 Breves Considerações sobre o Superendividamento Luiz Eduardo de Castro Neves 1 O empréstimo de valores é realizado com a cobrança de juros, de forma a permitir uma remuneração pelo valor emprestado.

Leia mais

Terceiro Setor, ONGs e Institutos

Terceiro Setor, ONGs e Institutos Terceiro Setor, ONGs e Institutos Tomáz de Aquino Resende Promotor de Justiça. Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela de Fundações de Minas Gerais. Usualmente é chamado de

Leia mais

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH A CONVENÇÃO SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL Autoridade Central Administrativa Federal/SDH Considerações Gerais A Convenção foi concluída em Haia,

Leia mais

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos:

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Efeitos da sucessão no Direito Tributário Kiyoshi Harada Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

PONTO 1: Sucessões. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento.

PONTO 1: Sucessões. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento. 1 DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL PONTO 1: Sucessões SUCESSÃO LEGÍTIMA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento. Colação não significa devolução

Leia mais

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Obrigações Objetivos A presente aula tem por objetivo apresentar a teoria geral das obrigações iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Obrigações, seguindo-se para os elementos

Leia mais

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 Direito Previdenciário 67. (Auditor de Controle Externo/TCE-CE/FCC/2015): O princípio constitucional estipulando que a Seguridade Social deve contemplar

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 314, DE 2013 Altera o art. 5º da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, para que os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União,

Leia mais

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral

Leia mais

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome Sociedade Limitada I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome II a limitação refere-se aos sócios 2. Responsabilidade dos Sócios I - Decreto 3.708/19 (sociedade

Leia mais

O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA

O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA O CÔMPUTO DO TEMPO DE PERCEBIMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO PARA FINS DE APOSENTADORIA * Juliana de Oliveira Xavier Ribeiro 1) Introdução A finalidade do presente texto é demonstrar a natureza jurídica do

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Rogério Carvalho e outros) O Congresso Nacional decreta: Dispõe sobre a pessoa com deficiência e altera as Leis n os 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 8.213, de 24 de

Leia mais

Processos de Regularização de Imóveis

Processos de Regularização de Imóveis Processos de Regularização de Imóveis Prof. Weliton Martins Rodrigues ensinar@me.com www.vivadireito.net 5 5.1. Copyright 2013. Todos os direitos reservados. 1 2 A aquisição da propriedade é forma pela

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina)

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) Cria isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas beneficiárias de ações de cunho previdenciário e assistencial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

OS EFEITOS JURÍDICOS DO DIVÓRCIO DIRETO E DO DIVÓRCIO CONVERSÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ

OS EFEITOS JURÍDICOS DO DIVÓRCIO DIRETO E DO DIVÓRCIO CONVERSÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ OS EFEITOS JURÍDICOS DO DIVÓRCIO DIRETO E DO DIVÓRCIO CONVERSÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ FÁTIMA NANCY ANDRIGHI Ministra do Superior Tribunal de Justiça Saudações Coordenadores: Des. Paulo Sérgio Fabião

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

CARTILHA JUSTIÇA E FAMÍLIA

CARTILHA JUSTIÇA E FAMÍLIA CARTILHA JUSTIÇA E FAMÍLIA Orientação aos acadêmicos que atuarão em ações comunitárias relacionadas ao Direito da Família. Em caso de dúvida sobre a orientação jurídica e ser repassada, o aluno deverá

Leia mais

Organização Hilário Corrêa Assessoria Empresarial e Contabilidade

Organização Hilário Corrêa Assessoria Empresarial e Contabilidade Desde o dia 02/03/2015 iniciamos o período de entrega da declaração de imposto de renda pessoa física de 2015 com base nos fatos ocorridos no ano de 2014, a declaração poderá ser transmitida até o dia

Leia mais

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo 1 Contrato de Fiança. 1 Geli de Moraes Santos M. Araújo Sumário: Resumo. 1. Introdução. 2. Natureza jurídica da fiança. 3. Espécies de fiança. 4. Requisitos subjetivos e objetivos. 5. Efeitos da fiança.

Leia mais

Lição 5. Formação dos Contratos

Lição 5. Formação dos Contratos Lição 5. Formação dos Contratos Seção II Da Formação dos Contratos Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO IGUALDADE ENTRE SEXOS - Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, ao estabelecer que "homens e mulheres são iguais em direitos e

Leia mais

DEFENSORIA PÚBLICA E PROCURADORIAS NOTURNO Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO. SUMÁRIO (continuação)

DEFENSORIA PÚBLICA E PROCURADORIAS NOTURNO Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO. SUMÁRIO (continuação) Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO SUMÁRIO (continuação) I. DIREITO DE FAMÍLIA 5. FILIAÇÃO 5.2. Tipos de reconhecimento 5.3. Ação investigatória de paternidade 5.3.1.

Leia mais

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Autarquia Federal Lei nº 3.268/57

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Autarquia Federal Lei nº 3.268/57 Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Autarquia Federal Lei nº 3.268/57 CONSULTA nº 110.469/11 Assunto: paciente menor, genitores separados, fornecimento prontuário Relator: Laide Helena

Leia mais

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Ementa: Direito Administrativo e tributário. Desapropriação de imóvel urbano Responsabilidade pelo pagamento da dívida de IPTU e Compensação com o valor a ser recebido

Leia mais

Residência Legal vs. Residência Fiscal no Uruguai

Residência Legal vs. Residência Fiscal no Uruguai Residência Legal vs. Residência Fiscal no Uruguai Ultimamente, o conceito de residência fiscal adquiriu muita importância para o Direito Tributário e para o mundo dos impostos. O motivo é que o regime

Leia mais

Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV. Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar. Apresentação 10.08.

Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV. Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar. Apresentação 10.08. Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar Apresentação 10.08.10 Luiz Kignel Karime Costalunga F 1 F 2 F 3 F 1 F 2 F 3 F 4 Fundador

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011

AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011 AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011 Para conceituarmos restrição judicial, há de se definir restrição, que é limitação imposta ao

Leia mais

casal nascimento Família casamento mediação separação acolhimento das crianças divórcio puericultura coabitação legal gravidez

casal nascimento Família casamento mediação separação acolhimento das crianças divórcio puericultura coabitação legal gravidez separação acolhimento das crianças coabitação legal casamento divórcio puericultura nascimento gravidez casal mediação Família Nós vivemos juntos, mas não queremos casar. Isso é possível? Sim. Na Bélgica,

Leia mais

GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO POR MORTE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO POR MORTE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO POR MORTE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Subsídio por Morte (7011 v4.12) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR Centro Nacional

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0024.05.871804-0/002 Númeração 8718040- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Fernando Caldeira Brant Des.(a) Fernando Caldeira Brant 28/02/2013 05/03/2013

Leia mais

I Notas básicas para compreensão da questão Vamos a algumas premissas históricas, básicas e óbvias para a compreensão do problema:

I Notas básicas para compreensão da questão Vamos a algumas premissas históricas, básicas e óbvias para a compreensão do problema: OPINIÃO Estatuto da Pessoa com Deficiência causa perplexidade (Parte I) 6 de agosto de 2015, 19h02 Por José Fernando Simão Em 6 de julho de 2015, foi publicada a Lei Ordinária 13.146, que institui a Inclusão

Leia mais

União estável e a separação obrigatória de bens

União estável e a separação obrigatória de bens União estável e a separação obrigatória de bens Quando um casal desenvolve uma relação afetiva contínua e duradoura, conhecida publicamente e estabelece a vontade de constituir uma família, essa relação

Leia mais

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL ASPECTOS GERAIS

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL ASPECTOS GERAIS COBRANÇA DE HONORÁRIOS ASPECTOS GERAIS ESTATUTO DA ADVOCACIA CAPÍTULO VI Dos Honorários Advocatícios Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários

Leia mais

- Espécies. Há três espécies de novação:

- Espécies. Há três espécies de novação: REMISSÃO DE DÍVIDAS - Conceito de remissão: é o perdão da dívida. Consiste na liberalidade do credor em dispensar o devedor do cumprimento da obrigação, renunciando o seu direito ao crédito. Traz como

Leia mais

Espelho Civil Peça Item Pontuação Fatos fundamentos jurídicos Fundamentos legais

Espelho Civil Peça Item Pontuação Fatos fundamentos jurídicos Fundamentos legais Espelho Civil Peça A peça cabível é PETIÇÃO INICIAL DE ALIMENTOS com pedido de fixação initio litis de ALIMENTOS PROVISÓRIOS. A fonte legal a ser utilizada é a Lei 5.478/68. A competência será o domicílio

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários.

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Contributários demitidos ou exonerados sem justa causa e/ou aposentados. www.saolucassaude.com.br 01_ DIREITOS E DEVERES DO BENEFICIÁRIO

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Notas técnicas. Introdução

Notas técnicas. Introdução Notas técnicas Introdução As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974 e fornecem um elenco de informações relativas aos fatos vitais, casamentos, separações e divórcios ocorridos no País.

Leia mais

Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto. Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio

Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto. Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio Os artigos

Leia mais

3. SERVIÇOS ATENDIMENTO JURISDICIONAL

3. SERVIÇOS ATENDIMENTO JURISDICIONAL ATENDIMENTO JURISDICIONAL DOCUMENTOS PARA O ATENDIMENTO Documento de identificação pessoal (identidade ou certidão de nascimento) Certidão de casamento (se for casado) CPF Comprovante de renda de até 3

Leia mais

ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Artur Francisco Mori Rodrigues Motta

ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Artur Francisco Mori Rodrigues Motta ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS Artur Francisco Mori Rodrigues Motta ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS Artur Francisco Mori Rodrigues Motta

Leia mais

ENUNCIADOS DAS I, III E IV JORNADAS DE DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES

ENUNCIADOS DAS I, III E IV JORNADAS DE DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES As Jornadas de Direito Civil são uma realização do Conselho da Justiça Federal - CJF e do Centro de Estudos Jurídicos do CJF. Nestas jornadas, compostas por especialistas e convidados do mais notório saber

Leia mais

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos)

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) INTERPRETAÇÃO Boa-fé e usos do lugar CC113 Os negócios jurídicos devem

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 15. CONVENÇÃO SOBRE A ESCOLHA DO FORO (celebrada em 25 de novembro de 1965) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre a validade e efeitos de acordos sobre

Leia mais

Art. 22 NCPC. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:

Art. 22 NCPC. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 1. Jurisdição internacional concorrente Art. 22 NCPC. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no

Leia mais

REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL 1. Capacidade para o exercício da empresa Atualmente, existe a possibilidade de a atividade empresarial ser desenvolvida pelo empresário individual, pessoa física, o qual deverá contar com capacidade para

Leia mais

Exposição sobre o Código Civil 2002 Inovações no Direito de Família

Exposição sobre o Código Civil 2002 Inovações no Direito de Família Exposição sobre o Código Civil 2002 Inovações no Direito de Família Professora: MARIA LUIZA PÓVOA CRUZ DO CASAMENTO A Constituição Federal de 1.988 reconhece a família como base da sociedade e considera

Leia mais